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sábado, 29 de maio de 2021

Carreata 'Fora Bolsonaro' em BH reúne centenas de manifestantes


Ato criticou a atuação do presidente na condução da crise causada pela pandemia da COVID-19


Manifestantes contra Bolsonaro levaram faixas pedindo a saída do presidente

 Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram neste sábado (23/01), em Belo Horizonte, para pedir o o impeachment do presidente. Eles se concentraram no entorno do Mineirão, na Região da Pampulha, de onde saíram em carreata, a partir das 16h30, rumo ao Centro da capital.

Centenas de carros ocuparam a Avenida Afonso Pena, no Centro de BH

No chão da Avenida Abraão Caram, uma longa faixa foi estendida com o seguinte dizer: "Fora, Bolsonaro/Mourão".

Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram na tarde deste sábado (23/01) em Belo Horizonte. Os manifestantes pedem o impeachment do presidente

Segundo os organizadores, a carreata teve início com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto, chegando a reunir quase 1 mil carros.

Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro" e chamaram o presidente de "genocida".

Segundo os organizadores, a carreata teve início com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto, chegando a reunir quase 1 mil carros.

Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro" e chamaram o presidente de "genocida".


 

 Ao passar pelos hospitais, foi feita a recomendação de que o ritmo fosse acelerado e que não houvesse barulho.


 

No início da noite, a carreata ocupou a Avenida do Contorno, com mais gritos de "Fora, genocida". Centenas de veículos seguiam o protesto com buzinaço.


 

 

 A carreata chegou ao fim na Avenida dos Andradas, por volta das 19h40, quando os coletivos que integraram o evento agradeceram a participação das centenas de veículos.

 

Desabafos pintados nos carros

A petição dos protestantes, em grande maioria, foi motivada pelo negacionismo em que o presidente encara a pandemia do novo coronavírus

Durante a concentração, a advogada Fabíola Raggi, de 53 anos, tentava fazer de seu carro uma caderneta de desabafo. "O espaço é pequeno pra falar tudo que eu quero", disse, enquanto pintava o veículo com dizeres contrários ao presidente.

"Ninguém aguenta mais esse desgoverno. Olha o preço do alimentos... Ninguem merece! Nada que ele fez presta. Fora as mortes do coronavírus que nem se fala. Acho que esse protesto dá força para os congressistas ouvirem o povo que já está farto", justifica Fabíola.

Erguendo uma bandeira branca intitulada com o nome do protesto, a professora universitária Janice Aparecida de Souza, de 53, saiu de casa determinada a fazer história: "Espero que o Brasil seja mais amoroso e inclusivo. Estou aqui hoje na expectativa de que a carreata nos leve a conseguir o impeachment do Bolsonaro".

Já a estudante Tayane Cristine Chaves de Oliveira, de 31, chamou o presidente de "genocida" e o responsabilizou pela crise sanitária, financeira e política do país.

"Vim lutar pelos direitos dos brasileiros. Por uma qualidade de vida melhor, pela democracia. Para vacina para todos. Lutar pelo auxílio emergencial. O povo não pode ficar sem renda básica pra sobreviver. O governo Bolsonaro é genocida. No momento que o povo mais precisa ele não prestou ao cidadão brasileiro. Estamos carentes, sem governo", reclama Tayane.


Câmara já tem mais de 60 pedidos de impeachment


Bolsonaro é o líder do executivo que mais recebeu pedidos de impeachment na história do Brasil. Até agora foram mais de 60 pedidos apresentados ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A lei que dá base para a maioria dos pedidos apresentados é a 1.079, de 1950, que discrimina os crimes de responsabilidade.

Segundo a norma, se enquadram neste tipo de crime os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal e especialmente contra a existência da União, o livre exercício dos poderes, a segurança interna do país, o direito político dos indivíduos, a probidade administrativa, a lei orçamentária e o cumprimento das decisões judiciais. 

Fonte: Estado de Minas


UOL

Manifestantes caminham com bandeirão com gritos de "Fora Bolsonaro" em Belo Horizonte

Assista ao VÍDEO


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Domingo teve dia de mobilizações por Fora Bolsonaro, vacina e auxílio emergencial (vídeos)


Com carreatas e bicicletadas, as manifestações ocorreram em pelo menos em 12 estados, além do Distrito Federal, no segundo dia seguido de protestos



 

Brasil de Fato - Este domingo (21) foi marcado por mais uma onda de protestos para reforçar o pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com carreatas e bicicletadas, as manifestações ocorreram em pelo menos em 12 estados, além do Distrito Federal, e foram coordenadas pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. 

O pedido de saída do atual mandatário, sustentado especialmente pelos erros na condução do combate à pandemia no Brasil, que já matou mais de 245 mil pessoas, se soma a outras pautas prioritárias levadas às ruas pelos movimentos, como a garantia da vacina contra a covid-19 para toda a população e a retomada do auxílio emergencial.

Confira algumas fotos e vídeos:


 

 

 

 

 

 

 


Fonte:  Brasil 247


Poder360

Carreatas contra o presidente Jair Bolsonaro reuniram manifestantes na manhã e início de tarde deste domingo (21.fev.2021) em Brasília (DF) e outras cidades do país.

Assista ao VÍDEO


sábado, 30 de janeiro de 2021

Atos Fora Bolsonaro acontecem em todas regiões do Brasil, neste domingo (31)


Pela segunda semana, o grito Fora Bolsonaro vai ecoar no país. Para CUT e movimentos sociais luta por vacina e empregos passa por impeachment e unidade em torno da luta por um país menos desigual



O grito Fora Bolsonaro vai ecoar em todas regiões do país no próximo domingo (31) em mais de 40 cidades brasileiras, para mais uma vez reivindicar, além do impeachment do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), vacina para todos e todas de forma gratuita e universal, manutenção do auxílio emergencial e uma política de desenvolvimento com geração de emprego e renda, eixos principais das mobilizações pelo país.

Organizadas pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, carreatas e bicicletadas estão previstas para acontecer de forma descentralizada. Em diversas cidades alguns protestos serão virtuais. Pela primeira vez, os atos no Brasil coincidem neste domingo com a mobilização do movimento Stop Bolsonaro, que acontecem em mais de 54 cidades de 15 países do mundo.

“É fundamental que a unidade política ultrapasse o que a gente tem hoje e essa mobilização pelo fim do governo Bolsonaro só cresça. A ideia é construir uma agenda nacional que olhe o país, a situação da pandemia, da crise econômica, de geração de emprego, por culpa de um governo incompetente, que não se preocupa com o povo, que não tem ações estratégicas. Por isso, não podemos ficar parados esperando, temos que agir e quanto mais gente nesta luta melhor”, diz o Diretor Executivo da CUT e um dos representantes da Central nas frentes, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho.

É a segunda semana consecutiva que tem mobilização nacional pedindo a saída de Bolsonaro do poder, mas a defesa da vacina gratuita para todos e todas já e a manutenção do auxílio emergencial também são duas pautas que unificam o movimento.

Segundo Miltinho, os atos no domingo acontecem de formas diferentes em cada canto do país, já que a mobilização cresceu e ampliou para diversos segmentos da sociedade.

“Fizemos um plenária nacional esta semana com as frentes e elas foram reproduzidas em diversas cidades e de forma independente os movimentos foram decidindo por fazer carretas, atos virtuais ou até mesmo protestos presenciais com todos os cuidados possíveis. Quanto maior a iniciativa e mobilização mais fortalece o pedido do impeachment e ficaremos livres deste genocida para recompor o papel do Estado e discutir com a sociedade que país queremos”, ressaltou o dirigente.

Confira os locais dos atos

No Distrito Federal, a concentração será na Praça do Buriti e os organizadores do ato informam que os manifestantes podem ir de carro, moto ou bicicleta, a partir das 9 horas.




O Mato Grosso do Sul será a terceira carreata por Fora Bolsonaro. A concentração será na Avenida Noroeste, na lateral do Atacadão Costa e Silva, em Campo Grande.

Em São Paulo, Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e movimento Acredito promovem nova carreata e bicicletada com concentração às 9h , na Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu.

Em Natal, a concentração é às 9h, em frente ao Parque da Cidade.

Em Aracajú (Sergipe), a carreta Fora Bolsonaro também vai reivindicar vacina Já e auxílio emergencial, na orlinha do Bairro Industrial | 9h

Haverá carreata em Porto Alegre neste domingo, às 10h, com saída no estacionamento do Beira-Rio.



Confira outras cidades, por região, onde haverá atos por Fora Bolsonaro:

NORTE

PA - Belém - Na Escadinha da Estação das Docas | 8h30

 NORDESTE

AL - Maceió - Estacionamento Jaraguá (em direção a Cruz das Almas) | 9h

BA - Feira de Santana - Feira da Cidade Nova | 8h

BA - Salvador - Calçada para Paripe (Muro da leste- subúrbio ferroviário) | 9h

CE - Fortaleza - Igreja de Santa Edwiges (Av. Leste Oeste) | 9h

PB - Campina Grande - Instituto São Vicente de Paulo, às margens do Açude Velho | 10h

PB - João Pessoa - Praça do Coqueiral, Mangabeira (em direção à Praia do Cabo Branco) | 9h

PI - Teresina - Centro Administrativo | 7h

RN - Natal - Parque da Cidade (Prolongamento da Av. Prudente de Morais) | 8h

SE - Aracaju - Orlinha do Bairro Industrial | 9h

CENTRO-OESTE

DF - Brasília - Praça do Cruzeiro, em direção a Esplanada dos Ministérios | 9h

SUDESTE

Minas Gerais

MG - Belo Horizonte - Av. Contorno | 10h

MG - Juiz de Fora - Faculdade Estácio de Sá | 9h

MG - Uberlândia - Anselmo Alves dos Santos (Portão de entrada do Parque do Sabiá) | 15h

MG - Teofilo Otoni - Av. Luís Boali | 9h

MG - Varginha - Alto da CEMIG | 10h

Rio de Janeiro

RJ - Duque de Caxias - Início da Av. Brigadeiro Lima e Silva, perto do espaço de alistamento militar | 9h

RJ - Niterói - Praça Leoni Ramos, próx. ao Reserva, entrada do Campus do Gragoatá/UF | 9h30

RJ - Nova Friburgo - Via Expressa, próx. ao CIEP | 9h

RJ - São João do Meriti -  Concentração na ciclovia indo até a Praça da Prefeitura | 9h

RJ - Rio de Janeiro - Av. Augusto Severo, entre Praça Paris e Feira da Glória | 10h

São Paulo

SP - Guarulhos - Concentração no Bom Clima, ao lado da Prefeitura | 9h

SP - Ilha Bela - Praça Alan Kardec, na Barra Velha até a Praça da Bandeira na Vila | 10h

SP - Osasco - SESI Piratininga | 8h30

SP - Ribeirão Preto - Rua Arthur de Jesus Campos, Avelino Palma - Ao lado do Campo de Futebol | 9h

SP - Santos - Sambódromo | 15h

SP - São Paulo - Praça Charles Miller, Estádio do Pacaembu | 9h

SUL

PR - Apucarana - UTFPR Campus Apucarana | 16h

PR - Cascavel - Clube Tuiuti | 9h

PR - Cianorte - Paço Municipal | 16h

PR - Colombo - Rua dos Antúrios, Monte Castelo | 14h

PR - Curitiba - Praça Nossa Senhora de Salette | 15h

PR - Foz do Iguaçu - Saída da Av. Tancredo Neves com Rua C | 9h

PR - Guarapuava - Fórum da Comarca de Guarapuava | 15h

PR - Maringá - Aeroporto Velho | 14h30

PR - Matinhos - Concentração no Restaurante Universitário ‐ Rua Jaguariaíva, esquina com a JK (em frente ao Super Rede) | 10h

PR - Pato Branco - Em frente ao antigo destaque (Zona Azul) | 14h30

PR - Paranaguá - Praça Tupi | 16h

PR- Paranavaí - Praça dos Pioneiros | 9 h

PR - Pinhais - Pracinha da Maria Antonieta | 13h

PR - Piraquara - Câmara de Vereadores | 13h

PR - Pitanga - Marginal da Rodovia PR 466 (Pitanguinha) | 14h

PR - Ponta Grossa - Lago de Olarias | 15h

PR - Sarandi - Praça dos Três Poderes - Av. Maringá, 1513 | 14h30

PR - Toledo - Parque Ecológico Diva Paim Barth | 14h

PR - Umuarama - Av. São Paulo, Praça do Japão | 10h

RS - Porto Alegre - Estacionamento ao lado do Beira-Rio | 10h

Fonte: Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Mobilização continua depois do dia 31

Miltinho também lembra que as mobilizações não vão parar neste fim de semana, pelo contrário, tem uma agenda de lutas até o 8 de março (Dia Internacional da Mulher).

“Só vamos conseguir convencer o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ou seja ele quem for, devido às eleições que acontecerão na próxima semana, se houver muita mobilização de rua e o pedido de impedimento para parar este governo genocida. São mais de 50 impeachments no Congresso e é preciso colocar para votar, mas não podemos parar de lutar”, finalizou Miltinho.



Fonte: CUT


No Twitter



 

250 mil já assinaram o abaixo-assinado pelo impeachment de Bolsonaro


O manifesto afirma que Bolsonaro desrespeita a Constituição, comete crimes de responsabilidade, coloca em risco o Estado Democrático de Direito e, infelizmente, a vida de milhares de brasileiros.



Se dependesse do distinto público, o presidente Jair Bolsonaro seria impichado. Até a manhã deste sábado (30) ao menos 250 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado pelo Fora Bolsonaro. Você também pode fazê-lo clicando aqui.

O objetivo é reunir mais de um milhão de assinaturas para encaminhá-las à Câmara sob a alegação de que estão presentes as condições jurídicas para dar-se o impedimento do presidente da República.

O abaixo-assinado visa ainda pressionar os deputados a se posicionarem favoravelmente ao impeachment de Bolsonaro.

Leia a íntegra do documento:


#ForaBolsonaro – Assine pela abertura do impeachment e compartilhe!

Estamos diante de uma situação onde o Presidente da República, desrespeita a Constituição, comete crimes de responsabilidade, coloca em risco o Estado Democrático de Direito e, infelizmente, a vida de milhares de brasileiros.

O remédio para esse quadro existe e está previsto em Lei. É o impeachment do Presidente da República. O impeachment é um processo jurídico e político. Isso equivale a dizer que presentes as condições jurídicas para dar-se o impedimento do presidente é necessário um ambiente político favorável.

As condições jurídicas encontram-se configuradas e foram fornecidas pelas ações irresponsáveis do presidente Jair Bolsonaro.

– Crime contra a probidade na administração, procedendo de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo (Art. 9, 7, da Lei 1079/50) e infringir no provimento dos cargos públicos as normas legais (Art. 9, 5, da Lei 1079/50).
– Crime contra o livre exercício do poder judiciário por oposição direta e por fatos ao seu livre exercício (Art. 6, 5, da Lei 1079/50).
– Crime contra o livre exercício do direito individual ao se servir das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua (Art. 7, 5, Lei 1079/50).
– Crime contra o livre exercício dos direitos políticos ao impedir por violência, ameaça ou corrupção, o livre exercício do voto (Art. 7, 1 da Lei 1079/50).
– Crime contra a existência politica da União ao cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo de guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade (Art. 5, 3, da Lei1079/50).

O que precisamos agora é mostrar aos deputados, que ainda não apoiam a abertura desse processo, que chegou a hora de fazê-lo. Já existe o clima político.

O Presidente Bolsonaro é um mal para o Brasil e não podemos nos omitir, caberá a nós, o povo, o dever de trabalhar para que ele seja afastado. Se você concorda com abertura do processo de impeachment, assine esse abaixo assinado e saiba que a missão de tirar Bolsonaro do poder acabou de dar o seu primeiro passo.

BOLSONARO NOTÍCIAS POLÍ­TICA

Fonte: Blog do Esmael


sábado, 16 de janeiro de 2021

O PT apresentou junto com outros partidos mais um pedido de impeachment contra Bolsonaro



 Art. 85 da Constituição e Art. 9º da Lei de Impeachment


Rui Falcão, atualmente deputado federal (PT), foi presidente nacional do PT entre 2011 e 2017. Por ter sido perseguido pelo Regime Militar, preso e torturado, entendeu como “dever moral” apresentar a denúncia contra Jair Bolsonaro. O presidente, em 28 de dezembro de 2020, ironizou a tortura sofrida por Dilma Rousseff.

 “Ao fazer apologia da tortura, da ditadura, o Presidente da República manifesta um total desrespeito pela função que ele exerce, o que ele jamais poderia no cargo em que está”, afirmou em entrevista à Agência Pública. 

O deputado espera que o próximo líder da Câmara, a ser eleito em fevereiro, paute os pedidos de impeachment: “Já que o Rodrigo disse que não vai pautar, o próximo pode pautar”.



O PT apresentou, junto com outros partidos, um pedido no ano passado. Por que apresentar outro pedido agora?

Primeiro, porque está apoiado em outros fatos. No ano passado era mais sobre as manifestações antidemocráticas e o Supremo [Tribunal Federal]. Agora é a questão de apologia à tortura e da ditadura. A OAB provavelmente vai fazer outro agora também, voltado à negligência no trato da pandemia. Eu também já fiz uma denúncia na Comissão Nacional dos Direitos Humanos no ano passado, por conta desse comportamento do Bolsonaro também de apologia à tortura, e o comportamento dele misógino e racista.

Por que o crime de apologia à tortura justifica um impeachment? 

Porque é um crime de responsabilidade. Ao fazer apologia da tortura, da ditadura, o Presidente da República manifesta um total desrespeito pela função que ele exerce, o que ele jamais poderia [fazer] no cargo em que está. A tortura e a apologia da tortura são crimes para qualquer cidadão, está configurado na Constituição, mas isso por si só não daria para configurar crime de responsabilidade. Mas o tratamento desrespeitoso, sim, está previsto como crime de responsabilidade. A perda da própria função presidencial, a perda de decoro, justificam um pedido de impeachment.

Em um momento de pandemia, com mais de 200 mil mortes, o debate em torno das vacinas e as consequências desse contexto, por que vocês consideram que a fala do Bolsonaro ironizando a tortura sofrida por Dilma é o crime de responsabilidade que deveria levar ao impeachment?

É um problema de divisão de trabalho, porque a OAB já está preparando esse das vacinas, da negligência no trato da pandemia. Mas nesse caso especial tem uma simbologia também, por isso que é um projeto dos deputados. Eu fui preso político e torturado, a Eleonora Menicucci também foi presa e torturada, ficou na mesma cela que a Dilma. O Rogério Correia também. Então a gente tinha quase que um dever moral de propor esse pedido de impeachment para alguém que fica defendendo a tortura. 

Ele jogou isso na Dilma dizendo que queria ver uma radiografia do maxilar dela para ver se realmente ela tinha sido torturada. É um negócio desumano, e no caso ainda misógino, porque a Dilma foi uma das que mais sofreu atentado de misoginia inclusive. Mas eu concordo que ambos [a apologia à tortura e o trato da pandemia] são importantes, e no caso até de repercussão teria mais apelo popular esse da vacina do que o da tortura.

Se o Bolsonaro sai, quem assume é o Mourão, que é um militar. Considerando também isso, por que o impeachment é a melhor saída?

Nós também estamos trabalhando com os quatro processos que estão tramitando. Tem dois no TSE e dois no STF, eles abordam a eleição da chapa Bolsonaro e Mourão. Um desses processos poderia levar ao afastamento dos dois, que seria o ideal. Mas o impeachment você só pode propor do Bolsonaro, não tem como propor impeachment do Mourão, então vamos por partes. Se você conseguir tirar o Bolsonaro, pode criar a situação também de que se tire o outro. Tem gente que acredita que se colocar o Mourão as coisas são mais no eixo, mais moderadas, mas o problema é que a política é a mesma. Nós não estamos tirando o Bolsonaro porque achamos que o Mourão é melhor, é porque o impeachment possível é de Bolsonaro, e ao mesmo tempo a gente está o tempo todo dizendo que é importante que o STF e o TSE prossigam com as investigações sobre fake news que ajudaram na campanha e o uso de caixa 2 na campanha, que é irregular. 

A que você atribui a demora de Rodrigo Maia em analisar os pedidos e pautar o impeachment?

Porque ele não está cumprindo o papel funcional e administrativo dele, que é pautar pelo menos um dos pedidos que esteja legalmente fundamentado. Não significa que ele tem que apoiar o pedido, ou que os deputados vão dar curso ao pedido, mas ele tem o dever de apresentar, de pautar. 

Se tem algum dos processos que está fundamentado, se tem um crime de responsabilidade claramente configurado na peça, ele tem que pautar. E aí os deputados podem dizer ‘não é cabível, não tem clima político, vai gerar instabilidade, não tem apoio da população’, aí são avaliações políticas. Mas o curso legal funcional é dele, se está bem fundamentado deve propor, como fizeram no caso do Collor com o pedido de impeachment da OAB.

E que comportamento vocês esperam de um novo presidente da Câmara quanto a isso? Existe uma intenção de que os pedidos sejam pautados?

Embora isso não esteja escrito com todas as letras no compromisso de apoio ao Baleia Rossi, nós estamos entendendo, até pela evolução da situação, de como está o país hoje, empregos saindo do país, o desemprego aumentando, a fome voltando, até hoje não tem vacina, a Ford saindo, outras empresas ameaçando sair, a economia mal das pernas, seria natural que o próximo presidente pelo menos, já que o Rodrigo já disse que não vai pautar, o próximo pode pautar. Nós achamos que o fato do Rodrigo Maia, apesar de não ter pautado, não ter arquivado os pedidos, e disse que não vai arquivar, é um sinal de que a gente pode continuar na tentativa.

Existe uma expectativa de que o Baleia Rossi, que você citou, coloque isso em pauta?

Eu acho que sim, e nós vamos diligenciar nessa direção. Vamos pressionar, vamos cobrar. Não só nós, os pedidos de impeachment envolvem outros partidos também, entidades, então esse movimento pode aparecer no governo esse ano. Não é por outra razão que o Bolsonaro está arregimentando uma série de deputados, prometendo mudanças de ministérios, prometendo cargos, temendo sofrer um processo de impeachment. 




Resumo do pedido

O pedido de impeachment protocolado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) denuncia o atual presidente Jair Bolsonaro por “crime de apologia à tortura”, por “debochar e ironizar” em 28 de dezembro de 2020 da tortura sofrida pela ex-presidente Dilma Rouseff durante a Ditadura Civil-Militar.

“[Bolsonaro] tem sido pródigo em demonstrar que a democracia é um valor menor”, consideram os proponentes, que argumentam que a apologia à tortura se configuraria como “violação dos princípios da administração”, como a horna e decoro do cargo, punível com impeachment pela Lei 1.079/1950. Para eles, Bolsonaro expressa “desrespeito às vítimas da Ditadura Civil-Militar”. 

De acordo com o pedido, a fala de Bolsonaro é “criminosa” e “não pode se confundir com o exercício da liberdade de expressão”. “Não se trata de liberdade quando se põe em risco as garantias constitucionais”, conclui a peça. 

O pedido também cita as manifestações de março e maio de 2020, como exemplos de momentos em que o presidente “irresponsavelmente atentou contra o livre exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário”. 

Além disso, os autores consideram que o atual presidente teria atacado o “processo eleitoral brasileiro de 2018” e feito “ameaças em relação às futuras eleições de 2022” ao se posicionar depois da invasão do Capitólio por eleitores trumpistas. Tal situação desestabilizaria as instituições e colocaria “em xeque a credibilidade, a presunção de legalidade e de moralidade” da justiça eleitoral brasileira.


Pedido 0042 na íntegra



Proposta por: 

Deputados do Partido dos Trabalhadores (PT)

Em análise há 4 dias

Os pedidos de impeachment de Bolsonaro



Plantão Brasil

MAIA FALA EM IMPEACHMENT!! GLOBO PRESSIONA!! NOVA CPI VEM AÍ!!

Assista ao VÍDEO




No Twitter 

 #ImpeachmentBolsonaroUrgente - #ForaBolsonaro - #impeachment


 

 

 

 

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