247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo
para apurar a suspeita de fraudes em negócios feitos por uma empresa do
ministro da Economia, Paulo Guedes, com fundos de pensão de estatais. O
processo tem como base uma representação do Ministério Público Federal (MPF)
que apura suspeitas de gestão fraudulenta ou temerária na captação e aplicação
de R$ 1 bilhão de sete fundos de pensão a partir de 2009.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a
investigação do TCU foi aberta em fevereiro deste ano a partir de uma
representação do MPF, que já apurava a suspeita de irregularidades na
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e na Fundação
dos Economiários Federais (Funcef), fundo de pensão dos funcionários da Caixa.
Também estão sob suspeita negócios feitos com a Previ (Banco do Brasil), Petros
(Petrobras) e Postalis (Correios).
De acordo com as investigações, os recursos teriam sido
alocados por meio de participações (FIPs) da BR Educacional e Brasil de
Governança Corporativa, empresa que pertencia a Guedes até o final do ano
passado e que foi criada para atuar como gestora de ativos. Para o MPF, as
operações resultaram em ganhos excessivos para Guedes enquanto os fundos de
pensão, que arcaram com o aporte financeiro, tiverem prejuízos ou ganhos
menores que o esperado.
Por meio de nota, a defesa do ministro destacou a
"legalidade e a correção de todas as operações dos fundos, que, diga-se de
passagem, têm sido lucrativos aos cotistas, incluindo os fundos de
pensão".
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