Nem FHC, nem Temer, nem Bolsonaro tiveram coragem de fazer
essa desvinculação, que pode provocar graves perdas para aposentados
Auditoria Cidadã da Dívida
Conforme mostrou o Portal Uol, “Em entrevista ao jornal
Valor Econômico publicada nesta segunda-feira, a ministra da Planejamento,
Simone Tebet, disse que já discute com sua equipe um cardápio de propostas que
inclui a desvinculação de aposentadorias e benefícios sociais da política de
ganhos reais do salário mínimo, avaliando também alternativa para o piso de
despesas com Educação.” (Saiba
mais )
Nem FHC, nem Temer nem Bolsonaro tiveram coragem de fazer
essa desvinculação, que pode provocar graves perdas para aposentados . O
argumento é sempre o mesmo: o de que o governo não teria recursos para estes
aumentos reais (das aposentadorias e do piso de recursos para a Educação),
aumentos estes que já têm sido bastante limitados.
Enquanto isso, o gasto com juros e amortizações da dívida
pública federal – a verdadeira vilã do orçamento – continua sem limite algum:
quase R$ 1 TRILHÃO (R$ 904 bilhões) somente até 2 de maio, ou 53% de todos os
recursos pagos pelo governo federal até essa data.
Mulher de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar afirmou que
"o 01, o Jair, não vai deixar", ao comentar sobre um possível retorno
do marido para um cargo de assessor de Flávio Bolsonaro. Filha do ex-assessor,
Nathália Queiroz disse que o "01" iria cobrá-lo por continuar fazendo
supostas articulações políticas mesmo escondido em Atibaia (SP)
247- A mulher e a filha de Fabrício Queiroz,
Márcia Aguiar e Nathália Queiroz, fizeram referência a Jair Bolsonaro como
"01", durante uma troca de mensagens. Márcia afirmou que "o 01,
o Jair, não vai deixar", ao comentar sobre um possível retorno de Queiroz
para seu antigo cargo de assessor de Flávio Bolsonaro, conforme apontaram
áudios de outubro de 2019, período em que o policial militar reformado ficou
escondido na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, em
Atibaia (SP).
Essa é uma das revelações de uma sequência de reportagens da
jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, que obteve vários áudios: na primeira,
aparece a gravação da ex-cunhada; na segunda, mostra-se que
um coronel do Exército, Guilherme dos Santos Hudson, ao lado do ex-PM Fabrício
Queiroz, recolhia os salários dos servidores; na terceira, a mulher
de Queiroz, Márcia Aguiar, chama Jair Bolsonaro de "01", indicando-o como
chefe do esquema de roubo do dinheiros dos funcionários dos gabinetes do clã.
A conversa entre Márcia Aguiar e Nathália Queiroz aconteceu
após uma reportagem do jornal O Globo apontar que Queiroz seguia fazendo
articulações políticas apesar das investigações no Ministério Público do Rio
(MP-RJ), que denunciou tanto ele como Flávio Bolsonaro no ano
passado. Em áudio para a madrasta, Nathália reclamou de Queiroz e o chamou de
"burro" por continuar fazendo as articulações. Márcia desabafou sobre
a situação e citou Jair Bolsonaro.
"É chato também, concordo. É que ainda não caiu a ficha
dele que agora voltar para a política, voltar para o que ele fazia, esquece.
Bota anos para ele voltar. Até porque o 01, o Jair, não vai deixar. Tá
entendendo? Não pelo Flávio, mas enfim não caiu essa ficha não. Fazer o quê? Eu
tenho que estar do lado dele", afirmou Márcia, em trecho exclusivo.
A mulher de Queiroz comparou a situação do ex-assessor de Flávio, escondido em
Atibaia, com a de um preso. "Essa vida, a gente não tem que confiar em
ninguém. Se bobear, nem na própria família. Ainda mais num caso desse daí. Ele
[Queiroz] fala da política como se tivesse lá dentro trabalhando e resolvendo.
Um exemplo que eu tenho, que parece. Parece aquele bandido que tá preso dando
ordens aqui fora. Resolvendo tudo."
Ao ouvir a mensagem, Nathália Queiroz disse ainda que o
"01" iria cobrar Queiroz pela situação. "Ai Márcia, é foda. é
foda. Quando tá tudo quietinho para piorar as coisas, vem a bomba vindo do meu
pai. O advogado, o 01, todo mundo vai comer o cu dele. E ele ainda vai achar
normal. Você conhece meu pai. Vai falar: 'não falei nada demais'. Sempre acha
que não é nada demais".
Ouça o áudio:
Gravações inéditas, reveladas pela jornalista Juliana Dal Piva, apontam envolvimento direto de Jair Bolsonaro no esquema de entrega de salários de assessores. Jair é o verdadeiro 01. Ouça: pic.twitter.com/GWWdGx9ZK8
Documentos de quebra de sigilo obtidos pelo UOL mostram 12
anos de movimentações suspeitas e indícios de devolução ilegal de salários nos
gabinetes de Jair Bolsonaro (enquanto deputado federal), Flávio Bolsonaro e
Carlos Bolsonaro. Ex-funcionários - como Natália Queiroz, Jaci dos Santos e
Mariana Mota - que tiveram sigilo quebrado sacaram a maior parte do salário das
contas. As investigações sobre Flávio e Carlos continuam. O presidente não pode
ser investigado enquanto estiver no cargo
Queda recorde também marca interrupção no crescimento
econômico de três anos seguidos
Aroeira Cartum
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma queda
de 4,1% em 2020 em comparação com o ano anterior. Trata-se do maior recuo já
registrado desde o início da série histórica, iniciada em 1996.
Com isso, o PIB totalizou uma soma de R$ 7,4 trilhões no ano
passado. Em relação ao PIB per capita, ou seja, por habitante, houve um acúmulo
de R$ 35.172 em 2020, recuo recorde de 4,8% em relação a 2019. Os dados foram
divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
A queda recorde no PIB também marca uma interrupção no
crescimento econômico de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o índice
acumulou alta de 4,6%.
Especialistas atribuem a queda aos efeitos da pandemia do
coronavírus na economia. Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais
do IBGE, o resultado do PIB é efeito da paralisação das atividades econômicas
para controle da disseminação do vírus.
“Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento
social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os
serviços que podem provocar aglomeração”, afirmou a coordenadora em entrevista
ao UOL.
No dia seguinte à entrevista coletiva, o responsável por
produzir o Power Point escreveu que "as bolinhas fizeram sucesso" e
Dallagnol respondeu com um "kkk"
Dallagnol e o power point contra Lula (Arquivo)
Um dia antes da entrevista coletiva em que exibiu supostas
denúncias contra Lula em um power point gigante, o procurador Deltan Dallagnol
elogiou a pessoa responsável pela apresentação e achou melhor não usar a imagem
do ex-presidente, mostrando que participou ativamente da produção da peça,
calculada para causar impacto e render imagens na mídia.
“Melhor não usarmos a imagem do Lula, mas um quadrado
escrito LULA simplesmente. Ou uma imagem de pessoa como as demais do gráfico, e
embaixo LULA. Tá ficando shou”, escreveu o procurador em um grupo de
aplicativos do Telegram no dia 13 de setembro de 2016, véspera da entrevista.
Segundo reportagem de Nathan Lopes, no portal Uol nesta quinta-feira (18), os
diálogos revelados no material apreendido pela Operação Spoofing, mostram ainda
a ironia do procurador.
Em conversa com o produtor, identificado como “Douglas
Prpr”, Dallagnol respondeu com um “kkk” a mensagem de que a foto na imagem
seria “só para tirar onda”.
No dia seguinte à apresentação, Douglas escreveu que “as
bolinhas fizeram sucesso” e Dallagnol respondeu com um “kkk”.
Em entrevista ao mesmo portal Uol, em julho de 2020,
Dallagnol disse que poderia ter feito o PowerPoint assim como a apresentação da
acusação de “modo diferente para evitar críticas”.
"A vida continua, temos que enfrentar as adversidades.
Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum. Vamos
respeitar o vírus, voltar a trabalhar, porque sem a economia não tem
Brasil", disse o presidente durante sua live semanal.
Com os novos óbitos computados entre ontem e hoje, o país
chegou a 236.397 mortes causadas pelo coronavírus desde
o início da pandemia, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa
do qual oUOLfaz parte. Até então, o maior número de óbitos
diários em 2021 havia sido registrado em 28 de janeiro (1.439).
A média móvel de óbitos dos últimos sete dias — 1.073 —
também é a maior registrada neste ano. Este é o segundo maior período em que o
Brasil apresenta média de mortes acima de mil em toda a pandemia. Ao todo, já
são 22 dias. A sequência mais longa ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31
dias).
Durante a live, Bolsonaro ainda anunciou que deve conversar
amanhã com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a
possibilidade de importar um medicamento experimental contra o câncer que pode
ajudar na recuperação de pacientes de covid-19 hospitalizados.
"Em Israel é um spray [que estão testando], estamos em
contato, já está acertado o encontro virtual [com Netanyahu] para falarmos
sobre esse novo spray que está servindo, pelo menos experimentalmente, para
pessoas em estado grave. Está em estado grave? Toma, poxa, vai esperar ser
intubado?", questionou o presidente.
Lá [em Israel] está sendo desenvolvido, em fase final, um
remédio para curar [sic] a covid-19. Quando falei remédio lá atrás, levei
pancada, entraram na pilha da vacina. O cara que entra na pilha só da vacina é
um idiota útil, porque devemos ter varias opções. Para quem está contaminado,
não adianta vacina.Jair Bolsonaro, ao explicar interesse em medicamento
experimental
Ele também fez uma falsa equivalência ao comparar a ausência
de evidências mais robustas sobre a eficácia do medicamento com o fato de as
vacinas contra a covid-19 não terem registro definitivo na Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária). Ao contrário do spray testado em Israel, os
imunizantes hoje utilizados no Brasil e no mundo têm eficácia, qualidade e
segurança atestados por estudos clínicos.
"A vida continua, temos que enfrentar as adversidades. Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum. Vamos limitar o vírus, voltar a trabalhar, porque sem economia não tem Brasil". (Bolsonaro, quando o país se aproxima da marca de 240 mil mortos pelo vírus) pic.twitter.com/VOFyzSDCaI
Governo do presidente dos EUA, Joe Biden, deverá se
distanciar criadas por Donald Trump e outros líderes populistas, como Jair
Bolsonaro. Objetivo é se afastar da “defesa de agendas religiosas, políticas
ultraconservadoras, ataques às instituições multilaterais e de desmonte dos
pactos de direitos humanos"
247- O governo do novo presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, deverá se distanciar “das alianças formais e informais que
tinham sido criadas nos últimos anos” entre seu antecessor, Donald Trump, e
outros líderes populistas, como Jair Bolsonaro. Segundo reportagem do
jornalista Jamil Chade, no UOL, o objetivo é se afastar da “defesa de
agendas religiosas, políticas ultraconservadoras, negacionismo ambiental,
ataques às instituições multilaterais e de desmonte dos pactos de direitos
humanos”.
De acordo com Chade, um dos indicativos da mudança de agenda
que deve ser imposta por Biden foi feito pelo novo chefe da diplomacia dos EUA.
“Questionado por mais de quatro horas, o experiente negociador que irá assumir
o Departamento de Estado norte-americano foi explícito em dizer que será uma de
suas prioridades lidar com a ameaça do populismo”.
Dentre os planos expostos por ele, está “a ideia da
realização no segundo semestre do ano de uma cúpula para a promoção da
democracia, reunindo países aliados”. O encontro seria uma espécie de “resposta
ao movimento mundial de extrema direita, assim como um marco de sua presidência
diante de ditaduras pelo mundo”, ressalta o jornalista. “Diplomatas brasileiros
interpretaram a referência ao projeto como um sinal claro de que o tema da
"democracia" estará presente nas decisões de Biden e que isso,
potencialmente, pode ser uma pressão sobre o governo Bolsonaro”, afirma.
Ainda conforme Jamil Chade, “Blinken ainda deixou claro que
a agenda ambiental do novo governo americano será implementada
"imediatamente". Isso inclui a volta ao Acordo Climático de Paris e o
engajamento de Washington em negociações em diferentes fóruns”.
Chade também destaca que o governo Biden ‘colocará
"atenção sustentável" nas questões das Américas e que a região será
uma "área de foco"’.
Joe Biden faz o 1° discurso como presidente dos EUA: "A democracia prevaleceu" O democrata Joe
Biden tomou posse como presidente dos EUA nesta quarta-feira (20). Ele assume presidência em cerimônia com segurança reforçada e sem a presença de Donald Trump. "Este é o dia da América ... Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa - a causa da democracia", afirmou. "Eu serei um presidente para todos os americanos", disse na posse.
Número de famílias em extrema pobreza cadastradas no
CadÚnico superou a casa de 14 milhões e alcançou o maior índice desde o final
de 2014
O total de pessoas na miséria no Brasil hoje equivale a
cerca de 39,9 milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério da
Cidadania. Entram na conta de famílias de baixa renda aquelas que têm renda de
até R$ 89 por pessoa (renda per capita).
Além destas, até outubro, havia no país outras 2,8 milhões
de famílias em situação de pobreza, com renda per capita média de moradores
entre R$ 90 e R$ 178.
De acordo com informações do repórter Carlos
Madeiro, para o UOL, o número de famílias em extrema pobreza cadastradas no
CadÚnico (Cadastro Único para programas sociais do governo federal) superou a
casa de 14 milhões e alcançou o maior número desde o final de 2014.
O cadastro é atualizado constantemente e reflete as mudanças
na condição de vida no país. O objetivo é que o governo saiba a renda das
famílias e pague um valor complementar para superação da extrema pobreza no
valor de R$ 41 a R$ 205, caso a família esteja inscrita e aprovada no Bolsa
Família.
A tendência para este mês é que a pobreza cresça no país com
o fim de auxílio emergencial e outros programas que auxiliaram
pessoas, entes e empresas por conta da pandemia.
Com o fim do auxílio emergencial, a média do valor pago vai
baixar de R$ 329,19 para R$ 190, como era antes da pandemia.
Olha isso: até a TV Globo admite que o desemprego era menor
nos tempos de Lula e Dilma. O vídeo mostra Christiane Pelajo, apresentadora do
Jornal da Globo na época, falando da taxa de pessoas sem emprego no fechamento
de 2014. Repare, no fim do vídeo de 30 segundos, o gráfico mostrando claramente
como o desemprego foi caindo, caindo, caindo, desde a posse de Lula, em 2003.
O resto da história infelizmente conhecemos. A partir de 2
015, o triplex do golpe, formado por Aécio, Temer e Cunha,
conseguiu abrir o processo de impeachment contra Dilma e sabotou o seu governo,
até a queda definitiva, em 2016.
O desemprego, com Temer, voltou àquelas taxas monstruo
Prisão foi realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério
Público, em um desdobramento da operação que investiga um suposto ‘QG’ da
corrupção na Administração municipal
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo
Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira
durante uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da
Polícia Civil. A poucos dias de deixar a prefeitura ―o prefeito eleito Eduardo
Paes (DEM) toma posse em 1º de janeiro―, Crivella foi detido em sua
casa e levado para prestar depoimento no início da manhã. Procurada, a Promotoria
confirmou que realizou uma operação “para cumprir mandados de prisão contra
integrantes de um esquema ilegal que atuava na Prefeitura do Rio”, mas que, em
razão de sigilo de Justiça, não poderia fornecer outras informações.
Segundo noticiou a TV Globo, que mostrou o momento da
condução do prefeito para a Cidade da Polícia, Crivella foi preso em um
desdobramento da Operação Hades, iniciada no dia 10 março, que apura suspeita
de irregularidades na Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur).
Ainda de acordo com a emissora, ao menos outras seis pessoas foram presas,
incluindo o empresário Rafael Alves, apontado como operador do esquema.
Como mostrou reportagem do EL PAÍS em setembro, o prefeito é
acusado pelo Ministério Público de montar um “QG da Propina”, esquema que
motivou a abertura do processo de um impeachment na Câmara
Municipal. Alves, que é irmão de Marcelo Alves, ex-presidente da Riotur, é
suspeito de direcionar licitações, burlar a ordem cronológica de pagamentos que
o Tesouro Municipal devia a empresas e, segundo a investigação, tinha poderes
de indicar cargos.
Em um vídeo gravado durante a busca e apreensão na casa
dele, em março, Crivella supostamente liga para um dos celulares de Rafael
Alves para avisar de uma busca na Riotur e é atendido pelo delegado da Polícia
Civil responsável pela ação. Ao perceber que não se tratava de Alves ao
telefone, Crivella encerra a chamada. A desembargadora Rosa Helena Guita, que
deu a ordem de busca na ocasião e determinou a prisão do prefeito nesta terça,
disse que na época que “a subserviência de Crivella a Rafael Alves é
assustadora”.
Ao ser preso nesta terça, Crivella afirmou aos jornalistas
ser vítima de “perseguição política”, em declaração na entrada da Polícia Civil
às 6h35. “Lutei contra o pedágio ilegal injusto, tirei recursos do carnaval,
negociei o VLT, fui o Governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de
Janeiro”, disse. Questionado sobre sua expectativa agora, o prefeito disse:
“Justiça”.
Em 10 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o
prefeito Marcelo Crivella, em um evento das Forças Armadas, no Rio. Bolsonaro
apoiou Crivella na disputa municipal, mas o prefeito não conseguiu se
reeleger.HANDOUT / REUTERS
Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por seu tio, o
bispo Edir Macedo, Marcelo Crivella foi eleito prefeito do Rio de Janeiro em
2016, mas não conseguiu reeleger-se, apesar do apoio explícito do
presidente Jair Bolsonaro, após acumular críticas a sua gestão. O presidente da
Câmara do Rio, Jorge Felippe (DEM), deve assumir a Administração municipal pois
o vice de Crivella, Fernando McDowell, morreu em 2018.
Já Eduardo Paes comentou pelo Twitter a prisão, afirmando
que o trabalho de transição de Governo será mantido. “Conversei nessa manhã com
o presidente da câmara de vereadores Jorge Felipe para que mobilizasse os
dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a
população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha
sendo tocado”, escreveu.
Conversei nessa manhã com o presidente da câmara de vereadores Jorge Felipe para que mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha sendo tocado.
O prefeito Marcelo Crivella e membros do primeiro escalão do
mandato estão entre os alvos da operação da Polícia Civil e do Ministério
Público do Rio que investiga corrupção. A ação cumpre 22 mandatos de busca e
apreensão em endereços da prefeitura do Rio de Janeiro, de agentes públicos e
de empresários.
Assim como o ex-juiz, procuradores americanos que se
dedicavam a investigar corrupção passaram a trabalhar para escritórios de
advocacia que vendem serviços para empresas se “blindarem” exatamente desse
tipo de investigação
Será na Vila Olímpia o próximo estágio da carreira do
ex-juiz, ex-ministro e ex-bolsonarista de carteirinha Sergio Moro, agora na
iniciativa privada. A consultoria americana Alvarez e Marsal anunciou que
Moro será o chefe de investigações, disputas e compliance no seu escritório
envidraçado à beira da Marginal Tietê, pertinho do luxuoso Shopping JK.
Especializada em reestruturação corporativa, a Alvarez &
Marsal é a administradora judicial da Odebrecht, após a construtora ter pedido
recuperação judicial por causa das investigações da Lava-Jato no Brasil, nos
EUA e em dezenas de países da América Latina. A consultora já faturou 17,6milhões com o serviço, segundo reportagem do Uol. O Valor Econômico noticiou
que o contrato de Moro o exime de advogar em causas em que haja conflito de
interesses.
Entre os sócios sêniores, a empresa orgulha-se de contar com
um ex-agente do FBI, um ex-procurador do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ)
e outro do governo britânico, além de um ex-funcionário da NSA.
Há alguns anos críticos vêm apontando para a escandalosa
“porta giratória” entre os procuradores americanos que se dedicam a investigar
corrupção e os riquíssimos escritórios de advocacia que têm vendido serviços
para empresas se “blindarem” exatamente desse tipo de investigação.
São jovens com ar de auto-satisfação e luxuosos escritórios
com vista para os pontos mais cobiçados de Nova York ou Washington. O caso mais
notório é Patrick Stokes, que liderou entre entre 2014 e 2016 o departamento de
FCPA (corrupção transnacional) do DOJ e depois virou sócio no escritório
Gibson, Dunn & Crutcher’s, em uma posição cujo salário chegou a R$ 3,2
milhões em 2017. Detalhe: a empresa foi a contratada pela Petrobras para
negociar o acordo com o DOJ, assinado no final de 2018, dois anos depois de
Patrick sair do cargo. O contrato traz a assinatura do advogado Joseph Warin,
hoje sócio de Patrick.
Em um breve levantamento feito com a jornalista Raphaela
Ribeiro, identificamos que de 19 procuradores americanos envolvidos nas
investigações da Lava Jato, do DOJ e do Securities and Exchange Commission
(Sec), pelo menos seis foram para a iniciativa privada.
Kevin Gingras, que veio ao Brasil em nome do DOJ entrevistar
Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Alexandre Yousseff em julho de 2016, hoje
é vice-presidente de litígios na empresa fabricante de armas e tecnologia de
defesa Lockheed Martin Corporation.
Charles Duross não chegou a trabalhar nos casos da
Lava-Jato, mas liderou a unidade de corrupção internacional do DOJ até 2014.
Estava nessa posição quando o governo americano começou a investigar a Embraer
por corrupção na República Dominicana, o que levou a uma multa de mais de US$
100 milhões para o governo dos EUA.
Duross hoje é advogado associado no escritório Morrison
& Foerster LLP. Ele foi indicado pelo DOJ para acompanhar as práticas
anticorrupção que vêm sendo adotadas pela Odebrecht e o desenvolvimento do
setor de “compliance”, depois da empreiteira concordar em pagar uma multa
bilionária aos americanos.
Do lado do FBI, George “Ren” McEachern liderou até 2017 a
Unidade de Corrupção Internacional em Washington, com mais de 40 agentes,
supervisionando todas as investigações de corrupção ligadas à Lava Jato. Pouco
depois, deixou o FBI para passar para a consultoria Exiger, onde ensina métodosde “compliance” e dá palestras para empresas como as médico-farmacêuticas
Pfizer e Johnson&Johnson e a fabricante de armas militares Raytheon.
Aqui no Brasil, o pioneiro ao “mudar de lado” foi o
procurador Marcelo Miller, que aparece como um dos principais articuladores com
os americanos nas conversas da Vaza-Jato, propondo acordos diretamente a eles
durante reuniões do grupo anticorrupção da OCDE.
Em abril de 2017 ele deixou o MPF e em seguida virou sócio
do escritório de advogados especializado em compliance Trench Rossi Watanabe.
Miller se deu mal. O anúncio do afastamento foi feito às vésperas da delação de
Joesley Batista, da JBS, que teve intermediação do mesmo escritório. Por ter
atuado nas duas pontas do negócio, passou a ser investigado e foi denunciado pelo próprio MPF. Em setembro daquele ano a PGR rescindiu o acordo de
colaboração de Joesley Batista mediado pelo procurador. E Miller saiu da
empresa poucos meses depois de ser contratado, recebendo a bagatela de R$ 1,6
milhão, segundo reportagem do O Globo.
Outro que pulou para a iniciativa privada foi o procurador
Carlos Fernando dos Santos Lima. Hoje no seu linkedin ele se descreve como
“advogado na área de compliance, investigações internas, monitoria, e acordos
de leniência e colaboração premiada”. Virou consultor, segundo coluna de FaustoMacedo, sem dar o nome aos clientes que o têm contratado, autor de livro sobre
compliance para bancos e palestrante. Sem cargo no governo, sem
magistratura, a nova empreitada de Moro pode ser lida apenas como uma demonstração
do apreço ao dinheiro – lembremos que ele chegou a receber mais de R$ 100 mil
no Tribunal Federal da 4ª Região por causa dos “penduricalhos” – e de falta de
imaginação, engordando ainda mais fila da “porta giratória” da Lava-Jato
Moro é anunciado como sócio-diretor de consultoria; empresa
é administradora judicial da Odebrecht
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro foi
anunciado como sócio-diretor da consultoria norte-americana de gestão de
empresas Alvarez & Marsal. Moro, que deixou o governo Bolsonaro em abril
após acusar o presidente de interferência política, atuará na sede da empresa
em São Paulo, na área de de "Disputas e Investigações".
Flávio Bolsonaro, denunciado pelo MP, contou com a atuação
do governo do pai na busca de documentos para sua defesa. Foto: Pablo Jacob /
Agência O Globo
Abin produziu pelo menos dois relatórios de orientação para
Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para obter os
documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do caso Queiroz
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu pelo
menos dois relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados
sobre o que deveria ser feito para obter os documentos que permitissem embasar
um pedido de anulação do caso Queiroz. Nos dois documentos, obtidos pela coluna
e cuja autenticidade e procedência foram confirmadas pela defesa do senador, a
Abin detalha o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na
Receita Federal (RFB), que, segundo suspeita dos advogados de Flávio, teria
feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relatório que
gerou o inquérito das rachadinhas. Enviados em setembro para Flávio e repassados
por ele para seus advogados, os documentos contrastam com uma versão do general
Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que
afirmou publicamente que não teria ocorrido atuação da Inteligência do governo
após a defesa do senador levar a denúncia a Bolsonaro, a ele e a Alexandre
Ramagem, diretor da Abin, em 25 de agosto.
Um dos documentos é autoexplicativo ao definir a razão
daquele trabalho. Em um campo intitulado “Finalidade”, cita: “Defender FB no
caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados
aos dados fiscais de FB”. Os dois documentos foram enviados por WhatsApp para
Flávio e por ele repassados para sua advogada Luciana Pires.
O primeiro contato de Alexandre Ramagem com o caso foi numa
reunião no gabinete de Bolsonaro, em 25 de agosto, quando recebeu das mãos das
advogadas de Flávio uma petição, solicitando uma apuração especial para obter
os documentos que embasassem a suspeita de que ele havia sido alvo da Receita.
Ramagem ficou com o material, fez cópia e devolveu no dia seguinte a Luciana
Pires, que voltou ao Palácio do Planalto para pegar o documento, recebendo a
orientação de que o protocolasse na Receita Federal. A participação da Abin, a
partir daí, seguiria por meio desses relatórios, enviados a Flávio Bolsonaro,
com orientações sobre o que a defesa deveria fazer.
No primeiro relatório, o que especifica a finalidade de
“defender FB no caso Alerj”, a Abin classifica como uma “linha de ação” para
cumprir a missão: “Obtenção, via Serpro, de ‘apuração especial’, demonstrando
acessos imotivados anteriores (arapongagem)”. O texto discorre
então sobre a dificuldade para a obtenção dos dados pedidos à Receita e, num
padrão que permanece ao longo do texto, faz imputações a servidores da Receita
e a ex-secretários, a exemplo de Everardo Maciel.
“A dificuldade de obtenção da apuração especial (Tostes) e
diretamente no Serpro é descabida porque a norma citada é interna da RFB da
época do responsável pela instalação da atual estrutura criminosa — Everardo
Maciel. Existe possibilidade de que os registros sejam ou já estejam sendo
adulterados, agora que os envolvidos da RFB já sabem da linha que está sendo
seguida”, diz o relatório, referindo-se a José Tostes Neto, chefe da Receita.
O relatório sugere a substituição dos “postos”, em provável
referência a servidores da Receita, e, sem dar mais detalhes, afirma que essa
recomendação já havia sido feita em 2019.
“Permanece o entendimento de que a melhor linha de ação para
tratar o assunto FB e principalmente o interesse público é substituir os postos
conforme relatório anterior. Se a sugestão de 2019 tivesse sido adotada, nada
disso estaria acontecendo, todos os envolvidos teriam sido trocados com pouca
repercussão em processo interno na RFB!”, explica o texto.
A agência traça em seguida outra “alternativa de
prosseguimento”, que envolveria a Controladoria-Geral da União (CGU), o Serviço
Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Advocacia-Geral da União (AGU).
“Com base na representação de FB protocolada na RFB
(Tostes), CGU instaura sindicância para apurar os fatos no âmbito da
Corregedoria e Inteligência da Receita Federal; Comissão de Sindicância
requisita a Apuração Especial ao Serpro para instrução dos trabalhos. Em caso
de recusa do Serpro (invocando sigilo profissional), CGU requisita
judicialização da matéria pela AGU. (...) FB peticiona acesso à CGU aos autos
da apuração especial, visando instruir Representação ao PGR Aras, ajuizamento
de ação penal e defesa no processo que se defende no RJ”, recomenda o texto,
resumindo qual é a estratégia: “Em resumo, ao invés da advogada ajuizar ação
privada, será a União que assim o fará, através da AGU e CGU — ambos órgãos sob
comando do Executivo”.
Ainda nesse primeiro documento, outros dois servidores
federais são acusados pela Abin, o corregedor-geral da União, Gilberto Waller
Júnior, e o corregedor da Receita, José Barros Neto.
“Existem fortes razões para crer que o atual CGU (Gilberto
Waller Júnior) não executar(ia) seu dever de ofício, pois é PARTE do problema e
tem laços com o Grupo, em especial os desmandos que deveria escrutinar no
âmbito da Corregedoria (amizade e parceria com BARROS NETO)”, disse o texto.
Um parêntese curioso. Neste trecho, já no fim do documento,
a Abin, comandada pelo delegado da PF Alexandre Ramagem, sugere que Bolsonaro
demita Waller Júnior da Corregedoria-Geral e coloque no lugar dele um policial
federal: “Neste caso, basta ao 01 (Bolsonaro) comandar a troca de WALLER por
outro CGU isento. Por exemplo, um ex-PF, de preferência um ex-corregedor da PF
de sua confiança”.
O outro documento enviado pela Abin a Flávio e repassado por
ele a sua advogada traça uma “manobra tripla” para tentar conseguir os
documentos que a defesa espera.
As orientações da agência aqui se tornam bem específicas.
“A dra. Juliet (provável referência à advogada Juliana
Bierrenbach, também da defesa de Flávio) deve visitar o Tostes, tomar um
cafezinho e informar que ajuizará a ação demandando o acesso agora exigido”,
diz a primeira das três ações, chamadas pela Abin de “diversionária”.
Em seguida, o texto sugere que a defesa peticione ao chefe
do Serpro o fornecimento de uma apuração especial sobre os dados da Receita,
baseando-se na Lei de Acesso à Informação — o que de fato a defesa de Flávio
Bolsonaro faria. A Abin ressalta que o pedido deve ser por escrito. “O e-sic
(sistema eletrônico da Lei de Acesso) deve ser evitado pois circula no sistema
da CGU e GILBERTO WALLER integra a rede da RFB”, explicou a Abin.
E, por fim, o relatório sugere “neutralização da estrutura
de apoio”, a demissão de “três elementos-chave dentro do grupo criminoso da
RF”, que “devem ser afastados in continenti”. “Este afastamento se resume a uma
canetada do Executivo, pois ocupam cargos DAS. Sobre estes elementos pesam
condutas incompatíveis com os cargos que ocupam, sendo protagonistas de
diversas fraudes fartamente documentadas”, afirma o texto, sem especificar que
condutas seriam essas. E cita os nomes de três servidores: novamente o
corregedor José Barros Neto; o chefe do Escritório de Inteligência da Receita
no Rio de Janeiro, Cléber Homem; e o chefe do Escritório da Corregedoria da
Receita no Rio, Christiano Paes. Num indicativo de que Bolsonaro talvez esteja
seguindo a recomendação da Abin contra os servidores, Paes pediu exoneração do
cargo na semana passada.
Procurado, o GSI negou a existência dos documentos, mesmo
informado que a autenticidade de ambos havia sido confirmada pela defesa de
Flávio Bolsonaro, e manteve a versão de que não se envolveu no tema. Procurada,
a advogada Luciana Pires confirmou a autenticidade dos documentos e sua
procedência da Abin, mas recusou-se a comentar seu conteúdo.
A Abin não respondeu aos questionamentos sobre a origem das
acusações feitas nos relatórios nem se produziu mais documentos além dos dois
obtidos pela coluna. Alexandre Ramagem, diretor da agência, atualmente voltou a
ser cotado para comandar a Polícia Federal, caso Bolsonaro seja inocentado no
inquérito que investiga se ele queria controlar a corporação ao nomear Ramagem,
amigo de seus filhos, para a direção da PF.
Quando todos os órgãos de controle são aparelhados, seus arapongas negam até o fim as devassas e interferências, deixando aos demais despachantes do poder de turno a tarefa de engavetar o caso por “falta” de (coleta de) provas, mesmo quando elas vêm a público pela imprensa.
Surge a prova que comprova a fraude jurídica contra o
ex-presidente Lula, que destruiu a democracia e a economia brasileira - e
depois premiou Moro como sócio milionário da Alvarez & Marsal
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo revela que a
consultoria estadunidense que contratou Moro aparece na Lava Jato, em 2017,
numa petição da defesa de Lula, com documentos comprovando que o tríplex do
Guarujá, o centro de todo processo contra o ex-presidente, era mesmo da OAS.
Escreveu Azevedo: "Em uma petição enviada ao então juiz
Sérgio Moro no dia 19 de abril de 2017, a defesa de Lula exibia dois documentos
demonstrando que o tal tríplex de Guarujá não pertencia ao ex-presidente. Era,
na verdade, propriedade da OAS. E quem é que listava o imóvel como patrimônio
da empreiteira? Ninguém menos do que a Alvarez & Marsal, empresa de que
Moro agora é sócio honrado e acima de qualquer suspeita. Isso está devidamente
documentado".
Ao fim da reportagem, Azevedo pergunta: "Pergunta: será
que, hoje, Moro acredita na palavra da empresa de que ele é sócio diretor? Ou
ainda: será que, agora como empresário com ganhos milionários, ele espera que
juízes façam como ele fez e ignorem o que certifica a A&M?"
Ou ainda: será que, agora como empresário com ganhos milionários, ele espera que juízes façam como ele fez quando condenou o ex-presidente e ignorem o que certifica a A&M? https://t.co/LjDqGk8xfm via @UOLNoticias@UOL
No intervalo de cinco dias, em 2018, seu advogado mudou sua
declaração de patrimônio de R$ 89.980 para R$ 1,05 milhão
Joice Hasselmann, candidata do PSL à Prefeitura de São
Paulo, declarou irregularmente seus bens à Justiça Eleitoral quando se elegeu
deputada federal em 2018.
Valores divergentes de patrimônio, bem como a ausência do
documento no sistema oficial, que é obrigatório, podem render processo na
Justiça, levando à perda de mandato e até detenção em caso de condenação.
O não envio da declaração de bens da deputada ao TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) foi confirmado pela campanha:
“O partido, ao fazer o registro da candidatura em 2018, se
equivocou e não lançou o patrimônio da candidata, que estava devidamente
informado no seu Imposto de Renda.”
Joice declarou, em 13 de agosto de 2018, que não possuía
patrimônio, contradizendo declaração de Imposto de Renda enviada à reportagem
por sua campanha, que indicava bens equivalentes a R$ 89.980 em 2017.
Ela tinha capital social em uma empresa (R$ 1.900), um
Peugeot 206 (R$ 18 mil) e um terreno em Curitiba (R$ 70 mil).
Seu advogado, no entanto, encaminhou uma retificação
ao TRE, cinco dias depois, em 18 de agosto, informando que a candidata
teria bens avaliados em R$ 1,05 milhão: R$ 150 mil em depósitos em contas
bancárias e uma “construção” de R$ 900 mil.
O UOL enviou as seguintes perguntas para Gustavo Guedes,
advogado da deputada, na manhã de segunda-feira (5) e, até o momento, não
obteve respostas:
Esse valor [R$ 1,050 milhão], mesmo que inclua dívidas,
não foi declarado no CANDex para ocultar publicamente os bens da candidata?
O que houve para que ela tenha aumentado tanto seus bens
em tão curto espaço de tempo?
O que houve com esses bens também não declarados ao TRE
em 2020?
Por que a campanha me mandou a declaração de imposto de
renda de 2017 e não a declaração enviada ao TRE em agosto de 2018, indicando
valores muito superiores ao de 2017?
O sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Manoel Silva
Rodrigues, preso desde junho de 2019 na Espanha, continua como um quadro da
ativa na instituição e segue recebendo salário.
A informação foi publicada neste domingo (2) pelo site UOL, que revelou
a situação através de levantamento junto ao Portal da Transparência. Segundo o
site, o sargento recebe R$ 8,1 mil por mês e desde a prisão na Espanha recebeu
R$ 97,5 mil reais em salários, verbas indenizatórias e gratificações.
Rodrigues é réu no Brasil por tráfico de drogas de R$ 6,3
milhões, conforme aponta o site com informações do Ministério Público Militar.
O site mostra ainda que não houve pedido de bloqueio na Justiça Militar e que o
processo de exclusão do sargento da FAB já foi aberto, mas demanda o trânsito
em julgado das acusações para ser concluído.
Pacote de cocaína
O sargento foi preso em junho de 2019 em meio à comitiva que
acompanhava o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante viagem à cúpula do
G20. Rodrigues viajava em uma aeronave de apoio e não estava junto com o
presidente. A cocaína foi encontrada
pela Guarda Civil da Espanha na bagagem do sargento da FAB durante uma
vistoria no aeroporto de Sevilha. À época os espanhóis disseram ter encontrado
39 kg, mas a investigação no Brasil apontou que eram 37 kg, valor considerado
na denúncia brasileira.
Rodrigues foi
condenado na Espanha a seis anos de prisão com multa fixada de dois
milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões). No Brasil, a promotoria, através de
Lei de Drogas, pede pena de 15 anos de prisão para o sargento por tráfico de
drogas. O período pode aumentar em dois terços em função do delito
internacional e pelo fato de Rodrigues ter tirado vantagem de seu cargo. Ainda
segundo o site, dentro do código penal militar, a pena máxima é de cinco anos
para o crime.
Cientistas contrariam autoridades de saúde e provam que
crianças com menos de cinco anos podem ter grandes cargas de coronavírus em
seus narizes.
Pesquisadores nos EUA observaram 145 pacientes em uma cidade
norte-americana durante cerca de um mês, descobrindo que a fraca mortalidade dos humanos mais jovens esconde
uma surpresa.
As crianças com menos de cinco anos são um fator
importante na transmissão do coronavírus devido ao vírus estar presente em
níveis muito maiores nos narizes das crianças em comparação com outros grupos
etários, concluiu um estudo publicado na revista cientifica JAMA Pediatrics.
Citados pelo portal Science Alert, os autores
examinaram, entre 23 de março e 27 de abril, 145 pacientes com sintomas
moderados de COVID-19, em Chicago, capital do estado de Illinois, EUA. Foram
excluídos doentes com infeção severa devido a baixos valores de tomografia
computadorizada (TC), pacientes com durações indeterminadas dos sintomas, bem
como aqueles cujos sintomas se iniciaram mais de uma semana antes do estudo.
Teste de coronavírus em Iraque
Os pesquisadores dividiram os pacientes em três grupos. O
primeiro teve 46 crianças com menos de cinco anos de idade, o segundo teve 51
crianças entre cinco e 17 anos de idade, e o terceiro teve 48 adultos entre 18 e 65 anos de idade.
"As diferenças observadas nos valores medianos da
TC entre crianças pequenas e adultos se aproximam de uma quantidade dez a 100
vezes maior de SARS-CoV-2 no trato respiratório superior de crianças
pequenas", relatou a equipe.
"Assim, as crianças pequenas podem ser agentes
potencialmente importantes de propagação do SARS-CoV-2 na população em geral,
como foi demonstrado com o vírus respiratório sincicial, onde as crianças com
altas cargas virais são mais propensas a transmitir."
A pesquisa assim vai contra a percepção geral de que as
crianças não só estão mais protegidas dos efeitos do vírus, como também não o espalham às outras pessoas.
Um estudo recente na Coreia do Sul descobriu que
crianças entre dez e 19 anos de idade transmitiam a COVID-19 dentro dos lares
tanto quanto adultos, mas que crianças menores de nove anos transmitiram o
vírus a taxas mais baixas.
Em entrevista ao UOL, Rossieli Soares, Secretário Estadual
da Educação de São Paulo, diz que a falta de aulas é "muito danosa"
para os estudantes, e o risco zero de contágio só ocorrerá com uma vacina.
De acordo com o ex-ministro da Integração Nacional do
governo Michel Temer, Pádua Andrade, responsável por gerir o empreendimento,
antes de Bolsonaro assumir a presidência, o Eixo Norte da transposição, onde
Bolsonaro esteve estava 94% pronto quando ele assumiu o governo.
"O Eixo Norte é composto por três elevatórias e a
última delas chegou a ser inaugurada pelo presidente Temer. Mas após a
inauguração ocorreram problemas com algumas placas que se soltaram. Fizemos um
projeto de restauração e reforço, mas não conseguimos finalizar na nossa
gestão", afirmou o ex-ministro ao jornalista Chico Alves, colunista
do UOL.
247 - O Comitê da ONU sobre Desaparecimentos Forçados pediu
explicações ao governo Jair Bolsonaro sobre o desmonte que vem sendo feito nos
sistemas de prevenção e monitoramento da tortura no Brasil, além de cobrar
sobre as providências tomadas para investigar os autores de crimes cometidos
durante a ditadura militar. Segundo reportagem o jornalista Jamil Chade, no
UOL, o comitê também pediu informações sobre o andamento das investigações de
crimes cometidos pelas milícias no país.
De acordo com a reportagem, o documento da ONU cobrando
explicações foi enviado ao Itamaraty no dia 19 de maio, e “como o Brasil
integra os mecanismos da ONU, o Brasil será obrigado a dar respostas”. “O
governo está sendo avaliado pelo Comitê e, há poucos meses, submeteu um informe
ao organismo para explicar o que vinha sendo feito no país. O Comitê da ONU,
porém, deixou claro que não ficou satisfeito com as explicações do governo e
agora quer novas informações”, diz Chade.
“No novo documento, portanto, o organismo quer saber
explicitamente se o estado está investigando milícias e grupos paramilitares. A
entidade deixa claro que, na resposta, vai querer "números" de
quantos casos existem e quantos foram condenados. Outro ponto destacado pelo
comitê se refere à independência dos processos de investigação”, ressalta.
Movimento Negro denúncia mortes e violência policial na ONU
e OEA ☀
Conversamos com as advogadas Sheila de
Carvalho e Allyne Andrade e Silva sobre os dois anos da morte de Marielle e as
políticas de segurança pública no Rio e São Paulo.