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domingo, 7 de janeiro de 2024

Vilões do clima pregam sustentabilidade na COP28, mas deixam rastro de devastação no Brasil


A Braskem, envolvida na maior tragédia ambiental urbana do mundo, em Maceió, desistiu de participar após críticas pela tragédia que protagonizou em Alagoas


Auditoria Cidadã da Dívida

Braskem, Vale, JBS, Cargill, Marfrig, Norsk Hydro, todas estas organizações são amplamente conhecidas como poluentes e causadoras de danos ambientais. O que elas têm em comum? Todas elas estavam na programação da COP28, a conferência do… CLIMA! Isso mesmo, enquanto deixam um rastro de devastação no Brasil, tentam posar de bonzinhos para o mundo por meio de seu poderio econômico, o chamado greenwashing, como mostra conteúdo do portal do MST.

A Braskem, envolvida na maior tragédia ambiental urbana do mundo, em Maceió, desistiu de participar após críticas pela tragédia que protagonizou em Alagoas. Leia texto na íntegra, na Página do MST.

As empresas do setor primário exportador pregam “sustentabilidade”, mas na prática ajudam a destruir o meio ambiente. Para que? Para exportar nossas riquezas e garantir a entrada de dólares no país, reforçando as reservas internacionais, que têm servido para comprar a confiança dos rentistas da dívida pública, estrangeiros e nacionais. Desta forma, mantendo grande quantidade de dólares, o Banco Central garante que qualquer rentista da dívida pública “interna”, estrangeiro ou brasileiro, possa trazer seus recursos para o país, ganhar rios de dinheiro com nossos juros altíssimos, e depois trocar por dólares e enviar de volta para o exterior, sem limite algum, quando quiser.

Veja aqui como esse processo acontece no brilhante artigo escrito pelos pesquisadores Yamila Goldfarb e Marco Antonio Mitidiero, que participou recentemente da audiência pública sobre política de juros na Câmara Federal e também de uma live promovida pela ACD.


 

domingo, 19 de setembro de 2021

“Percebi logo que a Lava Jato era parte de um golpe contra o Brasil”, diz Brian Mier


O jornalista, em entrevista à TV 247, expôs a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e as autoridades americanas. Ambas estavam empenhadas em dar um “golpe” no Brasil, denunciou. Assista


Brian Mier e Sergio Moro

247 O jornalista Brian Mier, em entrevista à série ‘Grandes Jornalistas’, da TV 247, afirmou que a Operação Lava Jato, que prendeu injustamente o ex-presidente Lula, promoveu um “golpe” articulado pelos Estados Unidos. Desde 2015, Mier vem denunciando ao público internacional a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e autoridades estadunidenses.

“Eu sabia desde o início, lembrando daquela caça às bruxas do mensalão. Estou no Brasil desde 1991, menos de 1995 a 2000. Eu lembrei do mensalão, porque eu nunca confiei na Lava Jato. Também identifiquei que um golpe estava em andamento desde 2013. Vimos como o New York Times estava mudando a narrativa para enquadrar o Brasil como um ‘país de perdedores’, quase um Estado falido, com a pior corrupção de todos os tempos. Nesse momento eu começo a rebater. Um golpe estava chegando, tinha algo errado com a Lava Jato, que estava trabalhando com o Departamento de Justiça, e isso nunca pode ser bom para um país. Desde 2015 ou 2016 eu publiquei mais de 60 matérias sobre a Lava Jato em inglês, e, principalmente, desde o início mencionando o envolvimento do governo dos Estados Unidos”, contou.

Brian Mier denunciou os acordos de leniência com autoridades estrangeiras. Desde os pagamentos, a mídia estrangeira não cobre mais a Lava Jato. “Houve um blecaute na mídia anglo em 2016, quando a Corte do Distrito Sul de Nova York multou em 3,5 bilhões de dólares a Petrobras e a Braskem. Isso entrou na mídia, no New York Times, Washington Post e Guardian, como a maior multa já cobrada pelo Departamento de Justiça sobre uma empresa estrangeira, através de uma lei chamada Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior. Depois daquele momento, sumiu qualquer menção aos Estados Unidos na Lava Jato. Quando eu escrevi que existia uma parceria com o Departamento de Justiça falavam, ‘você é um teorista da conspiração’. Como? Você pode abrir no site do Departamento de Justiça e ler que ele está falando sobre a parceria com a Lava Jato. É um absurdo”, completou.


TV 247

O jornalista Leonardo Attuch entrevista o jornalista Brian Mier sobre sua trajetória profissional e os desafios do jornalismo no Brasil.

35:00 "Percebi logo que a Lava Jato era parte de um golpe contra o Brasil", diz Brian Mier

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Lewandowski determina que Lava Jato compartilhe com defesa de Lula seus acordos com Suíça e Estados Unidos



Decisão do ministro do STF Ricardo Lewandowski obriga a 13ª Vara Federal de Curitiba a conceder amplo acesso à defesa de Lula a documentos, perícias, comunicações, depoimentos e valores pagos pela Odebrecht no acordo de leniência firmado com os dois países

247 - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a operação Lava Jato conceda à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso irrestrito aos acordos de leniência firmados pela Odebrecht com autoridades da Suíça e dos Estados Unidos. 

Lewandowski atendeu a pedido da defesa de Lula e determinou à 13ª Vara Federal de Curitiba que a defesa de Lula deve ter total acesso às seguintes informações sobre o acordo de leniência:

(i) ao seu conteúdo e respectivos anexos; (ii) à troca de correspondência entre a “Força Tarefa da Lava Jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, da avença, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América e da Suíça; (iii) aos documentos e depoimentos relacionados aos sistemas da Odebrecht; (iv) às perícias da Odebrecht, da Polícia Federal, do MPF e realizadas por outros países que, de qualquer modo, participaram do ajuste; e (v) aos valores pagos pela Odebrecht em razão do acordo, bem assim à alocação destes pelo MPF e por outros países, como também por outros órgãos, entidades e pessoas que nele tomaram parte.

A decisão do ministro do STF fornecerá mais elementos para a defesa de Lula demonstrar que o ex-presidente foi vítima de perseguição política.

Em dezembo de 2016, a Odebrecht fechou acordo de leniência com os Estados Unidos e a Suíça. De acordo com as cláusulas, a empresa se comprometeu a pagar multa de R$ 8,5 bilhões para que sejam suspensas todas ações que envolvem a empreiteira e a Braskem, uma das empresas do grupo.

Ao fechar o acordo, a empreiteira se comprometeu a revelar todos os fatos ilícitos praticados na Petrobras e em outros órgãos do Poder Público envolvendo os governos federal, estadual e municipal. Em troca das informações, a Odebrecht poderá continuar a exercer suas atividades.

Confira na íntegra a decisão do ministro Ricardo Lewandowski:




No Twitter


 

domingo, 23 de junho de 2019

A JUSTIÇA QUE BURLA A CONSTITUIÇÃO JOGA A DEMOCRACIA NA COVA



INTERCEPT - HÁ TRÊS ANOS, o premiado jornalista investigativo Lúcio de Castro descobriu que Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, atuava no ramo do petróleo — um fato até então desconhecido pela opinião pública. PHC era sócio de uma empresa de comércio de produtos petroquímicos. Essa empresa mantinha negócios com empresas investigadas pela Lava Jato, como a Odebrecht e a Braskem, e possuía uma offshore em paraíso fiscal. Lúcio de Castro descobriu também que o filho de FHC era sócio, em outros negócios, de um argentino, braço direito do presidente Mauricio Macri, que se suicidou após se ver envolvido em escândalos de corrupção na Argentina.

À época, o jornalista mostrou que a Polícia Federal havia descoberto e-mail do Instituto FHC recebendo doação da Braskem. Os negócios nebulosos da família de FHC não eram meras suposições. Lúcio de Castro tinha tudo documentado. A reportagem foi oferecida para todos os grandes veículos da imprensa. Nenhum quis publicar. Os possíveis crimes contidos ali ainda não haviam sido prescritos.

Diferentemente do filho de Lula, o filho de FHC jamais teve seu nome martelando nas manchetes do noticiário nem ganhou o apelido de “Cardosinho”. A grande imprensa não queria melindrar o filho do príncipe. Em uma série de tweets publicada nessa semana após novas revelações da Vaza Jato, Lúcio de Castro lembrou como seu trabalho foi ignorado: “a reportagem que fiz mostrava outras tantas conexões da família FHC. Fiz outras tantas de mazelas dos governos Lula e Dilma, mas essas iam adiante. Sempre lembro dessa reportagem como um símbolo pra mim do que é a seletividade. De como nunca foi contra a corrupção. E não vou cansar de repetir: o filho de FHC tinha uma offshore de petróleo num paraíso fiscal.”

Os novos diálogos publicados pelo Intercept mostram que não foi só a imprensa que desviou do assunto. A Lava Jato também preferiu evitar a fadiga. Enquanto procuradores fingiam investigar FHC só para construir uma imagem pública de imparcialidade, o ex-juiz considerava que “melindrar” um apoio desse calibre teria um custo alto. O então juiz Sergio Moro deixou claro para o procurador Deltan Dallagnol que requentar um crime prescrito apenas para forjar imparcialidade não era um bom caminho a se tomar. Os sucessivos e rasgados elogios de FHC à Lava Jato tinham visibilidade internacional, o que sempre foi um ponto importante para os integrantes da força-tarefa. Não valeria a pena perder o apoio de um ex-presidente, ainda mais quando se pretendia prender outro sem provas sólidas. Esse era o cálculo político de Moro. Blindar politicamente a operação cujo trabalho viria a julgar era uma de suas prioridades. Respeitar a Constituição era secundário.

Foram muitos os casos em que FHC e seu governo apareceram na Lava Jato. Nenhum deles mereceu investigação profunda. Vamos relembrar alguns. O estaleiro Keppel Fels de Cingapura, um dos maiores do mundo, admitiu ter pagopropinas a integrantes do governo FHC para a construção de uma plataforma da Petrobras. Em delação premiada, Emílio Odebrecht disse ter financiado o caixa 2 das duas campanhas presidenciais de FHC. Pedro Barusco e Nestor Cerveró, ex-diretores da Petrobras, revelaram em delação que propinas milionárias foram recebidas pelo governo FHC em negócios da empresa (lembram do “Podemos tirar seachar melhor”?). Fernando Baiano, o operador das propinas do MDB, revelou em delação premiada que a presidência da Petrobras lhe deu ordens para beneficiar a empresa do filho de FHC. Muitos desses supostos crimes não haviam sido prescritos e ficaram por isso mesmo. Hoje sabemos que, em pelo menos em um desses casos, Sergio Moro operou nas sombras para poupar o príncipe tucano, ainda que o intuito não fosse protegê-lo, mas garantir seu apoio. Não foi à toa que FHC chamou as revelações explosivas da Vaza Jato de “tempestade em copo d’àgua”.

Em outra parte dos diálogos, procuradores debatiam sobre a possibilidade de se fazer uma busca e apreensão simultânea nos institutos Lula e FHC. O objetivo não era de ordem técnica, mas de ordem política. Pretendia-se mais uma vez incrementar a narrativa de imparcialidade da Lava Jato. O diálogo prossegue e se chega à conclusão de que a falta de provas contra FHC poderia beneficiar Lula. Ou seja, o que impediu a abertura de investigação criminal e a busca e apreensão contra o Instituto FHC não foi a falta de provas, mas o fato de que isso poderia beneficiar Lula. A imparcialidade era apenas de fachada. O que valia para Luis não valia para Fernando. Era com esse nível de seriedade e profissionalismo que as decisões eram tomadas na Lava Jato.


Moro mentiu no Senado


O ministro da Justiça esteve na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para esclarecer as conversas que teve com Dallagnol. O senador do PSD Nelsinho Trad, do Mato Grosso do Sul, perguntou a Moro se ele interferiu na composição da bancada acusatória do caso do triplex de Lula. O ministro negou.

Mas, conforme revelou o jornalista Reinaldo Azevedo, em parceria de apuração com o Intercept, 17 minutos após Moro reclamar do desempenho de Laura Tessler com Dallagnol, o coordenador da força-tarefa retransmitiu a insatisfação do juiz para o procurador Carlos Fernando Lima. Para aplacar a insatisfação de Moro, Dallagnol sugeriu mudar a escala para evitar que Tessler participasse da audiência de Lula. E foi exatamente o que aconteceu. O ministro da Justiça, portanto, mentiu aos senadores.

A cada diálogo revelado fica mais cristalino como os desejos de Sergio Moro soavam como ordens aos ouvidos dos procuradores. Confirma-se, mais uma vez, que o juiz atuava como o comandante da acusação. Ele se certificava de que a acusação faria o melhor trabalho possível e evitava dar espaço para mais um “showzinho da defesa”.

Moro disse aos senadores que não lembra de ter feito esse pedido, mas também não negou. A linha de defesa do ex-juiz e da Lava Jato carece de um sentido lógico. Eles insistem em não reconhecer a autenticidade dos diálogos e ao mesmo tempo os justificam como se fossem autênticos. Pior: estão dando corda, ainda que indiretamente, para as teorias de conspiração mais absurdas que brotam na internet e no jornalismo de aluguel. A tentativa de associar o Intercept a criminosos é uma groselha servida em mamadeira de piroca. É uma tentativa desesperada de criminalizar o jornalismo que não tem rabo preso com os poderosos.

O fato é que até agora nenhum lavajatista negou peremptoriamente nem uma vírgula dos diálogos vazados. Talvez esse seja o melhor atestado de autenticidade que a Vaza Jato poderia receber.

Os fatos estão sobre a mesa. A quebra da imparcialidade jurídica está dada. Ou a opinião pública reconhece isso como inaceitável ou seguiremos cavando a cova da democracia. O país deseja que esses arbítrios sejam sacramentados como um padrão da justiça brasileira? Os fanáticos pela Lava Jato precisam entender que, no futuro, haverá outros procuradores, outros juízes, outros réus, outro cenário político. Essa justiça freestyle, que burla preceitos constitucionais básicos em nome de um bem maior, pode se virar a qualquer momento contra quem hoje a venera.

Dizem que as pessoas não comeriam as salsichas se soubessem como são feitas. Até a chegada da Vaza Jato, não se sabia exatamente o que acontecia nas entranhas da força-tarefa. Graças ao bom jornalismo, agora se sabe. Continuar ou não comendo essa salsicha vai da consciência de cada um.


***

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’




‘TEM ALGUMA COISA MESMO SÉRIA DO FHC?’


The Intercept_Brasil Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’

Parte 7

Sergio Moro não gostou do alvo tucano: 'melindra alguém cujo apoio é importante'.


Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de suspeitas contra o tucano.

Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.

À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques, sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.


  • Sérgio Moro, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Michel Temer na cerimônia de premiação “Brasileiros do Ano”, da Revista ISTOÉ, em 2016. Foto: Diego Padgurschi/Folhapress




FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1, 2, 3, 4 e 5, 6, 7, 8 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.

Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a análise sobre a prescrição.


A acusação que Dallagnol classificou como “recado de imparcialidade” já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu “ajudade campanha” a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998. “Ajuda de campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a ajuda de caixa oficial e não oficial”, afirmou o empresário, falando sobre caixa dois. “[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles.” O valor dos pagamentos não foi divulgado.


O depoimento permaneceu em segredo de justiça até abril de 2017, quando foi enviado para ser investigado pela Procuradoria da República de São Paulo e virou notícia. Mas já nasceu morto: os fatos estavam prescritos, e a investigação não poderia terminar em uma denúncia formal. Foi arquivada pela Justiça três meses depois.

Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho sempre foi movido pela “imparcialidade da atuação da Justiça”. Em entrevista aoEstadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via “[n]enhum viés político nas mensagens que me foram atribuídas.”

Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de fabricar uma falsa percepção pública de “imparcialidade”, sem, no entanto, colocar FHC em risco.

As conversas agora reveladas fazem parte de um lote dearquivos secretos enviados ao Intercept por uma fonte anônima (leia nossoeditorial e entenda). Os arquivos publicados até agora mostram, entre outras coisas, que a Lava Jato sempre teve muita preocupação com sua imagem pública, e seguia conselhos informais do então juiz Moro, o que é ilegal.


‘PORRA BOMBA ISSO’



  • Em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações. Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Foto: Antonio Scorza/AFP/Getty Images


Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar “melindrar” FHC.

Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário”, justificou Pozzobon. “A da LILS vocês já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC”, disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.

Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou duas imagens no grupo.

A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem – empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.


A secretária dá duas opções para o que ela chama de “doação”. Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. “Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente”, afirmou. Manuel respondeu que poderia fazer doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.


A segunda imagem encaminhada por Pozzobon era de um laudo daPolícia Federal daquele mesmo ano, que mostrava que a Odebrecht havia feito pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao iFHC entre dezembro de 2011 e de 2012.


Os policiais federais que fizeram o relatório explicaram que não foram atrás desses pagamentos ao iFHC porque os dados da Braskem não foram colocados à disposição deles. Mas ressaltaram: “É possível que outros pagamentos tenham sido feitos e não tenham sido encontrados” por causa das limitações dos dados ou caso tenham sido feitos por “meio de triangulação entre Grupo Odebrecht, o contratante do serviço (exemplo do evento APLA) e o Instituto Fernando Henrique Cardoso”.

Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores reagiram com empolgação:



A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário – e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.


Quase um ano e meio depois dessa conversa, o fim do sigilo da delação de Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, mostraria que o esquema de remessa de dinheiro aos institutos de FHC e de Lula tinha um modus operandi semelhante. A Fundação FHC – ex iFHC – disse ao Intercept que os valores recebidos foram regularmente contabilizados e que “não tem conhecimento de qualquer investigação ou denúncia do MPF tendo por base as doações feitas pela Odebrecht”.


‘DARÁ MAIS ARGUMENTOS PELA IMPARCIALIDADE’



  • Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a operação Lava Jato. Foto: Mauricio Lima/AFP/Getty Images

No ano seguinte às conversas dos procuradores, em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações (1, 2, 3). Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Em junho, o caso do filho de FHC foi mencionado no chat FT MPF Curitiba 3. A preocupação dos procuradores era, novamente, criar a percepção pública de imparcialidade da Lava Jato:



Três dias depois, no mesmo grupo, o assunto voltou a ser discutido.




Nós perguntamos ao Ministério Público Federal do Paraná, sede da força-tarefa da Lava Jato, quais são os ex-presidentes investigados e em que fase está cada um dos procedimentos. Também questionamos quais fatos envolvendo os ex-presidentes foram mandados para outros órgãos. Eles não responderam aos questionamentos e se limitaram a enviar as notas já divulgadaspela instituição, que dizem que não há ilegalidade nas trocas de mensagens reveladas pelo Intercept.

Em uma conversa com os procuradores Paulo Galvão e Carlos Fernando Santos Lima, em 20 de maio do ano passado, no entanto, Deltan Dallagnol relembrou quais foram os ex-presidentes investigados pela operação. Dilma Rousseff e FHC são os únicos que ficam de fora:


Antes da publicação desta reportagem, o Intercept procurou as assessorias do ministro Sergio Moro, do MPF no Paraná e em São Paulo, da Procuradoria Geral da República e da Fundação Fernando Henrique Cardoso, antigo iFHC.

A PGR disse que não vai se manifestar.

A Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo informou que “não cuidou de caso relativo a Fernando Henrique Cardoso. Desdobramento oriundo da Operação Lava Jato, relativo ao ex-presidente, veio para São Paulo junto com outros casos da ‘lista do Facchin’ e foi distribuído para uma procuradora que não integra o grupo”. O órgão afirmou que está esperando resposta da procuradora responsável pelo caso, mas confirma que a única investigação envolvendo FHC é a que foi arquivada.

A assessoria de Moro respondeu que ele “não comenta supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa, que podem ter sido adulteradas e editadas e que sequer foram encaminhadas previamente para análise. Cabe esclarecer que o caso supostamente envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca passou pelas mãos do Ministro, então juiz da 13 Vara Federal de Curitiba, sendo encaminhado diretamente pelo Supremo Tribunal Federal a outros fóruns de justiça. Então, nenhuma interferência do então juiz seria sequer possível e nenhuma foi de fato feita”.

Já o MPF do Paraná, em um segundo contato, afirmou que “a divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito, agravada por um contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente obtido.” Para o MPF, os diálogos inteiros podem ter sido “forjados pelo hacker”. Eles disseram também que “um hackeamento ilegal traz consigo dúvidas inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará azo à divulgação de fake news”, dizendo que há uma “uma agenda político-partidária” nas reportagens.

O Intercept reafirma que as reportagens da série são publicadas assim que produzidas, editadas e checadas dentro de princípios editoriais rigorosos, e que o material é autêntico.

Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a operação Lava Jato. “O Brasil precisa de transparência. A Lava Jato está colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa”, afirmou. Ao Intercept, o ex-presidente disse, por meio de sua assessoria, que não teve conhecimento de nenhum inquérito ou denúncia relacionados à delação de Cerveró. Também afirmou desconhecer as menções sobre seu filho e a compra de votos nas eleições – por isso, “não sabe se teriam resultado em investigação ou denúncia”. A única confirmada pelo ex-presidente foi a investigação que terminou arquivada.

Após a divulgação da primeira leva de reportagens sobre as mensagens secretas da Lava Jato, FHC fez uma defesa pública de Moro: “O vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores…”, disse.



17 de novembro de 2015

Roberson – 20:29:48 – Meus caros, o que acham de instaurarmos um PIC para investigar, no mesmo procedimento, pagamentos efetuados pelo Grupo Odebrecht (e outras cartelizadas) ao LULA (via LILS e INSTITUTO) e ao FHC (via Fundação iFHC)? Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário, poderíamos oficiar todas as empreiteiras contratantes, verificar padrões indevidos, etc.
Roberson – 20:30:32 – A da LILS vocês já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC:
Roberson – 20:30:52


Roberson – 20:31:16 –


Roberson – 20:32:12 – Email da iFHC “GOSTARIA QUE VOCES VERIFICASSEM COM A BRASKEM QUAL A MELHOR MANEIRA PARA FAZER A DOAÇÃO. TEMOS AS SEGUINTES OPÇOES:
Roberson – 20:32:20 – DOAÇÃO DIRETA
Roberson – 20:32:51 – A ELABORAÇÃO DE UM CONTRATO, POREM NÃO PODEMOS DIZER QUE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SERÁ UMA PALESTRA DO PRESIDENTE
Roberson – 20:33:43 – E ai???? Querem mais baton na cueca?
Paulo Galvão – 20:35:08 – porra bomba isso
Roberson – 20:35:20 – Pois é!!!
Roberson – 20:35:39 – O que acha da ideia do PIC?
Roberson – 20:35:47 – Vai ser massa!
Paulo Galvão – 20:35:51 – Acho excelente sim Robinho
Roberson – 20:36:47 – Legal! Se os demais tb estiverem de acordo, faço a portaria amanha cedo
Roberson – 20:38:08 – Acho que vale até uma BA na Secretaria da iFHC que mandou o email. Ela é secretária da Presidencia!
Laura Tessler – 20:38:36 – Sensacional esse email!!!!
Roberson – 20:38:48 – Mais, talvez pudessemos cumprir BA nos três concomitantemente: LILS, Instituto Lula e iFHC
Paulo Galvão – 20:39:04 – De quando é esse email?
Roberson – 20:39:12 – Uma prova reforça a outra
Paulo Galvão – 20:39:24 – Questão é, FHC estamos investigando crime tributário apenas?
Roberson – 20:39:28 – Outubro de 2014!!!!!!!!!!!!!
Roberson – 20:39:52 – Provavelmente por isso a mençao de que não poderia ser palestra do FHC
Paulo Galvão – 20:39:52 – Vamos pedir a fiscal, ver se o dinheiro saiu para alguma campanha
Paulo Galvão – 20:40:16 – Pq se ficou lá e só crime tributário? Ou teria que achar uma obra do psdb para dizer que é propina
Roberson – 20:41:52 – Sim, esse aprofundamento é essencial
Paulo Galvão – 20:42:28 – Mas a ideia é excelente. Despolitizar
Paulo Galvão – 20:42:40 – Se bem q vc votou na Dilma hahaha
Roberson – 20:43:48 – MPF hahaha
Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?
Welter Prr – 21:51:24 – [áudio acidental]
Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom indício de corrupção do fhc/psdb antes
Dallagnol – 22:14:24 – Claro
Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC, BA e depois denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral



3 de junho de 2016

Dallagnol – 09:54:59 – Viram do filho do FHC?
Dallagnol – 09:56:20 – Creio que vale apurar com o argumento de que pode ter recebido benefícios mais recentemente, inclusive com outros contratos … Dará mais argumentos pela imparcialidade… Esses termos já chegaram, Paulo? Esse já tem grupo?
Paulo Galvão – 10:00:38 – Chegaram vários do Cervero, mas não sei se esse especificamente desceu
Paulo Galvão – 10:00:59 – Nos temos de qq forma todos os depoimentos na pasta
Dallagnol – 10:24:20 – Algum grupo se voluntaria? Eu acho o caso bacanissimo, pelo valor histórico. E recebendo naquela época pode ter lavagem mais recente pela conversão de ativos ou outro método como compra subfaturada de imóvel o que é mto comum…. Seria algo para analisar
Paulo Galvão – 10:26:33 – Deixa ver antes se desceu. Pode ter sido mandado p outro lugar, como os que foram p o rio (e isso é um dos temas q eu quero tratar na reunião)
P.N.I.. – 11:07:52 – Castor. Esse fato já era do nosso conhecimento? Ele tem alguma relevância?
Diogo – 11:09:52 – pra denúncia nao pq ela se restringe aos gastos do cartão de crédito com dinheiro da conta secreta do exterior.
Diogo – 11:10:03 – contudo, é fato relevante para continuidade das investigações
Diogo – 11:10:13 – mormente se este serviço nao foi prestado
Dallagnol – 17:03:07 – SUPRIMIDO
Paulo Galvão – 17:52:53 – divisão de tarefas atualizada na pasta: L:\CRIME\Deltan\FT-procuradores\COORDENACAO\Divisao de tarefas
Paulo Galvão – 17:57:32 – lá tem uma versão sem as novas frentes, que estou passando p toda a assessoria
P.N.I.. – 17:57:32 – lá tem uma versão sem as novas frentes, que estou passando p toda a assessoria
P.N.I.. – 18:10:15 – Pelo que entendi da mensagem do moro, ele tornou sem efeito a requisição do Mauat.
Welter Prr – 18:22:06 – Da lei Rounet?
Welter Prr – 18:22:15 – Rouanet?
Paulo Galvão – 18:43:06 – quem tem pendências com Bsb, por favor me encaminhe a relação inbox p eu atualizar a nossa lista de demandas semana que vem
Paulo Galvão –18:43:23 – Eles deram abertura para a gente minutar a petição de desmembramento do Pedro Correa por aqui
Athayde – 19:45:03 – [imagem não encontrada]
Orlando SP – 19:50:00 – Realmente, light
Dallagnol – 21:42:18 – Caros, há uma programação de que sub vai represetnar a lava jato no STJ até dezembro. O problema está em dezembro… será a SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:28 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:35 – bom termos essa pauta do subs do stj
P.N.I.. – 21:59:01 – Mestre, tudo bem? Vc acha que consegue me ajudar com isso? Abração! http://istoe.com.br/o-acerto-de-r-12-milhoes/ O acerto de R$ 12 milhões Em acordo de delação, Marcelo Odebrecht revela que a presidente Dilma cobrou pessoalmente doação de campanha para pagar via caixa dois o marqueteiro João Santana e o PMDB em 2014
P.N.I.. – 22:05:34 – SUPRIMIDO
P.N.I.. – 22:05:48 – Disse que não há nada disso.
P.N.I.. – 22:06:33 – Mas aqui sinto cheiro do Mauat, que se tornou amiguinho do MO.
Dallagnol – 23:00:04 – [imagem não encontrada]

4 de junho de 2016

Isabel Groba – 07:39:57 – Alguém vai hoje ou amanhã na FT? Eu precisava que fosse ligado o computador que eu uso para fazer acesso remoto.
P.N.I.. – 08:29:53 – “Queda a jato Há ministros caindo por causa da Lava-Jato. Mas tem um que deverá cair nas próximas horas por causa de um jato. Isto mesmo: um jato. Trata-se de Fábio Osório, advogado-geral da União, que provocou um fuzuê ao tentar embarcar esta semana para Curitiba, na Base Aérea. Negado o pedido, Osório deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica, dizendo ter status de ministro de Estado. A confusão chegou ao gabinete do presidente. Para complicar ainda mais a situação de Osório, Temer descobriu que Toffoli só revogou a sua decisão de demitir o presidente da EBC nomeado por Dilma porque o advogado-geral da União, que deveria fazer a defesa do governo, estava nessa fatídica viagem a Curitiba. Agora, até o padrinho do advogado, o ministro Eliseu Padilha, está pedindo sua cabeça ao presidente.”
Jerusa Viecilli – 08:37:58 –   😂😂😂😂
P.N.I.. – 08:48:18 – A informação é bem precisa
Welter Prr – 08:50:24 – Alguém está de sacanagem. A questão do vazamento vai ter que ser preliminar na reunião de segunda
Athayde – 11:55:34 – A regra hj sao os vazamentos…
P.N.I.. – 12:43:58 – https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/mpf-alerta-projetos-de-lei-sao-a-nova-estrategia-para-abafar-a-lava-jato-aqiei02udtdk1rqjjpr3souvw/
Welter Prr – 14:15:19 – ANEXO SUPRIMIDO
Welter Prr – 14:39:37 – O Globo: Temer decide demitir chefe da Advocacia-Geral da União 
https://glo.bo/2KZtn4Q
Welter Prr – 14:40:07 – Ministerio de breves
Jerusa Viecilli – 14:40:29 –😮
Jerusa Viecilli – 14:40:39 – Teu amigao, Welter! Hehehe
Welter Prr – 14:41:02 – Bah
Welter Prr – 14:41:25 – Amigao e tanto
Welter Prr – 14:43:03 – Ele se mostrou rápido demais
Dallagnol – 14:49:00 – Onde isso?
Dallagnol – 14:49:10  👍👍👍 👋👋👋   
Welter Prr – 14:52:03 – Na AGU
Dallagnol – 16:31:25 – Caracaxá
Dallagnol – 20:55:28 – Dizendo que Fabio veio a CWB falar com a FT-LJ… Houve algo relacionado a ele ou com a AGU nessa semana?
Dallagnol – 20:57:03 – O julgamento da apelação da OAS não era para ter sido na última quarta!
Dallagnol – 20:57:04 – ?
P.N.I. – 20:58:46 – Próxima
Roberson – 21:05:05 – Ele estava na cerimônia do prêmio da Ajufe e conversou conosco
Jerusa Viecilli – 21:06:16 – Comigo não!!!
Roberson – 22:20:11 – Kkkkk É vero! A Je ficou só fuzilando ele com os olhos. Acho, inclusive, que foi o princípio da queda 😂😂

5 de junho de 2016

Dallagnol – 11:56:05 – Um dos assuntos mais comentados do tt
Dallagnol – 14:27:12 – Curitiba promete dias curitibanos
Dallagnol – 14:27:17 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 14:28:02 – Aeroporto fechado agora
Dallagnol – 14:28:18 – Quem aposta que amanhã vamos e não vamos a BSB? rs
Dallagnol – 14:47:02 – Pessoal da Brigada está preocupado com a notícia de que a série da PF dirá que “a PF que investiga”. A nota fala do juiz é da PF, ignorando MP:
Dallagnol – 14:47:12 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 15:08:34 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:33:36 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:07 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:49 – SUPRIMIDO
Paulo Galvão – 16:03:45 – [imagem não encontrada]
Paulo Galvão – 16:04:00 – SUPRIMIDO
Julio Noronha – 20:28:07 – Falando de “mídia independente”:
Julio Noronha – 20:28:16 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:17 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:18 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha –20:28:18 – [imagem não encontrada]
Laura Tessler – 20:30:29 – aposto que é só coincidência!!! 😂😂😂
Dallagnol – 21:11:07 – Que absurdo!! Isso valeria ACPs em outros locais…

6 de junho de 2016

Diogo – 00:49:28 – SUPRIMIDO  🙊🙊🙊
Diogo – 00:50:13 – Ia ser engraçado pq este cara batia na lava jato.. Mas como a lava jato começou a pegar o pmdb ele ia ter Q apoia lá
Dallagnol – 07:07:00 – Que tal a FTLJ fazer uma moção de apoio a ela como capacitada etc para ser DG, sem mencionar lista triplice?
Orlando SP – 07:20:31 – Aí dá para fazer, inclusive podendo expressamente falar q independentemente de lista, a SUPRIMIDO é um nome excelente pará tal cargo.
Orlando SP – 08:17:31 – De outro lado, deve haver uma dúzia aguardando para ser o escolhido, q ficarão bem contrariados. Temer não cometerá este erro primário de colocar alguém desvinculado do MJ e dele próprio na PF. Ele não é amador
P.N.I.. – 10:52:46 – Creio que cada um no seu quadrado. Gosto da SUPRIMIDO, mas me sinto entrando em discussão de uma questão que vai além da simples simpatia. Pode ser um passo maior que a perna por parte dela. Além disso é um assunto de outra corporação.
Paulo Galvão – 11:41:26 – 304396.odt
Paulo Galvão – 11:41:46 – Segue petição de desmembramento do acordo do Cerveró – deixo p o grupo responsável analisar
Paulo Galvão – 11:42:39 – Mas vejo que, sobre o filho do FHC, é um termo que ficou no STF por conta do Delcídio e teria vindo para cá por cópia. É o mesmo termo que trata da GE, lembrando que a GE protocolou petição querendo colaborar e está fazendo investigação interna
Dallagnol – 12:04:38 – se veio pra cá, é nosso
Dallagnol – 12:04:40 – se veio pra cá com cópia, é nosso
Dallagnol – 12:04:46 – se pensaram em mandar pra cá, é nosso tb

DELTAN DALLAGNOL E SERGIO MORO

13 de abril de 2017
Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante


CHAT CONEXÃO BSB-CWB


13 de abril de 2017
Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de 96? Não tá prescrito? Teve inquérito?
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11  👍👍😉


DELTAN DALLAGNOL, PAULO GALVÃO E CARLOS FERNANDO SANTOS LIMA


20 de maio de 2018
Dallagnol – 01:46:42 – CF, só tem 2 (ex) presidentes presos: Lula e Humala no peru
Dallagnol – 01:48:12 – Opa o Jorge Glas no equador tb
Dallagnol – 01:48:38 – No BR, vou considerar como investigados Temer, Collor, Sarey e Lula
Dallagnol – 01:49:07 – (excluindo Dilma e FHC – não lembro de investigações sobre eles fora o que tá bem sigiloso da dilma, sem conclusão)
Dallagnol – 01:49:55 – Tem um quarto com prisão decretada, mas foragido, o Maurício Funes, de El Salvador
Dallagnol – 01:53:59 – segue artigo com atualiação dos números de presientes investigados e presos. Faltam estados do BR, que terei na segunda
Dallagnol – 01:54:08 – Quem pode olhar o artigo agora?
Dallagnol – 01:54:21 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 01:54:49 – CF, como PG viu depois de Vc, olha Vc o artigo agora e veja se está OK. Se não, faça alterações e passa pro Paulo. Seria bom se pudermos fechar na segunda.

21 de maio de 2018
Santos Lima – 12:58:22 – Fiz algumas substituições. Secretary of state é um dos ministérios. A palavra para ministério é cabinet. A FGV é uma think tank (ela mesma assim se coloca). “other ilicits é fraco, coloquei white collar and electoral crimes,
Santos Lima – 12:59:03 – Algumas frases soltas eu coloquei entre vírgulas. Ficou grande, mas creio que ficou mais readable.
Santos Lima – 12:59:25 – ANEXO SUPRIMIDO
Santos Lima – 13:01:48 – Tirei future na última frase e coloquei a brazilian progressive era para fechar com o começo.

22 de maio de 2018
Dallagnol – 10:28:04 – Vejo hoje





MORO PROTEGEU DESCARADAMENTE FHC (PSDB)



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