Segundo diretor da Organização, novas variantes com alto poder
de transmissibilidade, como a Delta, impedem a imunização coletiva
Foto: Brasil 247
Apesar do avanço da vacinação contra Covid-19 em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não vê uma porta aberta para a erradicação do coronavírus. O diretor da entidade na Europa, Hans Kluge, disse, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (10/9), que somente a vacinação não é suficiente para deter o vírus. O motivo, segundo ele, seriam as novas variantes que estão circulando com mais frequência e, por isso, reduziram a perspectiva de uma imunidade coletiva.
Na ocasião, ele afirmou também que a probabilidade que
a doença continue avançando em todo o mundo é cada vez
maior. Ainda na coletiva, o diretor pediu para “adaptar nossas estratégias de
vacinação”, se referindo, especialmente, às doses de reforço.
A OMS já esteve mais otimista em relação ao fim da pandemia.
Em maio deste ano, o diretor afirmou que a pandemia terminará quando for
alcançada uma cobertura mínima de vacinação de 70% da população mundial.
Entretanto, o cenário mudou. Segundo ele, as novas variantes,
principalmente a Delta, tornaram a doença mais perigosa, viral e transmissível.
Para tentar conter o vírus, Klunge defende impedir a transmissão das formas
mais agressivas da doença por meio de um melhor planejamento da cobertura
vacinal.
“O objetivo essencial da vacinação é, principalmente, evitar
as formas graves da doença e a mortalidade. Se considerarmos que a Covid
continuará sofrendo mutações e permanecerá entre nós, como a gripe, então
devemos planejar como adaptar progressivamente a nossa estratégia de vacinação
contra a transmissão endêmica, e adquirir conhecimentos muito valiosos sobre o
impacto das doses adicionais. A vacinação ainda é essencial para reduzir a
pressão sobre nossos sistemas de saúde, que precisam desesperadamente tratar
outras doenças além da Covid”, explicou o diretor.
Apesar do plano da OMS de estabelecer uma imunidade coletiva
por meio do engajamento de campanhas de imunização, muitos pesquisadores
afirmam que é muito difícil alcançar a chamada imunidade de rebanho. Os estudos feitos até o momento
revelam que a variante Delta é 60% mais contagiosa que a anterior (Alfa) e o
dobro do vírus inicial. Segundo os cientistas, isso significa que é preciso
mais pessoas vacinadas ou que tenham contraído a doença para que o coronavírus deixe
de circular.
Quem tiver recebido uma dose de oito dos oito lotes de
AstraZeneca após a data de validade deve procurar uma unidade de saúde para
orientações e acompanhamento
(Foto: ABr)
247 - Pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina
AstraZeneca foram aplicadas em diversos postos de saúde do país, o que
compromete sua proteção contra a Covid-19. Os dados constam de registros
oficiais do Ministério da Saúde. Até o dia 19 de junho, os imunizantes com o
prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 1.532 municípios
brasileiros, revela reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
A campeã no uso de vacinas vencidas é Maringá, reduto
eleitoral de Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos
Deputados e acusado de chefiar um esquema de corrupção envolvendo o
superfaturamento de imunizantes. A cidade paranaense vacinou 3.536
pessoas com o produto da AstraZeneca fora da validade (primeira dose em todos
os casos).
A reportagem ainda acrescenta que depois aparecem Belém
(PA), com 2.673, São Paulo (SP), com 996, Nilópolis (RJ), com 852, e Salvador
(BA), com 824. As demais cidades aplicaram menos de 700 vacinas vencidas, sendo
que a maioria não passou de dez doses.
Além disso, outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca que
foram distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram.
Não está claro se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas. O lote
pode ser conferido na carteira individual de vacinação. Quem tiver recebido uma
dose de um desses oito lotes de AstraZeneca após a data de validade deve
procurar uma unidade de saúde para orientações e acompanhamento.
Quem tomou imunizante vencido precisa se revacinar pelo
menos 28 dias depois de ter recebido a dose administrada equivocadamente. Na
prática, é como se a pessoa não tivesse se vacinado.
Cerca de 26 mil doses da vacina AstraZeneca fora da validade
foram aplicadas em 1.532 municípios do país. Reportagem da Folha de S. Paulo
mostra os lotes detectados e as cidades que aplicaram.
É ABSURDO! O Ministério da Saúde não consegue sequer controlar a validade das vacinas que distribui! Milhares de brasileiros tomaram vacina VENCIDA! É corrupção, negacionismo, incompetência... Não dá mais!! Esse genocida e sua corja de patetas corruptos precisam sair do poder JÁ!
— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) July 2, 2021
ATENÇÃO: Pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em diversos postos de saúde do país, o que compromete sua proteção contra a Covid-19. Confira se é seu caso.
Aos 90 anos, o ex-presidente da República Fernando Henrique
Cardoso afirma que, se fosse o Lula, não entraria em uma terceira
candidatura" em 2022.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) afirma
que falta comando e sensibilidade em Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão da
pandemia do novo coronavírus.
"Já fui presidente e sou cuidadoso para não jogar
a culpa no presidente. O caso do coronavírus, obviamente, é um vírus. Algumas
pessoas pegariam de todo jeito. Mas a falta de cuidado parece ser grande. Ele
fala e depois pensa. E isso é ruim porque a palavra do presidente tem um valor
simbólico muito grande", disse FHC durante entrevista à emissora Band.
O ex-presidente caracteriza o atraso da vacinação contra a COVID-19 no Brasil como
"trapalhada". "Vão acusá-lo de várias responsabilidades, e
algumas ele tem. Mas não adianta tapar o sol com a peneira, tem que enfrentar.
Sei que é difícil e, por isso, não jogo mais uma pá de cal em cima",
complementa.
Lula faz discurso no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo
do Campo (SP).
Eleições 2022
Questionado sobre o pleito de 2022, Fernando Henrique
Cardoso manifesta preocupação com o enfraquecimento do centro político. "É
preciso um centro que olhe para o povo".
"Da última vez, eu votei em branco. Espero que
apareça um candidato que expresse um sentimento mais democrático e mais
construtivo. Mas, se não houver isso, no Bolsonaro eu não voto", garante o
ex-presidente.
"Lula é a repetição de uma fórmula que nós já
conhecemos: o Estado mais forte com muito apoio à iniciativa privada. Pode ser
um caminho de crescimento, mas não é disso que o país precisa. Se eu fosse o
Lula, não entraria em uma terceira candidatura", conclui.
Média de mortes no país é 4,4 vezes maior à mundial. “3 de
cada 4 óbitos no Brasil eram evitáveis", diz epidemiologista
No próximo dia 19, o país terá mais uma série de protestos
contra a condução do combate à pandemia encampada pelo governo federal -
Eduardo Miranda
A um dia de atingir a marca de 490 mil mortos por covid-19,
o Brasil registrou mais 827 mortes nesta segunda-feira (14).
Com o acréscimo, o número oficial de vítimas é de 488.228 desde o início
da pandemia, em março de 2020. O número de novos casos segue em patamar
elevado, especialmente para uma segunda-feira. Foram 39.846 registros de
infectados, totalizando 17.452.612 desde o ano passado. Dados apontam que
mortalidade por covid-19 no Brasil é 4,4 vezes superior à média global.
Às segundas-feiras, os dados ficam abaixo dos demais dias da
semana, já que um menor número de profissionais está em atividade aos domingos,
especialmente em medicina diagnóstica. A distorção tende a ser corrigida nos
dias seguintes. Além disso, a subnotificação de casos e mortes por covid-19 no
Brasil se mantém desde o início da pandemia, já que o país testa
pouco e mal sua população.
O Brasil é o segundo país com maior número total de vítimas
da covid-19 e, em 2021, lidera o ranking mundial. Com cerca de 293 mil mortes
apenas na primeira metade do ano até aqui, o país segue tendência inversa de países que trabalharam pelo
monitoramento e controle do coronavírus. Contribuem para o cenário
brasileiro a lentidão da vacinação da população e a influência
negativa do governo de Jair Bolsonaro, que promove eventos sem máscara e
dificultou a aquisição de imunizantes pelo país.
O Brasil é o líder mundial de mortes por COVID em 2021, com 292 mil até ontem.
Atualizei o gráfico de mortes por COVID por ano com países europeus. Fica claro quem aprendeu a lição e quem ainda insiste em cloroquina e em não adotar distanciamento.https://t.co/FDnPu3r9bEpic.twitter.com/bPsmdTea95
Além de prejudicar o controle da disseminação do vírus,
Bolsonaro segue apostando e promovendo medicamentos comprovadamente ineficazes
conta o vírus; como a cloroquina e a ivermectina. Além de não funcionarem,
trazem riscos de efeitos colaterais graves. “Fica claro quem aprendeu a lição e
quem ainda insiste em cloroquina e em não adotar distanciamento”, destaca o
biólogo e divulgador científico Atila Iamarino.
O epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de
Pelotas (Ufpel) Pedro Hallal analisa a média global de mortes por habitantes da
covid-19 e conclui que o cenário é de calamidade do Brasil. “Três de
cada quatro mortes ocorridas até hoje no Brasil teriam sido evitadas se
estivéssemos na média mundial. Poderíamos também estar melhor do que a média, e
ter poupado ainda mais vidas.”
Ele explica o cálculo adotado para a definição. “Em um ano e
meio, a covid-19 ceifou 3,8 milhões de vidas no mundo (uma morte a cada 2.000
pessoas). Já no Brasil, em menos de 1,5 ano, a covid-19 ceifou 480 mil vidas
(uma morte a cada 454 pessoas). Logo, nossa mortalidade cumulativa é 4,4 vezes
maior que a mundial.”
Números da pandemia de covid-19 no país em 14 de junho de
2021 / Conass
Copa América
Em outra manobra “aliada do vírus”, Bolsonaro decidiu trazer
a Copa América de futebol para o Brasil. O torneio foi aberto no último domingo
(13), com baixa audiência televisiva e envolto em incertezas e
críticas. O resultado já aparece: Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru
registraram contágio entre atletas. As seleções desses países têm jogadores que
atuam em 23 nações diferentes, de todos os continentes.
A possibilidade de uma “mistura” de diferentes cepas virais
preocupa autoridades e cientistas, já que podem levar o coronavírus a
desenvolver variantes mais letais e com mais facilidade de transmissão. Por sua
vez, a eficácia das vacinas atualmente disponíveis pode ser perdida.
No Peru, por exemplo, que recentemente revisou os dados que
apontavam grande subnotificação de mortes, circulam atualmente pelo menos
quatro variantes do vírus Sars-Cov-2. Tratam-se de mutações classificadas como
“de preocupação” pelas autoridades sanitárias por trazerem riscos maiores à
população.
A secretaria de Saúde do Distrito Federal, uma das unidades
da federação que recebe jogos da Copa América, divulgou um comunicado para
demonstrar preocupação com as cepas. “A mobilização de pessoas aumenta o risco
de entrada de novas variantes do SARS-CoV-2, bem como o risco de introdução e
propagação de outros agentes infecciosos causadores de doenças de importância
para a saúde pública”, informou.
Gulnar Azevedo, professora do Instituto de Medicina da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro e presidente da Abrasco nos atualiza
sobre a pandemia e a vacinação no Brasil.
Essas doses são adquiridas com desconto de 25%, o que gerará
uma economia de cerca de R $ 480 milhões.
RIO DE JANEIRO, 13 de junho. / TASS /. As
primeiras 3 milhões de doses da vacina contra o Janssen contra o coronavírus
chegarão ao Brasil no dia 15 de junho, ao final do prazo de validade do
medicamento. O anúncio foi feito no sábado pelo Ministério da Saúde da
república.
“Essas doses estão sendo compradas com um desconto de 25%, o
que vai economizar cerca de R $ 480 milhões (cerca de US $ 94 milhões). Eles
têm uma vida útil mais curta, mas o FDA permitiu que fosse prorrogado”, - disse
o chefe da da Ministra da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista coletiva.
Segundo o ministro, o governo brasileiro terá que pagar
apenas as doses que serão utilizadas. Por questões logísticas, o Janssen
só será utilizado nos centros administrativos dos estados da república
sul-americana, explicou Queiroga.
A vacina expira no dia 27 de junho, mas a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa), seguindo o FDA, pode autorizar a prorrogação
de seu prazo de validade por mais 6 semanas, até o dia 8 de agosto. A
reunião do regulador farmacêutico brasileiro deve ocorrer na próxima semana,
disse o ministério.
A vacinação contra o coronavírus começou no Brasil em 18 de janeiro. No momento, os medicamentos são usados pela empresa sueco-britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, a empresa chinesa Sinovac Biotech e a americana Pfizer. Mais de 23,6 milhões de pessoas já foram vacinadas com duas doses da vacina e mais de 54,2 milhões receberam uma vacina. Em setembro, está prevista a conclusão da primeira etapa da campanha de vacinação e a vacinação de grupos prioritários da população (mais de 78 milhões de pessoas), entre médicos, idosos e portadores de doenças crônicas.
Brasil é o país mais populoso da América do Sul em que o uso
do medicamento é aprovado
ANVISA aprovou a licença para importação e uso da vacina com
base em laudo técnico do Ministério da Saúde da Federação Russa
Moscou, 5 de junho de 2021 – O Fundo de Investimento Direto
Russo (RDIF, fundo soberano da Federação Russa) anuncia a decisão da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) de aprovar a licença para importação
e uso da vacina russa contra o coronavírus Sputnik V em vários estados do país.
Assim, o Brasil torna-se o 67º país onde o uso da “Sputnik
V” foi aprovado. A população total desses países ultrapassa 3,4 bilhões de
pessoas. Em termos de número de aprovações recebidas por reguladores
governamentais, a “Sputnik V” ocupa o segundo lugar no mundo.
A autorização para importação e uso da vacina pelos estados
brasileiros foi aceita após análise de laudo técnico encaminhado à ANVISA pelo
Ministério da Saúde da Federação Russa. Além disso, anteriormente, o lado russo
forneceu ao regulador dados adicionais confirmando a ausência de vetores
adenovirais replicantes (RCA). Dados de vários países que usam a “Sputnik V”
confirmam a alta segurança e eficácia da vacina russa.
Kirill Dmitriev, CEO do Fundo de Investimento Direto Russo
(RDIF), afirmou:
“A decisão da Anvisa de aprovar o uso da vacina ‘Sputnik V’
em diversos estados brasileiros abrirá o acesso a um dos melhores medicamentos
contra o coronavírus do mundo. Todos os documentos necessários foram
inicialmente fornecidos à ANVISA, e posteriormente nenhuma das questões
levantadas pelo regulador ficou sem resposta após a decisão de adiar a
aprovação da ‘Sputnik V’. O Brasil se tornará o país mais populoso da América
do Sul, no qual o uso da vacina russa é aprovado. Estamos prontos para mais
cooperação com parceiros no país para salvar vidas e superar a pandemia.”
A vacina “Sputnik V” tem vantagens importantes:
· A eficácia da vacina é
de 97,6% com base na análise de dados de incidência de coronavírus entre russos
vacinados com os dois componentes da droga no período de 5 de dezembro de 2020
a 31 de março de 2021.
· A vacina “Sputnik V” é
baseada em uma plataforma comprovada e bem estudada de vetores adenovirais
humanos que causam o resfriado comum e aos quais a humanidade foi exposta por
milênios.
· A vacina “Sputnik V”
usa dois vetores diferentes para duas injeções durante o processo de vacinação,
o que cria uma imunidade mais forte em comparação com vacinas que usam o mesmo
mecanismo de aplicação para ambas as injeções.
· A segurança, eficácia
e ausência de efeitos adversos de longo prazo das vacinas de adenovírus foram
comprovadas em mais de 250 estudos clínicos ao longo de duas décadas.
· A “Sputnik V” não
causa alergias graves.
· A temperatura de
armazenamento da “Sputnik V” de + 2 a + 8 graus Celsius permite que seja
armazenada em um refrigerador convencional sem a necessidade de investir em
infraestrutura adicional de cadeia de frio.
· A “Sputnik V” custa
menos de US$ 10 por injeção, o que o torna disponível em todo o mundo.
***
O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) foi fundado em
2011 para investir no capital de empresas principalmente na Rússia, juntamente
com os principais investidores financeiros e estratégicos estrangeiros. O fundo
atua como um catalisador para o investimento direto na economia russa. No
momento, o RDIF tem um histórico de sucesso na implementação conjunta de mais
de 80 projetos com parceiros estrangeiros com um volume total de mais de 1,9
trilhão de rublos, cobrindo 95% das regiões russas. As empresas do portfólio do
RDIF empregam mais de 800.000 funcionários e sua receita anual é de 6% do PIB
da Rússia. O RDIF estabeleceu parcerias estratégicas conjuntas com os
principais co-investidores internacionais de 18 países, totalizando mais de US$
40 bilhões. Mais informações podem ser encontradas no site: rdif.ru
É apenas o início, mas depois de muita luta conseguimos aprovação para importar e aplicar a Sputnik V. A quantidade autorizada pela Anvisa está muito abaixo da real necessidade. Agora, é batalhar para fazer chegar logo o que foi aprovado e vacinar nosso povo. Vacina salva vidas.
O povo brasileiro acha que retirar seu presidente do poder é
uma questão de "vida ou morte" e será alcançado com pressão e
protestos.
Um protesto contra as políticas do presidente Jair Bolsonaro
em Belo Horizonte, Brasil, 29 de maio de 2021. (Foto: AFP)
O representante do conselho nacional do partido de esquerda
Unidade Popular (UP) do Brasil, Magno Francisco, ressaltou nesta quarta-feira,
por meio de declarações à agência de notícias russa Sputnik, que
muitos dos organizadores dos
protestos realizados no sábado contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro,
acham que retirar o presidente do poder é "uma questão de vida ou
morte".
Ele também afirmou que a nação brasileira está protestando
contra Bolsonaro porque, sem pressão do povo, seu governo não vai cair. "O
caminho que escolhemos é que não há governo que caia sem pressão popular e sem
as pessoas na rua", disse ele.
Nesse sentido, o político brasileiro ressaltou que o chefe
de Estado da gigante sul-americana comprou o apoio do Congresso Nacional com as
emendas parlamentares, e acrescentou que, portanto, não se pode esperar que o
Poder Legislativo defenda os interesses da nação.
Nesse sentido, ele ressaltou que a pandemia do novo
coronavírus, que causa o COVID-19, não pode ser uma desculpa para adiar tais
manifestações até 2022, quando todos já estão vacinados, e depois chamá-lo de
"um erro gigantesco". Além disso, lamentou que o povo não tenha
garantia de normalidade no processo político no Brasil, porque, segundo ele,
"Bolsonaro tem tiques ditatoriais".
Convocados por federações sindicais, partidos de esquerda e
diversos movimentos sociais, brasileiros se mobilizaram neste sábado em massa
em mais de 200 cidades do país, incluindo Brasília, capital, para exigir a
renúncia de Bolsonaro por sua política "genocida" em face da
pandemia, que deixou quase 462.791 mortos, segundo dados da Organização Mundial
da Saúde (OMS).
Nesse sentido, Francisco declarou que, no Brasil, apenas 7%
da classe trabalhadora pode trabalhar em casa durante a crise de saúde e
"a maioria vai trabalhar amontoados em ônibus e no metrô, expostos ao
coronavírus e morrendo aos milhares", criticou.
Em outra parte de seus comentários, ele se referiu aos
protestos antigoverno na Colômbia e no Chile, dizendo que as lutas dos povos
nesses países são expressões de insatisfação popular com medidas neoliberais, e
depois acrescentou que no Brasil combina "o protofascismo de Bolsonaro com
o neoliberalismo que quer reeditar o Chile de Pinochet".
Bolsonaro vira alvo de panelaço durante pronunciamento sobre
vacinas
Pressionado pelo número de mortes em decorrência da
covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) virou alvo de manifestações
durante pronunciamento que fez em cadeia de rádio e TV, na noite de hoje, para
falar sobre o processo de vacinação no Brasil. Foram registrados panelaços em
cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife
(PE), Maceió (AL), Vitória (ES). Buzinaço, xingamentos e gritos de "Fora,
Bolsonaro" e "Bolsonaro, genocida" também foram ouvidos durante
o discurso do presidente, que durou cerca de cinco minutos.
Ato criticou a atuação do presidente na condução da crise
causada pela pandemia da COVID-19
Manifestantes contra Bolsonaro levaram faixas pedindo a
saída do presidente
Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) se reuniram neste sábado (23/01), em Belo Horizonte, para pedir o o impeachment do
presidente. Eles se concentraram no entorno do Mineirão, na Região da
Pampulha, de onde saíram em carreata, a partir das 16h30, rumo ao
Centro da capital.
Centenas de carros ocuparam a Avenida Afonso Pena, no Centro
de BH
No chão da Avenida Abraão Caram, uma longa faixa foi
estendida com o seguinte dizer: "Fora, Bolsonaro/Mourão".
Manifestantes contrários ao presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) se reuniram na tarde deste sábado (23/01) em Belo Horizonte. Os
manifestantes pedem o impeachment do presidente
Segundo os organizadores, a carreata teve início
com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto,
chegando a reunir quase 1 mil carros.
Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a
insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro"
e chamaram o presidente de "genocida".
Segundo os organizadores, a carreata teve início
com cerca de 500 veículos, mas ganhou adesões ao longo do trajeto,
chegando a reunir quase 1 mil carros.
Manifestantes usaram cartazes, balões, faixas e apitos para expressar a
insatisfação com o governo federal. Muitos gritaram "Fora, Bolsonaro"
e chamaram o presidente de "genocida".
Carreata 'Fora Bolsonaro' passa pela Praça Sete, no Centro de BH, na tarde deste sábado (23/01) pic.twitter.com/fPGRDzmOXQ
Ao passar pelos hospitais, foi feita a recomendação de que o
ritmo fosse acelerado e que não houvesse barulho.
Na chegada ao Centro de BH, a carreata passou por um grupo que também manifestava contra Bolsonaro. Sem carros, eles fecharam o quarteirão da Avenida Afonso Pena entre a Praça Sete e a Rua da Bahia e receberam apoio em forma de buzinaço. pic.twitter.com/aNiR3VeCxr
No início da noite, a carreata ocupou a Avenida do Contorno,
com mais gritos de "Fora, genocida". Centenas de veículos seguiam o
protesto com buzinaço.
A carreata chegou ao fim na Avenida dos Andradas, por volta
das 19h40, quando os coletivos que integraram o evento agradeceram a
participação das centenas de veículos.
Desabafos pintados nos carros
A petição dos protestantes, em grande maioria, foi motivada
pelo negacionismo em que o presidente encara a pandemia do novo coronavírus.
Durante a concentração, a advogada Fabíola Raggi, de 53 anos, tentava fazer de
seu carro uma caderneta de desabafo. "O espaço é pequeno pra falar tudo
que eu quero", disse, enquanto pintava o veículo com dizeres contrários ao
presidente.
"Ninguém aguenta mais esse desgoverno. Olha o preço do
alimentos... Ninguem merece! Nada que ele fez presta. Fora as mortes do
coronavírus que nem se fala. Acho que esse protesto dá força para os
congressistas ouvirem o povo que já está farto", justifica Fabíola.
Erguendo uma bandeira branca intitulada com o nome do protesto, a professora
universitária Janice Aparecida de Souza, de 53, saiu de casa determinada a
fazer história: "Espero que o Brasil seja mais amoroso e inclusivo. Estou
aqui hoje na expectativa de que a carreata nos leve a conseguir o impeachment
do Bolsonaro".
Já a estudante Tayane Cristine Chaves de Oliveira, de 31, chamou o presidente
de "genocida" e o responsabilizou pela crise sanitária, financeira e
política do país.
"Vim lutar pelos direitos dos brasileiros. Por uma qualidade de vida
melhor, pela democracia. Para vacina para todos. Lutar pelo auxílio
emergencial. O povo não pode ficar sem renda básica pra sobreviver. O governo
Bolsonaro é genocida. No momento que o povo mais precisa ele não prestou ao
cidadão brasileiro. Estamos carentes, sem governo", reclama Tayane.
Câmara já tem mais de 60 pedidos de impeachment
Bolsonaro é o líder do executivo que mais recebeu pedidos de impeachment na
história do Brasil. Até agora foram mais de 60 pedidos apresentados ao
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A lei que dá base para a maioria dos pedidos apresentados é a 1.079, de 1950,
que discrimina os crimes de responsabilidade.
Segundo a norma, se enquadram neste tipo de crime os atos do Presidente da
República que atentarem contra a Constituição Federal e
especialmente contra a existência da União, o livre exercício dos poderes, a
segurança interna do país, o direito político dos indivíduos, a probidade
administrativa, a lei orçamentária e o cumprimento das decisões
judiciais.
Governo do Estado de Pernambuco não autorizou a ação policial e abriu apuração sobre o caso
O Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco
reprimiu com bombas e spray de pimenta o ato das Frentes Brasil Popular e Povo
Sem Medo, na manhã deste sábado(29), no Recife (PE).
Os policiais dispararam balas de borracha contra os manifestantes nas
proximidades da ponte Duarte Coelho, na área central da cidade, no momento em
que a mobilização se encaminhava para o final.
O ato seguia de forma pacífica, cumprindo as recomendações de segurança com uso
de máscaras e distanciamento, pela Avenida Conde da Boa Vista, principal
corredor do Centro da capital pernambucana, quando foi interrompido pelos
policiais, no trecho entre a Rua da Aurora e Avenida Conde da Boa Vista.
“Isso é um absurdo. Nós estamos aqui protestando contra o
Governo Bolsonaro, cobrando vacina e auxílio emergencial e somos recebidos
dessa forma pela Polícia Militar. Não podemos admitir isso”, disse a vereadora
Dani Portela (Psol), que estava presente no ato.
Parlamentares, líderes sindicais e dos movimentos populares
presentes no ato tentaram dialogar com o comando da equipe do Batalhão de
Choque e com o Governador do Estado, Paulo Câmara, por telefone, mas não foram
recebidos e atendidos para iniciar uma negociação.
Agressão contra parlamentar
Um vídeo que circula na internet mostra a vereadora
Liana Cirne (PT) sendo atingida por um spray após se aproximar de uma viatura
da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).
No momento da repressão, o dirigente estadual do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Pernambuco, Paulo Mansan, fez
críticas ao Governo do Estado de Pernambuco.
"É inadmissível o que o governo [de Pernambuco] fez. Usar da força
desproporcional contra um ato pacifico, que estava respeitando todas as normas.
Não podemos aceitar ser recebidos dessa forma pela polícia", Paulo Mansan,
da Coordenação do MST.
A vereadora Dani Portela seguiu a mesma linha. Ela destacou que
a mobilização popular cumpria o distanciamento social e cobrava
vacinação a segurança alimentar.
O governador Paulo Câmara (PSB) publicou vídeo no Instagram
às 15h55 afirmando ter determinado a apuração de responsabilidades
por parte da Polícia Militar de Pernambuco diante do caso. Anteriormente, a
vice-governadora, Luciana Santos (PCdoB) tinha informado que Paulo Câmara não
autorizou a repressão.
"A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social já instaurou procedimento
para investigar os fatos. O oficial comandante da operação, além dos envolvidos
na agressão à vereadora Liana Cirne, permanecerão afastados de suas funções
enquanto durar a investigação", informou.
Na véspera da mobilização, a 34ª Promotora de Justiça de
Defesa da Cidadania da Capital, com atribuição na Promoção e Defesa da Saúde do
Ministério Público de Pernambuco (MPPE), expediu uma recomendação orientando a
não realização de eventos presenciais que possam promover aglomerações.
O documento do MPPE se baseou nas novas medidas de restrições adotadas pelo
Governo do Estado por causa do aumento de casos de Coronavírus em
Pernambuco.
Polícia Militar de Pernambuco
Entramos em contato com a Polícia Militar de Pernambuco e
aguardamos uma resposta sobre os fatos citados.
O Batalhão de Choque da Polícia Militar de Pernambuco usou
balas de borracha e gás lacrimogênio para dispersar a manifestação contra o
presidente Jair Bolsonaro, em Recife (PE), neste sábado (29.mai.2021).
A Rússia assinou um acordo para fornecer ao fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF doses suficientes de sua vacina Sputnik V COVID-19 para 110 milhões de pessoas, disse o Fundo russo de Investimento Direto (RDIF), que comercializa a vacina no exterior, disse nesta quinta-feira.
Tubos de ensaio são vistos em frente a um logotipo Sputnik V exibido nesta ilustração tirada, 21 de maio de 2021. REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração
A aquisição e entrega da vacina está sujeita ao Sputnik V
receber uma listagem de uso emergencial da Organização Mundial da Saúde, uma
decisão que o RDIF disse ser esperada em breve.
A Rússia, que aprovou quatro vacinas para uso doméstico,
assinou acordos de exportação para milhões de doses de Sputnik V, mas a tomada
tem sido relativamente lenta em casa, com algumas regiões reclamando que o
processo de vacinação não está indo rápido o suficiente.
O ministro da saúde da Rússia disse na quinta-feira que a Rússia
havia administrado pelo menos uma dose de uma vacina COVID-19 para quase 17
milhões de pessoas, de uma população de cerca de 145 milhões. leia
mais
O RDIF disse que realizaria uma discussão separada com a
aliança de vacinas GAVI para ver o Sputnik V considerado para inclusão na
instalação internacional de compartilhamento de vacinas COVAX.
BREAKING: @UNICEF becomes the 1st UN agency to order #SputnikV for 110mn people. RDIF will also discuss with @gavi, the Vaccine Alliance, the Sputnik V inclusion in #COVAX vaccine portfolio to ensure equal access to #COVID19 vaccines for all countries 👇https://t.co/8RsrIBmnPP