Segundo diretor da Organização, novas variantes com alto poder
de transmissibilidade, como a Delta, impedem a imunização coletiva
Foto: Brasil 247
Apesar do avanço da vacinação contra Covid-19 em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não vê uma porta aberta para a erradicação do coronavírus. O diretor da entidade na Europa, Hans Kluge, disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (10/9), que somente a vacinação não é suficiente para deter o vírus. O motivo, segundo ele, seriam as novas variantes que estão circulando com mais frequência e, por isso, reduziram a perspectiva de uma imunidade coletiva.
Na ocasião, ele afirmou também que a probabilidade que
a doença continue avançando em todo o mundo é cada vez
maior. Ainda na coletiva, o diretor pediu para “adaptar nossas estratégias de
vacinação”, se referindo, especialmente, às doses de reforço.
A OMS já esteve mais otimista em relação ao fim da pandemia.
Em maio deste ano, o diretor afirmou que a pandemia terminará quando for
alcançada uma cobertura mínima de vacinação de 70% da população mundial.
Entretanto, o cenário mudou. Segundo ele, as novas variantes,
principalmente a Delta, tornaram a doença mais perigosa, viral e transmissível.
Para tentar conter o vírus, Klunge defende impedir a transmissão das formas
mais agressivas da doença por meio de um melhor planejamento da cobertura
vacinal.
“O objetivo essencial da vacinação é, principalmente, evitar
as formas graves da doença e a mortalidade. Se considerarmos que a Covid
continuará sofrendo mutações e permanecerá entre nós, como a gripe, então
devemos planejar como adaptar progressivamente a nossa estratégia de vacinação
contra a transmissão endêmica, e adquirir conhecimentos muito valiosos sobre o
impacto das doses adicionais. A vacinação ainda é essencial para reduzir a
pressão sobre nossos sistemas de saúde, que precisam desesperadamente tratar
outras doenças além da Covid”, explicou o diretor.
Apesar do plano da OMS de estabelecer uma imunidade coletiva
por meio do engajamento de campanhas de imunização, muitos pesquisadores
afirmam que é muito difícil alcançar a chamada imunidade de rebanho. Os estudos feitos até o momento
revelam que a variante Delta é 60% mais contagiosa que a anterior (Alfa) e o
dobro do vírus inicial. Segundo os cientistas, isso significa que é preciso
mais pessoas vacinadas ou que tenham contraído a doença para que o coronavírus deixe
de circular.
Desde 2019, governo pagou a empresa investigada na CPI quase
100 milhões de reais por preservativos femininos
Além de intermediar a compra de doses da vacina indiana Covaxin, a empresa Precisa Comercialização de Medicamentos tem outro negócio com o governo Bolsonaro: a venda de preservativos femininos. A empresa investigada pela CPI da Pandemia por suspeita de favorecimento recebeu um total de 96,1 milhões de reais entre janeiro de 2019 e maio de 2021 pela venda desses produtos ao Ministério da Saúde, segundo registros do Tesouro Nacional. Só neste ano, foram pagos 9,6 milhões de reais, de um contrato maior, com novos pagamentos a serem feitos.
Pelos preços registrados nos documentos do Tesouro Nacional,
os 96,1 milhões pagos à Precisa, matriz e filial, seriam suficientes para
adquirir cerca de 40 milhões de preservativos femininos. Isso é mais do que o
total de preservativos distribuídos pela Secretaria de Vigilância em Saúde
desde 2019: 32,5 milhões de unidades em látex ou em borracha nitrílica, como os
comprados por meio da Precisa. A empresa não era a única fornecedora.
Questionado pela piauí, o Ministério da Saúde não informou se todos
os preservativos pagos à Precisa foram entregues.
Intermediar a venda de 20 milhões de doses da vacina indiana
Covaxin ao governo Bolsonaro renderia à Precisa 1,614 bilhão de reais. A dose
sairia por 80,70 reais, o maior custo entre as vacinas contratadas pelo
governo. O dinheiro foi reservado no orçamento da União nos últimos dias da
gestão do general Eduardo Pazuello, mediante a assinatura do contrato, mas não
chegou a ser desembolsado. O negócio mudaria a escala de ganhos do empresário
Francisco Emerson Maximiano, sócio administrador da Precisa, no atual governo.
Maximiano se aproximou do Ministério da Saúde em outubro de
2017, inicialmente por meio da Global Gestão em Saúde, outra empresa presidida
por ele. Antes de a Precisa começar a vender preservativos ao ministério, a
Global recebeu dos cofres públicos 19,9 milhões de reais por medicamentos de
alto custo comprados sem licitação e que não teriam sido entregues, segundo
investigação do Ministério Público Federal. A empresa é cobrada a devolver o
dinheiro. Os pagamentos irregulares foram feitos em novembro de 2017, quando o ministro da
Saúde era Ricardo Barros (Progressistas-PR), atual líder do governo na
Câmara.
O depoimento de Francisco Emerson Maximiano à CPI da
Pandemia foi adiado para a semana que vem. Ele terá de dar explicações sobre o
contrato de importação da Covaxin e o pagamento antecipado que teria solicitado
ao ministério por doses da vacina. O imunizante indiano só teve o uso
emergencial autorizado pela Anvisa neste mês.
A página da Precisa na internet dá destaque à recente
parceria com a indiana Bharat Biotech, que desenvolveu a Covaxin. A Precisa se
apresenta como representante exclusiva do laboratório indiano no Brasil e tem
como sócios Maximiano e a Global Gestão em Saúde.
Procurada pela piauí, a Global não respondeu
como devolverá o dinheiro pago antecipadamente por medicamentos não entregues.
Questionada sobre a entrega dos preservativos comprados pelo Ministério da
Saúde, a Precisa também não respondeu.
A diretora da Precisa Medicamentos decidiu ficar em silêncio durante sessão da CPI da Covid nesta terça-feira. Além de intermediar a compra de doses da Covaxin, a empresa tem outro negócio com o governo Bolsonaro: a venda de preservativos femininos. https://t.co/EOBkpBJU4i
Quebras de sigilo da CPI da Covid revelam que Francisco
Maximiano, dono da Precisa, ocultou empresas e renda – enquanto faz compras na
Prada e Burberry.
Ilustração: Rodrigo Bento/The Intercept Brasil
DONO OU SÓCIO de nove empresas em endereços
valorizados e cujos capitais sociais ultrapassam os R$ 40 milhões de reais,
Francisco Emerson Maximiano omitiu em sua declaração de imposto de renda que
tem participação em seis delas. São justamente as mais valiosas e com
negócios com o governo federal, como a Precisa Medicamentos e a Global Gestão
em Saúde. As informações constam em documentos da Receita Federal entregues à
CPI da Covid, analisados pelo Intercept.
A Precisa está no olho do furacão após a denúncia
apresentada pelo deputado federal Luís Miranda, do DEM do Distrito Federal,
sobre irregularidades na compra da vacina Covaxin. O político diz que o irmão
dele, um servidor do Ministério da Saúde, sofreu pressão para aprovar o
negócio, aparentemente suspeito.
O detalhe que mais causou alarme foi a nota fiscal para o
pagamento antecipado de 45 milhões de dólares do Ministério da Saúde a uma
empresa que não aparecia no contrato, a Madison Biotech, sediada em Singapura, um paraíso fiscal.
Miranda levou as suspeitas para Jair Bolsonaro, e o presidente teria respondido
que se tratava de “rolos” de Ricardo Barros, deputado federal pelo PP do Paraná
e líder do governo na Câmara.
A Precisa fez a intermediação do negócio entre o governo e a
farmacêutica indiana Bharat Biotech, fabricante da Covaxin. A empresa de
Maximiano já estava na mira de autoridades mesmo antes de Miranda colocar a
boca no mundo. Ela é suspeita de vender testes de covid-19 superfaturados e em quantidade superior à
necessária ao governo do Distrito Federal, comandado por Ibaneis
Rocha, do MDB.
Apesar dos vários negócios suspeitos que o rodeiam, ele
informa oficialmente às autoridades tributárias levar uma vida frugal, de
acordo com documentos.
Da declaração pessoal de imposto de renda dele, entregue à
Receita Federal com atraso em 7 de junho passado e que faz parte do acervo da
CPI, constam rendimentos de apenas R$ 52 mil em um ano. O valor equivale
a uma renda mensal de R$ 4,3 mil, montante que Maximiano gastou em apenas uma
compra de supermercado, em Brasília, no dia 27 de março de 2020, segundo os
documentos da comissão, requisitados pelos senadores a partir da quebra de
sigilo fiscal do empresário.
O pagamento no débito foi feito na Super Adega, mercado que
oferece vinhos e bebidas luxuosas em Brasília. Essas informações constam nos
extratos bancários da conta do empresário no C6 Bank. Já descontados os gastos
daquele dia, o saldo dessa conta corrente estava em R$ 19.620,66.
Para conseguir os extratos de Maximiano, CPI quebrou o
sigilo fiscal do empresário.
O histórico de movimentação revela ainda pagamentos à vista
em lojas de luxo, como R$ 3 mil na Prada, R$ 1,9 mil na Burberry, em São Paulo,
e R$ 890 na Casa Ouro, em Brasília.
Os documentos revelam gastos aparentemente incompatíveis com
a renda declarada do empresário.
Em outro documento da quebra de sigilo, um termo de
refinanciamento de uma moto, identificamos um endereço em que Maximiano
declarou ter residência em Brasília. A casa indicada fica no Setor de Mansões
Dom Bosco, no Lago Sul. Como o próprio nome do bairro indica, é uma das áreas
nobres da capital federal.
A moto é uma BMW R 1200 GS Adventure. Em resposta à CPI, a
montadora indicou que pelo veículo, entre janeiro de 2020 e maio de 2021, Maximiano
já pagou R$ 38 mil em carnês emitidos pelo Santander. O modelo, do ano 2019,
custa em torno de R$ 85,4 mil, segundo a tabela
Fipe.
Documento sobre financiamento de moto BMW de alto padrão
revelou endereço declarado de Maximiano em bairro de mansões de Brasília.
Maximiano tinha depoimento marcado na CPI para a
quinta-feira. Mas, na quarta-feira, conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal que lhe dá o
direito de ficar calado perante os senadores, e a audiência foi adiada. Como
ele é investigado pela CPI e pela Polícia Federal por causa dos testes vendidos
ao DF, ganhou o direito de não produzir provas contra si mesmo. A nova data
ainda do depoimento ainda não foi anunciada.
Francisco Emerson Maximiano.
Endereços top
Na declaração de imposto de renda pessoa física de 2021,
Maximiano declarou ser sócio da Frasdec Assessoria e Consultoria de
Investimentos, 6M Participações e de uma empresa individual com o nome dele –
além da Drogaria Interfarmácia, já extinta. A empresa que leva o seu nome tem
como endereço um condomínio de luxo no Morumbi, bairro de classe alta na zona
sul da capital, e é considerada inapta pela Receita Federal por omissão de
informações.
Mas um levantamento da Receita Federal que também está em
posse da CPI revela que ele também é sócio ou dono da Precisa Medicamentos,
Global Gestão em Saúde, Primares Holding e Participações, Farmaserv, BSF Gestão
em Saúde e SaúdeBank Assessoria Estratégica e Financeira.
A Global, por exemplo, é uma sociedade anônima com capital
social de mais de R$ 26 milhões e da qual ele é listado na Receita Federal como
presidente.
Com isso, Maximiano consegue o prodígio de repetir em 31 de
dezembro de 2020 o patrimônio que possuía 365 dias antes: exatos R$ 288.991,29.
Mas é improvável que o valor seja verdadeiro.
Deixar de declarar participações em empresas na declaração
de imposto de renda não configura uma fraude tributária. Mas os senadores da
CPI podem querer perguntar a Maximiano porque ele deixou de informar isso à
Receita e também se não recebeu nenhum pagamento isento ou sujeito a tributação
exclusiva de empresas como a Precisa (capital social de quase R$ 13 milhões e
negócios de R$ 15, 7 milhões com o Ministério da Saúde), a BSF Gestão em Saúde
(capital social de R$ 2 milhões, que não tem negócios com o governo
federal) ou a própria Global.
Delegado da Polícia Civil e membro da CPI, o senador
Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, nos disse que, apesar dos
depoimentos relevantes e “midiáticos”, o trabalho silencioso de quebras de
sigilo e análise de dados é mais efetivo para a CPI.
“Os indícios são de ocultação de patrimônio e sonegação
fiscal, que podem apontar, com o aprofundamento das investigações, para
enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro”, argumentou o senador, falando
sobre Maximiano.
A Precisa funciona numa avenida de um parque industrial em Itapevi, na região
metropolitana de São Paulo. Segundo os documentos da Receira, Maximiano é
sócio-administrador da companhia, que informa à Receita Federal um sócio pessoa
jurídica: a Global.
Esta, por sua vez, tem como endereço declarado o 28º andar
de um imponente arranha-céu envidraçado em Barueri, também na
grande São Paulo. A Global divide o endereço a BSF Gestão em Saúde, da qual é
sócia. O prédio na Avenida Tamboré também é indicado pelo empresário à Receita
Federal como seu domicílio.
A Global, uma das empresas de Maximiano, tem endereço
declarado em prédio de alto padrão em Barueri.
Outras empresas apontadas como de Maximiano pela Receita
funcionam em endereços igualmente caros da capital paulista. A Primares Holding
e Participações e a SaúdeBank Assessoria Estratégica e Financeira dividem duas
salas comerciais num edifício com fachada de granito e vidros espelhados
da avenida Faria Lima, Itaim Bibi, bairro de alguns dos
escritórios mais caros de São Paulo. No mesmo prédio, um andar inteiro está
disponível a um aluguel mensal de R$ 90 mil.
A não mais que 100 metros de distância, na mesma avenida e
num prédio igualmente nababesco, está registrada a 6M
Participações, em que Maximiano é sócio da esposa, Andrea Cecília Furtado
Maximiano.
Da 6M Participações, entre 2020 e 2021, Maximiano recebeu R$
137 mil. As transferências foram efetivadas em 13 depósitos feitos na sua conta
do C6 Bank. Os valores variaram de R$ 2 mil a R$ 24 mil por transferência.
Nós procuramos os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo
Velloso, que defendem a Precisa Medicamentos e Maximiano. Por e-mail
perguntamos:
Por
que Maximiano não declara participação em todas empresas das quais é sócio
ou dono?
Por
que declara rendimentos de R$ 52 mil em 2020 se teve gastos e
movimentações acima disso?
Por
que o valor patrimonial seguiu exatamente igual em 2020 e 2019?
A
casa do Lago Sul, que declarou à BMW ser sua residência em 2019, e a moto
BMW que ele paga mensalmente estão registradas em nome de quem? Por que
não estão declarados no imposto de renda?
Em nota, os advogadores não responderam às perguntas. Eles
se disseram perplexos com “a quantidade de informações inverídicas e maliciosas
que estão sendo difundidas, com o único objetivo de gerar um caos político e
prejudicar a vacinação da população brasileiro”.
“A Precisa Medicamentos é a representante do laboratório
indiano Bharat Biotech no Brasil e seguiu em todas as tratativas com as
autoridades os mais rigorosos critérios de integridade e ética, e atendeu de
imediato todas as exigências do Ministério da Saúde para a venda da vacina
Covaxin. A empresa e Francisco Maximiano estão à disposição da CPI para
esclarecer os fatos, rebater as ilações maliciosas difundidas com o objetivo de
frustrar uma contratação de suma importância para todos”, acrescentaram os
representantes de Maximiano.
Mas foi com Bolsonaro no Palácio do Planalto que a empresa
viu seus negócios com o governo federal explodirem em espantosos 6.000%.
Talvez isso explique a desenvoltura com que Maximiano transitou pela Índia para
negociar a compra de vacinas Covaxin pela Precisa, contando em seus périplos
com a ajuda da embaixada brasileira em Nova Délhi.
“Recebi, em 6 de janeiro [de 2021], representantes da
Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas, em visita à Índia para tratar
com a companhia indiana Bharat Biotech da importação de vacinas contra a
covid-19 para o Brasil”, relatou, em telegrama reservado ao Itamaraty, o
embaixador André Aranha Corrêa do Lago.
No documento, datado de 7 de janeiro passado e que está em
posse da CPI, ele prossegue, rememorando uma reunião ocorrida na embaixada:
“Falou, em nome dos membros da delegação, o senhor Francisco Maximiano,
presidente da Precisa Medicamentos. Indicou que a presente visita à Índia era,
ao mesmo tempo, parte de uma relação comercial já existente, que se
diversificou em vista da pandemia, e de um esforço de estreitamento das
relações com companhias indianas, razão pela qual o perfil da delegação era
‘mais elevado do que o habitual'”.
Noutro telegrama, datado de 5 de março, o embaixador Aranha
informa que “representantes da empresa brasileira Precisa Medicamentos retornam
à Índia para negociar com a Bharat Biotech aumento do número de doses da
Covaxin”.
“O presidente da Precisa Medicamentos atualizou-me com
relação às tratativas com a Bharat Biotech, que se haviam iniciado em missão
anterior à Índia. Até o momento, 37 milhões de doses de Covaxin teriam sido
contratados, e a nova visita da empresa brasileira à parceira indiana, a
iniciar-se na próxima segunda-feira, 8/3, teria como objetivo negociar o
aumento da quantidade de doses a serem adquiridas”, explica Aranha.
“Do número inicial de doses, 20 milhões foram comprados pelo
Ministério da Saúde brasileiro, em contrato celebrado em 25/2, com opção de
compra de outras 12 milhões de doses. A empresa teria reservado as 5 milhões de
doses restantes para o setor privado nacional”, prosseguiu o diplomata.
Aranha também escreveu: “Maximiano adiantou que a relação da
Precisa Medicamentos com a Bharat Biotech, que tem-se estreitado nas últimas
semanas, deverá evoluir, no futuro próximo, para o estabelecimento de uma
‘joint venture’ no Brasil, a chamar-se ‘Bharat Latam’. Destacou que, com a
‘joint venture’, seria possível utilizar a expertise e a capacidade produtiva
da Bharat Biotech em diversos tipos de vacina, para explorar o potencial do
mercado privado de vacinação do Brasil, aludindo à concentração desse mercado
entre três empresas tradicionais do setor farmacêutico”.
Ao contrário do patrimônio declarado, os planos de Maximiano
eram vultosos.
Correção: 4 de julho, 11h50
Uma versão anterior deste texto informava incorretamente
que o pagamento requerido pela Madison Biotech era de R$ 45 milhões. Na
verdade, era de 45 milhões de dólares – ou aproximadamente R$ 225 milhões de
reais, pela cotação de sexta-feira, 2 de julho. A informação foi corrigida.
Pedido da Procuradoria-Geral da República foi enviado ao
Supremo Tribunal Federal a partir de notícia-crime de senadores. Pazuello, é
denunciado pelo MPF por improbidade administrativa na gestão da pandemia
O presidente Jair Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do
Planalto em 29 de junho.ADRIANO MACHADO / REUTERS
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta
sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de
inquérito para apurar o suposto crime de prevaricação cometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no caso da compra
da vacina indiana Covaxin. Na semana passada, o deputado Luis Miranda (DEM-DF)
afirmou em depoimento à CPI da Pandemia que Bolsonaro foi informado sobre
irregularidades na compra do imunizante. A investigação busca apurar se o
presidente de fato soube do ocorrido e se não agiu, cometendo assim o crime de
prevaricação.
O pedido da PGR foi protocolado nesta sexta-feira, depois
que a ministra do Supremo, Rosa Weber, cobrou uma posição da Procuradoria sobre
a notícia-crime apresentada ao STF pelos senadores Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO).
No documento, os autores atribuem a Bolsonaro a prática de prevaricação.
Previsto no código penal, o crime pune o servidor público acusado de “retardar
ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.
Ao ser cobrada pela ministra, a PGR pediu para esperar pelo desfecho da CPI, que deve ser
prorrogada por mais 90 dias. Rosa Weber, no entanto, afirmou que a apuração da
CPI da Pandemia não impede a atuação da Procuradoria.
Segundo o deputado Luis Miranda, ele e seu irmão, o servidor
do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, foram pessoalmente informar
Bolsonaro sobre as irregularidades na compra da vacina indiana. O servidor Luis
Ricardo disse que sofreu “pressão” para fechar contrato com a Precisa
Medicamentos, intermediadora dos negócios entre o Brasil e a Índia. Segundo os
irmãos, o presidente chegou a afirmar que acionaria a Polícia Federal para
apurar o caso, o que não ocorreu.
No pedido da PGR, assinado pelo vice-procurador-geral da
República, Humberto Jacques de Medeiros, pede que “se esclareça o que foi feito
após o referido encontro em termos de adoção de providências”. Ele também
solicita informações à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da
União, à Procuradoria da República no Distrito Federal, e em especial à CPI da
Pandemia com o compartilhamento de provas. E sugere o prazo de 90 dias para as
providências solicitadas.
Sobre as acusações, Bolsonaro diz apenas que não desembolsou
“nem um centavo” para a compra do imunizante indiano. Mas nesta semana, o
Ministério da Saúde e a Controladoria-Geral da União anunciaram a suspensão do
contrato a Precisa Medicamentos até que os fatos sejam apurados.
Pazuello é alvo do MPF
O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça uma ação
contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, que responderá por danos ao patrimônio público e violação aos
princípios da Administração na gestão da pandemia. De acordo com reportagem
publicada pelo portal UOL, a ação, que tramita provisoriamente em segredo de
justiça por conter documentos protegidos por sigilo legal, aponta quase 122
milhões de reais de dano aos órgãos de administração pública. O MPF pede o
ressarcimento integral do prejuízo mais pagamento de multa de até duas vezes o
valor do dano.
Além da devolução dos valores e da multa, o MPF pede que
Pazuello perca a função pública, os direitos políticos por até oito anos e a
proibição de contratar com o Poder Público. Embora tenha deixado o comando do
Ministério da Saúde, Pazuello ocupa atualmente o cargo de Estudos Estratégicos
da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu hoje ao STF
(Supremo Tribunal Federal) a instauração de um inquérito para apurar se o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prevaricou no processo de compra da
vacina Covaxin. O presidente foi alvo de uma notícia-crime apresentada por
senadores. Leonardo Sakamoto, colunista de política do UOL, e Wallace Corbo,
professor de Direito da FGV-Rio, explicaram os impactos do pedido no governo
federal e na conjuntura econômica.
Apoiadora convicta de Jair
Bolsonaro (sem partido), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP)
decidiu apagar cinco tweets em que mencionava a vacina Covaxin, cujo processo
de importação é investigado pela CPI da Covid por suspeitas de irregularidades
e superfaturamento.
Quem trouxe à tona a informação foi o projeto 7c0, que
monitora mensagens apagadas de políticos com cargos públicos. Em uma publicação
do dia 3 de março, Zambelli anunciava que o governo Bolsonaro havia comprado
“20 milhões de doses da Covaxin”.
“URGENTE: Vacina indiana Covaxin tem 81% de eficácia, afirma
a fabricante @BharatBiotech. O Governo Bolsonaro comprou 20 milhões de doses da
Covaxin, além de ter garantido 42 milhões via consórcio…”, dizia o tweet.
URGENTE: Vacina indiana Covaxin tem 81% de eficácia, afirma a fabricante @BharatBiotech!🇮🇳🤝🇧🇷
O Governo Bolsonaro comprou 20 milhões de doses da Covaxin, além de ter garantido 42 milhões via consórci...
Em outra postagem, a deputada bolsonarista destacava a
autorização da Anvisa dada para importação excepcional da Covaxin, além da
russa Sputnik V. Ou seja, Carla Zambelli tinha informações de todos os trâmites
que envolveram a compra da vacina indiana.
Em depoimento à CPI da Covid na sexta-feira, o deputado
federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde
Luis Ricardo Miranda, afirmaram que denunciaram pessoalmente a Bolsonaro
suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin.
Caso isso seja confirmado, Bolsonaro pode ter cometido crime
de prevaricação. Saiba o que é.
Cena ridícula
Na última segunda-feira, 21, Bolsonaro esteve em
Guaratinguetá, São Paulo, e uma cena fez com que Carla Zambelli passasse a
maior vergonha na web.
Ao ver Bolsonaro retirar a máscara e mandar uma repórter
“calar a boca”, a deputada seguiu o presidente e também retirou o equipamento
de proteção contra a covid-19, em claro sinal de subserviência a ele. Zambelli
virou meme nas redes sociais. Assista aqui.
Uma mulher disse que ali, num prédio sem qualquer
sinalização da empresa, a Madison Biotech está registrada.
NOS ÚLTIMOS DIAS, um endereço localizado na
movimentada zona central de Singapura se tornou o epicentro da mais nova crise
política do governo Jair Bolsonaro. No local, entre cafés da moda e startups,
está registrada a empresa Madison Biotech, que, segundo denúncia do deputado
federal Luis Miranda e de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis
Ricardo Miranda, mandou uma nota fiscal ao ministério cobrando 45 milhões de
dólares adiantados pela venda da vacina indiana Covaxin. Os irmãos levaram a
denúncia pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro, que prometeu encaminhar à
Polícia Federal. A PF não
encontrou registro da denúncia.
Na avaliação preliminar dos senadores que coordenam a CPI
da Pandemia, a Madison seria uma empresa de fachada usada para ocultar
transações irregulares do contrato de R$
1,6 bilhão para compra do imunizante fabricado pelo laboratório Bharat
Biotech. Um expediente típico de paraísos fiscais, como Singapura. Este
tipo de operação depende de escritórios que apenas fazem o registro de empresas
em países conhecidos por cobrar baixos impostos e permitir pouca transparência
em transações comerciais – um ambiente ideal para quem precisa ocultar dinheiro
ilegal. São como buracos negros bancários: o dinheiro que cai nesses lugares,
com frequência, desaparece do radar das autoridades. Para entidades globais de
combate à fome, paraísos fiscais como Singapuraaprofundam
de maneira abissal a desigualdade no mundo.
O endereço da Madison é de especial importância hoje porque
o chefe de importação do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, disse que
foi pressionado pelo alto escalão da pasta a assinar uma licença de importação
da Covaxin que autorizaria um pagamento antecipado de US$ 45 milhões para a
empresa. Miranda se recusou, dizendo que o pagamento não estava previsto em contrato
e que a operação era suspeita, e levou o caso para o conhecimento de Bolsonaro.
Na mais nova versão de defesa do governo sobre o assunto,
Bolsonaro não levou a denúncia à PF porque teria alertado o ex-ministro
Eduardo Pazuello sobre a possível irregularidade. Se ficar comprovado
que Bolsonaro foi informado de indícios de corrupção e nada fez, pode ter cometido
crime de prevaricação, isto é, deixar de fazer seu trabalho enquanto
funcionário público. No caso, a tarefa era encaminhar uma investigação.
Nós batemos na porta da Madison com o auxílio de dois
repórteres locais.
Na ensolarada manhã de Singapura, uma mulher chegou ao
número 31 da rua Cantonment, endereço registrado da Madison, por volta das 9 da
manhã, no horário local (22h no Brasil). Ela confirmou ao repórter Matthew
Aslett que o escritório da empresa era ali.
Do lado de fora do prédio, não há qualquer sinalização
comercial da Madison. Na porta, apenas uma placa escrito Sashi Kala Devi
Associates.
A mulher, que se identificou apenas pelo primeiro nome,
Sashi, disse não ser a dona da Madison e que era apenas uma “provedora de
serviços” e que, por isso, não poderia fornecer mais informações. Ela informou
que o local serve apenas como endereço fiscal da empresa e pediu que o repórter
voltasse no horário do almoço, quando poderia conectá-lo com as pessoas certas.
Sashi confirmou as suspeitas da CPI: a Madison Biotech não funciona no local.
Mais tarde, o repórter George South encontrou Sashi. Ela deu
o telefone que estava salvo no seu celular como de “Srinivas Bharat Biotech”. A
mulher também disse que a Bharat Biotech é dona da Madison Biotech. Na quarta-feira,
quando tentou explicar o enrosco da Covaxin, o ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Onyx Lorenzoni, também afirmou que a Madison Biotech era
uma subsidiária da Bharat Biotech.
Entrei em contato com “Srinivas Bharat Biotech”, que
respondeu dizendo que qualquer dúvida seria esclarecida pela assessoria de
imprensa. Enviei seis perguntas sobre a Madison, a cobrança antecipada de 45
milhões de dólares e a relação da empresa com Bahrat. Sigo aguardando resposta.
Sem resposta
Qual
é a relação entre Madison Biotech e a Bharat Biotech?
Um
documento mostra que a empresa Biovet Private Limited é a dona da Madison.
Você pode explicar a relação entre as duas empresas?.
Você
conhece a Precisa Medicamentos?
Madison
e Precisa têm uma relação comercial?
Por
que a Madison enviou uma nota fiscal pedindo pagamento adiantado para o
governo brasileiro? O que justifica um pagamento adiantado nesse negócio?
E por que o pagamento não foi direcionado para a Bharat Biotech na Índia?
Quais
serviços a Madison prestou nesta negociação?
No Twitter
EXCLUSIVO. Batemos na porta da Madison Biotech, em Singapura, para fazer algumas perguntas sobre a empresa que pediu 45 milhões de dólares ao governo brasileiro para compra da Covaxin. Veja o que encontramos lá. https://t.co/6pG02YmRWipic.twitter.com/8AK45xbWaD
— The Intercept Brasil (@TheInterceptBr) June 25, 2021
O servidor Luis Ricardo Miranda diz que passaram por cima dele no rito de autorização de importação da Covaxin. O nome da pessoa que ele acusa de ter feito isso: REGINA CELIA SILVA OLIVEIRA. Nomeada por Ricardo Barros. https://t.co/vdOgQg9gxUpic.twitter.com/2xzo7DF45D
Lista das cidades onde estão confirmados protestos contra o governo Bolsonaro, pela vacina e pelo auxílio emergencial saltou de 74 para 180 nesta segunda-feira. Confira se já está marcada manifestação na sua cidade. Brasil 247 está acompanhando a organização dos protestos e a TV 247 irá transmitir ao vivo no sábado
Manifestação na av. Paulista no 29M (Foto: Reprodução)
247 - Até as 19h desta segunda-feira (14), os
organizadores confirmaram a realização das manifestações contra Bolsonaro em
180 cidades do Brasil e do exterior no sábado, o 19J. De manhã, eram 74 confirmadas. O número deve aumentar
aceleradamente durante a semana. São três as bandeiras dos atos: Fora
Bolsonaro, vacinação imediata e auxílio emergencial de R$ 600. O Brasil 247
está acompanhando passo a passo a organização dos protestos e a TV 247 irá
acompanhar ao vivo no sábado. Confira abaixo se já está confirmada a manifestação
da sua cidade.
Para participar das manifestações será obrigatório o uso de
máscara, álcool gel e manutenção do distanciamento social.
A Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem
Medo confirmou a lista das manifestações já confirmadas:
Norte
AC – Rio Branco – Passeata Gameleira até o Palácio Rio Branco | 15h
AM – Manaus – Passeata Praça da Saudade | 15h
AP – Macapá – Praça da Bandeira | 16h
PA – Belém – Caminhada Mercado de São Brás até Praça da República | 8h
PA – Santarém – Praça São Sebastião | 16h
RO – Guajará-Mirim – Parque Circuito | 9h
RO – Ji-Paraná – Casa do Papai Noel | 9h
RO – Porto Velho – Passeata Praça das 3 caixas d’água | 8h
RO – Porto Velho – Carreata 7 de setembro com a Farquar | 8h
RR – Boa Vista – Carreata e ato Centro Cívico até Jaime Brasil | 9h
TO – Palmas – JK Entrada Leste do Palácio Araguaia (Lado da Serra) | 8h30
Nordeste
AL – Maceió – Carro, moto ou a pé Praça Centenário | 9h
AL- Palmeira dos índios – Praça São Cristovão | 9h
BA – Jacobina – Praça do Garimpeiro | 8h30
BA – Jequié – Praça Ruy Barbosa | 9h
BA – Feira de Santana – (Aguardando Infos) BA – Paulo Afonso – Carreata | 9h (Aguardando Infos)
BA – São Luís do Curu – Saída de ônibus rumo à Fortaleza (Aguardando Infos) BA – Salvador – Largo do Campo Grande até Farol da Barra | 14h BA – Serrinha – Carreata | 14h (Aguardando Infos)
BA – Vitória da Conquista – Praça 09 de Novembro | 8h30
CE – Fortaleza – Av. Leste Oeste Santa Edwiges | 15h
CE – Fortaleza – Praça da Gentilândia | 15h30
CE – Tianguá (Região da Ibiapaba) – Em frente ao Mix Atacarejo | 7h
PE – Recife – Praça do Derby indo pela Conde da Boa Vista até Guararapes | 9h
PB – Campina Grande – Praça da Bandeira | 9h
PB – Cajazeiras – Praça das Oiticicas | 9h
PB – João Pessoa – Caminhada e carreata Lyceu Paraibano, rumo ao ponto de Cem Réis | 9h
PI – Piripiri – Praça da Bandeira | 10h
PI – Teresina – Praça Rio Branco | 8h
RN – Mossoró | praça Cícero Dias em frente ao Teatro Municipal | 16h
RN – Natal – Midway Mall até Natal Shopping Center | 15h
DF – Brasília – Carreata Praça do Buriti (até a Esplanada) | 8h
DF – Brasília – Caminhada Biblioteca Nacional | 9h
GO – Cidade de Goiás – Praça do Chafariz | 9h30
GO – Goiânia – Caminhada e Carreata Praça Cívica | 9h
MT – Cuiabá – Prainha – Ato Simbólico | 6h
MT – Cuiabá – Carreata SESC Arsenal – Sentido Santa Isabel | 8h
MT – Cuiabá – Praça Alencastro | 11h
MS – Bonito – Praça da Liberdade | 16h
MS – Campo Grande – Praça do Rádio | 9h
MS – Corumbá – Concentração na Frei Mariano com a Dom Aquino | 8h30
MS – Dourados – Praça Antônio João | 9h30
MS – Três Lagoas – Praça do Relógio | 9h
Sudeste
ES – Vitória – Carro, Bike e a pé UFES até Assembléia Legislativa | 15h
MG – Alfenas – Praça da Rodoviária Antiga | 15h30
MG – Araguari – em frente ao Bosque John Kennedy |10h
MG – Barbacena – em frente à Policlínica | 10h
MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade até Praça da Estação | 13h30
MG – Betim – Viaduto do Jacintão | 9h
MG – Brumadinho- Concentração no Letreiro e caminhada até a Praça da Rodoviária
| 10h
MG – Campo Belo – Praça dos Expedicionários | 9h30
MG – Caratinga – Praça da Estação | 15h
MG – Conselheiro Lafaiete – Praça Barão de Queluz | 13h
MG – Divinópolis – Rua São Paulo | 9h
MG – Divinópolis – Praça Santuário | 10h
MG – Governador Valadares – Praça da Estação | 10h
MG – Ipatinga Praça Primeiro de Maio | 9h
MG – Itabira – Rodoviária | 9h
MG – Itaúna – Praça da Matriz | 9h
MG – Juiz de Fora – Parque Halfeld | 10h
MG – Lafaiete – Praça Barão de Queluz | 13h
MG – Lavras – Praça Dr. Augusto Silva | 10h
MG – Montes Claros – Praça do automóvel clube | 9h
MG – Muriaé – Parque de Exposições | 9h
MG – Ouro Preto – Praça Tiradentes | 10h
MG – Passos – Estação Cultura | 10h
MG – Ribeirão das Neves – Praça de Justinópolis | 9h
MG – São Sebastião do Paraíso – Carreata – Rua José Braz Neves n° 100 | 15h
MG – São João Del Rei – Em frente ao Dom Bosco | 10h
MG – São Lourenço – Calçadão II | 14h30
MG – Sete Lagoas – Praça Tiradentes | 9h
MG – Ubá – Av. Comendador Jacinto Soares de Souza Lima | 15h30
MG – Uberaba – Praça Rui Barbosa | 9h
MG – Uberlândia – Praça Ismene Mendes | 9h30
MG – Varginha – Praça do ET | 10h
MG – Viçosa – 4 Pilastras | 9h30
SP – Bauru – Praça Rui Barbosa | 14h
SP – Campinas – Caminhada Largo do Rosário até Centro | 10h
SP – Caraguatatuba – (Aguardando Infos)
SP – Carapicuíba – Ato Simbólico na Vila Dirce e ida à Av. Paulista | 10h
SP – Diadema – Terminal Diadema | 14h SP – Ilhabela – Praça da Mangueira | 15h
SP – Indaiatuba – Av. Francisco de Paula Leite esquina do SESI em frente ao
posto BR | 14h SP – Jacareí – Pátio dos Trilhos – 9h30 SP – Jaú – Em frente ao
Cemitério | 9h
SP – Laranjal Paulista – Carreata Cemitério da Saudade | 13h30 e Ato Simbólico
Largo São João | 14h30
SP – Lorena – Praça Arnolfo Azevedo | 9h
SP – Piracicaba – Praça José Bonifácio | 10h
SP – Ribeirão Preto – Passeata Esplanada do Teatro Pedro II | 9h
SP – Santo André – Praça do Carmo | 10h
SP – Santo André – Paço Municipal | 13h
SP -São Bernardo – Carreata Rua Odeon (Colégio Vereda atrás do Terminal
Ferrazópolis) | 10h
SP – Santos – Estação da Cidadania | 16h
SP – São José dos Campos – Praça Afonso Pena | 9h
SP – São Luiz do Paraitinga – Carreata – Bairro do Orris | 15h
SP – São Paulo – MASP | 16h
SP – São Sebastião – Costa Sul – Praça Por do Sol – Boiçucanga | 16h
SP – Sorocaba – Praça Coronel Fernando Prestes (Catedral) | 10h
SP – Taubaté – Bolsão Avenida do Povo | 9h
SP – Ubatuba – Rotatória do Pescador | 16h
SP – Osasco – Caminhada Rua Antônio Agu/Estação de Osasco | 13h30
RJ – Angra dos Reis – Praça do Papão | 9h
RJ – Barra do Piraí – Carreata Rua Angélica (Light) | 8h30
RJ – Barra Mansa | (Aguardando Infos)
RJ – Bom Jesus de Itabapoana | Praça Governador Portela | (Aguardando Infos)
RJ – Campos – Praça São Salvador | 9h
RJ – Itaperuna | Concha Acústica | 16h
RJ – Macaé – Praça Veríssimo de Melo | 9h30
RJ – Nova Friburgo – Praça Demerval Barbosa | 14h
RJ – Nova Iguaçu – Praça Direitos Humanos Via Light | 9h
RJ – Petrópolis | Praça da Inconfidência | 11h
RJ – Resende – Mercado Popular | 10h
RJ – Rio das Ostras – Posto de saúde da Família Âncora | 9h
RJ – Rio de Janeiro – Monumento Zumbi dos Palmares até Candelária | 10h
RJ – Santo Antônio de Pádua | (Aguardando Infos)
RJ – Teresópolis | Praça do Sakura | 9h
RJ – Valença – Jardim de Cima | 10h
RJ – Volta Redonda – Vila UFF | 9h
Sul
PR – Curitiba – Praça Santos Andrade | 15h
PR – Londrina – Em frente ao Teatro Ouro Verde | 16h
PR – Ponta Grossa – Praça Barão de Guaraúna | 15h
RS – Porto Alegre – Ato 150 anos da CARRIS (Aguardando Infos)
RS – Porto Alegre – Largo Glênio Peres | 15h
RS – Porto Alegre – Mercado Municipal em marcha até Largo Zumbi dos Palmares |
15h
RS – Caçapava do Sul – Caminhada a partir das 15h com saída da praça do Noca
até o largo da matriz.
SC – Araranguá – Relógio do Sol | 9h
SC – Blumenau – Praça do Teatro Carlos Gomes | 10h
SC – Brusque – Ato distribuição de máscaras e arrecadação de alimentos Praça
Gilberto Colzani (Praça do Chafariz) | 10h
SC – Chapecó – Praça Coronel Bertaso em frente à Catedral | 9h30
SC – Criciúma – Praça da Chaminé | 9h
SC – Florianópolis – Praça Tancredo Neves (Praça da ALESC) | 9h
SC – Garopaba – Carreata e Bicicletada Rua Álvaro E. Nascimento | 15h
SC – Itajaí – Calçadão da Hercílio Luz | 10h
SC – Joinville – Praça da Bandeira | 10h
SC – Lages – Praça João Costa (Calçadão) | 15h
SC – Rio do Sul – Ato e Arrecadação de alimentos Praça Ermembergo Pellizzetti |
9h30
SC – São Miguel do Oeste – Ato no Trevo | 10h
SC – Tubarão – Carreata e Caminhada Praça da Arena Multiuso | 13h30
SC – Xanxerê – Ato na Praça | 9h30
Atos no Exterior
18/06
EUA – Washington – Consulado do Brasil em Washington – 1030 15th St NW | 12h
(horário local) 19/06
Alemanha – Berlim – Pariser Platz Brandenburger Tor | 11h45 (horário local)
Alemanha – Colônia – Roncalli Platz | 16h (horário local)
Alemanha – Frankfurt – Romënberg (descer na Estação Römer)| 15h (horário local)
Alemanha – Leipzig – (Aguardando Infos)
Alemanha – Munique – Geschwister-Scholl-Platz | 16h (horário local)
Bélgica – Bruxelas – em frente à Embaixada do Brasil | 16h (horário local)
Canadá – Montreal – no Monument à George-Étienne Cartier| (Aguardando Infos)
Canadá – Quebec – (Aguardando Infos)
Dinamarca – Aarhus – Mølleparken | 15h (horário local)
Espanha – Madrid – Saída de Cibeles até Sol| 18h (horário local)
Espanha – Barcelona – (Aguardando Infos)
Espanha – Palma de Maiorca – Parc de la Mar (em frente ao Painel Joan Miró) |
20h (horário local)
EUA – Nova York – Union Square| 16h (horário local)
EUA – Boston – Consulado do Brasil em Boston| 14h (horário local)
EUA – Chicago – (Aguardando Infos)
EUA – Los Angeles – em frente ao Federal Building (11000 Wilshire Blvd, LA) |
10h (horário local)
EUA – Flórida – Delray Beach | 9h (horário local)
EUA – Flórida – Deerfield Beach | 10h (horário local)
França – Paris – (Aguardando Infos)
Grécia – Atenas – (Aguardando Infos)
Holanda – Amsterdam – Dam 1 | 14h30 (horário local) Inglaterra – Londres
– Embaixada do Brasil | 12h (horário local) Inglaterra – Londres –
Embaixada do Brasil | 14h (horário local) Inglaterra – Oxford –
Fernando’s Cafe City Center | 13h (horário local)
Irlanda – Dublin – Spire| 10h (horário local)
Irlanda – Cork – Dount Square| 10h (horário local)
Irlanda – Galway – Spanish Arch | 14h (horário local)
Itália – Bolonha – (Aguardando Infos)
Portugal – Coimbra – Praça 8 de Maio | 11h (horário local)
Portugal – Lisboa – Parque Eduardo VII (Junto à Bandeira de Portugal) | 15h30
(horário local)
Portugal – Porto – Centro Português de Fotografia, Largo Amor de Perdição | 16h
(horário local)
Portugal – Porto – Av. dos Aliados | 18h (horário local)
Reino Unido – Londres – Embaixada do Brasil | 12h (horário local)
Reino Unido – Londres – Embaixada do Brasil | 14h (horário local)
Reino Unido – Oxford – Fernando’s Cafe City Center | 13h (horário local)
República Tcheca – Praga – Národnímu Muzeu | 15h
Suíça – Zurich- LandesMuseum| 11h (horário local)
Suíça – Genebra – (*Aguardando Infos)
20/06
Itália – Roma – Piazzale Del Verano 20h (horário local)
Novos protestos acontecerão na próxima semana organizados
pelas centrais sindicais e movimentos sociais.
Na sexta-feira, dia 18, as centrais farão atos nos locais de
trabalho e terminais de transporte público.
Já no sábado, dia 19, será realizado outro grande ato
nacional pelo impeachment de Bolsonaro. As manifestações também estão previstas
para acontecer em outros países. 11 de jun. de 2021
Média de mortes no país é 4,4 vezes maior à mundial. “3 de
cada 4 óbitos no Brasil eram evitáveis", diz epidemiologista
No próximo dia 19, o país terá mais uma série de protestos
contra a condução do combate à pandemia encampada pelo governo federal -
Eduardo Miranda
A um dia de atingir a marca de 490 mil mortos por covid-19,
o Brasil registrou mais 827 mortes nesta segunda-feira (14).
Com o acréscimo, o número oficial de vítimas é de 488.228 desde o início
da pandemia, em março de 2020. O número de novos casos segue em patamar
elevado, especialmente para uma segunda-feira. Foram 39.846 registros de
infectados, totalizando 17.452.612 desde o ano passado. Dados apontam que
mortalidade por covid-19 no Brasil é 4,4 vezes superior à média global.
Às segundas-feiras, os dados ficam abaixo dos demais dias da
semana, já que um menor número de profissionais está em atividade aos domingos,
especialmente em medicina diagnóstica. A distorção tende a ser corrigida nos
dias seguintes. Além disso, a subnotificação de casos e mortes por covid-19 no
Brasil se mantém desde o início da pandemia, já que o país testa
pouco e mal sua população.
O Brasil é o segundo país com maior número total de vítimas
da covid-19 e, em 2021, lidera o ranking mundial. Com cerca de 293 mil mortes
apenas na primeira metade do ano até aqui, o país segue tendência inversa de países que trabalharam pelo
monitoramento e controle do coronavírus. Contribuem para o cenário
brasileiro a lentidão da vacinação da população e a influência
negativa do governo de Jair Bolsonaro, que promove eventos sem máscara e
dificultou a aquisição de imunizantes pelo país.
O Brasil é o líder mundial de mortes por COVID em 2021, com 292 mil até ontem.
Atualizei o gráfico de mortes por COVID por ano com países europeus. Fica claro quem aprendeu a lição e quem ainda insiste em cloroquina e em não adotar distanciamento.https://t.co/FDnPu3r9bEpic.twitter.com/bPsmdTea95
Além de prejudicar o controle da disseminação do vírus,
Bolsonaro segue apostando e promovendo medicamentos comprovadamente ineficazes
conta o vírus; como a cloroquina e a ivermectina. Além de não funcionarem,
trazem riscos de efeitos colaterais graves. “Fica claro quem aprendeu a lição e
quem ainda insiste em cloroquina e em não adotar distanciamento”, destaca o
biólogo e divulgador científico Atila Iamarino.
O epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de
Pelotas (Ufpel) Pedro Hallal analisa a média global de mortes por habitantes da
covid-19 e conclui que o cenário é de calamidade do Brasil. “Três de
cada quatro mortes ocorridas até hoje no Brasil teriam sido evitadas se
estivéssemos na média mundial. Poderíamos também estar melhor do que a média, e
ter poupado ainda mais vidas.”
Ele explica o cálculo adotado para a definição. “Em um ano e
meio, a covid-19 ceifou 3,8 milhões de vidas no mundo (uma morte a cada 2.000
pessoas). Já no Brasil, em menos de 1,5 ano, a covid-19 ceifou 480 mil vidas
(uma morte a cada 454 pessoas). Logo, nossa mortalidade cumulativa é 4,4 vezes
maior que a mundial.”
Números da pandemia de covid-19 no país em 14 de junho de
2021 / Conass
Copa América
Em outra manobra “aliada do vírus”, Bolsonaro decidiu trazer
a Copa América de futebol para o Brasil. O torneio foi aberto no último domingo
(13), com baixa audiência televisiva e envolto em incertezas e
críticas. O resultado já aparece: Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru
registraram contágio entre atletas. As seleções desses países têm jogadores que
atuam em 23 nações diferentes, de todos os continentes.
A possibilidade de uma “mistura” de diferentes cepas virais
preocupa autoridades e cientistas, já que podem levar o coronavírus a
desenvolver variantes mais letais e com mais facilidade de transmissão. Por sua
vez, a eficácia das vacinas atualmente disponíveis pode ser perdida.
No Peru, por exemplo, que recentemente revisou os dados que
apontavam grande subnotificação de mortes, circulam atualmente pelo menos
quatro variantes do vírus Sars-Cov-2. Tratam-se de mutações classificadas como
“de preocupação” pelas autoridades sanitárias por trazerem riscos maiores à
população.
A secretaria de Saúde do Distrito Federal, uma das unidades
da federação que recebe jogos da Copa América, divulgou um comunicado para
demonstrar preocupação com as cepas. “A mobilização de pessoas aumenta o risco
de entrada de novas variantes do SARS-CoV-2, bem como o risco de introdução e
propagação de outros agentes infecciosos causadores de doenças de importância
para a saúde pública”, informou.
Gulnar Azevedo, professora do Instituto de Medicina da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro e presidente da Abrasco nos atualiza
sobre a pandemia e a vacinação no Brasil.
Análises com o sangue de 250 voluntários que receberam a vacina da Pfizer/BioNTech mostraram resposta de defesa mais baixa para a variante Delta do Sars-CoV-2. Cientistas defendem administração rápida da segunda dose e reforço a pacientes vulneráveis, como idosos
Médica aplica dose do imunizante da Pfizer/BioNTech em idosa
da Malásia, durante megacampanha de vacinação em Kuala Lumpur - (crédito: Mohd
Rasfan/AFP )
Testes feitos com o sangue de pessoas imunizadas com a vacina da empresa norte-americana Pfizer demonstraram
uma resposta de defesa mais baixa para a variante Delta do vírus Sars-CoV-2,
descoberta pela primeira vez na Índia. As análises laboratoriais foram
realizadas por um grupo de cientistas britânicos e envolveram amostras do
sangue de mais de 200 pessoas que receberam o fármaco. Os voluntários foram
expostos, ainda, a outras quatro cepas do novo coronavírus. O estudo, publicado
pela última edição da revista especializada The Lancet, também
demonstrou que os níveis de anticorpos neutralizantes — células de defesa do
corpo que combatem o patógeno — diminuem com o aumento da idade e com o passar
do tempo. Os especialistas defendem mais pesquisas para corroborar os resultados,
mas sugerem a aplicação futura de uma dose de reforço do imunizante em pessoas
mais vulneráveis, como os idosos.
As variantes testadas pelos cientistas foram fornecidas
pelos laboratórios do Sistema Nacional de Saúde (NHS, em inglês), no Reino
Unido. Outra empresa britânica que busca avaliar respostas vacinais às
variações genéticas sofridas pelo Sars-CoV-2 coletou as amostras sanguíneas dos
imunizados. “Utilizamos material colhido em um grupo de 250 pessoas saudáveis
que receberam uma ou duas doses da vacina Pfizer-BioNTech contra a covid-19.
Todos esses indivíduos são profissionais de saúde e membros de equipes de
instituições médicas que têm doado regularmente para os pesquisadores, com o
objetivo de rastrear mudanças no risco de infecção e na resposta à imunização”,
explicaram os autores da pesquisa.
Ao utilizarem uma técnica de avaliação apurada — chamada de
neutralização viral de alto rendimento — desenvolvida pelo próprio grupo de
pesquisa, os investigadores testaram a capacidade dos anticorpos de bloquear a
entrada do vírus nas células contra cinco variantes diferentes de Sars-CoV-2: a
cepa original, descoberta pela primeira vez na cidade de Wuhan, na China; a
variante dominante na Europa durante a primeira onda, em abril de 2020, chamada
de D614G; a variante descoberta pela primeira vez em Kent, no Reino Unido
(Alpha); a cepa que surgiu inicialmente na África do Sul (Beta); e a mais nova
variante de “preocupação”, descoberta pela primeira vez na Índia (Delta).
Resultados
Os pesquisadores descobriram que nas pessoas totalmente
vacinadas com duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, os níveis de anticorpos
neutralizantes eram mais de cinco vezes menores contra a variante Delta em
comparação com a cepa original do vírus. Eles também viram que em pessoas que
receberam apenas uma dose do imunizante a resposta de anticorpos neutralizantes
foi ainda mais baixa para três das cepas testadas, em comparação com a variante
original do vírus. “Após uma única dose desse imunizante, 79% dos vacinados
tiveram uma resposta expressiva de anticorpos neutralizantes contra a cepa
original, mas esse número caiu para 50% para a variante Alpha, 32% para a Delta
e 25% para a Beta”, ressaltaram. Os especialistas destacam que os níveis de
anticorpos diminuíram com a idade contra todas as variantes, porém, nenhuma
correlação foi observada com o sexo ou o índice de massa corporal (peso) dos
vacinados.
Segundo os cientistas, apenas os níveis de anticorpos não
predizem a eficácia da vacina contra o vírus, pois outras células do sistema
imunológico agem nessa defesa. Eles creem que diminuir o intervalo entre a
administração das duas doses do imunizante americano possa ser uma estratégia
positiva para evitar um aumento do contágio da população, além do uso de dose
de reforço para pessoas mais vulneráveis que foram imunizadas. “O mais
importante é garantir que a proteção da vacina permaneça alta o bastante para
manter o maior número possível de pessoas fora do hospital. Nossos resultados
sugerem que a melhor maneira de fazer isso é administrar rapidamente uma
segunda dose e fornecer um reforço para aqueles cuja imunidade pode não ser
alta o suficiente contra essas novas variantes”, explicou Emma Wall, consultora
de Doenças Infecciosas do Instituto de Pesquisa Francis Crick, no Reino Unido,
e autora do estudo. “Esse vírus provavelmente ainda existirá por algum tempo,
então precisamos permanecer ágeis e vigilantes.”
AstraZeneca para maiores de 45 anos
Ontem, o Ministério da Saúde do Chile informou que, depois
de um caso de trombose de um homem de 31 anos, decidiu aplicar a vacina contra
covid-19 da empresa AstraZeneca apenas em pessoas com mais de 45 anos. De
acordo com o órgão, o homem apresentou o problema de saúde após receber a
primeira dose do imunizante. No entanto, não há comprovação de que a vacina
seja a responsável pela enfermidade. “Como medida preventiva, decidiu-se alterar
a idade de administração da vacina até a obtenção dos resultados da
investigação”, informou o ministério.
Confiança em alta
Uma pesquisa britânica com voluntários de mais de 15 países
revelou alta confiança da população nas vacinas contra covid-19. A investigação
também mostrou níveis consideráveis de preocupação quanto aos possíveis efeitos
colaterais dos imunizantes. Os especialistas chegaram aos resultados depois de
entrevistarem mais de 60 mil pessoas entre os meses de março e maio deste ano,
por meio de plataformas virtuais.
No trabalho, os especialistas pediram que os mais de 68 mil
avaliados respondessem a uma série de perguntas relacionadas à vacinação contra
o novo coronavírus. Os resultados mostraram uma variação entre as nações
avaliadas, mas, no geral, a confiança é alta, com mais de 50% dos entrevistados
dizendo que confiam nas vacinas contra o coronavírus, exceto na Coreia do Sul e
no Japão (47%). Os cidadãos do Reino Unido lideraram o ranking, com quase 9 em
cada 10 afirmando que acreditam nas vacinas (87%), seguidos pelos israelenses
(83%).
Ao serem perguntados sobre as marcas de imunizantes que
“preferem”, os avaliados que ainda não tinham sido vacinados responderam, em
sua maioria, que a vacina da empresa Pfizer era a que eles mais confiavam (em 9
dos 15 países participantes). Em relação às respostas de desconfiança dos
imunizantes, os especialistas observaram que os motivos mais comuns citados
pelos entrevistados foram a falta de confiança nos testes e os riscos de
efeitos colaterais.
Os especialistas acreditam que os dados possam ser usados em
campanhas de incentivo à imunização. “É vital que os líderes ouçam essas
preocupações e tratem delas com urgência, para que mais pessoas estejam
dispostas a aceitar essas vacinas que salvam vidas”, declarou Ara Darzi,
codiretor do Instituto de Inovação em Saúde Global, no Reino Unido, e um dos
autores do estudo, feito em parceria com Imperial College London.
Brasil é o país mais populoso da América do Sul em que o uso
do medicamento é aprovado
ANVISA aprovou a licença para importação e uso da vacina com
base em laudo técnico do Ministério da Saúde da Federação Russa
Moscou, 5 de junho de 2021 – O Fundo de Investimento Direto
Russo (RDIF, fundo soberano da Federação Russa) anuncia a decisão da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de aprovar a licença para importação
e uso da vacina russa contra o coronavírus Sputnik V em vários estados do país.
Assim, o Brasil torna-se o 67º país onde o uso da “Sputnik
V” foi aprovado. A população total desses países ultrapassa 3,4 bilhões de
pessoas. Em termos de número de aprovações recebidas por reguladores
governamentais, a “Sputnik V” ocupa o segundo lugar no mundo.
A autorização para importação e uso da vacina pelos estados
brasileiros foi aceita após análise de laudo técnico encaminhado à ANVISA pelo
Ministério da Saúde da Federação Russa. Além disso, anteriormente, o lado russo
forneceu ao regulador dados adicionais confirmando a ausência de vetores
adenovirais replicantes (RCA). Dados de vários países que usam a “Sputnik V”
confirmam a alta segurança e eficácia da vacina russa.
Kirill Dmitriev, CEO do Fundo de Investimento Direto Russo
(RDIF), afirmou:
“A decisão da Anvisa de aprovar o uso da vacina ‘Sputnik V’
em diversos estados brasileiros abrirá o acesso a um dos melhores medicamentos
contra o coronavírus do mundo. Todos os documentos necessários foram
inicialmente fornecidos à ANVISA, e posteriormente nenhuma das questões
levantadas pelo regulador ficou sem resposta após a decisão de adiar a
aprovação da ‘Sputnik V’. O Brasil se tornará o país mais populoso da América
do Sul, no qual o uso da vacina russa é aprovado. Estamos prontos para mais
cooperação com parceiros no país para salvar vidas e superar a pandemia.”
A vacina “Sputnik V” tem vantagens importantes:
· A eficácia da vacina é
de 97,6% com base na análise de dados de incidência de coronavírus entre russos
vacinados com os dois componentes da droga no período de 5 de dezembro de 2020
a 31 de março de 2021.
· A vacina “Sputnik V” é
baseada em uma plataforma comprovada e bem estudada de vetores adenovirais
humanos que causam o resfriado comum e aos quais a humanidade foi exposta por
milênios.
· A vacina “Sputnik V”
usa dois vetores diferentes para duas injeções durante o processo de vacinação,
o que cria uma imunidade mais forte em comparação com vacinas que usam o mesmo
mecanismo de aplicação para ambas as injeções.
· A segurança, eficácia
e ausência de efeitos adversos de longo prazo das vacinas de adenovírus foram
comprovadas em mais de 250 estudos clínicos ao longo de duas décadas.
· A “Sputnik V” não
causa alergias graves.
· A temperatura de
armazenamento da “Sputnik V” de + 2 a + 8 graus Celsius permite que seja
armazenada em um refrigerador convencional sem a necessidade de investir em
infraestrutura adicional de cadeia de frio.
· A “Sputnik V” custa
menos de US$ 10 por injeção, o que o torna disponível em todo o mundo.
***
O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) foi fundado em
2011 para investir no capital de empresas principalmente na Rússia, juntamente
com os principais investidores financeiros e estratégicos estrangeiros. O fundo
atua como um catalisador para o investimento direto na economia russa. No
momento, o RDIF tem um histórico de sucesso na implementação conjunta de mais
de 80 projetos com parceiros estrangeiros com um volume total de mais de 1,9
trilhão de rublos, cobrindo 95% das regiões russas. As empresas do portfólio do
RDIF empregam mais de 800.000 funcionários e sua receita anual é de 6% do PIB
da Rússia. O RDIF estabeleceu parcerias estratégicas conjuntas com os
principais co-investidores internacionais de 18 países, totalizando mais de US$
40 bilhões. Mais informações podem ser encontradas no site: rdif.ru
É apenas o início, mas depois de muita luta conseguimos aprovação para importar e aplicar a Sputnik V. A quantidade autorizada pela Anvisa está muito abaixo da real necessidade. Agora, é batalhar para fazer chegar logo o que foi aprovado e vacinar nosso povo. Vacina salva vidas.