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terça-feira, 28 de maio de 2024

EUA pressionam o Brasil a exportar "minerais críticos" com menor valor agregado - imprensa brasileira


De acordo com a ONU, países como a RD Congo passaram a lucrar mais com a extração de minérios após passarem a processá-los domesticamente.


Imagem ilustrativa.

A pressão norte-americana para acessar livremente o mercado de "minerais críticos" do Brasil foi recebida negativamente no Governo Lula, de acordo com um artigo recentemente publicado pelo economista Assis Moreira no jornal Valor Econômico. Isso porque Brasília planejaria ''estimular o processamento e agregação de valor dessas commodities'' domesticamente.

Um estudo da ONU Comércio e Desenvolvimento citado pelo autor sugere que fortalecer o valor agregado de componentes de energia renovável, em nome do reforço do setor industrial e da diversificação econômica, mostra-se positivo no sentido de redefinir o papel de algumas nações na economia global.

''[O estudo] exemplifica com o caso da República Democrática do Congo. (...) Com o refino local do cobalto, o país reforçou os ganhos, de US$ 5,6 por quilo na extração para US$ 16,2 após processamento'', escreve Moreira, acrescentando que em razão da crescente procura por tecnologias renováveis, as Nações Unidas também projetam um aumento de 1500% na demanda de minérios como lítio, cobalto e cobre até 2050.


EUA prometem trabalhar com
o Brasil em prol dos "direitos
trabalhistas" e em outros setores

A expansão da indústria de mineração do Congo foi possibilitada, em parte, pela parceria ganha-ganha promovida pela China, que financiou diversas mineradoras no país. A dinâmica "não só atende às necessidades do desenvolvimento econômico nacional [chinês], mas também promove fortemente o renascimento da indústria" congolesa, escreve a chancelaria de Pequim.

Em seu artigo, Moreira destaca o papel crucial do Brasil no setor mineral global, sobretudo se levado em consideração o estimado aumento de preço de diferentes materiais nos próximos anos. ''O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio, com 92% do total. (...) Também produz 13% da bauxita no mundo; 8% do grafite natural; e 9% do tântalo mundial", escreve.


 

Fonte: RT Brasil


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domingo, 26 de julho de 2020

Evo Morales: está provado que o golpe foi dado para roubar o lítio da Bolívia


Ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (Foto: REUTERS/Rodrigo Urzagasti)


247 - O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou estar provado que o golpe na Bolívia, ocorrido no ano passado, ocorreu pelo interesses no lítio do país, após o bilionário Elon Musk afirmar que golpeará quem quiser.

Após ser criticado por envolvimento no golpe na Bolívia, o bilionário Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo, CEO da Tesla e da SpaceX, reagiu a um comentário de um seguidor afirmando que não é do interesse do povo norte-americano “o governo dos EUA organizando um golpe contra Evo Morales na Bolívia" para que ele "possa obter lítio”. Musk afirmou: “nós iremos golpear quem quisermos. Lidem com isso!”


 Para Evo Morales, a declaração é mais uma “prova de que o golpe foi dado pelo lítio boliviano”. “Defenderemos sempre nossos recursos”, reforçou o ex-presidente, que foi deposto pelo golpe militar no ano passado.


 “Mais de 50% dos depósitos de lítio globais se encontram no ‘Triângulo do Lítio’ - com fontes do material concentradas na Argentina, Bolívia e Chile. Os desertos montanhosos da Bolívia – o Salar de Uyuni – têm de longe as maiores reservas conhecidas”, segundo reportagem do Brasil de Fato.

Morales denunciava, quando estava no poder, que o lítio não deveria ser vendido a multinacionais. Após o golpe, a tendência, como acenou o candidato a vice da atual presidente usurpadora Jeanine Áñez, é abrir as portas para que empresas como a Tesla explorem o recurso no país.

O empresário boliviano Samuel Doria Medina, candidato a vice de Áñez, defendeu, com a possível vinda da Tesla para a América do Sul, a  construção de "uma gigante fábrica no Salar de Uyuni para fornecer baterias de lítio”.

A revelação de que o bilionário Elon Musk atuou no golpe de estado contra Evo Morales na Bolívia talvez explique também a participação do governo brasileiro no processo, já denunciada por partidários de Evo Morales. Coincidência ou não, Eduardo Bolsonaro passou a prometer que traria uma fábrica da Tesla para o Brasil, de acordo com reportagem do jornal O Globo.



 RT en Español

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, no contexto de sua conversa com Rafael Correa, indicou que entre as causas que levaram ao golpe em seu país estão a luta de classes e as reservas nacionais de lítio, entre outros fatores. .

Lítio:
Uma das maiores reservas de lítio do mundo - necessária para a fabricação de carros elétricos, baterias de longa duração etc. - é encontrada na Bolívia e Morales expressou sua total confiança de que esse fato influenciou significativamente a situação atual. no país.



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