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quinta-feira, 28 de março de 2024

Pronto para uma boa notícia?


Joe Biden, o grande humanitário, passou quase seis meses trabalhando nos bastidores para chegar a um cessar-fogo em Gaza, lutando para superar os bloqueios da China e da Rússia?


Criminosos de Guerra: Benjamim Netanyahu / Joe Biden

 É isso que as manchetes e os narradores da grande mídia querem que você acredite. Mas não é bem assim… Deixo te explicar por que isso é importante.

Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU não aprovou uma resolução de cessar-fogo em Gaza apoiada pelos EUA. A China e a Rússia votaram não. O que você talvez não tenha ouvido é o motivo — e não é porque o  Biden, que doa as armas usadas para matar as crianças e já barrou quatro pedidos de cessar-fogo, finalmente amoleceu seu coração e resolveu intervir no genocídio.

A verdade é que, na resolução proposta pelos EUA, não existia a exigência expressa de um cessar-fogo imediato em Gaza. Eles sequer acionaram o corpo de paz da ONU para monitorar a retirada de tropas e manejar os civis; além de não mencionarem o artigo 41 para punir os crimes de guerra de Israel. É por isso que foi vetada.

Mas olha só a parte mais interessante: O quase cessar-fogo cínico só surgiu depois que os assessores de Biden perceberam que seu novo apelido "Joe Genocida" poderia lhe custar a eleição presidencial em novembro.

E só por isso, nesta semana, o Conselho de Segurança da ONU finalmente conseguiu aprovar uma votação real sobre o cessar-fogo, com os EUA –chateadíssimos – se abstendo em vez de vetar.

Entenda bem: Isso só aconteceu graças a um movimento de protesto popular e raiz em todo o país, onde os democratas estão votando nulo em vez de votar em Biden nas eleições primárias, algo sem precedentes nos EUA.

As pessoas ignoraram o que a grande mídia lhes contava para seguir sua consciência. A Casa Branca está nervosíssima e seu relacionamento com Israel é o pior dos últimos anos.

É por isso que veículos como o Intercept Brasil TÊM QUE EXISTIR – para jogar luz nos abusos e fortalecer movimentos populares por justiça! A pressão popular global é uma força inigualada — seja em Gaza, Washington ou Brasília!

Mas a luta ainda não terminou. Israel disse que pretende ignorar a decisão da ONU — a vida de milhões de pessoas está literalmente em jogo. Israel quer invadir Rafah, um bairro onde 1,5 milhão de refugiados estão abrigados, tornando uma crise humanitária horrível ainda mais desesperadora.


Agora é a hora de todo mundo apertar ainda mais e precisamos de você.

No Intercept, nós nos dedicamos há oito anos a manter você informado sobre o que realmente está acontecendo em Gaza e em outras catástrofes totalmente evitáveis e criminosas. Para que todos nós possamos ficar deprimidos juntos? Não! Para que todos nós possamos fazer algo a respeito!

Essa missão é incrivelmente urgente e só é possível porque somos sustentados por leitores como você e não por grandes corporações com seus rabos presos. Sem você, não somos nada.

Precisamos da sua ajuda para lutar pela vida e contra o consenso da mídia. Estamos muito aquém de nossa meta mensal de arrecadação de fundos e isso está me deixando nervoso.

Se não conseguirmos chegar lá, teremos que cancelar alguns de nossos projetos de reportagem mais ambiciosos, o que seria terrível para a sociedade e para as pessoas cujas vidas estão em jogo.

Posso contar com sua ajuda para atingir nossa meta de arrecadação? Torna-se um apoiador mensal hoje.

Se você é leitor ávido do Intercept, já está careca de saber que os EUA e a grande mídia sempre andaram de mãos dadas.

Ainda sim, é chocante ver como o establishment jornalístico está fazendo vista grossa para a limpeza étnica promovida por Israel com o apoio estadunidense.

Não encontramos nenhuma manchete condenando a atitude dos EUA como aconteceu com a China e Rússia.

Agora a pergunta que não quer calar é: quando os EUA vão parar de fornecer armas a Israel e começar a enviar ajuda humanitária DE VERDADE para os civis?

 

Quantos milhares de crianças mais precisam morrer?

Basta dessa hipocrisia, o público tem direito ao acesso gratuito e amplo a essas informações. Por este motivo o Intercept PRECISA existir.

Sabemos como a informação de qualidade e livre de viés corporativo é crucial para nos organizarmos politicamente e exigir mudanças sociais significativas.

Representamos mais do que um simples jornal, somos parte de um movimento global; e precisamos que você faça parte dele também para continuarmos com nossa missão.

Não deixe que nossa voz seja silenciada por falta de recursos. Doe agora e vamos juntos somar à pressão internacional para finalmente acabar com os crimes de guerra de Israel! 


Via: Andrew Fishman Presidente e co-fundador


 



quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Tucker Carlson: “Biden é muito senil para ganhar eleições, a menos que haja fraude”


“É tão constrangedor que esse cara seja nosso presidente [nos EUA]. E com as guerras acontecendo, é assustador”, resumiu o jornalista.


Richard Drew /AP

O presidente dos EUA, Joe Biden, está demasiado senil para ser reeleito, a menos que o faça de forma fraudulenta, disse o jornalista americano Tucker Carlson numa entrevista publicada na terça-feira.

"Biden está senil. Ele está literalmente senil. Ele não consegue falar, não consegue andar", disse Carlson. "Um homem senil não será eleito no país mais poderoso do mundo a menos que haja fraude. Ponto final. Quem votaria num homem senil?", continuou o jornalista e acrescentou: "Se Joe Biden for reeleito, a democracia é uma maldita piada ."

Cético quanto à possibilidade de os cidadãos votarem em Biden, Carlson perguntou: “Existe uma pessoa entre 350 milhões de americanos que possa dizer que [Biden] é o mais qualificado para liderar ou que está entre os 80% mais ricos?”?


Tucker Carlson: A administração
Biden quer matar Assange
por “envergonhar a CIA”

[Biden] literalmente não consegue falar. E ninguém que conheci acredita que ele dirige o governo dos EUA, porque não o faz", disse ele, indicando que o mundo inteiro está ciente do estado do líder dos EUA.

Carlson esclareceu que não tem nada contra a degradação cognitiva natural ou um “limiar de QI” em geral, mas lembrou que é o líder dos Estados Unidos e controla “o segundo maior arsenal nuclear do mundo ”. “É tão constrangedor que esse cara seja nosso presidente. E com as guerras acontecendo, é assustador”, resumiu.

“Neste momento, até mesmo alguém rosnando ao microfone seria mais tranquilizador do que um cara que claramente não sabe onde está”, disse o jornalista. " É uma falha do sistema . Claramente, não funciona se tivermos [como candidatos] um homem com mais de 80 anos e outro quase com 80 anos. São pessoas que não deveriam concorrer [às eleições presidenciais]", afirmou. concluiu.

Fonte: RT en Español


 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Hamas diz que veto dos EUA a cessar-fogo no Conselho de Segurança ajuda nazismo israelense a cometer mais crimes em Gaza


O projeto de resolução apresentado pela Argélia buscava o cessar-fogo em Gaza


Conselho de Segurança da ONU (Foto: Valery Sarifulin/TASS)


 O Hamas censura “fortemente” o recente veto dos EUA a um projeto de resolução que procurava um cessar-fogo em Gaza, que sofre uma guerra genocida israelense.

“Consideramos que o fracasso desta resolução é uma obstrução à vontade internacional”. Segundo o movimento palestino de resistência, o veto americano é um apoio à agenda de ocupação nazista por parte de Israel. 

“O presidente dos EUA, Joe Biden, e a sua administração têm responsabilidade direta pela obstrução a uma resolução para parar a agressão em Gaza”, declarou o Hamas, afirmando ainda que a posição dos EUA serve como luz verde para a ocupação cometer mais massacres. bombardeamentos e a fome, e constitui uma associação direta na guerra de genocídio cometida contra crianças e civis desarmados na Faixa de Gaza.

TV 247

Em Nova York, manifestação contra veto dos EUA a cessar-fogo em Gaza na ONU


Fonte: Brasil 247


 

sábado, 9 de dezembro de 2023

Ex-funcionário nos EUA diz que Receita Federal foi impedida de investigar Biden e o filho


O ex-funcionário da Receita Federal dos Estados Unidos Gary Shapley denunciou em audiência no Congresso norte-americano que o órgão foi impedido de investigar o presidente Joe Biden e o filho Hunter Biden por fraude fiscal. Investigações apontam que o filho deixou de pagar US$ 1,4 milhão (R$ 6,8 milhões) em impostos.



 "Estávamos interessados ​​em buscar pistas que levassem a Joe Biden, não porque ele fosse vice-presidente [na época do pedido das suspeitas], mas porque em qualquer investigação normal, se você observar transações financeiras entre um filho e um pai, nós investigamos. Mas nunca saberemos porque não tivemos permissão sobre esse caso", afirmou ao comitê da Câmara dos Representantes responsável por apurar as suspeitas contra Biden.


Na última quinta-feira (7), Hunter Biden recebeu nove acusações de sonegação de impostos entre 2016 e 2020. O documento foi apresentado por promotores federais norte-americanos e acusou inclusive a apresentação de documentação falsa pelo filho do presidente dos EUA. A Casa Branca ainda não comentou as acusações.

Entre 2016 e 15 de outubro de 2020, segundo o documento, Hunter Biden recebeu mais de US$ 7 milhões (R$ 34,3 milhões) em receita bruta total. O documento também afirma que a Burisma, empresa de gás natural sediada na Ucrânia onde Hunter foi membro do conselho, concordou em pagar ao réu US$ 1 milhão anualmente, valor que foi reduzido para US$ 500 mil por ano em março de 2017.

Três comissões do Congresso do país lideradas pelos republicanos também investigam Hunter Biden por suposta atividade criminosa, incluindo suborno e tráfico de influência. Joe Biden, por sua vez, também vem sendo investigado, acusado de peculato e tráfico de influência.

Já o presidente democrata negou qualquer envolvimento nas atividades comerciais e financeiras do seu filho. Enquanto isso, a oposição a Biden já divulgou diversas acusações de corrupção e abuso de poder pela família do norte-americano, o que pode levar à abertura de um processo de impeachment contra o presidente.

Três comissões do Congresso do país lideradas pelos republicanos também investigam Hunter Biden por suposta atividade criminosa, incluindo suborno e tráfico de influência. Joe Biden, por sua vez, também vem sendo investigado, acusado de peculato e tráfico de influência.

Já o presidente democrata negou qualquer envolvimento nas atividades comerciais e financeiras do seu filho. Enquanto isso, a oposição a Biden já divulgou diversas acusações de corrupção e abuso de poder pela família do norte-americano, o que pode levar à abertura de um processo de impeachment contra o presidente.



 Ataque a testemunha


No início de novembro, o Comitê de Fiscalização da Câmara relatou um ataque a uma potencial testemunha na investigação contra Joe Biden. Segundo o órgão, o caso também envolve Hunter Biden. Os parlamentares apresentaram ainda a cópia de um cheque de US$ 40 mil (R$ 196 mil) em nome do democrata, com data de setembro de 2017.

De acordo com o republicano James Comer, o valor veio de fundos legalizados de forma suspeita e foi pago pela China através de uma série de empresas pertencentes a membros da família Biden, como o filho do presidente Hunter, o irmão James e a esposa deste, Sarah.

O próprio cheque em nome de Joe Biden foi emitido por Sarah Biden, com a indicação de "pagamento de dívida". Repetidamente o presidente negou todas as acusações.

Em outubro, o presidente norte-americano foi interrogado sobre as investigações, que apontam a manipulação de documentos confidenciais encontrados em sua casa e no seu antigo escritório particular. Os papéis são da época em que Biden era vice-presidente no governo de Barack Obama (2009–2017) e também das três décadas em que atuou como senador.

Segundo a lei dos EUA, a devolução de documentos oficiais, comunicações e outros arquivos é obrigatória por ex-presidentes e ex-vice-presidentes.

Fonte: Sputnik Brasil


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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

VÍDEO: Biden responde que é mentira questionar se ele estava envolvido nos negócios do filho e vai embora


A Comissão de Supervisão da Câmara Baixa do Congresso dos EUA revelou esta segunda-feira que Hunter Biden fez pagamentos diretos ao pai a partir das contas de uma empresa sua.


Joe Biden durante discurso na Casa Branca, Washington DC (EUA), em 6 de dezembro de 2023. Evan Vucci /AP

Um jornalista perguntou esta quarta-feira ao presidente dos EUA, Joe Biden, se ele estava envolvido nos negócios do seu filho Hunter, ao que o presidente respondeu que era mentira e saiu, como se pode ver num vídeo partilhado na rede social.

 

 A notícia surge no momento em que avança a investigação da Comissão de Supervisão da Câmara Baixa do Congresso do país norte-americano sobre o alegado envolvimento do inquilino da Casa Branca nos lotes empresariais da sua família . Na segunda-feira, a referida comissão revelou que Hunter fazia pagamentos diretos ao pai a partir das contas de uma empresa sua, que por sua vez recebia dinheiro da China e de outros países.

Fonte: RT en Español 


 Rep. Anna Paulina Luna


Joe Biden pediu-nos para ‘mostrar-lhe o dinheiro’ e foi exatamente isso que fizemos.


 

domingo, 22 de agosto de 2021

Aviões e soldados dos EUA chegam ao Mato Grosso do Sul para simular 'cenário de guerra'


De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), as simulações e os exercícios ocorrerão até o dia 3 de setembro, com o uso de 30 aeronaves e 16 Unidades Aéreas e de Infantaria


Avião da Força Aérea dos EUA aterrissa em Campo Grande (MS) (Foto: Silas Ismael/G1/Reprodução
 

247 Duas aeronaves da Força Aérea dos Estados Unidos aterrissaram em Campo Grande, neste sábado (21).  Segundo o G1, os aviões, do tipo C-17 Globemaster, transportaram dois helicópteros e soldados norte-americanos, que participarão do Exercício Conjunto Tápio 2021, que simulará cenário de guerra, em treinamentos.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), as simulações e os exercícios ocorrerão até o dia 3 de setembro, com o uso de 30 aeronaves e 16 Unidades Aéreas e de Infantaria.

O principal objetivo da FAB com os exercícios é realizar treinamentos para uma possível participação em missões de paz da ONU, "contribuindo para a ordem e a paz mundial e compromissos internacionais; garantindo a soberania, integridade territorial e defesa patrimonial; e provendo ajuda humanitária".


NOCAUTE - Blog do Fernando Morais

Assange: o Brasil é o país mais espionado pelos EUA e na América Latina - 9 de jan. de 2017

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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Reação mundial ao cessar-fogo Israel-Hamas em Gaza


O cessar-fogo é bem-vindo enquanto o chefe da ONU apela a esforços reais para abordar as causas profundas do conflito e alcançar a reconciliação nacional.


Palestinos comemoram no sul de Gaza após o cessar-fogo entrar em vigor [Ibraheem Abu Mustafa / AFP]

Um cessar-fogo entrou em vigor na Faixa de Gaza depois que o Egito mediou um acordo entre Israel e Hamas para interromper 11 dias de conflito.

Milhares de pessoas em Gaza e nos territórios palestinos saíram às ruas para celebrar o cessar-fogo, agitando bandeiras e piscando sinais de “V” para a vitória.

Pelo menos 232 palestinos, incluindo 65 crianças, foram mortos no bombardeio israelense.

Do lado israelense, 12 pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas.

Aqui estão algumas reações aos últimos desenvolvimentos:


Antonio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas

“Eu enfatizo que os líderes israelenses e palestinos têm uma responsabilidade além da restauração da calma para iniciar um diálogo sério para abordar as causas do conflito.

“Gaza é parte integrante do futuro estado palestino e nenhum esforço deve ser poupado para trazer uma reconciliação nacional real que acabe com a divisão.”


Joe Biden, presidente dos EUA

“Continuamos empenhados em trabalhar com as Nações Unidas e outras partes interessadas internacionais para fornecer assistência humanitária rápida e reunir apoio internacional para as pessoas em Gaza e nos esforços de reconstrução de Gaza.”

“Eu acredito que os palestinos e israelenses merecem igualmente viver com segurança e desfrutar de medidas iguais de liberdade, prosperidade e democracia.”

“Meu governo continuará nossa diplomacia silenciosa e implacável para esse fim. Acredito que temos uma oportunidade genuína de progredir e estou comprometido em trabalhar para isso ”.


Abdel Fattah el-Sisi, presidente egípcio

“Com extrema felicidade, recebi um telefonema do presidente Biden no qual trocamos visões sobre como chegar a uma fórmula que acalmaria o conflito atual entre Israel e Gaza, nossa visão estava em sintonia sobre como administrar o conflito entre todas as partes com diplomacia. ”


Charles Michel, presidente do Conselho Europeu

“Welcome anunciou o cessar-fogo entre Israel e o Hamas, encerrando o conflito de 11 dias. A oportunidade de paz e segurança para os cidadãos deve ser aproveitada. ”


 

 Matthias Schmale, diretor da UNRWA em Gaza

"Que alivio! Os horríveis sons da guerra finalmente diminuíram. Apenas o ruído penetrante de drones de vigilância nos céus de Gaza. A parte fácil será reconstruir casas e infraestrutura. Muito mais difícil e prioridade para reconstruir vidas destruídas e alcançar justiça e paz duradoura. ”


 

Tor Wennesland, enviado de paz da ONU para o Oriente Médio 

“Eu saúdo o cessar-fogo entre #Gaza e #Israel. Expresso minhas mais profundas condolências às vítimas da violência e seus entes queridos. Elogio #Egypt & #Qatar pelos esforços realizados, em estreito contato com o @UN, para ajudar a restaurar a calma. O trabalho de construção do #Palestine pode começar. ”



Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU 

“Agora, devemos voltar nosso foco para fazer um progresso mais tangível em direção a uma paz duradoura. E devemos trabalhar juntos para atender às necessidades humanitárias urgentes no terreno, que são especialmente - de fato significativamente - imensas em Gaza. ” 


Dominic Raab, secretário de relações exteriores do Reino Unido 

“Boas notícias de um cessar-fogo em Israel e Gaza. Todas as partes devem trabalhar para tornar o cessar-fogo durável e acabar com o ciclo inaceitável de violência e perda de vidas civis. O Reino Unido continua a apoiar os esforços para trazer a paz. ” 

Hishammuddin Hussein, ministro das Relações Exteriores da Malásia

 “Os ataques israelenses deixaram centenas de mortos, milhares de feridos. A Malásia transmite nossas mais profundas condolências a todas as vítimas da violência. Vamos agora nos concentrar na ajuda humanitária e de reconstrução para o povo palestino ”.


Rede TVT

Após mais de uma semana de conflitos, o cessar-fogo foi mediado pelo governo do Egito, país que faz fronteira com Israel e com a Faixa de Gaza. Um acordo vinha sendo tentado há dias, com pressão internacional principalmente sobre Israel.

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quarta-feira, 19 de maio de 2021

EUA aprova venda de armas de precisão para Israel


As agressões do estado sionista deixaram mais de 200 palestinos mortos e mais de 1.440 feridos até agora.


A venda de armas inclui munições de ataque direto, notificadas ao Congresso dias antes dos ataques israelenses a Gaza. | Foto: PL

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a venda a Israel de US $ 735 milhões em armas de precisão, informou o Washington Post na terça-feira.


LEIA TAMBÉM:

Congressista dos EUA pede compromisso com a Palestina


Em 5 de maio, o Congresso foi oficialmente notificado da venda, dias antes dos bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza, e inclui munições de ataque direto e bombas GBU-39 de pequeno diâmetro, de acordo com o jornal mencionado.

Por sua vez, a mídia The Hill informou que "a notificação no início deste mês desencadeou um período de 15 dias para o Congresso agir. Restam quatro dias para essa janela, e leva dez dias uma vez que uma resolução foi apresentada. De desaprovação antes qualquer um pode forçar uma votação sobre o cancelamento. "

Vários congressistas democratas dos Estados Unidos expressaram preocupação com o orçamento militar que seu país aloca a Israel anualmente, como Bernie Sanders, Alexandria Ocasio-Cortez e Joaquín Castro.


 

 Castro declarou que a mensagem enviada ao mundo com essas ações fala do apoio dos Estados Unidos (EUA) à "legalidade dos ataques de Israel" contra civis em Gaza. Além disso, ele se juntou a 30 políticos de seu país, pedindo o fim das hostilidades de Israel à Faixa de Gaza.

Por sua vez, a deputada de origem Ocasio-Cortez assegurou ao Congresso neste domingo que “este assunto é nosso porque nele desempenhamos um papel, os Estados Unidos devem reconhecer seu papel na injustiça e nas violações dos direitos humanos contra os palestinos. Não se trata de ambas as partes, é sobre o equilíbrio de poder. "


 

 Uma dúzia de senadores democratas liderados por Jon Ossoff pediram um cessar-fogo imediato para evitar novas perdas de civis e evitar uma nova escalada do conflito na Faixa de Gaza. A lista de políticos que se manifestaram incluiu o senador Bernie Sanders e Dick Durbin.

Apesar desses pronunciamentos, e dos de múltiplas organizações e estados ao redor do mundo, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não se pronunciou sobre o assunto.

Os atuais ataques israelenses na Faixa de Gaza foram descritos pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, como a pior escalada de violência dos últimos anos, deixando mais de 200 palestinos mortos e mais de 1.440 feridos, segundo dados do Ministério da Saúde daquele país .

Fonte: teleSUR TV


CGTN en Español

China criticó a Estados Unidos por una posible venta de armas a Israel. Esto se produce en medio de llamados internacionales para poner fin a las hostilidades entre palestinos e israelíes.

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domingo, 2 de maio de 2021

Pepe Escobar: “Brasil não é Porto Rico, é Porto Pobre”


“Essa laia inominável que está no poder reduziu o Brasil que nós conhecemos, sonhamos ou vivemos à condição de um ‘Porto Pobre’”, afirmou à TV 247 o jornalista, que criticou a vassalagem de Bolsonaro aos EUA. Assista


Pepe Escobar (Foto: Brasil 247)

247O jornalista Pepe Escobar, em entrevista à TV 247, repercutiu os comentários de que o Brasil teria ‘virado Porto Rico’, ou seja, um território não incorporado dos Estados Unidos, na prática. Na visão do correspondente internacional, a situação brasileira é ainda pior.

Ele chamou o país de “Porto Pobre” e ressaltou que, graças a Jair Bolsonaro e sua equipe, a “ex-sexta maior potência econômica do mundo” despencou para uma condição de vassalagem em relação aos EUA, país que chamou de “Estupidistão”. 

“Um monte de gente começou a me falar que o Brasil está parecendo Porto Rico. Na verdade é ‘Porto Pobre’. Essa laia inominável que está no poder reduziu o Brasil que nós conhecemos ou sonhamos ou vivemos à condição de um ‘Porto Pobre’. E pior ainda: como é uma colônia do ‘Estupidistão’, é ‘Estúpio Porto Pobre’. Ou seja, é o reflexo deles, dos que estão no poder, do ‘generalito’, do capitão, do patético pinochetista. É muito triste”.

“Essa semana eu ouvi de amigos americanos, russos e alemães, entre outros, eles estão estarrecidos com o que está acontecendo no Brasil, completamente”, concluiu.


TV 247

Pepe Escobar: a lei da selva na geopolítica e a guerra das vacinas

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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Os países mais pobres podem não ser vacinados até 2023


Essa desigualdade está embutida em cada etapa do processo de fabricação da vacina.


Parentes, amigos e trabalhadores do cemitério se preparam para abaixar o corpo de uma vítima do coronavírus Covid-19 durante o enterro em um cemitério em Nova Delhi, 28 de abril de 2021. Sajjad Hussain / AFP via Getty Images

Os países de alta renda compraram mais da metade do suprimento da vacina Covid-19 até o momento, e os países de baixa renda, apenas 9 por cento, de acordo com o Global Health Innovation Center da Duke University. É por isso que um país como os EUA está perto de vacinar metade de sua população com uma dose, enquanto a taxa em um lugar como a Guiné é inferior a 1% e não muda.


Se essas desigualdades gritantes no acesso às vacinas continuarem, levará pelo menos dois anos para que os países mais pobres do mundo, que não podiam se dar ao luxo de competir pelas primeiras doses das vacinas, imunizem a maioria de suas populações . E estamos no caminho certo por um longo período em que as pessoas nos países ricos desfrutam dos benefícios e segurança de serem totalmente imunizadas, enquanto as pessoas nos países mais pobres continuam a adoecer e morrer por causa do coronavírus.

“Isso não é apenas inescrupuloso, mas também vai contra os interesses dos países de alta renda”, disse à Vox o professor de direito da saúde global de Georgetown, Lawrence Gostin, em janeiro . Com o vírus continuando a circular e as variantes acelerando ao redor do globo, surtos nos países mais pobres representarão uma ameaça para o mundo.

Para saber mais sobre as causas do problema e como as desigualdades são incorporadas ao sistema de fabricação de vacinas, confira nosso novo vídeo Vox e continue lendo.


Os países mais ricos tinham uma vantagem de tribunal de casa para desenvolver vacinas

Não é por acaso que muitas das primeiras vacinas Covid-19 aprovadas no mundo - de empresas como Pfizer, AstraZeneca e Moderna - foram desenvolvidas e implementadas em países de alta renda. Quando a pandemia se espalhou no ano passado, as nações mais ricas - incluindo os EUA, Reino Unido e bloco da UE - começaram a fazer acordos com as empresas farmacêuticas que estavam desenvolvendo vacinas Covid-19, que também estavam sediadas dentro de suas fronteiras.

Esses acordos bilaterais envolveram os governos essencialmente dando às empresas bilhões de dólares para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento em troca de acesso prioritário às vacinas, caso se mostrassem eficazes. Mas os acordos também empurraram os países mais pobres, que não tinham recursos para pré-comprar milhões de doses de vacinas que poderiam nem mesmo ser aprovadas para o mercado, mais adiante na linha de acesso.

Em maio de 2020, por exemplo, o governo dos Estados Unidos deu à AstraZeneca US $ 1,2 bilhão por 300 milhões de doses - uma vacina Covid-19 que ainda não foi aprovada nos Estados Unidos. Isso foi apenas um de muitos. Em janeiro de 2021, os países ricos já haviam comprado antecipadamente 96 por cento das doses que a BioNTech / Pfizer estava programada para fazer para o ano, enquanto 100 por cento do fornecimento da Moderna era negociado. E a UE agora parece pronta para finalizar um acordo de 1,8 bilhão de doses com a Pfizer.

Juntos, os primeiros acordos cobriram as populações dos países ricos muitas vezes no caso de algumas das vacinas falharem. Em março, o Canadá havia garantido vacina suficiente para cinco vezes sua população , e os Estados Unidos compraram pelo menos o dobro da quantidade de vacina necessária. Em termos de doses administradas, embora os países de alta renda abriguem 16% da população mundial, eles distribuíram 46% do bilhão de doses da vacina Covid-19 já administradas. Os países mais pobres, que abrigam 10% da população mundial, distribuíram apenas 0,4% das doses, de acordo com Our World In Data , e os países de renda média baixa, com 40% da população mundial, 19% das doses.

“[Como] os fabricantes de vacinas estão sediados em países de alta renda e [as vacinas são] desenvolvidas lá em sua maior parte, muitas das que chegaram primeiro na linha de chegada eram de países de alta renda e, por causa disso, eles tinham uma vantagem no tribunal de casa ”, disse Andrea Taylor , pesquisadora do Duke Global Health Institute que tem analisado os negócios.

Países produtores de vacinas têm usado controles de exportação para acumular suprimentos

Por meio dessa vantagem do tribunal interno, os países mais ricos não apenas garantiram a prioridade - eles também usaram as restrições à exportação para controlar o fornecimento de vacinas e as doses que saem de suas fronteiras.

Em 16 de abril, por exemplo, o chefe do Serum Institute of India - o maior produtor mundial - acessou o Twitter para pedir ao presidente Joe Biden que suspendesse os embargos às exportações de matéria-prima que estavam atrapalhando a produção de vacinas por lá:


 

 Resultado da pressão: os Estados Unidos suspenderam as restrições para ajudar a acelerar a produção no exterior, e o presidente Biden prometeu compartilhar 60 milhões de doses da vacina AstraZeneca . A Índia - atualmente lutando contra um surto devastador de Covid-19 - também está usando restrições à exportação para manter as doses de Covid-19 produzidas lá.

Enquanto isso, as proibições americanas e britânicas de exportação de vacinas têm sido uma fonte de tensões diplomáticas com a UE, que impôs suas próprias restrições à exportação em março para aliviar a escassez de suprimentos.

Os países ricos minaram a Covax, grupo global criado para fornecer vacinas aos pobres do mundo

O acúmulo de vacinas aconteceu em paralelo com um esforço multilateral sem precedentes para apoiar o desenvolvimento e distribuição equitativa de 2 bilhões de doses de vacinas Covid-19 para os países mais pobres do mundo antes do final de 2021, chamado Covax.

A iniciativa tem duas partes: um pool de compras para os países de renda mais alta e um esforço de arrecadação de fundos para os países mais pobres. Com a promessa de comprar um certo número de doses de vacinas dos fabricantes, os países que aderem obtêm acesso a quaisquer vacinas aprovadas no portfólio da Covax, ao mesmo tempo que criam um mercado global para as vacinas e reduzem os preços.

Mais de 190 países assinaram - incluindo os ricos. “A Covax estava tentando criar uma realidade - eles atraíam os melhores anjos de todos os países”, disse Saad Omer, diretor do Instituto de Saúde Global de Yale.

Mas os acordos bilaterais tiraram muito poder da Covax. Os países ricos “querem ter as duas coisas”, disse Gostin. “Eles se juntam à Covax para que possam se proclamar bons cidadãos globais e, ao mesmo tempo, roubar da Covax sua força vital, que são as doses de vacina”.

Os países ricos também não financiaram o pool de compras da Covax nos níveis exigidos pelo grupo. E para a maior parte de seu fornecimento, a Covax também depende da Índia, que, novamente, está atualmente restringindo as exportações.

Resultado: a Covax, de acordo com a Duke, entregou apenas uma em cinco das doses esperadas até o final de maio.

Existem outros gargalos que nem mesmo a renúncia de patentes pode consertar

Alguns sugeriram que os fabricantes de vacinas da Covid-19 deveriam renunciar às suas patentes , tornando possível que mais fabricantes se tornassem online e produzissem vacinas. Mas isso é apenas parte da solução para a desigualdade da vacina, disse Taylor. “Sabemos que há capacidade de fabricação que não está sendo usada.”

Isso se deve a outro gargalo que surgiu nos últimos meses. Os fabricantes de vacinas têm relatado que estão lutando para acessar os suprimentos básicos necessários para fabricar vacinas com segurança. Por exemplo, houve relatos de que os filtros usados ​​no processo de fabricação e grandes sacos plásticos (para revestimento de biorreatores, onde ingredientes farmacêuticos são misturados) ficaram escassos. Não está claro o quão grande é esse problema - não temos dados sistemáticos sobre a escassez global - mas muitos fornecedores e até mesmo países citaram essa escassez como um motivo para atrasos.

As empresas não podem simplesmente recorrer a qualquer pessoa para atender às suas necessidades - elas só podem usar fornecedores qualificados que atendam aos padrões globais definidos por reguladores como a US Food and Drug Administration. Esses fornecedores vendem produtos que foram examinados por meio de estudos que comprovam que suas sacolas plásticas, por exemplo, não vazam toxinas para as vacinas ou causam reações alérgicas.

“Esses testes levam tempo - são meses de estudos de laboratório e estudos em animais”, disse Matthew Johnson, diretor associado do Duke Human Vaccine Institute. Portanto, mesmo as empresas que poderiam se empenhar na produção dos produtos de vacinas em falta precisariam de tempo para estudá-los e garantir a segurança.

Há outro problema que as dispensas de IP não podem resolver: a transferência de tecnologia, de um fabricante de vacinas para outro, envolve o compartilhamento de segredos comerciais, know-how e até mesmo pessoal treinado. As empresas que atualmente fabricam as vacinas Covid-19 “podem não ter de 20 a 40 pessoas para enviar a esses outros locais” para ajudar os novos produtores a se atualizarem, acrescentou Johnson. Portanto, embora a isenção de patentes ajude, é apenas parte da solução.

Vacinar o mundo não precisa demorar tanto - os países ricos podem agir agora

Ainda assim, não é certo que levará anos para vacinar o mundo contra a Covid-19. Existem maneiras de acelerar o processo.

Os países ricos poderiam doar mais doses aos países mais pobres - uma medida que grupos globais de saúde vêm pedindo há meses e que está começando a acontecer em resposta à crise na Índia .

Os países ricos também poderiam simplesmente começar a investir mais para ajudar os países mais pobres a responder à crise. Eles poderiam atender ao apelo da Covax por mais fundos de doadores , por exemplo. Ou Omer pediu algo semelhante ao PEPFAR , o programa de saúde global da América para combater a AIDS em todo o mundo. Lançado sob George W. Bush em 2003, até o momento, forneceu US $ 90 bilhões para o combate à AIDS.

“Parece alto, mas o custo para todos, incluindo os países de alta renda, é enorme a cada mês ou semana que passa em que haja transmissão em todo o mundo”, acrescentou Omer. “O que está acontecendo na Índia pode acontecer em outras grandes parcelas da população e isso deve preocupar a todos nós.”

Fonte: Vox


quarta-feira, 3 de março de 2021

EUA transferem 10 combatentes do Daesh de sua base na Síria para o leste do país, segundo mídia


As forças dos EUA transferiram dez combatentes do grupo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) da sua base ilegal na província síria de Al-Hasakah para um local na província de Deir Ez-Zor, informa a agência estatal SANA.




 De acordo com as fontes da agência, os terroristas foram levados em dois helicópteros da base dos EUA de Al-Shaddadi a um local no deserto em Deir Ez-Zor.

  • No início de janeiro, foi noticiado que o exército dos EUA teria transportado 70 combatentes do Daesh da prisão para sua base militar na Síria.

Os militares norte-americanos, junto com as milícias curdo-árabes das Forças Democráticas da Síria (FDS), controlam os territórios no norte e nordeste da Síria, nas províncias de Deir Ez-Zor, Al-Hasakah e Raqqa onde se concentram as maiores jazidas de petróleo e gás.

O governo sírio qualifica a presença do exército dos EUA como ocupação do seu território, pilhagem organizada e banditismo por parte de Washington.

Vale ressaltar que, no início desta semana, a mídia iraniana relatou que as FDS estariam roubando diariamente 140.000 barris de petróleo bruto do campo petrolífero na província de Al-Hasakah, no nordeste do país.

Fonte: Sputnik Brasil


teleSUR tv

Eles denunciam que os EUA transferem tropas do Daesh da Síria para o Iraque - 12 de mai. de 2020

Uma organização iraquiana denunciou que os Estados Unidos são a favor da transferência de tropas do autodenominado Estado Islâmico da Síria para seu território. teleSUR

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Macron pede cooperação com a China e a Rússia para vencer a "guerra mundial" contra a pandemia


O líder francês chamou o esforço global de "uma corrida contra o tempo".


Foto: Ian Langsdon / Reuters

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a "guerra mundial" contra a pandemia só será vencida com o aumento da cooperação internacional .

“Agora estamos imersos em uma luta contra as variantes [do coronavírus], que é uma verdadeira corrida contra o tempo. Sem uma ação coletiva internacional rápida, eficaz e unida, corremos o risco de o vírus nos escapar", disse Macron ao  Le Journal du Dimanche .

“ Devemos trabalhar com os chineses e os russos para que as vacinas desenvolvidas por seus cientistas se enquadrem neste grande esforço multilateral contra a pandemia, assim que tenham as devidas certificações da OMS”, acrescentou.

Com as suas declarações, o presidente do país europeu referiu-se ao programa da OMS 'Acelerador de acesso a ferramentas contra covid-19' (ACT, por sua sigla em inglês), lançado em abril passado para garantir o acesso às ferramentas necessárias para combater os doença de uma forma global e equitativa.

Uma das partes principais do programa é COVAX, um mecanismo para compartilhar vacinas verificadas pela OMS com as nações mais pobres. Os participantes do programa ACT, incluindo Macron, realizaram uma reunião online na sexta-feira para discutir o progresso.


RT en Español

Os desafios da diplomacia de Joe Biden na UE

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Fonte: RT en Español


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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Biden recebe dossiê recomendando suspensão de acordos entre EUA e governo Bolsonaro


Quatro meses depois de fazer críticas públicas contra o desmatamento no Brasil, o presidente Joe Biden e membros do alto escalão do novo governo dos EUA receberam nesta semana um longo dossiê que pede o congelamento de acordos, negociações e alianças políticas com o Brasil enquanto Jair Bolsonaro estiver na Presidência.


O documento surge em momento de intensa expectativa sobre os próximos passos da relação entre Brasil e Estados Unidos sob o governo de Biden e da vice-presidente Kamala Harris
 

O documento de 31 páginas, ao qual a BBC News Brasil teve acesso, condena a aproximação entre os dois países nos últimos dois anos e aponta que a aliança entre Donald Trump e seu par brasileiro teria colocado em xeque o papel de "Washington como um parceiro confiável na luta pela proteção e expansão da democracia".

"A relação especialmente próxima entre os dois presidentes foi um fator central na legitimação de Bolsonaro e suas tendências autoritárias", diz o texto, que recomenda que Biden restrinja importações de madeira, soja e carne do Brasil, "a menos que se possa confirmar que as importações não estão vinculadas ao desmatamento ou abusos dos direitos humanos", por meio de ordem executiva ou via Congresso.

A mudança de ares na Casa Branca é o combustível para o dossiê, escrito por professores de dez universidades (9 delas nos EUA), além de diretores de ONGs internacionais como Greenpeace EUA e Amazon Watch.

Consultado pela BBC News Brasil, o Palácio do Planalto informou, via Secretaria de Comunicação, que não comentará o dossiê.

A BBC News Brasil apurou que os gabinetes de pelo menos dois parlamentares próximos ao gabinete de Biden — a deputada Susan Wild, do comitê de Relações Internacionais, e Raul Grijalva, presidente do comitê de Recursos Naturais — revisaram o documento antes do envio.

O texto têm o endosso de mais de 100 acadêmicos de universidades como Harvard, Brown e Columbia, além de organizações como a Friends of the Earth, nos EUA, e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), no Brasil. A iniciativa é da U.S. Network for Democracy in Brazil, uma rede criada por acadêmicos e ativistas brasileiros no exterior há dois anos que hoje conta com 1500 membros.

Tanto Biden quanto a vice-presidente Kamala Harris, além de ministros e diretores de diferentes áreas do novo governo, já criticaram abertamente o presidente brasileiro, que desde a derrota de Trump na última eleição assiste a um derretimento em negociações em andamento entre os dois países.

"O governo Biden-Harris não deve de forma nenhuma buscar um acordo de livre-comércio com o Brasil", frisa o dossiê, organizado em 10 grandes eixos: democracia e estado democrático de direito; direitos indígenas, mudanças climáticas e desmatamento; economia política; base de Alcântara e apoio militar dos EUA; direitos humanos; violência policial; saúde pública; coronavírus; liberdade religiosa e trabalho



O material, segundo a BBC News Brasil apurou, chegou ao núcleo do governo Biden por meio de Juan Gonzales, recém-nomeado pelo próprio presidente americano como diretor-sênior para o hemisfério ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca — e conhecido pelas críticas a políticas ambientais de Bolsonaro.

Assessor de confiança de Biden desde o governo de Barack Obama, quando atuou como conselheiro especial do então vice-presidente Biden, Gonzales passou por diversos cargos na Casa Branca e no Departamento de Estado e hoje tem livre acesso ao salão Oval como o principal responsável por políticas sobre América Latina no novo governo.

"Qualquer pessoa, no Brasil ou em outro lugar, que achar que pode promover um relacionamento ambicioso com os EUA enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos, claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha", disse Gonzales recentemente.


 

 O dossiê também circula por membros do Conselho de Assessores Econômicos (CEA, na sigla em inglês) do gabinete-executivo de Biden e pelo ministério do Interior - cuja nova chefe, Debra Haaland, também é crítica contumaz de Bolsonaro.


Rede internacional

O documento surge em momento de intensa expectativa sobre os próximos passos da relação entre Brasil e Estados Unidos sob o governo de Biden e da vice-presidente Kamala Harris.

Até dezembro do ano passado, os líderes dos dois países celebravam anúncios conjuntos, como protocolos de comércio e cooperação econômica, e mostravam intimidade em encontros públicos. Na Assembleia Geral da ONU de 2019, por exemplo, Bolsonaro chegou a dizer "I love you" (eu amo você) a Trump, que respondeu "Bom vê-lo outra vez".

Na primeira semana de janeiro, Ivanka Trump, filha do ex-presidente, foi fotografada carregando no colo a filha de Eduardo Bolsonaro, que visitava a Casa Branca junto à esposa Heloisa e à recém-nascida Georgia — nome do Estado que se tornou um dos pivôs da derrota de Trump na eleição.


Juan Gonzales (à direita) é diretor-sênior para o hemisfério ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca — e conhecido pelas críticas a políticas ambientais de Bolsonaro.

A declaração gerou uma dura resposta do presidente Jair Bolsonaro, que classificou o comentário como "lamentável", "desastroso e gratuito" e quebrou o protocolo presidencial ao declarar sua torcida pelo hoje derrotado Donald Trump.

Semanas antes, a agora vice-presidente Kamala Harris escreveu que "o presidente do Brasil Bolsonaro precisa responder pela devastação" na Amazônia.

"Qualquer destruição afeta a todos nós", completou.


 

 Mais recentemente, após ser questionado pela jornalista Raquel Krähenbühl, da GloboNews, sobre quando conversaria com o par brasileiro, Biden apenas riu.


Meio ambiente

Membros do partido democrata ouvidos pela reportagem sob anonimato descrevem Bolsonaro como uma figura "tóxica" no xadrez global.

Continuar investindo em uma relação próxima com o líder brasileiro seria, na avaliação destes críticos, uma contradição com as bandeiras de sustentabilidade, defesa aos direitos humanos e à diversidade levantadas pela chapa democrata que venceu as eleições.

Pela primeira vez na história dos EUA, Biden nomeou uma mulher indígena para chefiar um ministério (Interior) e mulheres transexuais para cargos importantes nas áreas de defesa e saúde. Negros, latinos e asiáticos aparecem em número recorde de nomeações.



O apoio a estes grupos é o eixo principal do dossiê, que também defende que Biden retire o apoio atual dos EUA para a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e questione a participação do Brasil no G7 e G20 enquanto Bolsonaro for presidente.

"Os EUA têm obrigação moral e interesse prático em se opor a uma série de iniciativas da atual presidência do Brasil", diz o texto. "A recente 'relação especial' entre os dois países por meio da ampliação de relações comerciais e ajuda militar possibilitou violações dos direitos humanos e ambientais e protegeu Bolsonaro de consequências internacionais."


A vice-presidente Kamala Harris escreveu recentemente que "o presidente do Brasil Bolsonaro precisa responder pela devastação" na Amazônia.

O texto não cita diretamente a proposta de um fundo internacional de 20 bilhões de dólares, sugerida por Biden na campanha eleitoral, para conter o desmatamento na Amazônia.

No capítulo sobre meio ambiente, no entanto, o texto alerta que financiar programas de conservação do atual governo brasileiro poderia significar "jogar dinheiro no problema", a não ser que o país mude a direção de suas políticas de proteção ambiental.

O remédio, segundo os autores, seria vincular qualquer financiamento às demandas de representantes da sociedade civil, povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas.


Dossiê classifica governo Bolsonaro como "o mais agressivo antagonista do meio ambiente brasileiro visto até hoje"

"Um dos valores deste documento é preparar o governo (Biden) para o fluxo de desinformação vindo do governo Bolsonaro. O problema é que este governo não é apenas o mais agressivo antagonista do meio ambiente brasileiro visto até hoje, mas também um grande investidor em relações públicas divulgando informações deturpadas. Eles investem para encobrir problemas. Então o grande objetivo é mostrar ao governo quais devem ser as fontes seguras para informação sobre o Brasil: a sociedade, as organizações que estão em campo, as comunidades e grupos marginalizados", diz à BBC News Brasil Daniel Brindis, diretor do Greenpeace nos EUA e um dos autores do dossiê.

"O presidente Biden precisa ter certeza de onde está investindo o dinheiro, ou corre o risco de jogá-lo fora", afirma.


Alcântara e minorias

Mas o dossiê diz que a atenção do governo dos EUA deve ir além do financiamento a políticas de conservação no Brasil e também deve mirar o papel de empresários, investidores e da política externa norte-americana "na ampliação do desmatamento e permissão de abusos de direitos humanos".

Depois da China, os EUA são os maiores compradores de madeira brasileira no mundo. O documento ressalta, no entanto, que a lei Lacey, aprovada nos EUA em 2008, proíbe o comércio de produtos vegetais vindo de fontes ilegais nos Estados Unidos e em outros países.



Em 11 de janeiro deste ano, o Ministério Público Federal entrou em contato com o governo dos EUA para recuperar cargas de madeira extraída ilegalmente na Amazônia. Uma operação realizada em dezembro na divisa do Pará e do Amazonas recolheu mais de 130 mil metros cúbicos de madeira ilegal — o equivalente a mais de 6 mil caminhões de carga lotados, segundo a polícia federal.

O texto também lembra que os problemas ambientais brasileiros não se limitam à Amazônia e também incluem o cerrado, o Pantanal e a Mata Atlântica.

Além do foco ambiental, boa parte do dossiê se dedica a políticas sobre grupos historicamente marginalizados no Brasil como indígenas e quilombolas.

Sobre os últimos, o texto defende que os EUA reverta a assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas assinado pelos governos Trump e Bolsonaro, em 2019, permitindo a exploração comercial da Base Espacial de Alcântara, no Maranhão.

 
O Brasil diz pretender "tornar o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de recursos para o Brasil no setor espacial".

Como foi assinado, o acordo prevê a remoção de centenas de famílias de quilombolas que vivem na região há quase dois séculos.

"O governo Biden-Harris deve se colocar de maneira firme contra qualquer desapropriação de terras quilombolas, enquanto se engaja em ações pacíficas colaboração com a Agência Espacial Brasileira em Alcântara", sugere o texto, citando o Tratado do Espaço Sideral, um instrumento multilateral assinado tanto por EUA quanto pelo Brasil.

Segundo o texto do tratado, criado em meados dos anos 1960, em meio à Guerra Fria, iniciativas que envolvam exploração no espaço só podem acontecer a partir de fins pacíficos. "O governo Biden e Harris deve rejeitar firmemente qualquer envolvimento militar na colaboração espacial no Brasil. Qualquer colaboração entre os programas espaciais dos EUA e do Brasil deve eliminar o racismo e o legado ambiental destrutivo de Trump e Bolsonaro", prossegue o dossiê.

O governo Bolsonaro afirma que o acordo de Alcântara estimulará o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro e poderá gerar investimentos de até R$ 1,5 bilhão na economia nacional.

O Brasil diz pretender "tornar o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de recursos para o Brasil no setor espacial".


Outros temas

Ao longo de mais de suas mais de 30 páginas, o texto também defende que os EUA divulguem documentos secretos sobre a ditadura no Brasil e que o Departamento de Justiça responda a questionamentos sobre a suposta participação dos EUA na operação Lava Jato.

Em agosto de 2019, o parlamentar Hank Johnson, junto outros 12 congressistas, pediu esclarecimentos sobre a relação dos norte-americanos com a operação brasileira, mas não teve resposta.

Em coro com relatórios recentes de organizações globais de direitos humanos sobre o Brasil, o dossiê também recomenda que o governo americano se coloque enfaticamente contra a violência policial no Brasil, os assassinatos de ativistas e trabalhadores rurais no país e a ataques contra religiões de matriz africana.

O texto também cita extinção do Ministério do Trabalho pelo governo Bolsonaro e "políticas de desmantelamento de direitos dos sindicatos, financiamento sindical, negociações coletivas e sistemas de fiscalização do trabalho" como temas a serem revertidos antes da discussão de qualquer acordo de livre-comércio com o Brasil.

Em foto de março de 2018, Bolsonaro assina livro de visitas da Casa Branca

O dossiê não foi enviado a membros do governo brasileiro.

Longe de Washington, após se tornar o último líder de um pais democrático a reconhecer a vitória de Biden e Harris, Bolsonaro vem tentando manobrar para reduzir os danos na relação entre os dois países.

Em janeiro, depois de defender teorias de conspiração infundadas sobre fraudes na eleição americana, o presidente brasileiro assinou uma carta de cumprimentos ao novo líder dos EUA.

"A relação Brasil e Estados Unidos é longa, sólida e baseada em valores elevados, como a defesa da democracia e das liberdades individuais. Sigo empenhado e pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos", dizia o texto, que não teve resposta.

À BBC News Brasil, em novembro, o embaixador brasileiro em Washington, Nestor Forster, disse acreditar que a proximidade entre os dois países se manteria em um eventual governo Biden. "Acreditamos firmemente que, independente do resultado das eleições aqui nos EUA, essa agenda vai continuar e a importância do Brasil não vai mudar porque está esse ou aquele partido. Temos a melhor relação com os dois partidos políticos, como é natural em uma democracia."

Dias antes, no entanto, parlamentares democratas haviam chamado Bolsonaro de "pseudoditador" e classificado acordos entre os dois países como "tapa na cara do Congresso".

Fonte: BBC News Brasil


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