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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Lula critica ‘tirania do veto’ na ONU que impede fim do genocídio em Gaza


Presidente disse que Israel extermina palestinos durante discurso na Conferência de Alto Nível sobre Palestina, em Nova York


Lula-ONU

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira (22/09) que o genocídio cometido por Israel contra o povo palestino é “símbolo maior dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo”. Em crítica indireta aos Estados Unidos, que recentemente voltaram a barrar, no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), uma resolução de cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza, afirmou que a “tirania do veto” impede com que atrocidades sejam evitadas.

“Ele mostra como a tirania do veto sabota a própria razão de ser da ONU, de evitar que atrocidades como as que motivaram sua fundação se repitam. Também vai contra sua vocação universal, bloqueando a admissão, como membro pleno, de um Estado cuja criação deriva da autoridade da própria Assembleia Geral”, disse o petista.

A declaração de Lula se deu na Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução da Questão Palestina e a Implementação da Solução de dois Estados, na cidade estadunidense de Nova York, à margem da 80º sessão da Assembleia Geral da ONU.

Ao afirmar que o genocídio é o termo mais apropriado para descrever o que ocorre em Gaza, o presidente lembrou que foi justamente por isso que o Brasil decidiu aderir ao caso apresentado pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça.

“Nada justifica tirar a vida ou mutilar mais de cinquenta mil crianças. Nada justifica destruir 90% dos lares palestinos. Nada justifica usar a fome como arma de guerra, nem alvejar pessoas famintas em busca de ajuda. Meio milhão de palestinos não têm comida suficiente, mais do que a população de Miami ou Tel Aviv. A fome não aflige apenas o corpo. Ela estilhaça a alma. O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas uma tentativa de aniquilamento de seu sonho de nação”, disse Lula.

Por fim, o petista se comprometeu a reforçar o controle sobre importações de assentamentos ilegais na Cisjordânia e manter suspensas as exportações de material de defesa que possam ser usadas para cometimento de crimes contra a humanidade e genocídio.

“Diante da omissão do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral precisa exercer sua responsabilidade”, reiterou. “Apoiamos a criação de um órgão inspirado no Comitê Especial contra o Apartheid, que teve papel central no fim do regime de segregação racial sul-africano”.

O presidente Lula desembarcou em Nova York no fim da tarde deste domingo (21/09). Na terça-feira (22/09), como tradição, abrirá a reunião de líderes da 80ª Assembleia Geral da ONU. O mandatário tem uma agenda intensa durante os três dias em que estará nos EUA, que incluirá encontros bilaterais com empresas de tecnologia, participação em uma reunião sobre a proposta de dois Estados para o conflito no Oriente Médio e articulações para a COP30, que será realizada em Belém, em novembro.


Leia o discurso na íntegra:

 

“Cumprimento o presidente Emmanuel Macron e primeiro-ministro Mohammed bin Salman por liderarem este importante processo.

A questão da Palestina surgiu no momento em que a Assembleia Geral adotou o chamado Plano de Partilha, há 78 anos.

A sessão em que ele foi aprovado foi presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha.

Naquela ocasião, nasceu a perspectiva de dois Estados. Mas só um se materializou.

O conflito entre Israel e Palestina é símbolo maior dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo.

Ele mostra como a tirania do veto sabota a própria razão de ser da ONU, de evitar que atrocidades como as que motivaram sua fundação se repitam.

Também vai contra sua vocação universal, bloqueando a admissão, como membro pleno, de um Estado cuja criação deriva da autoridade da própria Assembleia Geral.

Um Estado se assenta sobre três pilares: o território, a população e o governo.

Todos têm sido sistematicamente solapados no caso palestino.

Como falar em território diante de uma ocupação ilegal que cresce a cada novo assentamento?

Como manter uma população diante da limpeza étnica a que assistimos em tempo real?

E como construir um governo sem empoderar a Autoridade Palestina?

Como apontou a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados, não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio.

Por isso, o Brasil decidiu tornar-se parte do caso apresentado pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça.

Os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis. O Brasil foi enfático ao condená-los.

Mas o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis.

Nada justifica tirar a vida ou mutilar mais de cinquenta mil crianças.

Nada justifica destruir 90% dos lares palestinos.

Nada justifica usar a fome como arma de guerra, nem alvejar pessoas famintas em busca de ajuda.

Meio milhão de palestinos não têm comida suficiente, mais do que a população de Miami ou Tel Aviv.

A fome não aflige apenas o corpo. Ela estilhaça a alma.

O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas uma tentativa de aniquilamento de seu sonho de nação.

Tanto Israel, quanto a Palestina têm o direito de existir.

Trabalhar para efetivar o Estado palestino é corrigir uma assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz.

Saudamos os países que reconheceram a Palestina, como o Brasil fez em 2010. Já somos a imensa maioria dos 193 membros da ONU.

O Brasil se compromete a reforçar o controle sobre importações de assentamentos ilegais na Cisjordânia e manter suspensas as exportações de material de defesa, inclusive de uso dual, que possam ser usadas em crimes contra a humanidade e genocídio.

Diante da omissão do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral precisa exercer sua responsabilidade.

Apoiamos a criação de um órgão inspirado no Comitê Especial contra o Apartheid, que teve papel central no fim do regime de segregação racial sul-africano.

Assegurar o direito de autodeterminação da Palestina é um ato de justiça e um passo essencial para restituir a força do multilateralismo e recobrar nosso sentido coletivo de humanidade.

Obrigado.”

Fonte: Opera Mundi


Lula


Discurso do presidente Lula durante Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução De Dois Estados

A questão da Palestina surgiu no momento em que a Assembleia Geral adotou o chamado Plano de Partilha, há 78 anos. A sessão em que ele foi aprovado foi presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha. Naquela ocasião, nasceu a perspectiva de dois Estados. Mas só um se materializou.


 

FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil


 Na ONU, Lula afirma que "israel" comete genocídio, tenta "aniquilar sonho palestino" e pede comitê internacional inspirado no modelo contra apartheid na África do Sul: "Nada justifica o extermínio de 50 mil crianças"



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A extrema direita não hesita em sacrificar o país para proteger seus líderes


Já estamos há mais de dois meses enfrentando o tarifaço de 50% que Trump impôs para punir o Brasil e tentar em vão salvar Bolsonaro do julgamento pelo golpe


Intercept Brasil
 

O impacto é devastador: bilhões em prejuízo direto para o agronegócio e um efeito em cascata sobre toda a economia. Os primeiros atingidos são justamente os estados governados pelos herdeiros do bolsonarismo: São Paulo, Minas e Goiás, comandados por Tarcísio, Zema e Caiado.

Esses três governadores que disputam a herança política de Bolsonaro em 2026 não pensaram duas vezes em sacrificar o agro dos seus próprios estados pelo ex-presidente. Apoiaram o golpismo, clamaram pela anistia, e agora assistem calados enquanto Eduardo Bolsonaro segue articulando contra o próprio país dos EUA.

A traição deste último é ainda mais revoltante: Eduardo Bolsonaro, que deveria representar o Brasil como deputado federal, usa os privilégios do seu cargo para negociar sanções americanas contra a economia brasileira.

Um brasileiro eleito, pago com seus impostos, trabalhando contra você, contra sua família, contra o país que o elegeu. É um retrato cruel do que esses governadores fazem: sacrificam seus estados, sua economia, seu povo pelos próprios interesses políticos.

Tarcísio, Zema e Caiado calcularam que valia a pena apostar no golpismo para herdar o eleitorado bolsonarista. Deu errado, mas quem sai prejudicada é a população brasileira.


Eles estão se fortalecendo para as eleições de 2026 com apoio internacional. Mas você pode enfraquecê-los!  É necessário investigar, pressionar e expor estes governantes para impedir que a extrema direita avance. Você pode doar R$35 hoje?


É um retrato cruel e simbólico: as elites podem brincar de golpismo, mas é o povo que paga a fatura.

A extrema direita não hesita em sacrificar o país para proteger seus líderes.

E o jornalismo independente que denuncia a hipocrisia e os crimes de um agro que posa de vítima, mas é cúmplice do golpe.

 

Se você acredita que o Brasil não pode ser refém de Trump, Bolsonaro e da Bancada Ruralista, junte-se a nós hoje mesmo.


Fonte: Equipe Intercept Brasil


Lula critica a atuação de Eduardo Bolsonaro e diz que ele está nos EUA para "lamber as botas do Trump" para impor sanções ao Brasil



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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Casa Branca comenta julgamento de Bolsonaro e diz estar pronta para usar 'poderio militar' contra Brasil


O caso é uma 'prioridade' para o governo Trump, que está pronto para 'proteger a liberdade de expressão' no mundo inteiro, afirmou a porta-voz Karoline Leavitt


Gettyimages.ru / Win McNamee
 

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (9), que o governo de Donald Trump está disposto a utilizar o "poderio militar" norte-americano para "proteger a liberdade de expressão no mundo inteiro", ao ser questionada sobre uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.



 A funcionária foi questionada por Michel Shelonburgger, fundador do portal Public News, se Washington cogitaria ''medidas adicionais'' contra países europeus e o Brasil, que supostamente impõem ''censura'' e ''impedem candidatos políticos de concorrer em eleições''.


Senador americano ameaça Brasil 

por relações com a Rússia:

 'sentirão em breve'


Shelonburgger se alongou, em especial, sobre o caso brasileiro, afirmando que o país está censurando empresas norte-americanas e ''impedindo'' a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro. ''Estamos agradecidos porque o presidente [Trump] impôs sanções Magnitsky contra o juiz [Alexandre de Moraes]'', acrescentou.

Em resposta, Leavitt afirmou que ''A liberdade de expressão é, sem dúvida, a questão mais importante do nosso tempo'', destacando que Trump e seu governo levam o tema ''muito a sério'', buscando assegurar que países ao redor do mundo ''não punam seus cidadãos dessa maneira''.

Nesse contexto, citou as ''medidas significativas'' aplicadas ao Brasil, ''tanto na forma de sanções quanto pelo uso de tarifas'', e em seguida afirmou que o presidente Donald Trump está pronto para ''usar o poderio econômico e militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão em todo o mundo''.


Fonte: RT Brasil


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sábado, 8 de fevereiro de 2025

Declaração da Presidente do TPI, Juíza Tomoko Akane, Após a Emissão da Ordem Executiva dos EUA Buscando Impor Sanções ao Tribunal Penal Internacional


Declaração da Presidente Juíza Tomoko Akane após a emissão da Ordem Executiva dos EUA buscando impor sanções ao Tribunal #ICC


Juíza Tomoko Akane

 
Observo com profundo pesar a emissão pelos Estados Unidos de uma Ordem Executiva buscando impor sanções aos funcionários do Tribunal Penal Internacional (TPI), prejudicar a independência e a imparcialidade do Tribunal e privar milhões de vítimas inocentes de atrocidades de justiça e esperança.

O TPI é um órgão judicial que desempenha funções alinhadas aos interesses da comunidade internacional, aplicando e promovendo regras universalmente reconhecidas do direito internacional, incluindo o direito dos conflitos armados e o direito dos direitos humanos.

À medida que atrocidades continuam a assolar o globo, afetando as vidas de milhões de crianças, mulheres e homens inocentes, o Tribunal se tornou indispensável. Ele representa o legado mais significativo do imenso sofrimento infligido a civis pelas guerras mundiais, o Holocausto, genocídios, violência e perseguições. Quando a maioria dos Estados do mundo se reuniu para redigir o Estatuto de Roma, eles fizeram o sonho de muitas mulheres e homens se tornar realidade. Hoje, o TPI está lidando com procedimentos decorrentes de diferentes situações em todo o mundo, em estrita adesão às disposições do Estatuto de Roma.

A Ordem Executiva anunciada é apenas a mais recente de uma série de ataques sem precedentes e escalonados visando minar a capacidade do Tribunal de administrar justiça em todas as situações. Tais ameaças e medidas coercitivas constituem ataques sérios contra os Estados Partes do Tribunal, a ordem internacional baseada no estado de direito e milhões de vítimas.

O TPI e seus funcionários de todo o mundo realizam diariamente seu mandato judicial para determinar se certas condutas individuais, dentro de sua jurisdição legítima, dão origem à responsabilidade por crimes internacionais. Rejeitamos firmemente qualquer tentativa de influenciar a independência e a imparcialidade do Tribunal ou de politizar nossa função judicial. Cumprimos e sempre cumpriremos apenas a lei, em todas as circunstâncias.

O TPI apoia firmemente seu pessoal e promete continuar a fornecer justiça e esperança a milhões de vítimas inocentes de atrocidades em todo o mundo, em todas as Situações diante dele, no único interesse da dignidade humana. Apelo a todos aqueles que compartilham os valores consagrados no Estatuto para se unirem na defesa do Tribunal: nossos 125 Estados Partes, a sociedade civil e todas as nações do mundo.

Para mais informações, entre em contato com Fadi El Abdallah, porta-voz e chefe da Unidade de Assuntos Públicos do Tribunal Penal Internacional, pelo telefone:  +31 (0)70 515-9152  ou  +31 (0)6 46448938  ou pelo e-mail:  fadi.el-abdallah@icc-cpi.int .

Você também pode acompanhar as atividades do Tribunal no  X ,  Instagram ,   Facebook ,  YouTube  e  Flickr


 

Fonte: Int'l Criminal Court


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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

A vergonhosa utilização da ajuda alimentar como arma pela administração Biden


O governo Biden causou mais danos às normas internacionais de direito humanitário e segurança alimentar do que qualquer outro governo dos EUA na história recente


Palestinos famintos e furiosos fazem fila para receber refeições gratuitas durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, em 27 de março de 2024. (Foto: © Mahmoud Issa/dpa via ZUMA Press/APA Images)

Na semana de 23 de dezembro, a FEWSNet, um serviço independente de relatórios sobre fome financiado pelo governo dos Estados Unidos, atualizou suas projeções para a fome iminente no norte de Gaza. O embaixador dos EUA em Israel criticou publicamente os números populacionais usados, e a atualização prontamente desapareceu da vista do público, aparentemente por instruções de autoridades do governo dos EUA.   

Esta recente batalha de censura sobre se deve chamar a fome em Gaza de fome está comprometendo a credibilidade dos Estados Unidos em questões em que os EUA lideraram o mundo por décadas. Meio século atrás, os EUA ajudaram a forjar um consenso global sobre normas para orientar como o mundo responde a crises alimentares, incluindo que alimentos não sejam usados ​​como armas. Agora, autoridades dos EUA estão censurando reportagens independentes sobre a fome em Gaza resultante da retenção de suprimentos de alimentos do norte de Gaza por Israel.

1974 foi um ano crucial para forjar esse novo consenso. O ano começou mal. Em um dos pontos baixos da história orgulhosa da assistência humanitária dos EUA, o governo dos EUA realmente usou comida como arma, retaliando contra o jovem governo de Bangladesh ao interromper as remessas de ajuda alimentar no meio da pior crise alimentar do país desde a independência. Cerca de 1,5 milhão de pessoas podem ter morrido de fome naquela fome. A ajuda alimentar dos EUA parou por causa de uma disputa sobre as relações comerciais de Bangladesh com Cuba.  

Isso seguiu a política de Nixon/Kissinger durante a guerra de independência daquele país, três anos antes, de ignorar os terríveis abusos de direitos humanos civis e o número de mortos infligidos pelas forças militares de um aliado dos EUA. O Paquistão era um forte aliado dos EUA, seu presidente era amigo do presidente Nixon, e o Paquistão estava no meio de uma negociação secreta para a abertura da China que ocorreu alguns meses depois. A política dos EUA estava disposta a pagar o preço de um terrível desastre humanitário infligido pelo exército do Paquistão à população civil de Bangladesh por um aliado próximo para que o presidente Nixon alcançasse seu triunfo de política externa sobre a China.  

Aquele desastre anterior em Bangladesh foi um precursor para os EUA reterem ajuda alimentar durante a fome de 1974. Mas os EUA não estavam sozinhos em 1974 na busca por políticas vergonhosas que instigaram a fome. A falha do Imperador Haile Salassie em abordar ou mesmo reconhecer uma fome na Etiópia levou a uma tomada comunista lá.   

Mas no final de 1974, as nações do mundo representadas na Conferência Mundial de Alimentos da ONU estabeleceram um novo conjunto de normas, instituições e aspirações para orientar a segurança alimentar global. E três anos depois, apesar da alegação do então Secretário de Agricultura Earl Butz na conferência de 1974 de que a comida era uma arma poderosa no arsenal dos EUA, os EUA, juntamente com o resto do mundo, proibiram o uso de comida como arma em protocolos para as Convenções de Genebra. Esta norma foi recentemente reforçada pela resolução unânime do Conselho de Segurança (2018), resolução do Senado dos EUA (2022) e um comunicado conjunto da ONU liderado pelos EUA (2023).

Uma década depois daquela Conferência Mundial da Alimentação, quando a Etiópia enfrentou outra fome, essas normas foram honradas por um dos presidentes anticomunistas mais ferrenhos dos Estados Unidos. O presidente Ronald Reagan, decidindo que as pessoas famintas na Etiópia receberiam ajuda alimentar dos EUA, apesar de seu governo comunista, declarou que "uma criança faminta não conhece política".   

A fome na Etiópia foi parte de uma emergência alimentar africana mais ampla em meados da década de 1980, o que levou a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) a iniciar o Sistema de Alerta Precoce de Fome (FEWS). O FEWS começou como, e continua sendo, um serviço analítico e de alerta precoce independente para a comunidade global de alimentos e humanitária sob uma série de contratos e acordos de subsídios da USAID. Como ex-funcionário da USAID, frequentemente confiei nas estimativas e informações do FEWS durante meus 38 anos de carreira e tive colegas próximos do FEWS durante grande parte desse tempo também. Sei — mesmo em ambientes de grande incerteza e dados inadequados — quão cuidadosa e imparcialmente os analistas do FEWS pesam as informações às quais têm acesso ao fazer seus julgamentos mais informados.   

Desde sua adoção pela ONU em 2004, a escala de fome do Sistema Integrado de Fases de Segurança Alimentar (IPC) tem sido o padrão para alerta precoce, e esse é o sistema usado pela FEWS em sua atualização mais recente de Gaza. Uma declaração de fome da FEWS também requer validação por um grupo independente de especialistas globais em segurança alimentar chamado Comitê de Revisão da Fome. Os analistas da FEWS são cuidadosos ao usar esse sistema e fazer suas avaliações porque esse é o trabalho deles, mas também porque sabem que – sempre e onde quer que declarem condições que se aproximam da fome – pessoas e instituições poderosas atacarão suas análises, como o embaixador dos EUA em Israel, Jack Lew, e a USAID acabaram de fazer.



A guerra em Gaza teve muitas baixas, incluindo mortos, cativos, deslocados e palestinos, israelenses e libaneses em luto. Uma baixa adicional é o compromisso global com as normas dos direitos humanos internacionais, a lei da guerra e o direito internacional humanitário para os quais os EUA gastaram tanto esforço construindo consenso desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ao permitir o desrespeito de Israel por essas normas, a Administração Biden tornou difícil, se não impossível, chamar outros governos, como a Rússia, de forma credível quando eles as violam flagrantemente.

Agora, outra vítima é a reputação da FEWS, bem como do Embaixador Lew, um dos melhores servidores públicos seniores dos Estados Unidos. O Embaixador Lew atacou a última atualização da FEWS sobre Gaza como "irresponsável" na semana de 23 de dezembro, questionando os números populacionais usados ​​em sua análise. A FEWS usa os melhores números disponíveis para população e suprimentos humanitários, com base em seu julgamento técnico sobre dados acessíveis. Este é um problema técnico não incomum em alguns países sobre os quais a FEWS relatou ao longo dos anos. Além disso, a escala IPC que a FEWS usa para determinar as condições de fome é em uma base por 10.000 pessoas, então a população total não importaria para determinar se as condições de fome prevalecem ou não. A FEWS rapidamente retirou a atualização sob pressão aparente de funcionários da USAID . 

Vale ressaltar que — desde maio — as atualizações do FEWS já projetam fome iminente , na ausência de aumento de remessas de alimentos humanitários chegando a Gaza, e o Comitê de Revisão da Fome projetou fome iminente em partes de Gaza em novembro. Essas descobertas e projeções são totalmente consistentes com o que as vozes mais respeitadas na comunidade humanitária vêm alertando há meses como consequência da falha de Israel em permitir grandes aumentos e previsibilidade no fornecimento humanitário.

Essa censura de uma atualização técnica cuidadosa, baseada em padrões globais e revisão cuidadosa, corrói ainda mais as normas de segurança alimentar global, minando qualquer pretensão de uma avaliação imparcial do governo dos EUA sobre a crise humanitária de Gaza. Isso segue a falha da Administração Biden em fazer cumprir a lei e a política dos EUA após a carta Austin-Blinken de outubro ao governo israelense ameaçando cessar as remessas de armas para países que impedem a ajuda humanitária.   

O governo Biden tem uma escolha: pode deixar o cargo tendo causado mais danos às normas internacionais de direito humanitário e segurança alimentar do que qualquer outro governo recente, ou pode voltar a honrar as normas que os governos anteriores de ambos os partidos mantiveram e declarar publicamente que Israel é um violador das normas humanitárias básicas, em vez de censurar relatórios que identificam a fome como resultado dessas ações israelenses.

Fonte: Mondoweiss


FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil


"Israel está usando a fome para aniquilar palestinos, apagá-los da história e anexar suas terras. Isso não começou em 7 de outubro"

Relator Especial da ONU para Direito à Alimentação, Michael Fakhri, apresenta relatório detalhando como "israel" usa a fome para exterminar palestinos no genocídio em Gaza.

Fakhri relembra que a ocupação sionista sempre manteve controle do que entra em Gaza e, antes do 7 de outubro, "contava calorias" para manter palestinos famintos apenas o suficiente para não disparar alarmes internacionais.

Segundo o especialista da ONU, isso explica como "israel" foi capaz de provocar fome generalizada em Gaza tão rápido - algo nunca visto na história moderna.



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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Ventos fortes e seca agravaram incêndios na Califórnia, diz OMM


Organização Meteorológica Mundial ressalta evidências de que alterações climáticas aumentaram risco e extensão destes desastres nos últimos anos; Organização Mundial da Saúde alerta para inflamações pulmonares fatais que podem ser causadas pela fumaça


CAL FIRE Prédio de banco pega fogo em Los Angeles, Califórnia
 

A Organização Meteorológica Mundial, OMM, afirmou que os ventos fortes foram o grande fator agravante dos incêndios florestais que assolam a Califórnia.

Falando a jornalistas em Genebra nesta sexta-feira, a porta-voz da agência, Clare Nullis, explicou que os ventos provocaram baixa umidade e aumento de temperatura.


Peso das alterações climáticas

O Serviço Meteorológico Nacional dos EUA emitiu um alerta de bandeira vermelha para partes dos condados de Los Angeles e Ventura, sinalizando que por causa dos ventos há o risco de uma maior propagação das chamas.

A OMM ressaltou que a estação chuvosa de 2024 para a área de Los Angeles como um todo foi ligeiramente acima do normal, mas 2025 até agora foi seco. Nullis disse que o clima desempenhou um papel importante nesse sentido e as causas dos incêndios florestais podem ser múltiplas.

Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Noaa, afirmou que “as alterações climáticas, incluindo o aumento do calor, a seca prolongada e uma atmosfera sedenta, têm sido um fator chave no aumento do risco e da extensão dos incêndios florestais no oeste dos Estados Unidos durante as últimas duas décadas”.


CAL FIRE Um carro queimado é uma lembrança do incêndio que atingiu partes da área urbana ao redor de Los Angeles, Califórnia

Planos de evacuação

Nullis também lembrou de um estudo da Noaa de 2016 que concluiu que as alterações climáticas aumentaram a secagem da matéria orgânica e duplicaram o número de grandes incêndios entre 1984 e 2015 no oeste dos Estados Unidos.

Um estudo de 2021 apoiado pela agência norte-americana concluiu que as alterações climáticas foram de fato o principal motor do aumento do tempo de incêndio no oeste dos Estados Unidos.

Respondendo à perguntas, Nullis disse que a prevenção tinha um papel importante a desempenhar, incluindo a preparação de planos de evacuação adequados. Ela enfatizou a importância de um sistema de alerta precoce, que funcionou bem neste caso.


Fumaça mortal

Já a porta-voz da Organização Mundial da Saúde, OMS, disse que os incêndios florestais podem ter efeitos significativos de morbidade e mortalidade.

Margaret Harris afirmou que a fumaça é motivo de grande preocupação, pois a partícula atmosférica PM está associada à morte prematura da população em geral.

Partículas depositadas na superfície pulmonar podem induzir danos nos tecidos e inflamação pulmonar, entre outros efeitos.

A especialista disse que mais pesquisas interdisciplinares são necessárias para compreender o efeito a longo prazo. 


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Fonte: ONU News


CRUX

Incêndios florestais na Califórnia estão fora de controle, Hollywood Hills em chamas, estrelas fogem | Notícias dos EUA


Sprinter Observer


O governo Biden anunciou a parcela final de ajuda militar que enviará à Ucrânia, no valor de cerca de US$ 500 milhões.


 

 Paulo Nogueira Batista Jr.


“Deus vê tudo, mas aguarda” (Tolstoy). Os perpetradores, financiadores e apoiadores do genocídio em Gaza, inclusive aqui do Brasil, vão pagar todos, um a um, por seus crimes.



 Pepe Escobar


Karma instantâneo.

A casa do Capitão América pegou fogo enquanto ele transportava bombas para incendiar Gaza.



Biodiversidade - em defesa do clima! 01

Biodiversidade - em defesa do clima! 02


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Legisladores dos EUA votam para sancionar autoridades do TPI por emitir mandado para Netanyahu


Se for aprovado pelo Senado, os promotores e juízes do TPI enfrentarão sanções e proibições de visto por perseguirem cidadãos dos EUA ou aliados


O promotor do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, fala durante uma entrevista coletiva no Palácio de San Carlos, em Bogotá, Colômbia, em 25 de abril de 2024 (Luis Acosta/AFP)

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quinta-feira seu primeiro grande projeto de lei de política externa da 119ª sessão do Congresso — na qual ambas as câmaras são controladas pelos republicanos — para sancionar autoridades do Tribunal Penal Internacional (TPI) por emitirem um mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. 

O mandado, emitido em novembro, é por crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante o ataque em andamento de Israel a Gaza . O governo Biden foi rápido em condenar o mandado na época.

A linguagem do governo Biden agora se reflete no projeto de lei de quinta-feira que condena as ações do TPI, intitulado Lei de Contra-Ação do Tribunal Ilegítimo , que provavelmente acabaria na mesa do presidente eleito Donald Trump se fosse aprovado pelo Senado.

Por sua vez, a Câmara votou por 243-140-1 para sancionar qualquer pessoa associada aos esforços do TPI para investigar, prender, deter ou processar qualquer "pessoa protegida" dos EUA e seus amigos no exterior que não sejam parte do Estatuto de Roma, que estabeleceu o tribunal.

A legislação também menciona o mandado emitido contra o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Havia 45 democratas que se juntaram aos seus colegas republicanos para votar a favor do projeto de lei.

O texto do projeto de lei estipula que os EUA imporiam “sanções de bloqueio de visto e propriedade contra pessoas estrangeiras que se envolveram ou auxiliaram materialmente” em uma investigação ou prisão de americanos e seus aliados, e que “o presidente também deve aplicar sanções de bloqueio de visto aos familiares imediatos daqueles sancionados”.

Brian Mast, o recém-eleito presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara que pressionou para que o projeto de lei fosse uma prioridade, usou seu uniforme do exército israelense no Capitólio nos dias após o ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.

Mast é o único membro conhecido do Congresso que também atuou nas forças israelenses. 

“Um tribunal canguru está tentando prender o primeiro-ministro do nosso grande aliado, Israel, que não está apenas respondendo a um inimigo que conduziu um genocídio”, disse Mast na quinta-feira, “mas a um inimigo que ainda mantém 100 reféns”.

No início desta semana, o presidente da Câmara, Mike Johnson, disse que o projeto de lei visa colocar o promotor do TPI, Karim Khan — que solicitou os mandados para Netanyahu, Gallant e três líderes seniores do Hamas, agora falecidos — "de volta ao seu lugar". 

O principal republicano no Senado, John Thune, disse que está pronto para levar o projeto de lei ao plenário "em breve", mas, processualmente - devido à interrupção da formulação de políticas conhecida como obstrução - pode ser necessário até 60 votos para ser aprovado, o que pode ser um obstáculo. 

Uma vez promulgado, no entanto, o projeto de lei entrará em vigor dentro de 60 dias.


Mandados de prisão do TPI

Netanyahu e Gallant são procurados pelo TPI e  receberam mandados de prisão  pelo "crime de guerra de fome como método de guerra e pelos crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos". 

Todos os 124 membros do Estatuto de Roma, o tratado que estabeleceu o TPI, agora são obrigados a prender os dois israelenses e entregá-los ao tribunal. 

Um julgamento não pode começar à revelia, e o tribunal não tem poderes de execução.

Em sua  declaração , a Câmara Pré-Julgamento I do TPI, um painel de três juízes, disse que havia motivos razoáveis ​​para acreditar que os dois israelenses "intencionalmente e conscientemente privaram a população civil em Gaza de objetos indispensáveis ​​à sua sobrevivência". 

Isso inclui alimentos, água, remédios, suprimentos médicos, combustível e eletricidade. 

Além disso, a limitação intencional de suprimentos médicos, como anestésicos e máquinas de anestesia, significou que Netanyahu e Gallant foram responsáveis ​​"por infligir grande sofrimento por meio de atos desumanos a pessoas que precisavam de tratamento". 

O relatório afirmou que médicos forçados a realizar amputações sem anestesia e sedar pacientes por meios inseguros equivaliam a "crimes contra a humanidade e outros atos desumanos". 

Todas essas ações "privaram uma parcela significativa da população civil em Gaza de seus direitos fundamentais", incluindo os direitos à vida e à saúde. A população palestina também foi alvo "com base em motivos políticos e/ou nacionais". 

"Portanto, concluiu-se que o crime contra a humanidade de perseguição foi cometido", disse o comunicado. 

Fonte: Middle East Eye


Congresswoman Rashida 


Qual é a maior prioridade deles na primeira semana do novo Congresso? Reduzir custos? Lidar com a crise de moradia? Não, é sancionar o Tribunal Penal Internacional para proteger o maníaco genocida Netanyahu para que ele possa continuar o genocídio em Gaza.



 AIPAC Tracker


THREAD: 45 democratas da Câmara apoiados pelo lobby de Israel se juntam a todos os membros do Partido Republicano (menos Massie) na votação para impor sanções ao Tribunal Penal Internacional para proteger Israel 

Total do lobby de Israel: $ 20.322.490



 UN Special Procedures


Especialistas da ONU pedem ao Senado dos EUA que rejeite projeto de lei que busca impor sanções e cortar financiamento ao @IntlCrimCourt, depois que o tribunal emitiu mandados de prisão contra líderes israelenses acusados ​​de crimes de guerra e crimes contra a humanidade em #Gaza .



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sábado, 16 de novembro de 2024

Crise climática é responsável por 20% dos casos de dengue no mundo


A doença viral, que é transmitida por mosquitos infectados, normalmente fica confinada a áreas tropicais e subtropicais, mas o aumento das temperaturas fez com que os mosquitos invadissem novas áreas


Ela costuma ficar confinada a áreas tropicais e subtropicais, mas o aumento das temperaturas fez com que os mosquitos invadissem novas áreas, levando a dengue com eles. / Foto: AP

 

A crise climática é responsável por quase um quinto do número recorde de casos de dengue no mundo este ano, disseram pesquisadores dos EUA, buscando esclarecer como o aumento das temperaturas ajuda a espalhar doenças.

Pesquisadores têm trabalhado para demonstrar rapidamente como a crise climática contribui diretamente para eventos climáticos extremos individuais, como furacões, incêndios, secas e inundações que atingiram o mundo este ano.

Mas relacionar como o aquecimento global afeta a saúde, como causar surtos ou espalhar doenças, continua sendo um campo novo.

"A dengue é uma ótima primeira doença para se concentrar porque é muito sensível ao clima", disse à AFP Erin Mordecai, ecologista de doenças infecciosas da Universidade de Stanford .

A doença viral, transmitida por picadas de mosquitos infectados, causa febre e dores no corpo e pode, em alguns casos, ser mortal.

Ela normalmente fica confinada a áreas tropicais e subtropicais, mas o aumento das temperaturas fez com que os mosquitos invadissem novas áreas, levando a dengue com eles.

No novo estudo, que ainda não foi revisado por pares, uma equipe de pesquisadores dos EUA analisou como temperaturas mais altas estavam relacionadas a infecções por dengue em 21 países da Ásia e das Américas.

Em média, cerca de 19% dos casos atuais de dengue no mundo são "atribuíveis ao aquecimento climático que já ocorreu", disse Mordecai, autor sênior do estudo pré-impresso.

Temperaturas entre 20 e 29 graus Celsius são ideais para espalhar a dengue, disse Mordecai.

Os pesquisadores descobriram que áreas elevadas do Peru, México, Bolívia e Brasil que atingirão essa faixa de temperatura poderão ter casos de dengue aumentando em até 200% nos próximos 25 anos.

A análise estimou que pelo menos 257 milhões de pessoas vivem atualmente em áreas onde o aquecimento global pode dobrar a taxa de dengue durante esse período.

Esse perigo é apenas "mais um motivo pelo qual você deve se preocupar com a crise climática", disse Mordecai.


Brasil vê aumento de casos de dengue
 antes de campanha de vacinação


Bactérias para o resgate?

Mais de 12,7 milhões de casos de dengue foram registrados no mundo todo este ano até setembro, quase o dobro do recorde total de 2023, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde.

Mas Mordecai disse que uma "enorme quantidade de subnotificações" significa que o número real provavelmente está mais próximo de 100 milhões.

A pesquisa foi apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, em Nova Orleans.

Outro conjunto de pesquisas, também não revisado por pares, levantou esperanças de uma ferramenta potencial para ajudar a combater o aumento da dengue.

Envolve a criação de mosquitos infectados com uma bactéria comum chamada Wolbachia, que pode bloquear a capacidade do inseto de transmitir a dengue.

Há cinco anos, mosquitos infectados com Wolbachia foram introduzidos na maior parte da cidade brasileira de Niterói.

Eles descobriram que, quando o Brasil enfrentou seu pior surto de dengue neste ano, houve apenas um pequeno aumento de dengue em Niterói.

O número de casos também foi 90% menor do que antes da distribuição dos mosquitos Wolbachia e "nada comparado ao que estava acontecendo no resto do Brasil", disse Katie Anders, do World Mosquito Program.

O sucesso da cidade mostrou que "a Wolbachia pode fornecer proteção de longo prazo para as comunidades contra os surtos cada vez mais frequentes de dengue que estamos vendo globalmente", disse Anders.

Os pesquisadores disseram que fizeram uma parceria com o governo brasileiro para construir uma unidade de produção de mosquitos Wolbachia, na esperança de proteger milhões de pessoas.


A doença 'exótica' da dengue está
a atingir duramente a Europa,
alertam especialistas



Fonte: TRT World - AFP


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domingo, 27 de outubro de 2024

Erdogan acusa EUA de usarem terroristas na Síria e Iraque 'para seus interesses e os de Israel'


O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou Washington na sexta-feira (25) de usar grupos terroristas que operam na Síria e no Iraque para o benefício dos Estados Unidos e Israel


© AP Photo / Denes Erdos

Erdogan disse que os EUA estavam atrasando sua retirada do Iraque, deixando evidente que a retirada seria tática e não estratégica. A Turquia está monitorando a situação no Iraque e na Síria e não comprometerá a presença de grupos terroristas, disse ele, referindo-se às unidades separatistas curdas PYD/YPG.


"As discussões sobre a retirada dos EUA da região, lembre-se, estão acontecendo há muito tempo. O fato de que a retirada será tática e não estratégica já ficou claro", disse o líder turco.

 

Ancara acusa o PYD e o YPG de laços com o PKK, que é listado como uma organização terrorista pela Turquia, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.


"É um fato bem conhecido agora que os EUA usam organizações terroristas na região em seus próprios interesses e no interesse da segurança israelense. Os EUA estão fornecendo a Israel todos os tipos de ferramentas, equipamentos, munição e todo o suporte possível na região? Sim, estão. Dinheiro também", ele disse a repórteres no voo de volta da cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia.

 

Em março, o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Mohammed Hussein, disse à Sputnik que o Iraque e os EUA estavam continuando suas negociações sobre a possível retirada das forças da coalizão internacional liderada pelos norte-americanos no solo iraquiano, mas nenhuma decisão final ou cronograma havia sido acordado.


EUA buscam novo acordo após
 Iraque reafirmar que tropas não
 são mais úteis, diz mídia

Em janeiro, o primeiro-ministro iraquiano Mohammed Shyaa Al Sudani disse ao The Wall Street Journal que não havia mais necessidade da presença da coalizão para derrotar o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países) no Iraque, acrescentando que não estava mais preocupado que a saída das forças da coalizão pudesse prejudicar as capacidades militares iraquianos.


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Fonte: Sputnik Brasil


BRICS News

O presidente turco Erdoğan diz que "os Estados Unidos usam organizações terroristas na região para seus próprios interesses e para a segurança de Israel".



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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

O exército israelita matou mais crianças em Gaza do que em qualquer outro conflito armado recente


Os números mais conservadores sugerem que mais de 11 mil meninas e meninos perderam a vida em Gaza, diretamente, devido a ataques sionistas. A Oxfam Intermón publica uma análise que compila a informação disponível a este respeito. O Estado israelita parece estar a repetir a sua estratégia militar indiscriminada no Líbano, onde já morreram centenas de pessoas, a grande maioria delas civis, e uma ofensiva terrestre já começou. Por seu lado, o Irã atacou Israel com mísseis em resposta às mortes dos líderes do Hamas e do Hezbollah.


Crianças de Gaza em tendas improvisadas onde se refugiam com as suas famílias. | Foto: UNRWA/Hussein Owda

As armas explosivas de Israel atingiram infra-estruturas civis em Gaza, tais como escolas, hospitais e pontos de distribuição de ajuda, uma vez a cada três horas. Agora o exército israelita parece repetir os mesmos passos no Líbano, onde o número de pessoas mortas nos bombardeamentos já chega às centenas, às quais devemos acrescentar milhares de feridos. Tal como em Gaza, os ataques são realizados contra instalações civis, com o agressor a aceitar a morte de civis inocentes como um “preço acessível”. Somente no ataque realizado com pequenos explosivos inseridos em aparelhos eletrônicos (pagers e interfones) dezenas de pessoas morreram e quase 3 mil ficaram feridas.

Além disso, na madrugada desta terça-feira, as forças israelenses iniciaram uma ofensiva terrestre invadindo o sul do Líbano . Por sua vez, o Irão lançou um ataque com quase 200 mísseis contra o território israelita na tarde de terça-feira . A Guarda Revolucionária Iraniana justificou o ataque em resposta às mortes do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e do líder do Hizbullah, Hassan Nasrallah. "Isso terá consequências. Temos planos e agiremos na hora e no local que decidirmos", respondeu um porta-voz do Exército israelense. A partir de Washington quebraram o silêncio face aos ataques indiscriminados a Gaza e ao Líbano para agora curvarem-se perante o regime de Tel Aviv. “Este ataque iraniano terá consequências graves e trabalharemos com Israel para garantir que isso aconteça”, disse Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca.


Gaza é um inferno para meninas e meninos

No meio deste cenário, uma nova análise da Oxfam Intermón revela que o Exército israelita matou mais raparigas e rapazes em Gaza num ano do que as mortes ocorridas durante o mesmo período em qualquer outro conflito nas últimas duas décadas.

“A escalada do conflito a nível regional, com o aumento das hostilidades e a trágica perda de vidas no Líbano e na Cisjordânia – incluindo Jerusalém Oriental – realça a necessidade urgente de um cessar-fogo imediato e permanente”, afirma a ONG que tem trabalha na região há décadas.

Os números mais conservadores sugerem que mais de 11.000 raparigas e rapazes perderam a vida em Gaza às mãos do exército israelita durante os últimos 12 meses. Um relatório da organização Every Casualty Counts publicou que mais de 11 mil meninas e meninos perderam a vida durante os primeiros dois anos e meio do conflito sírio, uma média de mais de 4.700 mortes por ano. Um facto assustador, mas claramente menos do que o massacre de crianças causado pelo Estado sionista em Gaza. Além disso, os relatórios das Nações Unidas sobre “Crianças e Conflitos Armados” dos últimos 18 anos mostram que nenhum outro conflito ceifou tantas vidas de meninas e meninos no período de um ano.

Números da organização Action on Armed Violence, de 23 de Setembro, mostram que Israel lançou uma média de um ataque a cada três horas contra infra-estruturas civis em Gaza com armas explosivas desde o início da guerra. Exceptuando a pausa humanitária de seis dias em novembro passado, só houve dois dias durante todo o ano em que não houve bombardeamentos.

Os registos – que não são exaustivos – revelam que as armas explosivas israelitas atingiram em média uma casa a cada quatro horas, uma tenda ou abrigo temporário a cada 17 horas, uma escola ou hospital a cada quatro dias e um ponto de distribuição de ajuda ou armazém a cada 15 dias.

“Durante o último ano, Israel cometeu violações do direito humanitário internacional tão graves que podem constituir crimes contra a humanidade”, afirma a Oxfam Intermón. "O nível de destruição observado é indicativo do uso desproporcional da força por parte de Israel contra alvos militares e da incapacidade de discernir entre um alvo militar e a população civil. O exército israelita tem lançado ataques constantes a infra-estruturas vitais para a sobrevivência da população civil, que foi deslocado à força dezenas de vezes para as chamadas 'zonas seguras', que não cumprem as obrigações humanitárias, e que também foram bombardeadas ou atacadas regularmente", continuam.

Os relatórios das Nações Unidas “Crianças e Conflitos Armados” enfatizam o número de crianças palestinas mortas em Gaza e na Cisjordânia. No último ano, o número de raparigas e rapazes que morreram em Gaza foi cinco vezes superior ao número total de mortes nessa faixa etária entre 2005 e 2022.

O número de pessoas mortas em Gaza não inclui as quase 20 mil pessoas não identificadas, desaparecidas ou soterradas sob os escombros. No início deste ano, um estudo publicado no The Lancet estimou que o número real de mortos em Gaza poderia ser superior a 186 mil, tendo em conta as mortes indiretas, por exemplo devido à falta de alimentos ou de cuidados médicos.

As infra-estruturas civis foram completamente destruídas ou gravemente danificadas, tal como cerca de 68% das terras agrícolas e estradas. Apenas 17 dos 36 hospitais permanecem parcialmente operacionais e nenhum deles tem combustível, material médico e água potável suficientes.


Terrível e comovente

“Estes números chocantes são terríveis e desoladores”, declara Franc Cortada, diretor geral da Oxfam Intermón. “Atores influentes na comunidade internacional não só não conseguiram responsabilizar Israel, mas tornaram-se cúmplices das atrocidades cometidas ao continuarem a fornecer armas sem condições. Serão necessários anos e gerações para recuperar dos efeitos devastadores desta guerra. Ainda não há cessar-fogo à vista.

“Os nossos colegas e organizações parceiras também estão deslocados, mas todos os dias fazem todo o possível para responder a esta catástrofe humanitária. É uma crise sem precedentes a muitos níveis: desde o avanço desenfreado da fome até ao reaparecimento da poliomielite ou à devastação da vida quotidiana, enfrentada por toda a população. Devemos pôr fim à carta branca que concede impunidade e isenção do direito humanitário internacional a Israel: não podemos permitir que o horror e o sofrimento continuem inabaláveis", acrescenta Cortada.

"O trauma sofrido por meninas e meninos é igualmente profundo. Mais de 25 mil meninas e meninos perderam um dos pais ou ficaram órfãos, deixando-os em profundo sofrimento emocional. A maioria das meninas e crianças sofrem de ansiedade e lesões físicas graves, e muitas perderam membros. . Diz Umaiyeh Khammash, diretora da Juzoor, organização parceira da Oxfam Intermón


Cisjordânia

Na Cisjordânia ocupada, a escalada e os níveis de violência sem precedentes sugerem que estão a ser cometidas graves violações do direito internacional e crimes de guerra. Desde outubro passado, mais de 680 palestinianos morreram devido à violência da ocupação israelita ou a ataques do exército. Foram registadas mais de mil agressões da ocupação contra a população palestiniana, com ataques diretos a terras agrícolas que causaram a destruição de culturas, sistemas de irrigação e estufas, incluindo projetos com financiamento internacional e que receberam apoio da Oxfam Intermón. O exército israelita forçou a demolição de mais de 2.000 casas no território palestiniano e causou graves danos em infra-estruturas públicas, incluindo estradas.


Cessar-fogo imediato e permanente

A Oxfam Intermón exige “um cessar-fogo imediato e permanente, a libertação de todas às pessoas que permanecem sequestradas e da população palestina detida ilegalmente, o fim da venda de armas letais a Israel e o pleno acesso da ajuda humanitária a Loop”.

A ONG também acredita que “seguindo os resultados do recente parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça e para evitar tornarem-se cúmplices da situação, os países terceiros devem fazer todo o possível para acabar imediatamente com a ocupação ilegal israelita, conseguindo a retirada de Israel”. Assentamentos na Cisjordânia e garantir o pagamento das reparações correspondentes, incluindo restituição, reabilitação e compensação às comunidades afetadas."


Mais informações sobre o genocídio na Palestina  neste especial .

Fonte: AraInfo


PALESTINE ONLINE

Um desenho animado documenta os últimos minutos da vida de Hind Rajab antes de um tanque israelense disparar 335 tiros contra a criança palestina de 6 anos.



 AJ+ Español


O assassinato do pequeno Hind Rajab: uma investigação aprofundada

O que aconteceu horas antes de Hind Rajab, de 6 anos, ser morto por tanques israelenses?

A equipe Fault Lines da Al Jazeera (@ajfaultlines) trabalhou com investigadores e arquitetos forenses para descobrir exatamente como Israel matou Hind e seus seis parentes.



Bem-vindo ao OTPLink

 

Nos termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, o Gabinete do Procurador (“OTP”) pode analisar informações sobre alegados crimes da jurisdição do Tribunal Penal Internacional (crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio e agressão), que lhe sejam submetidos. de qualquer fonte. Isto pode ocorrer durante exames preliminares, bem como no contexto de situações sob investigação. O formulário abaixo pode ser usado para enviar tais informações, também conhecidas como “comunicações”, ao OTP de forma anônima ou nomeada. Gostaria de agradecer-lhe por dedicar seu tempo para enviar informações ao Ministério Público.


Promotor, Karim AA Khan KC

Odysee ... 🎬🎬🎬🎬

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