O número total de pessoas na extrema pobreza deve chegar a
17,3 milhões em 2021. Bolsonaro afirmou no Palácio da Alvorada que o auxílio
para a população durante a pandemia de Covid-19 é emergencial, e não
“duradouro” ou “vitalício” como uma aposentadoria
247 - Jair Bolsonaro, em conversa com apoiadores
no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, 25, afirmou que o auxílio
emergencial para a população durante a pandemia do novo coronavírus é
emergencial, e não “duradouro” ou “vitalício” como uma aposentadoria.
Ignorando o aumento contínuo de casos de Covid-19 no Brasil,
ele disse que “a palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro,
não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade,
mas a nossa capacidade de endividamento está no limite”.
Assim, Bolsonaro deve empurrar 3,4 milhões de pessoas para
extrema pobreza, de acordo com uma pesquisa divulgada em reportagem do jornal
Estado de S.Paulo.
O número total de pessoas na extrema pobreza chegaria a 17,3
milhões em 2021, segundo os conceitos da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
SEM AUXÍLIO EMERGENCIAL BOLSONARO SEGURA O IMPEACHMENT?
Bolsonaro nega auxílio emergencial, diz que não é aposentadoria. Isso pode prejudicar a população, mas também vai prejudicar sua popularidade. Será que o Impeachment não tomar força a partir daí?
As emendas são uma das mais clássicas moedas de troca usadas
entre Executivo e Legislativo e o novo governo vinha sendo cobrado pelos
deputados. Objetivo é tentar obter apoio para a reforma da Previdência. Ouça osdestaques do Jornal da CBN.
247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo
para apurar a suspeita de fraudes em negócios feitos por uma empresa do
ministro da Economia, Paulo Guedes, com fundos de pensão de estatais. O
processo tem como base uma representação do Ministério Público Federal (MPF)
que apura suspeitas de gestão fraudulenta ou temerária na captação e aplicação
de R$ 1 bilhão de sete fundos de pensão a partir de 2009.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a
investigação do TCU foi aberta em fevereiro deste ano a partir de uma
representação do MPF, que já apurava a suspeita de irregularidades na
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e na Fundação
dos Economiários Federais (Funcef), fundo de pensão dos funcionários da Caixa.
Também estão sob suspeita negócios feitos com a Previ (Banco do Brasil), Petros
(Petrobras) e Postalis (Correios).
De acordo com as investigações, os recursos teriam sido
alocados por meio de participações (FIPs) da BR Educacional e Brasil de
Governança Corporativa, empresa que pertencia a Guedes até o final do ano
passado e que foi criada para atuar como gestora de ativos. Para o MPF, as
operações resultaram em ganhos excessivos para Guedes enquanto os fundos de
pensão, que arcaram com o aporte financeiro, tiverem prejuízos ou ganhos
menores que o esperado.
Por meio de nota, a defesa do ministro destacou a
"legalidade e a correção de todas as operações dos fundos, que, diga-se de
passagem, têm sido lucrativos aos cotistas, incluindo os fundos de
pensão".
Durante seminário contra o fim da Previdência Social e
Pública, na Câmara Municipal de Porto Alegre, Fattorelli define como falaciosa
e desnecessária a Reforma da Previdência. Entenda...
Caso a pessoa consiga se aposentar aos 65 anos, deixa de receber o benefício; para pessoas com deficiência, valor ainda é de um salário mínimo
BRASÍLIA - A proposta de reforma da Previdência apresentada nesta quarta-feira, 20, ao Congresso prevê o pagamento de um benefício de R$ 400 a partir dos 60 anos para idosos que comprovarem situação de “miserabilidade”. Caso a pessoa consiga se aposentar aos 65 anos, ela deixa de receber o benefício. Mas se continuar dependente dessa assistência, o valor será elevado a um salário mínimo aos 70 anos. Para pessoas com deficiência, o valor ainda é de um salário mínimo.
O secretário de Previdência, Leonardo Rolim, afirmou que haverá exigências adicionais para comprovar a condição de “miserabilidade” que dará o direito de receber o benefício assistencial. Hoje ele é pago a idosos e pessoas com deficiência que tenham renda familiar per capita de um quarto do salário mínimo. Agora, será exigida uma condição adicional: não ter patrimônio superior a R$ 98 mil (equivalente ao valor da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida).
Atualmente, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) não é menor que um salário mínimo (atualmente, R$ 998). Rolim ressaltou que não há desvinculação do salário mínimo e que há antecipação do início do recebimento do benefício para 60 anos. “Isso dá uma proteção maior, mas diferencia benefício contributivo do não contributivo”, afirmou.
Os valores definidos no texto entregue ao Congresso são diferentes dos propostos pela equipe econômica, na minuta da reforma antecipadapelo Estadão/Broadcast. O valor era de R$ 500 aos 55 anos e aumentaria para R$ 750 aos 65 anos. Haveria ainda um benefício extra para pessoas acima de 70 anos e que tenham contribuído por ao menos dez anos ao INSS. Esse período é insuficiente para pedir aposentadoria, mas vai garantir um adicional de R$ 150.
Segundo o secretário, o valor fixo abaixo do salário mínimo está ligado à lógica de praticamente todos os benefícios de assistência. O Bolsa Família, por exemplo, paga até R$ 372. “Apenas o piso do benefício previdenciário é que é indexado ao salário mínimo. Nenhum outro é indexado”, afirmou.
Rolim também explicou que o abono salarial passará a ser pago apenas a quem recebe um salário mínimo. “O trabalhador de mais baixa renda que depende de força física tem dificuldades, ele não consegue se aposentar, nem receber o benefício mínimo. A ideia é criar progressividade.”
Nova Previdência
Regras da proposta de reforma que foi enviada ao Congresso
Reforma da Previdência 2019 AO VIVO
Acompanhe aqui outras informações sobre a entrega da proposta no Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro.
Rogério Correia diz a verdade ao Alexandre Frota: “Bolsonaro é mentiroso e persegue trabalhadores com reforma da previdência”. pic.twitter.com/VlDoETZmAY
"Estou aqui justamente porque a gente quanto juventude não vai conseguir se aposentar. Todo apoio aos trabalhadores e aposentados é muito válido".Vitória Pereira, 18 anos, é integrante da UMES (SP),presente em ato contra Reforma da Previdência, Sé (SP) #ReajaOuSuaPrevidenciaAcabapic.twitter.com/p1w9bkM4wF
Governo prepara ofensiva publicitária enganosa para dizer à população que a reforma da Previdência vai corrigir distorções e combater privilégios. Uma grande mentira
Jair Bolsonaro (PSL) e sua equipe devem utilizar as mesmas técnicas usadas durante a campanha para a Presidência da República, as fakes news (notícias falsas), além de métodos publicitários mentirosos e ardilosos para que a população acredite que a reforma da Previdência é necessária e que sem ela o país vai quebrar.
O próprio Bolsonaro deverá apresentar a proposta da “Nova Previdência”, em rede nacional de rádio e TV, no próximo dia 20 (quarta-feira), iniciando a campanha de comunicação em defesa das novas regras que, na verdade, dificultam o acesso dos trabalhadores e trabalhadoras à aposentadoria e reduzem o valor dos benefícios que serão pagos pelo INSS.
A proposta prevê a obrigatoriedade de idades mínimas para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres e uma regra de transição de apenas 12 anos, o que prejudica mais os trabalhadores e as trabalhadoras, em especial os que ganham menos, têm uma expectativa de vida mais baixa, entram no mercado de trabalho mais cedo e em profissões que exigem mais esforço físico.
Para defender essa proposta, a campanha publicitária que está sendo preparada vai dizer que a reforma de Bolsonaro vai acabar com as desigualdades - uma mentira de acordo com especialistas e economistas - e que para isso é preciso cortar na carne. A peça publicitária vai focar no combate aos privilégios, outra mentira, já que só atinge o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), onde não existem privilégios.
O publicitário Renato Monteiro, especialista em marketing político, acredita que ao aparecer nas rádios e televisão defendendo sua proposta, Bolsonaro assume o posto de garoto propaganda da campanha publicitária da reforma, aproveitando a confiança que a população ainda tem nele. Ao contrário do ilegítimo Michel Temer (MDB), que não conseguiu aprovar a sua proposta, pois não tinha o apoio da maioria da população.
O que chama a atenção é Bolsonaro dizer que não gostaria de fazer a reforma da Previdência, mas que ela é necessária. Ao dizer isto, ele se coloca como humilde, popular, que dói nele essa situação, mas o país está quebrado e é preciso cortar privilégios
- Renato Monteiro
“Assim, Bolsonaro se aproveita da sua popularidade e da confiança da população, apesar dos recentes escândalos envolvendo seus filhos e membros da sua equipe de governo”, analisa o publicitário, se referindo às denúncias contra o senador Flávio Bolsonaro que estão sendo investigadas pelo Ministério Público.
Essa tese de Renato Monteiro se enquadra nas “10 Estratégias de Manipulação de Massas”, de Noam Chomsky , linguista, filósofo e ativista político norte-americano, chamado de o “pai da linguística moderna”.
Na estratégia nº 4, a “Estratégia do Deferido”, Chomsky diz que os governos e as elites, para manipular as massas, apresentam uma decisão impopular como dolorosa, mas necessária de aplicação futura. É o sacrifício futuro - Bolsonaro diz que a transição da reforma levará 12 anos.
Segundo o linguista, a população tem a tendência de pensar ingenuamente que tudo será resolvido, tudo vai melhorar amanhã, que o sacrifício exigido não chegará.
O publicitário, que já coordenou campanhas de candidatos a Assembleias Estaduais, Câmara Federal e Senado, analisa ainda que, Bolsonaro, com um governo autoritário, deverá contar com todo o arsenal da base conservadora e reacionária do Congresso.
“Com certeza será ali, no Congresso, que ele utilizará todo o seu arsenal e passará o seu rolo compressor. Mas, também não está descartada a hipótese de Bolsonaro aproveitar essa campanha publicitária para fazer “as pazes” com a mídia, após ameaçar cortar verbas públicas de algumas emissoras de TV e jornais contrários a ele”, diz Renato.
Para o secretário de comunicação da CUT Roni Barbosa, a propaganda da reforma da Previdência será uma fake news e ele espera que a população não compre essa ideia porque é um equivoco. A reforma na verdade prejudica os mais pobres e não acaba com privilégios. Servirá apenas para aumentar a miséria.
A dignidade na velhice será uma exceção. O Brasil no futuro terá poucos aposentados, se essa reforma for aprovada
- Roni Barbosa
Reforma não acaba com desigualdade
Quanto ao foco da campanha publicitária que vai falar no fim das desigualdades, Renato Monteiro acredita que, com esse enfoque, Bolsonaro fará um apelo emocional dizendo que quer tirar o país da crise econômica.
Ele se baseia nas informações vazadas pela imprensa e um dos discursos que vêm sendo construído pela equipe governamental é o ataque à aposentadoria por tempo de contribuição, que é de 35 anos para homens e 30 para mulheres.
Segundo os jornais, a peça publicitária vai afirmar que o modelo atual de Previdência beneficia mais os trabalhadores de renda mais alta e de emprego formal por mais tempo, cujo valor do benefício é maior. Segundo eles é, em média, de R$ 3.051,52, como se este valor fosse o salário de um marajá.
Bolsonaro não leva em conta os cálculos do Dieese de que o valor do salário mínimo para uma família de quatro pessoas este ano deveria ser de R$ 3.928,73, portanto acima da média dos benefícios pagos aos “privilegiados”.
“Se o governo citar números vai se contradizer. Há muitos argumentos e dados contrários, como os da CPI da Previdência que mostrou que não há déficit. Creio que a melhor estratégia para a oposição é desmontar os argumentos do governo número a número, racionalizando o debate”, diz Renato Monteiro.
Sobre os números da Previdência não serem favoráveis ao governo, a técnica do Dieese da subseção da CUT, Adriana Marcolino, concorda. Segundo ela, o governo esconde que os trabalhadores de renda mais alta entram mais tarde no mercado de trabalho, depois de terminar a faculdade, em alguns casos depois do mestrado e doutorado, em ocupações menos penosas e ainda se aposentarão com a mesma idade dos mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo em tarefas mais duras.
“Isso pode parecer uma boa ideia para países europeus onde as desigualdades sociais são menores. No Brasil, é mais uma política que reforça desigualdade, atrasa ou impede o benefício”, diz Adriana sobre a proposta de reforma de Bolsonaro.
Possivelmente os mais pobres morrerão antes de se aposentar
- Adriana Marcolino
Já Roni Barbosa acredita que a proposta de reforma, ao contrário do que diz Bolsonaro, irá retirar direitos e piorar a vida dos mais pobres e daqueles que têm que começar a trabalhar muito cedo.
Segundo o dirigente, o governo não vai efetivamente combater a desigualdade. Pelo contrário, irá reforçar as diferenças de renda entre os brasileiros.
“Bolsonaro pretende socializar a miséria e não vai mexer nas castas que deveriam ser mexidas. O governo deveria elevar o piso da aposentadoria e não fazer o contrário, prejudicando os mais pobres e quem entra no mercado de trabalho mais cedo”, diz Roni.
O secretário de comunicação lembra que a proposta de Bolsonaro de capitalização é semelhante a de países como Peru, México, Chile eColômbia, que já não deram certo.
“Nesses países os aposentados recebem menos que o salário mínimo local, e seus governos estão sendo obrigados a rever seus sistemas. Bolsonaro quer que o Brasil vá exatamente para um caminho que já deu errado e ainda vai investir uma fortuna em uma campanha para enganar a classe trabalhadora”, afirma.
“Vamos fazer o nosso papel como dirigentes sindicais, vamos combater a reforma porque é ruim para a classe trabalhadora e vamos deixar claro para os trabalhadores e as trabalhadoras todos os pontos obscuros e mentirosos da campanha publicitária de Bolsonaro”, conclui o dirigente.
Em entrevista ao canal Duplo Expresso, Fattorelli fala sobre a imoralidade da PEC da Reforma da Previdência, que o governo quer aprovar ainda no primeiro semestre.
"O governo não considera todas as fontes, o governo libera determinados setores de contribuir (INSS), o governo dá a "mordida" da DRU, governo não faz investimento na cobrança das contribuições e ainda mantém essa legislação que incentiva a sonegação".
O Brasil quando Lula era presidente Sobrava dinheiro. Quem quebrou o país foi a direita extrema com seu insano ódio contra o pobre. Ainda bem que existe a internet para nos lembrar dessas coisas. Na íntegra >> https://t.co/PQJFI4edR6#Resistencia317Diaspic.twitter.com/WDwOoKkbsW