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domingo, 5 de maio de 2024

De onda de calor à chuva no Rio Grande do Sul: por que o Brasil sofre tanto com extremos climáticos


Parte disso se deve ao El Niño, fenômeno que ajuda a elevar as temperaturas do planeta desde meados de 2023


Jornal O Sul


Os extremos climáticos têm castigado o Brasil nos últimos dias. A transição de abril para maio começou com o alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para a onda de calor fora de época em diferentes regiões do País. Poucos dias depois, temporais causaram destruição em mais de 300 cidades do Rio Grande do Sul, na maior tragédia ambiental da história do Estado.

Parte disso se deve ao El Niño, fenômeno que ajuda a elevar as temperaturas do planeta desde meados de 2023. Mas especialistas destacam que a recorrência dessas anomalias climáticas – no Brasil e no mundo – tem relação direta com o aquecimento global.

Diante do risco de novas catástrofes, cientistas fazem o alerta. “Estamos vivendo num novo clima, cheio de ondas de calor e chuvas intensas, que trazem prejuízos socioeconômicos”, diz Paulo Artaxo, cientista que integra o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas.

“A única maneira de lidar com isso é reduzir as emissões de gases do efeito estufa”, acrescenta ele, também professor da USP.

“Nós já mudamos o clima do planeta, ele já é diferente do que havia nos últimos dez, vinte anos em relação à intensidade e frequência dos fenômenos climáticos extremos. É inegável que eles já estão impactando o clima de maneira muito significativa e certamente, com o agravamento do aquecimento global, só vão aumentar em frequência e intensidade no futuro.”


AVENIDA PADRE CACIQUE INUNDADA! O @estadiobeirariooficial sofreu inundações após a subida do Guaíba. O entorno do Beira-Rio, casa do @scinternacional, ficou completamente tomado pela água neste sábado (4). #rdgrenal #radiogrenal #inter #colorado #ChuvasRS


 

 Fonte: Jornal O Sul


Observatório do Clima

Este é o senador ruralista @Heinzeoficial desfilando seu negacionismo climático ao @deolhonoagro em 2016.

Heinze foi eleito por 2,3 milhões de gaúchos para desmontar a proteção ambiental no país. Hoje a zona rural do RS sofre com as chuvas.

Lembrem-se disso na próxima eleição.



Biodiversidade - em defesa do clima!

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sábado, 20 de abril de 2024

EUA vetaram adesão da Palestina como membro pleno da ONU


Os Estados Unidos vetaram nesta quinta-feira (18) o pedido da Palestina de adesão plena à Organização das Nações Unidas (ONU) durante uma votação no Conselho de Segurança


US of Genocides

 A Palestina tem status de observadora na organização desde 2012.


Conselho de Segurança votará
 na quinta-feira a possível
 adesão da Palestina à ONU

No início deste mês, no meio da guerra israelense em curso na Faixa de Gaza, a Palestina enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitando uma nova consideração do seu pedido de adesão, que foi apresentado pela primeira vez em 23 de setembro de 2011.

Mais cedo, Brasil e Colômbia haviam solicitado ao Conselho de Segurança que a Palestina aderisse à organização. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, havia dito que a sua entrada seria "puro bom senso".

Durante a fala, Vieira pediu que a Palestina se tornasse um membro permanente da organização.


"Devemos discutir os meios para que a Palestina possa aderir ao bloco […]. Chegou a hora de a comunidade internacional finalmente dar as boas-vindas à Palestina como o novo membro das Nações Unidas", disse Vieira.

 

Sobre a hostilidade em Gaza, o chanceler brasileiro afirmou que "já passou da hora de a comunidade internacional" agir para "parar com o sofrimento" dos palestinos. E que as novas gerações cobram que uma das principais promessas da ONU seja cumprida, a de poupar vidas de inocentes atingidos pela guerra.


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Fonte: Sputnik Brasil


FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil


Rússia DETONA Estados Unidos após veto à admissão da Palestina como membro da ONU "Hoje poderia ter entrado para a história como o dia que o mundo fez justiça aos palestinos após 75 anos. Porém, nossos colegas americanos não concordam com isso. A história não vai perdoar vocês"



 Embaixador palestino vai às lágrimas após veto dos EUA à adesão plena da Palestina na ONU. "Nosso direito à autodeterminação é inalienável e eterno. Não pode ser manipulado por Israel, o poder colonial e genocida determinado a nos expulsar. O povo palestino não vai desaparecer"



 US of Genocides



Palestina 01

Palestina 02


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No Dia dos Povos Indígenas: (19/Abril ) Apib cobra ações contra o garimpo no território Munduruku


A incidência faz parte das ações do Abril Indígena e antecede o Acampamento Terra Livre 2024


Apib

No Dia Nacional dos Povos Indígenas (19/04) a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), por meio do seu departamento jurídico, protocolou uma manifestação no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual cobra ações contra o garimpo no território Munduruku. O documento foi protocolado pela Apib na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709.

A manifestação faz parte das ações do Abril Indígena e  antecede o Acampamento Terra Livre (ATL) 2024, que ocorrerá entre os dias 22 e 26 de abril em Brasília (DF). No documento a Apib cobra a realização de ações urgentes de comando e controle que busquem conter o garimpo nos territórios tradicionalmente ocupados pelo povo Munduruku.

A organização também pede ao STF que o Ministério da Saúde crie uma política nacional de saúde de pessoas afetadas pelo mercúrio e inclua uma série de contaminação humana por mercúrio no sistema DATASUS, além do protocolo para coleta de dados e alimentação do sistema.

As terras indígenas Munduruku estão entre as cinco terras com maior área de garimpo devastados pela atividade ilegal, conforme estudo do MapBiomas publicado em 2023. Porém, a presença do garimpo ilegal em terras Munduruku não é novidade. Em 2020, a TI Munduruku foi a segunda com maior registro de garimpo no Brasil. No ano seguinte a posição se manteve a mesma, mas com expressivo aumento da área garimpada, que subiu de 1.592 ha, em 20205, para 4.743 ha, em 2021.

“Vamos ao STF informar a situação de calamidade que os povos indígenas Munduruku vem vivenciando em seus territórios. Diversos estudos sinalizam que a contaminação pelo mercúrio tem começado a prejudicar toda saúde dos indígenas quanto da biodiversidade do território, tudo isso devido ao garimpo ilegal que tem operado dentro da terra indígena. Por esse motivo, dentro da manifestação a gente pede que diferentes instâncias do governo brasileiro tomem para si essa situação. O Brasil é signatário da Convenção de Minamata e o Ministério de Relações Exteriores precisa começar a implementar essa convenção e fazer dela uma ferramenta de combate ao garimpo”, afirma Maurício Terena, coordenador jurídico da Apib.

Veja a lista completa de pedidos da Apib:

1. Em regime de urgência, a realização de ações de comando e controle destinadas à contenção da atividade garimpeira nos territórios tradicionalmente ocupados pelo povo Munduruku;

2. Sejam o Ministério da Saúde e, especificamente, a SESAI, instados a se manifestarem sobre os dados aqui apresentados, bem como sobre o estágio de cumprimento das ações previstas no Plano Setorial de Implementação da Convenção de Minamata, particularmente em seu Eixo 4;

3. Manifesta-se o Ministério da Saúde sobre a criação de uma política nacional de saúde de pessoas afetadas pelo mercúrio.

4. O Ministério da Saúde seja instado a apresentar, em prazo razoável, alternativa qualificada – via SINAN ou novo sistema – para a inclusão de dados, incluída a série histórica, de contaminação humana por mercúrio no sistema DATASUS, bem como protocolo para coleta de dados e alimentação do sistema;

5. A determinação de inclusão, pela Secretaria do Meio Ambiente do

Estado do Pará, de dados conhecidos sobre as áreas de risco expostas ou potencialmente expostas a contaminantes químicos, notadamente em territórios indígenas, em razão de mineração, no Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado (SISSOLO), do Ministério da Saúde, nos termos do recomendado pelo Ministério Público Federal na Recomendação no 2, de 08 de fevereiro de 2024;

6. Inste o Ministério das Relações Exteriores para que apresente plano de trabalho e qual a metodologia eleita para implementar a convenção de minamata no Brasil.

7. Inste o Ministério do Meio Ambiente para que apresente as medidas que estão sendo adotadas internamente no órgão para recuperar o território munduruku.

20 anos de Acampamento Terra Livre

Cerca de 5 mil indígenas de mais de 200 povos devem ocupar a Fundação Nacional de Artes (Funarte), em Brasília, no Acampamento Terra Livre 2024. A mobilização ocorre entre os dias 22 e 26 de abril e tem como tema principal “Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui!”, uma oposição à tese ao marco temporal.

A tese foi derrubada no Supremo Tribunal Federal (STF), porém legalizada por meio da lei 14.701/2023, considerada pela Apib como lei do genocídio e aprovada pela bancada anti-indígena do Congresso Nacional.

A programação do ATL, que este ano completa 20 anos de luta e resistência, irá relembrar a trajetória da mobilização e homenagear lideranças históricas do movimento indígena. A saúde mental, a luta das mulheres indígenas e o aldeamento da política brasileira também são temas que devem ser debatidos durante o acampamento.

Fazem parte da programação as marchas “#EmergênciaIndígena: Nossos Direitos não se negociam”, prevista para o dia 23 de abril às 9h. Além da marcha “Nosso marco é ancestral”. Sempre estivemos aqui” no dia 25, às 15h.

“Esse deve ser um dos maiores acampamentos. A expectativa é que o ATL 2024 seja o mais participativo de toda a história, tanto em número de pessoas, quanto de representatividade de povos. É o momento de nos unirmos nas assembleias e debater os próximos caminhos”, diz Kleber Karipuna, coordenador executivo da Apib.

No dia 22 de abril, a partir das 10h, a coordenação executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) irá receber a imprensa para uma coletiva sobre o ATL 2024. A coletiva irá ocorrer na tenda do cinema, dentro do Acampamento Terra Livre.

Jornalistas que desejam cobrir a mobilização devem se inscrever por meio do link:

Fonte: Apib



Povos Indígenas 01

Povos Indígenas 02


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terça-feira, 9 de abril de 2024

Moraes vai cair? Rui Costa Pimenta comenta:


Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes?


Alexandre de Moraes

“O editorial do jornal Globo deixa claro que eles consideram que se o Alexandre de Moraes continuar o que ele vem fazendo é um perigo. Por quê? O Globo diz: ‘A falta de transparência torna impossível avaliar se as leis foram respeitas, e empresta certa credibilidade as acusações de arbítrio contra o supremo, especialmente da extrema-direita’. Quer dizer, as ilegalidades absurdas e flagrantes de Moraes servem de munição para a extrema-direita. A posição do globo é de recuar antes que seja atacada de frente. E as ações do Musk mostraram a fragilidade de Moraes.

O PT e uma parte expressiva da esquerda confiaram no seguinte: apoiar as ilegalidades do Alexandre de Moraes, pois a burguesia apoiava e, portanto daria certo. O problema é que já começou a dar muito errado. A atitude do Elon Musk causa um escândalo no Brasil, gerou uma crise enorme. Se o Twitter ( X ) decidir sair do Brasil é uma catástrofe. O Alexandre de Moraes passou de solução a ser um problema. O que mostra que sempre foi um problema, e, portanto, era a política errada. Tudo isso fortalece a extrema-direita.

O PT não percebeu que o Alexandre de Moraes está pendurado. Ele não tem apoio mais. O único apoio dele é do PT. A esquerda ficou com um mico chamado Alexandre de Moraes. A burguesia usou o STF, se beneficiou (ela, e não a esquerda) e jogou o mico na mão da esquerda. Agora a esquerda tem que defender Moraes quando a direita não vai defender mais. E veja que negativo, o PT fica totalmente identificado com as atitudes anti-democráticas de Alexandre de Moraes.”



 Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes?
@Ruicpimenta29 responde:

“Para o PT o Alexandre de Moraes não é apenas um inconveniente. O PT armou todo seu jogo em volta do Alexandre de Moraes. Se ele cair vão ter que lutar contra a direita sem as mazelas de Moraes, e eles têm medo disso. Eles querem o judiciário ao lado deles. Esse pessoal que falou um monte contra o bolsonarismo, que tem que prender, sem anistia, etc. Quando estiverem sem o Alexandre de Moraes eles vão se acovardar.”




 Elon Musk


 


Política 01

Política 02 



quarta-feira, 20 de março de 2024

Bolsonaristas vão a Tel Aviv chancelar crimes hediondos e bajular Netanyahu


Enquanto o mundo inteiro, e o Brasil, condenam a carnificina da ditadura israelense em Gaza, Caiado e Tarcísio aplaudem o regime genocida de Israel


Ronaldo Caiado, Benjamim Netanyahu e Tarcísio de Freitas em Tel Aviv (reprodução)

Benjamim Netanyahu, um ditador torrado em todo o mundo após invadir Gaza, deslocar milhões de palestinos de suas casas, assassinar mulheres e crianças – já são mais de 30 mil mortes -, invadir e bombardear hospitais, tirando a vida de pacientes e médicos – 90 só na invasão do hospital Al Shifa -, de fuzilar jornalistas e metralhar até fila de famintos, recebeu esta semana o apoio dos governadores Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas.

Os dois bolsonaristas se deslocaram a Tel Aviv para chancelar os crimes hediondos cometidos por Netanyahu e tirar fotos sorridentes ao lado do assassino. Uma cena ridícula, para não dizer patética.

Além de se identificarem com o extermínio das crianças e mulheres palestinas, a atitude dos dois teve uma motivação ainda mais asquerosa: dar apoio à arrogância e às ofensas da diplomacia israelense contra o Brasil. Eles aplaudiram o governo de Israel depois que eles humilharam o embaixador brasileiro em Tel Aviv.

A reação histriônica, fascista e arrogante do governo israelense contra Lula se deu porque o governo brasileiro condenou – junto com o mundo todo – os crimes cometidos pelo regime de apartheid em Gaza. Lula disse o que todos já pensavam: que há fortes semelhanças entre as atitudes de Netanyahu e as de Adolf Hitler.


Mais de 10 mil crianças mortas pelo regime de Netanyahu (reprodução)

A Faixa de Gaza, que já era um presídio insuportável para milhões de palestinos, transformou-se nos últimos meses no maior campo de concentração a céu aberto do mundo. As populações civis são bombardeadas diariamente pelas tropas israelenses. Não há mais para onde fugir. Famílias inteiras são mortas e crianças agonizam em escombros. São a estas atrocidades, cometidas por Netanyahu, que Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas foram prestar a sua solidariedade.

As famílias palestinas não têm mais o que comer ou água para sanar a sua sede em Gaza. A ajuda humanitária, que já era insuficiente, está sendo criminosamente bloqueada pelo regime de Israel. O mundo inteiro está indignado com o que está acontecendo diante de seus olhos com os palestinos na Faixa de Gaza. Até mesmo o chanceler europeu, Josep Borrell, foi obrigado a denunciar a situação. “Israel usa a fome como arma e tornou Gaza um cemitério a céu aberto”, disse ele.

O mundo está assistindo atônito ao extermínio em massa de palestinos. Crimes contra humanidade estão sendo cometidos todos os dias. Cerca de um milhão de pessoas que foram expulsas de suas casas estão em tendas montadas na cidade de Rafah, no sul de Gaza, região que Netanyahu pretende invadir nos próximos dias com suas tropas.

Ele diz que é contra o Hamas, mas o objetivo real é fazer a maior limpeza étnica, e à luz do dia, que se tem notícia em toda a história.


Bombardeios diários. Não há para onde fugir (reprodução)

Hitler, outro facínora dessa mesma estirpe que humanidade conheceu, pelo menos teve que esconder os seus campos de extermínio. A população mundial só ficou sabendo de suas monstruosidades depois que os comunistas soviéticos libertaram os prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, em 1945.

No caso atual, Netanyahu está transmitindo os seus crimes ao vivo (online). Por isso é que o mundo todo – menos os bolsonaristas – está repudiando o genocídio israelense contra os palestinos.

Já se disse que o fascismo dos países centrais é prepotente, expansionista, xenófobo, racista, ganancioso, violento, assassino, etc. Israel, um mero satélite do império americano implantado no Oriente Médio, sem dúvida, é tudo isso e muito mais.

Já os fascistas da periferia, como é o caso dos bolsonaristas e outras figuras do gênero, se caracterizam por serem capachos dos gringos até a medula. Eles ouviram falar que os EUA apoiam Israel e, por isso, foram bajular Netanyahu. São tão serviçais que não percebem que nem os patrões do ditador de Israel na Casa Branca estão conseguindo conviver com a carnificina do fascista em Gaza. Carnificina essa só comparável, como disse, recentemente, o presidente Lula, a de Hitler na II Guerra Mundial.

Fonte: Hora do Povo


 

 




terça-feira, 19 de março de 2024

Brasil chama de 'ilegal e imoral' ataques de Israel contra Gaza; mais de 30 mil pessoas morreram


Chanceler brasileiro criticou ofensiva israelense e a comunidade internacional pela carência de ajuda humanitária


Reprodução / @ ItamaratyGovBr Mauro Vieira e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, desembarcou neste domingo (17/03) em Ramallah, na Cisjordânia. A convite das autoridades palestinas, ele participou da cerimônia que concedeu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o título de Membro Honorário do Conselho de Curadores da Fundação Yasser Arafat.

A honraria foi entregue ao chanceler pelo premiê Mohammad Shtayyeh, que louvou a “coragem de Lula na defesa da Palestina”, segundo o Itamaraty.

Vieira discursou criticando a reação de Israel à ofensiva do grupo palestino Hamas e a comunidade internacional pela carência de ajuda humanitária. Ele definiu como “ilegal e imoral” negar comida, água e medicamentos a civis, e fez um balanço dos apoios oferecidos pelo Brasil.

Vieira ainda se reuniu com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, sobre o conflito e a crise humanitária.

A visita ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Israel, após declarações do presidente Lula comparando a crise humanitária palestina com o Holocausto.


Campanha para um Estado palestino


O Brasil vai se juntar a outros Estados na campanha para conseguir que a Palestina seja admitida como membro pleno das Nações Unidas.

A criação e reconhecimento de um Estado palestino fará com que a Palestina tenha voz, uma vez que desde 2012 os palestinos têm status de observador — o que permite que seus diplomatas participem dos debates, mas sem direito a voto.

O maior obstáculo, no entanto, ainda é o poder de veto dos EUA no Conselho de Segurança da ONU (CSNU).

Expectativa é que um pedido formal para a adesão completa às Nações Unidas seja realizado ainda em 2024, principalmente diante do risco de que a guerra em Gaza abra caminho para novas invasões de terras por parte de israelenses, segundo a apuração do UOL

Para o Itamaraty, a adesão da Palestina como membro pleno é um passo importante na direção da garantia de que um acordo de paz seja estabelecido de forma explícita junto à criação de dois Estados — palestino e israelense —, com suas fronteiras internacionalmente reconhecidas.

(*) Com Ansa e Sputnik Brasil.

Fonte: Opera Mundi


 

sexta-feira, 15 de março de 2024

CASO MARIELLE: PISTAS FALSAS, 'FOGO AMIGO' E TROCAS DE DELEGADOS – OS ERROS NA INVESTIGAÇÃO ATÉ CHEGAR AO NOME DE BRAZÃO


Até a Polícia Federal chegar no nome de Domingos Brazão, houve uma série de erros e pistas falsas que atrasaram em quase seis anos a resposta para esta pergunta: Quem mandou matar Marielle?


Marielle Franco, veradora do Psol, durante comício no Rio de Janeiro. Foto: Mídia NINJA

O caso Marielle Parte 32


Marielle Franco virou um símbolo internacional após seu assassinato no dia 14 de março de 2018. Com os olhos do mundo no Rio de Janeiro, todos estão perguntando: #QuemMandouMatarMarielle? E por quê?

ATÉ A POLÍCIA FEDERAL obter a delação de Ronnie Lessa, entregando que Domingos Brazão foi o mandante da morte de Marielle Franco e de Anderson Gomes, o caminho da investigação foi longo, com inúmeras reviravoltas, interferências externas e pistas falsas espalhadas pelo caminho. Isso dificultou a resolução do duplo homicídio, próximo de completar seis anos no mês de março.

Raquel Dodge, ex-Procuradora Geral da República, sempre insistiu na federalização do caso Marielle Franco. Um dia após o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, quando ela ainda presidia o Conselho Nacional do Ministério Público, emitiu uma nota determinando a instauração de “procedimento instrutório de eventual incidente de deslocamento de competência”. E solicitou a entrada da Polícia Federal nas investigações. 

O Ministério Público do Rio e a Polícia Civil do Rio de Janeiro se posicionaram contrários ao pedido de Dodge. E o caso seguiu com investigação no âmbito estadual.

Desde quando o atentado foi cometido, houve uma rápida e intensa cobertura internacional do caso, com notícias publicadas nos principais veículos de comunicação do mundo e debate na ONU.


Caso Marielle: primeiras pistas falsas e acusações sobre delegado


Em maio de 2018, as investigações caminharam com o depoimento do ex-PM Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, dado à Delegacia de Homicídios. Segundo ele, Marcello Siciliano, então vereador pelo PHS, teria mandado o miliciano Orlando Curicica assassinar a vereadora.

O motivo seria a disputa por territórios: Marielle teria apoiado moradores com ações comunitárias em bairros da zona oeste do Rio, o que teria incomodado milicianos e ameaçado o reduto eleitoral de Siciliano.


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Orlando Curicica negou as acusações à Polícia Civil do Rio. Em junho, foi transferido para o presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e pediu para prestar outro depoimento. Dessa vez para o Ministério Público Federal. 

Ele afirmou ter sido pressionado por Giniton Lages, primeiro delegado do caso, para assumir a autoria do crime.  Curicica acusou a polícia fluminense de receber propina do jogo do bicho para barrar investigações de homicídio. Giniton negou as acusações.


Domingos Brazão foi delatado por Ronnie Lessa como responsável por mandar matar Marielle Franco. Foto: Tércio Teixeira/Domingos Brazão

A investigação da investigação do Caso Marielle


As declarações de Curicica motivaram Dodge a pedir a abertura de inquérito da Polícia Federal para investigar a Polícia Civil do Rio – o que ficou conhecido como “a investigação da investigação”

Com a PF na cola, Ferreirinha e sua advogada voltaram atrás nos depoimentos. Ele confessou ter inventado a história para tentar se livrar de Curicica, por quem era ameaçado. Em maio de 2019, o ex-PM foi preso no Rio de Janeiro. 

Meses antes, em fevereiro de 2019, a Polícia Federal cumpriu ordem de busca e apreensão na casa de dois comparsas: Hélio Khristian, delegado da instituição, e Domingos Brazão, então conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, o TCE. 

Khristian foi quem levou Ferreirinha até a Delegacia de Homicídios para prestar depoimento. Ambos estariam juntos na empreitada para obstruir o caso e incriminar Siciliano, adversário político de Brazão. O conselheiro do TCE, então, virou um dos principais suspeitos de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora.


Prisão de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz em 2019


Em meio às suspeitas sobre o trabalho da Polícia Civil, um ano após o duplo homicídio, os ex-PM Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos. O MPRJ acusou os dois de serem os executores dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes – Élcio era o motorista e Lessa o atirador. 

Ex-policial do Bope, Lessa seria ligado ao grupo de matadores conhecido como “Escritório do Crime“, que presta serviço à cúpula do Jogo do Bicho. Quem também fazia parte desse grupo era Adriano da Nóbrega, assassinado em fevereiro de 2020 na Bahia. 

O delegado Giniton Lages saiu do cargo logo após as prisões, substituído pelo delegado Daniel Rosa. Seria a primeira das cinco mudanças na chefia da DH ao longo das investigações.

Em outubro de 2019, em seu último ato como PGR, Dodge acusou Brazão de ter arquitetado Ferreirinha como testemunha falsa do caso e de obstrução de justiça. Ela usou como base o relatório da PF sobre o andamento das investigações do caso Marielle. Mais uma vez, houve o pedido de federalização do caso.  A federalização, no entanto, foi negada pelo STJ.

A família de Marielle Franco também temia a federalização nesse momento. Era o primeiro ano do governo Bolsonaro e havia o temor que, com o Ministério da Justiça dirigido por Sergio Moro, houvesse interferências políticas na Polícia Federal que atrapalhasse o curso das investigações.

Khristian e Lorenzo Pompilio, também delegado da PF, virariam réus por extorsão e obstrução de justiça. As acusações são do MPF. Em março de 2023, o Superior Tribunal de Justiça rejeitou a denúncia contra Brazão por obstrução de justiça. 


Polícia Federal volta ao caso no governo Lula


Em fevereiro de 2023, a Polícia Federal abriu um novo inquérito para investigar os mandantes dos atentados que vitimou Marielle e Anderson, a pedido do Ministério da Justiça. Lula havia acabado de tomar posse. Um dos principais compromissos públicos assumidos pelo seu então ministro da Justiça, Flávio Dino, foi o de resolver o caso.

A partir de então, a investigação voltou a ter novidades. Élcio de Queiroz, acusado de ser o motorista,  firmou acordo de delação premiada em julho deste ano. Ele confessou a participação dele e de Lessa no crime. E ainda acusou a Polícia Civil do Rio de tentar extorqui-los para impedir a investigação.

Em outubro, o caso que apura os possíveis mandantes subiu ao STJ. E novamente o nome de Brazão voltou a circular. Por ter recuperado o cargo de conselheiro do TCE, em março de 2023, ele possui foro privilegiado e, portanto, só pode ser julgado em instâncias superiores. 

A suspeita se concretizou com o acordo de delação firmado por Lessa. O Intercept noticiou, em primeira mão, que ele delatou Brazão como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco.

A delação de Lessa falta ser homologada no STJ. Ainda há dúvidas sobre qual seria a real motivação de Domingos Brazão. Uma das hipóteses é que ele teria agido por vingança contra Marcelo Freixo, seu ex-colega na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que o denunciou na CPI das Milícias, em 2008, e também na Operação Cadeia Velha, que prendeu figuras do MDB, ex-partido de Brazão.

Outra hipótese é uma disputa de terra na zona oeste do Rio de Janeiro, área de domínio de Domingos Brazão. Havia uma disputa de terra nessa área para regularização de um condomínio e a vereadora trabalhava para que a região fosse classificada como de interesse social.


Por: Flávio VM Costa e André Uzêda

24 de jan de 2024.

Fonte: Intercept Brasil


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Um grupo de manifestantes na cidade brasileira do Rio de Janeiro exigiu justiça no sexto aniversário do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Amigos, familiares e activistas denunciaram que o Governo demorou muito a resolver o crime. Organizações não governamentais apontam que, apesar de haver suspeitos, não se sabe quem foi o autor intelectual do homicídio e denunciam que há impunidade envolvida.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

'O BRICS é uma nova maneira de pensar', diz Zakharova em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil


Em entrevista exclusiva ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, destacou pontos que a nação acredita serem primordiais.


© Sputnik / Vladimir Astapkovich

Questionada sobre se há ou não preocupações por um mundo "bipolar" (controlado majoritariamente por duas nações), Zakharova respondeu dizendo que "isso não é ideal".

Aos jornalistas Melina Saad e Marcelo Castilho, a representante oficial do MRE russo elencou os motivos que fazem com que ela descredite as construções de poder.


"O mundo com dois polos não é ideal. Depois que essa forma de mundo colapsou, a nossa civilização vem tentando fazer um novo sistema funcionar […]. O mundo unipolar não existe, tampouco está funcionando. […]. Não há país neste mundo que possa ser o mandatário do mundo inteiro, que possa ter o direito ou a possibilidade de controlar o mundo", disparou a representante do governo russo.

 

Zelensky prova com 'suas próprias palavras'
 que Kiev só está lutando
 por dinheiro, diz Zakharova

Ela continua: "Nós [o mundo] não elegemos nenhum Estado ou nação para controlar as nossas vidas. Temos o direito internacional como uma ótima base para resolver diferentes crises, estabelecer contatos uns com os outros e promover o bom relacionamento entre países, nações e organizações".



 Durante a resposta, ela enfatiza que há muitos polos no mundo, econômicos e culturais, além de centros de civilização e desenvolvimento moderno e tecnológico. E que esse mundo multipolar é o caminho que a sociedade deve seguir.


"Esse é o caminho que a gente [sociedade] deve, de fato, escolher… Estou falando da Rússia, do Brasil e de outros países do mundo que têm voz própria e são livres para expressar os pontos de vista", arremata.


BRICS: nova ordem mundial?

Para Zakharova, reside uma dualidade no fato de o BRICS ser ou não uma nova ordem mundial.


"O BRICS não é um instrumento de ajuda, por exemplo, para alguém realizar algo. Mas, ao mesmo tempo, é um bloco neutro. […] São possibilidades dos países de se desenvolverem em várias áreas, incluindo a economia, ecologia, segurança, tecnologia, educação e cultura. Além da chance de os países do bloco se mostrarem ao mundo", embasa.


Palácio do Planalto confirma viagem de
 Lula à Rússia para cúpula do BRICS

Segundo Zakharova, além da individualidade, o bloco permite um compartilhar de soluções para um futuro próspero.


"O BRICS é uma nova maneira de pensar. Você pode ser independente e, ao mesmo tempo, pode se juntar, se reunir, estar com os demais e ainda pode se proteger e manter a sua dignidade nacional, cultura, civilização e tradições", sublinha.


 

 Ocidente é responsável por arruinar a ONU

Para Zakharova, o surgimento da Organização das Nações Unidas (ONU) possui esse papel de manutenção, respeito e avanço. Mas, em sua visão, o Ocidente está arruinando o que uma vez foi a organização.


"Muitos países do Ocidente coletivo estão tentando arruinar os princípios da ONU, da Carta da ONU. […] Eles não respeitam o direito internacional, os outros membros do Conselho de Segurança… […] eles estão sempre impedindo iniciativas, propostas de paz — como temos visto no Oriente Médio —, não respeitam outros países como Estados independentes e soberanos", indaga Zakharova.

 

Brasil no Conselho de Segurança da ONU

Desde antes de deixar a presidência do Conselho de Segurança da ONU, assim como outros países, o Brasil almeja ter uma cadeira permanente no órgão. A Rússia, por exemplo, estaria disposta a lutar pelo desejo brasileiro. Zakharova confirmou isso à Sputnik Brasil.


"Nós [a Rússia] apoiamos o Brasil. Não no futuro, mas agora! A gente [Rússia] reiteradamente repete que deve ser assim [novos países no Conselho], e claro que a gente apoia o Brasil", referenda a representante do governo russo.

 

Negar genocídio em Gaza é esconder a realidade,
diz ministro Luiz Marinho à Sputnik

Rússia e Brasil aliados no combate à fome

Questionada sobre como a Rússia poderia ajudar o Brasil no combate à fome, Zakharova detalhou a existência de uma "falsa realidade" em alguns locais graças a uma "campanha" estadunidense chamada "invasão russa à Ucrânia e a fome mundial".

Ela explica que o mote foi promovido por Washington. A autoridade enxerga os movimentos do poder norte-americano como "ridículos".


"Isso é muito injusto. Porque o problema da fome acontece há centenas de anos e é um problema para várias regiões, África, Ásia e diferentes países em diversas partes do mundo", exemplifica.


Segundo Zakharova, a Rússia sempre foi uma das doadoras para muitos países, organizações internacionais e assistências humanitárias.


"Cada país que sempre precisou, nós [a Rússia] estávamos lá. […] Estamos dispostos a unir todos os líderes do mundo, não apenas políticos, mas também representantes da sociedade civil, organizações humanitárias ou não governamentais para superar esse problema. Mas focando em termos práticos, e não propagandistas", conclui.


Fonte: Sputnik Brasil


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