"Amigos me desculpem, mas o fim do PSDB será abraçar
esse impeachment do Presidente Bolsonaro. Quero adiantar eu jamais votarei uma
aberração dessa natureza. Sou 100 % Bolsonaro!", disse um parlamentar em
um grupo de mensagens
Deputado federal Aécio Neves (Foto: Pablo Valadares/Câmara
dos Deputados)
247 - Articulador do golpe contra a presidenta
Dilma, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) não gostou do anúncio de uma reunião da
executiva do PSDB para debater o impeachment de Jair Bolsonaro.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, além de Aécio Neves, os deputados
Geovania de Sá e Paulo Abi-Ackel reagiram à iniciativa demonstrando
contrariedade com a decisão do presidente da legenda, Bruno Araújo, de marcar a
reunião nesta quarta-feira (8).
Sem citar os nome, Lauro Jardim cita conversa de grupo de
mensagem da bancada em que os parlamentares tucanos consideraram
"inoportuno" tornar o assunto público.
"Me pareceu precipitado falar OFICIALMENTE em impeachment no calor de manifestações que estão ocorrendo em ambiente de paz . De qualquer forma vamos manter a serenidade e amanhã em ambiente democrático como é nosso jeito de ser e de fazer política, vamos nos posicionar", escreveu um deles.
Aécio Neves teria encaminhado para o grupo a pergunta de um repórter sobre a sua posição na tentativa de mostrar que já estava sendo cobrado a se manifestar sobre o tema.
"É nossa obrigação que defendemos a democracia,
discutirmos mais sobre isso, nosso posicionamento diante das graves ameaças
democráticas! Temos grande responsabilidade com nosso país! Não podemos
subestimar o que está acontecendo, sob risco de omissão!", rebateu outro
parlamentar.
Mas houve quem tenha escancarado sua adesão ao governo.
"Amigos me desculpem, mas o fim do PSDB será abraçar esse impeachment do
Presidente Bolsonaro. Quero adiantar eu jamais votarei uma aberração dessa
natureza. Sou 100 % Bolsonaro!".
O líder do partido na Câmara, Rodrigo de Castro, convocou
uma reunião da bancada para essa quarta-feira.
Marcando cinco anos do golpe que culminou na saída de Dilma
Rousseff da Presidência do Brasil, o fundador de Opera Mundi, Breno Altman,
conversa com a ex-presidente nesta terça-feira (31/08), às 11h, com o tema: Por
que o golpe de 2016 foi vitorioso?
O objetivo é firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos
O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos
anos, mesmo sendo opositores políticos (foto: Twitter/Reprodução )
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou,
em agendas diferentes, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Cid Gomes
(PDT-CE) e o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em Fortaleza,
nesta segunda-feira (23/8).
Me reuni na tarde desta segunda-feira, 23, para receber o ex-presidente @LulaOficial, em minha casa. Fui ministro dele e o tenho como grande estadista. Conversamos sobre vários assuntos, especialmente sobre a atual conjuntura política e econômica do Ceará e do Brasil. pic.twitter.com/V2YXLiszXI
As reuniões ocorreram com o objetivo de firmar um movimento
do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos
anos, focando na sua possível candidatura presidencial em 2022 e em oposição a
Jair Bolsonaro.
Lula foi ao Ceará na companhia da presidente nacional do PT,
deputada Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-deputado estadual Ilário Marques (PT-CE).
O encontro com Tasso durou aproximadamente uma hora e ocorreu no escritório
particular do tucano.
De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, a
conversa focou no cenário atual da política brasileira, na importância da
defesa intransigente da democracia, no fortalecimento das instituições e no
compromisso de resistência a qualquer ato ou medida que ponha em risco a
democracia no Brasil. Jereissati informou ainda que não formou nenhuma aliança
eleitoral.
O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos
anos, mesmo sendo opositores políticos. Durante a prisão de Lula, o senador
enviou uma carta de solidariedade após a morte do neto do petista, em março de
2019.
Após o encontro, Lula se reuniu com o senador Cid Gomes
(PDT), irmão do ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que vem
atacando o petista nos últimos meses. Além disso, ele encontrou com o
governador Camilo Santana (PT) e teve uma agenda com o ex-presidente do Senado,
Eunício Oliveira (MDB).
Lula tem se encontrado com políticos do centro e deu sinais
de que está planejando formar aliança com outros partidos além da esquerda,
para se opor a Jair Bolsonaro na próxima eleição. De acordo com aliados do
ex-presidente, o partido mais próximo é o PL, legenda "número 2" no
bloco formado pelo Centrão e que hoje declara apoio a Bolsonaro.
No Ceará, PSDB e PT podem continuar sendo opostos, e os
tucanos caminham para firmar aliança com o PDT, enquanto a legenda petista fala
em candidatura própria.
A convite do ex-ministro Nelson Jobim, o ex-presidente Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniram para um almoço com muita democracia no cardápio. pic.twitter.com/6f0mwcc3wI
Elementos pagos pelo PSDB para sabotar o ato provocaram os
manifestantes e foram escorraçados
Manifestante rasga bandeira do PSDB – Foto: DCO
Os infiltrados do PSDB no ato na Avenida Paulista, em São
Paulo, tentaram provocar os manifestantes de vermelho e foram escorraçados.
Quando a passeata começou a andar, no sentido da Rua da
Consolação, os manifestantes trabalhadores, estudantes e militantes se
depararam com os agentes fascistas do PSDB, que entraram na manifestação para
sabotá-la.
No entanto, os bate-paus do PSDB, achando que poderiam se
dar bem, iniciaram uma briga com os manifestantes. Se deram mal. Foram
escorraçados sem piedade pelos manifestantes, que não aceitam os elementos
fascistas de João Doria e da PM nos atos da esquerda.
Como noticiado
mais cedo em primeiro mão pelo DCO, elementos pagos pelo PSDB haviam se
concentrado próximo do cruzamento da Avenida Paulista com a Consolação, junto
com outros mercenários do Cidadania, PSB e PV.
No final desta semana, o diretório municipal do partido de
FHC e Aécio Neves havia anunciado que participaria do ato na Avenida Paulista,
levando “2 mil pessoas” de verde e amarelo. Mas levou apenas meia dúzia de
fascistas, que apanharam dos trabalhadores. E apanharão muito mais caso voltem
a provocar e a atacar os trabalhadores nos atos dos trabalhadores.
Aos 90 anos, o ex-presidente da República Fernando Henrique
Cardoso afirma que, se fosse o Lula, não entraria em uma terceira
candidatura" em 2022.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) afirma
que falta comando e sensibilidade em Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão da
pandemia do novo coronavírus.
"Já fui presidente e sou cuidadoso para não jogar
a culpa no presidente. O caso do coronavírus, obviamente, é um vírus. Algumas
pessoas pegariam de todo jeito. Mas a falta de cuidado parece ser grande. Ele
fala e depois pensa. E isso é ruim porque a palavra do presidente tem um valor
simbólico muito grande", disse FHC durante entrevista à emissora Band.
O ex-presidente caracteriza o atraso da vacinação contra a COVID-19 no Brasil como
"trapalhada". "Vão acusá-lo de várias responsabilidades, e
algumas ele tem. Mas não adianta tapar o sol com a peneira, tem que enfrentar.
Sei que é difícil e, por isso, não jogo mais uma pá de cal em cima",
complementa.
Lula faz discurso no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo
do Campo (SP).
Eleições 2022
Questionado sobre o pleito de 2022, Fernando Henrique
Cardoso manifesta preocupação com o enfraquecimento do centro político. "É
preciso um centro que olhe para o povo".
"Da última vez, eu votei em branco. Espero que
apareça um candidato que expresse um sentimento mais democrático e mais
construtivo. Mas, se não houver isso, no Bolsonaro eu não voto", garante o
ex-presidente.
"Lula é a repetição de uma fórmula que nós já
conhecemos: o Estado mais forte com muito apoio à iniciativa privada. Pode ser
um caminho de crescimento, mas não é disso que o país precisa. Se eu fosse o
Lula, não entraria em uma terceira candidatura", conclui.
Os procuradores das forças-tarefa da autodenominada
"operação lava jato" criaram um grupo de mensagens no Telegram para
articular medidas contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
Isso porque o magistrado vinha tomando medidas que contrariavam os interesses
da operação, como a revogação de prisões preventivas. O resultado dos esforços
foi um artigo criticando liminares do magistrado.
Procuradores se frustravam com Gilmar por decisões
contrárias aos interesses deles
As mensagens constam de petição apresentada pela defesa do
petista, nesta segunda-feira (8/3), ao Supremo Tribunal Federal. O diálogo faz
parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso de investigação
contra hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.
"Prezados, criei este grupo para adotarmos medidas
contra o Gilmar Mendes", disse o procurador Diogo Castor de Mattos em 30
de outubro de 2018. "Tô dentro!!! faço o que for preciso", respondeu
Thaméa Danelon, procuradora do Ministério Público Federal em São Paulo.
Em seguida, Castor perguntou quantos investigados pela
franquia paulista haviam sido soltos. Ele explicou que era preciso saber o
número dos libertados em todos estados em que a "lava
jato" atuava e apontou que, no Paraná, 26 acusados tinham tido a sua
prisão revogada em duas semanas.
"De cabeça", Thámea informou que Laurence
Casagrande, Pedro da Silva e Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto,
tinham sido soltos — este por duas vezes. Com as informações, Castor
informou que iria "escrever um artigo forte". Em seguida, enviou
minuta do texto ao grupo.
José Augusto Vagos, da força-tarefa da "lava
jato" no Rio de Janeiro, gostou do artigo. "Muito bom, Diogo, a
semelhança com a Itália é impressionante... certamente o GM [Gilmar Mendes] vai
espumar..." Mas ele ressaltou que, diferentemente do que apontou
Castor, algumas das liminares em Habeas Corpus concedidas por Gilmar foram
submetidas — e confirmadas — pela 2ª Turma do STF.
Em 5 de novembro, Diogo Castor perguntou: "Alguém
conseguiu os numeros e nomes de presos soltos por gilmar em SP e RJ e quais
desses casos houve julgamento do agravo?" Thámea respondeu que
conseguiu e iria pedir para um assessor lhe enviar os dados de São Paulo.
Quanto aos do Rio, a procuradora Mônica Campos de Ré enviou levantamento do
site Jota que informou que Gilmar Mendes já havia libertado 37 investigados da
"lava jato" no estado.
Castor então disse que iria mandar publicar o artigo no
jornal O Globo e afirmou que "seria legal que colegas do
RJ e SP tb assinassem". "Quem se voluntaria?", questionou.
Thámea Danelon e José Augusto Vagos se prontificaram.
O artigo acabou sendo publicado em 14 de dezembro de 2018 no jornal O
Estado de S. Paulo. No texto, Castor, Thámea e Vagos retomaram a comparação
entre o cenário de corrupção da Itália nos anos 1980 e 1990 e o do Brasil
atual. Os procuradores citaram que, em 1991, um juiz da Suprema Corte italiana,
Corrado Carnevale, que era conhecido por "anular processos contra mafiosos
por vícios formais", começou a libertar diversos chefes de máfias que
estavam presos preventivamente, sob a alegação de demora no julgamento de
recursos. Posteriormente, foi revelado que o magistrado tinha ligações com
mafiosos.
Conforme os integrantes do MPF, até novembro de 2018, a
"lava jato" no Paraná havia gerado 226 condenações por corrupção
e lavagem de dinheiro, "levando à prisão altas autoridades da República,
incluindo um ex-presidente [Lula] que somente foi detido após um difícil
julgamento na Suprema Corte brasileira". "Parecia uma grande vitória,
mas foi o início de mais uma guerra contra o sistema de compadrio que se
instalou no país", ressalvaram, passando a atacar Gilmar Mendes.
"Nos meses seguintes à prisão de Lula, o ministro
Gilmar Mendes do STF começou a soltar quase todos os presos provisórios da
operação 'lava jato' do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Curitiba. Em
casos de São Paulo e Curitiba os pleitos de liberdade foram endereçados
diretamente ao magistrado, sem sorteio, com as defesas alegando esdrúxulas
prevenções com outros casos totalmente diferentes. Desta forma, em pouco tempo
e com decisões genéricas foram soltos pelo menos 60 presos por corrupção e
lavagem de dinheiro nesses Estados."
Os procuradores concluíram o texto destacando que Gilmar
deveria levar a julgamento os recursos de suas decisões de soltura, "que
claramente violam regras básicas de distribuição de processos e afrontam
princípios do devido processo legal como do juiz natural". "Como
diria Luther King, 'o que nos preocupa não é o grito dos maus e sim o silêncio
dos bons'", encerraram Castor, Thámea e Vagos.
Inimigo da "lava jato"
As mensagens de Telegram mostram, em diversos momentos, o descontentamento dos procuradores
da "lava jato" com Gilmar e as tentativas deles de investigar o
ministro e até pedir o impeachment dele.
Procuradores do MPF no Paraná buscaram atacar os ministros Gilmar Mendes e Dias
Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e enfraquecer Ribeiro Dantas, do Superior
Tribunal de Justiça, para retirá-lo da relatoria da "lava
jato". "Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar. Mas é difícil fazer
algo", afirmou Deltan Dallagnol, então coordenador da força-tarefa da
"lava jato" no Paraná, em 13 de julho de 2016. O ministro Alexandre
de Moraes também era alvo do MPF.
"Acho que podemos alimentar os movimentos para
direcionarem atenção para Alexandre de Moraes. Se pegar sem a nossa cara,
melhor, pq fico penando [pensando] em possível efeito contrário em nós
querermos colcoar [colocar] o STF contra a parede. Até postei hj sobre o
Alexandre de Moraes, e se quiser postar o que quiser manda ver, mas acho que a
estratégia de usarmos os movimentos será melhor, se funcionar", prossegue
o procurador.
Em maio de 2017, Deltan afirmou que cogitou pedir o impeachment de
Gilmar caso a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal soltasse o ex-ministro
Antonio Palocci. Porém, ele desistiu da ideia após saber que o advogado
Modesto Carvalhosa iria pedir a destituição do magistrado. Thaméa Danelon colaborou com o advogado na redação do pedido de impeachment de
Gilmar Mendes.
Um ano depois, Dallagnol, irritado por causa de um
Habeas Corpus concedido por Gilmar Mendes a Paulo Preto, passou a arquitetar uma investida contra o
ministro. "Precisamos reagir ao GM [Gilmar Mendes]. Vou articular com
SP e RJ algo. Caros precisamos fazer algo em relação a GM", disse
Dallagnol, se referindo às ramificações da "lava jato" no Rio de
Janeiro e em São Paulo.
O chefe da força-tarefa da "lava jato" no Paraná,
Deltan Dallagnol, articulou em 2018 um manifesto pela suspeição do
ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, nos casos envolvendo a
"lava jato". Eduardo El Hage, líder da operação no Rio, também
participou da conversa.
"Caros precisamos fazer algo em relação a GM [Gilmar
Mendes]. Acho que um bom começo seria alguém fazer um estudo das decisões deles
que mantiveram prisões antes da Lava Jato e DIRANTE [durante] a LJ em outros
casos e mostramos INCOERÊNCIA. Assinamos todos os procuradores da LJ
[...] Das três FTS [forças-tarefa]", disse Dallagnol, em referências
às franquias de Curitiba, Rio e SP.
"Alguém depois joga online, uma entidade, e faz abaixo
assinado pela suspeição dele noss casos da LJ", prossegue o chefe da
"lava jato" em Curitiba.
El Hage responde: "Eu acho ótimo! Já tinha pensado
nisso também. O problema é a falta de tempo para a pesquisa. Estamos mega
atolados aqui no Rio".
Investigação contra Gilmar
Em agosto de 2019, o El País, em parceria com o The
Intercept Brasil, revelou outro episódio envolvendo investidas contra
Gilmar. A reportagem divulgou conversas em que os integrantes do MPF no
Paraná planejaram usar a investigação contra Paulo Preto para tentar emparedar
o ministro do Supremo.
Dallagnol sugeriu pedir que autoridades da Suíça procurassem
menções específicas ao nome do ministro para saber se havia relação entre ele e
Paulo Preto.
As conversas também revelam que a "lava
jato" em Curitiba cogitou pedir o impeachment de Gilmar ao Senado.
Desistiram quando a procuradora Laura Tessler disse ter ficado sabendo que o
advogado Modesto Carvalhosa protocolaria uma solicitação dessa natureza.
"Nós não podemos dar a entender que investigamos GM.
Caso se confirme essa unha e carne, será um escândalo", disse Dallagnol ao
grupo. Logo em seguida, ele sugeriu que fossem apuradas ligações de Paulo Preto
para telefones do Supremo. "Mas não é novidade que Gilmar veio do psdb e
de dentro do governo fhc!!! Cuidado com isso", acrescentou o procurador
Paulo Galvão.
Procuradores da República que oficiam em primeiro grau não
podem investigar ministros do Supremo. Roberson Pozzobon tentou ser a voz
da razão, mas também sugeriu ignorar a competência do MPF. "Acho que
temos que confirmar minimamente isso antes de passar pra alguém investigar mais
a fundo, Delta".
Articulação com partido
Outra reportagem, dessa vez publicada pelo UOL, também em
parceria com o Intercept, revelou que Dallagnol articulou com o
partido Rede Sustentabilidade para que uma ação fosse ajuizada contra
Gilmar.
De acordo com as conversas, a "lava jato" queria
manter o ministro do STF longe de julgamentos envolvendo a
"operação". A iniciativa começou depois que Gilmar determinou a soltura de Beto Richa (PSDB),
ex-governador do Paraná.
"Resumo reunião de hoje: Gilmar provavelmente vai
expandir decisões da Integração pra Piloto. Melhor solução alcançada: ADPF da
Rede para preservar juiz natural", disse Dallagnol em grupo de
procuradores no Telegram no dia 9 de outubro de 2018.
Duas horas depois, ele voltou para contar que o senador
Randolfe Rodrigues (Rede) "super topou" propor uma arguição de
descumprimento de preceito fundamental. No dia seguinte, 10 de outubro, o
procurador Diogo Castor falou que enviou uma sugestão de ADPF para assessor de
Randolfe.
Já no dia 11, a Rede protocolou a ADPF que pedia que Gilmar Mendes
fosse impedido de "liberar indiscriminadamente" presos na
operação. No pedido, os advogados afirmaram que o ministro concedeu
"extravagantes liminares" e Habeas Corpus de ofício a pelo menos 26
investigados em crimes de corrupção.
Gilmar Mendes vota no STF pela suspeição de Sergio Moro - 9 de mar. de 2021
Julgamento da suspeição de Moro: o ministro Gilmar Mendes,
da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9)
a favor da suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro na condução dos processos
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. "Não podemos
aceitar que o combate à corrupção se dê sem limites", disse ele, que ainda
defendeu que Moro "seja condenado ao pagamento das custas processuais da
ação penal"
Deputado Rogério Correia afirmou que o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, articulador do golpe de 2016, precisa mais do que se
arrepender de sua omissão que ajudou na eleição de Jair Bolsonaro
"Ajoelha no milho, chora, pede perdão e trabalhe para
não ir para a lata de lixo da história!", escreveu Correia pelo
Twitter.
Em entrevista à revista Época, Fernando Henrique admitiu
sentir um “certo mal-estar” por ter anulado o seu voto e não ter votado em
Fernando Haddad na eleição presidencial de 2018.
“Pergunta se eu me arrependo? Olhando para o que aconteceu
com o Bolsonaro, me dá um certo mal-estar não ter votado em alguém contra ele”,
disse FHC.
Confira o tweet de Rogério Correia:
AJOELHA NO MILHO, CHORA , PEDE PEDÃO E TRABALHE PARA NÃO IR PRA LATA DE LIXO DA HISTÓRIA!
FHC diz sentir 'certo mal-estar' por não ter votado em Haddad contra Bolsonaro em 2018 https://t.co/I0V09sAUfd
Com a repercussão da ação simbólica do padre Júlio
Lancellotti, gestão Bruno Covas enviou nesta terça retroescavadeiras e uma
equipe para destruir obra sob viaduto da zona leste de São Paulo
Padre Júlio Lancellotti convocou a população à protestar
neste sábado (6), às 15h, deixando flores para uma "cidade mais
humana"
São Paulo – A calçada embaixo do viaduto Dom Luciano Mendes
de Almeida, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, amanheceu nesta quarta-feira
(3) sem as pedras instaladas pela prefeitura de São Paulo para impedir que
a população de rua se abrigasse no local. A estrutura,
que impedia qualquer pessoa de deitar ali, foi entregue pela gestão Bruno Covas
(PSDB) dias antes, sob os dois lados das pistas do viaduto. Mas só foi de fato
retirada após uma ampla repercussão negativa diante das pedras que ficaram
conhecidas como “anti-moradores de rua”.
O padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de
Rua, que já havia denunciado a obra como uma “arquitetura higienista”, foi até
o local nesta terça-feira. E, num ato simbólico, marretou as pedras colocadas
ali para evitar os moradores de rua.
À Folha de S. Paulo, o pároco questionou a dimensão do
custo da obra aos cofres públicos, citando o crime de “improbidade
administrativa”. “Fazer um buraco e aí depois tapar o que fez. Qual foi o custo
para mobilizar essas pedras, esse concreto? E agora todo o custo que está sendo
para mobilizar pessoas e recursos para desfazer isso?”, observou.
A gestão Covas não divulgou um balanço sobre os gastos. Mas
garantiu que uma sindicância foi aberta para investigar como foi feita a ordem
para esse serviço. O município alega que o ato foi feito de forma isolada por
um funcionário da Secretaria de Subprefeituras. E que esse tipo de medida não
faz parte da zeladoria da atual gestão.
Políticas de danos
No entanto, o prefeito Covas já era criticado por obra
semelhante realizada em Guaianazes, extremo leste da capital. Em entrevista à
repórter Larissa Bohrer, da Rádio Brasil Atual, o coordenador
nacional do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), Anderson Lopes
Miranda, acusou a administração municipal de querer “expulsar os sem-teto”, promovendo “ações de
higienização”. “Botar pedra é higienizar a cidade”, destacou.
A advogada e pesquisadora Kelseny Medeiros Pinho, da Clínica
de Direitos Humanos Luiz Gama, da Universidade de São Paulo (USP), ressaltou
também à reportagem que é preciso abrir um procedimento administrativo para
avaliar a responsabilidade pela construção da obra. De acordo com ela, cabe ao
Ministério Público de São Paulo pedir esclarecimentos. Assim como a Defensoria
Pública pode reivindicar uma indenização coletiva à população em situação de
rua.
“A gente não tem exatamente os indivíduos que foram afetados
ali. Mas a Defensoria pode propor uma ação contra a prefeitura para que esse
dinheiro seja revertido para políticas públicas a essa população. Porque esse é
o caso efetivo de uma política que causou danos”.
Protesto
Pelo Twitter, o padre Júlio Lancellotti convocou
a população à protestar neste sábado (6), às 15h. A ideia, segundo ele, é que,
evitando aglomeração, as pessoas depositem flores no local para mostrar a luta
por uma “cidade mais humana”.
Em meio à guerra interna no DEM e da perda de apoios da
candidatura do deputado Baleia Rossi na eleição para a Presidência da Câmara
que se realiza nesta segunda-feira, Rodrigo Maia ameaça aceitar um dos pedidos
de impeachment de Jair Bolsonaro
Rodrigo Maia (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)
247 - A decisão do DEM de abandonar a
candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e a ameaça do PSDB e do
Solidariedade de fazerem o mesmo, levaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), a ameaçar aceitar um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. A
eleição que vai escolher a nova cúpula da Câmara e do Senado está marcada para
esta segunda-feira (1º/2).
Maia ficou profundamente irritado ao ficar sabendo por meio
do presidente do DEM, ACM Neto, na noite deste domingo (31), de que a maioria
dos deputados do partido apoiaria a candidatura de Arthur Lira
(Progressistas-AL) para o comando da Câmara, e não Baleia. O presidente da
Câmara, cujo mandato termina nesta segunda-feira, ameaçou deixar o DEM e abrir
o processo de impeachment contra Jair Bolsonaro. A reunião ocorreu na sua
casa, onde também estavam presidentes líderes e dirigentes de partidos de
oposição, como o PT e o PCdoB.
Maia não deixou dúvidas. Ele afirmou que, se o DEM lhe
impusesse uma derrota, poderia, sim, sair do partido e autorizar um dos 59
pedidos de afastamento de Bolsonaro, que ele engavetou. Integrantes da oposição
que estavam na reunião apoiaram o presidente da Câmara e chegaram a dizer que
ele deveria aceitar até mais de um pedido contra Bolsonaro, informa O Estado de S.Paulo.
Hoje é o dia de @RodrigoMaia se tornar herói nacional ou confirmar as piores expectativas que há sobre ele quanto ao seu papel de sustentador de tiranos fascistas no poder. A escolha cabe apenas a ele. Ah! E com Lira, o que bate em mulher, vai ser pior mil vezes!
Ex-Presidenta diz que é inaceitável furar a fila da
vacinação e que aguardará pacientemente a sua vez
Recebi o convite do governador de São Paulo para ser
vacinada com a Coronavac no dia 25 de janeiro, em Porto Alegre. Agradeço, mas
diante das circunstâncias tenho o dever de recusar a oferta, por razões éticas
e de justiça. O Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado e, se é certo
que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu,
agora, seja beneficiada. É inaceitável “furar a fila”, que deve ser
estritamente respeitada por todos os brasileiros. Neste momento, considero imprescíndivel
que sejam atendidos, de acordo com o Plano, primeiramente os trabalhadores da
área da saúde que estão na linha de frente da luta contra a Covid19, além dos
idosos que vivem em asilos e o grupo de idosos brasileiros mais expostos ao
risco de adoecer gravemente ou morrer. Aguardarei pacientemente a minha vez e
quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a Coronavac.
Faço questão de prestar tributo à contribuição do SUS, do
Butantan e da Fiocruz, que são tão importantes e estratégicos para a saúde
pública no Brasil e para o desenvolvimento das vacinas. Denuncio todos aqueles
que, ao longo dos últimos anos, tentaram destruí-los, seja por restrição de
recursos orçamentários, seja por visão preconceituosa, como ficou claro na saída
dos médicos cubanos, seja por defender propostas privatistas.
Enalteço o trabalho dedicado dos epidemiologistas, biólogos,
infectologistas, pesquisadores e servidores do sistema SUS, em especial da
Fiocruz e do Butantan, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. Estendo
estas homenagens e agradecimentos a todos os que se dedicam a combater esta
pandemia que, por desleixo e desuminadade do governo federal, já roubou a vida
de mais de 210 mil pessoas e está matando brasileiros até mesmo por falta de oxigênio.
Por fim, reconheço e saúdo a solidariedade e a atitude humanitária do governo
chinês, que proporcionou a parceria entre o Estado São Paulo/Butantan e o
laboratório Sinovac para a importação e a fabricação das vacinas em nosso país.
É uma vitória da cooperação entre os povos e da ciência e uma derrota do
negacionismo.
Medida foi aprovada por João Doria e Bruno Covas (ambos do PSDB); gratuidade no transporte público só é válida para quem tem mais de 65 anos Jornal GGN – As gestões de Bruno Covas e João Doria (ambos do PSDB) decidiram, sem alarde, retirar o direito dos idosos com mais de 60 anos de utilizar ônibus, trens e metrô na capital, e os ônibus intermunicipais da Grande São Paulo, de forma gratuita. A mudança deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Covas obteve a aprovação da Câmara Municipal para retirar benefício na terça-feira (22), e o texto foi sancionado nesta quarta-feira. Por parte do Estado, Doria editou um decreto que suspendeu a regulamentação da lei estadual que estabelecia o benefício, e o mesmo foi publicado no Diário Oficial da União.
“A mudança na gratuidade acompanha a revisão gradual das políticas voltadas a esta população, a exemplo da ampliação da aposentadoria compulsória no serviço público, que passou de 70 para 75 anos, a instituição no Estatuto do Idoso de uma categoria especial de idosos, acima de 80 anos, e a recente Reforma Previdenciária, que além de ampliar o tempo de contribuição fixou idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e 62 anos para mulheres”, diz o texto divulgado em conjunto pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.
Os idosos acima de 65 anos não pagam passagem por causa do Estatuto do Idoso, uma lei federal. Em São Paulo, o limite foi reduzido para 60 anos em 2013, durante as gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
Bruno Covas em coletiva em que afirmou que havia
estabilidade no número de casos e mortes e que não ia retroceder na flexibilização
Testes não foram contabilizados na análise da evolução da pandemia, enquanto Covas dizia que a situação era de estabilidade. Falta de registros coincide com o desmonte da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, em agosto
São Paulo – O governo do prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), deixou de registrar resultados (positivos ou negativos) de exatos
109.872 testes de covid-19 na capital paulista, entre os meses de setembro e
outubro. Nesse período – que antecedeu a eleição municipal –, Covas negou
várias vezes que a pandemia estivesse se agravando na cidade. Entre março e
agosto, no máximo 3% dos testes realizados ficaram sem registro de resultado.
Mas em setembro, esse índice subiu para 31% e chegou a 58% em outubro. Com
isso, milhares de prováveis casos positivos deixaram de ser considerados nos
indicadores da pandemia, sustentando artificialmente a afirmação que seu
governo mantinha a pandemia sob controle. As informações são do portal G1.
Segundo o placar de testes covid-19 do governo
estadual, em média 28,75% dos testes RT-PCR (que identifica a infecção
ativa) resultam positivos para o novo coronavírus. A partir desse percentual é
possível estimar que a cidade teria registrado cerca de 31 mil casos positivos
a mais nos meses de setembro e outubro. Os dados de novembro não foram
considerados por ainda poderem apresentar alterações devido à demora entre a
aplicação do teste, a notificação do resultado e a inserção dos dados no
sistema. O resultado do teste leva em média três dias para ser conhecido.
Fonte: E-SUS/Secretaria Municipal da Saúde
Período sem registros dos resultados de testes para covid-19
coincide com o desmonte da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa)
pelo governo Covas. No final de agosto, 257 profissionais do órgão foram
removidos da sede central e distribuídos pela cidade, em um processo que foi
amplamente criticado por especialistas em saúde pública e ex-diretores da
Covisa. São os técnicos vigilância que atualizam o sistema.
Em nota, o governo Covas alegou que a falta de resultado dos
testes de covid-19 não significa que o caso é suspeito e que as informações são
atualizadas tão logo o resultado seja conhecido, com a definição de positivo ou
negativo. Após questionamento, o governo tucano retirou do ar o sistema que
permitia a consulta aos dados. O mesmo modus operandi do
governo de João Doria (PSDB), que tirou do ar o download dos dados completos do Censo
Covid-19 após questionamento da RBA.
No caso do governo Doria, os dados mostravam que havia 2.506
pacientes internados a mais do que foi informado em coletiva na segunda-feira
(30), quando seis regiões foram recuadas da fase verde para a fase amarela do
Plano São Paulo. Na apresentação do secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, na
segunda-feira, foi informado que havia 9.689 pessoas internadas, sendo 5.548 em
enfermaria e 4.141 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os números
representavam uma ocupação de 52,2% dos leitos. Segundo Gorinchteyn, os dados
utilizados na avaliação foram consolidados até o último sábado (28).
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), omitiu 2.506
internações de pacientes com covid-19 dos dados apresentados na última
segunda-feira (30), quando todo o estado foi recuado da fase verde para a fase
amarela do Plano São Paulo. A plataforma é usada para coordenar a intensidade
da quarentena e a abertura do comércio no estado. Na apresentação do secretário
da Saúde, Jean Gorinchteyn, na segunda-feira, foi informado que havia 9.689
pessoas internadas, sendo 5.548 em enfermaria e 4.141 em Unidades de Terapia
Intensiva (UTI). Os números representavam uma ocupação de 52,2% dos leitos.
Porém, dados do Censo Covid-19, organizado pelo próprio
governo Doria com informações sobre a ocupação de leitos específicos ocupados
por unidade hospitalar pública no Estado de São Paulo, mostram que havia 12.195
pessoas internadas no sábado (28), as 11h47. Destas, 6.508 estavam em
enfermaria e 5.687, em UTI. O que representa uma taxa de ocupação de UTI de
71,7% e levaria todo o estado para a fase laranja do Plano São Paulo. Os dados
não incluem as internações na rede privada.
Os dados diferem inclusive do boletim diário da covid-19 que
o governo Doria divulga à imprensa em São Paulo. No sábado, o boletim
atualizado as 12h informava haver 9.755 pessoas internadas, sendo 5.661 em
enfermaria e 4.094 em UTI. A taxa de ocupação de UTI informada era de 51,1% no
estado.
Cena extraída do vídeo mostra o carro de som e outro veículo
com bandeira da campanha de Covas
No vídeo se vê carros com número 45, do PSDB, que toca
música da campanha de Covas. Distribuição de cestas básicas, prática proibida
pela legislação eleitoral, teria ocorrido essa semana, na Brasilândia
São Paulo – Um vídeo que circula nas redes sociais denuncia uma distribuição de cestas
básicas que teria sido realizada pela campanha do atual prefeito e candidato à
reeleição, Bruno Covas (PSDB). As cestas teriam sido distribuídas na Rua
Raulino Galdino da Silva, 1052, Brasilândia, zona norte da capital. No filme é
possível notar uma intensa movimentação de pessoas. Moradores saindo do local
com caixas, carros com o número do PSDB (45) e música da campanha tucano. A
ação causou filas e aglomeração por pelo menos dois dias. A legislação
eleitoral veda a distribuição de cestas básicas em campanha eleitoral, prática
conhecida como compra de votos.
Confira o vídeo que mostra a distribuição de cestas básicas
em meio à campanha de Covas
Segundo a Procuradoria-Geral Eleitoral, é proibido na
propaganda eleitoral, entre outras coisas: “Distribuir camisetas, chaveiros,
bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais
que possam proporcionar vantagem ao eleitor”. A RBAprocurou a
campanha de Covas para responder sobre a aparente tentativa de compra de votos,
mas até o fechamento dessa reportagem não obteve resposta.
Nota da Prefeitura
Em nota enviada à RBAna noite desta
quinta, a prefeitura afirma que a distribuição é parte do Programa Cidade
Solidária. A nota não menciona a presença de cabos eleitorais de Covas, nem de
veículo com a faixa de número 45, do candidato, tampouco a música da campanha
tocada junto à aglomeração – conforme se vê e se ouve no vídeo acima. Eis a
nota:
A Prefeitura de São Paulo esclarece que a distribuição de
cestas faz parte do Programa Cidade Solidária, instituído no início da pandemia
– em abril, por meio do Decreto nº 59.377, com foco na segurança alimentar
frente a crise de emprego e renda. O programa é uma ação do poder público que
conjuga e organiza os esforços da sociedade civil, em uma rede de
solidariedade, com o objetivo de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade
na capital durante a crise do coronavírus.
Desde abril, início do programa, foram distribuídas mais
de 2 milhões de cestas básicas (média de 4 mil por dia) a famílias em situação
de vulnerabilidade, onde são contemplados grupos variados de diversas regiões
da cidade, desde ambulantes, imigrantes, catadores, pessoas com deficiência e
indígenas. O programa também entregou mais de um milhão de itens de higiene e
limpeza e atendeu a população com máscaras de proteção.
O Cidade Solidária iniciou sua ação em parceria com as
entidades civis inseridas no Pacto por Cidades Justas e com ação direta de um
conjunto de secretarias municipais que desenvolvem ações sociais nos
territórios.
Todas as entidades parceiras assinaram um termo de adesão
com a Prefeitura de São Paulo se comprometendo a executar a distribuição das
cestas respeitando integralmente às recomendações do Ministério Público
Eleitoral. Qualquer ação por parte das entidades que não tenha respeitado a
recomendação descumpre o acordo estabelecido no termo de adesão e será apurada.
Irregular e abusiva
Além dessa denúncia sobre cestas básicas, a campanha de
Covas vem sendo alvo de outras reclamações sobre abuso de poder na eleição.
Na semana passada, gravação a que aRBAteve
acesso mostrava o secretário Municipal da Educação, Bruno Caetano, comemorando
a difusão, por dirigentes de creches conveniadas, de uma fake news contra o candidato do Psol a prefeito
de São Paulo, Guilherme Boulos. O objetivo era coagir os familiares de crianças
atendidas a votar no atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas
(PSDB). Em mensagem enviada aos pais pela Creche Privada Conveniada Madagascar,
mantida pela Associação Sonia Maria, é dito que, se Boulos vencer, “teremos o
fim das creches conveniadas, não havendo vagas para os filhos de vocês e também
um elevado índice de desemprego”.
Além disso, a diretora regional de Educação de São Mateus,
Mirtes Innocencio da Silva, convocou reunião virtual com dirigentes e trabalhadores
de creches, para falar das propostas dos candidatos. No entanto, na própria
mensagem ficava claro o viés da conversa. “Ninguém vai falar aquilo que não é.
Aliás, eu não preciso falar do plano do oponente, o próprio plano já se diz por
conta própria. Ele tem um plano registrado na Justiça e nesse plano consta o
que ele pretende e o que ele não pretende fazer. Como o Covas também tem e é
esse plano que a gente pretende conversar, tá?”, diz.
Atraindo o eleitor faminto com comida. E o carro oficial da Prefeitura, de plantão diante da fila, dando a maior pinta. O descaramento é total. https://t.co/ljEPJOnWyS
Filho de Deca do Atacadão morre em desastre aéreo. Avião
carregava 300 quilos de cocaína (Imagem: Divulgação/Polícia
Filho de famoso empresário paraibano e ex-senador pilotava
avião que caiu neste sábado em São Paulo. Avião carregava 300 quilos de cocaína
Marcelo Gonzaga pilotava um avião de pequeno porte que caiu
neste sábado (14), em São Pedro, interior do Estado de São Paulo. Ele estava
sozinho na aeronave e morreu na tragédia.
Marcelo é filho do empresário e ex-senador Deca do Atacadão
(PSDB). Na aeronave, a polícia encontrou cerca de 300 quilos de cocaína. Dois
irmãos de Marcelo já saíram da Paraíba e foram para São Paulo fazer a
identificação do corpo.
O avião caiu em uma área próxima a Rodovia Geraldo de Barros
(SP-304). O caso está sendo registrado na Delegacia de São Pedro, mas a
investigação tem o apoio da 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre
Entorpecentes) da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais).
Deca do Atacadão
José Gonzaga Sobrinho, mais conhecido como Deca do Atacadão
ou simplesmente Deca, é um empresário e político Brasileiro filiado ao Partido
da Social Democracia Brasileira (PSDB). Proprietário do Grupo Atacadão do Rio
do Peixe, Deca é um dos homens mais ricos da Paraíba.
Deca foi eleito em 2010 como primeiro-suplente do senador
Cássio Cunha Lima (PSDB). Em setembro de 2016, o empresário tomou posse no
Senado Federal após o pedido de licença de Cássio até o final do ano para
tratamento de saúde.
Empresa recebe R$ 850 mil mensais; desde o início do contrato apenas sete vídeos – lives gravadas – foram publicados no canal da Prefeitura no Youtube - arquivo pessoal/Facebook
Contratada na véspera da eleição, empresa não está no
endereço do contrato e sócia não sabia informar sobre serviços
Desde o dia 31
de julho, Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo e candidato à
reeleição, pagou R$ 1,7 milhão à YuYu Produções Ltda, para registros
audiovisuais da agenda do Executivo. Porém, por força da lei eleitoral, a
publicidade institucional dos agentes públicos foi suspensa no dia 15 de
agosto. Isso significa que o tucano não pode divulgar imagens de sua rotina
como mandatário do município até o fim do segundo turno da eleição, marcado
para 29 de novembro.
O contrato, que o Brasil de Fatoteve
acesso, prevê o pagamento total de R$ 10,2 milhões em um ano, com parcelas de
R$ 850 mil mensais. Em troca, a YuYu deve manter uma equipe de 15
profissionais à disposição da Prefeitura por 5 mil horas mensais (cerca de 333
horas por trabalhador), de segunda-feira a sábado, das 6h às 22h. O município
também contratou um motolink, ilha de edição, equipamentos de som, câmera e
tripé, entre outros itens.
Porém, esse efetivo não se comprova no resultado da
produção. De acordo com o município, as produções feitas pela YuYu estão
no canal da Prefeitura no Youtube, onde há somente sete
vídeos publicados desde a data da contratação da produtora. Todos são
transmissões ao vivo de coletivas de Bruno Covas e sua equipe, sem edição.
Em nenhum dos vídeos, há indicação de que a YuYu tenha feito
a produção, gravação ou edição do material. Somadas, as publicações possuem 237
minutos, quase 4 horas, e alcançaram 45 mil pessoas.
As candidaturas de Joice Hasselmann (PSL) e Arthur do Val
(Patriota) foram à Justiça no dia 10 de agosto, exigindo que a Prefeitura
explique o empenho dos R$ 10,2 milhões em uma produtora de vídeos, às vésperas
da eleição.
Na
época, Hasselmann argumentava que a contratação da YuYu poderia
beneficiar a campanha de Bruno Covas, já que fotos e imagens feitas pela
produtora poderiam subsidiar a candidatura do tucano.
De acordo com a Lei 8.666, de 1993, conhecida como Lei Geral
de Licitações, o capital mínimo da empresa contratada deve ser de, pelo menos,
10% do valor estimado da contratação. A YuYu Produções possui um capital social
de R$ 10 mil, apenas 1% do valor total do contrato com a Prefeitura, R$ 10,2
milhões.
Produtora
O Brasil de Fato ligou no telefone de
contato da YuYu que está indicado no contrato. Quem atendeu, sem identificar a
produtora, apenas com “alô”, foi Edna Satiko Asahi Seki, que consta como sócia
da empresa. Em contato com a reportagem, a empresária afirmou que não se
recorda quando foi a última vez que sua produtora acompanhou e gravou uma
agenda da Prefeitura de São Paulo.
Edna atendeu ao Brasil de Fato às 12:57
dessa quinta-feira (22). No mesmo instante, ocorria, na sede da Prefeitura de
São Paulo, a 17ª coletiva de imprensa online sobre anúncio de medidas de
combate ao coronavírus, com a presença de Bruno Covas e dos secretários de
Saúde, Edson Aparecido, e Educação, Bruno Caetano.
A reportagem foi até o endereço da produtora – que
consta em seu registro na Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) e no contrato
com a Prefeitura. Quem atendeu a porta da casa foi uma idosa, que
afirmou ser a proprietária do imóvel e afirmou que lá não funciona nenhuma
empresa. A mulher é sogra de Edna Satiko Asahi Seki, proprietária YuYu.
Seki foi encontrada na casa vizinha, onde mora. Porém,
quando perguntada sobre a sede da produtora, afirmou que seria no imóvel ao
lado, onde sua sogra negou que funcionasse a empresa. Mais uma vez, a
empresária não soube informar onde suas equipes de gravação estavam e nem se
estariam acompanhando o prefeito em alguma agenda.
No endereço indicado como sede da empresa, no bairro da Saúde, vive uma idosa, sogra da proprietária da empresa / Foto: Igor Carvalho
Nas duas casas não há indicação visual de que ali funcione a
YuYu. No interior dos imóveis, não há equipamentos de gravação, áudio ou
iluminação, nem mesmo a ilha de edição. Segundo Seki, todo o material da
empresa fica com os funcionários, que são contratados por demanda.
A Yuyu não possui site próprio, perfil nas redes sociais e
nem um canal no Youtube onde divulgue suas produções.
Outro lado
O Brasil de Fato perguntou à Prefeitura de
São Paulo se a YuYu Produções tem acompanhado as agendas de campanha de Bruno
Covas. A Secretaria Especial de Comunicação do município afirmou que o contrato
“transcende o período eleitoral e não tem qualquer relação com o calendário
político-eleitoral".
"Além disso, os conteúdos e as imagens a serem
produzidos têm caráter informativo sobre ações e serviços da Prefeitura de
interesse público, inclusive os diretamente ligados à pandemia, e serão
disponibilizados para toda a imprensa”, informou.
Indagada sobre a Lei Geral de Licitações, a Prefeitura disse
ter seguido "rigorosamente todas as regras previstas na Lei 8.666/93,
que disciplina as licitações públicas, e o contrato assinado não gera direito
ao fornecedor”.
Movimentos têm se preocupado com as
condições de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo em meio à onda
de frio
Ao menos três pessoas morreram na
região da Praça da Sé, segundo informações do Movimento Estadual da População
em Situação de Rua. Outra morte ocorreu na zona norte da capital paulista
São Paulo – Quatro pessoas em situação de rua morreram entre sexta-feira (21) e a
madrugada de hoje na cidade de São Paulo. As informações são do Movimento
Estadual da População em Situação de Rua do Estado de São Paulo.
Pela manhã, a Secretaria de Segurança
Urbana da Prefeitura de São Paulo informou que uma mulher foi encontrada morta,
por volta das 8h30, em um barraco improvisado na Praça da Sé. O movimento
relata que foram registradas outras duas mortes de pessoas que também viviam na
região da Praça da Sé, centro da capital paulista, uma delas um deficiente
físico. Outro morador de rua também morreu na região do Tietê, zona norte da
cidade.
Robson Mendonça, do Movimento Estadual
da População em Situação de Rua, cobra ações do poder público, em especial da
administração municipal, para que se evitem mortes decorrentes do frio em meio
à população de rua. “Pedimos que a prefeitura organizasse campings, pedimos
para que a zeladoria parasse de retirar pertences da população de rua, parasse
de desmanchar as barracas, mas nada foi feito. Os campings não devem ser ação
de governo, mas poderiam ser uma medida emergencial para o inverno, ali no
parque Dom Pedro, por exemplo, para que houvesse alguma organização e a
zeladoria não tomasse nossos pertences.”
Ele conta que o Conselho Municipal de
Assistência Social (Comas) chegou a aprovar a proposta que previa o erguimento
de campings, mas a iniciativa não foi efetivada. “Camping é em espaço aberto,
isso é feito em vários países, como ação emergencial”, pontua. “Tememos mais
mortes nos próximos dias, porque não está tendo vaga para todo mundo na região
central, a demanda está muito alta. As kombis só podem levar cinco pessoas por
vez – por causa da pandemia – e estão indo pra longe, Guaianases, zona sul. Aí
demora demais e muita gente não consegue atendimento.”
Na quinta-feira (20), a prefeitura de
São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social (SMADS), afirmou que iria intensificar
abordagens à população de rua para realizar encaminhamentos a abrigos
em dias com temperatura abaixo de 13°C. Em caso de recusa, a administração se
comprometeu a fornecer um kit lanche e cobertor.
De acordo com o Centro de Gerenciamento
de Emergências (CGE), as temperaturas mais baixas na cidade de São Paulo foram
registradas por volta da meia-noite desta sexta-feira, média de 8,1°C no
município.
As temperaturas baixas surpreenderam os
paulistanos nesta sexta-feira (21), mas quem sofre mesmo são os moradores de
rua, muitas vezes com pouca ou nenhuma proteção.
La desgracia se incrementa en #Brasil, no solo de la mano del Covid 19, Bolsonaro juega su papel y mientras los ricos obtienen más riquezas en medio de la crisis, miles de personas en ciudades como Sao Paulo quedan sin hogar y viven en casas de campaña en parques.#Cuba#Venezuelapic.twitter.com/YW5AZjraBM