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terça-feira, 15 de junho de 2021

Número de cidades que confirmam manifestações no 19J salta de 74 para 180 em um dia; veja a lista


Lista das cidades onde estão confirmados protestos contra o governo Bolsonaro, pela vacina e pelo auxílio emergencial saltou de 74 para 180 nesta segunda-feira. Confira se já está marcada manifestação na sua cidade. Brasil 247 está acompanhando a organização dos protestos e a TV 247 irá transmitir ao vivo no sábado


Manifestação na av. Paulista no 29M (Foto: Reprodução)

247 - Até as 19h desta segunda-feira (14), os organizadores confirmaram a realização das manifestações contra Bolsonaro em 180 cidades do Brasil e do exterior no sábado, o 19J. De manhã, eram 74 confirmadas. O número deve aumentar aceleradamente durante a semana. São três as bandeiras dos atos: Fora Bolsonaro, vacinação imediata e auxílio emergencial de R$ 600. O Brasil 247 está acompanhando passo a passo a organização dos protestos e a TV 247 irá acompanhar ao vivo no sábado. Confira abaixo se já está confirmada a manifestação da sua cidade. 

Para participar das manifestações será obrigatório o uso de máscara, álcool gel e manutenção do distanciamento social.

A Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo confirmou a lista das manifestações já confirmadas:


Norte

AC – Rio Branco – Passeata Gameleira até o Palácio Rio Branco | 15h

AM – Manaus – Passeata Praça da Saudade | 15h

AP – Macapá – Praça da Bandeira | 16h

PA – Belém – Caminhada Mercado de São Brás até Praça da República | 8h

PA – Santarém – Praça São Sebastião | 16h

RO – Guajará-Mirim – Parque Circuito | 9h

RO – Ji-Paraná – Casa do Papai Noel | 9h

RO – Porto Velho – Passeata Praça das 3 caixas d’água | 8h

RO – Porto Velho – Carreata 7 de setembro com a Farquar | 8h

RR – Boa Vista – Carreata e ato Centro Cívico até Jaime Brasil | 9h

TO – Palmas – JK Entrada Leste do Palácio Araguaia (Lado da Serra) | 8h30


Nordeste

AL – Maceió – Carro, moto ou a pé Praça Centenário | 9h

AL- Palmeira dos índios – Praça São Cristovão | 9h

BA – Jacobina – Praça do Garimpeiro | 8h30

BA – Jequié – Praça Ruy Barbosa | 9h

BA – Feira de Santana – (Aguardando Infos) BA – Paulo Afonso – Carreata | 9h (Aguardando Infos)

BA – São Luís do Curu – Saída de ônibus rumo à Fortaleza (Aguardando Infos) BA – Salvador – Largo do Campo Grande até Farol da Barra | 14h BA – Serrinha – Carreata | 14h (Aguardando Infos)

BA – Vitória da Conquista – Praça 09 de Novembro | 8h30

CE – Fortaleza – Av. Leste Oeste Santa Edwiges | 15h

CE – Fortaleza – Praça da Gentilândia | 15h30

CE – Tianguá (Região da Ibiapaba) – Em frente ao Mix Atacarejo | 7h

PE – Recife – Praça do Derby indo pela Conde da Boa Vista até Guararapes | 9h

PB – Campina Grande – Praça da Bandeira | 9h

PB – Cajazeiras – Praça das Oiticicas | 9h

PB – João Pessoa – Caminhada e carreata Lyceu Paraibano, rumo ao ponto de Cem Réis | 9h

PI – Piripiri – Praça da Bandeira | 10h

PI – Teresina – Praça Rio Branco | 8h

RN – Mossoró | praça Cícero Dias em frente ao Teatro Municipal | 16h

RN – Natal – Midway Mall até Natal Shopping Center | 15h

SE – Aracaju – Praça da Bandeira | 9h

SE – Itabaiana – Carreata, Calçadão Airton Teles (Anfiteatro) | 16h


Centro-Oeste

DF – Brasília – Carreata Praça do Buriti (até a Esplanada) | 8h

DF – Brasília – Caminhada Biblioteca Nacional | 9h

GO – Cidade de Goiás – Praça do Chafariz | 9h30

GO – Goiânia – Caminhada e Carreata Praça Cívica | 9h

MT – Cuiabá – Prainha – Ato Simbólico | 6h

MT – Cuiabá – Carreata SESC Arsenal – Sentido Santa Isabel | 8h

MT – Cuiabá – Praça Alencastro | 11h

MS – Bonito – Praça da Liberdade | 16h

MS – Campo Grande – Praça do Rádio | 9h

MS – Corumbá – Concentração na Frei Mariano com a Dom Aquino | 8h30

MS – Dourados – Praça Antônio João | 9h30

MS – Três Lagoas – Praça do Relógio | 9h


Sudeste

ES – Vitória – Carro, Bike e a pé UFES até Assembléia Legislativa | 15h
MG – Alfenas – Praça da Rodoviária Antiga | 15h30
MG – Araguari – em frente ao Bosque John Kennedy |10h
MG – Barbacena – em frente à Policlínica | 10h
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade até Praça da Estação | 13h30
MG – Betim – Viaduto do Jacintão | 9h
MG – Brumadinho- Concentração no Letreiro e caminhada até a Praça da Rodoviária | 10h
MG – Campo Belo – Praça dos Expedicionários | 9h30
MG – Caratinga – Praça da Estação | 15h
MG – Conselheiro Lafaiete – Praça Barão de Queluz | 13h
MG – Divinópolis – Rua São Paulo | 9h
MG – Divinópolis – Praça Santuário | 10h
MG – Governador Valadares – Praça da Estação | 10h
MG – Ipatinga Praça Primeiro de Maio | 9h
MG – Itabira – Rodoviária | 9h
MG – Itaúna – Praça da Matriz | 9h
MG – Juiz de Fora – Parque Halfeld | 10h
MG – Lafaiete – Praça Barão de Queluz | 13h
MG – Lavras – Praça Dr. Augusto Silva | 10h
MG – Montes Claros – Praça do automóvel clube | 9h
MG – Muriaé – Parque de Exposições | 9h
MG – Ouro Preto – Praça Tiradentes | 10h
MG – Passos – Estação Cultura | 10h
MG – Ribeirão das Neves – Praça de Justinópolis | 9h
MG – São Sebastião do Paraíso – Carreata – Rua José Braz Neves n° 100 | 15h
MG – São João Del Rei – Em frente ao Dom Bosco | 10h
MG – São Lourenço – Calçadão II | 14h30
MG – Sete Lagoas – Praça Tiradentes | 9h
MG – Ubá – Av. Comendador Jacinto Soares de Souza Lima | 15h30
MG – Uberaba – Praça Rui Barbosa | 9h
MG – Uberlândia – Praça Ismene Mendes | 9h30
MG – Varginha – Praça do ET | 10h
MG – Viçosa – 4 Pilastras | 9h30
SP – Bauru – Praça Rui Barbosa | 14h
SP – Campinas – Caminhada Largo do Rosário até Centro | 10h
SP – Caraguatatuba – (Aguardando Infos)
SP – Carapicuíba – Ato Simbólico na Vila Dirce e ida à Av. Paulista | 10h
SP – Diadema – Terminal Diadema | 14h SP – Ilhabela – Praça da Mangueira | 15h
SP – Indaiatuba – Av. Francisco de Paula Leite esquina do SESI em frente ao posto BR | 14h SP – Jacareí – Pátio dos Trilhos – 9h30 SP – Jaú – Em frente ao Cemitério | 9h
SP – Laranjal Paulista – Carreata Cemitério da Saudade | 13h30 e Ato Simbólico Largo São João | 14h30
SP – Lorena – Praça Arnolfo Azevedo | 9h
SP – Piracicaba – Praça José Bonifácio | 10h
SP – Ribeirão Preto – Passeata Esplanada do Teatro Pedro II | 9h
SP – Santo André – Praça do Carmo | 10h
SP – Santo André – Paço Municipal | 13h
SP -São Bernardo – Carreata Rua Odeon (Colégio Vereda atrás do Terminal Ferrazópolis) | 10h
SP – Santos – Estação da Cidadania | 16h
SP – São José dos Campos – Praça Afonso Pena | 9h
SP – São Luiz do Paraitinga – Carreata – Bairro do Orris | 15h
SP – São Paulo – MASP | 16h
SP – São Sebastião – Costa Sul – Praça Por do Sol – Boiçucanga | 16h
SP – Sorocaba – Praça Coronel Fernando Prestes (Catedral) | 10h
SP – Taubaté – Bolsão Avenida do Povo | 9h
SP – Ubatuba – Rotatória do Pescador | 16h
SP – Osasco – Caminhada Rua Antônio Agu/Estação de Osasco | 13h30
RJ – Angra dos Reis – Praça do Papão | 9h
RJ – Barra do Piraí – Carreata Rua Angélica (Light) | 8h30
RJ – Barra Mansa | (Aguardando Infos)
RJ – Bom Jesus de Itabapoana | Praça Governador Portela | (Aguardando Infos)
RJ – Campos – Praça São Salvador | 9h
RJ – Itaperuna | Concha Acústica | 16h
RJ – Macaé – Praça Veríssimo de Melo | 9h30
RJ – Nova Friburgo – Praça Demerval Barbosa | 14h
RJ – Nova Iguaçu – Praça Direitos Humanos Via Light | 9h
RJ – Petrópolis | Praça da Inconfidência | 11h
RJ – Resende – Mercado Popular | 10h
RJ – Rio das Ostras – Posto de saúde da Família Âncora | 9h
RJ – Rio de Janeiro – Monumento Zumbi dos Palmares até Candelária | 10h
RJ – Santo Antônio de Pádua | (Aguardando Infos)
RJ – Teresópolis | Praça do Sakura | 9h
RJ – Valença – Jardim de Cima | 10h
RJ – Volta Redonda – Vila UFF | 9h


Sul

PR – Curitiba – Praça Santos Andrade | 15h
PR – Londrina – Em frente ao Teatro Ouro Verde | 16h
PR – Ponta Grossa – Praça Barão de Guaraúna | 15h
RS – Porto Alegre – Ato 150 anos da CARRIS (Aguardando Infos)
RS – Porto Alegre – Largo Glênio Peres | 15h
RS – Porto Alegre – Mercado Municipal em marcha até Largo Zumbi dos Palmares | 15h
RS – Caçapava do Sul – Caminhada a partir das 15h com saída da praça do Noca até o largo da matriz.
SC – Araranguá – Relógio do Sol | 9h
SC – Blumenau – Praça do Teatro Carlos Gomes | 10h
SC – Brusque – Ato distribuição de máscaras e arrecadação de alimentos Praça Gilberto Colzani (Praça do Chafariz) | 10h
SC – Chapecó – Praça Coronel Bertaso em frente à Catedral | 9h30
SC – Criciúma – Praça da Chaminé | 9h
SC – Florianópolis – Praça Tancredo Neves (Praça da ALESC) | 9h
SC – Garopaba – Carreata e Bicicletada Rua Álvaro E. Nascimento | 15h
SC – Itajaí – Calçadão da Hercílio Luz | 10h
SC – Joinville – Praça da Bandeira | 10h
SC – Lages – Praça João Costa (Calçadão) | 15h
SC – Rio do Sul – Ato e Arrecadação de alimentos Praça Ermembergo Pellizzetti | 9h30
SC – São Miguel do Oeste – Ato no Trevo | 10h
SC – Tubarão – Carreata e Caminhada Praça da Arena Multiuso | 13h30
SC – Xanxerê – Ato na Praça | 9h30


 Atos no Exterior

18/06
EUA – Washington – Consulado do Brasil em Washington – 1030 15th St NW | 12h (horário local) 19/06

Alemanha – Berlim – Pariser Platz Brandenburger Tor | 11h45 (horário local)
Alemanha – Colônia – Roncalli Platz | 16h (horário local)
Alemanha – Frankfurt – Romënberg (descer na Estação Römer)| 15h (horário local)
Alemanha – Leipzig – (Aguardando Infos)
Alemanha – Munique – Geschwister-Scholl-Platz | 16h (horário local)
Bélgica – Bruxelas – em frente à Embaixada do Brasil | 16h (horário local)
Canadá – Montreal – no Monument à George-Étienne Cartier| (Aguardando Infos)
Canadá – Quebec – (Aguardando Infos)
Dinamarca – Aarhus – Mølleparken | 15h (horário local)
Espanha – Madrid – Saída de Cibeles até Sol| 18h (horário local)
Espanha – Barcelona – (Aguardando Infos)
Espanha – Palma de Maiorca – Parc de la Mar (em frente ao Painel Joan Miró) | 20h (horário local)
EUA – Nova York – Union Square| 16h (horário local)
EUA – Boston – Consulado do Brasil em Boston| 14h (horário local)
EUA – Chicago – (Aguardando Infos)
EUA – Los Angeles – em frente ao Federal Building (11000 Wilshire Blvd, LA) | 10h (horário local)
EUA – Flórida – Delray Beach | 9h (horário local)
EUA – Flórida – Deerfield Beach | 10h (horário local)
França – Paris – (Aguardando Infos)
Grécia – Atenas – (Aguardando Infos)
Holanda – Amsterdam – Dam 1 | 14h30 (horário local)  Inglaterra – Londres – Embaixada do Brasil | 12h (horário local)  Inglaterra – Londres – Embaixada do Brasil | 14h (horário local)  Inglaterra – Oxford – Fernando’s Cafe City Center | 13h (horário local)
Irlanda – Dublin – Spire| 10h (horário local)
Irlanda – Cork – Dount Square| 10h (horário local)
Irlanda – Galway – Spanish Arch | 14h (horário local)
Itália – Bolonha – (Aguardando Infos)
Portugal – Coimbra – Praça 8 de Maio | 11h (horário local)
Portugal – Lisboa – Parque Eduardo VII (Junto à Bandeira de Portugal) | 15h30 (horário local)
Portugal – Porto – Centro Português de Fotografia, Largo Amor de Perdição | 16h (horário local)
Portugal – Porto – Av. dos Aliados | 18h (horário local)
Reino Unido – Londres – Embaixada do Brasil | 12h (horário local)
Reino Unido – Londres – Embaixada do Brasil | 14h (horário local)
Reino Unido – Oxford – Fernando’s Cafe City Center | 13h (horário local)
República Tcheca – Praga – Národnímu Muzeu | 15h
Suíça – Zurich- LandesMuseum| 11h (horário local)
Suíça – Genebra – (*Aguardando Infos)

20/06
Itália – Roma – Piazzale Del Verano 20h (horário local)


Rede TVT

Novos protestos acontecerão na próxima semana organizados pelas centrais sindicais e movimentos sociais.

Na sexta-feira, dia 18, as centrais farão atos nos locais de trabalho e terminais de transporte público.

Já no sábado, dia 19, será realizado outro grande ato nacional pelo impeachment de Bolsonaro. As manifestações também estão previstas para acontecer em outros países.  11 de jun. de 2021

Assista ao VÍDEO


quarta-feira, 9 de junho de 2021

Com agravamento da crise, Guedes já admite prorrogar auxílio por "mais 2 ou 3 meses"


Informação foi dada pelo ministro em encontro com empresários; para entidades sociais, é preciso mais do que isso


Atualmente, auxílio emergencial está na segunda rodada e teve valor reduzido para uma média que varia de R$ 150 a R$ 375; oposição quer retorno dos R$ 600 - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Prevista para acabar em julho deste ano, a atual rodada do auxílio emergencial já é alvo de novo debate para discutir a prorrogação do benefício. Em meio às pressões que surgem contra o governo por conta do agravamento da crise socioeconômica, o ministro Paulo Guedes afirmou, nesta terça (8), que o benefício será renovado por “dois ou três meses”.

Segundo o mandatário, os governadores disseram que a população adulta estaria integralmente vacinada até setembro, quando, na visão do governo, poderia acabar o prazo do auxílio, que pode vir a ser prorrogado por mais um mês. A declaração foi dada pelo mandatário durante evento com a iniciativa privada.

::Auxílio emergencial: confira os saques liberados nesta semana::

A duração da próxima rodada do benefício apontada por Guedes é vista como insuficiente por entidades civis que acompanham o tema da pobreza no país. É o caso dos integrantes da campanha Renda Básica que Queremos, uma articulação que aglutina dezenas de organizações. O grupo defende a liberação de parcelas durante toda a crise sanitária, que segue em alta e sem previsão de acabar.

“Não dá pra prever muito até quando deveria ser, mas, lembrando que essa crise não é só da pandemia, o auxílio deveria ser uma política permanente de renda básica porque a crise do trabalho, a crise do capitalismo que a gente vive mostra cada vez mais essa necessidade”, afirma Marcelo Edmundo, da coordenação da Central de Movimentos Populares (CMP).

O dirigente destaca a expectativa que se cria, entre a população de baixa renda, em relação a um socorro estatal diante do aprofundamento do cenário de crise.

“Por isso nossa pressão no governo será permanente, até porque a necessidade das pessoas também é permanente, e isso se junta às pressões sobre outras coisas que atingem os mais pobres, como despejo e falta de moradia. O auxílio seria algo mínimo pra dar um pouco de alívio pra essas pessoas porque, todo mundo sabe, o custo de vida aumentou, há muitos desempregados, etc.”, argumenta Edmundo.


Legislativo

A possibilidade de prorrogação da atual leva do auxílio emergencial está prevista na Medida Provisória (MP) 1039, por isso a questão não careceria de análise do Congresso Nacional, ficando na dependência apenas de um ato formal do Poder Executivo. A proposta ventilada nesta terça pelo ministro Paulo Guedes ainda não foi oficializada.

Do outro lado do jogo político, a oposição segue em coro por um aumento no valor das fatias. Em geral, o grupo defende que o pagamento volte a ser de R$ 600, com possibilidade de se liberar R$ 1.200 para mães chefes de família, como ocorreu no primeiro bloco do auxílio, em 2020. A gestão Bolsonaro tem rechaçado a possibilidade desde então, vivendo um embate com o segmento.

“Essa discussão dos R$ 600 hoje é unificadora do campo de esquerda. O que vejo é que a direita acha que não dá pra ficar sem uma resposta, se o governo quiser ser competitivo eleitoralmente”, registra o deputado Ivan Valente (SP), vice-líder da bancada do Psol.

A menção do parlamentar se refere a uma articulação de bastidor envolvendo atores do centrão que apoiam a ideia de reeleição de Bolsonaro e pressionam a gestão pela implementação de algum programa de apelo popular nos moldes do Bolsa Família. A ideia, já sinalizada pelo governo em momentos anteriores, seria reformular a política atual, mas a medida ainda não saiu do discurso.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, tem feito coro contrário à ideia de extensão do auxílio emergencial. Na segunda (7), ele defendeu que, em vez de deliberar a prorrogação do beneficio, o governo aprove um novo programa social até julho no Congresso.

Há, no grupo dos parlamentares aliados a Bolsonaro, quem defenda a implementação de um valor mensal de R$ 400 até o pleito de 2022, para tentar turbinar o capital eleitoral do presidente, hoje desgastado pelas crises sanitária e socioeconômica.


Queda de braço

Na época da votação do primeiro auxílio, marcada pelo início da pandemia no país, a gestão vinha sendo duramente pressionada a socorrer especialmente trabalhadores informais e defendeu um benefício no patamar de R$ 200. Uma queda de braço com opositores e partidos de siglas do centrão resultou na fixação do valor de R$ 600 para o primeiro auxílio, a contragosto do governo Bolsonaro.

“Por que o Lira não coloca em votação? Porque, se colocar, vai acontecer a mesma coisa que aconteceu ano passado: de R$ 200, que foi a proposta do governo, vai pra R$ 600. E precisa ir ao menos pra R$ 600, sendo R$ 1.200 pra monoparentais. Isso ajudou, no ano passado, o comércio e a indústria a gerarem emprego e a não se deixar o povo morrer de fome”, afirma o líder do PT na Câmara, Bohn Gass (RS), ao sugerir que Lira e o governo temem a aprovação de valores mais robustos.  

Atualmente o benefício está na segunda rodada e teve valor reduzido para uma média que varia de R$ 150 a R$ 375. O pagamento hoje também é mais restrito e atende 22,6 milhões de trabalhadores a menos que em 2020, atingindo 45,6 milhões de pessoas.

Edição: Vinícius Segalla

Fonte: Brasil de Fato


Jornal da Gazeta

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou hoje que o Governo vai estender o pagamento do Auxílio Emergencial. 8 de jun. de 2021

Assista ao vídeo



sábado, 6 de março de 2021

Turma do Bolsocaro lança mais um vídeo nas redes e bomba campanha contra presidente; assista


Mobilização anônima toma as redes e as ruas destacando a alta dos preços dos alimentos; "Todo dia é dia de preço alto no Brasil. Não é caro, é bolsocaro"





A turma do “Bolsocaro” ataca novamente e vem bombando nas redes sociais com um vídeo denunciando a alta nos preços dos alimentos no Brasil e a associando diretamente com o governo de Jair Bolsonaro.

A mobilização anônima começou nas ruas no último domingo (28) com lambe-lambes espalhados em diversos pontos do país. Os cartazes se assemelham a anúncios de preço de supermercado e destacam a alta do preço de itens como arroz, carne, gás de cozinha, cesta básica e gasolina.

Nesta sexta-feira (5), o grupo de ativistas lançou um novo vídeo em que um narrador, ao estilo locutor de supermercado, anuncia as “ofertas” do Brasil de Bolsonaro.

“Todo dia é dia de preço alto no Brasil do Bolsonaro. Batata normal: de 2 reais o quilo em 2018, por 7 reais o quilo em 2021. Carne de segunda: agora 45 reais o quilo. Não é caro, é bolsocaro!”, diz o locutor em um dos trechos do vídeo, que ainda cita a redução do auxílio emergencial, os cheques depositados por Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro e também a mansão de R$6 milhões comprada por Flávio Bolsonaro.

“Vacina contra a Covid? Essa quase não tem”, debocha ainda a campanha.

Alguns chegaram a aventar nas redes que a mobilização estaria sendo encampada por grupos de direita liberal, mas Fórum teve contato com seus organizadores e eles são, na verdade, ligados ao setor progressista.

Fonte: Revista Fórum


Revista Fórum

Turma do Bolsocaro lança mais um vídeo nas redes e bomba campanha contra presidente;

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

Valor do auxílio emergencial vai de R$ 150 para quem mora sozinho a R$ 375 para mulher chefe de família; entenda


Não terão direito ao auxílio pessoas que recebem benefício do governo, como aposentadoria, pensão, BPC, seguro desemprego, trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos e militares



 

As regras para o auxílio emergencial mudaram. A partir de agora, o benefício será distribuído de forma escalonada, considerando a composição familiar. O valor do novo auxílio será de R$ 250; para quem mora sozinho, R$ 150; e mulheres com filhos receberão R$ 375.

Os valores deverão ser pagos em quatro parcelas a somente um integrante da família e não poderão ser acumulados. Serão mantidos os critérios de renda para acessar o benefício: meio salário mínimo por pessoa da família (R$ 550) e até três salários mínimos (R$ 3,3 mil). 

Os fatores serão aplicados conjuntamente, o que quer dizer que uma família de três pessoas com renda de até três pisos não poderá ser beneficiada.

Também não terão direito ao auxílio, pessoas que recebem algum tipo de benefício do governo, como aposentadoria, pensão, benefício de prestação continuada (BPC), seguro desemprego, trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos e militares.

Uma Medida Provisória (MP), que será editada nos próximos dias, vai mostrar os detalhes para que os pagamentos sejam efetuados ainda em março.

Com informações de O Globo

Fonte: Revista Fórum


No Twitter


 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Domingo teve dia de mobilizações por Fora Bolsonaro, vacina e auxílio emergencial (vídeos)


Com carreatas e bicicletadas, as manifestações ocorreram em pelo menos em 12 estados, além do Distrito Federal, no segundo dia seguido de protestos



 

Brasil de Fato - Este domingo (21) foi marcado por mais uma onda de protestos para reforçar o pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com carreatas e bicicletadas, as manifestações ocorreram em pelo menos em 12 estados, além do Distrito Federal, e foram coordenadas pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. 

O pedido de saída do atual mandatário, sustentado especialmente pelos erros na condução do combate à pandemia no Brasil, que já matou mais de 245 mil pessoas, se soma a outras pautas prioritárias levadas às ruas pelos movimentos, como a garantia da vacina contra a covid-19 para toda a população e a retomada do auxílio emergencial.

Confira algumas fotos e vídeos:


 

 

 

 

 

 

 


Fonte:  Brasil 247


Poder360

Carreatas contra o presidente Jair Bolsonaro reuniram manifestantes na manhã e início de tarde deste domingo (21.fev.2021) em Brasília (DF) e outras cidades do país.

Assista ao VÍDEO


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Rejeição ao trabalho de Bolsonaro volta a 48%, o recorde na pandemia


Taxa é igual à de junho de 2020. Desaprovação ao governo é de 49%


O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista do Palácio do Planalto; rejeição a seu trabalho é a mais alta

O trabalho de Jair Bolsonaro como presidente é rejeitado por 48% dos brasileiros. A proporção dos que consideram o desempenho do mandatário “ruim/péssimo” não ficava tão alta desde junho de 2020, quando alcançou os mesmos 48%.

A taxa está 7 pontos percentuais maior do que a de 15 dias, quando a desaprovação era de 41%. O grupo que o avalia como “regular” também caiu: eram 22%; agora são 18%. É o que mostra pesquisa PoderData realizada de 15 a 17 de fevereiro de 2021.



A taxa dos que consideram o trabalho de Bolsonaro “ótimo/bom” variou dentro da margem de erro da pesquisa: de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Ficou em 31%.

Apesar do aumento da rejeição, desde o início da pandemia, mesmo nos seus piores momentos, como agora, nunca Bolsonaro deixou de ter o apoio de aproximadamente ⅓ do eleitorado.

No levantamento desta semana, pelo menos 2 fatores podem ter impulsionado a queda da popularidade do trabalho pessoal do presidente:

  • auxílio emergencial: o efeito do término definitivo do pagamento (agora sentido por todos que recebiam) e as indefinições a respeito da prorrogação. Até o fim de janeiro, Bolsonaro insistia na interrupção. Agora, já fala que o benefício voltará em março. Saiba o que estuda o governo;
  • vacinação contra covid-19: a pesquisa coincidiu com o período no qual diversas cidades anunciaram a suspensão da imunização por falta de doses.

Não por acaso, a rejeição ultrapassa os 50% em todas as faixas de renda acima de 2 salários mínimos. Nas demais, a reprovação também está acima dos que consideram o trabalho de Bolsonaro “ótimo/bom”. O desempenho entre os mais pobres piorou frente à última pesquisa.



A pesquisa foi realizada pelo PoderDatadivisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 457 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os brasileiros que representem de forma fiel o conjunto da população.

Eis os recortes por sexo, idade, região, nível de instrução e renda:




AVALIAÇÃO DO GOVERNO

Quando o PoderData faz uma pergunta simples (“você aprova ou desaprova o governo?”), as variações ficaram dentro da margem de erro (2 pontos percentuais).

Os que desaprovam são 49% (eram 48% há duas semanas). Já os que aprovam somam 43% (antes, eram 40%).

As repostas a essa pergunta indicam que, apesar do mau momento, Bolsonaro segue ainda com apoio expressivo quando o eleitor é forçado a dizer de maneira binária se aprova ou desaprova o governo.



Quando se levam em conta os recortes demográficos é possível identificar maior desaprovação entre: mulheres (53%); pessoas de 25 a 44 anos ou com mais de 60 (53%); na região Nordeste (54%); pessoas com nível superior (61%) e com renda de 2 a 5 salários mínimos (60%).

Leia a estratificação completa:




OS 18% QUE ACHAM BOLSONARO “REGULAR”

No Brasil, pergunta-se aos eleitores como avaliam o trabalho do governante. As respostas podem ser: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.

Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo.

Os resultados mostram que 43% desse grupo dizem aprovar o governo quando dadas apenas duas opções. Os que desaprovam são 49%.



A taxa dos que avaliam o desempenho do governo positivamente dentre este grupo cresceu 7 pontos percentuais em relação à última pesquisa. Eis a evolução dentro deste recorte:



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Informações deste post foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.


Band Jornalismo

Desaprovação do presidente Bolsonaro cresce 7 pontos percentuais

A avaliação do presidente Jair Bolsonaro piorou neste mês de fevereiro. O grupo dos que avaliam o trabalho dele como ruim ou péssimo cresceu de 41% para 48%, ou seja, alta de sete pontos percentuais.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Bolsa Família: taxar ricos para financiar política social elevaria PIB em 2,4%, diz estudo da USP


Aumentar a tributação sobre os mais ricos para transferir renda aos mais pobres pode contribuir para a recuperação da atividade econômica, além de reduzir a desigualdade, aponta estudo inédito realizado pelo Made-USP (Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da Universidade de São Paulo).


Uma política de proteção social financiada a partir da tributação do 1% mais rico, que garanta a transferência de R$ 125 por mês para os 30% mais pobres, pode ter um impacto positivo de 2,4% no PIB, diz estudo realizado pelo Made-USP

Conforme o estudo, cujos resultados serão publicados em nota técnica nesta segunda-feira (15/2), uma política de proteção social financiada a partir da tributação do 1% mais rico, que garanta a transferência de R$ 125 por mês para os 30% mais pobres, pode ter um impacto positivo de 2,4% no PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, por exemplo, ao longo de um determinado período, como um ano ou um trimestre).

"A redução da desigualdade tem benefícios em si. Sabemos que ela tem custos que não só têm a ver com o direito à renda e à dignidade humana, mas tem também efeitos políticos, pois a desigualdade tende a criar distorções no próprio sistema democrático", diz Laura Carvalho, professora da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo).

"Então existem outros objetivos para reduzir a desigualdade, que não o crescimento econômico. Mas, muitas vezes, parece que no debate há um dilema entre crescer ou distribuir", observa a economista, uma das autoras do estudo, ao lado de Rodrigo Toneto e Theo Ribas.

"Isso cada vez mais está se revelando uma coisa que não tem sustentação empírica, por isso resolvemos demonstrar com dados um dos mecanismos que mostra que é perfeitamente possível desenhar um programa que combine redução da desigualdade com aumento do ritmo de crescimento econômico. Porque esses objetivos não são contraditórios."


Pobres consomem parcela maior da renda do que ricos

A professora da USP explica que o estudo buscou analisar o efeito que diferentes tipos de programas de redistribuição podem ter sobre o PIB e a geração de renda na economia.

"Existe um princípio na macroeconomia que é a ideia do 'multiplicador do orçamento equilibrado'", diz Carvalho.

"Ele prevê que, mesmo que o governo não gaste mais, não deteriore as contas públicas, destinando uma arrecadação via tributação da renda no topo para transferir renda para a base, sem nenhum impacto no Orçamento, ele pode conseguir um impacto de crescimento econômico porque quem está na base da pirâmide tem uma propensão a consumir maior, enquanto os mais ricos poupam relativamente mais da sua renda do que os mais pobres."

Analisando dados da POF do IBGE (Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2017-2018, os pesquisadores encontraram que, enquanto os 10% mais pobres gastam 87% da sua renda em consumo, esse valor cai para 24% entre os que compõem o 1% mais rico.

Enquanto os 10% mais pobres gastam 87% da sua renda em consumo, esse valor cai para 24% entre os que compõem o 1% mais rico

Efeito multiplicador da transferência de renda

Levando em conta então a atual estrutura de distribuição de renda da economia brasileira e as diferentes propensões a consumir de cada faixa de renda, os economistas mostram que, cada R$ 100 transferidos do 1% mais rico para os 30% mais pobres geram uma expansão de R$ 106,70 na economia.

No caso do auxílio emergencial de 2020, cada R$ 100 pagos por meio do programa têm um efeito de aumento da renda agregada de R$140, calculam os pesquisadores.

"No caso do auxílio, o efeito multiplicador é maior pois o volume de recursos destinado a essa política foi muito elevado. Foi um programa emergencial, mas muito amplo, com pouco mais de 4% do PIB de 2020 destinado a essa política de transferência de renda", observa Carvalho.

Por fim, os pesquisadores analisam uma política social financiada a partir de tributos cobrados dos 1% mais ricos e que garanta R$ 125 mensais para os 30% mais pobres.

"A política que estamos testando como permanente é menor do que o auxílio emergencial. É pensada como uma política que possa ser financiada todo ano, algo que possa ser sustentável", diz a professora da USP.

Devido às diferentes propensões para consumir dos diversos estratos de renda, essa política elevaria o "multiplicador" da economia citado pela professora da USP. Nesse cenário hipotético, esse multiplicador passaria do atual 1,875, que resulta da estrutura de tributação e transferências vigente hoje, para 1,915.

"Quando você faz uma política assim, que altera a atual estrutura de transferências, expandindo o Bolsa Família, e ao mesmo tempo altera a atual estrutura de tributação, tornando ela mais progressiva, você muda a distribuição de renda na economia", explica Carvalho.

"Aumenta a parcela da renda apropriada pela base e diminui a parcela apropriada pelo topo. A partir disso, como os estratos inferiores, que têm uma propensão a consumir maior, vão estar se apropriando de uma parcela maior da renda, isso altera o efeito multiplicador, ampliando esse efeito", acrescenta a economista.

"Esse é um dos fatores que explicam por que reduzir desigualdade é positivo para o crescimento econômico. Porque, ao distribuir melhor a renda adicional, há efeitos de consumo importantes."

Nesse cenário, uma mesma transferência de R$ 100 aos mais pobres elevaria a renda agregada em R$ 109. Como resultado, os economistas estimam que o impacto positivo sobre o PIB seria de 2,4%.

Fim do auxílio emergencial causa aumento abruto da desigualdade e prejudica a capacidade de recuperação da economia


Auxílio emergencial expôs a insuficiência do Bolsa Família

Na avaliação da professora, o país tem hoje dois problemas com relação às políticas sociais.

O primeiro deles é o fim do auxílio emergencial que causa de maneira abrupta um aumento da desigualdade e prejudica a capacidade de recuperação da economia. Para Carvalho, a retomada do auxílio poderia ser financiada com emissão de dívida, porque o país ainda se encontra numa situação emergencial.

Para além desse problema conjuntural, a economista avalia que é preciso discutir uma expansão permanente dos programas de transferência de renda, particularmente do Bolsa Família.

"Hoje está claro que o Bolsa Família é insuficiente para funcionar como um protetor para um conjunto da população que tem renda que oscila muito e está sujeita a cair na pobreza extrema", avalia a economista.

"Pensamos num programa fiscalmente neutro [que não gera gasto adicional ao governo] para que ele seja pensado como uma solução sustentável, permanente, que não contribua para uma deterioração do Orçamento e que contribua para reduzir desigualdade e para recuperar a economia, melhorando o ritmo de crescimento a médio e longo prazo."

Foto de Tuca Vieira que mostra Paraisópolis e prédio de luxo do Morumbi rodou o mundo e virou símbolo da desigualdade social


E como taxar os mais ricos?

Embora esse não seja o objeto da nota técnica publicada nesta segunda-feira, Carvalho elenca alternativas para aumentar a tributação sobre o 1% mais rico.

"Temos um tipo de desigualdade que é muito elevada, sobretudo pela alta concentração de renda no topo. Não há uma disparidade tão grande entre o meio e a base da distribuição. E boa parte dessa alta concentração no topo é explicada pelo fato de que esse 1% hoje paga uma alíquota efetiva de tributos sobre a renda menor do que os estratos que vêm em seguida", diz a professora.

Conforme a economista, isso se explica em parte pela isenção de tributação de imposto de renda sobre lucros e dividendos.

"Esse é um dos elementos que faz com que quem recebe renda do capital, e não renda do trabalho, não pague a alíquota de 27,5% (faixa mais alta da tributação de renda no Brasil). Eliminar essa isenção já aumentaria a alíquota efetiva dos mais ricos", sugere.

Outro elemento que contribui para o baixo patamar de tributação dos mais abastados são as deduções de despesas com saúde e educação privadas no Imposto de Renda. "Isso também beneficia desproporcionalmente o topo da distribuição."

Uma terceira medida seria criar uma faixa adicional de tributação para o topo, com uma alíquota mais alta do que os atuais 27,5%. "Muita gente poderia dizer 'isso vai espantar os ricos do Brasil'. Não. Na verdade, 27,5% de alíquota máxima é um patamar muito baixo, se comparado a outros países", destaca a economista.

Ela lembra que os Estados Unidos, por exemplo, têm alíquota marginal máxima de 40%.

"Temos bastante margem de manobra ainda para criar uma tributação concentrada nesse topo que hoje paga tão pouco em relação à sua renda em impostos na pessoa física", avalia, sugerindo uma alíquota marginal máxima de 35% para quem está nesse 1% mais rico da população, que concentra mais de 25% da renda nacional.

'No debate sobre a criação do programa Renda Brasil ou Renda Cidadã no ano passado, só foram consideradas alternativas de financiamento que viriam de outros programas sociais', diz Carvalho

Debate sobre injustiça do sistema tributário avançou

Segundo Carvalho, a mudança proposta por ela e seus coautores, por mexer com o Imposto de Renda, só teria efeito no ano seguinte à sua aprovação.

"Esse desenho é pensado já para o pós-pandemia, não para o momento atual, de 2021, que ao nosso ver depende mesmo de alguma forma de prorrogação emergencial do auxílio", diz a professora.

A economista avalia que o debate sobre as injustiças do sistema tributário brasileiro avançou muito nos últimos anos, com o tema presente nos programas de boa parte das candidaturas presidenciais em 2018 e a questão da reforma tributária chegando a cada vez mais consensos entre os economistas.

"Na pandemia, também vimos crescer o apoio a uma expansão permanente da rede de proteção social no Brasil", diz Carvalho.

"Ficou muito exposta a vulnerabilidade de trabalhadores informais, dos trabalhadores da base da pirâmide, diante de uma economia que não tem crescido, nem aumentado o grau de formalização. São trabalhadores que veem sua renda oscilar e podem entrar e sair da pobreza de maneira muito rápida, e às vezes serem engolidos por uma espiral de pobreza."

Apesar desse avanço dos consensos no debate econômico, a professora avalia que o cenário político não favorece programas que tributem os mais ricos para distribuir aos mais pobres.

"Um dos sinais disso foi que, no debate sobre a criação do programa Renda Brasil ou Renda Cidadã no ano passado, só foram consideradas alternativas de financiamento que viriam de outros programas sociais. Ou seja, que atingiriam o meio da pirâmide para financiar uma eventual expansão das transferências para a base. Sequer foi considerada a possibilidade de tributação dos mais ricos para transferir para os mais pobres", observa a professora.

"Isso é sintomático de que não parece ser interesse da equipe econômica do governo aumentar e melhorar a progressividade da nossa estrutura tributária e, com isso, bater de frente com interesses do topo da pirâmide."


Teto de gastos é barreira

A economista lembra que parlamentares chegaram a apresentar propostas nessa linha para financiar uma expansão do Bolsa Família. Mas que isso esbarra num outro problema atual, que é o desenho do teto de gastos, regra que impede que a despesa do governo cresça acima da inflação do ano anterior.

"O desenho do nosso teto de gastos faz com que uma maior arrecadação não possa se converter em maiores despesas, porque o teto está fixado para o gasto, independente do quanto se arrecada", explica a professora.

Assim, o modelo de tributação e transferência proposto pelos pesquisadores pressupõe algum tipo de mudança na regra do teto de gastos.

"Hoje não há espaço no teto para uma expansão da assistência social. Não à toa, o próprio governo chegou num impasse com o Orçamento de 2021, que o Congresso até agora não aprovou, porque claramente não há espaço nele para as despesas emergenciais, mesmo nesse momento de pandemia", diz Carvalho.

"O ideal então seria redesenharmos o teto, de maneira que ele seja sustentável e que mantenha a transparência da política fiscal, ao invés de manter um teto 'para inglês ver' e fazer manobras em volta dele, que é o que acontece atualmente."


Fonte: BBC News Brasil


henriquefontana

A votação de um pacote de tributos emergências poderá financiar um amplo programa de proteção social aos mais vulneráveis que hoje passam fome no Brasil. A cobrança de impostos sobre grandes fortunas e a volta da taxação de lucros e dividendos poderão amenizar o sofrimento de tantos que foram atingidos pela pandemia e pelo impacto negativo da política econômica do governo Bolsonaro.

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Rio suspende vacinação por falta de doses enquanto Bolsonaro aglomera em praia de SC


Enquanto o presidente Jair Bolsonaro aglomera na Praia do Forte, em São Francisco do Sul (SC), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), anuncia que a cidade terá de interromper a campanha de vacinação contra a Covid-19 na quarta-feira (17) por falta de doses do imunizante.



“Recebi a notícia de que não chegaram novas doses. Teremos que interromper amanhã a nossa campanha. Hoje vacinamos pessoas de 84 anos e amanhã de 83. Estamos prontos e já vacinamos 244.852. Só precisamos que a vacina chegue. Nova leva deve chegar do Butantan na próxima semana”, escreveu em suas redes sociais Eduardo Paes.

Já em Santa Catarina, onde passa o feriadão do Carnaval, Bolsonaro tem aglomerado com apoiadores, não usa máscara, e ainda se irrita com perguntas sobre a volta do auxílio emergencial de R$ 600.

Sobre a vacina, então, parece um problema distante do presidente da República em um momento que o Brasil só vacinou apenas 2,5% da população de um total de 212 milhões de almas.

A título de comparação, Israel vacinou 70% de sua população formada por 9 milhões de habitantes.

“Infelizmente, a gente vai ter que interromper o calendário, voltar para o calendário original, porque a gente antecipou uma semana o calendário no Rio”, lamentou Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, enquanto Bolsonaro se diverte e aglomera no litoral catarinense.

A falta de vacinas não é uma exclusividade do Rio. Pelo contrário. A vacinação também foi interrompida em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, no domingo (14). Motivo: falta de imunizante.

Fonte: Blog do Esmael


Jornal O Globo


A cidade do Rio de Janeiro vai interromper a campanha de vacinação contra covid-19 a partir desta quarta-feira, dia 17. A vacinação será suspensa após pessoas com 83 anos receberem a primeira dose. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, explicou em mensagem no Twitter que o município contava com a entrega de novo lote de imunizantes do Instituto Butantan nesta segunda-feira, dia 15, para continuar a campanha. A expectativa, agora, é de que mais doses cheguem na próxima semana. O Brasil registrou a maior média móvel de óbitos desde o início da pandemia.

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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Aprovação a Bolsonaro continua a cair: 27% em pesquisa do Instituto Ideia


Pesquisa Exame/Ideia apontou que a aprovação de Jair Bolsonaro está em 27%, quase 20 pontos percentuais abaixo de sua desaprovação (44%)




247 - Com o ritmo lento de vacinação e sem uma definição clara se o auxílio emergencial irá voltar, a aprovação de Jair Bolsonaro está em 27%, de acordo com pesquisa Exame/Ideia feita entre os dias 9 e 11 de fevereiro. 

O percentual indica uma ligeira queda desde a última pesquisa da revista, no fim de janeiro, quando estava em 29%. A oscilação ficou dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais, sendo considerada estável.

De acordo com o novo levantamento, a desaprovação de Bolsonaro passou de 42% para 44%. Aqueles que nem aprovam nem desaprovam eram 24% na última pesquisa, e agora somam 26%. Ao todo, 3% não souberam responder na pesquisa atual.

Os números demonstram a insatisfação da população com a forma como Bolsonaro vem gerenciamento a crise do coronavírus. De acordo com o levantamento, 65% dos entrevistados avaliam que aplicação da vacina contra a Covid-19 está atrasada.

Foram entrevistadas 1.200 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.


TV 247

A jornalista Laís Gouveia apresenta pesquisa que aponta: 73% querem mais velocidade na aplicação das vacinas contra Covid-19 e 65% dos brasileiros avaliam que aplicação da vacina contra a Covid-19 está atrasada. Avaliação do governo Bolsonaro continua a cair e agora tem apenas 27% de aprovação, segundo instituto Ideia.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Com açúcar e carne mais caros, preço da cesta básica aumenta em 14 capitais


Pesquisa do Dieese mostra ainda disparada de 23% no preço do tomate e de 8,53% da batata em janeiro em relação a dezembro


Compras em supermercado (Divulgação/Abras)

 

O ano começa com uma notícia amarga, que quem frequenta supermercados já percebeu: o preço do açúcar aumentou 6,87% em média em 17 capitais do país em janeiro. O dado foi constatado pelo Dieese, na pesquisa mensal da cesta básica, divulgada nesta segunda-feira (8). O produto já é encontrado a mais de R$ 3 o pacote de 1 kg em supermercados do país.

O levantamento feito em janeiro mostrou outros produtos com aumento destacado em relação a dezembro de 2020. Foram eles: tomate (23,04%), batata (8,53%), banana (3,96%), farinha de trigo (2,14%), carne bovina de primeira (1,55%), manteiga (0,75%), óleo de soja (0,37%) e leite integral (0,19%).

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a alta do preço do açúcar no mês passado aconteceu porque “o volume ofertado foi menor por causa da entressafra e da pressão das usinas para segurar a cotação”. O produto aumentou em 15 cidades, com destaque para Florianópolis (12,58%), Campo Grande (11,44%) e João Pessoa (7,19%).

A carne de primeira, uma das vilãs da inflação no ano passado, não deu folga em janeiro. Seu preço subiu em 14 capitais. A maior alta foi constatada em Curitiba: 6%.  Segundo o Dieese, a baixa disponibilidade de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em aumentos de preço.

E não há sinal de que ele vá arrefecer tão cedo. O levantamento diário de preços do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que a arroba do boi ultrapassou R$ 300 na semana passada no atacado – e segue subindo.


Cesta básica em alta

Das 17 capitais em que a pesquisa é feita, o preço da cesta básica subiu em 14. Nas outras três, o Dieese constatou queda, mas leve, de menos de 1% em todas elas.

Em São Paulo, o Dieese encontrou o valor mais alto para o conjunto de alimentos: R$ 654,15, com alta de 3,59%, na comparação com dezembro de 2020. Em 12 meses, o valor da cesta subiu 26,40%.

Um trabalhador que ganhe o salário mínimo, atualmente em R$ 1.100, usou 64,29% desse valor para conseguir comprar todos os produtos da cesta na capital paulista.

Fonte: Revista Fórum


Rede TVT

Desemprego e inflação em alta, itens da cesta básica cada vez mais caros . Tá bem difícil para o brasileiro se alimentar durante a pandemia. Com o término do auxílio emergencial o fantasma da fome, que parecia quase extinto, volta a rondar e a se tornar realidade.

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