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terça-feira, 5 de março de 2024

GOVERNADORES DO SUL E SUDESTE PEDEM RENEGOCIAÇÃO COM A UNIÃO, SEM QUESTIONAR A NECESSIDADE DE AUDITORIA DA DÍVIDA


O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, chegou a dizer que se não for encontrada uma solução, pode não conseguir pagar a folha do funcionalismo (que vem pagando o pato há anos, diga-se)


Auditoria Cidadã da Dívida

O jornal Correiro Brazilense publicou ontem (03/03) a notícia de que os governadores dos sete estados da região Sul e Sudeste, que participam do Cosud — consórcio de integração das duas regiões, pedem a renegociação da dívida dos estados com a União. O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, chegou a dizer que se não for encontrada uma solução, pode não conseguir pagar a folha do funcionalismo (que vem pagando o pato há anos, diga-se).

A coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Maria Lucia Fattorelli, pontua o fato de que, apesar da justificada queixa, os governadores não mencionam a necessidade de auditoria integral dessa dívida, que já foi paga várias vezes, como fartamente demonstrado pela ACD há anos!
No final do anos 90, o Governo Federal refinanciou a dívidas dos estados (sem a necessária auditoria) e somou a estas dívidas os passivos de bancos estaduais (cuja soma superava o valor das dividas dos estados), totalizando R$ 112 bilhões. A partir de então, os estados passaram a pagar esta “dívida” à União, que recebeu de 1997 a 2019 a soma de R$ 357 bilhões de juros e amortizações (o TRIPLO da dívida inicial). Hoje, essa “bola de neve” tem servido como instrumento de chantagem para sacrificar a sociedade de várias formas: exigência de ajuste fiscal, contrarreformas, privatizações, cortes de investimentos sociais, além dos chamados “Regimes de Recuperação Fiscal”.

Veja, por exemplo, este conteúdo da ACD sobre o assunto.
Vale ressaltar que o montante pago pelos estados à União só pode ser gasto no pagamento da dívida federal, alimentando o Sistema da Dívida. Enquanto a chamada dívida pública não for auditada, os recursos públicos, sejam dos estados, sejam da união, serão drenados para um sistema que está no centro de todos os problemas nacionais!
#AuditoriaJá


 

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


terça-feira, 1 de junho de 2021

Na mira da privatização, Eletrobras, Correios e Caixa deram lucro de R$ 21 bi em 2020


Balanços das empresas públicas desmentem principal argumento utilizado em favor da privatização


Criada em 1962, Eletrobras atua nos ramos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no país - Arquivo/Agência Brasil

O pressuposto básico daqueles que defendem a privatização é que as estatais seriam ineficientes, causando prejuízo aos cofres públicos. Em última instância, esses custos seriam repassados para o bolso do contribuinte. Mas um olhar atento sobre os balanços apresentados por empresas públicas como a Eletrobras, os Correios e a Caixa Econômica Federal (CEF), desmentem esse argumento. As três empresas, que estão na mira do governo Bolsonaro, registraram lucros que somam R$ 21 bilhões somente no ano passado.

A bola da vez é a Eletrobras. A Medida Provisória (MP) 1.031/2021, que amplia a participação do capital privado na estatal do sistema elétrico, foi aprovada na Câmara dos Deputados, no mês passado. Atualmente no Senado, a MP publicada em em 23 de fevereiro tem prazo de 60 dias (prorrogável por igual período) para ser votada, antes de perder a validade. A partir do 45º dia, toda MP passa a trancar a pauta de votações da Casa Legislativa onde está tramitando.

A estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia tem capacidade instalada de 42.080 megawatts e 164 usinas, sendo 48 hidrelétricas, duas termonucleares e dezenas de outras fontes, como gás natural, eólicas ou a carvão e óleo. Tem também mais de 58 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 57% do total nacional.

De acordo com balanço financeiro divulgado em março, a Eletrobras registrou lucro de R$ 6,387 bilhões em 2020. A própria direção da estatal afirma que esse resultado demonstra “a robustez e a liquidez da companhia mesmo em um ano marcado pela pandemia de covid-19”. No ano anterior, os resultados foram ainda maiores, totalizando R$ 11,133 bilhões.


Correios

Ocupando o segundo lugar na fila das privatizações, os Correios tiveram lucro líquido de R$ 1,53 bilhão em 2020. Os números, que não foram divulgados oficialmente, constam de uma comunicação enviada pelo presidente da estatal, Floriano Peixoto Vieira Neto, ao Ministério da Economia. As receitas com encomendas, por exemplo, tiveram crescimento de 9% em relação ao ano anterior, por conta do aumento do comércio eletrônico em decorrência da pandemia. Desde 2017, a empresa fecha no azul.

Apesar dessa trajetória de alta – ou justamente em função disso –, o governo Bolsonaro apresentou, em fevereiro, o Projeto de Lei (PL) 591/2021, que inclui a empresa pública mais antiga do Brasil, fundada há 358 anos, no Programa Nacional de Desestatização. Os Correios estão presentes nos 5.570 municípios, entregando em média, 15,2 milhões de objetos postais por dia, serviço realizado por cerca de 100 mil trabalhadores.

Além da sua capilaridade, a estatal oferece sempre as menores tarifas, quando comparado com os valores cobrados pelas empresas privadas de logística. Por outro lado, de acordo com auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Índice de Entrega no Prazo (IEP) subiu de 87%, em 2015, para 97% em 2019.


Caixa

Outro alvo da sanha privatista, a Caixa Econômica Federal (CEF) registrou lucro líquido de R$ 13,17 bilhões em 2020. Só no ano passado, o banco público pagou auxílio emergencial no total de R$ 293,1 bilhões para 67,9 milhões de pessoas. Também foi responsável pela liberação de R$ 36,5 bilhões do Saque Emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), valor pago a 51,1 milhões de pessoas. Além disso, a Caixa detém a liderança do mercado habitacional com 68,8% de participação no financiamento da casa própria.

Dado o seu papel estratégico, e a inviabilidade política de propor a privatização na íntegra, o governo Bolsonaro tem adotado a estratégia de fazer a venda fatiada da Caixa. Essa estratégia foi tentada no ano passado, com a publicação da MP 995/2020. Contudo, graças à mobilização dos trabalhadores, essa medida acabou caducando. Ainda assim, a direção do banco conseguiu manobrar para realizar a abertura de capitais da Caixa Seguridade, concluída no mês passado.


Motivos e riscos

Se essas empresas públicas estão dando lucro, quais seriam então os reais motivos para a privatização? “De maneira muito simples, eles querem que esses lucros sejam apropriados pelo setor privado”, afirma o economista André Roncaglia, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além disso, há a “crença” de que essa lucratividade pode ser ainda maior nas mãos da iniciativa privada.

“Em tese, o setor privado seria um melhor gestor. Teria mais visão de mercado e maior flexibilidade. O que traria lucros ainda maiores. Na visão deles, isso seria gerar riquezas pra toda a sociedade. Porque eles confundem sociedade com os acionistas das empresas, o que é uma metonímia (a parte pelo todo) bastante simbólica dessa visão de sociedade.”

::A política econômica de Bolsonaro: entre o nacionalismo de fachada e o neoliberalismo::

Para Roncaglia, a privatização “é sempre uma promessa”. Contudo, alguns dados da realidade contrariam esse desejo. Ele cita, por exemplo, o próprio sistema elétrico, que foi parcialmente privatizado (em especial, as antigas empresas estaduais de distribuição de energia). Ainda assim, o Brasil detêm hoje a segunda maior tarifa de energia do mundo. “De maneira bem clara, não consigo dizer que o setor privado vai ser mais produtivo e oferecer melhores serviços. Não tem absolutamente nada que garanta isso”.

Outro complicador, segundo ele, é a questão da regulação. A privatização de serviços públicos exige a existência de agências reguladoras atuantes. Contudo, devido à dimensão bilionária desses negócios, é sempre latente o risco dos reguladores serem “capturados” pelos interesses privados. No final, quem vai pagar essa conta é o cidadão.

Fonte: Brasil de Fato


TV GGN

O consultor em energia e ex-ministro interino de Minas e Energia do governo Lula, Nelson Hubner, explica as consequências e interesses por trás da privatização da Eletrobras. 25 de mai. de 2021

Assista ao VÍDEO



quinta-feira, 11 de março de 2021

Lula sinaliza para possível reestatização de subsidiárias e refinarias da Petrobras vendidas por Bolsonaro


"Esse mercado já conviveu com o PT por 8 anos em um governo meu e mais 6 anos em um governo da Dilma. Do que o mercado tem medo?", disse ainda o ex-presidente


O ex-presidente Lula na Petrobras (Ricardo Stuckert)


Durante discurso histórico realizado no Sindicado dos Metalúrgicos do ABC nesta terça-feira (10), o ex-presidente Lula sinalizou para a possibilidade de reverter o ciclo de desmonte que se abate sobre a Petrobras.


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“Se o mercado quer ganhar dinheiro investindo em coisas produtivas, ele tem que gostar de mim. O mercado quer ganhar vendo o povo ser consumidor… Agora, se o mercado quer ver a entrega da soberania nacional, não votem em mim. Nós não vamos privatizar”, disse o ex-presidente ao ser questionado sobre a reação do mercado à anulação de suas condenações.

“Quem estiver comprando as coisas da Petrobras está correndo risco porque a gente pode mudar muita coisa”, completou.

Nos governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, a diretoria da estatal petrolífera tem promovido a venda de refinarias e subsidiárias, enfraquecendo a empresa e o papel dela na soberania nacional. Lula disse em outro momento do discurso que o país não encontrou o pré-sal para ficar exportando petróleo cru.


Do que o mercado tem medo?

Lula questionou ainda o “medo” do mercado contra ele. “Eu às vezes fico encabulado e injuriado com algumas coisas que se falam. Por que você acha que o mercado tem medo de mim? Esse mercado já conviveu com o PT por 8 anos em um governo meu e mais 6 anos em um governo da Dilma. Do que o mercado tem medo?”, disse.

O ex-presidente ainda reforçou sua posição contrária à autonomia do Banco Central. “É melhor o Banco Central estar na mão do governo do que na mão do mercado. É muito melhor. A quem interessa essa autonomia? Não é ao trabalhador, não é ao presidente da CUT, é a o mercado financeiro”, declarou.

Fonte: Revista Fórum


Rede TVT

Vender refinarias é "burro" do ponto de vista econômico, diz doutora da Unicamp - 5 de out. de 2020

No dia primeiro de outubro, o Supremo Tribunal Federal aprovou a venda de refinarias pela Petrobras sem a necessidade de autorização do Congresso Nacional. A medida tem causado indignação entre os petroleiros. Para Juliane Furno, doutora em desenvolvimento econômico da Unicamp, uma reação correta, já que desmontar e vender a empresa em partes não trará qualquer benefício à sociedade brasileira ou à economia.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Militares estão no governo para garantir o entreguismo, revela Mourão


O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta quarta-feira (24/2), que a privatização da Eletrobras sempre esteve no “radar do governo”. Na prática, o general revelou que os militares estão no governo para garantir o entreguismo.



 

presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou ao Congresso Nacional, na terça-feira (23/2), a Medida Provisória da Privatização da empresa (MP de nº 1.031).

“Na política, assim como na competição de orientação, a linha reta reta nem sempre é a distância mais curta entre dois pontos. Então, você tem que fazer várias curvas até conseguir chegar no objetivo”, comparou o general, usando uma atividade comum no militarismo.

Segundo ele, a desestatização da Eletrobras é um assunto que vem sendo discutido desde o governo anterior. “Agora está se tentando, pouco a pouco, fazer uma aproximação que permita que se chegue ao objetivo da privatização”, disse Mourão.

Questionado se achava que a privatização seria o melhor caminho para a estatal, o vice-presidente se esquivou: “O nosso governo sempre pensou dessa forma, nunca escondemos isso aí”.

Ao entregar a MP, Bolsonaro ressaltou que as agendas de privatizações do governo estão a todo vapor.

“Estou tendo a grata satisfação de retornar a esta casa trazendo uma medida provisória que visa à capitalização do sistema da Eletrobras. Então, a Câmara e o Senado vão dar a devida atenção à matéria, até por ser uma MP”, disse o chefe do Executivo durante a cerimônia, que também reuniu os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).


Desvinculação de verbas

O general Mourão também comentou sobre a proposta prevista para ser votada ainda nessa semana, a desvinculação de receitas da saúde e educação prevista na PEC Emergencial.

“Esse é um assunto que é recorrente. Algo que nós julgamos que seria interessante. É óbvio que tem uma série de opiniões contrárias. Onde é o local para se discutir isso? O Congresso! O Congresso vai discutir e aquilo que se decidir será o melhor pra nação como um todo”, declarou o vice-presidente.

A proposta, relatada pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), tem votação marcada para a próxima quinta-feira (25/2). A pauta consiste na desobrigação dos estados e municípios de aplicaram os percentuais na destinação de recursos para as áreas duas áreas e é uma das prioridades do governo na Congresso.

Com informações do Metrópoles, parceiro do Blog do Esmael.


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

O MODELO ECONÔMICO ERRADO PRODUZ ESCASSEZ (Semana 8 – “É HORA DE VIRAR O JOGO”)


 Lembra do que falamos antes? O Brasil é riquíssimo e o cenário de escassez é fabricado!


Auditoria Cidadã da Dívida

O cenário de escassez é produzido pelo modelo econômico aplicado no Brasil e os principais eixos que sustentam esse equivocado modelo são os seguintes:

– Sistema da Dívida, que usa o instrumento de endividamento público como um mecanismo de transferência de recursos públicos para bancos;

– Política monetária suicida praticada pelo Banco Central, que amarra a economia brasileira com a prática de juros altíssimos e falsa escassez de moeda provocada pelas operações compromissadas, que remuneram a sobra de caixa dos bancos;

– Modelo tributário regressivo, que faz com que os mais pobres paguem muitos tributos embutidos em tudo que consomem, enquanto os elevados lucros, fortunas, remessas ao exterior e produtos de luxo fiquem isentos e, em muitos casos, grandes corporações ainda recebem incentivos fiscais;

– Exploração mineral predatória e agronegócio voltado para exportação, garantindo os lucros de grandes corporações e deixando aqui somente o dano ambiental e a exploração da classe trabalhadora.

Entendeu? O cenário de escassez é fabricado por esse modelo econômico errado.

Sendo assim, a tarefa dos movimentos sociais é identificar o que é que está produzindo o cenário de escassez e modificar isso. Temos que nos unir e organizar para isso!

É HORA DE VIRAR O JOGO para alavancar o nosso desenvolvimento socioeconômico com respeito ao ambiente e garantia de vida digna para todas as pessoas! Vamos nos unir!

#ÉHORAdeVIRARoJOGO


Saiba mais:

O SISTEMA DA DÍVIDA PÚBLICA, A CONTRARREFORMA DA PREVIDÊNCIA E O RISCO PARA A SEGURIDADE SOCIAL, POR ANTÔNIO GONÇALVES FILHO, JOSÉ MENEZES GOMES, MARIA LUCIA FATTORELLI, OSMAR GOMES DE ALENCAR JÚNIOR


Auditoria Cidadã da Dívida

Desde o governo de FHC (1994-2002) até os governos de Lula-Dilma (2003-2015), a Previdência com maior ou menor grau é apresentada para a sociedade como deficitária e o Estado como incapaz de mantê-la. Inúmeros estudos demonstraram que este não passa de um discurso ideológico, cujo objetivo central trata de uma aberta privatização da previdência social. O governo Bolsonaro, com bases em falsas notícias, apresenta uma proposta de “reforma” da previdência que coloca em risco o Sistema de Seguridade Social. Além de dificultar o acesso aos benefícios previdenciários dos mais pobres, mantendo os privilégios dos mais ricos, a proposta desestrutura e asfixia financeiramente a seguridade social para alimentar o sistema da dívida pública, que remunera cada vez mais os banqueiros e rentistas nacionais e internacionais. É necessária uma ampla discussão na sociedade, para que se desvelem as verdadeiras intenções por trás da contrarreforma privatista.

Leia conteúdo completo AQUI


Auditoria Cidadã da Dívida

OS QUATRO EIXOS QUE TRAVAM NOSSA ECONOMIA - Vídeo 15#EHORAdeVIRARoJOGO

O modelo econômico errado vem sendo o responsável pela por sucessivas crises econômicas e imenso sacrifício social. Esse modelo é sustentado por quatro eixos. Saiba mais.

Assista ao VÍDEO



Auditoria Cidadã da Dívida

PEC 32 É REFORMA IDEOLÓGICA A MANDO DO BIS - Vídeo 16 #EHORAdeVIRARoJOGO

Você já percebeu a relação entre a CRISE FABRICADA pela política monetária suicida do Banco Central e a Reforma Administrativa? Vamos ver como isso acontece.

Assista ao VÍDEO



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Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Disputa pela ‘vacina do Butantan’ expõe desmonte da ciência pelo governo Doria


Já em plena campanha à Presidência, Doria quer colar sua imagem ao do Butantan, da vacina CoronaVac

Em disputa política com Bolsonaro, governador paulista se promove com a vacina do Butantan, ao mesmo tempo que aprofunda a política de desmonte e sucateamento do instituto iniciada pelos governos tucanos que o antecederam


São Paulo – A negativa de autoridades da Índia, nesta sexta-feira (15) de entregar ao governo brasileiro 2 milhões de doses da vacina fabricada no instituto indiano Serum, parceiro da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, acirrou ainda mais a disputa política em torno da CoronaVac. De um lado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de outro, o governador João Doria (PSDB), ambos obcecados pela eleição presidencial de 2022. No centro, a vacina desenvolvida e produzida pelo instituto Butantan, em parceria com a Sinovac.

Segundo o Ministério do Exterior da Índia, o Brasil se precipitou ao mandar um avião buscar o lote de imunizantes, já que os prazos de produção e entrega ainda estão sendo avaliados. Diante do fracasso na empreitada de começar – ao menos simbolicamente – a vacinação antes de Doria, que prometeu iniciar a campanha no estado para o próximo dia 25, o governo Bolsonaro enviou requerimento ao Butantan solicitando entrega imediata das 6 milhões de doses que o instituto já tem prontas para uso.

Num delírio ideológico, a parceria entre o laboratório chinês e a instituição vinculada ao governo do estado de São Paulo, fez a Coronavac virar alvo de críticas e desmoralização por parte de Bolsonaro e seus seguidores desde que foi anunciada, no ano passado. Para desprestigiar a vacina e seu adversário, o presidente chegou a desautorizar publicamente o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que anunciou que o imunizante seria comprado pelo governo federal.

Porém, a explosão de novos casos e mortes por covid-19 a partir de dezembro levou o ministério a encomendar 46 milhões de doses da CoronaVac no começo de janeiro. A vacina aguarda liberação emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deverá ocorrer neste domingo (17).


Dependência externa


O fracasso de Bolsonaro em tentar conseguir vacina para iniciar a imunização antes de Doria, serviu também para escancarar mais uma vez o quanto o Brasil depende de outros países para obter vacinas, medicamentos e insumos, como respiradores para doente de covid-19, oxigênio hospitalar e equipamentos de proteção individual para profissionais da área de saúde para enfrentar a pandemia.

E essa dependência é alimentada por governos cujas políticas priorizam o corte de investimentos em áreas estratégicas como a ciência e a tecnologia. São ações que consistem na redução sistemática do orçamento de institutos de pesquisa. Com ela, vêm também a desvalorização dos recursos humanos, que levam à fuga de cérebros para outros países e na falta de concursos para manter o corpo de pesquisadores. É o caso do Butantan.

Para fortalecer a imagem do instituto participante da produção da vacina da covid-19 com o governo paulista, Doria mandou produzir propaganda que foi ao ar há um mês, no horário nobre da TV. Nela, feitos históricos do Butantan, fundado em fevereiro de 1901 são enaltecidos. Foi vital em 1918 no surto da gripe espanhola; em 1948, desenvolveu a vacina contra influenza; e atualmente produz vacinas que salvam milhões de vidas no Brasil, como a da raiva, hepatite B, tríplice e 100% das vacinas contra a gripe. Maior fornecedor do Ministério da Saúde, responsável por 65% das vacinas do SUS, o Butantan é um dos institutos mais importantes do mundo. 


Asfixia do orçamento


Mas apesar da propaganda que mandou fazer para alavancar seus objetivos políticos, o instituto não recebe o devido tratamento pelo governo Doria. Dos recursos recebidos, mais de 60% vêm do governo federal. O Ministério da Saúde é o maior comprador de imunizantes e soros, além de manter outros convênios. “Os repasses do estado vêm se reduzindo ao longo dos governos do PSDB em São Paulo. É uma política de asfixia do desenvolvimento tecnológico. O governo Dilma Rousseff, enquanto o governo estadual (então de Geraldo Alckmin) asfixiava o orçamento do Butantan, aumentava a participação da União. Não sei a atual proporção, mas acredito que a União continue a manter a maior parte, enquanto continua a asfixia pelo governo do PSDB”, diz o ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).

O governo tucano de São Paulo é omisso também quanto aos recursos humanos. Antigos pesquisadores disseram à reportagem que temem pela perda de todo o seu trabalho de anos de pesquisa com a aposentadoria, uma vez que o estado não realiza concursos para atualizar o corpo de pesquisadores. O que dirá então para ampliar grupos de pesquisa em busca de soluções para as demandas por novas vacinas, soros e outras respostas à saúde pública. O esvaziamento da pesquisa é tamanho, segundo os cientistas ouvidos, que nunca há presença de um pesquisador em comunicados sobre a CoronaVac, por exemplo.


Ciência e democracia


O golpe parlamentar, jurídico e midiático que derrubou o governo de Dilma Rousseff em 2016 teve efeitos também sobre o instituto. A vacina contra o HPV, última incorporada ao SUS por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), já deveria estar sendo fabricada em seus laboratórios.

No 100º aniversário, Butantan recebeu abraço de servidores em protesto contra o sucateamento da infraestrutura científica. (Foto: Gregório Nakomotome/Jornal do Campus )

Um acordo de transferência de tecnologia da farmacêutica de origem alemã Merck, Sharp & Dohme para o Butantan, assinado em 2013 pelo Ministério da Saúde e o BNDES, tinha cinco anos para a conclusão. Mas o governo de Michel Temer reduziu o ritmo desse e de outros acordos, que agora foram totalmente paralisados no governo de Jair Bolsonaro.

Padilha denuncia e lamenta a desconfiguração do papel do BNDES na oferta de crédito, pilar importante da transferência de tecnologia. Era o banco que proporcionava ao Butantan a capacidade de construir plantas para a produção dos imunizantes e soros. Além disso, o governo federal desmontou o comitê de acompanhamento das parcerias público-privadas de desenvolvimento produtivo.


Soberania na produção


“As políticas em Ciência e Tecnologia são muito importantes para acelerar o desenvolvimento tecnológico e para transferir tecnologias de empresas privadas nacionais ou internacionais para instituições públicas nacionais. Isso traz benefícios para o SUS e garante a soberania do Brasil na produção. No caso da vacina, há redução de preços ao longo do tempo, o que é muito importante. Além disso, a tecnologia é incorporada, fica no país, garantindo a disponibilidade daquele medicamento”, diz Padilha.

Não há informações sobre os prazos para a conclusão da transferência de tecnologia ao Butantan pela farmacêutica chinesa em relação à CoronaVac. Para se ter uma ideia, acordos semelhantes assinados pelo Ministério da Saúde nos governos Lula e Dilma variavam de dois a cinco anos, conforme parâmetros definidos internacionalmente.

Por exemplo, a adaptação da vacina da gripe comum para a H1N1 começou em 2010 e encerrou em 2012, quando o Brasil passou a ter soberania na produção do imunizante. A simplicidade do projeto permitiu a execução em um curto período. Já no caso da covid-19, um prazo razoável é de cinco anos até a conclusão da transferência de tecnologia.


Falta transparência


A integrantes da comissão externa da Câmara destinada a acompanhar o enfrentamento da covid-19, representantes do instituto afirmaram que o acordo assinado com a Sinovac prevê transferência de tecnologia completa. Com isso, a instituição centenária deveria cumprir etapas que vão da pesquisa clínica, envasamento, rotulagem e distribuição até a produção do princípio ativo.

Procurado, o Butantan não respondeu os questionamentos da RBA sobre o andamento das ações que estão sendo tomadas do ponto de vista de infraestrutura e recursos humanos para respaldar o processo de transferência tecnológica da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês.

Faltam informações também sobre os termos do acordo firmado com a Sinovac, inclusive sobre valores. A CNN teve acesso ao documento que, em suas 21 páginas, não menciona preços e quantidade das vacinas que devem ser produzidas.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) questiona pelos menos duas ações do governo Doria em relação ao enfrentamento da covid-19. Entre elas, o acordo com a Sinovac – questionado também pelo Ministério Público estadual. Também analisa a compra sem licitação de 1,5 mil respiradores da empresa turca Shayra Medikal Saglik Kozmetik Ticaret. O custo é superior a R$ 176 milhões.


De quem é a vacina?


Pela regra, a vacina é de quem obtém o registro na Anvisa. Com a aprovação, mesmo que emergencial, o Butantan terá mais uma vacina em seu portfólio. Com isso, estaria legitimado o termo “vacina do Butantan” cravado por João Doria em sua propaganda.

Mas os termos assinados com a Sinovac, segundo a CNN, garantem ao laboratório chinês todos os direitos de propriedade intelectual, o que pressupõe cobrança de royalties.

Se o Butantan recebesse os devidos investimentos, poderia estar fabricando a vacina de fato, e não só envasando e distribuindo. (Foto: Butantan)

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Fonte: RBA


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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O BRASIL É O PAÍS DA ABUNDÂNCIA (Semana 2 – “É HORA DE VIRAR O JOGO”)



 

Para entendermos como podemos virar esse jogo é necessário estarmos cientes das nossas imensas possibilidades.

O Brasil é o país da abundância, com riquezas impressionantes, sob todos os aspectos!

Temos petróleo, nióbio e diversos minerais estratégicos; a maior reserva de água doce do planeta; grande extensão de terras agricultáveis; clima favorável; ricas florestas, cerrados, praias; todas as matrizes energéticas; riqueza humana e cultural impressionantes, além de outras riquezas financeiras que comentaremos na próxima publicação.

A realidade brasileira é de extrema abundância em todos os sentidos. Paradoxalmente, vivemos em inaceitável cenário de escassez. Faltam recursos para investimentos estratégicos e para o atendimento aos direitos sociais básicos.

Desde 2015, enfrentamos crises econômica, financeira, social, ambiental, política e ética; contínuas privatizações de patrimônio público e brutal retrocesso decorrente de contrarreformas que retiram as poucas conquistas alcançadas pela classe trabalhadora.

Com a pandemia do coronavírus, essas crises se agravaram e a situação atual é de verdadeira calamidade social.

Precisamos desmascarar o que separa a realidade de abundância do cenário de escassez, a fim de adotar as medidas necessárias para redirecionar os rumos e garantir o nosso desenvolvimento socioeconômico.

É HORA DE VIRAR O JOGO, para que as riquezas e a abundância que existem no Brasil cheguem à vida de todas as pessoas!

#ÉHORAdeVIRARoJOGO

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida



Auditoria Cidadã da Dívida

BRASIL, PAÍS DA ABUNDÂNCIA - Vídeo 5

Somos um país rico, mas estamos submetidos a um inaceitável cenário de escassez. Falta dinheiro para tudo, menos para as despesas financeiras. Precisamos reverter essa situação!

Assista ao VÍDEO




Auditoria Cidadã da Dívida

VIDA DIGNA É POSSÍVEL - Vídeo 6

Campanha É HORA DE VIRAR O JOGO quer mostrar a viabilidade de vivermos uma realidade digna e justa para todos. Mas por que isso ainda não acontece?

Assista ao VÍDEO


terça-feira, 4 de agosto de 2020

FUP: Petrobras dá seguimento a privatização e a negócios ‘absurdos’


Gestão de Castello Branco vende plataformas por meio de negócio considerado “absurdo” e um “acinte” pela FUP e pelo Sindipetro-NF



Depois de vender plataformas a preço de “doação”, gestão de Roberto Castello Branco pretende se desfazer da refinaria Landulpho Alves

São Paulo – Na última sexta-feira (31), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, informou que tem expectativa de assinar o contrato de venda da importante refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, em um ou dois meses. Uma semana antes, a companhia leiloou, por R$ 7,5 milhões (US$ 1,45 milhão), a um comprador identificado como Marboteni – em um leilão online –, as plataformas P-7 (com capacidade de produção de 15 mil barris por dia), P-12 (7 mil barris/dia) e P-15 (3 mil), na Bacia de Campos. Foi um negócio considerado absurdo e um “acinte” por representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).

“Cadê o Ministério Público Federal para investigar tudo isso? Quem está levando vantagem nessas privatizações? Quem está ganhando? O Brasil, a Petrobras ou quem está comprando? Ou é quem participa desses negócios, já que ninguém sabe quem são os lobistas?”, questiona o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, a respeito do negócio com as plataformas fechado pela atual gestão de Castelo Branco à frente da Petrobras.

“Só não doaram as plataformas porque é ilegal. É um absurdo e que demonstra bem a que veio o governo de Jair Bolsonaro e Castello Branco, e a que interesses respondem, os do mercado financeiro. Os interesses são muito escusos”, diz o presidente do Sindipetro-NF, Teseu Bezerra. “Esse negócio faz parte do projeto em defesa do mercado financeiro que Paulo Guedes (ministro da Economia) e Bolsonaro defendem. Na prática, na ponta do lápis, foi um leilão de fachada para legitimar a doação.”

Pelo cálculo dos petroleiros, somando a produção das três plataformas, 25 barris/dia, com o preço do barril, atualmente, em R$ 227, a receita é de R$ 5,7 milhões por dia. O comprador levará, portanto, dois dias para recuperar o investimento de R$ 7,5 milhões.


“Cortada aos pedaços”

“Com isso, o governo demonstrou literalmente o que quer fazer com a Petrobras, assim como vem fazendo com outros ativos do sistema. A gente ouve Salim Mattar (secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado do Ministério da Economia) dizer que a Petrobras não será privatizada. Na realidade, a empresa está sendo dilapidada literalmente, cortada aos pedaços e sendo vendida a passos largos”, acrescenta Deyvid.

“Estão privatizando a Petrobras com a venda dos ativos a preço de banana, seja transformando em subsidiárias, seja vendendo esses ativos ‘na bacia das almas’. É escandaloso.”

O coordenador da FUP observa ainda que, além do absurdo dos valores do negócio, o leilão foi realizado no pior momento possível, em meio à pandemia de covid-19 e à maior crise do capitalismo mundial, que também envolve o setor de petróleo e gás, cujos ativos estão desvalorizados. “Como se vende essas plataformas agora? Ninguém faz isso, nem um cidadão comum que quer vender um carro. Os preços estão no chão.”

Além da refinaria Landulpho Alves, a gestão Castello Branco quer se desfazer das refinarias Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.






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sábado, 25 de julho de 2020

Gasolina volta a subir em julho e prévia da inflação acelera alta a 0,30%


(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu em julho 0,30% após variação positiva de 0,02% em junho, segundo dados do IBGE. Em 12 meses até julho, o IPCA-15 acumula alta de 2,13%


247 - Camila Moreira, Reuters - Os preços da gasolina voltaram a subir após quatro meses de queda e a prévia da inflação brasileira acelerou com força em julho, em meio ao alívio de medidas de isolamento social adotadas por causa do coronavírus.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir em julho 0,30% após variação positiva de 0,02% em junho, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses até julho, o IPCA-15 passou a acumular alta de 2,13%, acima da taxa de 1,92% no mês anterior mas ainda abaixo do piso da meta de inflação para este ano — 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,51% na variação mensal, acumulando em 12 meses ganho de 2,36%.

As medidas de contenção devido ao coronavírus afetaram de maneiras diferentes o consumidor, impulsionando os preços de alimentação em casa mas reduzindo o consumo diante das perdas de emprego e renda.

Em julho, o destaque ficou para o grupo Transportes, que passou a subir 1,11% no mês depois de queda de 0,71% em junho. Isso devido principalmente ao aumento de 4,40% nos preços dos combustíveis.

Somente a gasolina, após quatro meses consecutivos de quedas, subiu 4,47% em julho. Etanol (4,92%), óleo diesel (2,50%) e gás veicular (0,01%) também contribuíram para o resultado.

Os preços do metrô, com alta de 2,0%, também impactaram os custos de transportes, em meio principalmente a reajuste de 8,70% nas passagens do Rio de Janeiro em 11 de junho.

Por outro lado, o transporte por aplicativo (-11,98%) e as passagens aéreas (-4,16%) ficaram mais baratos.

A alta de 0,50% de Habitação, por sua vez, foi influenciada principalmente pelo avanço de 1,03% nas tarifas de energia elétrica.

Em julho, quatro grupos apresentaram deflação: Vestuário (-0,91%), Alimentação e bebidas (-0,13%) — isso após quatro meses consecutivos de altas—, Despesas pessoais (-0,23%) e Educação (-0,07%).

De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será necessário entender o impacto do crescimento na inflação para avaliar se ainda há espaço para corte residual nos juros básico

O BC cortou a taxa básica de juros Selic em 0,75 ponto, à nova mínima histórica de 2,25% ao ano, mas deixou aberta a porta para nova redução.

A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC com economistas mostra que a expectativa é de que a inflação termine este ano em 1,72% e que a economia encolha 5,95%.



O CARA A CARA especial traz informações para toda categoria sobre o comunicado da Advocacia Garcez aos Sindipetros. Em movimentação inédita e de grande importância, a Mesa do Congresso Nacional, a Mesa do Senado Federal e também a Mesa da Câmara dos Deputados ingressaram com Requisito de Tutela Provisória Incidental apontado ilegalidades no processo de privatizações das refinarias.

Este é um grande momento, onde apoios foram conquistados na luta contra as privatizações em andamento no sistema Petrobrás e na defesa da soberania nacional. E para falar sobre o assunto, trazemos representantes da Advocacia Garcez, juntamente com o Senador Jean-Paul Prates em live mediada pelo Coordenador Geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.


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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Processo de privatização: desinvestimento ou desmonte?





Desde o início do mandato, Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, vêm anunciando a venda de várias empresas públicas que pertencem à União. E a #privatização dessas empresas vai afetar diretamente a sua vida.

Para te ajudar a compreender como as privatizações impactam o seu dia a dia, o Brasil de Fato preparou uma série de 3 vídeos especiais sobre a privatização das estatais anunciadas.

Confira o primeiro vídeo, que aborda a perspectiva econômica das privatizações e mostra como essa medida é vista no resto do mundo.




Pela primeira vez, o Brasil possui uma secretaria para promover #privatizações: a Secretaria Especial de Desestatização, #Desinvestimento e Mercados, vinculada ao Ministério da Economia, de Paulo Guedes. A pasta foi criada para implementar a política de privatizações das empresas estatais federais. 

A venda dessas empresas, em geral, é defendida por argumentos como ineficiência, decadência, prejuízos financeiros, equipamentos antigos, encarecimento e corrupção. Mas, antes que elas se tornem empresas precarizadas, existem estratégias para torná-las cada vez mais ineficientes e justificar a privatização como única saída possível para sua melhora e atualização.

 Este vídeo faz parte da série especial do Brasil de Fato sobre a política de privatizações de empresas No primeiro vídeo, falamos sobre os interesses que guiam essa política. Neste explicamos o processo quejustifica que uma empresa, como Correios, Banco do Brasil, Petrobrás ou Eletrobrás, por exemplo, seja colocada a venda.




O que acontece quando um serviço deixa de ser público e passa a pertencer a uma empresa privada? Será que a #privatização da #Eletrobras deixará sua conta de luz mais cara ou mais barata? E se o serviço de água e esgoto for privatizado?



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 Cibele Laura

  • DURANTE A DÉCADA DE 90, O BRASIL SOFREU UMA DESCONSTRUÇÃO CRIMINOSA ATRAVÉS DO ENTREGUISMO DE FHC.

  • NÃO FOI SOMENTE O BRASIL A SOFRER PRIVATIZAÇÕES CRIMINOSAS, OUTROS PAÍSES TAMBÉM PASSARAM PELA MESMA REALIDADE. NESTE VÍDEO, EU ABORDO A QUESTÃO DAS PRIVATIZAÇÕES EM DETRIMENTO DA SOBERANIA DO PAÍS.

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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Em 2011, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. publicou A Privataria Tucana sobre a corrupção de políticos do PSDB nas privatizações nos anos 1990. José Serra e sua filha estão nelas encalacrados até o pescoço.




Por: Pedro Simonard

  • Antropólogo, documentarista, professor do programa de Pós-graduação Sociedade, Tecnologias e Políticas Públicas da UNIT/AL.

A Lava Jato só chegou ao José Serra hoje?! Em 2011, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. publicou A Privataria Tucana sobre a corrupção de políticos do PSDB nas privatizações nos anos 1990. José Serra e sua filha estão nelas encalacrados até o pescoço. O livro tem cópias de documentos que comprovam a corrupção. Por que só chegaram nele agora?

É claro que os procuradores da Lava Jato e Sérgio Moro sabiam deste caso. Não foram a fundo nele porque blindavam os políticos do PSDB, partido do qual o pai de Sérgio Moro é dirigente no Paraná e pelo qual Moro quer se candidatar a presidente em 2022.

Agora, neste vai e vem desta guerra entre setores da classe dominante brasileira, a coisa está virando uma briga de foice no escuro. Bolsonaro ataca a Lava Jato para minar uma possível candidatura do Moro em 2022. O PSDB está participando do acordão para domesticar Bolsonaro, logicamente porque a política econômica do Paulo Guedes é a mesma dos segmentos de classe que o PSDB representa. Para o PSDB é uma situação tranquila porque sabe que essa política econômica é muito impopular e vai desgastar Bolsonaro e os tucanos ganham duas vezes: a política econômica que defendem é implementada e um candidato para a eleição de 2022, Bolsonaro, sairá desgastado.

Para a Lava Jato, Bolsonaro é inimigo e todos aqueles que lhe dão suporte político também o são. Minar o Serra é minar Bolsonaro e mandar um recado para o PSDB. PSDB e lavajatistas disputam a primazia como representantes de um mesmo segmento de classe. Quem ganhar esta queda de braço poderá indicar o candidato liberal (Moro, Huck, Doria?) para as eleições de 2022.

Se o processo contra o Serra avançar, a Lava Jato terá o cuidado de personalizar tudo no Serra, evitando queimar o PSDB, permitindo que Moro utilize o partido para lançar sua candidatura.



Entrevista genial com Amaury Ribeiro Jr. que fala sobre as denúncias do livro que caiu como uma bomba no PSDB. José Serra é personagem principal da obra que revela corrupção nas privatizações de estatais durante o governo FHC.



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sábado, 27 de junho de 2020

BBC aponta que Paris, Berlim e outras 265 cidades reestatizaram o saneamento nos últimos anos




247 – O Brasil chegou atrasado na onda de privatização dos serviços de água e esgoto, mas poderia ter corrigido a rota, a partir do fracasso de experiências internacionais. Uma reportagem da BBC de junho de 2017 aponta que, três anos atrás, o modelo de privatizações e parcerias público-privadas já estava sendo revisto, por ter resultado em tarifas altíssimas e serviços de péssima qualidade.

"Enquanto iniciativas para privatizar sistemas de saneamento avançam no Brasil, um estudo indica que esforços para fazer exatamente o inverso - devolver a gestão do tratamento e fornecimento de água às mãos públicas - continua a ser uma tendência global crescente. De acordo com um mapeamento feito por onze organizações majoritariamente europeias, da virada do milênio para cá foram registrados 267 casos de 'remunicipalização', ou reestatização, de sistemas de água e esgoto. No ano 2000, de acordo com o estudo, só se conheciam três casos", apontava a reportagem.

"Satoko Kishimoto, uma das autoras da pesquisa publicada nesta sexta-feira, afirma que a reversão vem sendo impulsionada por um leque de problemas reincidentes, entre eles serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes. Ela é coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI), centro de pesquisas com sede na Holanda", indicava ainda a BBC.

"Em geral, observamos que as cidades estão voltando atrás porque constatam que as privatizações ou parcerias público-privadas (PPPs) acarretam tarifas muito altas, não cumprem promessas feitas inicialmente e operam com falta de transparência, entre uma série de problemas que vimos caso a caso", explicou Satoko.




Rede TVT

A Coordenadora de Pesquisas do DIEESE, Patrícia Pelatieri falou hoje no Jornal Brasil Atual sobre o novo marco regulatório do saneamento e afirmou que a proposta facilita a privatização de estatais e prorroga o prazo para o fim dos lixões. Ouça.





Ao denunciar a quebradeira do Estado nos anos 1990, o documentário mostra de que forma o Brasil perdeu elementos fundamentais da sua soberania ao transferir para o setor privado internacional uma parte essencial e simbólica do patrimônio coletivo brasileiro. Cerca de 15% do PIB do país passou do setor público para o privado, seguindo uma lógica em que o Estado seria a razão dos problemas do país e o grande adversário da eficiência econômica. O filme relembra o papel ativo do Estado no processo de industrialização do país, investindo em obras de infraestrutura, e o surgimento do neoliberalismo nos anos 1980, com duras críticas ao Estado desenvolvimentista e uma propaganda feroz sobre as vantagens do mercado. Privatizações indica que o programa de desestatização não configurou um Estado mínimo ou ausente, mas submetido às exigências do mercado e redefinido em função do processo de acumulação do capital. Dentro dessa lógica, moradia, transporte, educação e saúde são tratados como mercadoria em uma engrenagem onde o beneficiário é o sistema financeiro.


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segunda-feira, 22 de abril de 2019

ESTÁ CONFIRMADO PARA O DIA 29 DE ABRIL GREVE DOS CAMINHONEIROS NO BRASIL TODO



O caos será instalado.


APostagem - Wanderlei Alves, o Dedéco, de Curitiba, um dos articuladores dos caminhoneiros em grupos de WhatsApp, afirmou  que a categoria começa uma paralisação à zero hora do próximo dia 29 em todo o país. “Está confirmado nos nossos grupos, dia 29 do quatro de 2019, a partir de zero hora, os caminhoneiros vão começar a parar o Brasil”, informou ele ao Valor.

Ao fazer o alerta, o transportador autônomo antecipa a data que havia informado inicialmente à imprensa para a paralisação, 21 de maio. Após a Petrobras anunciar o reajuste de 4,84% no preço médio do litro de diesel nas refinarias, nesta quarta-feira, ele disse em vídeo disparado a grupos de WhatsApp e lideranças que o impacto de R$ 0,10 nas bombas leva a categoria ao “fundo do poço”. Em maio, a greve de 2018 que causou enormes prejuízos à economia completa um ano.


A mobilização por meio de grupos de WhatsApp também foi a tática usada no ano passado pela classe, que tem organização pulverizada, inclusive com muitos articuladores não sindicalizados. A posição de Alves e seus colegas, no entanto, diverge do que pensam algumas das principais lideranças sindicais.

O caminhoneiro Lucas Ramos, natural de Chapecó (SC), participou das últimas manifestações e greve dos caminhoneiros ocorridas durante o governo Temer, que reivindicou a diminuição do preço do combustível, e alertou, em participação no programa Giro das 11 desta quinta-feira (18), que “se o governo Bolsonaro continuar a aumentar o custo do diesel, uma nova greve será inevitável” e “que os sindicatos devem seguir o embalo”, aderindo também ao movimento.

Lucas afirmou, ainda, que “os caminhoneiros passam por dificuldades há tempos” e que “a partir do golpe [de 2016, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff], o cenário piorou muito”. “Mudou a política da preço da Petrobrás, causando um aumento da despesa com o óleo diesel”, ressaltou.


Ele também destacou que “a alimentação e estadia dos caminhoneiros nas estradas é algo muito oneroso”. “Não tem como trabalhar desse jeito, sofremos intensas pressões”, desabafou.

Nesta semana, o governo Jair Bolsonaro anunciou que irá ofertar, a título de empréstimo, R$ 30 mil para cada caminhoneiro autônomo. No entanto, Lucas salienta que tal proposta “não irá suprir a demanda da categoria”. “Não temos mais fretes, porque a economia está parada. Sem trabalho, como iremos pagar essa dívida como governo?”, indagou.

“Somos autônomos”

Questionado se o movimento dos caminhoneiros é partidário, ele explicou que eles são, em sua grande maioria, autônomos. “Quem quer aderir à greve encosta lá seu caminhão na beira da estrada e pronto”, concluiu.



Pela traição ao Brasil, Moro e Bolsonaro receberam prêmio da revista Time!



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