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quinta-feira, 21 de março de 2024

Dez anos de uma operação criada pelos EUA para destruir o Brasil


Não era para combater a corrupção, mas foi criada pelos EUA para acabar com Lula e o PT, desindustrializar o Brasil e aprofundar a ditadura imperialista sobre o País


Sergio Moro / Deltan Dallagnol

Há pouco mais de uma década, em 17 de março de 2014, era deflagrada a Operação Lava Jato, um conjunto de investigações realizadas pela Polícia Federal brasileira, em conjunto com o Ministério Público, o Poder Judiciário e, conforme eventualmente seria revelado, com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI (Federal Bureau of Investigation). 

Deu-se o nome de “Lava-Jato”, pois na primeira fase da operação foi realizada a investigação de um posto de combustíveis, local suspeito de ser utilizado para movimentar valores de origem ilícita, ou seja, “lavar dinheiro”, na linguagem coloquial. 

Oficialmente, a operação visava a desbaratar supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Petrobrás, especialmente, o que envolveria políticos de dentro e fora do governo, assim como empresários.

Durante toda a sua duração, a Lava Jato foi propagandeada por todos os órgãos da imprensa burguesa brasileira, principalmente jornais como O GloboO Estado de S. PauloFolha de S.Paulo, e emissoras como a Rede Globo, a Record, a Bandeirantes e o SBT, todos órgãos venais, a serviço dos Estados Unidos, como sendo uma operação voltada para acabar com a corrupção dos políticos brasileiros.

Na realidade, a Lava Jato não era para acabar com a corrupção, mas foi uma operação arquitetada e coordenada pelos Estados Unidos para aprofundar a desindustrialização do Brasil, prejudicar a situação econômica do País, e viabilizar o golpe de 2016, contra Dilma Rousseff. Desejavam, igualmente, acabar de vez com o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula, respectivamente o partido e líder político mais populares do Brasil. Sendo ambos representantes do nacionalismo burguês de um país atrasado, tendo como força política amplas massas da classe operária brasileira, a destruição do PT e de Lula era um dos objetivos dos Estados Unidos para intensificar a dominação imperialista sobre o país.

Durante seu curso, que foi até 1º de fevereiro de 2021, a operação contou com mais de 80 fases operacionais. À frente da maioria delas esteve Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, que será eternamente lembrado por suas arbitrariedades durante a Lava Jato, e por ter sido um agente do imperialismo para destruir o Brasil. A operação também contou com figuras execráveis como Deltan Dallagnol, (ex-procurador federal que considera os americanos melhores que os brasileiros) e Rodrigo Janot (ex-procurador-geral da República).

Ao longo de 7 anos, mais de cem pessoas foram condenadas. Inúmeras delas cumpriram pena de prisão em regime fechado, inclusive antes mesmo da condenação. Sobre isto, o encarceramento antes da condenação era um método frequentemente utilizado pelos procuradores e juízes da Lava Jato para forçar que os investigados confessassem crimes que não haviam cometido, ou para fazer delação premiada, mentindo sobre as pessoas que a Lava Jato queria condenar. E o principal alvo de Sergio Moro, Dallagnol e demais juízes e procuradores era Lula.

Assim, Lula e muitas das pessoas que foram condenadas na Lava Jato, o foram sem provas, apenas com base em delação premiada, isto em declarações obtidas sob coação, sob tortura. Muitos dos delatores eram ameaçados de verem seus familiares perseguidos pela Lava Jato, além das ameaças de condenação.

No que diz respeito às empresas estatais nacionais alvos da Lava Jato, para além da Petrobras, foram alvos do imperialismo também a BR Distribuidora, a Transpetro e a Eletronuclear. Sobre essa última, vale lembrar seu presidente à época, Othon Luiz Pinheiro da Silva, engenheiro mecânico e nuclear, vice-almirante do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais da Marinha do Brasil. Ele é uma das pessoas que liderava o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro.

Quanto às empresas privadas, várias empreiteiras foram alvos da Lava Jato, a mando do imperialismo, principalmente em razão da expansão de suas atividades para outros países oprimidos, tais como os do continente africano e sul-americano. Dentre elas foram perseguidas a Odebrecht, a OAS, a Camargo Corrêa, a Andrade Gutierrez e outras.

O balanço da operação para a economia brasileira? A redução de 4,44 milhões de empregos apenas entre os anos de 2014 e 2017, com as empreiteiras perdendo 85% de suas receitas. 

A destruição dessa quantidade de empregos representou uma queda de R$85,5 bilhões na massa salarial, o que, por sua vez, teve como consequência a redução de R$20,3 bilhões em contribuições sobre a folha.

Ademais, houve perda de R$142 bilhões nos setores da construção civil, indústria naval, engenharia pesada e indústria metalmecânica.

Com isto, o Produto Interno Bruto no período caiu em 3,6%.

Assim, apesar de ter ficado claro desde o início que a Lava Jato era uma operação arquitetada pelo imperialismo, em especial os Estados Unidos, o tempo tratou de tornar esse fato incontestável.

E apesar de terem tentado destruir o Partido dos Trabalhadores e acabar politicamente com Lula, a Lava Jato falhou nesse aspecto. Contudo, é algo que continua na ordem do dia. Afinal, o presidente e seu partido são representantes do nacionalismo burguês, e estando o imperialismo cada vez mais fraco, a tendência é que ele tente criar novas operações golpistas da aumentar seu domínio sobre o Brasil e impedir o desenvolvimento nacional.


 

Fonte:  DCO - Diário Causa Operária


Lula

PROCURADOR DOS EUA CONFESSA PARTICIPAÇÃO NA LAVA JATO; ASSISTA!

Esse é Kenneth Blanco, um procurador norte-americano, em uma conferência em Nova York, em 2017. Aqui ele explica a "teoria da conspiração" da colaboração entre Lava Jato e o Departamento de Justiça dos EUA. Um "relacionamento íntimo", que desprezava "procedimentos formais".


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domingo, 17 de março de 2024

Do golpe ao lobby


AGU de Bolsonaro voltou a frequentar o Planalto


 (foto: Divulgação/Redes Sociais)

O mundo dá voltas. O ex-advogado-geral da União Bruno Bianco, escalado por Jair Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno para atuar na tentativa de golpe de estado em 2022, voltou aos corredores do Executivo Federal durante o governo Lula – desta vez como lobista do BTG Pactual. Desde julho de 2023, após cumprir quarentena, Bianco ocupa o cargo de gerente de relações institucionais no banco de investimentos.

No dia 4 de fevereiro de 2024, Bruno Bianco liderou uma reunião entre o BTG e os dois principais assessores do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, nas dependências da própria AGU, em Brasília: o ministro-substituto Flávio José Roman e advogado-geral adjunto Paulo Ceo. Além deles, esteve no encontro o procurador da Agência Nacional de Telecomunicações, Cássio Cavalcante.

A pauta da reunião não consta nas agendas oficiais de Román, Ceo e Cavalcante, mas foi registrada por Ana Paula Severo, subprocuradora da AGU, que também esteve presente. Segundo a descrição dela, o assunto foi a "solução consensual da Oi junto ao TCU", um tema que movimenta o mercado de telecomunicações por envolver cifras que chegam a R$ 50 bilhões e que está diretamente ligado aos interesses do BTG Pactual.

Maior operadora de telefonia fixa do país, com atuação em 88% dos municípios, a Oi está à beira da falência. A situação é alvo de intensa preocupação no BTG Pactual, que é dono de quase 70% da V.tal, uma empresa de infraestrutura de telecomunicações que será diretamente impactada pelo futuro da Oi, já que as duas empresas compartilham infraestrutura e contratos comerciais.

Devido à intensa relação entre a Oi e a V.tal, qualquer mudança na situação da operadora, como intervenção governamental ou alteração de ativos pela Anatel, afeta diretamente os interesses do BTG. Os planos de expansão da V.tal, vinculados a compromissos específicos, também são moldados pela resolução da crise da Oi, impactando as projeções de investimento e retorno do BTG.

A crise parecia próxima ao final nesta semana, quando a Assembleia Geral de Credores da Oi votaria o plano de recuperação judicial da operadora, mas a reunião foi cancelada. Assim, todas as atenções ficam voltadas para o possível acordo entre Oi, Anatel e TCU, tema da visita de Bianco ao governo Lula. A possível decisão de mudar as concessões de telefonia fixa para o modelo de autorização é crucial para a Oi se livrar de obrigações regulatórias pesadas.

Hoje lobista com acesso ao governo Lula, um ano antes, Bianco defendeu, em uma reunião ministerial de Jair Bolsonaro, um encontro de teor golpista com embaixadores, que inclusive tornou o ex-presidente inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

As declarações de Bianco constam de um vídeo com a íntegra da reunião, realizada em julho de 2022, que embasou a operação da Polícia Federal contra militares e ex-ministros de Bolsonaro suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe de estado. Em sua fala, Bianco disse que Bolsonaro estava "corretíssimo com relação à reunião com embaixadores".

"O senhor também está correto em mostrar para o mundo, como chefe de Estado, a sua postura", acrescentou o então advogado-geral da União.

As imagens foram encontradas no computador de Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o STF.

Como se não bastasse, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, escalou a AGU, então chefiada por Bianco, como protagonista de uma trama golpista que consta no 'diário' em que fazia anotações sobre a tentativa de mudar o resultado das eleições, segundo reportagem da Veja.

Enquanto Heleno, Bianco e Bolsonaro se envolviam na trama, um outro ministro do governo já estava ligado no caso BTG. Em 19 de dezembro de 2022, poucos dias antes do fim da gestão, a V.Tal recebeu autorização de Fábio Faria, então ministro das Comunicações, para captar até R$ 2,5 bilhões em recursos para projetos de telecomunicações na modalidade incentivada, com redução na cobrança do imposto de renda para investidores. Um dia depois da autorização, Fábio Faria deixou o governo.

Com a canetada, os projetos listados pela V.tal se tornaram prioritários na emissão de debêntures. A portaria segue em vigor, já que tem validade de cinco anos. Com a decisão, a emissão das debêntures da V.Tal passou a contar com benefício fiscal, com a redução de 22% para 15% no Imposto de Renda para pessoas jurídicas e para 0% entre investidores pessoas físicas.

Três meses depois de sair do governo Bolsonaro, Fábio Faria também foi trabalhar na área de relações institucionais do BTG.


Por: Paulo Motoryn Repórter

Para continuarmos denunciando o extremismo político que se infiltra em áreas críticas do governo, doe agora!

Fonte: Intercept Brasil


domingo, 19 de setembro de 2021

“Percebi logo que a Lava Jato era parte de um golpe contra o Brasil”, diz Brian Mier


O jornalista, em entrevista à TV 247, expôs a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e as autoridades americanas. Ambas estavam empenhadas em dar um “golpe” no Brasil, denunciou. Assista


Brian Mier e Sergio Moro

247 O jornalista Brian Mier, em entrevista à série ‘Grandes Jornalistas’, da TV 247, afirmou que a Operação Lava Jato, que prendeu injustamente o ex-presidente Lula, promoveu um “golpe” articulado pelos Estados Unidos. Desde 2015, Mier vem denunciando ao público internacional a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e autoridades estadunidenses.

“Eu sabia desde o início, lembrando daquela caça às bruxas do mensalão. Estou no Brasil desde 1991, menos de 1995 a 2000. Eu lembrei do mensalão, porque eu nunca confiei na Lava Jato. Também identifiquei que um golpe estava em andamento desde 2013. Vimos como o New York Times estava mudando a narrativa para enquadrar o Brasil como um ‘país de perdedores’, quase um Estado falido, com a pior corrupção de todos os tempos. Nesse momento eu começo a rebater. Um golpe estava chegando, tinha algo errado com a Lava Jato, que estava trabalhando com o Departamento de Justiça, e isso nunca pode ser bom para um país. Desde 2015 ou 2016 eu publiquei mais de 60 matérias sobre a Lava Jato em inglês, e, principalmente, desde o início mencionando o envolvimento do governo dos Estados Unidos”, contou.

Brian Mier denunciou os acordos de leniência com autoridades estrangeiras. Desde os pagamentos, a mídia estrangeira não cobre mais a Lava Jato. “Houve um blecaute na mídia anglo em 2016, quando a Corte do Distrito Sul de Nova York multou em 3,5 bilhões de dólares a Petrobras e a Braskem. Isso entrou na mídia, no New York Times, Washington Post e Guardian, como a maior multa já cobrada pelo Departamento de Justiça sobre uma empresa estrangeira, através de uma lei chamada Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior. Depois daquele momento, sumiu qualquer menção aos Estados Unidos na Lava Jato. Quando eu escrevi que existia uma parceria com o Departamento de Justiça falavam, ‘você é um teorista da conspiração’. Como? Você pode abrir no site do Departamento de Justiça e ler que ele está falando sobre a parceria com a Lava Jato. É um absurdo”, completou.


TV 247

O jornalista Leonardo Attuch entrevista o jornalista Brian Mier sobre sua trajetória profissional e os desafios do jornalismo no Brasil.

35:00 "Percebi logo que a Lava Jato era parte de um golpe contra o Brasil", diz Brian Mier

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Facebook anuncia ‘parceria’ com veículos de notícias. Mídia independente excluída


Sob pretexto de estimular o que considera “jornalismo profissional”, plataforma reúne veículos “parceiros” com os quais divide abordagens políticas, sociais e econômicas


 O Facebook vem "rebaixando" o alcance de veículos noticiosos a partir de alterações em seu algoritmo. Por outro lado, privilegiou publicações de usuários em grupos e compartilhamentos

São Paulo – O Facebook anunciou hoje (16) um programa de parceria e investimentos em veículos da imprensa comercial brasileira. O projeto tem como objetivo oferecer mais links de notícias dentro da plataforma, além dos que já são compartilhados pelos próprios veículos e usuários. Além disso, estão previstos investimentos de 2,6 milhões de dólares no programa chamado “News Innovation Test“, em projetos desenvolvidos em parcerias com associações de notícias, que terá duração de três anos. Mais informações devem ser divulgadas nos próximos dias.

Sob pretexto de estimular o que classifica como “jornalismo profissional”, o Facebook promete “apoiar” as organizações de notícias e fortalecer a cobertura jornalística no Brasil. Entre os “parceiros” anunciados pela rede social, estão Jovem Pan, Estadão, O Antagonista, Revista Crusoé, Rede Record, SBT, Rede TV!, Revista Veja, entre outros. A lista dos parceiros exclui veículos independentes, especialmente os que ampliam vozes dos trabalhadores e movimentos sociais.


Uma voz

A maior rede social do mundo anuncia o projeto que privilegia veículos em grande maioria da chamada grande mídia, a cerca de um ano das eleições de 2022. Se, por um lado, a iniciativa pode impactar na qualidade e diversidade da informação distribuída aos seus usuários, por outro a plataforma argumenta que a iniciativa visa contribuir para reduzir a quantidade de fake news em circulação. “Estamos trabalhando de perto com organizações de notícias para construirmos, juntos, novas oportunidades de conectar pessoas e notícias no Facebook, e sermos aliados nesse momento de grande transformação digital”, afirma a diretora de Parcerias de Notícias do Facebook para a América Latina, Claudia Gurfinkel.


Interferência

Não será a primeira vez que o Facebook deve influenciar no cenário político de um país. Nos últimos anos, a rede social vem “rebaixando” o alcance de veículos noticiosos a partir de alterações em seu algoritmo. Por outro lado, privilegiou publicações de usuários em grupos e compartilhamentos. “A mudança mirou no fortalecimento das relações entre usuários para, segundo a própria rede, aumentar o bem-estar e a experiência do usuário. O Facebook pretendia encorajar pessoas a interagirem com amigos e familiares e que passassem menos tempo consumindo informação profissional de forma passiva, já que pesquisas sugeriram trazer malefícios para a saúde mental”, afirma reportagem publicada também hoje no The Wall Street Journal.

“A companhia foi advertida de que a mudança teve efeito oposto, conforme documentos mostram. Ela transformou a plataforma do Facebook em um lugar de ódio”, completa a reportagem. Entre os efeitos colaterais está a disseminação massiva de fake news, desvalorização da informação apurada, surgimento de uma estrutura de influenciadores políticos bancados por máquinas (gabinetes) de ódio e divisão extrema de grupos em “bolhas ideológicas”.

Leia também:


Fonte: RBA

Rádio BandNews FM

Tecnologia: Reportagem mostra manipulação pelo Facebook - 21 de out. de 2020

Assista ao VÍDEO



quarta-feira, 8 de setembro de 2021

VÍDEO – Jornal Nacional detona Bolsonaro: “ataques à Constituição e ao STF”


Após manifestações golpistas, o Jornal Nacional, da Globo, detonou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após discurso e ataques à democracia.


Foto: Reprodução

Durante pronunciamento na Avenida Paulista (SP), o presidente voltou a atacar STF. Ele declarou que não respeitará “qualquer decisão” do ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro também xingou o magistrado de “canalha” e pediu sua saída diante de milhares de apoiadores.


Leia também

1- Daniel Alves usa slogan de Bolsonaro para comemorar Independência e é detonado na web

2- Adnet critica bolsonaristas por festejarem participação de Queiroz nos atos golpistas


Jornal Nacional

O “Jornal Nacional” foi direto ao ponto. “O desrespeito à democracia com as cores da nossa bandeira. Em diversas brasileiras, bolsonaristas insuflados pelo presidente da República usam o verde e amarelo, mas atacam pilares da Constituição. Em tom golpista o presidente discursa em Brasília e em São Paulo. Diz que respeita a Constituição, mas na mesma frase volta a ameaçar o STF.”

Confira abaixo:


 

Fonte: DCM


Muito Além do BATV

"Jornal Nacional" da Rede Globo (07/09/2021)

Assista ao VÍDEO


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Rachadinha e Rachadões


O cerco vai se fechando aos poucos sobre a família Bolsonaro. Alguns desconfiam que a ameaça de golpe e a busca por reeleição seria um subterfúgio do capitão para não ser preso ao sair do Planalto - Ueslei Marcelino


 Brasil de Fato

Olá! Às vésperas do 7 de setembro e da hora de colocarem as cartas e algemas na mesa, a história de amor entre o capitão e o mercado vive um momento de turbulências.


.Filhos da contravenção. O cerco vai se fechando aos poucos sobre a família Bolsonaro. Alguns desconfiam que a ameaça de golpe e a busca por reeleição seria um subterfúgio do capitão para não ser preso assim que deixar o Planalto. Especialmente porque ele segue produzindo provas contra si mesmo. A PGR investiga reuniões preparatórias para o dia 7 de setembro em que participaram membros do governo e lideranças que reivindicaram o fechamento do STF em atos anteriores. Mas se a hipótese de Bolsonaro ir fazer companhia para Roberto Jefferson ainda parece distante, o mesmo não vale para seus filhos. Carluxo está na mira do Ministério Público do Rio de Janeiro por seus rolos na Câmara de Vereadores e teve o sigilo bancário quebrado, juntamente com o de sete empresas ligadas a ele e da ex-esposa de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, que na época tinha seis parentes empregados no gabinete do enteado. Além disso, nesta quinta (02), um ex-empregado de Ana Cristina denunciou que entregou para a família 80% de tudo o que recebeu como assessor de Flávio na Assembleia do Rio por quase quatro anos, cerca de R$ 340 mil. Já o mais novo dos metralhas, Jair Renan, aparece envolvido com Marconny  Faria, o lobista foragido ligado à Precisa Medicamentos e que está sendo investigado pela CPI da Covid. Na mesma rede de contatos encontra-se a advogada da família Bolsonaro, Karina Kufa, que teria organizado um jantar para apresentar Marconny a Ricardo Santana, uma espécie de consultor informal do Ministério da Saúde. Ou seja, a Comissão começou a desenrolar um fio que pode implicar diretamente a família Bolsonaro no esquema de superfaturamento e compra ilegal de vacinas da Precisa Medicamentos. E os gordos rendimentos do deputado governista Ricardo Barros também levantaram suspeitas do Coaf e foram parar na CPI. Com tudo isso e mais a incrível história de um motoboy vinculado à VTCLog, que fazia saques milionários no banco e visitava com frequência o Ministério da Saúde, a CPI, que já se encaminhava para o fim, ganhou sobrevida e deve durar até meados de outubro.


.Sofrência. Em 2018, não foi uma escolha difícil para o mercado embarcar, ainda no primeiro turno, na candidatura Bolsonaro. E, ano passado, enquanto Jair passeava a cavalo na frente do Planalto ou tratava a pandemia como gripezinha, não se ouvia nada na Faria Lima. Ao contrário. Abílio Diniz, os donos do Madeiro, SmartFit e outros se somaram à ideia de derrubar logo as restrições sanitárias. Nunca foi a democracia, nem a pandemia. Mas algo se quebrou em 2021 entre Bolsonaro e o topo do PIB. Como resume Vinicius Torres Freire, o descontentamento que gerou o polêmico manifesto empresarial tem a ver com a administração incompetente, o risco do “fura teto” e a incapacidade de entregar as reformas liberais. E, acrescenta Thomas Traumann, há um fastio do setor empresarial com a instabilidade política provocada por Bolsonaro e a impressão de que este governo “não tem mais nada a entregar” e só se concentra na própria reeleição. A operação capitaneada por Arthur Lira para fazer água no manifesto foi bem sucedida, entre outras coisas, porque não há unidade entre os empresários, nem desejo real de desembarcar do governo, como alerta o economista Guilherme Mello. É o que se vê no caso do agronegócio, em que uma associação lançou seu manifesto solo, enquanto as outras financiam os atos bolsonaristas de 7 de setembro. Mas há fissuras e descontentamento, em especial nos setores mais financeirizados e internacionalizados que veem o investimento externo fugindo de Bolsonaro e do Brasil. O movimento anima João Dória, já que o manifesto é sinal de que o mercado prefere uma “terceira via” ao capitão, mas o recuo também significa que se a alternativa não for competitiva, o mercado prefere ficar onde está do que apostar em Lula.


.Faria Losers. O único consenso neste país polarizado é de que a economia naufraga. Segundo o Instituto Quaest, a preocupação com a economia cresceu na mesma proporção em que diminuiu com a pandemia. Não é à toa: o desemprego atinge 14,4 milhões de pessoas e a renda caiu 6,6%. Mesmo com a vacinação avançando, a combinação de inflação e desemprego derruba o consumo, e portanto, a indústria e o comércio. E se depender do governo, não haverá políticas públicas para sair do buraco: o propagado substituto do Bolsa Família não tem orçamento para 2022, o programa de habitação não saiu do papel e o salário mínimo, corroído pela inflação, não terá aumento real. O coração dividido do empresariado em relação ao governo se explica pelos juros altos, aumento do preço da energia e instabilidade política. Soma-se a isso a decepção do setor financeiro com o PIBinho de Paulo Guedes no segundo trimestre, que caiu -0,1% em relação ao período anterior. Mesmo com um discurso preconceituoso, típico das elites nacionais, o ex-superministro é criticado inclusive por economistas liberais como Delfim Netto. O próprio Guedes sabe que sua relevância agora depende não das reformas, mas de trabalhar para a reeleição do chefe. Daí, a proposta de reforma do Imposto de Renda que pretendia injetar diretamente R$ 22 bilhões no bolso da classe média em ano eleitoral, antes de ser aprovada com alíquota menor na Câmara. Porém, com o sepultamento da minirreforma trabalhista no Senado, Rodrigo Pacheco mandou, ao mesmo tempo, um recado para Arthur Lira e outro para o mercado: Guedes não manda em nada e o governo aqui é fraco.


.A camisa surrada do Neymar. Sem resultados econômicos para apresentar, com popularidade em queda e o empresariado inquieto, Bolsonaro vê três finais alternativos para seu futuro distópico: prisão, morte ou vitória. Sua única alternativa é preparar-se para a guerra, provando que ainda tem uma legião de fiéis dispostos a sair às ruas, mobilizada nas redes com o uso de robôs e fake news. Compreende-se, pois, porque ele vetou os artigos sobre crime contra as eleições  e comunicação enganosa em massa previstos na matéria que revogou a Lei de Segurança Nacional. Mas, faltando poucos dias para o 7 de setembro, ainda não se sabe exatamente o que esperar. Depois da radicalização inicial, a temperatura baixou, reduzindo as possibilidades de “quebra da ordem pública”, segundo os serviços de inteligência. A adesão dos policiais militares agora parece menor do que a imaginada inicialmente. Os generais, por sua vez, não estariam muito interessados em participar de uma aventura golpista, na avaliação de Vicente Nunes. A mesma opinião parece ter o governo estadunidense, que não vê golpe militar no horizonte, mas acompanha a crise brasileira com preocupação. Mesmo assim, Ayrton Centeno alerta que não se pode esperar boa coisa. Para além do discurso raivoso, os números preocupam. Afinal, mesmo que apenas 7% do eleitorado de Bolsonaro saia às ruas, conforme indica a pesquisa Quaest, já seria um “mundaréu” de 10 milhões de pessoas capazes de superar os atos contra Dilma em 2015 e 2016, observa Thomas Traumann. Já do lado da esquerda o cenário é de divisão entre aqueles que defendem uma resposta imediata à convocatória bolsonarista e os que consideram que os atos serão uma armadilha do inimigo. O tradicional “grito dos excluídos” deve ocorrer em grande parte do país, mas não promete ser massivo.

 

.Terra Brasilis. O acampamento dos povos indígenas em Brasília já dura mais de uma semana e não tem data para acabar. Mais uma vez a decisão do STF sobre o marco temporal foi adiada e deve ser retomada na próxima quarta-feira (8). O cenário aumenta os riscos de um embate no dia 7 de setembro, quando grupos bolsonaristas farão manifestação em Brasília. Bolsonaro tem utilizado o tema para inflar seus seguidores, inclusive os militares, a exemplo do general Augusto Heleno, para quem as reservas indígenas ameaçam a integridade do território nacional. A atitude dos militares justifica o desabafo de Valdelice Veron, liderança Guarani Kaiowá que está acampada em frente ao STF: “Somos vistos como estrangeiros no nosso próprio país”. Mas mais do que preocupação com a integridade territorial, os militares agem como força de sustentação dos interesses da mineração e do agronegócio. De 1985 até 2020, a área de exploração de minérios no Brasil cresceu seis vezes e a atividade ilegal ganhou maior impulso depois da crise mundial de 2008, quando se intensificou a busca por recursos estratégicos nos países periféricos. Assim, na última década, o garimpo em terras indígenas aumentou quase cinco vezes. O agronegócio é outro interessado no tema. Mesmo que o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) diga em tv aberta que o setor “não precisa invadir terra indígena para crescer”, os representantes Sociedade Rural Brasileira (SRB) e da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) desmentem seu colega ao posicionaram-se contra a revisão do marco temporal. A discussão é fundamental para a sobrevivência dos povos indígenas, mas os interesses e pressões são enormes. Bolsonaro já escolheu seu lado. Aguardemos para ver qual será o lado do STF.

 

.Ponto Final: nossas recomendações.

.Faltam só 66. A Piauí foi até Manaus, um dos cenários da tragédia da pandemia, para acompanhar a volta às aulas presenciais na Escola Paulo Freire.

 

.A máquina de vendas que financia Olavo e a extrema direita. Quem são os integrantes e como funciona a Cedet, empresa que alavanca o olavismo.


.Quem é o homem que conecta a extrema-direita alemã com evangélicos brasileiros. A Agência Pública revela a agenda de Waldemar Herdt com políticos e neopentecostais brasileiros.

 

.A nova década perdida. O PIB brasileiro hoje é menor do que era em 2014. Na Jacobin, Edemilson Paraná explica porque tivemos mais uma década sem crescimento econômico no país.

 

.A força da Primavera Grega – e o que faltouOutras Palavras traduz artigo de Stathis Kouvelakis que analisa porque emergiu a revolta grega e como ela foi derrotada.

 

.Mostra de cinema chinês 5º Intercâmbio Brasil China 2021. No YouTube neste mês, produções chinesas entre 1937 e 1964 estão disponíveis gratuitamente para o público.

 

Obrigado por nos acompanhar. O Ponto é uma das iniciativas do Brasil de Fato para compreendermos melhor a conjuntura. Acompanhe também os debates políticos no Tempero da Notícia, no podcast 3 x 4 e diariamente na Central do Brasil. Você pode assinar o Ponto e os outros boletins do Brasil de Fato neste link aqui.


Ponto é editado por Lauro Allan Almeida Duvoisin e Miguel Enrique Stédile.

Edição: Vivian Virissimo

Fonte: Brasil de Fato


Allan dos Panos

A FAMÍLIA SINFOROSO É LIMPA

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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Lula se reúne com Eunício, que votou pelo impeachment de Dilma


O objetivo é firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos


O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos anos, mesmo sendo opositores políticos (foto: Twitter/Reprodução )

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, em agendas diferentes, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Cid Gomes (PDT-CE) e o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em Fortaleza, nesta segunda-feira (23/8).



 As reuniões ocorreram com o objetivo de firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos, focando na sua possível candidatura presidencial em 2022 e em oposição a Jair Bolsonaro.

Lula foi ao Ceará na companhia da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-deputado estadual Ilário Marques (PT-CE). O encontro com Tasso durou aproximadamente uma hora e ocorreu no escritório particular do tucano.

De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, a conversa focou no cenário atual da política brasileira, na importância da defesa intransigente da democracia, no fortalecimento das instituições e no compromisso de resistência a qualquer ato ou medida que ponha em risco a democracia no Brasil. Jereissati informou ainda que não formou nenhuma aliança eleitoral.

O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos anos, mesmo sendo opositores políticos. Durante a prisão de Lula, o senador enviou uma carta de solidariedade após a morte do neto do petista, em março de 2019.  

Após o encontro, Lula se reuniu com o senador Cid Gomes (PDT), irmão do ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que vem atacando o petista nos últimos meses. Além disso, ele encontrou com o governador Camilo Santana (PT) e teve uma agenda com o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB).

Lula tem se encontrado com políticos do centro e deu sinais de que está planejando formar aliança com outros partidos além da esquerda, para se opor a Jair Bolsonaro na próxima eleição. De acordo com aliados do ex-presidente, o partido mais próximo é o PL, legenda "número 2" no bloco formado pelo Centrão e que hoje declara apoio a Bolsonaro.

No Ceará, PSDB e PT podem continuar sendo opostos, e os tucanos caminham para firmar aliança com o PDT, enquanto a legenda petista fala em candidatura própria.

Com informações de Estadão Conteúdo

Fonte: Estado de Minas


TV Senado

Eunício espera pelo menos 50 votos favoráveis ao encaminhamento do impeachment de Dilma - 11 de mai. de 2016

Assista ao VÍDEO



E o golpe ????



 

quarta-feira, 3 de março de 2021

Com novo reajuste no gás de cozinha, botijão fica acima de R$ 100 e preço pode subir ainda mais


Terceiro reajuste do preço do gás de cozinha vai na contramão do discurso de Bolsonaro de redução dos preços dos combustíveis. Preço pode chegar a R$ 200,00 ainda este ano, segundo representante de revendedores




[Com informações da CUT]

Apesar das encenações do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que reclamou publicamente dos preços dos combustíveis, o programa de preços da Petrobras continua o mesmo. A petroleira anunciou nesta segunda-feira (1º) mais um reajuste nos preços da gasolina e do diesel em cerca de 5% a partir de terça-feira (2). O preço do gás de cozinha (GLP) também aumentou, pela terceira vez este ano.  Com o reajuste, de 5,2%, que também entra em vigor nesta terça, cada quilo vai ficar R$ 0,15 mais alto. O botijão de 13kg, usado pela maioria dos brasileiros, ficará R$ 1,90 mais caro nas refinarias. Para o consumidor final, que em muitas localidades já custa mais de R$ 100,00, o impacto no bolso é maior.

A própria Petrobras anunciou em comunicado que o valor no varejo pode ser maior. ”Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, diz a empresa em nota.


Leia nota da FUP: Reajustes dos combustíveis podem causar convulsão social similar à do Chile


O reajuste, que vai na contramão do discurso de Bolsonaro de reduzir impostos federais sobre combustíveis para conter os aumentos, é consequência da política de preços da estatal, que acompanha as variações do mercado internacional, combatida pela CUT e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Esse método de reajustes teve início no governo de Michel Temer e continua com Bolsonaro, e tem penalizando o trabalhador e a trabalhadora.

Desde o golpe de 2016, o preço do botijão de 13 kg, que custava cerca de R$ 48,00, mais do que dobrou e pode chegar a valores entre R$ 150,00 e R$ 200,00 ainda em 2021. A estimativa é de Alexandre Borjaili, presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), em entrevista concedida em janeiro a Tácio Lorran, do Metrópoles

Borjalli já criticou abertamente a política de preços da Petrobras, adotada após o golpe de 2016, contra a ex-presidenta Dilma. Segundo ele, “quando o PT saiu da Presidência houve um aumento extorsivo por parte da estatal e que piorou no governo Bolsonaro com a política econômica comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes”.


Impacto no bolso

Em janeiro de 2017, o gás de cozinha custava em média R$ 55,61. De acordo com os últimos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços hoje já chegam a R$ 105,00 em algumas regiões do país. Neste caso, o valor representa cerca de 9% do salário mínimo R$ 1.100,00.

A situação dos trabalhadores piora à medida em que os preços dos alimentos também aumenta de forma descontrolada. Somente em 2020, produtos principais da cesta básica tiveram aumentos significativos – e acima da inflação que ficou em 4,52. Os que mais subiram foram o óleo de soja (103,79%) e o arroz (76,01%), seguidos por leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%).

Os preços da gasolina, álcool e diesel também serão reajustados em 5%, a partir desta terça-feira. É a quarta vez que o diesel, e a quinta vez que gasolina e álcool sofrem reajustes, somente este ano.

A partir desta terça-feira, o preço do litro da gasolina sobe, nas refinarias de R$ 2,40 para R$ 2,60 9Gasolina); e de R$ 2,48 para R$ 2,71 (diesel)..  

Em 2021, o diesel já acumula um reajuste de 34,1% e a gasolina, 41,5%.

Publicado em Sistema Petrobrás

Fonte: FUP


TV 247


O ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, concede entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, sobre o tema Petrobras, mercado e políticas públicas na área de combustíveis. Leia seu ensaio recente sobre a questão. Preços de combustíveis: apenas uma pequena peça dadestruição setorial




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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Lula: “O golpe foi feito para mudar o modelo de exploração do petróleo no Brasil”


Em entrevista à TV 247 na manhã desta quarta-feira, o ex-presidente Lula afirmou que “o golpe foi feito para mudar o modelo de exploração do petróleo no Brasil” e alertou para os prejuízos da política de preços da estatal estabelecida no governo Temer. "Nós acreditávamos que a Petrobrás seria um passaporte para o futuro", disse "E eles assenhoraram da Petrobras para obedecer aos acionistas de Nova York". Assista


Ex-presidente Lula e a plataforma da Petrobrás (Foto: ABr | Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista à TV 247, na manhã desta quarta-feira (24) que “o golpe foi feito para mudar o modelo de exploração do petróleo no Brasil". Lula foi enfático: "Está chegando a hora dos partidos de esquerda darem um basta nisso".

De acordo com o ex-presidente, "nós acreditávamos que a Petrobrás seria um passaporte para o futuro". "E eles assenhoraram da Petrobras para obedecer aos acionistas de Nova York. A Petrobrás virou exportadora de óleo cru e importadora de derivados. Subordinaram ela ao mercado internacional", disse.

Para Lula, "a verdade é que esse governo quer que o povo se dane. O povo que precisa comprar arroz que se dane. O povo que precisa comprar comida que se dane. Está chegando a hora dos partidos de esquerda darem um basta nisso. Temos que brigar cada vez mais".

Lula também destacou que os altos valores de combustíveis também se refletem nos preços dos alimentos. "As pessoas sentem o aumento dos preços (dos alimentos)", acrescentou.

 "A gasolina já aumentou 34% e o diesel 27% só em 2021. Não há sistema de transporte que suporte isso. E isso tem uma relação direta no aumento dos alimentos. Da batata, do tomate, do arroz... As pessoas vão no mercado e sentem. O golpe foi feito pra isso", continuou.

Desde janeiro, o preço da gasolina e do diesel acumulam altas de 34,7% e 27,7%, respectivamente.

Assista à entrevista de Lula à TV 247:


Lula governou o Brasil por dois mandatos, entre 2003 e 2010, e deixou o cargo com 87% de aprovação popular – a maior já registrada na história do Brasil. Depois da descoberta do pré-sal, Lula se tornou alvo de um processo de "lawfare", que consiste no uso de instrumentos do Poder Judiciário para perseguição política ou econômica. 

Em abril de 2018, por decisão do ex-juiz Sérgio Moro, Lula foi preso e permaneceu como preso político durante 580 dias. Também em 2018, ele foi impedido de disputar as eleições presidenciais, quando as pesquisas mostraram que ele venceria a disputa mesmo estando dentro da prisão. 

Sem Lula na disputa, Jair Bolsonaro chegou ao poder e vem implantando um choque neoliberal que coloca a Petrobrás a serviço de seus acionistas privados, sobretudo internacionais. Isso explica por que os combustíveis e o gás de cozinha são tão caros no Brasil.


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sábado, 9 de janeiro de 2021

“Aécio uniu Eduardo Cunha e Temer”, diz Rogério Correia sobre livro escrito por ex-presidente da Câmara na prisão



Em livro que conta sua versão sobre o "impeachment" de Dilma Rousseff, Eduardo Cunha diz que Temer foi o "grande encorajador" do golpe


Detalhes do livro escrito da prisão pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, da prisão que foram revelados nesta sexta-feira (8) pela coluna Radar, de Robson Bonin, na revista Veja, deixa de fora, até o momento, um personagem que teve papel central no golpe que depôs Dilma Rousseff (PT) e resultou na eleição de Jair Bolsonaro (Sem partido, ex-PSL) em 2018, segundo o deputado Rogério Correia (PT-MG).

“Qualquer análise sobre o que foi o golpe no Brasil que derrubou a presidenta Dilma tem que levar em conta o papel central que teve o deputado Aécio Neves. Derrotado nas eleições, passou a incitar e organizar na calada do Congresso Nacional contra Dilma. Assim, ele uniu Eduardo Cunha e Temer com as elites brasileiras que possuem conluio com as elites financeiras para que articulassem e comprassem os votos que fossem definidores no processo [de impeachment]”, disse Correia à Fórum.

Conhecedor dos bastidores da política mineira há décadas, o deputado diz que a ação golpista de Aécio voltou-se contra o próprio político, que hoje vive no ostracismo da Câmara Federal.

“Aécio Neves era conhecedor de tudo isso, tano na forma de agir, quanto na forma sorrateira de articular ali no Congresso Nacional. Com certeza ele foi peça chave nesse golpe e hoje está no ostracismo da política. É uma espécie de deputado fantasma”.


Grande conspirador

No livro, com 740 páginas, que tem como título “Tchau Querida, o Diário do Impeachment” e está em fase final de revisão textual, Eduardo Cunha diz que Michel Temer, então vice-presidente, foi o “grande conspirador” do golpe.

“Cunha conta em detalhes como o vice de Dilma atuou ativamente para tomar o lugar da petista”, diz o jornalista da Veja.

Além de Temer, o livro deve trazer revelações bombásticas sobre a atuação de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu a presidência da Câmara logo após a deposição da então presidenta.

Fonte: Revista Fórum


TV 247


Boletim 247 - Eduardo Cunha: Temer foi o grande conspirador do golpe

A jornalista Laís Gouveia revela os primeiros detalhes sobre o livro-bomba do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha com os bastidores do golpe de 2016 contra Dilma. “Tchau Querida, O Diário do Impeachment” aponta Michel Temer como "o grande conspirador”, do golpe que resultou no impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, em 2016.

Assista ao VÍDEO


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