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sábado, 11 de maio de 2024

GOVERNO AFIRMA QUE QUER DESVINCULAR O SALÁRIO MÍNIMO DA PREVIDÊNCIA E ACABAR COM O ATUAL PISO DE RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO


Nem FHC, nem Temer, nem Bolsonaro tiveram coragem de fazer essa desvinculação, que pode provocar graves perdas para aposentados


Auditoria Cidadã da Dívida

Conforme mostrou o Portal Uol, “Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira, a ministra da Planejamento, Simone Tebet, disse que já discute com sua equipe um cardápio de propostas que inclui a desvinculação de aposentadorias e benefícios sociais da política de ganhos reais do salário mínimo, avaliando também alternativa para o piso de despesas com Educação.” (Saiba mais )

Nem FHC, nem Temer nem Bolsonaro tiveram coragem de fazer essa desvinculação, que pode provocar graves perdas para aposentados . O argumento é sempre o mesmo: o de que o governo não teria recursos para estes aumentos reais (das aposentadorias e do piso de recursos para a Educação), aumentos estes que já têm sido bastante limitados.

Enquanto isso, o gasto com juros e amortizações da dívida pública federal – a verdadeira vilã do orçamento – continua sem limite algum: quase R$ 1 TRILHÃO (R$ 904 bilhões) somente até 2 de maio, ou 53% de todos os recursos pagos pelo governo federal até essa data.


 

#DireitosSociais #AuditoriaCidadãdaDívida #AuditoriaJá #ACD

 Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


Economia 01

Economia 02


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segunda-feira, 5 de julho de 2021

Denúncia prova que Jair é o verdadeiro "01" no esquema de corrupção dos Bolsonaro (áudio)


Mulher de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar afirmou que "o 01, o Jair, não vai deixar", ao comentar sobre um possível retorno do marido para um cargo de assessor de Flávio Bolsonaro. Filha do ex-assessor, Nathália Queiroz disse que o "01" iria cobrá-lo por continuar fazendo supostas articulações políticas mesmo escondido em Atibaia (SP)




 247 - A mulher e a filha de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar e Nathália Queiroz, fizeram referência a Jair Bolsonaro como "01", durante uma troca de mensagens. Márcia afirmou que "o 01, o Jair, não vai deixar", ao comentar sobre um possível retorno de Queiroz para seu antigo cargo de assessor de Flávio Bolsonaro, conforme apontaram áudios de outubro de 2019, período em que o policial militar reformado ficou escondido na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, em Atibaia (SP). 

Essa é uma das revelações de uma sequência de reportagens da jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, que obteve vários áudios: na primeira, aparece a gravação da ex-cunhada; na segunda, mostra-se que um coronel do Exército, Guilherme dos Santos Hudson, ao lado do ex-PM Fabrício Queiroz, recolhia os salários dos servidores; na terceira, a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, chama Jair Bolsonaro de "01", indicando-o como chefe do esquema de roubo do dinheiros dos funcionários dos gabinetes do clã.

A conversa entre Márcia Aguiar e Nathália Queiroz aconteceu após uma reportagem do jornal O Globo apontar que Queiroz seguia fazendo articulações políticas apesar das investigações no Ministério Público do Rio (MP-RJ), que denunciou tanto ele como Flávio Bolsonaro no ano passado. Em áudio para a madrasta, Nathália reclamou de Queiroz e o chamou de "burro" por continuar fazendo as articulações. Márcia desabafou sobre a situação e citou Jair Bolsonaro.

"É chato também, concordo. É que ainda não caiu a ficha dele que agora voltar para a política, voltar para o que ele fazia, esquece. Bota anos para ele voltar. Até porque o 01, o Jair, não vai deixar. Tá entendendo? Não pelo Flávio, mas enfim não caiu essa ficha não. Fazer o quê? Eu tenho que estar do lado dele", afirmou Márcia, em trecho exclusivo.

A mulher de Queiroz comparou a situação do ex-assessor de Flávio, escondido em Atibaia, com a de um preso. "Essa vida, a gente não tem que confiar em ninguém. Se bobear, nem na própria família. Ainda mais num caso desse daí. Ele [Queiroz] fala da política como se tivesse lá dentro trabalhando e resolvendo. Um exemplo que eu tenho, que parece. Parece aquele bandido que tá preso dando ordens aqui fora. Resolvendo tudo."

Ao ouvir a mensagem, Nathália Queiroz disse ainda que o "01" iria cobrar Queiroz pela situação. "Ai Márcia, é foda. é foda. Quando tá tudo quietinho para piorar as coisas, vem a bomba vindo do meu pai. O advogado, o 01, todo mundo vai comer o cu dele. E ele ainda vai achar normal. Você conhece meu pai. Vai falar: 'não falei nada demais'. Sempre acha que não é nada demais".

Ouça o áudio:



UOL

Documentos de quebra de sigilo obtidos pelo UOL mostram 12 anos de movimentações suspeitas e indícios de devolução ilegal de salários nos gabinetes de Jair Bolsonaro (enquanto deputado federal), Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro. Ex-funcionários - como Natália Queiroz, Jaci dos Santos e Mariana Mota - que tiveram sigilo quebrado sacaram a maior parte do salário das contas. As investigações sobre Flávio e Carlos continuam. O presidente não pode ser investigado enquanto estiver no cargo

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quarta-feira, 3 de março de 2021

Com Bolsonaro e Guedes, economia derrete e PIB de 2020 cai 4,1%, maior recuo desde 1996


Queda recorde também marca interrupção no crescimento econômico de três anos seguidos


Aroeira Cartum

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma queda de 4,1% em 2020 em comparação com o ano anterior. Trata-se do maior recuo já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 1996.

Com isso, o PIB totalizou uma soma de R$ 7,4 trilhões no ano passado. Em relação ao PIB per capita, ou seja, por habitante, houve um acúmulo de R$ 35.172 em 2020, recuo recorde de 4,8% em relação a 2019. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda recorde no PIB também marca uma interrupção no crescimento econômico de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o índice acumulou alta de 4,6%.

Especialistas atribuem a queda aos efeitos da pandemia do coronavírus na economia. Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o resultado do PIB é efeito da paralisação das atividades econômicas para controle da disseminação do vírus.

“Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, afirmou a coordenadora em entrevista ao UOL.

Fonte: Revista Fórum


Revista Fórum

Rovai e Attuch: Bolsonaro se diverte e faz piada enquanto povo morre de Covid e de fome

Os editores do 247 e da Fórum, Leonardo Attuch e Renato Rovai, debatem as principais notícias da semana.

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

“Tá ficando shou”, disse Dallagnol sobre Power Point contra Lula


No dia seguinte à entrevista coletiva, o responsável por produzir o Power Point escreveu que "as bolinhas fizeram sucesso" e Dallagnol respondeu com um "kkk"


Dallagnol e o power point contra Lula (Arquivo)

Um dia antes da entrevista coletiva em que exibiu supostas denúncias contra Lula em um power point gigante, o procurador Deltan Dallagnol elogiou a pessoa responsável pela apresentação e achou melhor não usar a imagem do ex-presidente, mostrando que participou ativamente da produção da peça, calculada para causar impacto e render imagens na mídia.

“Melhor não usarmos a imagem do Lula, mas um quadrado escrito LULA simplesmente. Ou uma imagem de pessoa como as demais do gráfico, e embaixo LULA. Tá ficando shou”, escreveu o procurador em um grupo de aplicativos do Telegram no dia 13 de setembro de 2016, véspera da entrevista.

Segundo reportagem de Nathan Lopes, no portal Uol nesta quinta-feira (18), os diálogos revelados no material apreendido pela Operação Spoofing, mostram ainda a ironia do procurador.

Em conversa com o produtor, identificado como “Douglas Prpr”, Dallagnol respondeu com um “kkk” a mensagem de que a foto na imagem seria “só para tirar onda”.

No dia seguinte à apresentação, Douglas escreveu que “as bolinhas fizeram sucesso” e Dallagnol respondeu com um “kkk”.

Em entrevista ao mesmo portal Uol, em julho de 2020, Dallagnol disse que poderia ter feito o PowerPoint assim como a apresentação da acusação de “modo diferente para evitar críticas”.

Fonte: Revista Fórum


HUMOR



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

'Não adianta ficar em casa chorando', diz Bolsonaro em dia com 1.452 mortes


No dia em que o Brasil divulgou o maior número de mortes pela covid-19, registradas em 24 horas, em 2021 (1.452 óbitos), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as políticas de isolamento social e defendeu a volta ao trabalho.



 

UOL

Bolsonaro em dia com recorde de mortes por covid-19: "Não adianta ficar em casa chorando"

Assista ao VÍDEO


"A vida continua, temos que enfrentar as adversidades. Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum. Vamos respeitar o vírus, voltar a trabalhar, porque sem a economia não tem Brasil", disse o presidente durante sua live semanal.

Com os novos óbitos computados entre ontem e hoje, o país chegou a 236.397 mortes causadas pelo coronavírus desde o início da pandemia, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Até então, o maior número de óbitos diários em 2021 havia sido registrado em 28 de janeiro (1.439).

A média móvel de óbitos dos últimos sete dias — 1.073 — também é a maior registrada neste ano. Este é o segundo maior período em que o Brasil apresenta média de mortes acima de mil em toda a pandemia. Ao todo, já são 22 dias. A sequência mais longa ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias).


UOL

Importação de medicamento experimental

Assista ao VÍDEO


Durante a live, Bolsonaro ainda anunciou que deve conversar amanhã com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a possibilidade de importar um medicamento experimental contra o câncer que pode ajudar na recuperação de pacientes de covid-19 hospitalizados.

"Em Israel é um spray [que estão testando], estamos em contato, já está acertado o encontro virtual [com Netanyahu] para falarmos sobre esse novo spray que está servindo, pelo menos experimentalmente, para pessoas em estado grave. Está em estado grave? Toma, poxa, vai esperar ser intubado?", questionou o presidente.

Lá [em Israel] está sendo desenvolvido, em fase final, um remédio para curar [sic] a covid-19. Quando falei remédio lá atrás, levei pancada, entraram na pilha da vacina. O cara que entra na pilha só da vacina é um idiota útil, porque devemos ter varias opções. Para quem está contaminado, não adianta vacina.Jair Bolsonaro, ao explicar interesse em medicamento experimental

Ele também fez uma falsa equivalência ao comparar a ausência de evidências mais robustas sobre a eficácia do medicamento com o fato de as vacinas contra a covid-19 não terem registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ao contrário do spray testado em Israel, os imunizantes hoje utilizados no Brasil e no mundo têm eficácia, qualidade e segurança atestados por estudos clínicos.

Fonte: UOL


No Twitter


 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Jamil Chade: Biden deverá desmontar agenda que uniu Trump e líderes populistas, como Bolsonaro


(Foto: KEVIN LAMARQUE/REUTERS)

 Governo do presidente dos EUA, Joe Biden, deverá se distanciar criadas por Donald Trump e outros líderes populistas, como Jair Bolsonaro. Objetivo é se afastar da “defesa de agendas religiosas, políticas ultraconservadoras, ataques às instituições multilaterais e de desmonte dos pactos de direitos humanos"


247 O governo do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deverá se distanciar “das alianças formais e informais que tinham sido criadas nos últimos anos” entre seu antecessor, Donald Trump, e outros líderes populistas, como Jair Bolsonaro. Segundo reportagem do jornalista Jamil Chade, no UOL, o objetivo é se afastar da “defesa de agendas religiosas, políticas ultraconservadoras, negacionismo ambiental, ataques às instituições multilaterais e de desmonte dos pactos de direitos humanos”.

De acordo com Chade, um dos indicativos da mudança de agenda que deve ser imposta por Biden foi feito pelo novo chefe da diplomacia dos EUA. “Questionado por mais de quatro horas, o experiente negociador que irá assumir o Departamento de Estado norte-americano foi explícito em dizer que será uma de suas prioridades lidar com a ameaça do populismo”.

Dentre os planos expostos por ele,  está “a ideia da realização no segundo semestre do ano de uma cúpula para a promoção da democracia, reunindo países aliados”. O encontro seria uma espécie de “resposta ao movimento mundial de extrema direita, assim como um marco de sua presidência diante de ditaduras pelo mundo”, ressalta o jornalista. “Diplomatas brasileiros interpretaram a referência ao projeto como um sinal claro de que o tema da "democracia" estará presente nas decisões de Biden e que isso, potencialmente, pode ser uma pressão sobre o governo Bolsonaro”, afirma. 

Ainda conforme Jamil Chade, “Blinken ainda deixou claro que a agenda ambiental do novo governo americano será implementada "imediatamente". Isso inclui a volta ao Acordo Climático de Paris e o engajamento de Washington em negociações em diferentes fóruns”.

Chade também destaca que o governo Biden ‘colocará "atenção sustentável" nas questões das Américas e que a região será uma "área de foco"’. 


UOL

Joe Biden faz o 1° discurso como presidente dos EUA: "A democracia prevaleceu" O democrata Joe 

Biden tomou posse como presidente dos EUA nesta quarta-feira (20). Ele assume presidência em cerimônia com segurança reforçada e sem a presença de Donald Trump. "Este é o dia da América ... Hoje celebramos o triunfo não de um candidato, mas de uma causa - a causa da democracia", afirmou. "Eu serei um presidente para todos os americanos", disse na posse.





No Twitter


 

 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Brasil de Bolsonaro atinge a marca de 39,9 milhões de pessoas na miséria



Número de famílias em extrema pobreza cadastradas no CadÚnico superou a casa de 14 milhões e alcançou o maior índice desde o final de 2014


O total de pessoas na miséria no Brasil hoje equivale a cerca de 39,9 milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério da Cidadania. Entram na conta de famílias de baixa renda aquelas que têm renda de até R$ 89 por pessoa (renda per capita).

Além destas, até outubro, havia no país outras 2,8 milhões de famílias em situação de pobreza, com renda per capita média de moradores entre R$ 90 e R$ 178.

De acordo com informações do repórter Carlos Madeiro, para o UOL, o número de famílias em extrema pobreza cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único para programas sociais do governo federal) superou a casa de 14 milhões e alcançou o maior número desde o final de 2014.

O cadastro é atualizado constantemente e reflete as mudanças na condição de vida no país. O objetivo é que o governo saiba a renda das famílias e pague um valor complementar para superação da extrema pobreza no valor de R$ 41 a R$ 205, caso a família esteja inscrita e aprovada no Bolsa Família.

A tendência para este mês é que a pobreza cresça no país com o fim de auxílio emergencial e outros programas que auxiliaram pessoas, entes e empresas por conta da pandemia.

Com o fim do auxílio emergencial, a média do valor pago vai baixar de R$ 329,19 para R$ 190, como era antes da pandemia.


Famílias em extrema pobreza:

02/2016 – 11.898.567

06/2016 – 12.707.404

10/2016 – 12.289.970

02/2017 – 12.389.174

06/2017 – 12.698.284

10/2017 – 12.313.510

02/2018 – 12.687.757

06/2018 – 12.857.736

10/2018 – 12.966.142

02/2019 – 13.068.178

06/2019 – 13.283.061

10/2019 – 13.310.467

02/2020 – 13.459.111

06/2020 – 13.752.105

10/2020 – 14.058.673

Fonte: CadÚnico, Ministério da Cidadania

Com informações do UOL

Fonte: Revista Fórum


Canal Sempre na Luta - Rogério Correia

Olha isso: até a TV Globo admite que o desemprego era menor nos tempos de Lula e Dilma. O vídeo mostra Christiane Pelajo, apresentadora do Jornal da Globo na época, falando da taxa de pessoas sem emprego no fechamento de 2014. Repare, no fim do vídeo de 30 segundos, o gráfico mostrando claramente como o desemprego foi caindo, caindo, caindo, desde a posse de Lula, em 2003.

O resto da história infelizmente conhecemos. A partir de 2

015, o triplex do golpe, formado por Aécio, Temer e Cunha, conseguiu abrir o processo de impeachment contra Dilma e sabotou o seu governo, até a queda definitiva, em 2016.

O desemprego, com Temer, voltou àquelas taxas monstruo

sas dos tempos de governo FHC.

Ê, saudade do Lula!...

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Marcelo Crivella, prefeito do Rio, é preso por suspeita de chefiar esquema de propina


O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella.

Prisão foi realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, em um desdobramento da operação que investiga um suposto ‘QG’ da corrupção na Administração municipal

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira durante uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil. A poucos dias de deixar a prefeitura ―o prefeito eleito Eduardo Paes (DEM) toma posse em 1º de janeiro―, Crivella foi detido em sua casa e levado para prestar depoimento no início da manhã. Procurada, a Promotoria confirmou que realizou uma operação “para cumprir mandados de prisão contra integrantes de um esquema ilegal que atuava na Prefeitura do Rio”, mas que, em razão de sigilo de Justiça, não poderia fornecer outras informações.

Segundo noticiou a TV Globo, que mostrou o momento da condução do prefeito para a Cidade da Polícia, Crivella foi preso em um desdobramento da Operação Hades, iniciada no dia 10 março, que apura suspeita de irregularidades na Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur). Ainda de acordo com a emissora, ao menos outras seis pessoas foram presas, incluindo o empresário Rafael Alves, apontado como operador do esquema.

Como mostrou reportagem do EL PAÍS em setembro, o prefeito é acusado pelo Ministério Público de montar um “QG da Propina”, esquema que motivou a abertura do processo de um impeachment na Câmara Municipal. Alves, que é irmão de Marcelo Alves, ex-presidente da Riotur, é suspeito de direcionar licitações, burlar a ordem cronológica de pagamentos que o Tesouro Municipal devia a empresas e, segundo a investigação, tinha poderes de indicar cargos.

Em um vídeo gravado durante a busca e apreensão na casa dele, em março, Crivella supostamente liga para um dos celulares de Rafael Alves para avisar de uma busca na Riotur e é atendido pelo delegado da Polícia Civil responsável pela ação. Ao perceber que não se tratava de Alves ao telefone, Crivella encerra a chamada. A desembargadora Rosa Helena Guita, que deu a ordem de busca na ocasião e determinou a prisão do prefeito nesta terça, disse que na época que “a subserviência de Crivella a Rafael Alves é assustadora”.

Ao ser preso nesta terça, Crivella afirmou aos jornalistas ser vítima de “perseguição política”, em declaração na entrada da Polícia Civil às 6h35. “Lutei contra o pedágio ilegal injusto, tirei recursos do carnaval, negociei o VLT, fui o Governo que mais atuou contra a corrupção no Rio de Janeiro”, disse. Questionado sobre sua expectativa agora, o prefeito disse: “Justiça”.

Em 10 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro cumprimenta o prefeito Marcelo Crivella, em um evento das Forças Armadas, no Rio. Bolsonaro apoiou Crivella na disputa municipal, mas o prefeito não conseguiu se reeleger.HANDOUT / REUTERS

Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por seu tio, o bispo Edir Macedo, Marcelo Crivella foi eleito prefeito do Rio de Janeiro em 2016, mas não conseguiu reeleger-se, apesar do apoio explícito do presidente Jair Bolsonaro, após acumular críticas a sua gestão. O presidente da Câmara do Rio, Jorge Felippe (DEM), deve assumir a Administração municipal pois o vice de Crivella, Fernando McDowell, morreu em 2018.

Já Eduardo Paes comentou pelo Twitter a prisão, afirmando que o trabalho de transição de Governo será mantido. “Conversei nessa manhã com o presidente da câmara de vereadores Jorge Felipe para que mobilizasse os dirigentes municipais para continuar conduzindo suas obrigações e atendendo a população. Da mesma forma, manteremos o trabalho de transição que já vinha sendo tocado”, escreveu.


Fonte: EL PAÍS BRASIL


UOL

O prefeito Marcelo Crivella e membros do primeiro escalão do mandato estão entre os alvos da operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio que investiga corrupção. A ação cumpre 22 mandatos de busca e apreensão em endereços da prefeitura do Rio de Janeiro, de agentes públicos e de empresários.

Assista ao VÍDEO


Veja mais da repercussão da prisão de Marcelo Crivella no Twitter


 

 

domingo, 13 de dezembro de 2020

Sergio Moro entra na porta giratória da Lava-Jato


Assim como o ex-juiz, procuradores americanos que se dedicavam a investigar corrupção passaram a trabalhar para escritórios de advocacia que vendem serviços para empresas se “blindarem” exatamente desse tipo de investigação

Será na Vila Olímpia o próximo estágio da carreira do ex-juiz, ex-ministro e ex-bolsonarista de carteirinha Sergio Moro, agora na iniciativa privada.  A consultoria americana Alvarez e Marsal anunciou que Moro será o chefe de investigações, disputas e compliance no seu escritório envidraçado à beira da Marginal Tietê, pertinho do luxuoso Shopping JK. 

Especializada em reestruturação corporativa, a Alvarez & Marsal é a administradora judicial da Odebrecht, após a construtora ter pedido recuperação judicial por causa das investigações da Lava-Jato no Brasil, nos EUA e em dezenas de países da América Latina. A consultora já faturou 17,6milhões com o serviço, segundo reportagem do Uol. O Valor Econômico noticiou que o contrato de Moro o exime de advogar em causas em que haja conflito de interesses. 

Entre os sócios sêniores, a empresa orgulha-se de contar com um ex-agente do FBI, um ex-procurador do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) e outro do governo britânico, além de um ex-funcionário da NSA.  

Há alguns anos críticos vêm apontando para a escandalosa “porta giratória” entre os procuradores americanos que se dedicam a investigar corrupção e os riquíssimos escritórios de advocacia que têm vendido serviços para empresas se “blindarem” exatamente desse tipo de investigação. 

São jovens com ar de auto-satisfação e luxuosos escritórios com vista para os pontos mais cobiçados de Nova York ou Washington. O caso mais notório é Patrick Stokes, que liderou entre entre 2014 e 2016 o departamento de FCPA (corrupção transnacional) do DOJ e depois virou sócio no escritório Gibson, Dunn & Crutcher’s, em uma posição cujo salário chegou a R$ 3,2 milhões em 2017. Detalhe: a empresa foi a contratada pela Petrobras para negociar o acordo com o DOJ, assinado no final de 2018, dois anos depois de Patrick sair do cargo. O contrato traz a assinatura do advogado Joseph Warin, hoje sócio de Patrick.  

Em um breve levantamento feito com a jornalista Raphaela Ribeiro, identificamos que de 19 procuradores americanos envolvidos nas investigações da Lava Jato, do DOJ e do Securities and Exchange Commission (Sec), pelo menos seis foram para a iniciativa privada. 

Kevin Gingras, que veio ao Brasil em nome do DOJ entrevistar Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Alexandre Yousseff em julho de 2016, hoje é vice-presidente de litígios na empresa fabricante de armas e tecnologia de defesa Lockheed Martin Corporation. 

Charles Duross não chegou a trabalhar nos casos da Lava-Jato, mas liderou a unidade de corrupção internacional do DOJ até 2014. Estava nessa posição quando o governo americano começou a investigar a Embraer por corrupção na República Dominicana, o que levou a uma multa de mais de US$ 100 milhões para o governo dos EUA. 

Duross hoje é advogado associado no escritório Morrison & Foerster LLP. Ele foi indicado pelo DOJ para acompanhar as práticas anticorrupção que vêm sendo adotadas pela Odebrecht e o desenvolvimento do setor de “compliance”, depois da empreiteira concordar em pagar uma multa bilionária aos americanos.

Do lado do FBI, George “Ren” McEachern liderou até 2017 a Unidade de Corrupção Internacional em Washington, com mais de 40 agentes, supervisionando todas as investigações de corrupção ligadas à Lava Jato. Pouco depois, deixou o FBI para passar para a consultoria Exiger, onde ensina métodosde “compliance” e dá palestras para empresas como as médico-farmacêuticas Pfizer e Johnson&Johnson e a fabricante de armas militares Raytheon.

Aqui no Brasil, o pioneiro ao “mudar de lado” foi o procurador Marcelo Miller, que aparece como um dos principais articuladores com os americanos nas conversas da Vaza-Jato, propondo acordos diretamente a eles durante reuniões do grupo anticorrupção da OCDE. 

Em abril de 2017 ele deixou o MPF e em seguida virou sócio do escritório de advogados especializado em compliance Trench Rossi Watanabe. Miller se deu mal. O anúncio do afastamento foi feito às vésperas da delação de Joesley Batista, da JBS, que teve intermediação do mesmo escritório. Por ter atuado nas duas pontas do negócio, passou a ser investigado e foi denunciado pelo próprio MPF. Em setembro daquele ano a PGR rescindiu o acordo de colaboração de Joesley Batista mediado pelo procurador. E Miller saiu da empresa poucos meses depois de ser contratado, recebendo a bagatela de R$ 1,6 milhão, segundo reportagem do O Globo

Outro que pulou para a iniciativa privada foi o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. Hoje no seu linkedin ele se descreve como “advogado na área de compliance, investigações internas, monitoria, e acordos de leniência e colaboração premiada”. Virou consultor, segundo coluna de FaustoMacedo, sem dar o nome aos clientes que o têm contratado, autor de livro sobre compliance para bancos e palestrante. Sem cargo no governo, sem magistratura, a nova empreitada de Moro pode ser lida apenas como uma demonstração do apreço ao dinheiro – lembremos que ele chegou a receber mais de R$ 100 mil no Tribunal Federal da 4ª Região por causa dos “penduricalhos” – e de falta de imaginação, engordando ainda mais fila da “porta giratória” da Lava-Jato

 Texto especialmente produzido para a newsletter semanal da Agência Pública. Inscreva-se e receba materiais exclusivos como este toda sexta-feira! Natalia Viana


UOL

Moro é anunciado como sócio-diretor de consultoria; empresa é administradora judicial da Odebrecht

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro foi anunciado como sócio-diretor da consultoria norte-americana de gestão de empresas Alvarez & Marsal. Moro, que deixou o governo Bolsonaro em abril após acusar o presidente de interferência política, atuará na sede da empresa em São Paulo, na área de de "Disputas e Investigações".

Assista ao VÍDEO


sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

A ABIN E A OPERAÇÃO PARA ‘DEFENDER FB’ E ENTERRAR O CASO QUEIROZ


Flávio Bolsonaro, denunciado pelo MP, contou com a atuação do governo do pai na busca de documentos para sua defesa. Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Abin produziu pelo menos dois relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para obter os documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do caso Queiroz

 A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu pelo menos dois relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados sobre o que deveria ser feito para obter os documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do caso Queiroz. Nos dois documentos, obtidos pela coluna e cuja autenticidade e procedência foram confirmadas pela defesa do senador, a Abin detalha o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal (RFB), que, segundo suspeita dos advogados de Flávio, teria feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas. Enviados em setembro para Flávio e repassados por ele para seus advogados, os documentos contrastam com uma versão do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que afirmou publicamente que não teria ocorrido atuação da Inteligência do governo após a defesa do senador levar a denúncia a Bolsonaro, a ele e a Alexandre Ramagem, diretor da Abin, em 25 de agosto.

Um dos documentos é autoexplicativo ao definir a razão daquele trabalho. Em um campo intitulado “Finalidade”, cita: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”. Os dois documentos foram enviados por WhatsApp para Flávio e por ele repassados para sua advogada Luciana Pires.

Leia: Defesa de Flávio leva a Bolsonaro suspeita que pode anular caso Queiroz; governo se mobiliza para encontrar prova

O primeiro contato de Alexandre Ramagem com o caso foi numa reunião no gabinete de Bolsonaro, em 25 de agosto, quando recebeu das mãos das advogadas de Flávio uma petição, solicitando uma apuração especial para obter os documentos que embasassem a suspeita de que ele havia sido alvo da Receita. Ramagem ficou com o material, fez cópia e devolveu no dia seguinte a Luciana Pires, que voltou ao Palácio do Planalto para pegar o documento, recebendo a orientação de que o protocolasse na Receita Federal. A participação da Abin, a partir daí, seguiria por meio desses relatórios, enviados a Flávio Bolsonaro, com orientações sobre o que a defesa deveria fazer.

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No primeiro relatório, o que especifica a finalidade de “defender FB no caso Alerj”, a Abin classifica como uma “linha de ação” para cumprir a missão: “Obtenção, via Serpro, de ‘apuração especial’, demonstrando acessos imotivados anteriores (arapongagem)”. O texto discorre então sobre a dificuldade para a obtenção dos dados pedidos à Receita e, num padrão que permanece ao longo do texto, faz imputações a servidores da Receita e a ex-secretários, a exemplo de Everardo Maciel.

Leia: PGR instaura apuração preliminar sobre envolvimento do governo Bolsonaro na defesa de Flávio

“A dificuldade de obtenção da apuração especial (Tostes) e diretamente no Serpro é descabida porque a norma citada é interna da RFB da época do responsável pela instalação da atual estrutura criminosa — Everardo Maciel. Existe possibilidade de que os registros sejam ou já estejam sendo adulterados, agora que os envolvidos da RFB já sabem da linha que está sendo seguida”, diz o relatório, referindo-se a José Tostes Neto, chefe da Receita.

O relatório sugere a substituição dos “postos”, em provável referência a servidores da Receita, e, sem dar mais detalhes, afirma que essa recomendação já havia sido feita em 2019.

“Permanece o entendimento de que a melhor linha de ação para tratar o assunto FB e principalmente o interesse público é substituir os postos conforme relatório anterior. Se a sugestão de 2019 tivesse sido adotada, nada disso estaria acontecendo, todos os envolvidos teriam sido trocados com pouca repercussão em processo interno na RFB!”, explica o texto.

A agência traça em seguida outra “alternativa de prosseguimento”, que envolveria a Controladoria-Geral da União (CGU), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Advocacia-Geral da União (AGU).

“Com base na representação de FB protocolada na RFB (Tostes), CGU instaura sindicância para apurar os fatos no âmbito da Corregedoria e Inteligência da Receita Federal; Comissão de Sindicância requisita a Apuração Especial ao Serpro para instrução dos trabalhos. Em caso de recusa do Serpro (invocando sigilo profissional), CGU requisita judicialização da matéria pela AGU. (...) FB peticiona acesso à CGU aos autos da apuração especial, visando instruir Representação ao PGR Aras, ajuizamento de ação penal e defesa no processo que se defende no RJ”, recomenda o texto, resumindo qual é a estratégia: “Em resumo, ao invés da advogada ajuizar ação privada, será a União que assim o fará, através da AGU e CGU — ambos órgãos sob comando do Executivo”.

Ainda nesse primeiro documento, outros dois servidores federais são acusados pela Abin, o corregedor-geral da União, Gilberto Waller Júnior, e o corregedor da Receita, José Barros Neto.

“Existem fortes razões para crer que o atual CGU (Gilberto Waller Júnior) não executar(ia) seu dever de ofício, pois é PARTE do problema e tem laços com o Grupo, em especial os desmandos que deveria escrutinar no âmbito da Corregedoria (amizade e parceria com BARROS NETO)”, disse o texto.

Um parêntese curioso. Neste trecho, já no fim do documento, a Abin, comandada pelo delegado da PF Alexandre Ramagem, sugere que Bolsonaro demita Waller Júnior da Corregedoria-Geral e coloque no lugar dele um policial federal: “Neste caso, basta ao 01 (Bolsonaro) comandar a troca de WALLER por outro CGU isento. Por exemplo, um ex-PF, de preferência um ex-corregedor da PF de sua confiança”.

O outro documento enviado pela Abin a Flávio e repassado por ele a sua advogada traça uma “manobra tripla” para tentar conseguir os documentos que a defesa espera.

As orientações da agência aqui se tornam bem específicas.

“A dra. Juliet (provável referência à advogada Juliana Bierrenbach, também da defesa de Flávio) deve visitar o Tostes, tomar um cafezinho e informar que ajuizará a ação demandando o acesso agora exigido”, diz a primeira das três ações, chamadas pela Abin de “diversionária”.

Em seguida, o texto sugere que a defesa peticione ao chefe do Serpro o fornecimento de uma apuração especial sobre os dados da Receita, baseando-se na Lei de Acesso à Informação — o que de fato a defesa de Flávio Bolsonaro faria. A Abin ressalta que o pedido deve ser por escrito. “O e-sic (sistema eletrônico da Lei de Acesso) deve ser evitado pois circula no sistema da CGU e GILBERTO WALLER integra a rede da RFB”, explicou a Abin.

E, por fim, o relatório sugere “neutralização da estrutura de apoio”, a demissão de “três elementos-chave dentro do grupo criminoso da RF”, que “devem ser afastados in continenti”. “Este afastamento se resume a uma canetada do Executivo, pois ocupam cargos DAS. Sobre estes elementos pesam condutas incompatíveis com os cargos que ocupam, sendo protagonistas de diversas fraudes fartamente documentadas”, afirma o texto, sem especificar que condutas seriam essas. E cita os nomes de três servidores: novamente o corregedor José Barros Neto; o chefe do Escritório de Inteligência da Receita no Rio de Janeiro, Cléber Homem; e o chefe do Escritório da Corregedoria da Receita no Rio, Christiano Paes. Num indicativo de que Bolsonaro talvez esteja seguindo a recomendação da Abin contra os servidores, Paes pediu exoneração do cargo na semana passada.

Procurado, o GSI negou a existência dos documentos, mesmo informado que a autenticidade de ambos havia sido confirmada pela defesa de Flávio Bolsonaro, e manteve a versão de que não se envolveu no tema. Procurada, a advogada Luciana Pires confirmou a autenticidade dos documentos e sua procedência da Abin, mas recusou-se a comentar seu conteúdo.

A Abin não respondeu aos questionamentos sobre a origem das acusações feitas nos relatórios nem se produziu mais documentos além dos dois obtidos pela coluna. Alexandre Ramagem, diretor da agência, atualmente voltou a ser cotado para comandar a Polícia Federal, caso Bolsonaro seja inocentado no inquérito que investiga se ele queria controlar a corporação ao nomear Ramagem, amigo de seus filhos, para a direção da PF.

Fonte: Época


UOL

Uso da Abin mostra como Bolsonaro trata o governo como negócio familiar | Kennedy Alencar

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Documento da empresa de Moro prova que o triplex é da OAS, e não de Lula


Sergio Moro e Triplex (Foto: Lula Marques | Reprodução | PT)

Surge a prova que comprova a fraude jurídica contra o ex-presidente Lula, que destruiu a democracia e a economia brasileira - e depois premiou Moro como sócio milionário da Alvarez & Marsal

247 O jornalista Reinaldo Azevedo revela que a consultoria estadunidense que contratou Moro aparece na Lava Jato, em 2017, numa petição da defesa de Lula, com documentos comprovando que o tríplex do Guarujá, o centro de todo processo contra o ex-presidente, era mesmo da OAS.

Escreveu Azevedo: "Em uma petição enviada ao então juiz Sérgio Moro no dia 19 de abril de 2017, a defesa de Lula exibia dois documentos demonstrando que o tal tríplex de Guarujá não pertencia ao ex-presidente. Era, na verdade, propriedade da OAS. E quem é que listava o imóvel como patrimônio da empreiteira? Ninguém menos do que a Alvarez & Marsal, empresa de que Moro agora é sócio honrado e acima de qualquer suspeita. Isso está devidamente documentado".

Ao fim da reportagem, Azevedo pergunta: "Pergunta: será que, hoje, Moro acredita na palavra da empresa de que ele é sócio diretor? Ou ainda: será que, agora como empresário com ganhos milionários, ele espera que juízes façam como ele fez e ignorem o que certifica a A&M?"

Leia a íntegra aqui.



 DCM TV

Batom na cueca: documentos em poder do escritório que contratou Moro provam que triplex era da OAS

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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Joice Hasselmann pode perder mandato e até ser presa por declaração de bens irregular ao TSE



No intervalo de cinco dias, em 2018, seu advogado mudou sua declaração de patrimônio de R$ 89.980 para R$ 1,05 milhão

Joice Hasselmann, candidata do PSL à Prefeitura de São Paulo, declarou irregularmente seus bens à Justiça Eleitoral quando se elegeu deputada federal em 2018.

Valores divergentes de patrimônio, bem como a ausência do documento no sistema oficial, que é obrigatório, podem render processo na Justiça, levando à perda de mandato e até detenção em caso de condenação.

O não envio da declaração de bens da deputada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi confirmado pela campanha:

“O partido, ao fazer o registro da candidatura em 2018, se equivocou e não lançou o patrimônio da candidata, que estava devidamente informado no seu Imposto de Renda.”

Joice declarou, em 13 de agosto de 2018, que não possuía patrimônio, contradizendo declaração de Imposto de Renda enviada à reportagem por sua campanha, que indicava bens equivalentes a R$ 89.980 em 2017.

Ela tinha capital social em uma empresa (R$ 1.900), um Peugeot 206 (R$ 18 mil) e um terreno em Curitiba (R$ 70 mil).

Seu advogado, no entanto, encaminhou uma retificação ao TRE, cinco dias depois, em 18 de agosto, informando que a candidata teria bens avaliados em R$ 1,05 milhão: R$ 150 mil em depósitos em contas bancárias e uma “construção” de R$ 900 mil.

O UOL enviou as seguintes perguntas para Gustavo Guedes, advogado da deputada, na manhã de segunda-feira (5) e, até o momento, não obteve respostas:

Esse valor [R$ 1,050 milhão], mesmo que inclua dívidas, não foi declarado no CANDex para ocultar publicamente os bens da candidata?

O que houve para que ela tenha aumentado tanto seus bens em tão curto espaço de tempo?

O que houve com esses bens também não declarados ao TRE em 2020?

Por que a campanha me mandou a declaração de imposto de renda de 2017 e não a declaração enviada ao TRE em agosto de 2018, indicando valores muito superiores ao de 2017?

Fonte: Revista FórumUOL


domingo, 2 de agosto de 2020

Sargento preso com 37 kg de cocaína em comitiva de Bolsonaro ainda recebe salário da FAB, diz site



O sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Manoel Silva Rodrigues, preso desde junho de 2019 na Espanha, continua como um quadro da ativa na instituição e segue recebendo salário.


Por: Sputnik Brasil

A informação foi publicada neste domingo (2) pelo site UOL, que revelou a situação através de levantamento junto ao Portal da Transparência. Segundo o site, o sargento recebe R$ 8,1 mil por mês e desde a prisão na Espanha recebeu R$ 97,5 mil reais em salários, verbas indenizatórias e gratificações.

Rodrigues é réu no Brasil por tráfico de drogas de R$ 6,3 milhões, conforme aponta o site com informações do Ministério Público Militar. O site mostra ainda que não houve pedido de bloqueio na Justiça Militar e que o processo de exclusão do sargento da FAB já foi aberto, mas demanda o trânsito em julgado das acusações para ser concluído.

Pacote de cocaína


O sargento foi preso em junho de 2019 em meio à comitiva que acompanhava o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante viagem à cúpula do G20. Rodrigues viajava em uma aeronave de apoio e não estava junto com o presidente. A cocaína foi encontrada pela Guarda Civil da Espanha na bagagem do sargento da FAB durante uma vistoria no aeroporto de Sevilha. À época os espanhóis disseram ter encontrado 39 kg, mas a investigação no Brasil apontou que eram 37 kg, valor considerado na denúncia brasileira.

Rodrigues foi condenado na Espanha a seis anos de prisão com multa fixada de dois milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões). No Brasil, a promotoria, através de Lei de Drogas, pede pena de 15 anos de prisão para o sargento por tráfico de drogas. O período pode aumentar em dois terços em função do delito internacional e pelo fato de Rodrigues ter tirado vantagem de seu cargo. Ainda segundo o site, dentro do código penal militar, a pena máxima é de cinco anos para o crime.



O Bolsonaro até tenta ser honesto mas é azarado, coitado!


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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Crianças até 5 anos podem ser supertransmissoras de coronavírus, diz estudo




Por: Sputnik Brasil

Cientistas contrariam autoridades de saúde e provam que crianças com menos de cinco anos podem ter grandes cargas de coronavírus em seus narizes.

Pesquisadores nos EUA observaram 145 pacientes em uma cidade norte-americana durante cerca de um mês, descobrindo que a fraca mortalidade dos humanos mais jovens esconde uma surpresa.

As crianças com menos de cinco anos são um fator importante na transmissão do coronavírus devido ao vírus estar presente em níveis muito maiores nos narizes das crianças em comparação com outros grupos etários, concluiu um estudo publicado na revista cientifica JAMA Pediatrics.

Citados pelo portal Science Alert, os autores examinaram, entre 23 de março e 27 de abril, 145 pacientes com sintomas moderados de COVID-19, em Chicago, capital do estado de Illinois, EUA. Foram excluídos doentes com infeção severa devido a baixos valores de tomografia computadorizada (TC), pacientes com durações indeterminadas dos sintomas, bem como aqueles cujos sintomas se iniciaram mais de uma semana antes do estudo.

Teste de coronavírus em Iraque

Os pesquisadores dividiram os pacientes em três grupos. O primeiro teve 46 crianças com menos de cinco anos de idade, o segundo teve 51 crianças entre cinco e 17 anos de idade, e o terceiro teve 48 adultos entre 18 e 65 anos de idade.

"As diferenças observadas nos valores medianos da TC entre crianças pequenas e adultos se aproximam de uma quantidade dez a 100 vezes maior de SARS-CoV-2 no trato respiratório superior de crianças pequenas", relatou a equipe.

"Assim, as crianças pequenas podem ser agentes potencialmente importantes de propagação do SARS-CoV-2 na população em geral, como foi demonstrado com o vírus respiratório sincicial, onde as crianças com altas cargas virais são mais propensas a transmitir."

A pesquisa assim vai contra a percepção geral de que as crianças não só estão mais protegidas dos efeitos do vírus, como também não o espalham às outras pessoas.

Um estudo recente na Coreia do Sul descobriu que crianças entre dez e 19 anos de idade transmitiam a COVID-19 dentro dos lares tanto quanto adultos, mas que crianças menores de nove anos transmitiram o vírus a taxas mais baixas.


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 UOL

Em entrevista ao UOL, Rossieli Soares, Secretário Estadual da Educação de São Paulo, diz que a falta de aulas é "muito danosa" para os estudantes, e o risco zero de contágio só ocorrerá com uma vacina.


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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Transposição do São Francisco no Ceará estava 94% pronta antes de Bolsonaro


Jair Bolsonaro inaugura obra de transposição do rio São Francisco (Foto: Alan Santos)


247 - Jair Bolsonaro inaugurou nesta sexta-feira, 26, um trecho da transposição do Rio São Francisco, no Ceará. A obra foi idealizada e executada em sua absoluta maioria durante os governo Lula e Dilma Rousseff

De acordo com o ex-ministro da Integração Nacional do governo Michel Temer, Pádua Andrade, responsável por gerir o empreendimento, antes de Bolsonaro assumir a presidência, o Eixo Norte da transposição, onde Bolsonaro esteve estava 94% pronto quando ele assumiu o governo.

"O Eixo Norte é composto por três elevatórias e a última delas chegou a ser inaugurada pelo presidente Temer. Mas após a inauguração ocorreram problemas com algumas placas que se soltaram. Fizemos um projeto de restauração e reforço, mas não conseguimos finalizar na nossa gestão", afirmou o ex-ministro ao jornalista Chico Alves, colunista do UOL



Lula foi quem levou água pro nordeste!



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quinta-feira, 4 de junho de 2020

ONU cobra explicações do governo Bolsonaro sobre violência policial, milícias e ditadura




247 - O Comitê da ONU sobre Desaparecimentos Forçados pediu explicações ao governo Jair Bolsonaro sobre o desmonte que vem sendo feito nos sistemas de prevenção e monitoramento da tortura no Brasil, além de cobrar sobre as providências tomadas para investigar os autores de crimes cometidos durante a ditadura militar. Segundo reportagem o jornalista Jamil Chade, no UOL, o comitê também pediu informações sobre o andamento das investigações de crimes cometidos pelas milícias no país.

De acordo com a reportagem, o documento da ONU cobrando explicações foi enviado ao Itamaraty no dia 19 de maio, e “como o Brasil integra os mecanismos da ONU, o Brasil será obrigado a dar respostas”. “O governo está sendo avaliado pelo Comitê e, há poucos meses, submeteu um informe ao organismo para explicar o que vinha sendo feito no país. O Comitê da ONU, porém, deixou claro que não ficou satisfeito com as explicações do governo e agora quer novas informações”, diz Chade.

“No novo documento, portanto, o organismo quer saber explicitamente se o estado está investigando milícias e grupos paramilitares. A entidade deixa claro que, na resposta, vai querer "números" de quantos casos existem e quantos foram condenados. Outro ponto destacado pelo comitê se refere à independência dos processos de investigação”, ressalta.


Rede TVT


Movimento Negro denúncia mortes e violência policial na ONU e OEA

Conversamos com as advogadas Sheila de Carvalho e Allyne Andrade e Silva sobre os dois anos da morte de Marielle e as políticas de segurança pública no Rio e São Paulo.



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