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domingo, 29 de setembro de 2024

Rússia diz que mudanças em política nuclear são 'sinal para Ocidente' e comenta exercícios da OTAN


O Kremlin afirmou que as mudanças na doutrina de armas nucleares da Rússia delineadas pelo presidente Vladimir Putin devem ser consideradas "um sinal para os países ocidentais de que haverá consequências se eles participarem de ataques à Rússia"


© Sputnik

Putin afirmou na quarta-feira (27) que a Rússia poderia usar armas nucleares se fosse atingida por mísseis convencionais, e que Moscou consideraria qualquer ataque apoiado por uma potência nuclear um ataque conjunto.

O porta-voz presidencial Dmitry Peskov disse que ajustes em um documento chamado "Os Fundamentos da Política de Estado na Esfera da Dissuasão Nuclear" foram formulados. Questionado por repórteres se as mudanças eram um sinal para o Ocidente, Peskov disse: "Isso deve ser considerado um sinal definitivo."


"Este é um sinal que alerta esses países sobre as consequências caso participem de um ataque ao nosso país por vários meios, e não necessariamente nucleares", disse Peskov.

 

O mundo, continuou, foi testemunha de um "confronto sem precedentes" que, segundo o porta-voz, foi provocado pelo "envolvimento direto de países ocidentais, incluindo potências nucleares" no conflito da Ucrânia.

Peskov acrescentou que a decisão sobre publicar ou não os documentos nucleares seria tomada posteriormente.


O que está por trás da iniciativa
 de Vladimir Putin de mudar
 a doutrina nuclear da Rússia?

Nesta sexta-feira (27), o conselheiro do Kremlin para assuntos navais, Nikolai Patrushev, disse que os países da OTAN, tentando manter seu domínio global, estão modernizando sua infraestrutura militar e desenvolvendo cenários para combater a Rússia.


"A prossecução de uma política externa e interna independente da Rússia provoca oposição dos Estados Unidos e dos seus aliados no bloco da OTAN, que procuram manter o seu domínio no mundo, incluindo os oceanos", disse o conselheiro em uma reunião realizada na região de Kaliningrado.

 

De acordo com Patrushev, "os países da OTAN realizam regularmente exercícios militares, durante os quais são elaborados cenários para repelir um suposto ataque russo aos Países Bálticos".

A decisão de mudar a doutrina nuclear oficial da Rússia é a resposta do Kremlin às deliberações nos Estados Unidos e no Reino Unido sobre dar ou não permissão à Ucrânia para disparar mísseis ocidentais convencionais contra Moscou.


Em 2025, Rússia lançará projeto nacional que deve consolidar liderança russa na esfera nuclear, declara Putin



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Fonte: Sputnik Brasil


Liu Sivaya


A RÚSSIA SE FArTA E DEIXA OS EUA SEM OPÇÕES: OU RESPEITA (pela gentileza) OU VAI RESPEITAR (pela força)

Esta semana ocorreu na Rússia um dos acontecimentos mais importantes do mundo que, embora o Ocidente tente escondê-lo, mudou as coisas para sempre. De agora em diante, os EUA terão de pensar duas vezes antes de permitir certas coisas à Ucrânia.


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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Defesa russa reassume controle de regiões alvo da ofensiva ucraniana em Kursk


Forças Armadas russas conquistaram novamente localidade de Krupets e libertaram província de Ivanovka, em Donetsk; Ucrânia perdeu mais de 2.600 militares e cerca de 400 veículos


Putin

As Forças Armadas da Rússia anunciaram, nesta quinta-feira (15/08), avanços em sua “operação antiterrorista” instalada para combater a ofensiva ucraniana na região de Kursk. Segundo o Ministério da Defesa de Moscou, o exército assumiu novamente o controle de Krupets, na região atacada por Kiev.

A pasta ainda detalhou que a aviação e a artilharia russas impediram o avanço das tropas ucranianas nas áreas fronteiriças, em Varvarovka, Safonovka, Sheptukhovka, Kauchukha, Alekseevsk e Matveeka.

ministério russo ainda atualizou o número de perdas do exército ucraniano, informando a baixa de até 2.640 militares, 394 veículos militares, quatro sistemas de mísseis antiaéreos, três lançadores múltiplos de foguetes e outros equipamentos.

“O exército continua repelindo a tentativa de invasão das Forças Armadas da Ucrânia. As ações das unidades do agrupamento de tropas Sever [Norte], com ataques aéreos e fogo de artilharia, permitiram repelir um ataque de grupos de assalto na direção de Kremyanoe”, indica o comunicado do ministério.

O Ministério da Defesa ainda informou que as Forças de Defesa libertaram a província de Ivanovka na República Popular de Donetsk, na região separatista de Donbass.


Ofensiva ucraniana em Kursk

O conflito entre Ucrânia e Rússia se acirrou em 6 de agosto quando o território russo de Kursk sofreu um ataque de 12 mil soldados do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Segundo o general russo e comandante do regimento de forças especiais Akhmat, Apti Alaudinov, havia muitos estrangeiros entre as tropas ucranianas.

“Sabemos que o número de pessoas que entraram no território [da região de Kursk] é estimado em cerca de 12.000. Em relação à presença estrangeira, ouviu-se falar polonês, inglês, francês em toda parte”, disse Alaudinov ao canal Rossiya 1, acrescentando que “a maioria deles já foi destruída”.


Volodymyr Zelenskyy/X - Ataques contra Kursk foram defendidos por Zelensky com a afirmação de que a Rússia precisava “sentir” as consequências da guerra

As tropas ucranianas tinham como objetivo tomar instalações estratégicas na região de Kursk e em parte da região de Belgorod, explicou o general. A liderança da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contava que as tropas ucranianas conseguiriam ocupar um território significativo junto com muitas instalações estratégicas para impor condições à Rússia, disse o general.

Os ataques foram defendidos pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky com a afirmação de que a Rússia precisava “sentir” as consequências da guerra. Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de lançar uma provocação em grande escala, e disse que as tropas ucranianas bombardearam regiões russas indiscriminadamente, disparando contra infraestruturas civis e ambulâncias.

Como resultado do bombardeamento ucraniano na região de Kursk, o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, declarou que 55 pessoas ficaram feridas, sendo 12 em estado grave.

Devido ao ataque ucraniano, um estado de emergência federal foi declarado na região fronteiriça de Belgorod, na Rússia, disse o Ministro de Emergências, Alexander Kurenkov.

“Proponho designar a situação de emergência na região de Belgorod como uma emergência federal e lançar uma resposta em nível federal”, disse ele em uma reunião de emergência da comissão governamental para prevenção e tratamento de emergências.

De acordo com Kurenkov, a situação na região de Kursk “continua complicada e tensa”. “Ataques terroristas realizados por unidades armadas ucranianas danificaram prédios residenciais e instalações de infraestrutura, causando fatalidades e baixas entre civis”, informou Kurenkov.

O ministro ainda declarou que foi organizado um trabalho para “fornecer assistência abrangente à população afetada”.

O estado de emergência federal facilita a tomada de decisões sobre a alocação de fundos federais para o pagamento de assistência financeira a moradores locais e atividades de financiamento destinadas a acomodar pessoas em centros temporários e fornecer-lhes necessidades básicas.

(*) Com Ansa, Brasil247, RT en español e Sputnik

Fonte: Opera Mundi


Current Report


Mapa das regiões da Ucrânia onde a Rússia ataca. Mais de 60 mísseis e 100 drones foram usados ​​pela Rússia no ataque à Ucrânia ao longo de duas horas.



 Zlatti71


Fuzileiros navais russos capturam militantes ucranianos na região de Kursk. As Forças Armadas Ucranianas estão gratas.



 Militares russos em motociclos seguem cercando cidade de Ugledar, na RPD Militares russos em motociclos rapidamente chegaram às trincheiras ucranianas, seguidos por tanques e blindados que os cobriam, mostra vídeo da Defesa russa. Tomando as posições, as tropas russas se aproximaram de uma das rotas logísticas da guarnição ucraniana na cidade russa de Ugledar.

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 Soldados russos mostram à Sputnik blindado sueco capturado na área de Chasov Yar, na República Popular de Donetsk Siga

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 Canal Conocimiento Militar


 RÚSSIA CAÇA MERCENÁRIOS DA OTAN EM KURSK


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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Rússia reforça defesa em Kursk após ataque ucraniano; Kiev sofre baixa de 945 soldados e 102 veículos


Ministério da Defesa russo enviou tropas de reforço para região atacada por Kiev na última terça-feira (06/08), frustrando ocupação ucraniana e ataque de drones


Volodymyr Zelenskyy/X - Conflito entre Ucrânia e Rússia se acirrou desde quando território russo de Kursk sofreu ataque das tropas ucranianas

O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta sexta-feira (09/08) os progressos táticos realizados por seu exército na região de Kursk, após a incursão ucraniana que obrigou Moscou a decretar estado de emergência na região.

Segundo o governo russo, as tropas foram reforçadas no distrito de Sudzha. A Defesa do país enviou tanques e outros equipamentos militares para a região dos combates, como sistemas múltiplos de lançadores de foguetes, canhões de artilharia e veículos pesados.

Outra reação da defesa russa foi um contra-ataque que fez as Forças Armadas ucranianas perderem até 945 soldados e 102 veículos blindados.



A pasta acrescentou que o exército continua a repelir as tentativas da Ucrânia de invadir a região, e que as operações de incursão estão sendo suprimidas, em especial nas localidades fronteiriças de Suzhanski e Korénevski – onde tropas russas expulsaram formações ucranianas.

“No último dia, através das ações ativas das unidades do grupo de tropas e das reservas que chegaram, os ataques aéreos e o fogo de artilharia frustraram as tentativas das unidades inimigas de penetrar profundamente no território russo na direção de Kursk ”, declarou o Ministério da Defesa russo.

Na última quarta-feira (07/08), o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, reiterou a narrativa e afirmou que o avanço ucraniano em território russo havia sido interrompido.

A Rússia também acusou os ucranianos de lançarem ao menos 75 drones em diversas áreas de seu território nas últimas 24 horas. No entanto, conseguiu frustrar os ataques nas regiões de Belgorod, Lipetsk, Kursk, Bryansk, Voronezh, Oryol e Crimeia – onde sete drones marítimos também foram destruídos.

Em retaliação, os russos também enviaram aviões de combate para atacar reservas do exército ucraniano na região de Sumy, segundo a agência de notícias Tass.


Avanços ucranianos

No entanto, as forças ucranianas reivindicaram, também nesta sexta-feira, um ataque aéreo contra uma base militar na Rússia na região de Lipetsk, a mais de 300 quilômetros da fronteira entre os dois países.

Em comunicado, Kiev afirma que as investidas com drones tiveram como alvo a base militar russa, onde foram destruídos os depósitos que armazenavam bombas áreas guiadas, além de outras instalações.

A ofensiva também deixou ao menos nove feridos e ocasionou um grande incêndio no local. Segundo o governador de Lipetsk, Igor Artamonov, foram registrados prejuízos na infraestrutura energética da região. Além disso, quatro vilarejos locais foram evacuados como medida de prevenção.


Incursão ucraniana em Kursk

O conflito entre Ucrânia e Rússia se acirrou desde a última terça-feira (06/08), quando o território russo de Kursk sofreu um ataque das tropas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Os ataques foram defendidos por Zelensky com a afirmação de que a Rússia precisava “sentir” as consequências da guerra.

Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de lançar uma provocação em grande escala, e disse que as tropas ucranianas bombardearam regiões russas indiscriminadamente, disparando contra infraestruturas civis e ambulâncias.

Como resultado do bombardeamento ucraniano na região de Kursk, o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, declarou que 55 pessoas ficaram feridas e continuam hospitalizadas, sendo que 12 estão em estado grave

De acordo com o governador da região de Kursk, Alexey Smirnov, citado pela Tass “a situação operacional na região continua tensa e as autoridades locais organizaram um sistema de prestação de assistência aos reassentados forçados”.

Também segundo a Tass, devido às consequências humanitárias do bombardeio na região, o governo russo prepara um “apelo às organizações internacionais” para que o ataque na região de Kursk seja reconhecido como “ato terrorista”.

(*) Com Ansa, Brasil247 e RT en español

Por: Duda Blumer

Fonte: Opera Mundi


RT en Español

Ucrânia perde mais de 900 soldados na sua tentativa de incursão na Rússia

As perdas do regime de Kiev desde o início dos combates na sua tentativa de incursão na província russa de Kursk ascendem a mais de 900 soldados e mais de 100 veículos blindados.



 Sputnik Brasil

Caças-bombardeiros Su-34 russos eliminam pessoal e armamento das FAU em região fronteiriça de Kursk

O ataque foi realizado aos alvos com bombas aéreas com módulo de planagem e correção, que permite aplicar golpes precisos com remoção segura da linha de contato de combate.



 Canal Conocimiento Militar

Kiev REVELA O REAL OBJETIVO DE SUA OFENSIVA EM KURSK


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quinta-feira, 23 de maio de 2024

Entendimentos Comuns entre a China e o Brasil sobre a Solução Política da Crise na Ucrânia


A China continuará trabalhando junto com o Brasil para desempenhar um papel construtivo na solução apropriada de questões de destaque internacional


Brasil-China


Em 23 de maio de 2024, Sua Excelência Wang Yi, Membro do Birô Político do Comitê Central do PCC e Ministro das Relações Exteriores da China, reuniu-se com Sua Excelência Celso Amorim, Conselheiro-Chefe do Presidente do Brasil, em Pequim. As duas partes trocaram pontos de vista aprofundados sobre a promoção de uma solução política para a crise na Ucrânia e apelaram ao abrandamento da situação, e chegaram aos seguintes entendimentos comuns:

1. As duas partes apelam a todas as partes relevantes para que observem três princípios para desescalar a situação, nomeadamente nenhuma expansão do campo de batalha, nenhuma escalada dos combates e nenhuma provocação por qualquer parte.

2. As duas partes acreditam que o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia. Todas as partes devem criar condições para a retoma do diálogo direto e pressionar para a desescalada da situação até à concretização de um cessar-fogo abrangente. A China e o Brasil apoiam uma conferência internacional de paz realizada num momento adequado que seja reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes, bem como uma discussão justa de todos os planos de paz.

3. São necessários esforços para aumentar a assistência humanitária às regiões relevantes e evitar uma crise humanitária em maior escala. Os ataques a civis ou a instalações civis devem ser evitados e os civis, incluindo mulheres, crianças e prisioneiros de guerra (prisioneiros de guerra), devem ser protegidos. Os dois lados apoiam a troca de prisioneiros de guerra entre as partes em conflito.

4. A utilização de armas de destruição maciça, especialmente armas nucleares e armas químicas e biológicas, deve ser combatida. Devem ser envidados todos os esforços possíveis para prevenir a proliferação nuclear e evitar a crise nuclear.

5. Os ataques às centrais nucleares e outras instalações nucleares pacíficas devem ser combatidos. Todas as partes devem cumprir o direito internacional, incluindo a Convenção sobre Segurança Nuclear, e prevenir resolutamente acidentes nucleares provocados pelo homem.

6. Deve-se opor-se à divisão do mundo em grupos políticos ou económicos isolados. As duas partes apelam a esforços para reforçar a cooperação internacional em matéria de energia, moeda, finanças, comércio, segurança alimentar e segurança de infra-estruturas críticas, incluindo oleodutos e gasodutos, cabos ópticos submarinos, instalações de electricidade e energia, e redes de fibra óptica, de modo a como para proteger a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais.

As duas partes dão as boas-vindas aos membros da comunidade internacional para apoiarem e endossarem os entendimentos comuns acima mencionados, e desempenharem conjuntamente um papel construtivo na redução da situação e na promoção de conversações de paz.



Fonte: Ministério das Relações Exteriores do Povo da China


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domingo, 12 de maio de 2024

VÍDEOS: Ataque ucraniano destrói parcialmente prédio residencial na cidade russa de Belgorod


Ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, informou que 17 pessoas ficaram feridas no ataque


RT Brasil

As Forças Armadas ucranianas atacaram neste domingo a cidade russa de Belgorod, destruindo 10 andares na seção de entrada de um edifício residencial, informou o governador local Vyacheslav Gladkov.


 

"A cidade de Belgorod e o distrito de Belgorod foram submetidos a bombardeios maciços pelas Forças Armadas da Ucrânia", escreveu Gladkov em sua conta no Telegram, acrescentando que está indo para o local.

De acordo com o funcionário, 19 pessoas, incluindo duas crianças, ficaram feridas no ataque.



 Pouco tempo depois, parte do telhado do edifício desabou, caindo sobre os socorristas que estavam resgatando pessoas dos escombros.

Três equipes de resgate sofreram ferimentos de diferentes graus de gravidade, informou o Ministério de Situações de Emergência da Rússia.


 

 Durante os esforços de busca e resgate, os socorristas fizeram um "minuto de silêncio" para tentar localizar onde estão as vítimas sob os escombros. Dezesseis pessoas já foram resgatadas.


 

 Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia detalhou que as forças de Kiev atacaram a cidade usando o sistema de mísseis táticos Tochka-Ulançadores múltiplos de foguetes Olja e o RM-70 Vampire.



Mais cedo, no sábado, uma mulher foi morta e outras 29 pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas em outro ataque de Kiev à cidade russa. De acordo com o governador local, Vyacheslav Gladkov, o bombardeio danificou 22 prédios residenciais, 21 carros e quatro instalações comerciais, além de dois hospitais, uma escola e um centro esportivo infantil.


 

 "Elo sangrento na cadeia de crimes do regime de Kiev"

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou o ataque "terrorista" contra à cidade de Belgorod como "outro elo sangrento na cadeia de crimes do regime de Kiev".

"O bombardeio direcionado de civis, infraestrutura civil, casas, hospitais, escolas e instalações sociais tornou-se a marca registrada do grupo criminoso de [Vladimir] Zelensky, que é apoiado por patrocinadores ocidentais", escreveu em suas redes sociais.



Fonte: RT Brasil

Guerra 01


quinta-feira, 14 de março de 2024

Quando Putin fala sobre armas nucleares, invoca o direito de defesa, não de ataque, diz especialista


À Sputnik Brasil, especialista comenta entrevista dada pelo presidente russo, Vladimir Putin, e aponta que a doutrina da Rússia quanto às armas nucleares é a mesma desde a União Soviética, ou seja, são recursos de defesa e manutenção da soberania


© Sputnik / Gavriil Grigorov / Acessar o banco de imagens

Nesta quarta-feira (13), o presidente russo, Vladimir Putin, concedeu uma entrevista em que esclareceu alguns pontos do discurso feito na Assembleia Federal, sede do Parlamento russo, em 29 de fevereiro.

entrevista desta quarta-feira foi dada a Dmitry Kiselev, diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte.

Em entrevista à Sputnik Brasil, João Cláudio Pitillo, professor de história e pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (Nucleas) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), comentou os pontos abordados pelo presidente russo.

Na entrevista, Putin alertou que as tropas russas estão prontas para uma guerra nuclear, e disse que não descarta a possibilidade de realizar testes nucleares, se os EUA os fizerem.


"Se eles realizarem tais testes, não excluo, não é obrigatório. Se precisarmos disso, não precisamos, ainda temos que pensar, mas não excluo que possamos fazer o mesmo", disse o presidente russo.


Segundo Pitillo, em sua fala, Putin não fez uma ameaça de iniciar uma guerra nuclear, apenas invocou o direito de defesa da Rússia.


"A doutrina da antiga União Soviética era clara quanto às armas nucleares: elas não seriam jamais invocadas para atacar ninguém, mas seriam usadas para se defender, e aí você teria o status da destruição mútua. A Rússia continua com esse parecer, usando a arma nuclear como uma arma de dissuasão, que é o seguinte: 'Não me ataque, que eu também não lhe atacarei'", explica o especialista.

 

Putin: mísseis Avangard reduziram a zero
investimento dos EUA em defesa antiaérea

Ele acrescenta que o alerta de Putin vem na esteira de uma preocupante declaração dada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmou que, se for preciso, tropas francesas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entrariam em território ucraniano para lutar contra as tropas russas.

Segundo Pitillo, sendo a França um país que possui armas nucleares, a declaração de Macron alerta "para uma escalada que pode levar a uma guerra nuclear".

"E a Rússia avisa que a sua prontidão é plena, ou seja, vai invocar o seu direito de defesa, não vai ser destruída. E nós sabemos que uma guerra nuclear envolvendo essas potências levará à destruição do planeta. Então é importante que todos os líderes do planeta que possuem armas nucleares estejam conscientes de que elas têm que continuar recolhidas, e que no lugar delas é preciso exercer a diplomacia."

O especialista também sublinha que os EUA não apenas se furtaram em ratificar o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), firmado no pós-Guerra Fria, como "continuaram em uma grande ofensiva global para dominar, não um continente, mas o planeta".


"Isso não é uma retórica. Basta ver que os EUA têm bases no mundo todo. […] E a Rússia, no seu caminho de desenvolvimento natural, é óbvio que vai romper, vai sair desse tratado. Porque esse tratado estava servindo para patrulhar e policiar os outros, não os EUA. Porque com esse discurso de fiscalizar e controlar o estoque nuclear mundial, os EUA, por trás disso, continuavam suas ações de avanços imperialistas. Ou seja, você ia retirando o direito dos países de se defenderem, eles iam diminuindo a sua capacidade nuclear, enquanto os EUA iam aumentando a sua presença militar em vários pontos, encurralando esses outros países. E a Rússia não quer ser encurralada, não quer ser surpreendida, então age de maneira a se proteger", explica Pitillo.

 

"É bom que se diga que é de conhecimento mundial que Israel tem um pequeno arsenal nuclear, é pequeno, mas existe, e que nunca foi policiado, nunca foi fiscalizado. E isso nunca foi objeto de discussão entre franceses, ingleses nem entre estadunidenses. Então esse tratado tem dois pesos e duas medidas", complementa.



 Na entrevista, Putin também comentou o recente anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, de que Washington não enviaria tropas à Ucrânia, afirmando que a Rússia não subestimaria a gravidade de tal ação.

"Sabemos o que são tropas americanas em território russo, são tropas intervencionistas, e é assim que as trataremos, mesmo que apareçam em território da Ucrânia", afirmou o presidente russo.

Segundo Pitillo, a declaração "é um alerta claro, no qual o presidente Putin avisa que a Rússia é um país que tem soberania".

"Porque nós conhecemos há 200 anos o papel que os EUA jogam no mundo, de intervenção, de invasão, de golpes de Estado, de destruição de soberanias. Então os EUA são um país que não se furta em invadir e atacar países independentes. Esse destino manifesto que os EUA rogaram para si é extremamente ameaçador. Porque você vê os EUA apoiando a destruição da Síria, apoiando uma Ucrânia fascista, apoiando uma série de ações de terrorismo ao redor da Rússia. Isso tem preocupado o presidente Putin, que não se furtará em agir em defesa do seu território. É o mínimo que os EUA deveriam compreender e respeitar. Porque essa doutrina bélica dos EUA cobra um preço caro, um preço em vidas humanas, e a ideia do imperialismo é manter esses países numa condição subordinada. E a Rússia tem todo um capital histórico que não lhe permite ficar subordinada a ninguém."

Na entrevista, Putin afirmou que "muitas pessoas no mundo associam a luta da Rússia por seus interesses às suas próprias esperanças de soberania e desenvolvimento independente".

"Eles associam nossa luta por nossa independência e verdadeira soberania com seus próprios desejos de soberania e desenvolvimento independente. Mas isso é agravado pelo fato de que, nas elites ocidentais, há um forte desejo de congelar a situação existente, uma situação injusta nas relações internacionais. Eles se acostumaram, durante séculos, a encher a barriga com carne humana e os bolsos com dinheiro. Mas eles precisam entender que o baile dos vampiros está acabando", disse o presidente russo.



 Segundo Pitillo, a declaração é uma crítica ao imperialismo e ao colonialismo. Ele destaca que "a expansão do Ocidente capitalista para os demais continentes do mundo se deu com base na exploração e na violência" e diz que, nesse contexto, "a Rússia propõe uma nova discussão, um rearranjo, um novo concerto das nações, onde esses países têm a possibilidade de reverter esse quadro, de passarem a ser donos dos seus próprios destinos".


"Esses países que outrora não tinham possibilidade, muitas vezes tinham que se submeter ao imperialismo, vendo as suas matérias-primas sendo drenadas por valores irrisórios e ficando apenas com o ônus dessa extração. Agora eles podem girar o seu comércio para uma relação mais justa, de benefício comum, com outro bloco, e esse alerta o presidente Putin faz ao mundo todo. É um aviso para o terceiro mundo, que hoje a gente pode chamar de Sul Global, de que é possível reverter esse quadro."

 

Pitillo também destaca que as entrevistas concedidas por Putin contribuem para desmantelar as falsas narrativas ocidentais que difundem o que ele classifica como uma visão deturpada da realidade, no intuito de alastrar a russofobia ao redor do mundo.

"O presidente Putin falando mais vezes, permitindo que as pessoas no Ocidente conheçam melhor a sua personalidade, o que ele faz, o que que ele pensa, isso aumenta a contradição. Isso faz com que o presidente Putin chame esse Ocidente e boa parte da população ocidental a fazer uma reflexão. […] isso rompe as barreiras que o Ocidente imperialista cria não só na guerra política, mas na guerra cultural. Então a fala do presidente Putin é esclarecedora", diz o especialista.


"Toda vez que Putin fala, ele combate essa guerra cultural, essa mentira, e permite que as pessoas conheçam mais sobre ele e a Rússia. E conheçam a motivação do governo russo, que não é bélica, pelo contrário, é de paz, mas uma paz justa, porque o problema é a Pax Americana. A Pax Americana é a paz dos cemitérios — essa não interessa a ninguém", conclui.

 

Fonte: Sputnik Brasil


segunda-feira, 11 de março de 2024

Militares da OTAN já estão na Ucrânia, admite ministro das Relações Exteriores polonês


Os comentários de Radoslaw Sikorski foram feitos durante um painel de discussão que marcou o 25º aniversário da Polônia na aliança. A autoridade se absteve de nomear os países específicos envolvidos, no meio de deliberações em curso no seio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre uma potencial intervenção.



© AP Photo / Andreea Alexandru

Alguns países da OTAN já enviaram os seus militares para a Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriore polonês, Radoslaw Sikorski, durante um painel de discussão em um evento dedicado ao 25º aniversário da adesão da Polônia à aliança, transmitido no canal Sejm RP no YouTube.


"Os soldados da OTAN já estão presentes na Ucrânia", disse Sikorski.

 

Sikorski acrescentou que não iria divulgar quais Estados enviaram seus militares para lá, "ao contrário de alguns políticos".

Anteriormente, o diplomata disse que a presença de forças da OTAN na Ucrânia "não era impensável", acrescentando que apreciou a iniciativa do presidente francês Emmanuel Macron sobre a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia. O presidente polonês Andrzej Duda, por sua vez, expressou a sua opinião de que Varsóvia precisa construir um grande aeroporto para transportar as tropas da OTAN.

No final de fevereiro, Macron disse que a França faria tudo para evitar que a Rússia "ganhe esta guerra". Segundo ele, os líderes dos países ocidentais discutiram a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia e, embora não tenha sido alcançado um consenso a esse respeito, nada pode ser descartado.

Mais tarde, o presidente francês, duramente criticado por suas declarações, observou que todas as suas palavras foram cuidadosamente consideradas. Ele também enfatizou que Paris "não tem limites ou linhas vermelhas" na questão da assistência a Kiev.


Presidente da Polônia se expressa a

 favor da construção de grande 

aeroporto da OTAN no país


Ao mesmo tempo, as autoridades de muitos países europeus afirmaram que não se fala em transferência de militares para a Ucrânia. Em particular, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o ministro da Defesa Boris Pistorius enfatizaram que a Alemanha não enviaria seus militares para o país. Além disso, o chefe do governo alemão esclareceu que os países da OTAN como um todo não vão fazer isso.

O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, também disse que a França e a Polônia não têm o direito de falar em nome da Aliança Atlântica e que a intervenção da OTAN no conflito "apagaria o caminho para a diplomacia".

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou para a Sputnik as palavras do chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, sobre a presença de militares da OTAN na Ucrânia.


"Eles não conseguiam mais esconder isso", disse ela.

 

Em seu discurso anual perante a Assembleia Federal da Rússia, no final de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que as consequências de uma possível intervenção da OTAN na Ucrânia seriam trágicas para as tropas destacadas da aliança.

Fonte: Sputnik Brasil


Memes:


 

 

sábado, 2 de março de 2024

Leia a transcrição da conversa de militares alemães sobre plano de ataque à Ponte da Crimeia


Margarita Simonyan, editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte, publicou na rede social VK a transcrição completa de uma conversa de 19 de fevereiro de 2024 entre altos oficiais das Forças Armadas da Alemanha.



 
Os interlocutores eram Graefe, chefe de operações e exercícios do Comando da Força Aérea; Gerhartz, inspetor da Força Aérea da Alemanha; e os oficiais Fenske e Frostedte, do centro de operações aéreas do Comando Espacial.



Grafe: Sim.

Gerhartz: Ótimo. Precisamos verificar as informações. Como vocês ouviram, o ministro da Defesa [alemão Boris] Pistorius estudará a questão do fornecimento de mísseis Taurus para a Ucrânia. Temos uma reunião agendada com ele. Tudo precisa ser discutido para que possamos começar a trabalhar nessa questão. Até agora não vejo nenhuma indicação de quando essas entregas começarão.

O chanceler não disse a ele: "Quero informações agora, e amanhã de manhã tomaremos uma decisão". Não ouvi isso. Pelo contrário, Pistorius está avaliando toda essa discussão que se desenrolou. Ninguém sabe por que o chanceler federal [Olaf Scholz] está bloqueando essas entregas. É claro que estão surgindo os rumores mais inacreditáveis.

Vou dar um exemplo: ontem recebi uma ligação de uma jornalista que é muito próxima do chanceler. Ela ouviu em algum lugar de Munique que os mísseis Taurus não funcionariam. Perguntei quem havia lhe dito isso. Ela respondeu que alguém de uniforme militar havia lhe dito.

É claro que se trata de uma fonte de informação de baixo nível, mas a jornalista se agarrou a essas palavras e quer fazer disso uma notícia com a manchete: "Agora sabemos o motivo pelo qual o chanceler se recusa a enviar mísseis Taurus — eles não funcionam."

Como vamos resolver esse problema? Deixaremos o planejamento da missão para eles e lhes entregamos a MBDA com ajuda do Ridgeback, e destacamos um de nossos funcionários para a MBDA? Frank [Grafe], informe-nos qual é a nossa posição sobre essa questão. Senhores Fenske e Frohstedte, reportem como vocês veem a situação.

Grafe: Vou começar pelas questões mais delicadas e críticas do que pode acontecer. A discussão vai e volta por um longo tempo. Há vários dos aspectos mais importantes aqui. Em primeiro lugar, são os prazos das entregas. Se o chanceler decidir agora que devemos fornecer mísseis, eles serão transferidos das Forças Armadas.

Tudo bem, mas eles só estarão prontos para uso oito meses depois. Em segundo lugar, não podemos encurtar o tempo. Porque, se o fizermos, pode haver uso equivocado. O míssil pode cair em um jardim de infância e, novamente, haverá vítimas civis. Esses aspectos devem ser levados em conta.

Em resumo, a primeira questão é a entrega dos mísseis. Não temos nada a ver com isso, e deve-se observar nas negociações que não podemos fazer nada sem a empresa fabricante. O objetivo é que, como no caso dos mísseis IRIS-B, os primeiros mísseis sejam rapidamente montados, reequipados e entregues. Mas depois disso precisamos fazer alguns ajustes, um pouco de reequipamento, a remoção das marcas de identificação alemãs e assim por diante. No entanto, não devemos esperar até que sejam acumuladas 20 unidades, podemos entregar cinco de cada vez.

O tempo de entrega desses mísseis depende diretamente da indústria, e aqui surge a questão: quem pagará por isso? A segunda questão é: a que sistemas de armas esses mísseis serão acoplados? Em geral, isso terá que ser feito por alguém habilidoso da Ucrânia junto com a empresa, ou nós temos algum tipo de integração, por exemplo, com os aviões Sukhoi?

Gerhartz: Acho que não. Porque a fabricante TSG disse que pode resolver esse problema em seis meses, seja em um avião Sukhoi ou F-16.

Grafe: Se o chanceler federal decidir optar por isso, deve haver um entendimento de que serão necessários seis meses somente para produzir os suportes, e a notícia positiva rapidamente virará negativa. Em terceiro lugar, teoricamente, poderíamos ser afetados pela questão do treinamento. Já mencionei que estamos trabalhando com o fabricante dos mísseis, tal como no caso dos IRIS-T. Eles treinam a manutenção desses sistemas, e nós treinamos a aplicação tática.

São necessários de três a quatro meses para isso. Essa parte do treinamento pode ser realizada na Alemanha. Quando os primeiros mísseis forem entregues, precisaremos tomar uma decisão rápida em relação aos suportes e ao treinamento.

Talvez tenhamos que recorrer aos britânicos para essas questões para usar seu know-how, de como instalaram os Storm Shadow. Talvez eles se envolvam em gerenciar os mísseis primeiro, enquanto treinamos as equipes para que não leve tanto tempo. E há algumas outras questões, se podemos fornecer a eles bancos de dados, imagens de satélite e estações de planejamento. Além do fornecimento dos próprios mísseis, que já temos, todo o resto pode ser fornecido pela indústria ou pela [empresa de análise e engenharia alemã] IABG.

Gerhartz: Precisamos imaginar que eles podem usar aviões com suportes para mísseis Taurus e Storm Shadow. Os britânicos já estiveram lá e equiparam os aviões. Os sistemas não são muito diferentes, eles também podem ser usados para o Taurus. Posso lhe contar sobre a experiência de uso do sistema Patriot. Nossos especialistas também calcularam prazos longos no início, mas conseguiram fazer isso em questão de semanas.


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Eles conseguiram colocar tudo em operação tão rapidamente e em tal quantidade que nossos funcionários disseram: "Uau. Não esperávamos isso." Agora estamos lutando em uma guerra na qual são usadas muito mais tecnologias modernas do que na nossa velha e boa Força Aérea. Tudo isso sugere que, quando planejamos os prazos, não devemos superestimá-los. E agora, senhores Fenske e Frohstedte, gostaria de ouvir suas opiniões sobre possíveis entregas para a Ucrânia.

Fenske: Gostaria de me concentrar na questão do treinamento. Já estudamos essa questão e, se lidarmos com pessoal que já tem o treinamento adequado e que será treinado paralelamente, serão necessárias cerca de três semanas iniciais para estudar o equipamento, e só então seguir diretamente para o treinamento na Força Aérea, que durará cerca de quatro semanas.

Portanto, são muito menos de 12 semanas. É claro que tudo isso parte do pressuposto de que o pessoal é qualificado para isso. O treinamento pode ser feito sem a necessidade de intérpretes e algumas outras coisas. Já falamos com a senhora Friedberger. Se estamos falando de uso em combate, nesse caso, somos aconselhados a apoiar pelo menos nas primeiras missões, porque é muito difícil planejá-las.

Levamos cerca de um ano para treinar nosso pessoal, e agora estamos tentando reduzir esse tempo para dez semanas e, ao mesmo tempo, esperamos que eles possam correr fora da estrada em um carro projetado para a Fórmula 1.

Uma opção possível é fornecer suporte técnico programado, o que, em teoria, poderia ser feito a partir de Buchel, desde que uma comunicação segura com a Ucrânia seja estabelecida. Se isso estiver disponível, então já será possível realizar um planejamento adequado. Esse é o pior cenário, no mínimo: fornecer suporte total do fabricante, apoio por meio do serviço de suporte ao usuário, que resolverá problemas com o software. A princípio, tudo é igual ao que acontece aqui na Alemanha.

Gerhartz: Um minuto. Entendo o que você está dizendo. Os políticos podem estar preocupados com a comunicação direta e fechada de Buchel com a Ucrânia, o que poderia ser um envolvimento direto no conflito ucraniano. Mas, nesse caso, podemos dizer que a troca de informações ocorrerá por meio da MBDA e que enviaremos um ou dois de nossos especialistas a Schrobenhausen.

É claro que isso é um truque, mas, do ponto de vista da política, provavelmente parece diferente. Se a troca de informações for feita por meio do fabricante, ela não está relacionada a nós.

Fenske: Surgirá a questão de para onde vão as informações. Se estivermos falando de informações sobre alvos, que idealmente incluem imagens de satélite com precisão máxima de até três metros, teremos que processá-las primeiro em Buchel. Acho que, independentemente disso, podemos organizar de alguma forma a troca de informações entre Buchel e Schrobenhausen ou podemos pensar na possibilidade de transferir informações para a Polônia, fazendo isso onde pudermos chegar de carro.

Essa questão precisa ser analisada mais de perto, certamente haverá opções. Se tivermos apoio, na pior das hipóteses terei que viajar para lá e voltar de carro, embora isso reduza o tempo de resposta. É claro que não poderíamos reagir em uma hora, pois seria necessário dar consentimento. Na melhor das hipóteses, somente seis horas após o recebimento da informação é que os aviões poderão executar a ordem.

Uma precisão de mais de três metros é suficiente para atingir determinados alvos, mas se for preciso refinar o alvo, é necessário trabalhar com imagens de satélite que permitam simulá-lo. Nesse caso, o tempo de resposta pode ser de até 12 horas. Tudo depende do alvo. Não estudei essa questão em detalhes, mas acredito que também seja possível. Tudo o que temos de dizer é que precisamos pensar em como organizar a transferência de informações.

Gerhartz: Você acha que podemos esperar que a Ucrânia seja capaz de fazer tudo sozinha? Afinal de contas, sabe-se que há muitas pessoas lá em trajes civis que falam com sotaque americano. Então é bem possível que em breve eles consigam usar por conta própria? Afinal de contas, podemos presumir que eles têm todas as imagens de satélite.

Fenske: Também gostaria de abordar brevemente a questão da superação da defesa antiaérea. Poderemos fazer isso, pois podemos operar com voo rasante e temos dados da IABG e da NDK para isso. Temos mesmo de os entregar a eles, para que 21 possam realmente voar por baixo, e não como ocorreu com os Storm Shadow, quando planejaram pontos de controle. Temos que pensar em como otimizar o planejamento, contornar ou voar abaixo do setor de visão do radar. Se tudo estiver preparado, o treinamento será mais eficaz, e então podemos voltar à questão do número de mísseis. Se dermos 50 unidades, eles serão gastos muito rapidamente.

Gerhartz: É claro que isso não mudará o curso das operações militares. É por isso que não queremos entregar todos eles, e não todos ao mesmo tempo. Talvez 50 na primeira tranche e, se eles continuarem insistindo, pode haver outra tranche de 50 mísseis, mas é só isso. Isso é perfeitamente compreensível, mas isso é tudo grande política. Acho que sei o que realmente está por trás disso.

Aprendi com meus colegas franceses e britânicos que, na verdade, com esses Storm Shadow e SCALP acontece o mesmo que com os fuzis Winchester. Eles podem perguntar: "Por que deveríamos fornecer o próximo lote de mísseis se já fornecemos? A Alemanha que o faça agora." Talvez o senhor Frohstedte tenha algo a dizer sobre esse assunto?

Frohstedte: Deixe-me acrescentar um pouco de pragmatismo. Gostaria de compartilhar minhas ideias sobre as características do Taurus em comparação com o Storm Shadow. Estamos falando de defesa antiaérea, tempo de voo, altitude de voo e assim por diante. Cheguei à conclusão de que há dois alvos interessantes: em primeiro, uma certa ponte no leste e, em segundo lugar, os depósitos de munição que podemos alcançar. A ponte a leste é difícil de alcançar, seus suportes são um alvo bastante pequeno, mas o Taurus pode fazê-lo

Se levarmos tudo isso em conta e compararmos com a quantidade de Storm Shadow e Himars [?] que já foram usados, tenho três rotas e queria perguntar: "Nosso alvo é a ponte ou os depósitos de munição?" Isso é possível com as atuais deficiências do RED e do Patriot? E cheguei à conclusão de que isso é possível de alcançar. O fator limitador é a quantidade de Su-24 que ainda lhes restam. Estamos falando de um único dígito.

Gerhartz: Isso é compreensível.

Frohstedte: Delineei alguns pontos determinantes e decidi que era possível. Faz sentido treinar os ucranianos no trabalho de remessa, para que possam lançar essas coisas. Isso levará uma semana. Acho que faz sentido pensar em planejamento de tarefas e planejamento centralizado. O planejamento de tarefas do nosso agrupamento leva duas semanas, mas se houver interesse nisso pode ser feito mais rapidamente.

Quanto à ponte, acho que o Taurus não é suficiente e precisamos ter uma ideia de como ele pode funcionar. Para isso precisamos de dados de missões. Não sei se podemos treinar os ucranianos em um espaço de tempo aceitável, e estamos falando de meses, para realizar tal tarefa.

Como seria um ataque de Taurus ao suporte da ponte? Do ponto de vista da perspectiva operacional, não posso estimar a rapidez com que os ucranianos conseguirão aprender a planejar essas ações e a rapidez com que a integração ocorrerá. Mas como estamos falando da ponte e de depósitos de munição, duvido que seja possível treinar as pessoas tão rapidamente.

Fenske: Gostaria de dizer mais uma coisa sobre a destruição da ponte. Temos lidado intensamente com essa questão e, infelizmente, chegamos à conclusão de que a ponte é como um aeródromo devido ao seu tamanho, então talvez sejam necessários dez ou até 20 mísseis.

Gerhartz: Na minha opinião, isso será possível se apontar para os suportes, lá onde a ponte se abre.

Fenske: É possível que só consigamos furar um buraco no suporte. Para obter informações precisas, devemos nós mesmos…

Frohstedte: Não estou promovendo a ideia da ponte, eu quero entender pragmaticamente o que eles querem, e quão rápido os poderei ensinar nisso. Como resultado ocorre que precisaremos fornecer a eles dados para planejamento das operações.

Se estamos falando de alvos pequenos, é preciso planejar mais meticulosamente, em vez de simplesmente analisar imagens de satélite, e podemos usar o fato de que o Taurus pode voar a alguns metros de altura.

Gerhartz: Todos nós sabemos que eles querem destruir a ponte, o que significa em última análise, como ela é protegida, não apenas porque tem importância militar e estratégica, mas também política. De certa forma, essa maravilhosa ilha [sic] deles é seu elemento-chave, embora eles também tenham um corredor terrestre no momento.

Há algumas preocupações se fizermos uma ligação direta com as Forças Armadas ucranianas. Então surgirá a pergunta: podemos usar esse truque e destacar nosso pessoal para a MBDA? Assim, a ligação direta com a Ucrânia será apenas por meio da MBDA, o que é muito melhor do que se houver essa ligação com a nossa Força Aérea.

Grafe: Penso que isso não importa, Ingo [Gerhartz]. Precisamos nos certificar de que, desde o início, não haja nenhuma maneira que nos torne parte do conflito. Estou exagerando um pouco, é claro, mas se agora dissermos ao ministro que vamos marcar reuniões e levar um carro da Polônia sem que ninguém saiba, isso já é participação. Não vamos fazer isso.


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Se estivermos falando de um fabricante, a primeira coisa a se fazer é perguntar à MBDA se eles podem fazer isso. Não importa se o nosso pessoal faz isso em Buchel ou em Schrobenhausen. Isso ainda é participação, e acho que não conseguiremos ultrapassar esse obstáculo. Identificamos isso logo no início como o elemento principal da linha vermelha. Vou voltar ao que disse no início. Ou então precisaremos dividir o treinamento.

Digamos que prepararemos um "roteiro curto" e um "roteiro longo". O roteiro longo será projetado para quatro meses, nós os treinaremos exaustivamente, incluindo a elaboração da variante com a ponte. A trilha curta terá duração de 15 dias, para que eles possam usar os mísseis.

Ou então outra opção, perguntaremos se os britânicos estão preparados para se ocupar deles nesse estágio, enquanto não terminarem seu treinamento. Creio que essa ação seria a coisa certa a fazer. Imagine se a imprensa descobre que o nosso pessoal está em Schrobenhausen ou que estamos viajando de carro para algum lugar na Polônia! Considero essa opção inaceitável.

Gerhartz: Podemos organizar de tal forma que, se essa decisão política for tomada, devemos dizer que os ucranianos devem vir até nós. Precisamos saber se haverá uma condição política para não participar de modo nenhum no planejamento das tarefas. Nesse caso, o treinamento será um pouco mais demorado. Nesse caso, a complexidade e o sucesso das tarefas executadas por eles serão menores, mas é possível. Afinal, eles já têm alguma experiência, e nós próprios vemos como eles usam equipamentos de alta tecnologia.

Se houver a condição para evitar o envolvimento direto, não podemos participar do planejamento de tarefas, fazê-lo em Buchel e depois enviá-lo a eles. Posso imaginar que justamente isso será uma "linha vermelha" para a Alemanha. Teremos de treiná-los por mais tempo, dois meses. Eles não aprenderão tudo nesse tempo, mas poderão fazer alguma coisa. Só precisamos ter certeza de que eles podem processar todas as informações, trabalhar com todos os parâmetros.

Grafe: Seppel disse que é possível criar um roteiro longo e um curto. Trata-se de obter resultados em um curto período de tempo. Se, no primeiro estágio, a tarefa for atingir depósitos de munição, e não objetivos complexos, como pontes, então, nesse caso, será possível embarcar em um programa mais curto e obter um resultado rápido.

Quanto às informações da IABG, não considero esse um problema crítico, porque eles não estão presos a um determinado lugar. Eles mesmos precisam fazer o reconhecimento. É claro que a eficiência depende disso. É sobre isso que estivemos falando, que nós podemos certamente fornecer isso. Por enquanto é só para olhos alemães.

Gerhartz: E esse será o ponto principal. Há depósitos de munição sobre os quais não se pode realizar treinamento de curta duração devido à defesa antiaérea muito ativa. Isso terá de ser tratado seriamente. Acho que nosso pessoal encontrará uma opção. Só precisamos ter permissão para experimentá-la primeiro para que possamos dar uma melhor orientação política.

Precisamos estar mais bem preparados, mas devemos nos preparar para a possibilidade de que a KSA não tem ideia sobre onde os sistemas de defesa antiaérea estão realmente localizados. Os ucranianos devem ter essa informação. [Já] nós só temos dados de radar. Mas se estivermos falando de planejamento preciso, é necessário saber onde estão os radares e onde estão as instalações fixas. Quanto mais cortarmos, menos preciso será o nosso plano.

Temos um supermeio e, se tivermos as coordenadas exatas, poderemos aplicá-lo com precisão. Tudo o que descartamos por causa do adversário, ou porque é difícil, ou porque o treinamento não avançou muito, reduz a eficácia. Mas não há nenhuma base para dizer que não podemos fazer isso. Há uma certa escala em que a "linha vermelha" está politicamente, há um caminho "longo" e um "curto". Há diferenças aqui em termos de utilização de todo o potencial que, com o tempo, os ucranianos serão mais capazes de usar porque terão prática, estarão fazendo isso o tempo todo.

Pessoalmente, acho que não devo participar da reunião. Para mim é importante que vocês apresentem uma avaliação sóbria e não criem perturbações, que simplesmente não são convincentes o suficiente, enquanto os outros países estão fornecendo Storm Shadow e SCALP.

Grafe: Quero ser claro, quanto mais tempo levarem para tomar uma decisão, mais tempo levaremos para implementar tudo isso. Precisamos dividir tudo em fases. Primeiro, começar com o simples e, depois, passar para o complexo, ou podemos recorrer aos britânicos. Eles podem nos apoiar no estágio inicial, assumir o planejamento?

Podemos acelerar o que está dentro de nossa área de responsabilidade. O desenvolvimento de suportes para mísseis não é nossa tarefa. A Ucrânia tem que resolver essa questão com os fabricantes por conta própria.

Gerhartz: Vocês dois têm algo a acrescentar?

Fenske: Não tenho nada a acrescentar.

Frohstedte: O Pfenni está escrevendo para mim agora: "Por favor, diga ao inspetor que a entrevista de hoje com o SZ [Süddeutsche Zeitung] foi tranquila, eu lhe darei os detalhes amanhã".

Gerhartz: Excelente. A questão é que não gostaríamos de ter problemas agora por causa da comissão. Se ele não aprovar esse "aumento de preço", isso poderá impossibilitar o início das obras neste ano. Cada dia conta no programa agora. Portanto, é importante que a entrevista corra bem. Veremos. Tanto mais importante é que tenhamos conversado antes. Preparem algo para visualizar – não muito, pense sempre no fato de que eles vivem com ideias completamente diferentes das nossas. É isso, obrigado a todos os participantes e votos de sucesso. Espero ver vocês dois em Berlim e você, Frank, quando voltar de Cingapura. E se eu não puder comparecer, um de vocês pode me informar, pois certamente estou interessado em saber como foi isso tudo para o velho Boris.

Fonte: Sputnik Brasil



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