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segunda-feira, 15 de abril de 2024

VAMOS MOBILIZAR PARA BARRAR ESQUEMA DE DESVIO DE RECURSOS


Para esconder o ROUBO que está por trás do esquema de Securitização na esfera pública, criaram produto financeiro bem complexo que o PLP 459/2017 visa “legalizar”



Auditoria Cidadã da Dívida

Amigas e amigos, a hora é agora de agir em defesa dos nossos recursos públicos! A Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) tem feito alertas desde 2016 sobre os riscos do esquema de “Securitização de Créditos Públicos”, que só beneficia interesses particulares em detrimento do bem-estar coletivo.

Hoje, temos a oportunidade de fazer a diferença! O Projeto de Lei Complementar 459/2017, que tenta legalizar esse esquema fraudulento, está prestes a ser votado no Plenário da Câmara dos Deputados. E agora, mais do que nunca, precisamos agir!

Em 13 de março de 2024, o PLP 459/2017 foi distribuído ao novo relator, Deputado Federal Alex Manente (Cidadania/SP). É fundamental que ele saiba sobre os graves prejuízos que essa proposta acarreta para toda a sociedade.

Por isso, convocamos você a enviar uma mensagem para o Deputado Alex Manente pedindo a REJEIÇÃO DO REFERIDO PROJETO 459/2017. Com apenas 1 clique, você pode fazer a diferença!

Ajude-nos a pressionar pela transparência e pelo uso correto dos recursos públicos. Junte-se a nós nesta causa!

Clique aqui para enviar a sua mensagem agora mesmo. Vamos fazer a nossa voz ser ouvida e barrar esse esquema de desvio de recursos!

Compartilhe este post e convide seus amigos a se juntarem a essa mobilização pela justiça e transparência. Juntos somos mais fortes!

#BarrarEsquemaDeDesvio #AuditoriaCidadãDaDívida #PLP459 #SecuritizaçãoNão


Meteoro Brasil: Fattorelli explica o que está por trás do complexo esquema da Securitização na PEC23

Neste trecho da entrevista para o canal Meteoro Brasil, a coordenadora nacional da ACD reconhece a complexidade do esquema de Securitização e argumenta que produtos financeiros como esse são criados para não serem compreendidos facilmente, confundindo e enganando a população, para que não fique evidenciado o desvio dos impostos pagos pelo povo. ( 26 de nov. de 2021 )





Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida


ECONOMIA 01

ECONOMIA 02


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domingo, 10 de março de 2024

MAIS “AUTONOMIA” PARA O BANCO CENTRAL?


Ao invés de mais autonomia ao BC, devemos lutar para um novo modelo de política econômica, que privilegie não o Mercado Financeiro, que não produz nada, mas sim a quem produz riqueza no país: o povo.


Auditoria Cidadã da Dívida

Desde o fim do ano passado, tramita no Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 65/2023), que amplia a “autonomia” do Banco Central. Se aprovado o texto, o órgão deixará de ser uma autarquia federal com orçamento vinculado à União e passará a ser uma empresa pública com autonomia financeira e orçamentária. O presidente do BC está cada vez mais ansioso pela PEC, que, na prática, protege ainda mais a atual política monetária, que estabelece juros altíssimos, sob a desculpa de combater uma inflação preços de alimentos e tarifas públicas que não caem com a alta de juros.

Ao invés de dar mais autonomia ao Banco Central, devemos é lutar para um novo modelo de política econômica, que privilegie não o Mercado Financeiro, que não produz nada, mas sim a quem produz riqueza no país e necessita dos recursos governamentais: o povo. Por isso, convidamos você a fazer parte da Campanha “É Hora de Virar o Jogo”!

Conheça e participe!


 

terça-feira, 5 de março de 2024

GOVERNADORES DO SUL E SUDESTE PEDEM RENEGOCIAÇÃO COM A UNIÃO, SEM QUESTIONAR A NECESSIDADE DE AUDITORIA DA DÍVIDA


O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, chegou a dizer que se não for encontrada uma solução, pode não conseguir pagar a folha do funcionalismo (que vem pagando o pato há anos, diga-se)


Auditoria Cidadã da Dívida

O jornal Correiro Brazilense publicou ontem (03/03) a notícia de que os governadores dos sete estados da região Sul e Sudeste, que participam do Cosud — consórcio de integração das duas regiões, pedem a renegociação da dívida dos estados com a União. O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, chegou a dizer que se não for encontrada uma solução, pode não conseguir pagar a folha do funcionalismo (que vem pagando o pato há anos, diga-se).

A coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Maria Lucia Fattorelli, pontua o fato de que, apesar da justificada queixa, os governadores não mencionam a necessidade de auditoria integral dessa dívida, que já foi paga várias vezes, como fartamente demonstrado pela ACD há anos!
No final do anos 90, o Governo Federal refinanciou a dívidas dos estados (sem a necessária auditoria) e somou a estas dívidas os passivos de bancos estaduais (cuja soma superava o valor das dividas dos estados), totalizando R$ 112 bilhões. A partir de então, os estados passaram a pagar esta “dívida” à União, que recebeu de 1997 a 2019 a soma de R$ 357 bilhões de juros e amortizações (o TRIPLO da dívida inicial). Hoje, essa “bola de neve” tem servido como instrumento de chantagem para sacrificar a sociedade de várias formas: exigência de ajuste fiscal, contrarreformas, privatizações, cortes de investimentos sociais, além dos chamados “Regimes de Recuperação Fiscal”.

Veja, por exemplo, este conteúdo da ACD sobre o assunto.
Vale ressaltar que o montante pago pelos estados à União só pode ser gasto no pagamento da dívida federal, alimentando o Sistema da Dívida. Enquanto a chamada dívida pública não for auditada, os recursos públicos, sejam dos estados, sejam da união, serão drenados para um sistema que está no centro de todos os problemas nacionais!
#AuditoriaJá


 

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


segunda-feira, 4 de março de 2024

A FOME ASSOMBRA A POPULAÇÃO PORQUE A DÍVIDA É PRIORIDADE


 O governo anunciou R$ 900 milhões para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA) para a distribuição de alimentos a famílias em situação de insegurança alimentar. Se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são destinados à dívida pública, o valor é irrisório


Auditoria Cidadã da Dívida

A erradicação da fome é uma das bandeiras do Governo Lula e dos governos anteriores do PT. Em 2014, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou que o Brasil havia saído do mapa da fome. Uma vitória para o povo brasileiro que, infelizmente, durou pouquíssimo tempo, tendo o país retornado ao mapa em 2022, com a redução das políticas sociais dos governos Temer e Bolsonaro.

Segundo o relatório da FAO, (confira aqui), em 2022, o país possuía cerca de 91,4 milhões de pessoas em estado de insegurança alimentar, de moderada a grave.

Em 2023, o governo Lula anunciou o total de R$ 900 milhões para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA), R$ 250 milhões a mais que o ano anterior, para aquisição de alimentos da agricultura familiar para a distribuição a famílias em situação de insegurança alimentar (Saiba mais).

Pode parecer muito, mas, se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são destinados à chamada dívida pública, o valor é irrisório.

Juros e amortizações não matam a fome da população vulnerável! Precisamos garantir mais recursos para a população, por meio da manutenção e ampliação dos direitos sociais.

Conheça e participe da Campanha Nacional por Direitos Sociais, que busca assegurar que a população desfrute do que lhe pertence por direito!
Acesse aqui.

#CampanhaNacionalporDireitosSociais #DireitosSociais #AuditoriaCidadã #ACD


 


 Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


sábado, 17 de fevereiro de 2024

Sistema da Dívida suga recursos que poderiam ir para o Transporte Público


Veja como o Sistema da Dívida está no centro dos problemas brasileiros, incluindo a questão da deficiência no transporte público


Auditoria Cidadã da Dívida

A área do transporte público engloba desde os meios de transporte, como ônibus, trem e metrô, até a mobilidade urbana como um todo, incluindo a infraestrutura e planejamento urbano. Porém, você já percebeu que utilizar o transporte público geralmente é um momento de transtorno? Veículos lotados e em péssimas condições, além da demora na espera. E para piorar, caríssimo! Dentre as tarifas de ônibus mais caras do Brasil, estão Belo Horizonte (MG), Porto Velho (RO) e Curitiba (PR), pelo valor aproximado de R$ 6,00.

Na Constituição Federal, além de um direito social, o transporte possui caráter essencial, então, como é possível que um serviço ESSENCIAL esteja tão defasado? A resposta é simples: o Sistema da Dívida tem consumido a maior parcela do orçamento federal, como resta evidenciado pelos gráficos fornecidos pela ACD. (confira aqui), enquanto a área do transporte deve receber APENAS 0,50% dos recursos federais em 2024.

É preciso avançarmos em pesados investimentos em infraestrutura urbana e transportes coletivos, inclusive para conseguirmos a tão sonhada tarifa zero para a população, com serviços de transporte públicos e gratuitos. Aqueles que costumam alegar a impossibilidade desta medida omitem que o orçamento federal aprovado para 2024 prevê 45,98% dos recursos para o pagamento dos juros e amortizações da dívida pública.

Essa situação pode ser modificada. Através da Campanha Nacional por Direitos Sociais, buscamos a garantia do direito ao transporte e demais direitos sociais, afinal, se é a população que mantém a engrenagem do país girando, é imprescindível que desfrute dos benefícios.

Acesse aqui.



Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Não faltaria dinheiro para a saúde se o sistema da dívida não consumisse tanto recurso

 

O orçamento federal aprovado para o ano de 2024 prevê que a área da saúde receberá apenas 4,06% do total, enquanto o Sistema da Dívida terá 10 vezes mais



Auditoria Cidadã da Dívida

Garantidos pela Constituição Federal, os Direitos Sociais sofrem com recursos escassos. O orçamento federal aprovado para o ano de 2024 prevê que a área da saúde receberá apenas 4,06% das despesas, apesar de ser uma área vital para o país, que engloba a atenção primária, média e de alta complexidades, os serviços de urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.

Se os recursos são insuficientes para atender às necessidades do povo, não é porque falta dinheiro nos cofres do governo.

A centralidade do Sistema da Dívida é o que absorve os recursos públicos. De acordo com o orçamento federal previsto para 2024, a chamada “dívida pública” receberá 45,98% das despesas, ou seja, mais de 10 vezes o valor reservado à área da saúde.

Por isso, a Campanha Nacional por Direitos Sociais é tão necessária!

Clique aqui e conheça a Campanha.


#CampanhaNacionalPorDireitosSociais #ACD #AuditoriaCidadã




Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida

 

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

O gráfico elaborado pela Auditoria Cidadã da Dívida está correto


Em 2023, o orçamento para cobrir os juros e amortizações da dívida pública consumiu mais de 43% do orçamento da União, enquanto à educação foram destinados apenas 2,97%.


Jornal Extra Classe

Todo ano a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) elabora o gráfico que retrata a destinação de recursos do orçamento público federal, o qual revela o imenso privilégio dos gastos com o Sistema da Dívida.

Cabe ressaltar, inicialmente, que o gráfico é elaborado com dados oficiais, divulgados pelo governo federal, conforme fontes que sempre indicamos em nossas publicações.


No ano de 2023, R$ 1,89 trilhão foi destinado ao gasto com juros e amortizações da dívida pública, correspondente a 43,23% de todos os gastos

 

Enquanto isso, a Educação recebeu apenas 2,97%, a Saúde 3,69%, Ciência e Tecnologia 0,29 %, Gestão Ambiental 0,0895%, Organização Agrária 0,0596%, e assim por diante, evidenciando a péssima distribuição dos recursos públicos que privilegia o Sistema da Dívida, que além de absorver toda a receita obtida com a venda de novos títulos públicos, ainda abocanha vultosos recursos de outras fontes de receitas federais:

Invariavelmente, surgem críticas a esse gráfico elaborado pela ACD, sob o falacioso argumento de que o gasto com a dívida pública estaria exagerado; alguns chegam a dizer que estaria errado, e que a dívida interna federal não significaria um problema para o país, pois estaria sendo meramente “refinanciada” ou “rolada”…

Mostro a seguir as mentiras que estão por trás desses ataques à ACD.

Em primeiro lugar, é preciso evidenciar a centralidade do Sistema da Dívida para a economia brasileira, configurando, de fato, “o problema mais grave das finanças nacionais”, como dizia o nosso saudoso Leonel Brizola.

Ora, se a dívida pública não fosse um problema, por que estamos sendo penalizados com as graves restrições do arcabouço fiscal (Lei Complementar 200/2023), que limita todos os investimentos em áreas essenciais, até o ponto de colocar em risco o cumprimento do piso constitucional da saúde e educação?

Gráfico: ACD/ Divulgação

O próprio governo declarou que as limitações de gastos sociais impostas pelo arcabouço têm o objetivo de “guardar recursos importantes para abatimento do endividamento público”. Portanto, é inegável que essa chamada dívida representa um grande problema.

Em segundo lugar, a dívida tem sido a justificativa para todas as privatizações insanas de patrimônio público que vêm acontecendo desde o governo Collor, passando por todos os demais governos, assim como a desculpa para a retirada de direitos da classe trabalhadora nas sucessivas contrarreformas da Previdência, afetando negativamente a vida da maioria da população.

Dessa forma, o problema da dívida atinge toda a sociedade!

Em terceiro lugar, os gastos com a chamada dívida pública federal absorvem a maior parte do orçamento federal anualmente, como temos demonstrado. As alegações infundadas de que haveria erro no gráfico divulgado pela ACD configuram clara tentativa de esconder a centralidade do Sistema da Dívida e confundir a sociedade que está pagando essa alta conta.


A mentira da mera “rolagem”


A mentira mais divulgada por quem ataca o gráfico da ACD é no sentido de que a dívida interna federal estaria simplesmente sendo “rolada”, isto é, o pagamento de “amortizações” (pagamento de parte do estoque da dívida) estaria sendo feito com recursos obtidos por meio da emissão de novos títulos públicos, e não deveria ser computada no gráfico do orçamento federal.

Na prática, apenas uma parte dos títulos públicos que vencem estão sendo pagos com receita da venda de novos títulos, e essa receita e a correspondente despesa obrigatoriamente têm que constar do orçamento, conforme a legislação vigente e orientação do Tribunal de Contas da União. Ademais, a receita obtida com a venda de novos títulos que é abocanhada pelo Sistema da Dívida deixa de alimentar as demais rubricas orçamentárias, como se vê claramente no gráfico da ACD.

Assim, quem fica dizendo que as receitas financeiras decorrentes da venda de títulos públicos destinada para pagar parte da dívida não deveria constar do orçamento desconhece as normas legais, e omite o fato de que essas receitas poderiam e deveriam estar sendo destinadas para investimentos em nosso desenvolvimento socioeconômico, como fazem os países ricos.

A mentira sobre a “rolagem” já foi desmontada pela ACD com dados oficiais e rebatida em várias publicações, mas torna-se necessário resumir aqui novamente, pois à medida em que aumentam as evidências que escancaram a centralidade do Sistema da Dívida e mais e mais pessoas se conscientizam de que esse sistema deve ser enfrentado por meio de auditoria integral, como consta da Constituição Federal, as infames críticas se repetem.

Caso a dívida estivesse sendo simplesmente “rolada”, como dizem, devido a uma mera troca de títulos antigos por novos, o estoque da dívida se manteria constante, porém, não é isso que está acontecendo: o seu estoque tem crescido ano a ano e já supera R$ 8 trilhões. Além disso, se o pagamento se resumisse a uma “rolagem”, não estaríamos precisando fazer sacrifícios, como os impostos pelo arcabouço fiscal, privatizações, contrarreformas etc. para fazer sobrar mais dinheiro para pagar essa dívida. Então, essa alegação de “simples rolagem” sequer tem lógica.

Mas vamos aos dados, que comprovam a importância do trabalho desempenhado pela ACD e a necessidade de avançarmos na realização da auditoria integral do Sistema da Dívida, com participação social, como luta a Frente Parlamentar instalada recentemente.


Gasto com juros informado a menor pelo governo no SIOP


Em todos os anos, o valor do gasto com juros informado no sistema de contabilidade governamental (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP – rubrica “Juros e Encargos da Dívida”) é muito inferior ao valor efetivamente gasto com juros. Em 2022, por exemplo, o valor do gasto com os juros da dívida informado pelo governo no SIOP foi de R$ 247 bilhões, descaradamente inferior ao que efetivamente foi gasto, estimado, por baixo, em R$ 780 bilhões, conforme cálculo feito da forma mais conservadora possível, apontando uma diferença de mais de 200% entre o informado pelo governo e o estimado com base em dados oficiais.

Em publicação recente, o próprio Tesouro Nacional admitiu que o gasto com “Transações da Dívida Pública”, cuja maior parte corresponde ao gasto com juros da dívida pública federal foi de R$ 772 bilhões em 2022, “o maior do grupo de 53 países analisados”. Essa publicação demonstra que o gasto com juros é de fato muito superior ao que constou no SIOP, e que a estimativa do gasto com juros feita pela ACD estava coerente.

Em 2023, o valor do gasto com juros informado pelo governo foi de R$ 241 bilhões, mais uma vez muito inferior ao efetivamente gasto no ano, estimado em, no mínimo, R$ 863 bilhões. Essa estimativa é feita com base no estoque da dívida pública federal no início de 2023 (R$ 8,106 trilhões) e sequer considera o seu crescimento durante o ano, portanto, trata-se de cálculo conservador, feito com base em dados oficiais e obtido pela multiplicação do citado estoque inicial da dívida no início de 2023 pelo custo médio dessa dívida, informado pelo Tesouro Nacional.

Essa relevante diferença, que mostra a necessidade de somarmos os gastos com juros e amortizações no gráfico elaborado pela ACD, tendo em vista que dentro da rubrica “amortizações”, comprovadamente está a maior parte dos juros pagos, foi objeto de estudo por parte da CPI da Dívida Pública realizada na Câmara dos Deputados Federais em 2009/2010.

Naquela ocasião, restou comprovado que grande parte dos juros pagos tem sido contabilizada como se fosse amortização ou “refinanciamento” (“rolagem”) de seu estoque. Essa prática tem viabilizado o pagamento dos juros (despesa corrente) disfarçados de amortização (despesa de capital), mediante a emissão de mais títulos da dívida que aumentam o seu estoque.

Essa prática burla a Constituição Federal (Art. 167, III) e privilegia o pagamento efetivo de juros, maquiados de “rolagem”. É por causa dessa burla que todo ano temos, nos dados divulgados pelo Tesouro Nacional, um montante de “juros” bem inferior ao efetivamente pago, pois grande parte não é contabilizada como juros, mas como “amortização” ou “refinanciamento” (“rolagem”). Ao mesmo tempo, as “amortizações” aparecem elevadíssimas, porém, o estoque da dívida não se reduz, mas segue crescendo de forma absurda.

Os novos títulos da dívida pública emitidos para pagar a maior parte dos juros passam a fazer parte do estoque da dívida, e sobre esse estoque aumentado incidirão novos juros.

Isso faz com que a dívida interna brasileira cresça exponencialmente e seja uma dívida formada pelo acúmulo de juros sobre juros, sem contrapartida alguma em investimentos públicos, como já comprovado e declarado pelo Tribunal de Contas da União ao Senado.

Adicionalmente, grande parte das amortizações da dívida são pagas em dinheiro advindo de outras fontes de receitas federais, que deveriam financiar investimentos sociais, mas estão sendo destinadas aos gastos com o Sistema da Dívida. Portanto, essa parte das amortizações paga com receitas de outras fontes que não têm nada a ver com a emissão de títulos públicos também não poderiam ser caracterizados como “rolagem”.

Nos últimos três anos, por exemplo, os pagamentos de juros da dívida pública, somados às amortizações feitas com recursos de outras fontes distintas de receitas de títulos públicos chegaram a quase R$ 1 trilhão em cada ano.

Dessa forma, o privilegiado Sistema da Dívida tem consumido todas as receitas auferidas com a venda de novos títulos públicos, as quais são destinadas ao pagamento de juros, mecanismos que geram dívida (como a Bolsa-Banqueiro[1] por exemplo), e dívida anterior, e essa despesa – a maior de todas – deve, necessariamente ser computada no gráfico que retrata o orçamento federal executado. Portanto, o gráfico elaborado pela ACD está correto.

O privilégio do Sistema da Dívida é uma opção política. É dinheiro que deveria ir para investimentos sociais, como corretamente chegou a declarar o presidente Lula no final do ano passado, mas, na prática, continua sendo integralmente consumido no pagamento de juros e mecanismos da própria dívida pública nunca auditada. Seguiremos lutando, até que tenham coragem para enfrentar o Sistema da Dívida e cumprir a Constituição.


Maria Lucia Fattorelli é coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo da CNBB; e coordenadora do Observatório de Finanças e Economia de Francisco e Clara da CBJP. Escreve mensalmente para o Extra Classe

Fonte: Jornal Extra Classe


 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Limite de 100% para juros de cartão não resolve porque ainda está elevado demais!


Ainda assim, o mercado financeiro não quer largar o osso. O consultor Roberto Luis Troster, que já foi economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), considera a nova lei um retrocesso


Auditoria Cidadã da Dívida

Desde o início de janeiro, entrou em vigor o limite para juros e encargos financeiros no crédito rotativo e no parcelamento do saldo devedor da fatura dos cartões de crédito, após a regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Esse limite foi estabelecido pela Lei 14.690/23, que instituiu o Desenrola Brasil, um programa de renegociação de dívidas instituído pelo governo federal.

A lei estipula que a soma total de juros e encargos financeiros aplicados tanto no uso rotativo quanto no parcelamento da fatura do cartão não deve exceder 100% do montante da dívida principal. Por exemplo, se a dívida original for de R$ 100, o valor total a ser pago pelo consumidor, com a cobrança de juros e encargos, não poderá exceder R$ 200, independentemente do prazo.

Embora seja um avanço, afinal os juros chegaram ao escandaloso índice de 431,6% ao ano, a possibilidade de uma instituição financeira receber o dobro do que vale um produto não é apenas abusivo, é uma verdadeira extorsão!

Ainda assim, o mercado financeiro não quer largar o osso. O consultor Roberto Luis Troster, que já foi economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), considera a nova lei um retrocesso (Leia aqui). Claro, a lógica do sistema é lucrar mais e mais, sem qualquer limite.

Para a ACD, a população precisa despertar para o quão cruel é a política de juros no país, a verdadeira culpada pelas altas taxas de inadimplência. Por isso, convidamos a todas e todos para que conheçam a Campanha pelo Limite dos Juros, que visa limitar a taxa de juros a 12% ao ano (ou o dobro da taxa Selic, o que for menor). Tal medida visa beneficiar a população, reduzir a taxa de inadimplência, estimular o crescimento empresarial e proporcionar uma série de benefícios econômicos.

Clique aqui e conheça a Campanha pelo Limite dos Juros no Brasil.

#LimitedosJurosJá #ACD #AuditoriaCidadã


 

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Jornal valor econômico repercute denúncia da ONU: 1/4 das receitas governamentais no Brasil é destinado para pagar juros da dívida pública


Segundo o Jornal Valor Econômico do último sábado (6/1/2024), a “ONU mostra que os pagamentos de juros aumentaram significativamente nos países em desenvolvimento”


Auditoria Cidadã da Dívida


Analisando-se o gráfico disponível na publicação original da ONU (leia aqui), disponível abaixo, verifica-se que, considerando dados de 2022, o Brasil destina um quarto da receita governamental para o pagamento de juros.



Importante ressaltar que este percentual de 25% (das receitas governamentais destinadas para pagamento de juros da dívida pública) difere dos 46,30% constantes no gráfico de pizza da Auditoria Cidadã da Dívida, que considera todas as receitas (inclusive as provenientes de novos empréstimos) e todos os gastos com o serviço da dívida pública, incluindo as amortizações (ou seja, o pagamento do principal da dívida), que também poderiam estar sendo destinados para investimentos sociais.

Ainda segundo o Relatório da ONU, em sua página 35, “os custos dos empréstimos são acompanhados por uma diminuição nas perspectivas de crescimento e pela mobilização de recursos internos abaixo da média. O aumento contínuo do pagamento de juros está desviando cada vez mais recursos para longe dos gastos com saúde, educação, proteção social e outras áreas do desenvolvimento sustentável”.

Em suma: não é somente a Auditoria Cidadã da Dívida que está mostrando que essa “dívida pública” tem impedido o desenvolvimento nacional, mas também a ONU e até mesmo o jornal Valor Econômico.


 

domingo, 7 de janeiro de 2024

Vilões do clima pregam sustentabilidade na COP28, mas deixam rastro de devastação no Brasil


A Braskem, envolvida na maior tragédia ambiental urbana do mundo, em Maceió, desistiu de participar após críticas pela tragédia que protagonizou em Alagoas


Auditoria Cidadã da Dívida

Braskem, Vale, JBS, Cargill, Marfrig, Norsk Hydro, todas estas organizações são amplamente conhecidas como poluentes e causadoras de danos ambientais. O que elas têm em comum? Todas elas estavam na programação da COP28, a conferência do… CLIMA! Isso mesmo, enquanto deixam um rastro de devastação no Brasil, tentam posar de bonzinhos para o mundo por meio de seu poderio econômico, o chamado greenwashing, como mostra conteúdo do portal do MST.

A Braskem, envolvida na maior tragédia ambiental urbana do mundo, em Maceió, desistiu de participar após críticas pela tragédia que protagonizou em Alagoas. Leia texto na íntegra, na Página do MST.

As empresas do setor primário exportador pregam “sustentabilidade”, mas na prática ajudam a destruir o meio ambiente. Para que? Para exportar nossas riquezas e garantir a entrada de dólares no país, reforçando as reservas internacionais, que têm servido para comprar a confiança dos rentistas da dívida pública, estrangeiros e nacionais. Desta forma, mantendo grande quantidade de dólares, o Banco Central garante que qualquer rentista da dívida pública “interna”, estrangeiro ou brasileiro, possa trazer seus recursos para o país, ganhar rios de dinheiro com nossos juros altíssimos, e depois trocar por dólares e enviar de volta para o exterior, sem limite algum, quando quiser.

Veja aqui como esse processo acontece no brilhante artigo escrito pelos pesquisadores Yamila Goldfarb e Marco Antonio Mitidiero, que participou recentemente da audiência pública sobre política de juros na Câmara Federal e também de uma live promovida pela ACD.


 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Fattorelli comenta fala do presidente Lula sobre dívida para investimento


A coordenadora nacional da ACD entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação. Assista ao vídeo:




O presidente Lula levantou uma questão crucial durante seu discurso no Conselhão, que tem tido grande repercussão na grande mídia. Ele provocou os interesses do mercado, acostumado a ter toda a dívida a seu serviço ao questionar “Qual é o problema de endividar o país para empregar em investimentos?”

A coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorellli, entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação, conforme explica no vídeo curto disponível em nosso canal no Youtube


 

Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida


quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Precisaremos esperar a dívida tomar todo o orçamento para realizar a auditoria?


A grande imprensa continua propagandeando que a dívida tem crescido por causa dos gastos sociais, e não por causa dos juros abusivos e demais mecanismos financeiros ilegítimos que combatemos e denunciamos diariamente.



A preocupação do mercado com o aumento da dívida e a responsabilidade fiscal do país pode até parecer nobre para alguns, mas lá no fundo, todos sabemos bem que o real motivo de todo este alarde em torno do tema da dívida está no medo de que se alterem os privilégios que marcam a maneira ERRADA como a política econômica brasileira tem atuado, beneficiando principalmente banqueiros, rentistas e o setor financeiro de modo geral.

A grande imprensa continua propagandeando que a dívida tem crescido por causa dos gastos sociais, e não por causa dos juros abusivos e demais mecanismos financeiros ilegítimos que combatemos e denunciamos diariamente, como a remuneração da sobra de caixa, os escandalosos contratos de swap, os prejuízos do Banco Central e toda a gastança financeira obscura que só será revelada por meio da auditoria integral com participação social.
 
Lutar pela realização da auditoria significa garantir transparência a essa dívida que todos os brasileiros e brasileiras pagamos à custa de muito sacrifício. Isso nos motiva a seguir trabalhando diariamente. Afinal, esse dinheiro sai do nosso bolso e temos o direito de saber quanto e a quem estamos pagando, já que toda essa dívida é a principal responsável pelo sucateamento do Estado, pelas privatizações insanas, pelas contrarreformas e todos os cortes na saúde, educação e demais áreas vitais para a nossa população. AUDITORIA JÁ!



"Não falta dinheiro no Brasil, mas ele está sendo usado para pagar juros abusivos", diz Fattorelli




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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Fattorelli discursa em Ato em Brasília contra a PEC 23 e a PEC 32


Maria Lucia Fattorelli discursou na manhã desta quinta-feira (18) no Ato em Brasília CONTRA A PEC do Calote – PEC 23. A coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida questionou a quem os parlamentares realmente representam, já que diversas propostas de emenda à Constituição extremamente prejudiciais à população como a PEC 10 e a PEC 186 foram aprovadas, beneficiando amplamente o setor financeiro e seus riquíssimos banqueiros. “Milhares de pessoas indo morar na rua, morrendo de fome. E os bancos batendo recorde de lucro”.




 Fattorelli também destacou como a utilização da pobreza para aprovar estas pautas têm sido um fato recorrente, sendo novamente a estratégia principal do governo para forçar a aprovação da PEC 23, apoiada no Auxílio Brasil. “Não tem uma palavra sobre esse auxílio lá… Além do calote em trabalhadores e trabalhadoras que lutaram décadas para reaver seus direitos, o que está lá no texto e ninguém está falando? O esquema da securitização, que desvia o dinheiro dos impostos que pagamos antes que ele chegue ao orçamento! O desvio é feito durante o trânsito do dinheiro pela rede bancário. É um roubo”.

Fechando sua fala, mostrou como a PEC 23 está diretamente ligada a PEC 32, já que a chamada “reforma administrativa” usa o discurso de que é preciso cortar dos servidores, pois não há dinheiro. “Mentira, tem dinheiro! Mas ele está indo para essa dívida ilegal e ilegítima”.

Assista o vídeo no Youtube da ACD e confira o discurso completo.

vídeo via Sinasefe Nacional

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 


Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

 

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Grande mídia elogia Bolsa Banqueiro e se recusa a publicar contraponto da ACD


O jornal “Valor Econômico” publicou artigo de ex-chefe de Departamento do Banco Central com o título “Depósitos voluntários e dívida pública: PL resgata a competência do BC para emitir títulos próprios, proibida pela LRF”.


Auditoria Cidadã da Dívida

O referido artigo elogia o fato de a Lei ordinária 14.185/2021 ter revogado parte da chamada Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei complementar 101/2000) para viabilizar o pagamento da Bolsa-Banqueiro. O autor explica que para operacionalizar esse pagamento, o Banco Central terá que voltar a emitir títulos públicos, o que é proibido pela LRF.

Visando contribuir para o necessário debate de ideias e mostrar o outro lado da questão, a coordenadora da ACD Maria Lucia Fattorelli enviou ao Valor Econômico o artigo “Vale até revogar a chamada ‘LRF’ para garantir o overnight aos bancos?” O texto expressa outro ângulo de visão e mostra a forma sorrateira como a chamada “Lei de Responsabilidade Fiscal” foi revogada para garantir mais lucros para bancos.

Em seu próprio manual de Princípios Editoriais, o Grupo Globo, ao qual pertence o Valor Econômico, afirma ter compromisso com o contraditório. Apesar disso, o Valor recusou a publicação do nosso artigo na coluna “Opinião”, afirmando que estes princípios são aplicados para reportagens e que “não é orientação do jornal dar o mesmo espaço de artigo para quem tiver uma opinião contrária, pura e simplesmente…”. Nos foi oferecido apenas um espaço na seção de “Cartas”, de até 400 caracteres, ou seja, apenas 5 linhas!

A ACD irá buscar um novo veículo que de fato cumpra o papel de levar informações à sociedade, principalmente porque essa injustificada BOLSA-BANQUEIRO está sendo paga aos bancos com dinheiro da sociedade.

Esse fato comprova, mais uma vez, que quando os interesses do poder financeiro estão envolvidos, a grande mídia só ouve um lado da história e não há espaço para que “os diversos ângulos que cercam acontecimentos” sejam mostrados. A grande mídia tem lado! Por isso é tão importante que compartilhem, comentem e fortaleçam nossas redes sociais. Seguiremos fazendo a nossa parte e contamos com vocês!

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


Auditoria Cidadã da Dívida

O Banco Central é independente só para atender aos interesses dos bancos

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segunda-feira, 24 de maio de 2021

ACD envia cartilha popular contra a PEC 32/2020 para senadores(as) e deputados(as) federais


Na manhã desta segunda-feira (24), a Auditoria Cidadã da Dívida enviou a todos os senadores(as) e deputados(as) federais e-mail para divulgar a nova cartilha popular “DIGA NÃO AO FIM DOS SERVIÇOS PÚBLICOS! DIGA NÃO À PEC 32/2020 – Contrarreforma Administrativa”. Confira o e-mail enviado (versão PDF)



Com esta iniciativa, a ACD pede a atenção dos parlamentares do Congresso Nacional para a expressa necessidade de REJEITAR A PEC 32, tendo em vista que referida proposta de emenda sequer poderia ser chamada de “reforma administrativa”, pois, na prática, representa a completa desestruturação do Estado brasileiro e dos serviços públicos prestados à população, em flagrante desacato a diversos dispositivos da Constituição Federal, como expressamos em nossa manifestação durante audiência pública realizada pela CCJ da Câmara, disponível em https://bit.ly/3bP1vgk.


Auditoria Cidadã da Dívida

Fattorelli debate PEC 32 na CCJ da Câmara

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O material foi elaborado por iniciativa do Núcleo Capixaba da ACD com o apoio de diversas entidades da sociedade civil, também será enviada, por via postal, em versão impressa para cada gabinete parlamentar.

A cartilha popular foi construída com uma linguagem acessível, para que toda a sociedade possa compreender de forma simples como a aprovação da chamada “reforma administrativa” poderá causar enorme impacto negativo na vida da população, principalmente no que se refere ao serviço público e aos danos para brasileiros e brasileiras que dependem dele.

Acesse o nosso site, leia e compartilhe com todos!
https://auditoriacidada.org.br/conteudo/cartilhapec32/

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


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