No diálogo, o procurador de Curitiba fala sobre como
negociou com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a destinação de
recursos da Petrobrás
247 - Um novo áudio-bomba, entregue nesta
terça-feira pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo
Tribunal Federal, confirma o que muitos já sabiam. O procurador Deltan
Dallagnol, da força-tarefa de Curitiba cometeu o crime de traição nacional e
negociou com autoridades do Departamento de Justiça dos Unidos, o DoJ, a
destinação de recursos da Petrobrás, que formariam um fundo que, no Brasil,
beneficiaria integrantes da própria Lava Jato.
A cooperação informal com autoridades estadunidenses se deu
à margem das leis brasileiras e confirma que Dallagnol usou seu poder de
investigação para favorecer um outro país, no caso, os Estados Unidos. As
mensagens obtidas por Walter Delgatti também deixam claro que Dallagnol zombou
da quebra de empresas brasileiras. Estudos apontam que a Lava Jato destruiu 4,4
milhões de empregos no Brasil e derrubou o PIB nacional, mas Dallagnol negociou
com os Estados Unidos como poderia receber recursos da Petrobrás. Inscreva-se
na TV 247 e confira o áudio:
[Da imprensa do Sindipetro Bahia | Texto: Carol Athayde |
Foto: Divulgação]
Royalties pagos por empresas privadas de petróleo podem
sofrer redução de 50%, prejudicando centenas de municípios no Brasil
Uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE), já aprovada pelo presidente Bolsonaro (Diário Oficial da União de
1/7/2020), determina que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) estude a admissão de medidas com o objetivo de reduzir os
royalties de 10% para até 5%, para campos concedidos a empresas de pequeno ou
médio porte.
A ANP, por sua vez, já aprovou os procedimentos necessários
para reduzir os valores desses royalties cobrados sobre a produção dos campos
maduros de petróleo e também realizou uma videoconferência sobre o assunto com
as empresas interessadas.
A próxima etapa é enviar para a Câmara dos Deputados um
Projeto de Lei (PL), propondo a redução das alíquotas com o aval da ANP e do
CNPE.
Na prática, o PL, se transformado em lei, irá prejudicar
centenas de municípios que dependem da arrecadação dos royalties do petróleo
para garantir gastos com saúde, educação e infraestrutura.
A diretoria do Sindipetro Bahia vê essa Resolução e uma
eventual lei como uma afronta aos brasileiros. “Durante anos, a Petrobrás
investiu nesses campos terrestres de petróleo. Apesar de todo o trabalho e
gasto para descobrir e desenvolver os campos, nunca houve no Brasil uma
discussão de redução de royalties. A estatal sempre pagou o que deveria ser pago,
contribuindo, assim, para o desenvolvimento dos municípios onde está instalada.
Agora que o setor está sendo privatizado, o governo Bolsonaro lança mão dessa
iniciativa que irá garantir mais lucros para essas empresas e provocar
prejuízos para os munícipios”, afirma o Diretor de Comunicação do Sindipetro
Bahia, Radiovaldo Costa.
O Coordenador Geral da FUP, Deyvid Bacelar, faz um alerta
aos prefeitos e vereadores eleitos das cidades onde há campos terrestres da
Petrobrás e que já foram vendidos (ou serão) para a iniciativa privada. “É
preciso pressionar a Câmara, a ANP e o governo Bolsonaro para que essa medida
absurda não se concretize. Caso contrário, haverá grande impacto no orçamento
desses munícipios”.
Bacelar ressalta ainda que “a redução dos royalties também
não trará vantagem ou benefício para os trabalhadores, que passarão a receber
salários mais baixos e terão seus benefícios reduzidos, como acontece na
maioria das empresas privadas do setor. Portanto, o único objetivo é
proporcionar lucro para as empresas, revelando o real objetivo da privatização
do Sistema Petrobrás”.
Diversos municípios serão prejudicados, tendo redução das
suas receitas em plena pandemia da Covid-19, momento em que a situação, com
cerca de 14 milhões de desempregados no Brasil, não está nada fácil.
Na Bahia, serão atingidos diretamente os municípios de
Esplanada, Entre Rios, Cardeal da Silva, Araças, Alagoinhas, Ouriçangas, Água
Fria, Biritinga, Catu, Pojuca, Mata de São, São Sebastião do Passé, Candeias,
São Francisco do Conde.
⚠URGENTE ⚠ Privatização causa mais um crime ambiental em Minas!
Alexandre Finamori, coordenador geral do Sindipetro/MG, denuncia crime ambiental em Minas após acidente em terminal da recém privatizada BR Distribuidora.#PetrobrásFicaEmMinaspic.twitter.com/U4ClEyRwe8
É por isso que a estatal se nega a fornecer à defesa do
ex-presidente os contratos firmados com autoridades dos Estados Unidos
247 - A Petrobrás, que pagou multas de R$ 27,7
bilhões aos Estados Unidos, no âmbito da Operação Lava Jato, não tem nenhuma
prova contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É por isso que a
estatal se nega a fornecer à defesa de Lula seus contratos com autoridades
estadunidenses. No processo, a empresa chegou até a pedir para ter tratamento análogo ao de uma embaixada.
A confirmação de que não há qualquer prova contra Lula foi
feita pelo jornalista Ascanio Seleme, em sua coluna. “Por que a Petrobras se nega a entregar para a
defesa de Lula os documentos dos três acordos que fez nos Estados Unidos em
razão dos escândalos da era petista? A estatal diz que os dados (mais de 75
milhões de páginas) não tratam de corrupção, mas de apenas falhas contábeis, e
que por isso não interessam à defesa do ex-presidente. Quem escarafunchou a
papelada diz que não é bem assim, que os documentos enviados ao Departamento de
Justiça (DOJ), à SEC, que é a comissão de valores local, e à Justiça de Nova
York têm um capítulo inteiro só sobre corrupção. E nele, a petroleira não cita
Lula nem o PT, acusando apenas cinco ex-diretores da companhia e dois
ex-governadores. As ações foram abertas nos EUA para indenizar investidores que
perderam dinheiro com a queda do valor de mercado da estatal em razão do
escândalo”, escreveu o jornalista.
“No Brasil, a Petrobras participou dos diversos julgamentos
da Lava-Jato como assistente da acusação, e assinou as denúncias em que Lula é
acusado de chefiar uma organização criminosa, de enriquecimento ilícito, de
lavagem de dinheiro y otras cositas más. A incoerência entre o que a Petrobras
assinou aqui e os documentos que enviou à Justiça americana, que beneficiaria
Lula, só se tornará oficial se os dados forem entregues aos advogados do
ex-presidente por ordem judicial. Depois de ter sua petição negada pela
primeira instância em Curitiba e pelo STJ, a defesa aguarda agora manifestação
final de Edson Fachin. O ministro do STF prestaria um bom serviço à Justiça
liberando os documentos”, lembra ainda Ascanio. “Para não virar ré nos EUA, a
Petrobras concordou em pagar US$ 4,8 bilhões (R$ 27,7 bi) em multas. O valor é
sete vezes maior do que as sentenças da Lava-Jato devolveram aos cofres da
estatal”, finaliza.
IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu em julho 0,30%
após variação positiva de 0,02% em junho, segundo dados do IBGE. Em 12 meses
até julho, o IPCA-15 acumula alta de 2,13%
247- Camila Moreira, Reuters - Os preços da gasolina voltaram a
subir após quatro meses de queda e a prévia da inflação brasileira acelerou com
força em julho, em meio ao alívio de medidas de isolamento social adotadas por
causa do coronavírus.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15)
passou a subir em julho 0,30% após variação positiva de 0,02% em junho, de
acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses até julho, o IPCA-15 passou a acumular alta de
2,13%, acima da taxa de 1,92% no mês anterior mas ainda abaixo do piso da meta
de inflação para este ano — 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou
menos, medida pelo IPCA.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de alta de 0,51%
na variação mensal, acumulando em 12 meses ganho de 2,36%.
As medidas de contenção devido ao coronavírus afetaram de
maneiras diferentes o consumidor, impulsionando os preços de alimentação em
casa mas reduzindo o consumo diante das perdas de emprego e renda.
Em julho, o destaque ficou para o grupo Transportes, que
passou a subir 1,11% no mês depois de queda de 0,71% em junho. Isso devido
principalmente ao aumento de 4,40% nos preços dos combustíveis.
Somente a gasolina, após quatro meses consecutivos de
quedas, subiu 4,47% em julho. Etanol (4,92%), óleo diesel (2,50%) e gás
veicular (0,01%) também contribuíram para o resultado.
Os preços do metrô, com alta de 2,0%, também impactaram os
custos de transportes, em meio principalmente a reajuste de 8,70% nas passagens
do Rio de Janeiro em 11 de junho.
Por outro lado, o transporte por aplicativo (-11,98%) e as
passagens aéreas (-4,16%) ficaram mais baratos.
A alta de 0,50% de Habitação, por sua vez, foi influenciada
principalmente pelo avanço de 1,03% nas tarifas de energia elétrica.
Em julho, quatro grupos apresentaram deflação: Vestuário
(-0,91%), Alimentação e bebidas (-0,13%) — isso após quatro meses consecutivos
de altas—, Despesas pessoais (-0,23%) e Educação (-0,07%).
De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, será necessário entender o impacto do crescimento na inflação para
avaliar se ainda há espaço para corte residual nos juros básico
O BC cortou a taxa básica de juros Selic em 0,75 ponto, à
nova mínima histórica de 2,25% ao ano, mas deixou aberta a porta para nova
redução.
A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC com
economistas mostra que a expectativa é de que a inflação termine este ano em
1,72% e que a economia encolha 5,95%.
O CARA A CARA especial traz informações para
toda categoria sobre o comunicado da Advocacia Garcez aos Sindipetros. Em
movimentação inédita e de grande importância, a Mesa do Congresso Nacional, a
Mesa do Senado Federal e também a Mesa da Câmara dos Deputados ingressaram com
Requisito de Tutela Provisória Incidental apontado ilegalidades no processo de
privatizações das refinarias.
Este é um grande momento, onde apoios foram conquistados na
luta contra as privatizações em andamento no sistema Petrobrás e na defesa da
soberania nacional. E para falar sobre o assunto, trazemos representantes da
Advocacia Garcez, juntamente com o Senador Jean-Paul Prates em live mediada
pelo Coordenador Geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.
The Intercept_Brasil - Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção
pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é
importante’
Parte 7
Sergio Moro não gostou do alvo tucano: 'melindra alguém cujo apoio é importante'.
Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador
Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele,
não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13
de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem
a respeito de suspeitas contra o tucano.
Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado
no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em
Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O
procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em
Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o
enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o
MPF] passar recado de imparcialidade”.
À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques,
sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser
seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas
meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público
ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de
corrupção contra ambos.
Sérgio Moro, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Michel Temer na
cerimônia de premiação “Brasileiros do Ano”, da Revista ISTOÉ, em 2016. Foto:
Diego Padgurschi/Folhapress
FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1, 2, 3,
4 e 5, 6, 7, 8 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os
possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.
Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou
a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam
procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele
recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a
análise sobre a prescrição.
A acusação que Dallagnol classificou como “recado de
imparcialidade” já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o
final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu “ajudade campanha” a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998. “Ajuda de
campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a
ajuda de caixa oficial e não oficial”, afirmou o empresário, falando sobre
caixa dois. “[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de
tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então
operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles.” O valor dos pagamentos não foi
divulgado.
Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava
Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial
divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do
Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho
sempre foi movido pela “imparcialidade da atuação da Justiça”. Em entrevista aoEstadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via “[n]enhum viés
político nas mensagens que me foram atribuídas.”
Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com
investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E
Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram
adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de
fabricar uma falsa percepção pública de “imparcialidade”, sem, no entanto,
colocar FHC em risco.
As conversas agora reveladas fazem parte de um lote dearquivos secretos enviados ao Intercept por uma fonte anônima (leia nossoeditorial e entenda). Os arquivos publicados até agora mostram, entre outras
coisas, que a Lava Jato sempre teve muita preocupação com sua imagem pública, e
seguia conselhos informais do então juiz Moro, o que é ilegal.
‘PORRA BOMBA ISSO’
Em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações. Em
uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por
causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo
Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Foto: Antonio Scorza/AFP/Getty
Images
Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol
de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso
muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar “melindrar” FHC.
Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador
Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF
Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos
institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa
atuação como se tivesse vies partidário”, justificou Pozzobon. “A da LILS vocês
já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da
Fundação iFHC”, disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou
notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos
quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.
Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou
duas imagens no grupo.
A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária
de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e
Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do
ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem –
empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira
para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.
A secretária dá duas opções para o que ela chama de “doação”. Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. “Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente”, afirmou. Manuel respondeu que poderia fazer doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.
A segunda imagem encaminhada por Pozzobon era de um laudo daPolícia Federal daquele mesmo ano, que mostrava que a Odebrecht havia feito
pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao iFHC entre dezembro de 2011 e de
2012.
Os policiais federais que fizeram o relatório explicaram que
não foram atrás desses pagamentos ao iFHC porque os dados da Braskem não foram
colocados à disposição deles. Mas ressaltaram: “É possível que outros
pagamentos tenham sido feitos e não tenham sido encontrados” por causa das
limitações dos dados ou caso tenham sido feitos por “meio de triangulação entre
Grupo Odebrecht, o contratante do serviço (exemplo do evento APLA) e o
Instituto Fernando Henrique Cardoso”.
Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar
a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos
recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam
prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores
reagiram com empolgação:
A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a
ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário
– e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O
argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto
Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.
Quase um ano e meio depois dessa conversa, o fim do sigilo
da delação de Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, mostraria que o esquema de
remessa de dinheiro aos institutos de FHC e de Lula tinha um modus operandi
semelhante. A Fundação FHC – ex iFHC – disse ao Intercept que os valores
recebidos foram regularmente contabilizados e que “não tem conhecimento de qualquer
investigação ou denúncia do MPF tendo por base as doações feitas pela
Odebrecht”.
‘DARÁ MAIS ARGUMENTOS PELA IMPARCIALIDADE’
Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht,
Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a
operação Lava Jato. Foto: Mauricio Lima/AFP/Getty Images
No ano seguinte às conversas dos procuradores, em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações (1, 2, 3). Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Em junho, o caso do filho de FHC foi mencionado no chat FT MPF Curitiba 3. A preocupação dos procuradores era, novamente, criar a percepção pública de imparcialidade da Lava Jato:
Três dias depois, no mesmo grupo, o assunto voltou a ser
discutido.
Nós perguntamos ao Ministério Público Federal do Paraná,
sede da força-tarefa da Lava Jato, quais são os ex-presidentes investigados e em
que fase está cada um dos procedimentos. Também questionamos quais fatos
envolvendo os ex-presidentes foram mandados para outros órgãos. Eles não
responderam aos questionamentos e se limitaram a enviar as notas já divulgadaspela instituição, que dizem que não há ilegalidade nas trocas de mensagens
reveladas pelo Intercept.
Em uma conversa com os procuradores Paulo Galvão e Carlos
Fernando Santos Lima, em 20 de maio do ano passado, no entanto, Deltan
Dallagnol relembrou quais foram os ex-presidentes investigados pela operação.
Dilma Rousseff e FHC são os únicos que ficam de fora:
Antes da publicação desta reportagem, o Intercept procurou
as assessorias do ministro Sergio Moro, do MPF no Paraná e em São Paulo, da
Procuradoria Geral da República e da Fundação Fernando Henrique Cardoso, antigo
iFHC.
A PGR disse que não vai se manifestar.
A Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo informou que “não
cuidou de caso relativo a Fernando Henrique Cardoso. Desdobramento oriundo da
Operação Lava Jato, relativo ao ex-presidente, veio para São Paulo junto com
outros casos da ‘lista do Facchin’ e foi distribuído para uma procuradora que
não integra o grupo”. O órgão afirmou que está esperando resposta da
procuradora responsável pelo caso, mas confirma que a única investigação
envolvendo FHC é a que foi arquivada.
A assessoria de Moro respondeu que ele “não comenta supostas
mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa, que
podem ter sido adulteradas e editadas e que sequer foram encaminhadas
previamente para análise. Cabe esclarecer que o caso supostamente envolvendo o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca passou pelas mãos do Ministro,
então juiz da 13 Vara Federal de Curitiba, sendo encaminhado diretamente pelo
Supremo Tribunal Federal a outros fóruns de justiça. Então, nenhuma
interferência do então juiz seria sequer possível e nenhuma foi de fato feita”.
Já o MPF do Paraná, em um segundo contato, afirmou que “a
divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito,
agravada por um contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir
se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente
obtido.” Para o MPF, os diálogos inteiros podem ter sido “forjados pelo
hacker”. Eles disseram também que “um hackeamento ilegal traz consigo dúvidas
inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará azo
à divulgação de fake news”, dizendo que há uma “uma agenda político-partidária”
nas reportagens.
O Intercept reafirma que as reportagens da série são
publicadas assim que produzidas, editadas e checadas dentro de princípios
editoriais rigorosos, e que o material é autêntico.
Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht,
Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a
operação Lava Jato. “O Brasil precisa de transparência. A Lava Jato está
colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa”, afirmou. Ao Intercept, o
ex-presidente disse, por meio de sua assessoria, que não teve conhecimento de
nenhum inquérito ou denúncia relacionados à delação de Cerveró. Também afirmou
desconhecer as menções sobre seu filho e a compra de votos nas eleições – por
isso, “não sabe se teriam resultado em investigação ou denúncia”. A única
confirmada pelo ex-presidente foi a investigação que terminou arquivada.
Após a divulgação da primeira leva de reportagens sobre as
mensagens secretas da Lava Jato, FHC fez uma defesa pública de Moro: “O
vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece
tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores…”,
disse.
17 de novembro de 2015
Roberson – 20:29:48 – Meus caros, o que acham de
instaurarmos um PIC para investigar, no mesmo procedimento, pagamentos
efetuados pelo Grupo Odebrecht (e outras cartelizadas) ao LULA (via LILS e
INSTITUTO) e ao FHC (via Fundação iFHC)? Assim ninguém poderia indevidamente
criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário, poderíamos oficiar
todas as empreiteiras contratantes, verificar padrões indevidos, etc.
Roberson – 20:30:32 – A da LILS vocês já sabem os indícios
para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC:
Roberson – 20:30:52 –
Roberson – 20:31:16 –
Roberson – 20:32:12 – Email da iFHC “GOSTARIA QUE VOCES
VERIFICASSEM COM A BRASKEM QUAL A MELHOR MANEIRA PARA FAZER A DOAÇÃO. TEMOS AS
SEGUINTES OPÇOES:
Roberson – 20:32:20 – DOAÇÃO DIRETA
Roberson – 20:32:51 – A ELABORAÇÃO DE UM CONTRATO, POREM NÃO
PODEMOS DIZER QUE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SERÁ UMA PALESTRA DO PRESIDENTE
Roberson – 20:33:43 – E ai???? Querem mais baton na cueca?
Paulo Galvão – 20:35:08 – porra bomba isso
Roberson – 20:35:20 – Pois é!!!
Roberson – 20:35:39 – O que acha da ideia do PIC?
Roberson – 20:35:47 – Vai ser massa!
Paulo Galvão – 20:35:51 – Acho excelente sim Robinho
Roberson – 20:36:47 – Legal! Se os demais tb estiverem de
acordo, faço a portaria amanha cedo
Roberson – 20:38:08 – Acho que vale até uma BA na Secretaria
da iFHC que mandou o email. Ela é secretária da Presidencia!
Laura Tessler – 20:38:36 – Sensacional esse email!!!!
Roberson – 20:38:48 – Mais, talvez pudessemos cumprir BA nos
três concomitantemente: LILS, Instituto Lula e iFHC
Paulo Galvão – 20:39:04 – De quando é esse email?
Roberson – 20:39:12 – Uma prova reforça a outra
Paulo Galvão – 20:39:24 – Questão é, FHC estamos
investigando crime tributário apenas?
Roberson – 20:39:28 – Outubro de 2014!!!!!!!!!!!!!
Roberson – 20:39:52 – Provavelmente por isso a mençao de que
não poderia ser palestra do FHC
Paulo Galvão – 20:39:52 – Vamos pedir a fiscal, ver se o
dinheiro saiu para alguma campanha
Paulo Galvão – 20:40:16 – Pq se ficou lá e só crime
tributário? Ou teria que achar uma obra do psdb para dizer que é propina
Roberson – 20:41:52 – Sim, esse aprofundamento é essencial
Paulo Galvão – 20:42:28 – Mas a ideia é excelente.
Despolitizar
Paulo Galvão – 20:42:40 – Se bem q vc votou na Dilma hahaha
Roberson – 20:43:48 – MPF hahaha
Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa
da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?
Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom
indício de corrupção do fhc/psdb antes
Dallagnol – 22:14:24 – Claro
Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC, BA e depois
denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para
influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral
Dallagnol – 09:56:20 – Creio que vale apurar com o argumento
de que pode ter recebido benefícios mais recentemente, inclusive com outros
contratos … Dará mais argumentos pela imparcialidade… Esses termos já chegaram,
Paulo? Esse já tem grupo?
Paulo Galvão – 10:00:38 – Chegaram vários do Cervero, mas
não sei se esse especificamente desceu
Paulo Galvão – 10:00:59 – Nos temos de qq forma todos os
depoimentos na pasta
Dallagnol – 10:24:20 – Algum grupo se voluntaria? Eu acho o
caso bacanissimo, pelo valor histórico. E recebendo naquela época pode ter
lavagem mais recente pela conversão de ativos ou outro método como compra
subfaturada de imóvel o que é mto comum…. Seria algo para analisar
Paulo Galvão – 10:26:33 – Deixa ver antes se desceu. Pode
ter sido mandado p outro lugar, como os que foram p o rio (e isso é um dos
temas q eu quero tratar na reunião)
Dallagnol – 21:42:18 – Caros, há uma programação de que sub
vai represetnar a lava jato no STJ até dezembro. O problema está em dezembro…
será a SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:28 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:35 – bom termos essa pauta do subs do stj
P.N.I.. – 21:59:01 – Mestre, tudo bem? Vc acha que consegue
me ajudar com isso? Abração! http://istoe.com.br/o-acerto-de-r-12-milhoes/ O
acerto de R$ 12 milhões Em acordo de delação, Marcelo Odebrecht revela que a
presidente Dilma cobrou pessoalmente doação de campanha para pagar via caixa
dois o marqueteiro João Santana e o PMDB em 2014
P.N.I.. – 22:05:34 – SUPRIMIDO
P.N.I.. – 22:05:48 – Disse que não há nada disso.
P.N.I.. – 22:06:33 – Mas aqui sinto cheiro do Mauat, que se
tornou amiguinho do MO.
Dallagnol – 23:00:04 – [imagem não encontrada]
4 de junho de 2016
Isabel Groba – 07:39:57 – Alguém vai hoje ou amanhã na FT?
Eu precisava que fosse ligado o computador que eu uso para fazer acesso remoto.
P.N.I.. – 08:29:53 – “Queda a jato Há ministros caindo por
causa da Lava-Jato. Mas tem um que deverá cair nas próximas horas por causa de
um jato. Isto mesmo: um jato. Trata-se de Fábio Osório, advogado-geral da
União, que provocou um fuzuê ao tentar embarcar esta semana para Curitiba, na
Base Aérea. Negado o pedido, Osório deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica,
dizendo ter status de ministro de Estado. A confusão chegou ao gabinete do
presidente. Para complicar ainda mais a situação de Osório, Temer descobriu que
Toffoli só revogou a sua decisão de demitir o presidente da EBC nomeado por
Dilma porque o advogado-geral da União, que deveria fazer a defesa do governo,
estava nessa fatídica viagem a Curitiba. Agora, até o padrinho do advogado, o
ministro Eliseu Padilha, está pedindo sua cabeça ao presidente.”
Dallagnol – 14:27:12 – Curitiba promete dias curitibanos
Dallagnol – 14:27:17 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 14:28:02 – Aeroporto fechado agora
Dallagnol – 14:28:18 – Quem aposta que amanhã vamos e não
vamos a BSB? rs
Dallagnol – 14:47:02 – Pessoal da Brigada está preocupado
com a notícia de que a série da PF dirá que “a PF que investiga”. A nota fala
do juiz é da PF, ignorando MP:
Dallagnol – 14:47:12 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 15:08:34 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:33:36 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:07 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:49 – SUPRIMIDO
Paulo Galvão – 16:03:45 – [imagem não encontrada]
Paulo Galvão – 16:04:00 – SUPRIMIDO
Julio Noronha – 20:28:07 – Falando de “mídia independente”:
Julio Noronha – 20:28:16 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:17 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:18 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha –20:28:18 – [imagem não encontrada]
Laura Tessler – 20:30:29 – aposto que é só
coincidência!!!😂😂😂
Dallagnol – 21:11:07 – Que absurdo!! Isso valeria ACPs em
outros locais…
6 de junho de 2016
Diogo – 00:49:28 – SUPRIMIDO🙊🙊🙊
Diogo – 00:50:13 – Ia ser engraçado pq este cara batia na
lava jato.. Mas como a lava jato começou a pegar o pmdb ele ia ter Q apoia lá
Dallagnol – 07:07:00 – Que tal a FTLJ fazer uma moção de
apoio a ela como capacitada etc para ser DG, sem mencionar lista triplice?
Orlando SP – 07:20:31 – Aí dá para fazer, inclusive podendo
expressamente falar q independentemente de lista, a SUPRIMIDO é um nome
excelente pará tal cargo.
Orlando SP – 08:17:31 – De outro lado, deve haver uma dúzia
aguardando para ser o escolhido, q ficarão bem contrariados. Temer não cometerá
este erro primário de colocar alguém desvinculado do MJ e dele próprio na PF.
Ele não é amador
P.N.I.. – 10:52:46 – Creio que cada um no seu quadrado.
Gosto da SUPRIMIDO, mas me sinto entrando em discussão de uma questão que vai
além da simples simpatia. Pode ser um passo maior que a perna por parte dela.
Além disso é um assunto de outra corporação.
Paulo Galvão – 11:41:46 – Segue petição de desmembramento do
acordo do Cerveró – deixo p o grupo responsável analisar
Paulo Galvão – 11:42:39 – Mas vejo que, sobre o filho do
FHC, é um termo que ficou no STF por conta do Delcídio e teria vindo para cá
por cópia. É o mesmo termo que trata da GE, lembrando que a GE protocolou
petição querendo colaborar e está fazendo investigação interna
Dallagnol – 12:04:38 – se veio pra cá, é nosso
Dallagnol – 12:04:40 – se veio pra cá com cópia, é nosso
Dallagnol – 12:04:46 – se pensaram em mandar pra cá, é nosso
tb
DELTAN DALLAGNOL E SERGIO MORO
13 de abril de 2017
Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que
vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar
prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para
passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois
melindra alguém cujo apoio é importante
CHAT CONEXÃO BSB-CWB
13 de abril de 2017
Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de
96? Não tá prescrito? Teve inquérito?
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11 –👍👍😉
DELTAN DALLAGNOL, PAULO GALVÃO E CARLOS FERNANDO SANTOS LIMA
20 de maio de 2018
Dallagnol – 01:46:42 – CF, só tem 2 (ex) presidentes presos:
Lula e Humala no peru
Dallagnol – 01:48:12 – Opa o Jorge Glas no equador tb
Dallagnol – 01:48:38 – No BR, vou considerar como
investigados Temer, Collor, Sarey e Lula
Dallagnol – 01:49:07 – (excluindo Dilma e FHC – não lembro
de investigações sobre eles fora o que tá bem sigiloso da dilma, sem conclusão)
Dallagnol – 01:49:55 – Tem um quarto com prisão decretada,
mas foragido, o Maurício Funes, de El Salvador
Dallagnol – 01:53:59 – segue artigo com atualiação dos
números de presientes investigados e presos. Faltam estados do BR, que terei na
segunda
Dallagnol – 01:54:08 – Quem pode olhar o artigo agora?
Dallagnol – 01:54:21 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 01:54:49 – CF, como PG viu depois de Vc, olha Vc
o artigo agora e veja se está OK. Se não, faça alterações e passa pro Paulo.
Seria bom se pudermos fechar na segunda.
21 de maio de 2018
Santos Lima – 12:58:22 – Fiz algumas substituições.
Secretary of state é um dos ministérios. A palavra para ministério é cabinet. A
FGV é uma think tank (ela mesma assim se coloca). “other ilicits é fraco,
coloquei white collar and electoral crimes,
Santos Lima – 12:59:03 – Algumas frases soltas eu coloquei
entre vírgulas. Ficou grande, mas creio que ficou mais readable.
Santos Lima – 12:59:25 – ANEXO SUPRIMIDO
Santos Lima – 13:01:48 – Tirei future na última frase e
coloquei a brazilian progressive era para fechar com o começo.
APostagem - Wanderlei Alves, o Dedéco, de Curitiba, um dos articuladores
dos caminhoneiros em grupos de WhatsApp, afirmou que a categoria começa uma paralisação à zero hora do próximo dia 29 em todo o
país. “Está confirmado nos nossos grupos, dia 29 do quatro de 2019, a partir de
zero hora, os caminhoneiros vão começar a parar o Brasil”, informou ele ao
Valor.
Ao fazer o alerta, o transportador autônomo antecipa a data
que havia informado inicialmente à imprensa para a paralisação, 21 de maio.
Após a Petrobras anunciar o reajuste de 4,84% no preço médio do litro de diesel
nas refinarias, nesta quarta-feira, ele disse em vídeo disparado a grupos de
WhatsApp e lideranças que o impacto de R$ 0,10 nas bombas leva a categoria ao
“fundo do poço”. Em maio, a greve de 2018 que causou enormes prejuízos à
economia completa um ano.
A mobilização por meio de grupos de WhatsApp também foi a
tática usada no ano passado pela classe, que tem organização pulverizada,
inclusive com muitos articuladores não sindicalizados. A posição de Alves e
seus colegas, no entanto, diverge do que pensam algumas das principais
lideranças sindicais.
O caminhoneiro Lucas Ramos, natural de Chapecó (SC),
participou das últimas manifestações e greve dos caminhoneiros ocorridas
durante o governo Temer, que reivindicou a diminuição do preço do combustível,
e alertou, em participação no programa Giro das 11 desta quinta-feira (18), que
“se o governo Bolsonaro continuar a aumentar o custo do diesel, uma nova greve
será inevitável” e “que os sindicatos devem seguir o embalo”, aderindo também
ao movimento.
Lucas afirmou, ainda, que “os caminhoneiros passam por
dificuldades há tempos” e que “a partir do golpe [de 2016, com o impeachment da
presidente Dilma Rousseff], o cenário piorou muito”. “Mudou a política da preço
da Petrobrás, causando um aumento da despesa com o óleo diesel”, ressaltou.
Ele também destacou que “a alimentação e estadia dos
caminhoneiros nas estradas é algo muito oneroso”. “Não tem como trabalhar desse
jeito, sofremos intensas pressões”, desabafou.
Nesta semana, o governo Jair Bolsonaro anunciou que irá
ofertar, a título de empréstimo, R$ 30 mil para cada caminhoneiro autônomo. No
entanto, Lucas salienta que tal proposta “não irá suprir a demanda da
categoria”. “Não temos mais fretes, porque a economia está parada. Sem
trabalho, como iremos pagar essa dívida como governo?”, indagou.
“Somos autônomos”
Questionado se o movimento dos caminhoneiros é partidário,
ele explicou que eles são, em sua grande maioria, autônomos. “Quem quer aderir
à greve encosta lá seu caminhão na beira da estrada e pronto”, concluiu.
Infomoney - A Petrobras anunciou na noite desta quarta-feira
(17) um reajuste de R$ 0,10 no litro do diesel, o que, segundo o CEO da
companhia, Roberto Castello Branco, representa uma alta entre 4,5% e 5,1% no
valor do combustível nas bombas, a depender do ponto de venda.
Após anunciar um aumento de 5,7% no preço do diesel na
última quinta-feira, a estatal voltou atrás no mesmo dia após o presidente Jair
Bolsonaro ligar para o CEO da petrolífera, Roberto Castello Branco, e pedir a
suspensão do reajuste. Na sexta, as ações da companhia desabaram 8%, levando a
empresa a perder R$ 32,4 bilhões de valor de mercado.
Já na última terça, ocorreu uma reunião entre Bolsonaro,
ministros e o presidente da Petrobras. Após o encontro, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, afirmou que o presidente pensou na dimensão política do reajuste
quando ligou para o chefe da estatal.
Além disso, o ministro afirmou que estão em estudo várias
alternativas para dar mais transparência à política de reajuste de combustíveis
da Petrobras, entre elas indexar o preço do frete ao valor do diesel.
Ele citou que essa é a política utilizada nos Estados Unidos
e disse que foram feitas "interrogações" à Petrobras durante a
reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
"Tudo tem que ser estudado para o futuro, o presidente
da Petrobras já estava estudando. Esse episódio precipita a aceleração de
estudos", ressaltou Guedes. "O próprio presidente da Petrobras está
recalculando quais seriam as melhores praticas".
Leia, abaixo, texto do 247 sobre possível greve dos caminhoneiros:
Caminhoneiros marcam greve para 21 de maio se diesel subir
Os caminhoneiros estão organizando nova paralisação nacional
para 21 de maio, quando se completa um ano da greve que abalou o governo Temer
em 2018. O movimento acontecerá se houver qualquer reajuste no óleo diesel e se
o piso mínimo do frete continuar a ser desobedecido.
"Se o diesel aumentar um centavo que seja e não houver
efetiva fiscalização da aplicação do piso, a gente para no dia 21, quando a
greve do ano passado completará um ano", garante o caminhoneiro Wanderlei
Alves, o Dedéco, de Curitiba (PR), um dos integrantes da rede de lideranças da
categoria, em entrevista à jornalista Leila Souza Lima, do Valor Econômico
Segundo o caminhoneiro, as representações que atuam hoje em Brasília
junto ao governo federal não têm controle sobre caminhoneiros de todo o país.
"Há de 20 a 30 lideranças espalhadas por todos os Estados se comunicando
em articulação. Eles podem dizer com todas as letras que não vamos parar, mas
nós vamos se nada for feito", diz Alves. #Brasil247