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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Covid: OMS diz que vacinação não é suficiente para conter pandemia


Segundo diretor da Organização, novas variantes com alto poder de transmissibilidade, como a Delta, impedem a imunização coletiva


Foto: Brasil 247

Apesar do avanço da vacinação contra Covid-19 em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não vê uma porta aberta para a erradicação do coronavírus. O diretor da entidade na Europa, Hans Kluge, disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (10/9), que somente a vacinação não é suficiente para deter o vírus. O motivo, segundo ele, seriam as novas variantes que estão circulando com mais frequência e, por isso, reduziram a perspectiva de uma imunidade coletiva.

Na ocasião, ele afirmou também que a probabilidade que a doença continue avançando em todo o mundo é cada vez maior. Ainda na coletiva, o diretor pediu para “adaptar nossas estratégias de vacinação”, se referindo, especialmente, às doses de reforço.

A OMS já esteve mais otimista em relação ao fim da pandemia. Em maio deste ano, o diretor afirmou que a pandemia terminará quando for alcançada uma cobertura mínima de vacinação de 70% da população mundial. Entretanto, o cenário mudou. Segundo ele, as novas variantes, principalmente a Delta, tornaram a doença mais perigosa, viral e transmissível. Para tentar conter o vírus, Klunge defende impedir a transmissão das formas mais agressivas da doença por meio de um melhor planejamento da cobertura vacinal.

“O objetivo essencial da vacinação é, principalmente, evitar as formas graves da doença e a mortalidade. Se considerarmos que a Covid continuará sofrendo mutações e permanecerá entre nós, como a gripe, então devemos planejar como adaptar progressivamente a nossa estratégia de vacinação contra a transmissão endêmica, e adquirir conhecimentos muito valiosos sobre o impacto das doses adicionais. A vacinação ainda é essencial para reduzir a pressão sobre nossos sistemas de saúde, que precisam desesperadamente tratar outras doenças além da Covid”, explicou o diretor.

Apesar do plano da OMS de estabelecer uma imunidade coletiva por meio do engajamento de campanhas de imunização, muitos pesquisadores afirmam que é muito difícil alcançar a chamada imunidade de rebanho. Os estudos feitos até o momento revelam que a variante Delta é 60% mais contagiosa que a anterior (Alfa) e o dobro do vírus inicial. Segundo os cientistas, isso significa que é preciso mais pessoas vacinadas ou que tenham contraído a doença para que o coronavírus deixe de circular.

Fonte: Metrópoles


Band Jornalismo

OMS: "Pandemia não será freada só com vacina" - 12 de abr. de 2021

Assista ao VÍDEO 


domingo, 13 de junho de 2021

O Brasil receberá a vacina Janssen que expirará em 15 de junho

 

Essas doses são adquiridas com desconto de 25%, o que gerará uma economia de cerca de R $ 480 milhões.



RIO DE JANEIRO, 13 de junho. / TASS /. As primeiras 3 milhões de doses da vacina contra o Janssen contra o coronavírus chegarão ao Brasil no dia 15 de junho, ao final do prazo de validade do medicamento. O anúncio foi feito no sábado pelo Ministério da Saúde da república.

“Essas doses estão sendo compradas com um desconto de 25%, o que vai economizar cerca de R $ 480 milhões (cerca de US $ 94 milhões). Eles têm uma vida útil mais curta, mas o FDA permitiu que fosse prorrogado”, - disse o chefe da da Ministra da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, o governo brasileiro terá que pagar apenas as doses que serão utilizadas. Por questões logísticas, o Janssen só será utilizado nos centros administrativos dos estados da república sul-americana, explicou Queiroga.

A vacina expira no dia 27 de junho, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguindo o FDA, pode autorizar a prorrogação de seu prazo de validade por mais 6 semanas, até o dia 8 de agosto. A reunião do regulador farmacêutico brasileiro deve ocorrer na próxima semana, disse o ministério.

A vacinação contra o coronavírus começou no Brasil em 18 de janeiro. No momento, os medicamentos são usados pela empresa sueco-britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, a empresa chinesa Sinovac Biotech e a americana Pfizer. Mais de 23,6 milhões de pessoas já foram vacinadas com duas doses da vacina e mais de 54,2 milhões receberam uma vacina. Em setembro, está prevista a conclusão da primeira etapa da campanha de vacinação e a vacinação de grupos prioritários da população (mais de 78 milhões de pessoas), entre médicos, idosos e portadores de doenças crônicas.



Fonte: TACC

 

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Sputnik V e Covaxin: 1º voto da Anvisa é a favor da importação

 

Após apresentação de análises técnicas, membros da diretoria colegiada votam de forma favorável ou contrária à importação das vacinas



Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide, nesta sexta-feira (4/6), se aprova os pedidos de autorização excepcional e temporária para a importação das vacinas Covaxin e Sputnik V contra a Covid-19. O primeiro voto foi do relator do caso, Alex Machado Campos, da 5ª Diretoria do órgão. E ele se colocou a favor da importação das vacinas.

Segundo o relator, os laboratórios ainda demonstraram incertezas em relação à segurança, eficácia e qualidade das vacinas. Porém, devido ao cenário “sem precedentes” que o país enfrenta, Campos defendeu que a possibilidade de ter mais vacinas disponíveis no Brasil é algo positivo.

“Em situação de guerra devemos lançar mão de todos os instrumentos. Sabemos que ainda existem lacunas, mas, mesmo diante das incertezas, é preciso enfrentar o dramático quadro sanitário em que estamos inseridos”, apontou.

Campos ressaltou que as condições pontuadas pelas áreas técnicas para a administração das vacinas devem ser seguidas. E exigiu, em seu voto, que as autoridades de saúde brasileiras “restrinjam o público vacinado, limitem a importação inicial a um volume pequeno e imponham testes laboratoriais”. O limite seria de 1% da população brasileira.


  • A posição dele veio da apresentação dos técnicos da Anvisa. Primeiro, foi apresentada a análise da Sputnik feita pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, coordenada por Gustavo Mendes. Ele disse que, apesar de trazer algumas informações positivas sobre a vacina, os documentos russos não apresentam dados suficientes sobre a qualidade, eficácia e segurança da vacina.

Por isso, Gustavo recomendou que a agência estabeleça uma série de regras para o uso do imunizante. “São condicionantes que buscam minimizar a exposição e risco das pessoas que irão tomar essa vacina”, concluiu.

No caso da Covaxin, o gerente-geral também afirmou que faltam dados atestar a eficácia do fármaco. A Anvisa espera que a fabricante Bharat BioTech envie informações complementares sobre resultados de imunogenicidade e segurança nos dias 15 e 30 de junho. Gustavo também apresentou condicionantes para o uso da vacina, caso a importação seja aprovada pela diretoria.

Acompanhe a reunião ao vivo:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Assista ao VÍDEO


Inspeções in loco

Na segunda apresentação, a gerente-geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, Ana Carolina Moreira Marino, constatou, com base na documentação russa e nas inspeções que a Anvisa fez a dois laboratórios no país (em abril deste ano), que alguns parâmetros exigidos pela agência para a fabricação da Sputnik V não foram atendidos.

Ana Carolina Araújo sugeriu que o Instituto Gamaleya apresente uma série de documentos para atestar o controle de qualidade da vacina Sputnik V, e que os laboratórios inspecionados adequem suas práticas às exigências da Anvisa.


  • No caso da Covaxin, a área atestou que empresa cumpriu com todos os itens pendentes relacionados ao último pedido de certificação de Boas Práticas de Fabricação. A doutora Ana Carolina sugeriu que a agência autorize a importação excepcional do imunizante.

Já a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária, Suzie Marie Teixeira Gomes, pontuou que os dois imunizantes apresentaram incertezas em relação aos eventos adversos. Ela recomendou que, caso tenham importação autorizada pela diretoria, ambas as empresas sigam condicionantes.

Segundo Suzie, as empresas serão obrigadas a apresentar relatórios sobre a ocorrência de eventos adversos e a informar os pacientes de que os imunizantes não possuem autorização de uso emergencial emitido pela Anvisa.



Como funciona

A reunião começou às 14h, e as três áreas técnicas da agência apresentaram análises sobre os dois imunizantes. Depois das apresentações, os cinco membros da diretoria iniciaram a votação.

A decisão é feita por maioria simples. Ou seja, dos cinco votos, ao menos três devem ser favoráveis para permitir a importação. Caso três votos sejam contrários, a autorização será negada.

O presidente da agência, Antonio Barra Torres, iniciou a reunião prestando homenagem às vítimas da Covid-19. Ele pontuou que alguns países, que estão com campanhas de vacinação avançadas, já tiveram uma “retomada do dia a dia”, e desejou que a imunização no Brasil chegue ao mesmo patamar em breve.


  • “Hoje mesmo o noticiário internacional mostrou países que alcançaram um nível de vacinação que, a mercê de Deus, vamos alcançar no menor prazo possível”, disse. Ele também reiterou a importância do uso de máscara e do respeito às medidas não farmacológicas.

Os processos de importação da Sputnik V analisados hoje são dos seguintes estados: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco, Piauí. Já o pedido da Covaxin veio do Ministério da Saúde.

Caso a importação seja aprovada, os estados, os municípios e o Distrito Federal ficam autorizados a adquirir, distribuir e aplicar doses das vacinas. O pedido de importação da Covaxin foi feito pelo Ministério da Saúde.

O relator do pedido de importação é Alex Machado Campos. Ele também foi responsável pela relatoria dos primeiros pedidos de autorização de ambas as vacinas, negados pela agência entre janeiro e abril deste ano.


  • Além de Campos, os outros membros da diretoria colegiada são: Antonio Barra Torres (diretor-presidente), Meiruze Freitas (2ª diretoria), Cristiane Jourdan Gomes (3ª diretoria) e Romison Mota (4ª diretoria).

Fonte: Metrópoles


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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Rússia fornecerá ao UNICEF doses de Sputnik V para 110 milhões de pessoas, diz RDIF


A Rússia assinou um acordo para fornecer ao fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF doses suficientes de sua vacina Sputnik V COVID-19 para 110 milhões de pessoas, disse o Fundo russo de Investimento Direto (RDIF), que comercializa a vacina no exterior, disse nesta quinta-feira.


Tubos de ensaio são vistos em frente a um logotipo Sputnik V exibido nesta ilustração tirada, 21 de maio de 2021. REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração

A aquisição e entrega da vacina está sujeita ao Sputnik V receber uma listagem de uso emergencial da Organização Mundial da Saúde, uma decisão que o RDIF disse ser esperada em breve.

A Rússia, que aprovou quatro vacinas para uso doméstico, assinou acordos de exportação para milhões de doses de Sputnik V, mas a tomada tem sido relativamente lenta em casa, com algumas regiões reclamando que o processo de vacinação não está indo rápido o suficiente.

O ministro da saúde da Rússia disse na quinta-feira que a Rússia havia administrado pelo menos uma dose de uma vacina COVID-19 para quase 17 milhões de pessoas, de uma população de cerca de 145 milhões. leia mais

O RDIF disse que realizaria uma discussão separada com a aliança de vacinas GAVI para ver o Sputnik V considerado para inclusão na instalação internacional de compartilhamento de vacinas COVAX.

Fonte: Reuters


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terça-feira, 25 de maio de 2021

Vírus 'mais mortal' do que SARS-CoV-2 vai acarretar nova pandemia, alerta diretor da OMS


Um vírus ainda mais transmissível e fatal do que a COVID-19 vai suscitar nova pandemia no mundo, prevê o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), ressaltando "certeza evolutiva" desta possibilidade.



O alerta foi dado por Tedros Adhanom Ghebreyesus durante a reunião anual da agência das Nações Unidas com participação de ministros da Saúde de 194 Estados-membros na segunda-feira (24).


  • "Não se enganem, esta não vai ser a última vez que o mundo enfrenta a ameaça de uma pandemia", afirmou. "Há uma certeza evolutiva de que vai aparecer outro vírus com potencial de ser mais transmissível e mais fatal do que [o SARS-CoV-2]."

Em uma nota mais positiva, o diretor-geral admitiu que a quantidade global de casos e mortes pela COVID-19 registrados tem diminuído há três semanas consecutivas.

No entanto, o diretor-geral da OMS ressaltou que o mundo permanece "em uma situação frágil", e repreendeu as nações que acreditam estar fora de perigo, "não importando sua taxa de vacinação".

Ghebreyesus aproveitou a reunião para reforçar seu apelo aos governos para que doassem doses de imunizantes contra o coronavírus à COVAX, iniciativa apoiada pela OMS e GAVI Alliance.


  • Até agora, mais de 75% de todas as doses de vacinas foram administradas em apenas 10 países, de acordo com dados da OMS.

  • Para Ghebreyesus, esta "desigualdade escandalosa" está "perpetuando" a pandemia. Anteriormente, tendo se referido à situação como "apartheid de vacinas".

A eficácia das vacinas contra a COVID-19 já existentes não parece ser prejudicada pelas variantes emergentes do vírus, como a cepa primeiramente detectada na Índia, segundo o diretor-geral da OMS, que avisa que as variantes "estão mudando constantemente" e que as cepas futuras podem "tornar as nossas ferramentas ineficazes e nos arrastar de volta à estaca zero".

Fonte: Sputnik Brasil


segunda-feira, 24 de maio de 2021

Vacina Sputnik V da Rússia altamente eficaz contra a variante do vírus do Brasil


A vacina russa Sputnik V COVID-19 é altamente eficaz no combate e neutralização da variante agressiva do coronavírus descoberta pela primeira vez no Brasil, de acordo com o Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF) e um estudo conduzido por pesquisadores na Argentina.


Um médico especialista segura um frasco da vacina Sputnik V contra o coronavírus em uma loja de departamentos em Moscou, Rússia, 18 de janeiro de 2021 REUTERS / Shamil Zhumatov / Foto de arquivo / Foto de arquivo

A variante do coronavírus P1 do Brasil, por trás de um aumento mortal de COVID-19 no Brasil, se espalhou pela duramente atingida América Latina. Cientistas no Brasil descobriram que as mutações da variante podem torná-la mais resistente a anticorpos, aumentando a preocupação internacional sobre seu potencial de tornar as vacinas menos eficazes. consulte Mais informação

O estudo com base na Argentina, realizado pelo Instituto Dr. Vanella de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba (UNC), no entanto, encontrou uma forte resposta imunológica contra a variante nos vacinados com Sputnik V.

"O estudo confirmou que a imunidade desenvolvida em pessoas vacinadas com o 'Sputnik V' neutraliza a cepa brasileira após terem recebido duas doses, e mesmo após a primeira", disse a RDIF em nota nesta segunda-feira.

De acordo com o estudo argentino, visto pela Reuters e citado pela RDIF, 85,5% dos indivíduos desenvolveram anticorpos contra a variante COVID-19 no dia 14 após a primeira dose da vacina. Essa taxa aumentou para quase 100% no dia 42, depois que um indivíduo recebeu ambas as doses.

Rogelio Pizzi, reitor da Faculdade de Ciências Médicas da UNC, disse à Reuters que o estudo do instituto mostrou que a vacina russa inibe com sucesso a variante.

"Os resultados são excelentes. A vacina funciona para essa cepa", disse Pizzi à Reuters, acrescentando que o Instituto de Virologia da UNC também está conduzindo estudos sobre a cepa detectada originalmente no Reino Unido.

Fonte: Reuters


RedeTV! Jornalismo

Brasil exporta 1º lote de vacina Sputnik V produzida em Guarulhos - 20 de mai. de 2021

Primeiro lote da vacina Sputnik V, produzida em Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo, vai ser exportado para outros países da América Latina. O imunizante não pode ser aplicado nos brasileiros porque não foi aprovado pela Anvisa.

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sábado, 10 de abril de 2021

Ex-presidente diz ao Guardian que o Brasil enfrenta talvez o momento mais grave de sua história e está 'à deriva em um oceano de fome e doenças'


A resposta perversa e “genocida” de Bolsonaro a um dos mais mortíferos surtos de Covid do mundo deixou o Brasil “à deriva em um oceano de fome e doenças”, afirmou a ex-presidente Dilma Rousseff.


Dilma Roussefff disse ao Guardian: 'Estamos à deriva em um oceano de fome e doenças ... É realmente uma situação extremamente extrema que estamos testemunhando no Brasil.' Fotografia: Ricardo Maldonado Rozo / EPA

Em declarações ao Guardian esta semana - enquanto o número de mortes por coronavírus no Brasil atingia níveis devastadores, com mais de 12.000 mortes nos últimos três dias - Rousseff disse que seu país enfrentou talvez o momento mais grave de sua história.

“Estamos vivendo uma situação extremamente dramática no Brasil porque não temos governo, nem administração da crise”, disse Rousseff, uma ex-guerrilheira de esquerda que foi presidente por pouco mais de cinco anos até seu polêmico impeachment de 2016.

“Estamos vendo 4.200 mortes por dia agora e tudo sugere que, se nada mudar, chegaremos a 5.000 ... No entanto, há uma normalização absolutamente repulsiva dessa realidade em andamento. Como você pode normalizar as 4.211 mortes registradas [na terça]? ” Rousseff perguntou quando o número oficial de mortos no Brasil subiu para mais de 345.000, perdendo apenas para os EUA.

A primeira mulher presidente do Brasil , como um número crescente de cidadãs, acredita que grande parte da culpa é de Bolsonaro, um populista de extrema direita cuja resposta anticientífica ao que ele chama de “pequena gripe” o tornou um bicho-papão internacional . Pesquisas de opinião e protestos barulhentos sugerem crescente raiva pública contra o político admirador de Trump que foi eleito em 2018 depois que o mentor de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso e impedido de concorrer por um juiz que mais tarde ingressou no gabinete de Bolsonaro .

Dilma afirmou que a sabotagem de Bolsonaro dos esforços de contenção e vacinação , a recusa em ordenar um bloqueio e a falha em oferecer apoio econômico adequado aos pobres contribuíram para uma tragédia de “proporções catastróficas”.

“Não estou dizendo que o Brasil não teria sofrido mortes [com uma resposta diferente] - todos os países sofreram”, disse ela. “Estou dizendo que parte do nível de mortes aqui se deve fundamentalmente a decisões políticas incorretas, que ainda estão sendo tomadas”.

O colapso do Brasil também foi uma ameaça internacional. “A ausência de um combate efetivo à pandemia [no Brasil] leva a algo gravíssimo: o surgimento das chamadas novas variantes, que são altamente infecciosas e aumentaram o número de mortes nos países vizinhos”, disse Dilma Rousseff, apontando sobre como os vizinhos sul-americanos estavam fechando suas fronteiras por medo da variante P1 mais contagiosa ligada à Amazônia brasileira.

Muitos críticos agora argumentam que as ações de Bolsonaro equivalem a "genocídio" - e Rousseff disse que ela estava entre eles.

“Eu uso essa palavra. O que caracteriza o ato de genocídio é quando você desempenha um papel deliberado na morte de uma população em grande escala ”, disse a senhora de 73 anos de sua casa em Porto Alegre, uma das muitas cidades onde hospitais e médicos ficaram sobrecarregados forçado a brincar de Deus.

“Não é a palavra [genocídio] que me interessa - é o conceito. E o conceito é este: responsabilidade por mortes que poderiam ter sido evitadas ”.

Na quinta-feira, a Suprema Corte do Brasil ordenou uma investigação do Congresso sobre a conduta do governo - uma medida chocante que os especialistas chamaram de grande golpe para Bolsonaro, que ainda conta com o apoio de cerca de um terço dos eleitores, mas enfrenta níveis recordes de rejeição.

Bolsonaro em março. O número oficial de mortos no Brasil é de mais de 345.000. Fotografia: Ueslei Marcelino / Reuters

O desastre do Brasil - que está sendo turbinado pela variante P1 - deve se aprofundar ainda mais nos próximos dias. Mais de 66.000 vidas de brasileiros foram perdidas para a Covid em março. O número de mortos em abril deve ultrapassar 100.000. Na sexta-feira, o conselheiro sênior da Organização Mundial da Saúde, Bruce Aylward, chamou o surto de “um inferno furioso”.

“É desesperador. Para ser honesto, não consigo dormir direito. Vou para a cama com esses números e simulações na cabeça e simplesmente não consigo pensar direito ”, disse Miguel Nicolelis, um cientista proeminente cujas projeções sombrias sobre o surto foram repetidamente confirmadas.

“Os EUA tiveram um dia com mais de 5.000 mortes e vamos ultrapassar os EUA - no número de mortes diárias e provavelmente no número total de fatalidades também”, previu Nicolelis.

“Vamos começar a ver corpos amontoados em nossas clínicas de saúde e pessoas morrendo nas ruas em breve na maior cidade do Brasil”, disse ele de São Paulo, pedindo um mês de bloqueio nacional e o fechamento de estradas, aeroportos e rios.

Rousseff também pediu um fechamento imediato, embora Bolsonaro tenha rejeitado repetidamente essa ideia, aparentemente temendo que prejudicasse a economia e suas esperanças de reeleição em 2022. "Não haverá bloqueio nacional", insistiu Bolsonaro durante uma viagem ao sul do Brasil neste semana.

Falando fora de sua residência na terça-feira, Bolsonaro, 66, ignorou as críticas. “[Eu fui chamado] de homofóbico, racista, fascista, um torturador ... Agora sou genocida”, ele sorriu . “Existe alguma coisa pela qual eu não sou culpado no Brasil?”

Dilma concordou que Bolsonaro não foi o único culpado pela calamidade Covid que abalou seu país e o mundo. Ela também culpou as elites econômicas, chefes militares, magnatas da mídia e políticos que ajudaram os extremistas de direita a ganhar o poder apoiando sua destituição do cargo e depois aplaudindo a queda de Lula e a ascensão de Bolsonaro. Líderes mundiais, incluindo Donald Trump, também lidaram com a pandemia de forma desastrosa.

“As pessoas terão que ser responsabilizadas pela catástrofe que foi engendrada no Brasil”, disse Dilma Rousseff, mapeando suas atuais tribulações até sua suspensão do cargo há exatamente cinco anos por supostamente manipular o orçamento para mascarar o mal-estar econômico.

“O Bolsonaro é um produto deste ... pecado original: o impeachment”, disse ela sobre o que seus partidários chamam de “golpe” de orientação política.

No domingo, 16 de abril de 2016, Bolsonaro, então um obscuro congressista, foi um dos 367 deputados que aprovaram o impeachment de Rousseff durante uma sessão indisciplinada em que dedicou seu voto a um torturador da era da ditadura que supervisionava os abusos de rebeldes esquerdistas como ela.

Naquela época, Dilma Rousseff disse que nunca imaginou que Bolsonaro um dia se tornaria presidente. Ela também não conseguia imaginar o Brasil enfrentando a emergência de hoje sob uma liderança mais inadequada. “A realidade é pior do que qualquer coisa que eu poderia ter imaginado. É como se estivéssemos à deriva. Estamos à deriva em um oceano de fome e doenças ... É realmente uma situação extremamente extrema que estamos testemunhando no Brasil. ”

Fonte: The Guardian


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quinta-feira, 18 de março de 2021

'10 vezes mais do que os EUA': por que Brasil tem tantas mortes de bebês por covid-19


Desde o início da pandemia de covid-19, 420 bebês morreram em decorrência do novo coronavírus no Brasil, número aproximadamente dez vezes maior do que o dos Estados Unidos, país com o maior número de óbitos pela doença, de acordo com dados oficiais.


Desde início da pandemia, 420 bebês (crianças com menos de 1 ano) morreram em decorrência do novo coronavírus no Brasil, contra 45 nos Estados Unidos

 
Segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) norte-americano, 45 bebês, ou crianças com menos de um ano, perderam a vida após infecção pelo vírus.

Entre as crianças de um a cinco anos, a discrepância entre os dois países também fica nítida: foram 207 mortes por covid-19 no Brasil contra 52 nos Estados Unidos.

Os números brasileiros também são maiores do que o do Reino Unido, que registrou apenas duas mortes por coronavírus entre bebês (menos de um ano). E superiores aos do México, onde 307 crianças entre zero e quatro anos morreram. Já a França teve apenas quatro mortes entre zero e 14 anos devido ao novo coronavírus.

Ao mesmo tempo, atualmente, os EUA têm o maior número de mortos por covid-19 — 529 mil, seguido por Brasil (270,6 mil) e México (191,8 mil), segundo dados da Universidade Johns Hopkins. A taxa de mortalidade norte-americana pelo vírus (161,28 por 100 mil habitantes) também é mais alta do que a brasileira (128,12 por 100 mil habitantes).

Assim, desde o início da pandemia, a covid-19 matou, proporcionalmente, mais lá do que aqui.

As taxas de nascimentos de bebês também são dados importantes nesta equação.

Os dois países tem taxas praticamente iguais de natalidade, segundo o Banco Mundial: 1,77 filhos por mulher nos EUA e 1,74 filhos por mulher no Brasil. Em 2019, foram registrados 3,5 milhões de nascimentos nos Estados Unidos e 2,9 milhões no Brasil. A população americana é de 328,2 milhões e a brasileira, 210 milhões.

Em resumo: o Brasil tem um número mais elevado de mortes de bebês e crianças pequenas por covid-19, apesar de ter menos nascimentos do que os EUA, onde, por sua vez, mais pessoas morrem em decorrência do vírus, tanto em números absolutos quanto relativos.

Mas, afinal, o que está por trás desse alto número de mortos entre bebês e crianças pequenas no Brasil?


Razões

Além das mortes, na mesma base de comparação com outras nações, o Brasil também conta com um número expressivo de crianças internadas por covid-19. Só neste ano, segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, 617 bebês (menos de um ano), 591 crianças de um a cinco anos e 849 de seis a 19 anos foram hospitalizados devido à doença.

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, não há uma única resposta para o problema.

Descontrole da pandemia e falta de diagnóstico adequado, aliados principalmente a comorbidades (doenças associadas) e vulnerabilidades socioeconômicas, passando pelo aparecimento de uma síndrome associada à covid-19 em crianças, ajudam a explicar o quadro trágico brasileiro.

Mas há uma ressalva: embora os óbitos sejam mais numerosos no Brasil em relação a outros países do mundo, é importante lembrar que o risco de morte nessa faixa etária ainda assim é "muito baixo", lembram os cientistas.

De fato, 420 bebês representam apenas 0,15% do total de mortes por covid-19 no Brasil (270,6 mil).

Portanto, a chance de um bebê (ou de uma criança) desenvolver sintomas graves de covid-19 e morrer por causa da doença é rara, mas "não nula", diz à BBC News Brasil Fatima Marinho, médica epidemiologista e consultora-sênior da Vital Strategies.

"As mortes nessa faixa etária são raras, mas é preciso acabar com esse mito de que crianças não morrem por covid-19", assinala.

Marinho frisa que as mortes por covid-19 entre bebês e crianças no Brasil podem ser ainda maiores se contabilizados os óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não especificada.

"Podemos dizer que 48% dos que faleceram por SRAG não especificado têm alta probabilidade de ser morte por covid-19 por critérios clínicos e epidemiológicos", assinala.

Segundo Marinho, dados preliminares de uma pesquisa realizada pela Vital Strategies e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em três capitais, mostraram que 90% dos casos de SRAG não especificada foram comprovados como sendo de covid-19, após investigação.

Ela destaca que a covid-19 tende a evoluir de forma diferente em crianças e em adultos.

Mortes nessa faixa etária são "raras", mas não "nulas", diz especialista

Como os pequenos normalmente não são testados para coronavírus, uma vez que são, na prática, bem menos suscetíveis a desenvolver os sintomas mais graves da doença (e muitos são assintomáticos), seus sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras enfermidades, prejudicando o diagnóstico.

"Pediatras devem prestar atenção em crianças com falta de ar e febre, e se ocorrer diarreia e/ou dor abdominal e/ou tosse pensar em covid-19. A tosse foi pouco frequente na hospitalização, mais foi um sinal de alarme para morte para as crianças. A dor abdominal e diarreia foram sintomas mais frequentes nas crianças maiores de um ano", assinala Marinho.

Médicos lembram que a chance de óbito em recém-nascidos é maior do que em crianças acima de um ano porque seu sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo, ainda está "em formação".

Além disso, outra causa para a morte de crianças no Brasil, que ainda está sendo investigada, é a chamada "síndrome inflamatória multissistêmica", que pode comprometer o cérebro, causando encefalite, ou órgãos importantes como coração e rins.

No Reino Unido, 1 a cada 5 mil crianças que se infectaram com coronavírus desenvolveram essa reação do sistema imunológico, segundo dados do governo britânico.

Os sintomas, que incluem febre alta, pressão sanguínea baixa e dores abdominais, costumam aparecer cerca de um mês depois do contato com o coronavírus.

A grande maioria das crianças que se infectam pelo coronavírus não desenvolve esse processo inflamatório ou se recupera com tratamento. Mas em alguns casos, a síndrome pode evoluir para um quadro grave e ocasionar a morte.

Foi o que aconteceu com uma paciente da pediatra Jessica Lira, que trabalha na UTI do Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, no Ceará.

A menina tinha dois anos e desenvolveu encefalite, uma inflamação no cérebro que parece ter sido impulsionada pela contaminação pelo coronavírus.

"Ela teve morte encefálica. A conversa foi difícil, os pais estavam com muito sentimento de revolta, tinham muita dificuldade em entender como que evoluiu para isso. Não sabiam que a covid-19 podia levar a um quadro como esse", disse Jessica em entrevista recente à BBC News Brasil.

Comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas são fatores de risco para crianças com covid-19

Comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas

Mas são as comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas que têm maior peso na morte de crianças por covid-19 no Brasil.

Um estudo observacional desenvolvido por pediatras brasileiros liderados por Braian Sousa, ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e com supervisão de Alexandre Ferraro, identificou comorbidades e vulnerabilidades socioeconômicas como fatores de risco para o pior desfecho da covid-19 em crianças.

"Individualmente, a maioria das comorbidades incluídas foram fatores de risco. Ter mais de uma comorbidade aumentou em quase dez vezes o risco de morte. Em comparação com as crianças brancas, os indígenas, os pardos e os do leste asiático tiveram um risco significativamente maior de mortalidade. Também encontramos um efeito regional (maior mortalidade no Norte) e um efeito socioeconômico (maior mortalidade em crianças de municípios menos desenvolvidos socioeconomicamente)", dizem os pesquisadores no estudo publicado na plataforma medrxiv.

"Além do impacto das comorbidades, identificamos efeitos étnicos, regionais e socioeconômicos que moldam a mortalidade de crianças hospitalizadas com covid-19 no Brasil. Juntando esses achados, propomos que existe uma sindemia (interação entre problemas de saúde e contexto sócioeconômico) entre covid-19 e doenças não transmissíveis, impulsionada e fomentada por desigualdades sociodemográficas em grande escala".

"Enfrentar a covid-19 no Brasil também deve incluir o tratamento dessas questões estruturais. Nossos resultados também identificam grupos de risco entre crianças que devem ser priorizados para medidas de saúde pública, como a vacinação", concluem os pesquisadores.

Foram estudados 5.857 pacientes com menos de 20 anos, todos hospitalizados com covid-19 confirmado por laboratório.

Constatações semelhantes foram feitas pelo professor Paulo Ricardo Martins-Filho, da Universidade Federal do Sergipe (UFS), um dos pesquisadores que mais publicam sobre covid-19 no Brasil.

Ele e sua equipe desenvolveram um estudo para estimar as taxas de incidência e mortalidade da covid-19 em crianças brasileiras e analisar sua relação com as desigualdades socioeconômicas.

E chegaram à conclusão que houve diferenças regionais importantes e uma relação entre taxas de mortalidade e desigualdades socioeconômicas.

"O conhecimento das diferenças sociogeográficas nas estimativas do COVID-19 é crucial para o planejamento de estratégias sociais e tomada de decisão local para mitigar os efeitos da doença na população pediátrica", diz Martins-Filho no estudo, publicado na plataforma científica internacional PMC.

Portanto, essas crianças acabam ficando mais vulneráveis a doenças, incluindo o coronavírus.

"Claro que quanto mais casos tivermos e, por consequência, mais hospitalizações, maior é o número de mortos em todas as faixas etárias, incluindo crianças. Mas se a pandemia estivesse controlada, esse cenário poderia evidentemente ser minimizado", diz à BBC News Brasil Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.


"Maioria das crianças que morrem tem comorbidades", diz pediatra na linha de frente

Linha de frente

"A maioria das crianças que morrem tem comorbidades, especialmente pacientes oncológicos (com câncer) ou com sobrepeso e obesidade. Há também aqueles com problemas nos pulmões e no coração. Mas isso não é uma regra. Vemos bebês e crianças saudáveis morrendo por covid, algo não tão presente na primeira onda", diz à BBC News Brasil Lohanna Tavares, infectologista pediátrica da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Infantil Albert Sabin em Fortaleza, no Ceará.

Pediatras acreditam que as mortes dessas crianças saudáveis podem estar relacionadas a fatores externos, como desnutrição e outras doenças, como dengue, por exemplo, mas essa correlação ainda precisa ser estudada.

Tavares reforça outro fator que vem contribuindo para o aumento — e já identificado nos estudos sobre o tema: a falta de assistência.

"Os leitos hospitalares e o acesso aos cuidados pediátricos são bem menores para as crianças do que para os adultos. Várias enfermarias de hospitais pediátricos foram substituídas por leitos para adultos. Evidentemente, a necessidade maior é dos adultos. Mas a restrição de leitos pediátricos gera um acúmulo de pacientes nas emergências, o que faz com que o próprio pediatra pondere mais a internação da criança", diz.

"Ou seja, ele só vai internar as crianças que estiverem mais acometidas, com um quadro mais grave, quando o ideal seria deixar em observação casos que podem gerar complicações. Mas não há leitos suficientes. Quando se diminui o número de leitos pediátricos, o sistema fica sobrecarregado e a assistência fica, assim, prejudicada", lamenta.

Atualmente, não há vacinas disponíveis para menores de 16 anos. "Mas estudos já estão sendo feitos com esse público", lembra Kfouri, da SBP.

Fonte: BBC News Brasil


CNN Brasil

E Tem Mais: Covid-19 em crianças: por que os índices de mortalidade no Brasil são tão altos - 18/03

Ouça o podcast E Tem Mais, apresentado por Monalisa Perrone. Programa do dia 18 de março de 2021.

Neste episódio do E Tem Mais, Monalisa Perrone ouve médicos e pesquisadores para entender porque os bebês e crianças brasileiras passaram a adoecer e morrer mais pela Covid-19. Na primeira parte do episódio, Monalisa recebe Alexandre Ferraro, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e um dos responsáveis por uma pesquisa recente que investigou o assunto.

Ferraro e outros especialistas investigaram mais de 5 mil infecções entre menores de 20 anos e constataram que existe não uma, mas várias causas para a maior agressividade da Covid-19 entre crianças brasileiras. Entre essas causas, está a desigualdade social. Também participa do episódio Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.



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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Rio suspende vacinação por falta de doses enquanto Bolsonaro aglomera em praia de SC


Enquanto o presidente Jair Bolsonaro aglomera na Praia do Forte, em São Francisco do Sul (SC), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), anuncia que a cidade terá de interromper a campanha de vacinação contra a Covid-19 na quarta-feira (17) por falta de doses do imunizante.



“Recebi a notícia de que não chegaram novas doses. Teremos que interromper amanhã a nossa campanha. Hoje vacinamos pessoas de 84 anos e amanhã de 83. Estamos prontos e já vacinamos 244.852. Só precisamos que a vacina chegue. Nova leva deve chegar do Butantan na próxima semana”, escreveu em suas redes sociais Eduardo Paes.

Já em Santa Catarina, onde passa o feriadão do Carnaval, Bolsonaro tem aglomerado com apoiadores, não usa máscara, e ainda se irrita com perguntas sobre a volta do auxílio emergencial de R$ 600.

Sobre a vacina, então, parece um problema distante do presidente da República em um momento que o Brasil só vacinou apenas 2,5% da população de um total de 212 milhões de almas.

A título de comparação, Israel vacinou 70% de sua população formada por 9 milhões de habitantes.

“Infelizmente, a gente vai ter que interromper o calendário, voltar para o calendário original, porque a gente antecipou uma semana o calendário no Rio”, lamentou Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, enquanto Bolsonaro se diverte e aglomera no litoral catarinense.

A falta de vacinas não é uma exclusividade do Rio. Pelo contrário. A vacinação também foi interrompida em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, no domingo (14). Motivo: falta de imunizante.

Fonte: Blog do Esmael


Jornal O Globo


A cidade do Rio de Janeiro vai interromper a campanha de vacinação contra covid-19 a partir desta quarta-feira, dia 17. A vacinação será suspensa após pessoas com 83 anos receberem a primeira dose. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, explicou em mensagem no Twitter que o município contava com a entrega de novo lote de imunizantes do Instituto Butantan nesta segunda-feira, dia 15, para continuar a campanha. A expectativa, agora, é de que mais doses cheguem na próxima semana. O Brasil registrou a maior média móvel de óbitos desde o início da pandemia.

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sábado, 13 de fevereiro de 2021

Aprovação a Bolsonaro continua a cair: 27% em pesquisa do Instituto Ideia


Pesquisa Exame/Ideia apontou que a aprovação de Jair Bolsonaro está em 27%, quase 20 pontos percentuais abaixo de sua desaprovação (44%)




247 - Com o ritmo lento de vacinação e sem uma definição clara se o auxílio emergencial irá voltar, a aprovação de Jair Bolsonaro está em 27%, de acordo com pesquisa Exame/Ideia feita entre os dias 9 e 11 de fevereiro. 

O percentual indica uma ligeira queda desde a última pesquisa da revista, no fim de janeiro, quando estava em 29%. A oscilação ficou dentro da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais, sendo considerada estável.

De acordo com o novo levantamento, a desaprovação de Bolsonaro passou de 42% para 44%. Aqueles que nem aprovam nem desaprovam eram 24% na última pesquisa, e agora somam 26%. Ao todo, 3% não souberam responder na pesquisa atual.

Os números demonstram a insatisfação da população com a forma como Bolsonaro vem gerenciamento a crise do coronavírus. De acordo com o levantamento, 65% dos entrevistados avaliam que aplicação da vacina contra a Covid-19 está atrasada.

Foram entrevistadas 1.200 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.


TV 247

A jornalista Laís Gouveia apresenta pesquisa que aponta: 73% querem mais velocidade na aplicação das vacinas contra Covid-19 e 65% dos brasileiros avaliam que aplicação da vacina contra a Covid-19 está atrasada. Avaliação do governo Bolsonaro continua a cair e agora tem apenas 27% de aprovação, segundo instituto Ideia.

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sábado, 6 de fevereiro de 2021

Governo petista da Bahia cede 50 milhões de doses da Sputnik V a Bolsonaro



O governador petista da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou nesta quinta-feira (4), que cedeu ao governo federal, através da Secretaria de Saúde (Sesab) informou nesta quinta-feira (4), o direito às 50 milhões de doses da Sputnik V. As doses estavam previstas em um acordo com o fundo soberano russo, firmado em agosto do ano passado. De acordo com o órgão estadual, estão previstas para a Bahia cerca de 500 mil doses do imunizante até abril deste ano.




“O acordo que foi feito entre governo da Bahia e o fundo de desenvolvimento russo responsável pela vacina Sputnik V garantiu ao Brasil a prioridade no acesso a essas 50 milhões de doses. Nós cedemos ao governo federal para que possa distribuir a todos os municípios do brasil as 50 milhões de doses que foram garantidas inicialmente ao governo baiano”, disse o secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

De acordo com o secretário, o acordo feito entre o governo da Bahia e um fundo russo não envolve a União Química.

“O acordo nosso com o fundo russo é um acordo direto, não envolve a união química e nós teremos acesso ao fornecimento em separado para a Bahia. Independente do quantitativo que vem para o Brasil, o Governo da Bahia tem um contrato em andamento com eles para fornecer um quantitativo pro nosso estado”, explicou o secretário.

Foi assinado um contrato entre o governo baiano e o fundo soberano da Rússia, em agosto do ano passado, para o recebimento de até 50 milhões de doses. O documento é mantido em confidencialidade, mas, segundo a Sesab, o fornecimento está garantido independentemente das negociações do governo federal, que já anunciou interesse em adquirir as vacinas.

Fontes: G1 / Canal da Resistência


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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Brasileiros voltam a fazer carreatas por impeachment de Bolsonaro (VÍDEOS)


Manifestantes voltaram às ruas em diversas cidades do Brasil neste domingo (31) para realizar novas carreatas pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.



Com bandeiras de partidos, sindicatos ou apenas cartazes de protesto, motoristas e seus passageiros deixaram claro sua insatisfação com a gestão da pandemia pelo governo, incluindo o alto número de mortes e as dificuldades relacionadas à vacinação. 

 

 

 Opositores culpam o presidente e outros membros de sua administração pela baixa adesão às medidas de isolamento, pela negligência no uso de máscaras e por minimizar a gravidade da pandemia da COVID-19, entre outras coisas, desde que o novo coronavírus chegou ao país, em fevereiro do ano passado. 



 Mais de 60 pedidos de impeachment foram apresentados contra Bolsonaro na Câmara dos Deputados, mas o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está de saída, não colocou nenhum deles em discussão, apesar do crescente apelo popular. De acordo com uma recente pesquisa do Instituto Atlas, 53,6% dos brasileiros seriam favoráveis ao impedimento do atual chefe de Estado.

Fonte: Sputnik Brasil



Estadão


Protestos pelo impeachment do presidente Bolsonaro

Neste domingo, manifestantes foram às ruas, de carro ou a pé, para protestar contra Jair Bolsonaro. Pedidos por impeachment do presidente se multiplicam pelo país.

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Boa Noite 247 - Stop Bolsonaro + carreatas + Caminhoneiros + Galo + Trans na mira -31.1.21

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domingo, 24 de janeiro de 2021

Brasil confirma 62 mil novos casos e 1,2 mil mortes pela Covid-19 em 24 horas


 Enterros de pessoas que faleceram por causa da Covid-19 no cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus (AM) Foto: Sandro Pereira/Estadão Conteúdo

O Brasil confirmou neste sábado (23) 62.334 novos casos e mais 1,2 mil mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Ao todo, desde o início da pandemia, o Brasil contabilizou 216.445 mortes pelo novo coronavírus. Já o número de casos confirmados atingiu o total de 8.816.254. 


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Ainda na tarde deste sábado a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou em um ato simbólico a vacinação com o imunizante de Oxford no Brasil. O infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz (INI/Fiocruz), Estevão Portela, foi o primeiro a receber a vacina.

Pelo menos quatro estados receberão as doses da vacina que chegaram da Índia. São eles Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraná. O restante das doses será enviado para os demais estados e o Distrito Federal na manhã de domingo (24) em voos comerciais. As aeronaves decolam da base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. 




The Intercept Brasil

O ministro Eduardo Pazuello diz que jamais receitou cloroquina e outros medicamentos sabidamente ineficazes contra covid. Mesmo? E como o sistema oficial do Ministério da Saúde receita? Nosso editor executivo @Leandro Demori explica.

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

DILMA RECUSA CONVITE DE DORIA PARA SER VACINADA



 Ex-Presidenta diz que é inaceitável furar a fila da vacinação e que aguardará pacientemente a sua vez


Recebi o convite do governador de São Paulo para ser vacinada com a Coronavac no dia 25 de janeiro, em Porto Alegre. Agradeço, mas diante das circunstâncias tenho o dever de recusar a oferta, por razões éticas e de justiça. O Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado e, se é certo que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu, agora, seja beneficiada. É inaceitável “furar a fila”, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros. Neste momento, considero imprescíndivel que sejam atendidos, de acordo com o Plano, primeiramente os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente da luta contra a Covid19, além dos idosos que vivem em asilos e o grupo de idosos brasileiros mais expostos ao risco de adoecer gravemente ou morrer. Aguardarei pacientemente a minha vez e quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a Coronavac.

Faço questão de prestar tributo à contribuição do SUS, do Butantan e da Fiocruz, que são tão importantes e estratégicos para a saúde pública no Brasil e para o desenvolvimento das vacinas. Denuncio todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, tentaram destruí-los, seja por restrição de recursos orçamentários, seja por visão preconceituosa, como ficou claro na saída dos médicos cubanos, seja por defender propostas privatistas.

Enalteço o trabalho dedicado dos epidemiologistas, biólogos, infectologistas, pesquisadores e servidores do sistema SUS, em especial da Fiocruz e do Butantan, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. Estendo estas homenagens e agradecimentos a todos os que se dedicam a combater esta pandemia que, por desleixo e desuminadade do governo federal, já roubou a vida de mais de 210 mil pessoas e está matando brasileiros até mesmo por falta de oxigênio. Por fim, reconheço e saúdo a solidariedade e a atitude humanitária do governo chinês, que proporcionou a parceria entre o Estado São Paulo/Butantan e o laboratório Sinovac para a importação e a fabricação das vacinas em nosso país. É uma vitória da cooperação entre os povos e da ciência e uma derrota do negacionismo.

DILMA ROUSSEFF


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Noruega investiga morte de 29 idosos que receberam vacina da Pfizer


Sigurd Hortemo, médico-chefe da Agência Norueguesa de Medicamentos, disse que não é possível estabelecer uma conexão entre as mortes e a vacinação

Até 5ª feira (14.jan.2021), a Agência Norueguesa de Medicamentos investigava 23 mortes de idosos que receberam vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech. O número de mortes suspeitas aumentou para 29, de acordo com reportagem divulgada neste sábado (16.jan) pela Bloomberg. As vítimas tinham 75 anos ou mais. 


Em nota divulgada na 6ª feira (15.jan), Sigurd Hortemo, médico-chefe da agência, disse que “os relatórios sugerem que reações adversas comuns às vacinas de mRNA, como febre e náusea, podem ter contribuído para um desfecho fatal em alguns pacientes frágeis”.

Ao BMJ, Hortemo disse que “pode ser coincidência, mas não temos certeza. Não há uma conexão certa entre as mortes e a vacina”.

O país começou a vacinação em 27 de dezembro e cerca de 42.000 pessoas receberam pelo menos uma dose do imunizante. Estão sendo vacinados idosos –incluindo aqueles institucionalizados e com doenças graves.

A agência norueguesa ressalta que os estudos sobre a vacina “não incluíram pacientes com doença instável ou aguda –e incluíram poucos participantes com mais de 85 anos de idade”. A nota também afirma que “400 pessoas morrem a cada semana em lares de idosos e instituições de longa permanência”.

As análises de mortes suspeitas são consideradas no guia do país para a vacinação de idosos com doenças graves. 


CHINA COBRA REPERCUSSÃO DA MÍDIA 


O Global Times, jornal controlado pelo Partido Comunista Chinês, publicou editorial na 6ª feira (15.jun) criticando “o silêncio da mídia” sobre as mortes na Noruega:

“A grande mídia dos Estados Unidos e do Reino Unido estava obviamente minimizando suas mortes [da Noruega]. Em contraste, a grande mídia ocidental imediatamente divulgará qualquer informação desfavorável sobre as vacinas chinesas e tentará ampliar seu impacto na psicologia pública. Por exemplo, os dados [eficácia] da vacina Sinovac da China foram menores do que o esperado no Brasil e foram relatados em todos os lugares na mídia ocidental. A morte de um voluntário brasileiro que participava dos testes também se tornou um grande acontecimento na mídia ocidental. Mas ficou mais tarde provado que a morte não teve nada a ver com a vacinação, e a mídia ocidental perdeu o interesse”, declarou o periódico.

Leia a íntegra aqui, em inglês.

Fonte: Poder 360


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 Um idoso de 75 anos morreu de ataque cardíaco após receber a vacina da Pfizer contra Covid-19. O caso ocorreu no norte de Israel e de acordo com a imprensa local, o israelense faleceu cerca de duas horas após ser imunizado. Uma análise preliminar não revelou qualquer ligação com a vacina, afirmou o Ministério da Saúde de Israel.

Fonte: undefined - iG @ https://saude.ig.com.br/coronavirus/2020-12-28/homem-morre-de-ataque-cardiaco-apos-receber-a-vacina-contra-covid-19.html


Um médico morreu nos  Estados Unidos cerca de duas semanas depois de ter sido vacinado com a vacina da Pfizer/BioNTech. A informação é do tabloide 'The Daily Mail'.

Fonte: undefined - iG @ https://saude.ig.com.br/2021-01-08/medico-morre-apos-receber-vacina-da-pfizer-contra-covid-19-diz-jornal.html


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