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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Análise: expansão do Sistema Costeiro-Marinho do Brasil aprimora gestão da segurança nacional


O recente aumento da área da Amazônia Azul em mais de 4 milhões de km² é uma mudança significativa que reconfigura o território marítimo brasileiro, segundo especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil


© flickr.com / Marinha do Brasil - Divulgação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (27), o novo limite leste do Sistema Costeiro-Marinho do Brasil, em consonância com a Amazônia Azul. Com a novidade, a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do país foi transformada, segundo especialistas.


Mapeamento mais detalhado

A Sputnik Brasil, Julia Touriño de Seixas, mestre em direito ambiental pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em direito ambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e em gestão ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pontuou que essa expansão permite um mapeamento mais detalhado das áreas marítimas, abrangendo aspectos cruciais como solo, clima, fauna, flora e os recursos naturais da região.


"A nova delimitação não apenas legitima, como também aprimora a gestão da segurança nacional. Isso porque, ao ampliar o controle sobre uma área marítima estratégica, o Brasil fortalece sua capacidade de monitorar e proteger as rotas comerciais que atravessam essa região, garantindo a segurança das transações econômicas que ocorrem em suas águas jurisdicionais", explicou.

 

Ela complementou dizendo que "esse controle presente em área de extensão também permite uma resposta mais célere e eficaz a irregularidades, de qualquer natureza, que porventura possam ocorrer, salvaguardando a defesa do território e a soberania nacional".


IBGE atua para ecoar gigantismo
 do país no Atlântico Sul, diz presidente
 à Sputnik Brasil (VÍDEOS)

Segundo a especialista em direito ambiental, a ampliação da Amazônia Azul atende a múltiplos setores da sociedade. Ainda, destaca que a nova delimitação oferece suporte para atividades que vão desde a educação e pesquisa científica até a exploração econômica sustentável.


"Essa nova delimitação facilita o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e a gestão sustentável das riquezas marítimas do Brasil. Com o conhecimento aprimorado e a extensão do nosso domínio territorial, temos a oportunidade de fortalecer tanto a proteção ambiental quanto a exploração sustentável dos recursos naturais", afirmou à Sputnik.

 

Além disso, segundo Touriño de Seixas, o conhecimento gerado pela expansão abre novas fronteiras para a pesquisa científica marinha.


Preservação costeira: uma prioridade

A preservação dos ecossistemas costeiros, como dunas, manguezais e restingas, é fundamental para a saúde ambiental do litoral brasileiro. Esses ambientes, de acordo com a especialista, desempenham papéis vitais na proteção contra a erosão, na retenção de carbono e na sustentação das comunidades locais. As dunas funcionam como "barreiras naturais" contra marés e ventos, enquanto os manguezais ajudam a filtrar poluentes e a proteger a biodiversidade marinha. As restingas, por sua vez, estabilizam as dunas e formam um ecossistema essencial para a biodiversidade costeira.

A expansão da Amazônia Azul não só promove a gestão sustentável dos recursos naturais, mas também consolida a soberania nacional do Brasil. Com o aumento da área sob jurisdição, o país ganha maior capacidade para monitorar e proteger suas águas, reforçando a segurança nacional.

Touriño de Seixas observa que "a presença reforçada das autoridades brasileiras em áreas mais distantes do litoral permitirá maior eficácia nas ações de segurança, prevenindo e respondendo a ameaças como a pesca ilegal, a pirataria e outras atividades ilícitas. No entanto, essa expansão também traz desafios, pois à medida que o Brasil avança em sua exploração, aumenta a possibilidade de interações com rotas e atividades ilícitas em regiões que antes estavam fora de sua jurisdição e controle".


Mudança na metodologia visa alinhar
 o IBGE à nova ordem mundial,
 diz presidente do instituto (VÍDEO)

A especialista também ressalta a importância do reconhecimento internacional dessa extensão. "Embora essa área não 'pertencesse' a outro país, a ampliação do reconhecimento internacional, especialmente no contexto da Plataforma Continental Brasileira, destaca a importância estratégica dessas áreas para o Brasil e a necessidade de consolidar a soberania nacional e assegurar o controle sobre os recursos naturais nelas contidos", sublinhou.

Em suas palavras, a gestão da nova área da Amazônia Azul será, portanto, um teste para a capacidade do Brasil de proteger e explorar seus recursos de maneira sustentável, enquanto desempenha um papel crescente no cenário internacional.


O benefício da expansão no uso de recursos naturais

A preservação dos ecossistemas costeiros no Brasil é um tema crucial, não apenas por sua importância ecológica, mas também pelas implicações diretas para as populações que habitam essas regiões. Leticia Cotrim da Cunha, professora e coordenadora do Laboratório de Oceanografia Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), destacou a importância do manejo sustentável nesses ambientes naturais.

De acordo com Cunha, manter ecossistemas costeiros saudáveis é fundamental para a proteção da linha de costa e a prevenção da erosão.


"Quando esses ecossistemas estão bem conservados e manejados de maneira sustentável, garantimos a proteção da costa, o que é essencial para áreas densamente povoadas do Brasil, como Rio de Janeiro, Salvador e Recife," explica a especialista.

 

Ela ressalta que muitas das grandes cidades brasileiras estão localizadas próximas ao litoral, tornando a preservação desses ambientes uma prioridade para a segurança e o bem-estar das populações urbanas.


BRICS e IBGE: Brasil busca
 cooperação internacional para
aprimorar estatísticas (VÍDEO)

Com a expansão da área costeira-marinha, a especialista vê grande potencial no uso de recursos renováveis extraídos do mar.


"O Brasil tem uma vasta extensão marítima que pode ser explorada para gerar energia limpa. A energia eólica em regiões costeiras, a energia gerada pelas marés e ondas e, até mesmo, a energia proveniente das diferenças de temperatura no oceano, são alternativas promissoras", sugere.



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Fonte: Sputnik Brasil




sexta-feira, 19 de abril de 2024

DIREITO À SAÚDE FAZ PARTE DA CAMPANHA NACIONAL PELOS DIREITOS SOCIAIS


Programar 4,06% do orçamento federal para a saúde, ao mesmo tempo em que se programa 45,98% do orçamento federal anual para juros e amortizações da dívida pública, não é seguir na direção da garantia do direito à saúde.


Auditoria Cidadã da Dívida

Conforme a pesquisa “Conta-Satélite de Saúde: Brasil 2010-2021”, realizada pelo IBGE, o Brasil é um dos países que menos investe recursos públicos na área da saúde, em comparação a países da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Em 2021, os governos brasileiros (União, estados e municípios) investiam 4,0% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto os governos de países da OCDE como a Alemanha investiam 11,1% do PIB. Isto desconsiderando o fato de que o PIB per capita de países desenvolvidos é muito maior que o nosso.

Confiram a pesquisa completa aqui, página 3.

Certamente, programar 4,06% do orçamento federal para a saúde, ao mesmo tempo em que se programa 45,98% do orçamento federal anual para juros e amortizações da dívida pública, ainda não auditada, não é seguir na direção da garantia do direito à saúde.

Essa luta é nossa! Conheça a Campanha Nacional por Direitos Sociais! Acesse a página.

Entre em contato com a Coordenação (campanhapordireitossociais@gmail.com) e faça parte desta Campanha.

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Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


Economia 01

Economia 02


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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

A Lei da Usura no país da agiotagem financeira


No Brasil vivemos uma discrepância econômica e social que não condiz com a nossa realidade de riqueza em recursos naturais, humanos e em termos de investimentos


Auditoria Cidadã da Dívida


Somos um país rico com uma população extremamente pobre. A nona economia do mundo1, mas com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) lastimável. Ainda que tenha havido uma redução da desigualdade segundo o IBGE nos últimos 11 anos, continuamos no topo da concentração de renda no mundo. Comparando com dados mais recentes relativos ao índice de Gini, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos, em comparação a outros países, o Brasil aparece como o décimo pior em desigualdade, apenas países africanos, como a África do Sul, se saem pior, encabeçando a lista. 2

Aliado a uma dívida pública nunca auditada e com indícios de inúmeras irregularidades como mostrou a CPI da Dívida (2009-2010)3,4, somos oprimidos pelos juros mais estratosféricos do planeta. E aí vem a pergunta: Cadê a Lei da Usura (Decreto-Lei 22.626/33)? Onde fica o artigo 406 do Código Civil que diz: Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. (Vide ADIN 5867) (Vide ADC 58) (Vide ADC 59) (Vide ADPF 131).5


“De acordo com o Novo Código Civil na ausência de estipulação entre as partes, foi estabelecida uma taxa de juros legais moratórios, equivalente à taxa de juros decorrente da mora no pagamento de impostos à Fazenda Nacional (art. 406). Em qualquer caso, a mora no pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional é definida pelo art. 161, § 1.°, do Código Tributário Nacional “Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de 1% (um por cento) ao mês” e art. 5.° do Decreto 22. 626/33, o que se afirma na exata medida em que a taxa Selic, instituída por leis ordinárias (Leis 9.065/95 e 9.779/99), não pode ser aplicada em detrimento do art. 161, § 1. °, do CTN, em razão do princípio da hierarquia, vez que o Código Tributário Nacional foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 como lei materialmente complementar (art. 34 do ADCT)”.6


 Tentando se “ajustar” ao cenário caótico brasileiro, sem deixar de fazer as vezes do mercado financeiro, reduziu-se os juros do cartão de crédito de taxas que chegavam a 1000%7, aos agora 100%8, ainda absurdos, tendo-se como parâmetros inúmeros países com taxas bem mais condizentes com a civilidade. Grande parte dos países, incorpora o limite de juros à legislação – em 28 deles existem as chamadas “leis de usura” e em 24 há leis específicas de taxas de juros.9“Os juros do rotativo eram maiores do que os que qualquer consumidor de baixa renda pagaria a um agiota do bairro onde mora, por exemplo. Sei que a frase é forte, mas é uma verdade absoluta. Não tinha nenhum modelo de empréstimo que cobrava mais juros do consumidor e acredito que o crédito rotativo é o verdadeiro responsável pela inadimplência”, ressalta o fundador do Data Favela, Renato Meirelles.

Toda essa farra do sistema bancário se torna ainda mais nauseante quando nos damos conta que o Banco Central realiza operações chamadas “compromissadas” e “depósitos voluntários remunerados” com essas instituições, esterilizando, ou seja, deixando parados cerca de 1,4 trilhão de reais, que poderiam estar sendo investidos no país, mas que têm servido apenas para remunerar a sobra de caixa.11 Essas operações chegam a consumir quase 25% do PIB do país12com a falácia de enxugar a liquidez em um país onde não há circulação excessiva de moeda na economia, pelo contrário, o que existe é uma imensa escassez e também com o pretexto, já desmascarado, de controlar a inflação que advém de preços definidos pelo próprio governo (combustíveis, plano de saúde, escola, luz, água, aluguel, entre outros) e não de uma suposta demanda aquecida.

Não podemos viver subjugados a um sistema que só tem retirado recursos do país e dos indivíduos de formas que parecem não estar relacionadas para a maioria das pessoas mas sim, estão. Uma apenas diz respeito à macroeconomia (ex.: operações compromissadas, depósito voluntário remunerado, swap cambial) e outra à microeconomia (ex.: os altos juros que você paga e a carestia de tudo como resultado desse sistema de expropriação).

O artigo 192 da Constituição diz: O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003) (Vide Lei nº 8.392, de 1991).13 E, ainda que o parágrafo terceiro tenha sido retirado do artigo 192, não há matemática ou economês que comprove que não existe limite, para além do interesse da banca financeiraque dita as regras da política econômica do país.

Se em 1988, taxas acima disso já eram consideradas usura, imagine agora num país de população de maioria assalariada, alguns com desconto de imposto de renda de 27,5% na fonte, enquanto uma minoria é isenta (conforme Tabela 1)14, pois a regressividade do sistema tributário brasileiro tem beneficiado rendimentos isentos e não tributáveis como lucros e dividendos. Citando um exemplo prático, quem declarou mais de 320 salários-mínimos mensais em rendimentos totais, aproximadamente 68% correspondem aos rendimentos isentos e não tributáveis e apenas 6,68% correspondem aos rendimentos tributáveis brutos. 15




Tabela 1- Nova tabela de dedução do IR

Fonte: Valor Econômico Brasil



É inadmissível conceber juros abusivos como os adotados no Brasil com a grande maioria da população ganhando de 1 salário (agora, R$ 1.421,00) a 2 salários e ainda segurando todo o peso da tributação que incide, principalmente, sobre o consumo.16

As taxas de juros impostas à população brasileira são simplesmente aviltantes e não têm parâmetros, teóricos, técnicos e econômicos, no planeta.

Para concluir, coloco um parágrafo do livro em pdf do Professor Ladislau Dowbor, “Juros extorsivos no Brasil: como o brasileiro perdeu seu poder de compra”, página 94: “Os juros elevados alimentam os intermediários financeiros, segundo os vários mecanismos que vimos acima. Manter os juros elevados em nome da proteção do povo contra a inflação gera ao mesmo tempo o elevado fluxo de recursos para os intermediários financeiros, e uma segunda fonte de recursos que é a própria inflação, já que os bancos ganham no “float”(denomina o prazo existente entre o dia do depósito de um pagamento ou cheque e a recepção deste valor no banco ou entidade financeira) de recursos não aplicados pelos clientes. A inflação em si constitui um poderoso instrumento de transferência de recursos dos que têm renda fixa, como os assalariados, aposentados ou até pequenos empresários que não têm como influenciar os preços, para os grandes grupos financeiros que fazem aplicações financeiras e escapam da erosão da capacidade de compra. O rentista tem o dinheiro aplicado e que rende muito, enquanto o assalariado espera a renegociação do salário a cada ano, e o que ele perde é indiretamente apropriado pelo sistema financeiro.”17Vale acrescentar que, além de “indiretamente apropriado”, poderíamos dizer imoralmente e injustamente e, o que tem sido feito, ainda é pouco diante da imenso deslocamento de renda de um grande estrato da população para um pequena parte que ganha apenas especulando.


Referências


1- “Brasil salta duas posições e se torna a nona economia do mundo em 2023”. 2023. Agência Brasil. https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-12/brasil-salta-duas-posicoes-e-se-torna-nona-economia-do-mundo-em-2023 (3 de janeiro de 2024).

2– Mali, Tiago. 2023. “Desigualdade do Brasil está a décadas de distância da Europa”. Poder360. https://www.poder360.com.br/economia/desigualdade-do-brasil-esta-a-decadas-de-distancia-da-europa/ (3 de janeiro de 2024).

3- https://www.auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2012/08/Principais-Investiga%C3%A7%C3%B5es.pdf

4- https://auditoriacidada.org.br/wp-content/uploads/2013/11/parecer-acd-1-versao-29-5-2013-com-anexos.pdf

5- “Art. 406 do Código Civil”. Jusbrasil. https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=art.+406+do+c%C3%B3digo+civil (3 de janeiro de 2024).

6- “Limites legais da cobrança de juros – Gilberto Melo”. https://www.gilbertomelo.com.br/limites-legais-da-cobranca-de-juros/

7- “Por que juros do cartão chegam a 1.000% mesmo com a Selic em 13,75%?” 2023. Estadão E-Investidor – As principais notícias do mercado financeiro. https://einvestidor.estadao.com.br/educacao-financeira/juros-cartao-de-credito-com-selic-a-13-75/ (3 de janeiro de 2024).

8- Dhiego. 2024. “Juros do rotativo passam a ser limitados a 100% da dívida a partir de hoje; veja simulação”. InfoMoney. https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/juros-do-rotativo-passam-a-ser-limitados-a-100-da-divida-veja-simulacao/ (3 de janeiro de 2024).

9- https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/cheque-especial-76-paises-limitam-juro-em-credito-diz-bc/

10- “Teto do rotativo reduz endividamento, mas juros continuam altos”. https://www.folhape.com.br/economia/teto-do-rotativo-reduz-endividamento-mas-juros-continuam-altos/309482/ (3 de janeiro de 2024).

11-“Capítulo 2 – POR QUE AS OPERAÇÕES COMPROMISSADAS ESTÃO TÃO ELEVADAS?” Auditoria Cidadã da Dívida. https://auditoriacidada.org.br/conteudo/capitulo-2-por-que-as-operacoes-compromissadas-estao-tao-elevadas/

12- “Depósito voluntário remunerado é Bolsa Banqueiro sem limite e sem causa’, por Maria Lucia Fattorelli”. Auditoria Cidadã da Dívida. https://auditoriacidada.org.br/conteudo/deposito-voluntario-remunerado-e-bolsa-banqueiro-sem-limite-e-sem-causa/

13- “Art. 192 da Constituição Federal de 88”. Jusbrasil. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10655792/artigo-192-da-constituicao-federal-de-1988.

14- “Veja nova tabela do Imposto de Renda e entenda o que mudou”. 2023. Valor Econômico. https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/08/28/veja-a-nova-tabela-do-imposto-de-renda.ghtml

15- Palermo, Luiza. “Milionários pagam menos IR que classe média, enquanto também ficam mais ricos”. CNN Brasil. https://www.cnnbrasil.com.br/economia/milionarios-pagam-menos-imposto-de-renda-que-classe-media-enquanto-tambem-declaram-mais-lucros-e-dividendos/

16- “As distorções de uma carga tributária regressiva”. https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=3233

17- “Juros Extorsivos No Brasil: Como O Brasileiro Perdeu O Poder De Compra | Dowbor.org”. 2016. https://dowbor.org/2016/06/l-dowbor-juros-extorsivos-no-brasilcomo-o-brasileiro-perdeu-o-poder-de-compra-etica-sao-paulo-2016-108p.html



Por Glísia Mendes Tavares Gomes

Tecnologista em Saúde Pública, aposentada.

Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida


quarta-feira, 21 de julho de 2021

Em seis anos, Brasil perde quase 30 mil empresas, aponta IBGE


Essas empresas ocupavam 7,6 milhões de pessoas, contingente que vem recuando neste mesmo período


Foto: Arquivo/Agência Brasil

O número de empresas industriais do país chegou a 306,3 mil em 2019, com queda acumulada de 8,5%, ou menos 28,6 mil empresas, desde 2013.

Essas empresas ocupavam 7,6 milhões de pessoas, contingente que vem recuando há seis anos, acumulando queda de 15,6%, com menos 1,4 milhão de trabalhadores

Os dados constam da Pesquisa Industrial Anual Empresa 2019 (PIA Empresa), divulgada nesta quarta (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As indústrias movimentaram R$ 3,6 trilhões de receita líquida de vendas e pagaram um total de R$ 313,1 bilhões em salários e outras remunerações. A atividade gerou um total de R$ 1,4 trilhão de valor de transformação industrial (VTI), sendo 90,1% decorrentes das indústrias de transformação.

Fonte: Metropole 


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quarta-feira, 3 de março de 2021

Com Bolsonaro e Guedes, economia derrete e PIB de 2020 cai 4,1%, maior recuo desde 1996


Queda recorde também marca interrupção no crescimento econômico de três anos seguidos


Aroeira Cartum

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma queda de 4,1% em 2020 em comparação com o ano anterior. Trata-se do maior recuo já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 1996.

Com isso, o PIB totalizou uma soma de R$ 7,4 trilhões no ano passado. Em relação ao PIB per capita, ou seja, por habitante, houve um acúmulo de R$ 35.172 em 2020, recuo recorde de 4,8% em relação a 2019. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda recorde no PIB também marca uma interrupção no crescimento econômico de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o índice acumulou alta de 4,6%.

Especialistas atribuem a queda aos efeitos da pandemia do coronavírus na economia. Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o resultado do PIB é efeito da paralisação das atividades econômicas para controle da disseminação do vírus.

“Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, afirmou a coordenadora em entrevista ao UOL.

Fonte: Revista Fórum


Revista Fórum

Rovai e Attuch: Bolsonaro se diverte e faz piada enquanto povo morre de Covid e de fome

Os editores do 247 e da Fórum, Leonardo Attuch e Renato Rovai, debatem as principais notícias da semana.

Assista ao VÍDEO


terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Bolsonaro nega novo auxílio emergencial e deve empurrar 3,4 milhões de pessoas para extrema pobreza


O número total de pessoas na extrema pobreza deve chegar a 17,3 milhões em 2021. Bolsonaro afirmou no Palácio da Alvorada que o auxílio para a população durante a pandemia de Covid-19 é emergencial, e não “duradouro” ou “vitalício” como uma aposentadoria



247 Jair Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, 25, afirmou que o auxílio emergencial para a população durante a pandemia do novo coronavírus é emergencial, e não “duradouro” ou “vitalício” como uma aposentadoria.

Ignorando o aumento contínuo de casos de Covid-19 no Brasil, ele disse que “a palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite”.

Assim, Bolsonaro deve empurrar 3,4 milhões de pessoas para extrema pobreza, de acordo com uma pesquisa divulgada em reportagem do jornal Estado de S.Paulo. 

O número total de pessoas na extrema pobreza chegaria a 17,3 milhões em 2021, segundo os conceitos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, uma pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que 69% dos brasileiros que receberam o auxílio emergencial não encontraram outra fonte de renda para substituir o benefício.



Filósofo Paulo Ghiraldelli


SEM AUXÍLIO EMERGENCIAL BOLSONARO SEGURA O IMPEACHMENT?

Bolsonaro nega auxílio emergencial, diz que não é aposentadoria. Isso pode prejudicar a população, mas também vai prejudicar sua popularidade. Será que o Impeachment não tomar força a partir daí?

Assista ao VÍDEO


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Famílias da região centro-oeste do Paraná recebem 10 toneladas de alimentos de comunidades do MST


Frutas e outros alimentos saudáveis produzidos nos assentamentos do MST foram doados em Rio Branco do Ivaí (Foto: Elvis Zavacki)

Ação faz parte do Natal da Reforma Agrária Popular e chegou aos municípios de Jardim Alegre, Campo Mourão e Rio Branco do Ivaí

Como parte do Natal da Reforma Agrária Popular, assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região centro-oeste do Paraná doaram 10 toneladas de alimentos. As ações ocorreram entre os dias 19 e 21 de dezembro, e chegaram a famílias em situação de vulnerabilidade dos municípios de Rio Branco do Ivaí, Jardim Alegre e Campo Mourão, localizados na bacia do Vale do Ivaí. 


Campanha de doação em Campo Mourão (PR) (Foto: arquivo MST)

A primeira ação ocorreu neste sábado, dia 19, em Rio Branco do Ivaí, a partir das doações de duas toneladas vindas das famílias do Assentamento Egídio Brunetto, no mesmo município. Os alimentos foram destinados a 70 famílias que enfrentam risco alimentar na periferia da cidade. Abacaxi, mandioca, pão, alface, banana estavam entre os alimentos partilhados. 


Em Campo Mourão, foram distribuídas frutas e outros alimentos agroecológicos (Foto: arquivo MST)

Em Jardim Alegre, os alimentos partilhados vieram do Assentamento 8 de Abril, localizado no mesmo município. No total, foram 5 toneladas de alimentos, entre legumes, tomates, tubérculos, grãos e 800 panificados, como pães e bolos produzidos pelo coletivo de mulheres da comunidade. 

Valdemar Batista da Silva, conhecido como Nego, camponês assentado na comunidade 8 de Abril, conta sobre o sentido da ação: “queremos mostrar a nossa solidariedade aos trabalhadores da cidade. Que neste momento difícil que estamos vivendo, essas famílias possam passar o Natal com um pouco mais de alimento na mesa”. 


No total, as familias da região centro-oeste do Paraná receberam 10 toneladas de alimentos; na foto, as cestas enviadas para o Jardim Alegre (Foto: arquivo MST)

Em Campo Mourão, 3 toneladas de alimentos foram doadas para famílias da Vila Guarujá e no Jardim Modelo, e também à Santa Casa de Campo Mourão, nesta segunda-feira (21). Os alimentos foram doados pelos assentamentos Santa Rita e Marajó, de Peabiru; Roncador e Monte Alto e do acampamento Valdair Roque, ambos de Quinta do Sol. A ação teve apoio do Comitê de Apoio às Pessoas em Situação de Risco Social de Campo Mourão (Unespar), Casa Terra Coletiva, APP Sindicato, Pastoral da Criança da Paróquia São Francisco de Assis, Capela Nossa Sra. Aparecida (Vila Guarujá) e Associação de moradores do Jardim Modelo. 


Famílias recebem doações em Rio Branco do Ivaí (Foto: Elvis Zavacki)


Todas estas comunidades da região centro-oeste já haviam feito outras doações de alimentos durante a pandemia, e algumas delas cultivam hortas comunitárias para garantir a continuidade das ações solidárias. 


A mandioca colhida nos assentamentos foi enviada para as cestas de doações de Jardim Alegre (Foto: arquivo MST)

Com as doações realizadas até este dia 22 de dezembro, o MST do Paraná chegou à marca de 496 toneladas de alimentos partilhados em todo o estado e 36 mil marmitas distribuídas em Curitiba e região metropolitana. 

Protesto em forma de solidariedade, contra o governo Bolsonaro


Familias recebem doações em Rio Branco do Ivaí (Foto: Elvis Zavacki)

A mobilização das famílias Sem Terra é também um ato de protesto diante da piora das condições de vida do povo e a postura desumana do governo Bolsonaro. O fim do Auxílio Emergencial, o aumento do desemprego, e o sucateamento de políticas de fortalecimento da agricultura familiar e da produção de alimentos dão sinais de um período ainda mais difícil para a população pobre.

Até o final de outubro, mais de 13,8 milhões de pessoas estavam desempregadas, segundo dados do IBGE. Para além disso, o número de desalentados, aqueles que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho por ter perdido as esperanças de encontrar, chegou a 5,8 milhões de brasileiros, quase 1 milhão a mais que no trimestre anterior.

Em janeiro, a pobreza extrema deve atingir entre 10% e 15% da população brasileira, de acordo com projeção do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas. Com essa estimativa, serão 27,4 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza – o dobro do percentual registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início de 2019.

*Editado por Ludmilla Balduino

Por Setor de Comunicação do MST-PR

Da Página do MST


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IBGE: Desemprego bate recorde desde o início da pandemia


 A taxa de desocupação chegou em 14,2% em novembro, um aumento de 38,6% em relação a maio, quando iniciou a série histórica da Pnad Covid


Jornal GGN – São 14 milhões de brasileiros desempregados, em meio a pandemia da Covid-19, revelou os dados divulgados nesta quarta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A taxa de desocupação de 14,2% registrada em novembro representa um novo recorde, com um aumento de 38,6% em relação a maio, quando iniciou a série histórica da Pnad Covid.  

No entanto, apesar dos novos dados, houve estabilidade na comparação com outubro, quando o percentual foi de 14,1%.

Segundo a pesquisa, 13,7 milhões de desempregados não procuraram trabalho em razão da pandemia ou por falta de trabalho na região, embora desejassem trabalhar.

De acordo com o próprio IBGE, o anúncio do fim do Auxílio Emergencial pode estar relacionado com o aumento da desocupação. A ajuda paga pelo governo às famílias de baixa renda, em decorrência da pandemia, termina este mês.


População ocupada

Em contrapartida, a população ocupada teve a primeira alta desde maio. Agora são 84,7 milhões de brasileiros ocupados, um aumento de 0,6% em relação a outubro.


Record News

Desemprego atinge 14 milhões de brasileiros em novembro

A taxa de desemprego chegou a 14,2%, atingindo 14 milhões de brasileiros em outubro, segundo a Pnad Covid (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid), divulgada nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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domingo, 1 de novembro de 2020

Nunca tantos jovens estiveram desempregados no Brasil



A diferença entre a taxa de desemprego dos jovens de 18 a 24 anos e da média dos brasileiros ativos atingiu 16,4 pontos percentuais no segundo trimestre deste ano, em meio à pandemia do coronavírus. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua nunca registrou uma distância tão grande entre os dois indicadores

247 - É dramática a situação dos jovens brasileiros, que são os mais atingidos pelo desemprego, num quadro de sucessivas crises econômicas. Vários indicadores e pesquisas mostram uma diferença histórica entre a taxa média de desempregados e a de jovens de 18 a 24 anos.

A diferença entre a taxa de desemprego dos jovens de 18 a 24 anos e da média dos brasileiros ativos atingiu 16,4 pontos percentuais no segundo trimestre deste ano, em meio à pandemia do coronavírus, informa a jornalista Érica Fraga na Folha de S.Paulo. Iniciada em 2012, a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua nunca havia registrado uma distância tão grande entre os dois indicadores. Embora o desemprego tenha aumentado para todos entre abril e junho, para a faixa etária de 18 a 24 anos ele atingiu 29,7% contra 13,3% para a média da população ativa.

Embora a pandemia tenha sido um golpe duro sobre os trabalhadores mais novos, os indicadores revelam que a desvantagem deles em relação à média do mercado já vinha aumentando gradativamente muito antes da Covid-1, indica a reportagem.  


Rede TVT

Mulheres, negros, jovens e nordestinos estão entre os mais atingidos pelo recorde de desemprego registrado em setembro, segundo dados da Pnad Covid, pesquisa criada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para mensurar os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho e a saúde dos brasileiros. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Fausto Augusto Junior,  diretor técnico do Dieese, comenta a pesquisa. Assista ao vídeo.

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sábado, 17 de outubro de 2020

"Em 4 anos destruíram tudo o que fizemos”, diz Lula sobre volta da fome no Brasil


Ex-presidente afirmou que no Dia Mundial da Alimentação, Brasil não tem motivos para festejar - Foto: Fabrice Confrini/AFP


No Dia Mundial da Alimentação, ex-presidente critica o desmonte das políticas de segurança alimentar no país

Em pronunciamento na manhã desta sexta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a volta da fome no país e denunciou o desmonte das políticas de segurança alimentar pelo governo Bolsonaro.

Lula afirmou que, neste dia, o Brasil não tem motivos para festejar. Isso porque, diante da crise socioeconômica que assola o país, parcela mais vulnerável da população sofre diante da alta dos preços de alimentos de primeira necessidade como arroz, feijão e leite.

“Tudo indica que os preços continuarão subindo nos próximos meses. É a face mais cruel do terrível fantasma da fome rondando, de novo, os lares de milhões de brasileiros. O agro pode ser pop, como dizem os caríssimos anúncios na televisão, mas não resolve o problema da fome”, declarou o ex-presidente em transmissão feita em seu canal oficial do Youtube.

Lula citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em setembro, que mostraram que a insegurança alimentar grave atinge 10,3 milhões de brasileiro, incluindo crianças.

Ele relembrou que, há seis anos, após o desenvolvimento de políticas públicas de combate à fome e transferência de renda como o Bolsa Família, o Brasil conquistou a erradicação da mazela social no país.

Em 2010, o Programa Mundial de Alimentos da ONU, que recentemente ganhou o Nobel da Paz, entregou ao Brasil o prêmio de "Campeão Mundial na Luta contra a Fome", como um reconhecimento pelo papel que o país desempenhava.

:: Entenda por que a fome aumentou no Brasil ::

A política neoliberal adotada pelos últimos governos, segundo Lula, comprometeu os avanços sociais conquistados na última década.

“Em apenas quatro anos, destruíram tudo que fizemos. É importante lembrar que os números do IBGE são de 2017 e 2018. É mentira dizer que o coronavírus seja o responsável pelo absurdo crescimento da fome nesse período. A tragédia alimentar que vivemos hoje foi provocada pelo desmonte do Estado e pelo esvaziamento das políticas publicas de inclusão social após o golpe”, criticou.

Como exemplo, o petista criticou o desmonte dos estoques públicos de alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que protege agricultores e cidadãos dos riscos provocados pelos imprevistos da atividade agrícola, regula o mercado e garante alimento para população em situação mais vulnerável.

Em 2010, de acordo com o ex-presidente, a Conab tinha um estoque de arroz de um 1 milhão de toneladas. Em 2020, apenas 21 mil toneladas do grão. 

O corte de verbas para políticas de incentivo à agricultura familiar, responsável por grande parte da alimentação que chega na mesa dos brasileiros, também foi mencionado. Com destaque para a redução orçamentária do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

:: Fome atinge 10,3 milhões e 44% das famílias rurais sofrem com insegurança alimentar ::

Lula também relembrou que um dos primeiros atos do governo Bolsonaro quando eleito foi o fechamento do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea).

“A fome é o resultado da irresponsabilidade e insensibilidade dos governantes que não têm interesse em enfrentar e curar essa chaga. Não me canso de repetir: a fome é a arma de destruição em massa mais poderosa e perigosa que o homem inventou. A fome é um problema político e acabar com ela só será possível com a justa distribuição da riqueza produzida por todos”, defendeu.

:: "Se nada for feito, voltamos ao Mapa da Fome", diz diretor da ONU sobre Brasil :: 

A redução no valor do auxílio emergencial, com parcelas adicionais de R$300, também foi duramente criticada pelo ex-presidente, que defendeu a manutenção do benefício no valor de R$ 600. 

Lula destacou a resistência do povo mesmo em meio às adversidades da pandemia e políticas perversas do governo. “O povo que já derrubou uma ditadura de generais, não treme diante de capitães autoritários”, disse.

Fonte: Brasil de Fato

 

Lula

LULA FALA AO BRASIL: A FOME VOLTOU: 

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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Fantástico mostra famílias que não têm o que comer e lembra fala de Bolsonaro negando fome no país


O catador de latinha Irapuã Oliveira consola a filha que chora antes de comer, quanto seus pais só vão observar (Foto Reprodução / TV Globo)asil

Matéria teve como base Nobel da Paz concedido a Programa Mundial de Alimentos da ONU; entrevistados não conseguiram auxílio emergencial

Na edição deste domingo (11), o Fantástico, da Rede Globo, mostrou famílias que passam algum dia da semana sem ter o que comer – e isso a 40 minutos do centro do Rio. A reportagem tinha como gancho o Prêmio Nobel da Paz concedido na semana passada ao Programa Mundial de Alimentos da ONU.

Na matéria, três famílias foram entrevistadas em Japeri, na Baixada Fluminense. O repórter Marcelo Canellas lembra que é o segundo estado mais rico do país. Cada uma delas mostra a geladeira ou despensa e relata a dificuldade para conseguir comida. Os entrevistados questionados disseram que não conseguiram o auxílio emergencial.

A reportagem lembra que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou, no mês passado, que 10,1 milhões de pessoas estão na situação de ficar ao menos um dia por semana sem ter o que comer, chamado de “insegurança alimentar grave”. E isso em 2018.

E fez questão de relembrar frase do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no ano passado, em entrevista a correspondentes estrangeiros, em que ele negou que houvesse fome no país.

A matéria mostrou a sequência inteira, legendada. Nela, Bolsonaro afirma: “Falar que se passa mal no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem, aí eu concordo. Agora, passar fome? Não. Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com o físico esquelético como a gente vê em alguns países aí pelo mundo”.

Relatos

Em uma das casas, a dona de casa Andressa Garcia Oliveira, com sete filhos, confirma que fica às vezes um dia inteiro sem comer. Ela contou que seu arroz tinha acabado naquele dia e ia buscar o alimento na casa da mãe. Ela recebe o Bolsa Família, que dura apenas dez dias.

A dona de casa Maria de Lourdes Silva teve o pagamento reduzido por empréstimos consignados. Ela mostra a geladeira com uma panela com arroz e garrafa de água, apenas. “Amanhã eu não sei se vou comer.”

Outra entrevista foi com o catador de latinha Irapuã de Oliveira Barros. Ele e a mulher estão morando com os quatro filhos de favor nos fundos de uma igreja evangélica e mostram a despensa, com menos de cinco pacotes de comida. Sua renda mensal é de R$ 20 a R$ 40. “Por mês?”, pergunta o repórter, espantado. O casal faz macarrão para as filhas e não come. A mais velha chora antes de começar a comer.

Isabela Alves Oliveira, a mulher do catador de latinhas, diz que não conseguiu o auxílio emergencial e não tem o Bolsa Família.

Fora do mapa da fome com Dilma

Na reportagem, é lembrado que o Brasil já foi muito elogiado pelo programa da Organização das Nações Unidas premiado com o Nobel. E que o país foi retirado do mapa da fome mundial em 2013. O programa da Rede Globo não mencionou, mas naquele ano o Brasil era presidido por Dilma Rousseff e fazia dez anos que o PT estava governando o país.

Daniel Balaban, diretor do Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês) no Brasil disse que desde lá, número voltou a crescer.

No mapa da fome, figuram países que têm mais de 5% de sua população na situação de “insegurança alimentar grave” – que ficam ao menos uma vez por semana sem comer. Com 10 milhões de pessoas nessa situação em 2018, o pior índice desde 2004. “O número do IBGE mostra que estava no limiar do mapa da fome. E nós acreditamos que o número hoje é maior”, disse Belaban.

Fonte: Revista Fórum


NETTEC NOTÍCIAS

Não sei se vou comer amanhã". Veja relatos dos brasileiros que passam fome

Dez milhões de brasileiros ficam pelo menos um dia da semana sem comer. Na semana em que o Prêmio Nobel da Paz foi entregue ao Programa Mundial de Alimentação da ONU, o repórter Marcelo Canellas mostra como é a vida de quem não tem o que comer.

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Inflação é a maior para o mês em 17 anos



disparada dos preços dos alimentos impulsionou a inflação oficial no País a 0,64% em setembro, maior resultado para o mês desde 2003, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados ontem pelo IBGE.

Carnes, arroz e óleo de soja pesaram no bolso das famílias, assim como a gasolina, que pode voltar a pressionar em outubro, devido ao novo reajuste divulgado pela Petrobrás nas refinarias. Também esboçam reação alguns itens ligados ao turismo, como passagens aéreas, locação de veículos e pacotes turísticos.

O IPCA veio acima do previsto até pelos economistas mais pessimistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam um avanço mediano de 0,54%. O resultado motivou uma série de revisões para cima nas estimativas do mercado financeiro para a inflação no encerramento de 2020. No entanto, as apostas permanecem abaixo da meta de 4% perseguida pelo Banco Central. Em setembro, a taxa do IPCA acumulada em 12 meses alcançou 3,14%.

"É uma inflação (de setembro) preocupante, mas não tem nenhum risco para este ano, quando é provável que o IPCA fique em 2,5%. A questão mesmo está em 2021, quando devemos ter câmbio pressionado, commodities pressionadas e a China com um crescimento forte", previu o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale.

O economista João Fernandes, da Quantitas, não acredita que a inflação mais elevada de setembro ameace a condução da política monetária pelo Banco Central. Ele argumenta que o IPCA foi impulsionado por fatores pontuais, enquanto que o risco para o quadro de juros baixos no País permanece sendo fiscal.

"Não tem comparação da importância desse IPCA com a incerteza fiscal de curto prazo. A inflação mais alta reduz a chance de um novo corte da Selic (taxa básica de juros), mas é um efeito limitado. O que poderia suscitar uma alta de juros agora seria o governo romper o compromisso com o teto, não uma reação a essa inflação", opinou Fernandes.

Ajuste fiscal

O cenário atual de incertezas sobre o ajuste fiscal tem ajudado a desvalorizar o real ante o dólar, o que encarece commodities e insumos no atacado e acaba chegando também ao varejo, lembra André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

"Nossas coletas preliminares (do Índice de Preços ao Consumidor da FGV) indicam que outubro já está bem salgado, inflação mais alta que setembro. Eu diria que ficará perto de 0,8%. A inflação de serviços vem um pouco maior, puxada por passagem aérea, que está subindo mais de 40% em outubro, um choque. Essa alta pode ser confirmada pelo IPCA-15", relatou Braz.

Em setembro, as famílias gastaram 2,28% a mais com alimentação. Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, houve uma disseminação maior de produtos alimentícios com aumentos de preços, o que levou a uma inflação de alimentos também mais elevada que o habitual para meses de setembro.

"Tem dois componentes influenciando preços. Tem a questão do auxílio emergencial, uma vez que os recursos são direcionados pelas famílias mais pobres para a compra de alimentos, e tem a questão do câmbio, que torna mais atraente a exportação e acaba restringindo a oferta desses produtos no mercado doméstico", justificou Kislanov.

O óleo de soja aumentou 27,54%, enquanto o arroz ficou 17,98% mais caro. No ano, o óleo de soja já acumula uma alta de 51,30%, e o arroz subiu 40,69%. As famílias também pagaram mais em setembro pelo tomate, leite longa vida e carnes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Notícias ao Minuto


Jornalismo TV Cultura

Por causa dos alimentos e da gasolina, inflação teve grande alta nas contas do IBGE. A maior variação e o maior impacto, mais uma vez, veio do grupo alimentação e bebidas. O campeão foi o óleo de soja, com aumento de 27,5% no mês e 51,3% no ano. O arroz também subiu muito, com alta de 17,9% em setembro e 40,7% em 2020. Assista ao Vídeo


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