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quinta-feira, 14 de março de 2024

Quando Putin fala sobre armas nucleares, invoca o direito de defesa, não de ataque, diz especialista


À Sputnik Brasil, especialista comenta entrevista dada pelo presidente russo, Vladimir Putin, e aponta que a doutrina da Rússia quanto às armas nucleares é a mesma desde a União Soviética, ou seja, são recursos de defesa e manutenção da soberania


© Sputnik / Gavriil Grigorov / Acessar o banco de imagens

Nesta quarta-feira (13), o presidente russo, Vladimir Putin, concedeu uma entrevista em que esclareceu alguns pontos do discurso feito na Assembleia Federal, sede do Parlamento russo, em 29 de fevereiro.

entrevista desta quarta-feira foi dada a Dmitry Kiselev, diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte.

Em entrevista à Sputnik Brasil, João Cláudio Pitillo, professor de história e pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (Nucleas) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), comentou os pontos abordados pelo presidente russo.

Na entrevista, Putin alertou que as tropas russas estão prontas para uma guerra nuclear, e disse que não descarta a possibilidade de realizar testes nucleares, se os EUA os fizerem.


"Se eles realizarem tais testes, não excluo, não é obrigatório. Se precisarmos disso, não precisamos, ainda temos que pensar, mas não excluo que possamos fazer o mesmo", disse o presidente russo.


Segundo Pitillo, em sua fala, Putin não fez uma ameaça de iniciar uma guerra nuclear, apenas invocou o direito de defesa da Rússia.


"A doutrina da antiga União Soviética era clara quanto às armas nucleares: elas não seriam jamais invocadas para atacar ninguém, mas seriam usadas para se defender, e aí você teria o status da destruição mútua. A Rússia continua com esse parecer, usando a arma nuclear como uma arma de dissuasão, que é o seguinte: 'Não me ataque, que eu também não lhe atacarei'", explica o especialista.

 

Putin: mísseis Avangard reduziram a zero
investimento dos EUA em defesa antiaérea

Ele acrescenta que o alerta de Putin vem na esteira de uma preocupante declaração dada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmou que, se for preciso, tropas francesas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entrariam em território ucraniano para lutar contra as tropas russas.

Segundo Pitillo, sendo a França um país que possui armas nucleares, a declaração de Macron alerta "para uma escalada que pode levar a uma guerra nuclear".

"E a Rússia avisa que a sua prontidão é plena, ou seja, vai invocar o seu direito de defesa, não vai ser destruída. E nós sabemos que uma guerra nuclear envolvendo essas potências levará à destruição do planeta. Então é importante que todos os líderes do planeta que possuem armas nucleares estejam conscientes de que elas têm que continuar recolhidas, e que no lugar delas é preciso exercer a diplomacia."

O especialista também sublinha que os EUA não apenas se furtaram em ratificar o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), firmado no pós-Guerra Fria, como "continuaram em uma grande ofensiva global para dominar, não um continente, mas o planeta".


"Isso não é uma retórica. Basta ver que os EUA têm bases no mundo todo. […] E a Rússia, no seu caminho de desenvolvimento natural, é óbvio que vai romper, vai sair desse tratado. Porque esse tratado estava servindo para patrulhar e policiar os outros, não os EUA. Porque com esse discurso de fiscalizar e controlar o estoque nuclear mundial, os EUA, por trás disso, continuavam suas ações de avanços imperialistas. Ou seja, você ia retirando o direito dos países de se defenderem, eles iam diminuindo a sua capacidade nuclear, enquanto os EUA iam aumentando a sua presença militar em vários pontos, encurralando esses outros países. E a Rússia não quer ser encurralada, não quer ser surpreendida, então age de maneira a se proteger", explica Pitillo.

 

"É bom que se diga que é de conhecimento mundial que Israel tem um pequeno arsenal nuclear, é pequeno, mas existe, e que nunca foi policiado, nunca foi fiscalizado. E isso nunca foi objeto de discussão entre franceses, ingleses nem entre estadunidenses. Então esse tratado tem dois pesos e duas medidas", complementa.



 Na entrevista, Putin também comentou o recente anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, de que Washington não enviaria tropas à Ucrânia, afirmando que a Rússia não subestimaria a gravidade de tal ação.

"Sabemos o que são tropas americanas em território russo, são tropas intervencionistas, e é assim que as trataremos, mesmo que apareçam em território da Ucrânia", afirmou o presidente russo.

Segundo Pitillo, a declaração "é um alerta claro, no qual o presidente Putin avisa que a Rússia é um país que tem soberania".

"Porque nós conhecemos há 200 anos o papel que os EUA jogam no mundo, de intervenção, de invasão, de golpes de Estado, de destruição de soberanias. Então os EUA são um país que não se furta em invadir e atacar países independentes. Esse destino manifesto que os EUA rogaram para si é extremamente ameaçador. Porque você vê os EUA apoiando a destruição da Síria, apoiando uma Ucrânia fascista, apoiando uma série de ações de terrorismo ao redor da Rússia. Isso tem preocupado o presidente Putin, que não se furtará em agir em defesa do seu território. É o mínimo que os EUA deveriam compreender e respeitar. Porque essa doutrina bélica dos EUA cobra um preço caro, um preço em vidas humanas, e a ideia do imperialismo é manter esses países numa condição subordinada. E a Rússia tem todo um capital histórico que não lhe permite ficar subordinada a ninguém."

Na entrevista, Putin afirmou que "muitas pessoas no mundo associam a luta da Rússia por seus interesses às suas próprias esperanças de soberania e desenvolvimento independente".

"Eles associam nossa luta por nossa independência e verdadeira soberania com seus próprios desejos de soberania e desenvolvimento independente. Mas isso é agravado pelo fato de que, nas elites ocidentais, há um forte desejo de congelar a situação existente, uma situação injusta nas relações internacionais. Eles se acostumaram, durante séculos, a encher a barriga com carne humana e os bolsos com dinheiro. Mas eles precisam entender que o baile dos vampiros está acabando", disse o presidente russo.



 Segundo Pitillo, a declaração é uma crítica ao imperialismo e ao colonialismo. Ele destaca que "a expansão do Ocidente capitalista para os demais continentes do mundo se deu com base na exploração e na violência" e diz que, nesse contexto, "a Rússia propõe uma nova discussão, um rearranjo, um novo concerto das nações, onde esses países têm a possibilidade de reverter esse quadro, de passarem a ser donos dos seus próprios destinos".


"Esses países que outrora não tinham possibilidade, muitas vezes tinham que se submeter ao imperialismo, vendo as suas matérias-primas sendo drenadas por valores irrisórios e ficando apenas com o ônus dessa extração. Agora eles podem girar o seu comércio para uma relação mais justa, de benefício comum, com outro bloco, e esse alerta o presidente Putin faz ao mundo todo. É um aviso para o terceiro mundo, que hoje a gente pode chamar de Sul Global, de que é possível reverter esse quadro."

 

Pitillo também destaca que as entrevistas concedidas por Putin contribuem para desmantelar as falsas narrativas ocidentais que difundem o que ele classifica como uma visão deturpada da realidade, no intuito de alastrar a russofobia ao redor do mundo.

"O presidente Putin falando mais vezes, permitindo que as pessoas no Ocidente conheçam melhor a sua personalidade, o que ele faz, o que que ele pensa, isso aumenta a contradição. Isso faz com que o presidente Putin chame esse Ocidente e boa parte da população ocidental a fazer uma reflexão. […] isso rompe as barreiras que o Ocidente imperialista cria não só na guerra política, mas na guerra cultural. Então a fala do presidente Putin é esclarecedora", diz o especialista.


"Toda vez que Putin fala, ele combate essa guerra cultural, essa mentira, e permite que as pessoas conheçam mais sobre ele e a Rússia. E conheçam a motivação do governo russo, que não é bélica, pelo contrário, é de paz, mas uma paz justa, porque o problema é a Pax Americana. A Pax Americana é a paz dos cemitérios — essa não interessa a ninguém", conclui.

 

Fonte: Sputnik Brasil


terça-feira, 2 de março de 2021

"Lava jato" omitiu interceptação para não favorecer defesa de Lula


Novas mensagens revelam que procuradores da autodenominada "força-tarefa da lava jato" ocultaram conversas interceptadas envolvendo uma testemunha de acusação do caso do tríplex do Guarujá. Os procuradores temiam que os diálogos pudessem "encaixar na tese do Lula de que não quis o apartamento".


"Lava jato" omitiu interceptação por receio de favorecer defesa de Lula - Foto: Ricardo Stuckert

A conversa ocorreu em 13 de setembro de 2016, na véspera do Ministério Público Federal apresentar a denúncia contra o ex-presidente Lula pelo caso do tríplex. O procurador Athayde Ribeiro Costa discutiu com os demais membros da "força-tarefa", "especialmente Deltan" (Dallagnol, então coordenador do grupo), se seria o caso de "utilizar esse diálogo da Mariuza, objeto de interceptação".

Mariuza Aparecida Marques era funcionária da OAS e foi convocada pelo MPF como testemunha de acusação no processo do tríplex. A "força-tarefa" apontou Mariuza como responsável por acompanhar as obras no apartamento. Ela apareceu em uma interceptação telefônica ao longo das investigações, mas os procuradores decidiram não incluir a informação na denúncia porque isso poderia beneficiar a defesa de Lula. 

"Pessoal, especialmente Deltan, temos que pensar bem se vamos utilizar esse diálogo da Mariuza, objeto de interceptação. O diálogo pode encaixar na tese do Lula de que não quis o apartamento. Pode ser ruim para nós", afirmou Athayde. 

Em nova petição enviada pelos advogados do ex-presidente ao Supremo Tribunal Federal, a defesa destaca a ocultação da interceptação telefônica de Mariuza: "Note-se bem: havia uma interceptação telefônica contra uma funcionária da OAS que foi ocultada porque poderia subsidiar a defesa técnica do reclamante. Quantas provas de inocência do reclamante foram ocultadas?".

Segundo a defesa de Lula, além da supressão de prova que poderia beneficiar o réu, há outra ilegalidade flagrante revelada pelo diálogo: a interceptação de uma pessoa investigada foi ocultada nos autos de origem (a interceptação não consta no rol de terminais grampeados), para que ela fosse tratada como testemunha de acusação.


Leia a conversa completa:

13 Sep 16
• 06:24:23 Devemos conversar com o russo. E fazer um pedido bastante consistente. E esperar a decisão de descida. .........
• 10:48:20 Athayde Pessoal, especialmente Deltan, temos que pensar bem se vamos utilizar esse dialogo da MARIUZA, objeto da interceptação. O dialogo pode encaixar na tese do LULA de que não quis o apartamento. Pode ser ruim para nos.
• 10:48:20 Athayde Em 17/11/2015, MARIUZA APARECIDA MARQUES, funcionária da OAS subordinada a ROBERTO MOREIRA e a FÁBIO YONAMINE, e que comparecia semanalmente ao Condomínio Solaris para acompanhar as obras do triplex 164-A, em diálogo telefônico interceptado com autorização judicial1, deixou claro que as reformas feitas no imóvel foram feitas no interesse de MARISA LETÍCIA, e demonstrou a necessidade de ocultar essa informação: SAMARA: Putz! E a dona Mariza devolveu a cobertura, é isso? Tava no jornal outro dia? MARIUZA: É. Ela não quis pegar a cota dela. É isso mesmo. SAMARA: É sério? Eles devolveram? MARIUZA: Devolveram. Porque eles tinham cota né..da..cotas da BANCOOP. E aí ela por causa dessas... SAMARA: Não, mas se ela reformou a cobertura dela toda lá no Guarujá? MARIUZA: Pessoa, não pode falar, pessoa, aqui nesse telefone!
• 10:49:45 Jerusa Concordo com Athayde. eu não usaria esse dialogo. ao menos nao na denuncia

Rcl 43.007

Fonte: Conjur


SBT Jornalismo

Lava Jato omitiu interceptação telefônica, diz defesa de Lula | SBT Brasil (01/03/21)

Procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba omitiram, em denúncia contra Lula, uma interceptação telefônica que poderia corroborar um argumento do ex-presidente sobre o triplex do Guarujá. Isso é o que afirma a defesa do petista.

Assista ao VÍDEO


quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Defesa de Lula deve receber mensagens da Vaza Jato nesta semana



A análise das conversas será feita pelo advogado Cristiano Zanin Martins e pelo perito Cláudio Wagner


A defesa do ex-presidente Lula deve receber, até o fim de semana, mensagens vazadas da Operação Lava Jato. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

acesso ao conteúdo das mensagens foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski no final de dezembro.

A decisão, no entanto, só foi cumprida na última terça 5, após intimação do juiz plantonista da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal.

Segundo a jornalista, a análise das conversas será feita pelo advogado Cristiano Zanin Martins e pelo perito Cláudio Wagner.

Fonte: Carta Capital



DCM TV


Lewandowski intima juiz que negou acesso de Lula à Vaza Jato e SP tem 2 casos de variante do vírus

Kiko Nogueira analisas as últimas notícias e conversa com Vinícius Carvalho e André Constantine. Moderação: Sara Goes.

Assista ao VÍDEO


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Globo confirma que Petrobrás não tem nenhuma prova contra Lula



É por isso que a estatal se nega a fornecer à defesa do ex-presidente os contratos firmados com autoridades dos Estados Unidos

247A Petrobrás, que pagou multas de R$ 27,7 bilhões aos Estados Unidos, no âmbito da Operação Lava Jato, não tem nenhuma prova contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É por isso que a estatal se nega a fornecer à defesa de Lula seus contratos com autoridades estadunidenses. No processo, a empresa chegou até a pedir para ter tratamento análogo ao de uma embaixada

A confirmação de que não há qualquer prova contra Lula foi feita pelo jornalista Ascanio Seleme, em sua coluna. “Por que a Petrobras se nega a entregar para a defesa de Lula os documentos dos três acordos que fez nos Estados Unidos em razão dos escândalos da era petista? A estatal diz que os dados (mais de 75 milhões de páginas) não tratam de corrupção, mas de apenas falhas contábeis, e que por isso não interessam à defesa do ex-presidente. Quem escarafunchou a papelada diz que não é bem assim, que os documentos enviados ao Departamento de Justiça (DOJ), à SEC, que é a comissão de valores local, e à Justiça de Nova York têm um capítulo inteiro só sobre corrupção. E nele, a petroleira não cita Lula nem o PT, acusando apenas cinco ex-diretores da companhia e dois ex-governadores. As ações foram abertas nos EUA para indenizar investidores que perderam dinheiro com a queda do valor de mercado da estatal em razão do escândalo”, escreveu o jornalista.

“No Brasil, a Petrobras participou dos diversos julgamentos da Lava-Jato como assistente da acusação, e assinou as denúncias em que Lula é acusado de chefiar uma organização criminosa, de enriquecimento ilícito, de lavagem de dinheiro y otras cositas más. A incoerência entre o que a Petrobras assinou aqui e os documentos que enviou à Justiça americana, que beneficiaria Lula, só se tornará oficial se os dados forem entregues aos advogados do ex-presidente por ordem judicial. Depois de ter sua petição negada pela primeira instância em Curitiba e pelo STJ, a defesa aguarda agora manifestação final de Edson Fachin. O ministro do STF prestaria um bom serviço à Justiça liberando os documentos”, lembra ainda Ascanio. “Para não virar ré nos EUA, a Petrobras concordou em pagar US$ 4,8 bilhões (R$ 27,7 bi) em multas. O valor é sete vezes maior do que as sentenças da Lava-Jato devolveram aos cofres da estatal”, finaliza.


MÍDIA ALTERNATIVA - TVMAIS


Globo confirma que Petrobrás não tem nenhuma prova contra Lula.

Gleisi: O Globo agora diz a verdade sobre Lula e a Petrobrás.

Flávio Dino: a agenda do governo Bolsonaro é "criar mais confusão".

Dupla Guedes-Bolsonaro fracassa: Brasil é o terceiro país do mundo onde o dólar mais subiu em 2020.

Boulos obtém liminar que derruba vídeo com acusações falsas feitas por Russomano.

Assista ao Vídeo


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

porta-voz de acionistas minoritários diz que Votar por fusão Embraer-Boeing é agir de má-fé





Estava prevista para esta terça-feira (26) a assembleia do conselho de acionistas da Embraer para definir a aprovação ou não da criação da joint-venture entre a brasileira e a Boeing, da qual a americana poderá controlar 80% da nova empresa.

Na última semana o negócio ganhou mais um capítulo. Na sexta-feira (22) a noite, a Justiça Federal de São Paulo concedeu liminar suspendendo a realização da assembleia. A decisão atendeu ao pedido conjunto de sindicatos de trabalhadores, incluindo o dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, de Araraquara e Américo Brasiliense, de Botucatu e Região e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.

Após suspensão por decisão da Justiça Federal, a Embraer informou que vai recorrer para manter a Assembleia Geral dos Acionistas na próxima terça-feira (26).
Sócios minoritários e investidores também passaram a semana passada pressionando a ala militar do governo Bolsonaro para que a fusão entre as duas empresas não seja aprovada.

Um dos principais argumentos utilizados pelos sócios minoritários é de que a Embraer sairia muito prejudicada, já que a empresa brasileira perderia toda equipe de pesquisa e desenvolvimento. Um documento, que foi entregue a equipe do presidente Jair Bolsonaro por acionistas e que a Sputnik Brasil teve acesso, mostra que a fabricação da aeronave KC-390 seria feita inteiramente nos Estados Unidos. Isso afetaria basicamente toda a cadeia de produção da companhia.

"A JV KC-390 desenvolverá sua própria marca, ou seja, o KC 390 pode não trazer a marca Embraer", diz o documento.

Outro ponto que deixa os acionistas de cabelo em pé é que a criação da NewCo, nome temporário dado a joint-venture, pode concorrer com a fatia da Embraer que ficou de fora do negócio na produção de jatos executivos.

  • "Resolveram fazer uma operação que é ruim para a empresa, para os acionistas e para a economia brasileira", disse Aurélio Valporto, presidente da Abradin (Associação Brasileira de Investidores), instituição que representa os acionistas minoritários da Embraer, em entrevista à Sputnik Brasil.

DefesaAérea & Naval: Vídeo produzido pela Embraer sobre a apresentação aérea doE195-E2 "Profit Hunter" e do KC-390 durante o Paris Air Show 2017




Segundo os investidores, um dos principais interesses da Boeing é a Eleb, subsidiária da Embraer que projeta trens de pouso e é considerada referência mundial.

Valporto defende firmemente que a fusão não seja aprovada pela assembleia de acionistas. Segundo ele, apenas em janeiro os acionistas tiveram acesso a um documento de 284 páginas com os detalhes do que se pretende com a criação dessa joint-venture.

  • "Se algum acionista votar a favor desses termos ou ele é incompetente ou ele está agindo de má-fé", afirmou.




Outro ponto levantado pela Abradin é de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, possui laços com Sérgio Eraldo de Salles Pinto, vice-presidente do conselho de administração da Embraer.

Salles Pinto trabalhou em diversas empresas do grupo Bozano, chegando a ocupar os cargos de diretor-presidente e diretor-executivo. A companhia de investimento teve como um dos sócios fundadores Paulo Guedes, que deixou a empresa para assumir o ministério do Governo Bolsonaro.

  • "O Paulo Guedes é um dos maiores articuladores dessa negociação. Ele não poderia se manifestar porque há interesses conflitantes", afirmou.

Desde a semana passada, os investidores estão articulando reuniões com integrantes do governo e da empresa para tentar frear a negociação.

O presidente Jair Bolsonaro já tinha dado seu aval público em janeiro em que autorizava a criação da empresa, mas ele ainda pode exercer a chamada "segunda aprovação da golden share", em que ele pode aceitar ou exercer seu poder de veto.


Temer vende Força Aérea ao Pentágono





Sem Censura 🎭🎨

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Putin: Rússia irá suspender participação do Tratado INF com EUA





A resposta de Moscou à decisão dos EUA sobre o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) será espelhada: a Rússia irá suspender sua participação do tratado, afirmou neste sábado (2) o presidente russo, Vladimir Putin.

"Vamos fazer o seguinte. Nossa resposta será espelhada. Os parceiros norte-americanos anunciaram que suspendem sua participação do Tratado [INF], nós também a iremos suspender. Eles anunciaram que estão desenvolvendo investigações e pesquisas, e nós iremos fazer o mesmo", assinalou o presidente russo durante seu encontro com o chanceler Sergei Lavrov e o ministro da Defesa Sergei Shoigu.

Saída dos EUA do Tratado INF traz ameaça
nuclear
à Europa, diz ministra austríaca
Vladimir Putin ordenou que se abandonem iniciativas de conversações sobre o tratado.
"Todas as nossas propostas nesta área [limitação de mísseis de médio e curto alcance], tal como antes, continuam na mesa, as portas para as conversações estão abertas", apontou.

"Peço aos dois ministérios para não iniciarem mais nenhumas novas conversações sobre este assunto", disse o líder russo, sugerindo para se "esperar até que nossos parceiros estejam prontos para ter conosco um diálogo entre iguais e substancial sobre esse assunto importantíssimo, tanto para nós, como para os nossos parceiros, como para o mundo inteiro".

Vladimir Putin frisou também que a Rússia não irá se envolver em uma corrida armamentista desvantajosa para ela.

Nesta segunda-feira (1), o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os EUA iniciam sua saída do Tratado INF com a Rússia.
"Amanhã [2 de fevereiro], os EUA irão suspender suas obrigações do Tratado INF e iniciarão o processo de saída, que será concluído daqui a 6 meses se a Rússia não voltar a cumprir [o tratado], destruindo todos os seus mísseis, lançadores e equipamentos relacionados que violam o tratado", disse.

"Amanhã [2 de fevereiro], os EUA irão suspender suas obrigações do Tratado INF e iniciarão o processo de saída, que será concluído daqui a 6 meses se a Rússia não voltar a cumprir [o tratado], destruindo todos os seus mísseis, lançadores e equipamentos relacionados que violam o tratado", disse.


Putin aprova criação de míssil hipersônico em meio à retirada dos EUA do Tratado INF



O presidente russo, Vladimir Putin, concordou com as propostas do Ministério da Defesa sobre a criação de um míssil hipersônico de baseamento terrestre de médio alcance, bem com o início do desenvolvimento de lançadores terrestres para os mísseis Kalibr.

"Concordo com as propostas do Ministério da Defesa sobre o início dos trabalhos para criação de sistemas de lançamento terrestres para o Kalibr e sobre a abertura de uma nova direção – a criação de um míssil hipersônico de médio alcance de baseamento terrestre", disse Putin neste sábado (2) durante uma reunião com o chanceler russo, Sergei Lavrov, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.

A afirmação do presidente russo vem à tona após o comunicado de ontem (1) do presidente dos EUA, Donald Trump, de que os EUA irão abandonar o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) no dia 2 de fevereiro.
Em resposta ao comunicado, o presidente russo afirmou que a Rússia responderá de forma simétrica à saída dos EUA do tratado.

"Vamos fazer o seguinte. Nossa resposta será espelhada. Os parceiros norte-americanos anunciaram que suspendem sua participação do Tratado [INF], nós também a iremos suspender", disse.

Franz Klintsevich, vice-chefe do Comitê de Defesa e Segurança do Senado russo, comentou a declaração do presidente russo.

"Trata-se de um processo muito complicado. Mas temos muitos desenvolvimentos, inclusive, de mísseis soviéticos. Acredito que no tempo mais próximo tais mísseis podem ser criados. Acho que dentro de dois anos teremos um exemplar", apontou Klintsevich.

Ele frisou que os EUA e a Europa já dispõem de mísseis similares.


'Golpe sobre sistema de controle de armas': EUA notificam Rússia sobre saída do INF




O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o Departamento de Estado dos Estados Unidos notificou Moscou de forma oficial neste sábado (2) sobre a suspensão do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).

"Em 2 de fevereiro, os Estados Unidos oficialmente notificaram a Federação da Rússia por meio de uma nota do Departamento de Estado sobre a suspensão de sua participação no tratado bilateral INF, de 1987, e sobre o início do procedimento de saída", disse um comunicado do Ministério.

O Ministério também notificou que a Rússia deve tomar todas as medidas para garantir sua segurança e direito de agir de forma recíproca em termos de implementação de mísseis de curto e médio alcance.

"Em vista das novas ameaças colocadas por Washington, claro, nós teremos que fazer tudo que for necessário para garantir nossa segurança nacional. A Rússia se reserva ao direito de agir reciprocamente em relação ao desenvolvimento, produção e implementação de de mísseis de curto e médio alcance", diz o comunicado.

De acordo com o documento, Moscou tomou medidas sem precedentes em relação à transparência com o tratado, mas todos os esforços foram ignorados e bloqueados pelos Estados Unidos.
"Mostrando nossa boa vontade, nós tomamos medidas sem precedentes de transparência, que vão além dos requisitos deste acordo. Porém, todos os nossos esforços foram ignorados ou boqueados pelos Estados Unidos", ressaltou o Ministério.

O Ministério enfatizou que a saída dos EUA no tratado INF é um golpe sobre todo o sistema de controle de armas, e a Rússia fez seu melhor para salvar o tratado, enquanto a responsabilidade das consequências negativas da suspensão do tratado INF é totalmente de Washington.

"[Washington] deu outro golpe sobre todo o sistema de controle de armas, que foi erguido meticulosamente por décadas […]. Esse passo certamente terá consequências negativas sobre toda a arquitetura internacional de segurança e estabilidade estratégica, principalmente na Europa. A responsabilidade disso é totalmente dos Estados Unidos […]. A Rússia fez seu melhor para salvar o tratado. Nós tentamos repetidas vezes trazer os Estados Unidos par uma conversa profissional", acrescentou o Ministério.

O documento ainda apontou que Moscou está aberta para um diálogo com significado sobre o tratado, baseado no respeito mútuo.

"Se Washington revisar sua linha destrutiva e retornar ao tratado INF, nós estamos abertos para um debate frutífero sobre o tratado e outras questões de estabilidade estratégica na base do respeito mútuo e consideração de interesses de cada um, assim como os interesses de toda a comunidade global", concluiu o Ministério.

Russia Military Capability 2019: Quick Victory - Russian Armed Forces 2019 - Вооруженные силы России



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domingo, 6 de novembro de 2016

UFO danifica fuselagem de avião comercial



1º depoimento:


-Aeronave decolou de Belo Horizonte, estava indo em direção à São Paulo. O copiloto fez o checape externo antes e, estava tudo normal com o avião, quando a aeronave chegou em São Paulo, “o cara” foi colocar o calço na roda e, observou que tinha umas perfurações na fuselagem. O Copiloto Disse:
- Não, não, eu fiz o checape externo e estava tudo normal, estava tudo perfeito! Não tinha nada de errado! O cara então disse:
-Então, vem aqui em baixo e vê! Olha como está o avião por baixo:



2º Depoimento:


- A gente tem um grupo aqui, que cada um trabalha em uma área de segurança nacional, e tem o controle da defesa aérea que fica em Recife, e o outro que fica em Curitiba, chamado ( Cindacta ), que é o centro integrado tático  de defesa e controle do espaço aéreo. Então, lá ficam os caças, cada vez que tem uma invasão do espaço aéreo, os caças são acionados para interceptar. Ontem esse objeto foi visto em cima de Recife por volta das 8:00 hs, às 8:05 hs, ele estava sobre governador Valadares, só pra você ter uma ideia, de recife a Governador Valadares são: ( 2.475 km ). Como é que ele percorreu essa distância em menos de cinco minutos? Isso aí que você viu, foi ele passando em cima de Governador Valadares a ( 70 Mil pés ), sentiu né?  E, você viu o que aconteceu com a aeronave que passou na mesma rota? “ A aeronave narrou” que viu um clarão e, depois tremeu em baixo da aeronave, e eles ficaram assim, meio assustados, quando o avião chegou em São Paulo, estava todo perfurado por baixo:


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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Reaparelhamento e incorporação de tecnologias de ponta nas forças armadas do Brasil.





O Brasil recebeu, em janeiro, um novo lote do sistema de mísseis portáteis russos Igla-S, que deverá ser distribuído para unidades de defesa antiaérea em todo o país. O Ministério do Exército não forneceu mais informações, e o Ministério da Defesa esclareceu que continuam as negociações para compra do sistema Pantsir S-1


#Rádio Sputinik







A compra dos novos Igla-S esteve na pauta da visita que a presidente Dilma Rousseff fez a Moscou em dezembro de 2012, que foi seguida por uma missão de alto nível do comando do Estado-Maior das Forças Armadas junto às autoridades russas e aos fabricantes do equipamento. A decisão pela compra foi tomada no ano passado.



Os mísseis Igla-S, considerados de curto alcance, podem ser operados por um único homem, têm alcance de seis quilômetros, altitude máxima de 3.500 metros, velocidade de duas vezes a do som (cerca de 2.500 km/h) e peso de apenas 10,6 quilos. Esse equipamento foi bastante utilizado durante as hostilidades entre Equador e Peru em 1995 e mais recentemente nos conflitos envolvendo a Geórgia e a Ossétia do Sul, na Europa.


O jornalista especializado em assuntos militares e editor da coluna Insider, Roberto Lopes, elogia a compra dos Igla-S, afirmando que o reaparelhamento da defesa aérea é uma das prioridades do Exército Brasileiro. Segundo ele, o Brasil está comprando diversos sistemas, entre eles o autopropulsado Guepard de fabricação alemã.
“O problema é que o Exército não possui mísseis para longa distância. Onde o Exército Brasileiro está mais bem servido, com o Igla, é justamente na curta distância. Esse equipamento é muito importante e prioritário, porque vai atender aos projetos de reorganização da defesa aérea. Prova de que o Igla é muito bem aceito pelos militares brasileiros é o fato de que ele também está na Força Aérea para defender suas instalações.”

Embora tenha grande mobilidade operacional, podendo servir em operações na Amazônia e nas zonas de fronteira, os mísseis Igla-S não se prestarão, no Brasil, ao abate de aeronaves ligadas ao narcotráfico. “Não faz parte da doutrina brasileira abater aviões supostamente pertencentes ao narcotráfico por meio de artilharia antiaérea. A FAB tem essa autorização, após abordagem e negativa de pouso do avião contactado.”


Quanto às negociações para compra do sistema Pantsir S-1, o analista afirma que ele é um passo adiante em termos de defesa antiaérea, embora seja um equipamento caro para um Exército de poucos recursos como o brasileiro.

“Além disso, as negociações começaram às vésperas da crise econômica que o Brasil ainda enfrenta. Tudo que dizia respeito à importação de equipamento militar ficou subordinado à disponibilidade de verba. O problema com os Pantsir S-1 não é a tecnologia e, sim, recursos.” Lopes acredita que, por tudo isso, o Brasil deva adquirir uma pequena quantidade de veículos. Quanto à transferência de tecnologia, acenada pelo governo e pelo fabricante russos, ela deve ser limitada à fabricação de apenas alguns componentes. “O importante é que ele (o sistema) venha e o Exército Brasileiro consiga desenvolver uma doutrina de emprego.”

O sistema Pantsir S-1 não tem equivalente no mercado ocidental. Ele pode ser disparado enquanto protege colunas em deslocamento, uma vez que os veículos utilizam radares de gestão de tiro com alcance superior a 30 quilômetros. Em posição defensiva, uma bateria pode ser instalada em menos de dez minutos.

Os lançadores são controlados por uma unidade de tiro alimentada por dois radares com alcance superior a 80 quilômetros. O sistema é capaz de acompanhar 40 alvos e cada lançador pode acoplar quatro alvos por vez, identificados por laser. Cada lançador dispõe de 12 mísseis, dois canhões de 30 mm com capacidade para atingir aviões, mísseis de cruzeiro, munições guiadas, entre outros alvos. O baixo custo e a simplicidade do míssil é uma das vantagens do sistema, permitindo – ao contrário dos concorrentes ocidentais – armazenamento por longos períodos sem cuidados especiais.


Brasil e Indonésia querem comprar caças russos de quintageração



A Rússia começou negociações com o Brasil e a Indonésia sobre o possível fornecimento de caças Sukhoi Su-35, segundo declarou o chefe da corporação estatal russa Rostec, Sergey Chemezov, na segunda-feira, 9 de novembro.

O caça Su-35 (código da OTAN — Flanker-E) é a versão mais moderna do caça multipropósito Su-27. Ele foi pela primeira vez apresentado ao mercado fora da Rússia em 2013.

"O interesse pelo caça é grande, mas ainda foram assinados contratos. Além disso, os Emirados Árabes Unidos, a Indonésia e o Brasil estão interessados nele," disse Chemezov nas declarações à imprensa.

O Su-35 utiliza tecnologias de quinta geração, podendo levar mísseis, teleguiados ou não, de curto, médio ou longo alcance.
Lembramos que, no âmbito da exposição Dubai Airshow 2015 nos Emirados Árabes Unidos, que está decorrendo até 12 de novembro, a Rússia apresenta diversos aviões e sistemas de defesa antiaérea. Os fabricantes de armamentos e equipamentos bélicos russos participam do Salão Aeronáutico de Dubai desde 1993.

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