247 - A professora Camila Marques foi presa dentro da sala
de aula na manhã desta segunda-feira (15) no IFG Aguas Lindas (GO) onde
leciona. De acordo com as primeiras informações, a docente teria sido acusada
de doutrinação. Depois, outras notícias dizem que ela havia sido presa por
desacato por ter se recusado a obedecer ordens de policiais que faziam uma
operação na porta da escola. Ela foi liberada.
Segundo a página Professores contra Escola Sem Partido, noFacebook, "as ultimas noticias são que Camila estava sim em sala de aula e
a polícia que teve a sua entrada permitida no campus foi até a sala de aula
atrás de alguns alunos e a professora impediu a entrada da polícia. A
professora está agora prestando esclarecimentos e será liberada em
seguida".
Polícia apura ameaça de atentado no Instituto Federal de
Goiás
Alex Rodrigues, repórter da Agência Brasil - Policiais civis
apreenderam, hoje (15), três alunos do Instituto Federal de Goiás (IFG), que
compartilharam ameaças de um atentado na escola. Segundo o delegado Danilo
Victor Nunes, responsável pela Delegacia da Criança e do Adolescente de Águas
Lindas de Goiás (GO), a cerca de 50 quilômetros de Brasília, ao que parece tudo
não passou de um "brincadeira de péssimo gosto", que acabou alarmando
funcionários do campus do IFG na cidade.
A existência das mensagens foi denunciada pelo responsável
pela unidade. "Ontem (14), o diretor do IFG compareceu à delegacia e
contou sobre boatos de que, possivelmente, haveria um atentado no campus do
instituto na segunda-feira [hoje]", disse Nunes à Agência Brasil.
Equipes de policiais foram deslocados para o instituto nas
primeiras horas da manhã de hoje. Após identificarem os três adolescentes
suspeitos de divulgar as ameaças, os agentes revistaram o estabelecimento e os
pertences dos três estudantes. Nada foi encontrado.
"Coletamos prints [imagens] das mensagens veiculadas
por estes jovens ameaçando outros estudantes. Diligenciamos o estabelecimento
com cautela, incluindo alojamentos, e não encontramos nenhum material
suspeito", informou o delegado, explicando que os pais dos jovens foram
chamados para acompanhar os filhos à Delegacia da Criança e do Adolescente,
onde, até as 14h, os três estavam sendo ouvidos.
"Eles já disseram que se tratava de uma brincadeira, e
os pais estão colaborando. Ainda estamos verificando tudo. Não há indícios de
que se tratasse de algo sério, mas, por cautela, os domicílios desses
adolescentes possivelmente serão alvo de buscas", disse o delegado,
lembrando que, mesmo que fique comprovado que tudo não passou de uma
brincadeira infantil de mau gosto, uma história para tentar chamar a atenção,
fatos como esse são "muito sérios" e têm consequências.
Desobediência
Durante a ação policial, uma professora do Instituto Federal
de Goiás (IFG) foi detida por desobedecer a ordem dos policiais. Segundo o
delegado Danilo Victor Nunes, a professora insistiu em filmar os agentes e os
jovens, mesmo tendo sido advertida de que o diretor do campus e os pais dos
três adolescentes já estavam cientes do caso.
"Os agentes relataram tê-la advertido várias vezes de
que ela não poderia filmar a diligência, principalmente por haver adolescentes
envolvidos. Ela insistiu e continuou capturando as imagens até que os agentes
lhe deram voz de prisão", disse Nunes.
A docente foi liberada pouco depois das 13h, após assinar um
Termo Circunstanciado de Ocorrência – boletim usado para tipificar infrações de
menor potencial ofensivo ou crimes de menor relevância. "Se ela tivesse
acatado a ordem policial, não precisaríamos ter chegado a isto",
acrescentou o delegado.
O advogado Bruno Conti, que acompanhou a professora, disse à
Agência Brasil que a professora disse ter decidido filmar toda a ação após
reclamar com os policiais da forma como estavam tratando os três adolescentes.
"Segundo ela, eles agiram de forma muito incisiva, quase truculenta. Como
não foi ouvida, ela decidiu registrar com o celular. Mas ela estava filmando os
agentes, não os jovens. Houve uma discussão, ela retrucou, e eles, então,
decidiram conduzi-la à delegacia", explicou o advogado.
Acabo de falar na tribuna da Câmara sobre a absurda prisão da professora Camila Marques, em Goiás, acusada de “doutrinação” e detida em plena sala de aula. Confira: pic.twitter.com/iSuTuEbMUD— Rogério Correia (@RogerioCorreia_) 15 de abril de 2019
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Estamos, nos brasileiros, enxovalhados com toda sujeira do esgoto.
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