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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Bolsonaro segue a "lógica da cartilha de Steve Bannon" na tribuna da ONU, diz professor da UnB


Pesquisadores destacam ativismo de ultradireita em discurso, com islamofobia e mentiras sobre meio ambiente


 Steve Bannon e Jair Bolsonaro

A participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (21) reforça o isolamento do Brasil, derruba a tese de uma suposta moderação do novo ministro das Relações Exteriores e demonstra o uso da religião como arma política, afirmam professores de relações internacionais ouvidos pela Brasil de Fato.

Ao abrir a 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Bolsonaro disse "não entender" porque outros países não apoiam o "tratamento precoce" contra a covid-19, afirmou que acredita em Deus e distorceu dados sobre a realidade econômica brasileira e a política ambiental de seu governo.

O presidente brasileiro disse que oferecerá visto humanitário para "cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos" do Afeganistão. O país atravessa um período turbulento após o fim da invasão dos Estados Unidos e a retomada do poder pelo grupo fundamentalista Talibã.

Leia mais: Em NY, Bolsonaro encontra presidente de extrema direita da Polônia

Para Roberto Goulart Menezes, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a proposta reforça a afinidade ideológica de Bolsonaro com Steve Bannon, estrategista da campanha do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e articulador da extrema direita global.

Em 2020, a conta de Bannon no Twitter foi suspensa após ele sugerir a decapitação de Anthony Fauci, especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos.

Bolsonaro segue a "lógica da cartilha do Steve Bannon, de tal modo que ele quer disputar os valores religiosos mundo afora. A ideia de que os afegãos que ele vai receber primeiro têm que mostrar não estar vivendo ou sofrendo uma situação humanitária lamentável, primeiro qual é a fé que ele propaga", avalia Menezes.

:: Bolsonaro tem 1º encontro com Boris Johnson, após Reino Unido restringir entrada de brasileiros ::

O professor de relações internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luís Alexandre Fuccille, destaca a islamofobia da proposta bolsonarista.

"O que se percebe nesse discurso, com relação ao Afeganistão especificamente, é a islamofobia do presidente Bolsonaro, ou seja, o que está presente aí é que muçulmanos são terroristas, então muçulmanos não são bem vindos no Brasil, cristãos sim seriam, entre aspas, pessoas de bem. Então mulheres, juízes, contanto que sejam cristãos, poderiam pedir refúgio nesse maravilho país tropical", analisa o professor da Unesp.

Os dois analistas concordam que a participação do Brasil na Assembleia Geral da ONU reforça o isolamento diplomático nacional.

Discurso sobre meio ambiente não convence

Bolsonaro também tentou pintar o Brasil como exemplo de preservação da Amazônia, dizendo que o país tem uma "moderna e sustentável agricultura de baixo carbono" ao mesmo tempo que defendeu sua política ambiental.

Apesar da fala de Bolsonaro sobre uma suposta conservação da Amazônia, a destruição avança nesse importante bioma do clima global. De acordo com dados compilados pelo Observatório do Clima, o desmatamento cresceu por dois anos consecutivos na gestão em curso e deve registrar nova alta anual.

Diretamente ligada a conflitos de terra, grilagem impulsiona desmatamento das florestas brasileiras / Daniel Beltra / Greenpeace

"Nos cinco anos anteriores ao governo Bolsonaro, a média de desmatamento na Amazônia foi de 6.719 km2, segundo o Inpe. Já nos dois primeiros anos da atual gestão a média foi de 10.490 km2, um aumento de 56%. Os dados de 2021 serão divulgados apenas no fim do ano, mas devem ficar novamente em torno de 10 mil km2, como já admitiu o vice-presidente Hamilton Mourão", registra o Observatório do Clima.

Para Menezes, Bolsonaro segue sendo "percebido internacionalmente como um inimigo do meio ambiente", afinal o presidente brasileiro cogitou tirar o Brasil do Acordo de Paris e o Fundo Amazônia está suspenso.

"Mais uma vez o Brasil desperdiça a oportunidade de abrir a Assembleia Geral da ONU, ter uma audiência mundial para simplesmente afirmar o que mundo inteiro já sabe: Bolsonaro é um mentiroso", avalia o professor da UnB.

Edição: Arturo Hartmann

Fonte: Brasil de Fato


DW Brasil

Bannon festeja Bolsonaro: "Um dos políticos mais importantes do mundo". 28 de mar. de 2019

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terça-feira, 15 de junho de 2021

Randolfe entra na live do empresário Carlos Wizard para lembrá-lo da convocação à CPI


Apontado como integrante do "gabinete paralelo" que abastecia Bolsonaro com orientações negacionistas, empresário não respondeu à notificação de convocação e pode ser alvo de condução coercitiva


Reprodução/Twitter

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), diante do silêncio do bolsonarista Carlos Wizard, resolveu entrar em uma live do empresário para lembrá-lo da convocação para prestar depoimento ao colegiado.

“Olá, Sr. Carlos Wizard. Vim lembrar vc do seu compromisso na próxima quinta (17), na CPI da Covid. P/ facilitar: a CPI está sendo realizada no Senado, no Anexo II, ala Sen. Alexandre Costa, Plenário 3”, escreveu Randolfe no espaço de comentários da transmissão ao vivo que contou com a participação de Wizard, na noite desta segunda-feira (14).

Apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete paralelo” que abasteceu Jair Bolsonaro com orientações anticientíficas, Wizard, além de ter sido convocado pela CPI, teve seus sigilos quebrados a pedido da comissão. O empresário, que teria fugido para os Estados Unidos com o objetivo não prestar depoimento, no entanto, não respondeu às notificações.

Por conta de seu silêncio e provável negativa em comparecer, a CPI pediu sua condução coercitiva, que pode ou não ser aprovada pela Justiça Federal da 3ª Região.



Fonte: Revista Fórum 

 

Jornal da Gazeta

O Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, do PSD, afirmou que caso o empresário Carlos Wizard não compareça à comissão, será feita uma condução coercitiva. O Senador disse que o bilionário não respondeu a tentativas de contato e, segundo informações que obteve, ele não está no Brasil.

A reportagem é do nosso correspondente em Brasília, Afonso Marangoni.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Jornais vendem espaço para médicos que promovem “tratamento precoce” contra Covid-19


No chamado manifesto pela vida", mais de 2 mil médicos defendem uso de hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, zinco, entre outros medicamentos cuja eficácia contra Covid não está provada



 

Jornal GGN Os principais jornais impressos do Brasil despertaram críticas nas redes sociais, nesta terça (23), por terem cedido espaço de publicidade para médicos que promovem “tratamento precoce” para o novo coronavírus, sendo que, até agora, a ciência não indicou nenhum medicamento com eficácia comprovada contra o novo coronavírus.

Em anúncio de meia página em cerca de 11 jornais – incluindo O Globo, Folha e Estadão – mais de 2 mil médicos anunciantes defendem o uso de um coquetel de remédios que, combinados, poderiam reduzir os efeitos graves do vírus.

“Destacamos que a abordagem precoce não se trata apenas do uso de uma ou outra droga, mas da correta combinação de medicações como a hidroxicloroquina, a ivermectina, a bromexina, a azitromicina , o zinco, a vitamina D, anti-coagulantes entre outras, além dos corticoides que têm um momento certo para sua utilização nas fases inflamatórias da doença, sempre observando-se a adequação das combinações ao estado e evolução de cada paciente, que será acompanhado extensivamente inclusive com a realização de exames conforme necessários, e a recomendação de intervenções não farmacológicas, como a fisioterapia”, cita um trecho da publicação.

A cineasta Petra Costa, seguida no Twitter por mais de 221 mil pessoas, criticou a decisão editorial dos jornais da grande mídia. Parte deles, inclusive, se reúne no consórcio que diariamente apura e divulga os dados da pandemia.

“Os jornais mais lidos do país publicam anúncios de negacionistas da ciência promovendo falsos ‘tratamentos’ para a COVID19. Por dinheiro, atentam contra a saúde pública!! Não é por acaso que o Brasil já tem (oficialmente) 247.276 mortos. Um genocídio com muitos cúmplices…”, sustentou Petra.

O jornalista George Marques também atacou o anúncio. “Então quer dizer que a autoproclamada “imprensa profissional” está distribuindo em suas caras páginas (200 mil só na Folha de S. Paulo) para divulgação de fake news sobre o uso precoce com cloroquina, já cientificamente ineficaz contra a Covid? Quem diria.”

O grupo Sleeping Giants Brasil, que faz no Twitter um trabalho de fiscalização de empresas privadas e públicas que anunciam em veículos que promovem discurso de ódio, cobrou um pedido de desculpas dos jornais.

“Gostaríamos que Folha, O Globo, Jornal do Commercio (PE), Estado de Minas, Correio Brasiliense, Jornal Correio, O Povo e Gazeta Gaúcha publiquem amanhã no mesmo tamanho um pedido de desculpas e a verdade: NÃO EXISTE TRATAMENTO PRECOCE” para Covid-19, tuitaram.


DCM TV

Jornais se vendem a lobby da cloroquina. Moro montou dossiê contra ministro do STJ

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No Twitter


 

domingo, 24 de janeiro de 2021

Brasil confirma 62 mil novos casos e 1,2 mil mortes pela Covid-19 em 24 horas


 Enterros de pessoas que faleceram por causa da Covid-19 no cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus (AM) Foto: Sandro Pereira/Estadão Conteúdo

O Brasil confirmou neste sábado (23) 62.334 novos casos e mais 1,2 mil mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Ao todo, desde o início da pandemia, o Brasil contabilizou 216.445 mortes pelo novo coronavírus. Já o número de casos confirmados atingiu o total de 8.816.254. 


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Ainda na tarde deste sábado a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou em um ato simbólico a vacinação com o imunizante de Oxford no Brasil. O infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz (INI/Fiocruz), Estevão Portela, foi o primeiro a receber a vacina.

Pelo menos quatro estados receberão as doses da vacina que chegaram da Índia. São eles Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraná. O restante das doses será enviado para os demais estados e o Distrito Federal na manhã de domingo (24) em voos comerciais. As aeronaves decolam da base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. 




The Intercept Brasil

O ministro Eduardo Pazuello diz que jamais receitou cloroquina e outros medicamentos sabidamente ineficazes contra covid. Mesmo? E como o sistema oficial do Ministério da Saúde receita? Nosso editor executivo @Leandro Demori explica.

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