No texto, o Itamaraty mostrou sua preocupação com uma
possível evacuação das cidades atacadas, enfatizando que essa ação poderia
“resultar em novo deslocamento forçado de milhares de palestinos, como ocorre
na Faixa de Gaza desde o início do conflito”.
O alerta também soou como uma crítica ao chanceler
israelense Israel Katz, que tem se envolvido em diversas polêmicas com o
Brasil, ao ser autor de ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
principalmente no início deste ano.
A nota do Itamaraty termina recordando “as obrigações
impostas pelas Convenções de Genebra, bem como o parecer consultivo emitido
pela Corte Internacional de Justiça, em 19 de julho passado” e pedindo ao
governo de Israel, “como potência ocupante”, que se abstenha de “ações que
possam resultar no alastramento do conflito da Faixa de Gaza para a
Cisjordânia”.
Leia o comunicado do Itamaraty na íntegra:
Operação militar israelense em cidades na Cisjordânia
O governo brasileiro acompanha, com preocupação, a
operação militar israelense lançada em 28 de agosto, nas cidades de Jenin,
Tulkarm e Tubas, no Norte da Cisjordânia, que resultou na morte de pelo menos
dez palestinos e em significativos danos materiais.
O governo brasileiro alerta que possível evacuação de
residentes das cidades visadas pelas forças israelenses, aventada em
declarações do ministro de Negócios Estrangeiros Israel Katz, poderá resultar
em novo deslocamento forçado de milhares de palestinos, como ocorre na Faixa de
Gaza desde o início do conflito.
Ao recordar as obrigações impostas pelas Convenções de
Genebra, bem como o parecer consultivo emitido pela Corte Internacional de Justiça,
em 19 de julho passado, o governo brasileiro conclama o Estado de Israel, como
potência ocupante, a abster-se de ações que possam resultar no alastramento do
conflito da Faixa de Gaza para a Cisjordânia.
Ministério da Defesa russo enviou tropas de reforço para
região atacada por Kiev na última terça-feira (06/08), frustrando ocupação
ucraniana e ataque de drones
Volodymyr Zelenskyy/X - Conflito entre Ucrânia e Rússia se
acirrou desde quando território russo de Kursk sofreu ataque das tropas
ucranianas
Segundo o governo russo, as tropas foram reforçadas no
distrito de Sudzha. A Defesa do país enviou tanques e outros equipamentos
militares para a região
dos combates, como sistemas múltiplos de lançadores de foguetes, canhões de
artilharia e veículos pesados.
Outra reação da defesa russa foi um contra-ataque que fez as
Forças Armadas ucranianas perderem até 945 soldados e 102 veículos blindados.
A pasta acrescentou que o exército continua a repelir as
tentativas da Ucrânia de invadir a região, e que as operações de incursão estão
sendo suprimidas, em especial nas localidades fronteiriças de Suzhanski e
Korénevski – onde tropas russas expulsaram formações ucranianas.
“No último dia, através das ações ativas das unidades do
grupo de tropas e das reservas que chegaram, os ataques aéreos e o fogo de
artilharia frustraram as tentativas das unidades inimigas de penetrar
profundamente no território russo na direção de Kursk ”, declarou o Ministério
da Defesa russo.
Na última quarta-feira (07/08), o chefe do Estado-Maior
russo, Valery Gerasimov, reiterou a narrativa e afirmou que o avanço ucraniano
em território russo havia sido interrompido.
A Rússia também acusou os ucranianos de lançarem ao menos 75
drones em diversas áreas de seu território nas últimas 24 horas. No entanto,
conseguiu frustrar os ataques nas regiões de Belgorod, Lipetsk, Kursk, Bryansk,
Voronezh, Oryol e Crimeia – onde sete drones marítimos também foram destruídos.
Em retaliação, os russos também enviaram aviões de combate
para atacar reservas do exército ucraniano na região de Sumy, segundo a agência
de notícias Tass.
Avanços ucranianos
No entanto, as forças ucranianas reivindicaram, também nesta
sexta-feira, um ataque aéreo contra uma base militar na Rússia na região de
Lipetsk, a mais de 300 quilômetros da fronteira entre os dois países.
Em comunicado, Kiev afirma que as investidas com drones
tiveram como alvo a base militar russa, onde foram destruídos os depósitos que
armazenavam bombas áreas guiadas, além de outras instalações.
A ofensiva também deixou ao menos nove feridos e ocasionou
um grande incêndio no local. Segundo o governador de Lipetsk, Igor Artamonov,
foram registrados prejuízos na infraestrutura energética da região. Além disso,
quatro vilarejos locais foram evacuados como medida de prevenção.
Incursão ucraniana em Kursk
O conflito entre Ucrânia e Rússia se acirrou desde a última
terça-feira (06/08), quando o território russo de Kursk sofreu um ataque das
tropas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Os ataques foram defendidos por Zelensky com a afirmação de
que a Rússia precisava “sentir” as consequências da guerra.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev
de lançar uma provocação em grande escala, e disse que as tropas ucranianas
bombardearam regiões russas indiscriminadamente, disparando contra
infraestruturas civis e ambulâncias.
Como resultado do bombardeamento ucraniano na região de
Kursk, o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, declarou que 55 pessoas
ficaram feridas e continuam hospitalizadas, sendo que 12 estão em estado grave
De acordo com o governador da região de Kursk, Alexey
Smirnov, citado pela Tass “a situação operacional na região
continua tensa e as autoridades locais organizaram um sistema de prestação de
assistência aos reassentados forçados”.
Também segundo a Tass, devido às consequências
humanitárias do bombardeio na região, o governo russo prepara um “apelo às
organizações internacionais” para que o ataque na região de Kursk seja
reconhecido como “ato terrorista”.
Ucrânia perde mais de 900 soldados na sua tentativa de
incursão na Rússia
As perdas do regime de Kiev desde o início dos combates na
sua tentativa de incursão na província russa de Kursk ascendem a mais de 900
soldados e mais de 100 veículos blindados.
❗️🇺🇦 Ucrania pierde más de 900 militares en su intento de incursión en Rusia
Las pérdidas del régimen de Kiev desde el comienzo de los combates en su intento de incursión en la provincia rusa de Kursk ascienden a más de 900 efectivos y más de 100 vehículos blindados. pic.twitter.com/ag62vQeV3c
Caças-bombardeiros Su-34 russos eliminam pessoal e armamento
das FAU em região fronteiriça de Kursk
O ataque foi realizado aos alvos com bombas aéreas com
módulo de planagem e correção, que permite aplicar golpes precisos com remoção
segura da linha de contato de combate.
💥🇷🇺 Caças-bombardeiros Su-34 russos eliminam pessoal e armamento das FAU em região fronteiriça de Kursk
O ataque foi realizado aos alvos com bombas aéreas com módulo de planagem e correção, que permite aplicar golpes precisos com remoção segura da linha de contato de combate.… pic.twitter.com/9VPuSzoZ6f
O presidente francês declarou na segunda-feira que “nada
deve ser descartado” no que diz respeito ao envio de forças ocidentais em
território ucraniano.
Os líderes europeus estudam há semanas o plano de Paris de
enviar tropas para a Ucrânia e os EUA apoiaram a ideia , informa a AFP, citando uma fonte militar familiarizada
com o assunto.
Entretanto, o Palácio do Eliseu anunciou que será realizado
um debate e votação no Parlamento sobre a questão do apoio a Kiev, informa a
agência.
Esta notícia surge depois de o Presidente de França,
Emmanuel Macron, ter declarado esta segunda-feira que “nada
deve ser descartado” relativamente ao envio de forças ocidentais para
a Ucrânia. Pouco depois, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal,
também afirmou que nada pode ser “descartado”.
Embora Macron não tenha oferecido mais detalhes sobre o
plano, o Ministério das Relações Exteriores francês disse que a ideia não prevê
tropas francesas lutando diretamente contra as forças russas na Ucrânia.
No entanto, uma dezena de países europeus, incluindo
Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, Eslováquia e outros, descartaram o possível envio das suas tropas para o
território ucraniano . Por seu lado, os EUA garantiram que Washington “não enviará tropas para
combater na Ucrânia”.
Neste contexto, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov,
alertou que, se forças estrangeiras forem enviadas para a Ucrânia, um
conflito direto entre a Rússia e a NATO será “inevitável”. Por
isso, apelou aos países ocidentais para que avaliem se este desenvolvimento dos
acontecimentos é do “seu interesse” e dos seus cidadãos.
🚨Update: World War 3 is almost upon us! If and when you see a mushroom cloud, that is a nuclear explosion! Seek shelter, preferably underground if possible! Prepare NOW! pic.twitter.com/cBUXS5QQ9V