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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Aécio e outros tucanos da bancada na Câmara criticam debate sobre impeachment pelo PSDB


"Amigos me desculpem, mas o fim do PSDB será abraçar esse impeachment do Presidente Bolsonaro. Quero adiantar eu jamais votarei uma aberração dessa natureza. Sou 100 % Bolsonaro!", disse um parlamentar em um grupo de mensagens


Deputado federal Aécio Neves (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

247 - Articulador do golpe contra a presidenta Dilma, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) não gostou do anúncio de uma reunião da executiva do PSDB para debater o impeachment de Jair Bolsonaro.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, além de Aécio Neves, os deputados Geovania de Sá e Paulo Abi-Ackel reagiram à iniciativa demonstrando contrariedade com a decisão do presidente da legenda, Bruno Araújo, de marcar a reunião nesta quarta-feira (8).

Sem citar os nome, Lauro Jardim cita conversa de grupo de mensagem da bancada em que os parlamentares tucanos consideraram "inoportuno" tornar o assunto público.

"Me pareceu precipitado falar OFICIALMENTE em impeachment no calor de manifestações que estão ocorrendo em ambiente de paz . De qualquer forma vamos manter a serenidade e amanhã em ambiente democrático como é nosso jeito de ser e de fazer política, vamos nos posicionar", escreveu um deles.

Aécio Neves teria encaminhado para o grupo a pergunta de um repórter sobre a sua posição na tentativa de mostrar que já estava sendo cobrado a se manifestar sobre o tema.

"É nossa obrigação que defendemos a democracia, discutirmos mais sobre isso, nosso posicionamento diante das graves ameaças democráticas! Temos grande responsabilidade com nosso país! Não podemos subestimar o que está acontecendo, sob risco de omissão!", rebateu outro parlamentar.

Mas houve quem tenha escancarado sua adesão ao governo. "Amigos me desculpem, mas o fim do PSDB será abraçar esse impeachment do Presidente Bolsonaro. Quero adiantar eu jamais votarei uma aberração dessa natureza. Sou 100 % Bolsonaro!".

O líder do partido na Câmara, Rodrigo de Castro, convocou uma reunião da bancada para essa quarta-feira.


Opera Mundi

Marcando cinco anos do golpe que culminou na saída de Dilma Rousseff da Presidência do Brasil, o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, conversa com a ex-presidente nesta terça-feira (31/08), às 11h, com o tema: Por que o golpe de 2016 foi vitorioso?

Assista ao VÍDEO


terça-feira, 24 de agosto de 2021

Lula se reúne com Eunício, que votou pelo impeachment de Dilma


O objetivo é firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos


O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos anos, mesmo sendo opositores políticos (foto: Twitter/Reprodução )

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, em agendas diferentes, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Cid Gomes (PDT-CE) e o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em Fortaleza, nesta segunda-feira (23/8).



 As reuniões ocorreram com o objetivo de firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos, focando na sua possível candidatura presidencial em 2022 e em oposição a Jair Bolsonaro.

Lula foi ao Ceará na companhia da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-deputado estadual Ilário Marques (PT-CE). O encontro com Tasso durou aproximadamente uma hora e ocorreu no escritório particular do tucano.

De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, a conversa focou no cenário atual da política brasileira, na importância da defesa intransigente da democracia, no fortalecimento das instituições e no compromisso de resistência a qualquer ato ou medida que ponha em risco a democracia no Brasil. Jereissati informou ainda que não formou nenhuma aliança eleitoral.

O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos anos, mesmo sendo opositores políticos. Durante a prisão de Lula, o senador enviou uma carta de solidariedade após a morte do neto do petista, em março de 2019.  

Após o encontro, Lula se reuniu com o senador Cid Gomes (PDT), irmão do ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que vem atacando o petista nos últimos meses. Além disso, ele encontrou com o governador Camilo Santana (PT) e teve uma agenda com o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB).

Lula tem se encontrado com políticos do centro e deu sinais de que está planejando formar aliança com outros partidos além da esquerda, para se opor a Jair Bolsonaro na próxima eleição. De acordo com aliados do ex-presidente, o partido mais próximo é o PL, legenda "número 2" no bloco formado pelo Centrão e que hoje declara apoio a Bolsonaro.

No Ceará, PSDB e PT podem continuar sendo opostos, e os tucanos caminham para firmar aliança com o PDT, enquanto a legenda petista fala em candidatura própria.

Com informações de Estadão Conteúdo

Fonte: Estado de Minas


TV Senado

Eunício espera pelo menos 50 votos favoráveis ao encaminhamento do impeachment de Dilma - 11 de mai. de 2016

Assista ao VÍDEO



E o golpe ????



 

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Vídeo: infiltrados do PSDB são expulsos por manifestantes em SP


Elementos pagos pelo PSDB para sabotar o ato provocaram os manifestantes e foram escorraçados


Manifestante rasga bandeira do PSDB – Foto: DCO

Os infiltrados do PSDB no ato na Avenida Paulista, em São Paulo, tentaram provocar os manifestantes de vermelho e foram escorraçados.

Quando a passeata começou a andar, no sentido da Rua da Consolação, os manifestantes trabalhadores, estudantes e militantes se depararam com os agentes fascistas do PSDB, que entraram na manifestação para sabotá-la.

No entanto, os bate-paus do PSDB, achando que poderiam se dar bem, iniciaram uma briga com os manifestantes. Se deram mal. Foram escorraçados sem piedade pelos manifestantes, que não aceitam os elementos fascistas de João Doria e da PM nos atos da esquerda.


COTV - CausaOperariaTV

Manifestantes expulsam infiltrados do PSDB em ato em S. Paulo

Assista ao VÍDEO


Como noticiado mais cedo em primeiro mão pelo DCO, elementos pagos pelo PSDB haviam se concentrado próximo do cruzamento da Avenida Paulista com a Consolação, junto com outros mercenários do Cidadania, PSB e PV.

No final desta semana, o diretório municipal do partido de FHC e Aécio Neves havia anunciado que participaria do ato na Avenida Paulista, levando “2 mil pessoas” de verde e amarelo. Mas levou apenas meia dúzia de fascistas, que apanharam dos trabalhadores. E apanharão muito mais caso voltem a provocar e a atacar os trabalhadores nos atos dos trabalhadores.


No Twitter


 

Fonte: PCO


segunda-feira, 28 de junho de 2021

Ex-presidente FHC critica Bolsonaro e recomenda que Lula não seja candidato: 'Mais do mesmo'


Aos 90 anos, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirma que, se fosse o Lula, não entraria em uma terceira candidatura" em 2022.



O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) afirma que falta comando e sensibilidade em Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão da pandemia do novo coronavírus.


  • "Já fui presidente e sou cuidadoso para não jogar a culpa no presidente. O caso do coronavírus, obviamente, é um vírus. Algumas pessoas pegariam de todo jeito. Mas a falta de cuidado parece ser grande. Ele fala e depois pensa. E isso é ruim porque a palavra do presidente tem um valor simbólico muito grande", disse FHC durante entrevista à emissora Band.

O ex-presidente caracteriza o atraso da vacinação contra a COVID-19 no Brasil como "trapalhada". "Vão acusá-lo de várias responsabilidades, e algumas ele tem. Mas não adianta tapar o sol com a peneira, tem que enfrentar. Sei que é difícil e, por isso, não jogo mais uma pá de cal em cima", complementa.

Lula faz discurso no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo (SP).

Eleições 2022

Questionado sobre o pleito de 2022, Fernando Henrique Cardoso manifesta preocupação com o enfraquecimento do centro político. "É preciso um centro que olhe para o povo".


  • "Da última vez, eu votei em branco. Espero que apareça um candidato que expresse um sentimento mais democrático e mais construtivo. Mas, se não houver isso, no Bolsonaro eu não voto", garante o ex-presidente.

Para FHC, Lula não é alternativa à Bolsonaro é apenas "mais do mesmo".

"Lula é a repetição de uma fórmula que nós já conhecemos: o Estado mais forte com muito apoio à iniciativa privada. Pode ser um caminho de crescimento, mas não é disso que o país precisa. Se eu fosse o Lula, não entraria em uma terceira candidatura", conclui.


Fonte: Sputnik Brasil


quinta-feira, 11 de março de 2021

Lavajatistas criaram grupo para articular medidas contra Gilmar Mendes


Os procuradores das forças-tarefa da autodenominada "operação lava jato" criaram um grupo de mensagens no Telegram para articular medidas contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Isso porque o magistrado vinha tomando medidas que contrariavam os interesses da operação, como a revogação de prisões preventivas. O resultado dos esforços foi um artigo criticando liminares do magistrado.


Procuradores se frustravam com Gilmar por decisões contrárias aos interesses deles

 As mensagens constam de petição apresentada pela defesa do petista, nesta segunda-feira (8/3), ao Supremo Tribunal Federal. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso de investigação contra hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.

"Prezados, criei este grupo para adotarmos medidas contra o Gilmar Mendes", disse o procurador Diogo Castor de Mattos em 30 de outubro de 2018. "Tô dentro!!! faço o que for preciso", respondeu Thaméa Danelon, procuradora do Ministério Público Federal em São Paulo.

Em seguida, Castor perguntou quantos investigados pela franquia paulista haviam sido soltos. Ele explicou que era preciso saber o número dos libertados em todos estados em que a "lava jato" atuava e apontou que, no Paraná, 26 acusados tinham tido a sua prisão revogada em duas semanas.

"De cabeça", Thámea informou que Laurence Casagrande, Pedro da Silva e Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tinham sido soltos — este por duas vezes. Com as informações, Castor informou que iria "escrever um artigo forte". Em seguida, enviou minuta do texto ao grupo.

José Augusto Vagos, da força-tarefa da "lava jato" no Rio de Janeiro, gostou do artigo. "Muito bom, Diogo, a semelhança com a Itália é impressionante... certamente o GM [Gilmar Mendes] vai espumar..." Mas ele ressaltou que, diferentemente do que apontou Castor, algumas das liminares em Habeas Corpus concedidas por Gilmar foram submetidas — e confirmadas — pela 2ª Turma do STF.

Em 5 de novembro, Diogo Castor perguntou: "Alguém conseguiu os numeros e nomes de presos soltos por gilmar em SP e RJ e quais desses casos houve julgamento do agravo?" Thámea respondeu que conseguiu e iria pedir para um assessor lhe enviar os dados de São Paulo. Quanto aos do Rio, a procuradora Mônica Campos de Ré enviou levantamento do site Jota que informou que Gilmar Mendes já havia libertado 37 investigados da "lava jato" no estado.

Castor então disse que iria mandar publicar o artigo no jornal O Globo e afirmou que "seria legal que colegas do RJ e SP tb assinassem". "Quem se voluntaria?", questionou. Thámea Danelon e José Augusto Vagos se prontificaram.

O artigo acabou sendo publicado em 14 de dezembro de 2018 no jornal O Estado de S. Paulo. No texto, Castor, Thámea e Vagos retomaram a comparação entre o cenário de corrupção da Itália nos anos 1980 e 1990 e o do Brasil atual. Os procuradores citaram que, em 1991, um juiz da Suprema Corte italiana, Corrado Carnevale, que era conhecido por "anular processos contra mafiosos por vícios formais", começou a libertar diversos chefes de máfias que estavam presos preventivamente, sob a alegação de demora no julgamento de recursos. Posteriormente, foi revelado que o magistrado tinha ligações com mafiosos.

Conforme os integrantes do MPF, até novembro de 2018, a "lava jato" no Paraná havia gerado 226 condenações por corrupção e lavagem de dinheiro, "levando à prisão altas autoridades da República, incluindo um ex-presidente [Lula] que somente foi detido após um difícil julgamento na Suprema Corte brasileira". "Parecia uma grande vitória, mas foi o início de mais uma guerra contra o sistema de compadrio que se instalou no país", ressalvaram, passando a atacar Gilmar Mendes.

"Nos meses seguintes à prisão de Lula, o ministro Gilmar Mendes do STF começou a soltar quase todos os presos provisórios da operação 'lava jato' do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Curitiba. Em casos de São Paulo e Curitiba os pleitos de liberdade foram endereçados diretamente ao magistrado, sem sorteio, com as defesas alegando esdrúxulas prevenções com outros casos totalmente diferentes. Desta forma, em pouco tempo e com decisões genéricas foram soltos pelo menos 60 presos por corrupção e lavagem de dinheiro nesses Estados."

Os procuradores concluíram o texto destacando que Gilmar deveria levar a julgamento os recursos de suas decisões de soltura, "que claramente violam regras básicas de distribuição de processos e afrontam princípios do devido processo legal como do juiz natural". "Como diria Luther King, 'o que nos preocupa não é o grito dos maus e sim o silêncio dos bons'", encerraram Castor, Thámea e Vagos.


Inimigo da "lava jato"


As mensagens de Telegram mostram, em diversos momentos, o descontentamento dos procuradores da "lava jato" com Gilmar e as tentativas deles de investigar o ministro e até pedir o impeachment dele.

Procuradores do MPF no Paraná buscaram atacar os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e enfraquecer Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, para retirá-lo da relatoria da "lava jato". "Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar. Mas é difícil fazer algo", afirmou Deltan Dallagnol, então coordenador da força-tarefa da "lava jato" no Paraná, em 13 de julho de 2016. O ministro Alexandre de Moraes também era alvo do MPF. 

"Acho que podemos alimentar os movimentos para direcionarem atenção para Alexandre de Moraes. Se pegar sem a nossa cara, melhor, pq fico penando [pensando] em possível efeito contrário em nós querermos colcoar [colocar] o STF contra a parede. Até postei hj sobre o Alexandre de Moraes, e se quiser postar o que quiser manda ver, mas acho que a estratégia de usarmos os movimentos será melhor, se funcionar", prossegue o procurador.

Em maio de 2017, Deltan afirmou que cogitou pedir o impeachment de Gilmar caso a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal soltasse o ex-ministro Antonio Palocci. Porém, ele desistiu da ideia após saber que o advogado Modesto Carvalhosa iria pedir a destituição do magistrado. Thaméa Danelon colaborou com o advogado na redação do pedido de impeachment de Gilmar Mendes.

Um ano depois, Dallagnol, irritado por causa de um Habeas Corpus concedido por Gilmar Mendes a Paulo Preto, passou a arquitetar uma investida contra o ministro. "Precisamos reagir ao GM [Gilmar Mendes]. Vou articular com SP e RJ algo. Caros precisamos fazer algo em relação a GM", disse Dallagnol, se referindo às ramificações da "lava jato" no Rio de Janeiro e em São Paulo. 

O chefe da força-tarefa da "lava jato" no Paraná, Deltan Dallagnol, articulou em 2018 um manifesto pela suspeição do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, nos casos envolvendo a "lava jato". Eduardo El Hage, líder da operação no Rio, também participou da conversa. 

"Caros precisamos fazer algo em relação a GM [Gilmar Mendes]. Acho que um bom começo seria alguém fazer um estudo das decisões deles que mantiveram prisões antes da Lava Jato e DIRANTE [durante] a LJ em outros casos e mostramos INCOERÊNCIA. Assinamos todos os procuradores da LJ [...] Das três FTS [forças-tarefa]", disse Dallagnol, em referências às franquias de Curitiba, Rio e SP. 

"Alguém depois joga online, uma entidade, e faz abaixo assinado pela suspeição dele noss casos da LJ", prossegue o chefe da "lava jato" em Curitiba. 

El Hage responde: "Eu acho ótimo! Já tinha pensado nisso também. O problema é a falta de tempo para a pesquisa. Estamos mega atolados aqui no Rio". 


Investigação contra Gilmar


Em agosto de 2019, o El País, em parceria com o The Intercept Brasil, revelou outro episódio envolvendo investidas contra Gilmar. A reportagem divulgou conversas em que os integrantes do MPF no Paraná planejaram usar a investigação contra Paulo Preto para tentar emparedar o ministro do Supremo. 

Dallagnol sugeriu pedir que autoridades da Suíça procurassem menções específicas ao nome do ministro para saber se havia relação entre ele e Paulo Preto. 

As conversas também revelam que a "lava jato" em Curitiba cogitou pedir o impeachment de Gilmar ao Senado. Desistiram quando a procuradora Laura Tessler disse ter ficado sabendo que o advogado Modesto Carvalhosa protocolaria uma solicitação dessa natureza.

"Nós não podemos dar a entender que investigamos GM. Caso se confirme essa unha e carne, será um escândalo", disse Dallagnol ao grupo. Logo em seguida, ele sugeriu que fossem apuradas ligações de Paulo Preto para telefones do Supremo. "Mas não é novidade que Gilmar veio do psdb e de dentro do governo fhc!!! Cuidado com isso", acrescentou o procurador Paulo Galvão. 

Procuradores da República que oficiam em primeiro grau não podem investigar ministros do Supremo. Roberson Pozzobon tentou ser a voz da razão, mas também sugeriu ignorar a competência do MPF. "Acho que temos que confirmar minimamente isso antes de passar pra alguém investigar mais a fundo, Delta".


Articulação com partido


Outra reportagem, dessa vez publicada pelo UOL, também em parceria com o Intercept, revelou que Dallagnol articulou com o partido Rede Sustentabilidade para que uma ação fosse ajuizada contra Gilmar. 

De acordo com as conversas, a "lava jato" queria manter o ministro do STF longe de julgamentos envolvendo a "operação". A iniciativa começou depois que Gilmar determinou a soltura de Beto Richa (PSDB), ex-governador do Paraná. 

"Resumo reunião de hoje: Gilmar provavelmente vai expandir decisões da Integração pra Piloto. Melhor solução alcançada: ADPF da Rede para preservar juiz natural", disse Dallagnol em grupo de procuradores no Telegram no dia 9 de outubro de 2018.

Duas horas depois, ele voltou para contar que o senador Randolfe Rodrigues (Rede) "super topou" propor uma arguição de descumprimento de preceito fundamental. No dia seguinte, 10 de outubro, o procurador Diogo Castor falou que enviou uma sugestão de ADPF para assessor de Randolfe.

Já no dia 11, a Rede protocolou a ADPF que pedia que Gilmar Mendes fosse impedido de "liberar indiscriminadamente" presos na operação. No pedido, os advogados afirmaram que o ministro concedeu "extravagantes liminares" e Habeas Corpus de ofício a pelo menos 26 investigados em crimes de corrupção.

Fonte: Consultor Jurídico


UOL

Gilmar Mendes vota no STF pela suspeição de Sergio Moro - 9 de mar. de 2021

Julgamento da suspeição de Moro: o ministro Gilmar Mendes, da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (9) a favor da suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro na condução dos processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. "Não podemos aceitar que o combate à corrupção se dê sem limites", disse ele, que ainda defendeu que Moro "seja condenado ao pagamento das custas processuais da ação penal"

Assista ao VÍDEO


sábado, 6 de março de 2021

'Ajoelha no milho e pede perdão para não ir para o lixo da história', diz Rogério Correia a FHC


Deputado Rogério Correia afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, articulador do golpe de 2016, precisa mais do que se arrepender de sua omissão que ajudou na eleição de Jair Bolsonaro



247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por ter se arrependido de não ter votado em Fernando Haddad nas eleições presidenciais de 2018

"Ajoelha no milho, chora, pede perdão e trabalhe para não ir para a lata de lixo da história!", escreveu Correia pelo Twitter. 

Em entrevista à revista Época, Fernando Henrique admitiu sentir um “certo mal-estar” por ter anulado o seu voto e não ter votado em Fernando Haddad na eleição presidencial de 2018. 

“Pergunta se eu me arrependo? Olhando para o que aconteceu com o Bolsonaro, me dá um certo mal-estar não ter votado em alguém contra ele”, disse FHC. 


Confira o tweet de Rogério Correia:


 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Após críticas, prefeitura de São Paulo retira pedras ‘anti-moradores de rua’


Com a repercussão da ação simbólica do padre Júlio Lancellotti, gestão Bruno Covas enviou nesta terça retroescavadeiras e uma equipe para destruir obra sob viaduto da zona leste de São Paulo


Padre Júlio Lancellotti convocou a população à protestar neste sábado (6), às 15h, deixando flores para uma "cidade mais humana"

 

São Paulo – A calçada embaixo do viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, amanheceu nesta quarta-feira (3) sem as pedras instaladas pela prefeitura de São Paulo para impedir que a população de rua se abrigasse no local. A estrutura, que impedia qualquer pessoa de deitar ali, foi entregue pela gestão Bruno Covas (PSDB) dias antes, sob os dois lados das pistas do viaduto. Mas só foi de fato retirada após uma ampla repercussão negativa diante das pedras que ficaram conhecidas como “anti-moradores de rua”. 

padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, que já havia denunciado a obra como uma “arquitetura higienista”, foi até o local nesta terça-feira. E, num ato simbólico, marretou as pedras colocadas ali para evitar os moradores de rua.

À Folha de S. Paulo, o pároco questionou a dimensão do custo da obra aos cofres públicos, citando o crime de “improbidade administrativa”. “Fazer um buraco e aí depois tapar o que fez. Qual foi o custo para mobilizar essas pedras, esse concreto? E agora todo o custo que está sendo para mobilizar pessoas e recursos para desfazer isso?”, observou. 

A gestão Covas não divulgou um balanço sobre os gastos. Mas garantiu que uma sindicância foi aberta para investigar como foi feita a ordem para esse serviço. O município alega que o ato foi feito de forma isolada por um funcionário da Secretaria de Subprefeituras. E que esse tipo de medida não faz parte da zeladoria da atual gestão.


Políticas de danos

No entanto, o prefeito Covas já era criticado por obra semelhante realizada em Guaianazes, extremo leste da capital. Em entrevista à repórter Larissa Bohrer, da Rádio Brasil Atual, o coordenador nacional do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), Anderson Lopes Miranda, acusou a administração municipal de querer “expulsar os sem-teto”, promovendo “ações de higienização”. “Botar pedra é higienizar a cidade”, destacou. 

A advogada e pesquisadora Kelseny Medeiros Pinho, da Clínica de Direitos Humanos Luiz Gama, da Universidade de São Paulo (USP), ressaltou também à reportagem que é preciso abrir um procedimento administrativo para avaliar a responsabilidade pela construção da obra. De acordo com ela, cabe ao Ministério Público de São Paulo pedir esclarecimentos. Assim como a Defensoria Pública pode reivindicar uma indenização coletiva à população em situação de rua. 

“A gente não tem exatamente os indivíduos que foram afetados ali. Mas a Defensoria pode propor uma ação contra a prefeitura para que esse dinheiro seja revertido para políticas públicas a essa população. Porque esse é o caso efetivo de uma política que causou danos”. 


Protesto

Pelo Twitter, o padre Júlio Lancellotti convocou a população à protestar neste sábado (6), às 15h. A ideia, segundo ele, é que, evitando aglomeração, as pessoas depositem flores no local para mostrar a luta por uma “cidade mais humana”.




 Confira a reportagem:


Rádio Brasil Atual

Jornal Brasil Atual desta quarta-feira está no ar com a análise das principais notícias do dia.

Acompanhe! Assista ao VÍDEO


Fonte: Rede Brasil Atual


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

No último dia de seu mandato, Maia ameaça aceitar pedido de impeachment de Bolsonaro


Em meio à guerra interna no DEM e da perda de apoios da candidatura do deputado Baleia Rossi na eleição para a Presidência da Câmara que se realiza nesta segunda-feira, Rodrigo Maia ameaça aceitar um dos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro


Rodrigo Maia (Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)

247 - A decisão do DEM de abandonar a candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e a ameaça do PSDB e do Solidariedade de fazerem o mesmo, levaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ameaçar aceitar um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. A eleição que vai escolher a nova cúpula da Câmara e do Senado está marcada para esta segunda-feira (1º/2).

Maia ficou profundamente irritado ao ficar sabendo por meio do presidente do DEM, ACM Neto, na noite deste domingo (31), de que a maioria dos deputados do partido apoiaria a candidatura de Arthur Lira (Progressistas-AL) para o comando da Câmara, e não Baleia. O presidente da Câmara, cujo mandato termina nesta segunda-feira, ameaçou deixar o DEM e abrir o processo de impeachment contra Jair Bolsonaro.  A reunião ocorreu na sua casa, onde também estavam presidentes líderes e dirigentes de partidos de oposição, como o PT e o PCdoB.

Maia não deixou dúvidas. Ele afirmou que, se o DEM lhe impusesse uma derrota, poderia, sim, sair do partido e autorizar um dos 59 pedidos de afastamento de Bolsonaro, que ele engavetou. Integrantes da oposição que estavam na reunião apoiaram o presidente da Câmara e chegaram a dizer que ele deveria aceitar até mais de um pedido contra Bolsonaro, informa O Estado de S.Paulo.


No Twitter


 

 

 

 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

DILMA RECUSA CONVITE DE DORIA PARA SER VACINADA



 Ex-Presidenta diz que é inaceitável furar a fila da vacinação e que aguardará pacientemente a sua vez


Recebi o convite do governador de São Paulo para ser vacinada com a Coronavac no dia 25 de janeiro, em Porto Alegre. Agradeço, mas diante das circunstâncias tenho o dever de recusar a oferta, por razões éticas e de justiça. O Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado e, se é certo que a vacinação já começou, não há montante de vacinas disponível para que eu, agora, seja beneficiada. É inaceitável “furar a fila”, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros. Neste momento, considero imprescíndivel que sejam atendidos, de acordo com o Plano, primeiramente os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente da luta contra a Covid19, além dos idosos que vivem em asilos e o grupo de idosos brasileiros mais expostos ao risco de adoecer gravemente ou morrer. Aguardarei pacientemente a minha vez e quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a Coronavac.

Faço questão de prestar tributo à contribuição do SUS, do Butantan e da Fiocruz, que são tão importantes e estratégicos para a saúde pública no Brasil e para o desenvolvimento das vacinas. Denuncio todos aqueles que, ao longo dos últimos anos, tentaram destruí-los, seja por restrição de recursos orçamentários, seja por visão preconceituosa, como ficou claro na saída dos médicos cubanos, seja por defender propostas privatistas.

Enalteço o trabalho dedicado dos epidemiologistas, biólogos, infectologistas, pesquisadores e servidores do sistema SUS, em especial da Fiocruz e do Butantan, cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. Estendo estas homenagens e agradecimentos a todos os que se dedicam a combater esta pandemia que, por desleixo e desuminadade do governo federal, já roubou a vida de mais de 210 mil pessoas e está matando brasileiros até mesmo por falta de oxigênio. Por fim, reconheço e saúdo a solidariedade e a atitude humanitária do governo chinês, que proporcionou a parceria entre o Estado São Paulo/Butantan e o laboratório Sinovac para a importação e a fabricação das vacinas em nosso país. É uma vitória da cooperação entre os povos e da ciência e uma derrota do negacionismo.

DILMA ROUSSEFF


No Twitter


 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Tucanos presenteiam idosos paulistas com fim do transporte gratuito

 
Foto: Reprodução

Medida foi aprovada por João Doria e Bruno Covas (ambos do PSDB); gratuidade no transporte público só é válida para quem tem mais de 65 anos

Jornal GGN – As gestões de Bruno Covas e João Doria (ambos do PSDB) decidiram, sem alarde, retirar o direito dos idosos com mais de 60 anos de utilizar ônibus, trens e metrô na capital, e os ônibus intermunicipais da Grande São Paulo, de forma gratuita. A mudança deve entrar em vigor a partir de 1º de janeiro.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Covas obteve a aprovação da Câmara Municipal para retirar benefício na terça-feira (22), e o texto foi sancionado nesta quarta-feira. Por parte do Estado, Doria editou um decreto que suspendeu a regulamentação da lei estadual que estabelecia o benefício, e o mesmo foi publicado no Diário Oficial da União.

“A mudança na gratuidade acompanha a revisão gradual das políticas voltadas a esta população, a exemplo da ampliação da aposentadoria compulsória no serviço público, que passou de 70 para 75 anos, a instituição no Estatuto do Idoso de uma categoria especial de idosos, acima de 80 anos, e a recente Reforma Previdenciária, que além de ampliar o tempo de contribuição fixou idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e 62 anos para mulheres”, diz o texto divulgado em conjunto pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.

Os idosos acima de 65 anos não pagam passagem por causa do Estatuto do Idoso, uma lei federal. Em São Paulo, o limite foi reduzido para 60 anos em 2013, durante as gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).


Rádio Bandeirantes

GOVERNO E PREFEITURA DE SP RETIRAM A GRATUIDADE PARA IDOSOS ENTRE 60 E 65 ANOS NO TRANSPORTE PÚBLICO

Assista ao VÍDEO




Protesto a favor da imprensa livre


 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

VÍDEO: Elo entre Doria, empresa de Moro e esquema bilionário!



 EMPRESA DE MORO E ESQUEMA BILIONÁRIO COM D0RIA

O desgoverno de SP contratou a empresa de Moro para um caso muito estranho!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.




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Fonte: Plantão Brasil 


sábado, 5 de dezembro de 2020

Governo Covas deixou de registrar resultados de 110 mil testes de covid-19 feitos antes da eleição


Bruno Covas em coletiva em que afirmou que havia estabilidade no número de casos e mortes e que não ia retroceder na flexibilização

 Testes não foram contabilizados na análise da evolução da pandemia, enquanto Covas dizia que a situação era de estabilidade. Falta de registros coincide com o desmonte da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, em agosto

São Paulo – O governo do prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), deixou de registrar resultados (positivos ou negativos) de exatos 109.872 testes de covid-19 na capital paulista, entre os meses de setembro e outubro. Nesse período – que antecedeu a eleição municipal –, Covas negou várias vezes que a pandemia estivesse se agravando na cidade. Entre março e agosto, no máximo 3% dos testes realizados ficaram sem registro de resultado. Mas em setembro, esse índice subiu para 31% e chegou a 58% em outubro. Com isso, milhares de prováveis casos positivos deixaram de ser considerados nos indicadores da pandemia, sustentando artificialmente a afirmação que seu governo mantinha a pandemia sob controle. As informações são do portal G1.

Segundo o placar de testes covid-19 do governo estadual, em média 28,75% dos testes RT-PCR (que identifica a infecção ativa) resultam positivos para o novo coronavírus. A partir desse percentual é possível estimar que a cidade teria registrado cerca de 31 mil casos positivos a mais nos meses de setembro e outubro. Os dados de novembro não foram considerados por ainda poderem apresentar alterações devido à demora entre a aplicação do teste, a notificação do resultado e a inserção dos dados no sistema. O resultado do teste leva em média três dias para ser conhecido.

Fonte: E-SUS/Secretaria Municipal da Saúde

Período sem registros dos resultados de testes para covid-19 coincide com o desmonte da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) pelo governo Covas. No final de agosto, 257 profissionais do órgão foram removidos da sede central e distribuídos pela cidade, em um processo que foi amplamente criticado por especialistas em saúde pública e ex-diretores da Covisa. São os técnicos vigilância que atualizam o sistema.

Em nota, o governo Covas alegou que a falta de resultado dos testes de covid-19 não significa que o caso é suspeito e que as informações são atualizadas tão logo o resultado seja conhecido, com a definição de positivo ou negativo. Após questionamento, o governo tucano retirou do ar o sistema que permitia a consulta aos dados. O mesmo modus operandi do governo de João Doria (PSDB), que tirou do ar o download dos dados completos do Censo Covid-19 após questionamento da RBA.

A covid de Covas e Doria

No caso do governo Doria, os dados mostravam que havia 2.506 pacientes internados a mais do que foi informado em coletiva na segunda-feira (30), quando seis regiões foram recuadas da fase verde para a fase amarela do Plano São Paulo. Na apresentação do secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, na segunda-feira, foi informado que havia 9.689 pessoas internadas, sendo 5.548 em enfermaria e 4.141 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os números representavam uma ocupação de 52,2% dos leitos. Segundo Gorinchteyn, os dados utilizados na avaliação foram consolidados até o último sábado (28).

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), omitiu 2.506 internações de pacientes com covid-19 dos dados apresentados na última segunda-feira (30), quando todo o estado foi recuado da fase verde para a fase amarela do Plano São Paulo. A plataforma é usada para coordenar a intensidade da quarentena e a abertura do comércio no estado. Na apresentação do secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, na segunda-feira, foi informado que havia 9.689 pessoas internadas, sendo 5.548 em enfermaria e 4.141 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os números representavam uma ocupação de 52,2% dos leitos.

Porém, dados do Censo Covid-19, organizado pelo próprio governo Doria com informações sobre a ocupação de leitos específicos ocupados por unidade hospitalar pública no Estado de São Paulo, mostram que havia 12.195 pessoas internadas no sábado (28), as 11h47. Destas, 6.508 estavam em enfermaria e 5.687, em UTI. O que representa uma taxa de ocupação de UTI de 71,7% e levaria todo o estado para a fase laranja do Plano São Paulo. Os dados não incluem as internações na rede privada.

Os dados diferem inclusive do boletim diário da covid-19 que o governo Doria divulga à imprensa em São Paulo. No sábado, o boletim atualizado as 12h informava haver 9.755 pessoas internadas, sendo 5.661 em enfermaria e 4.094 em UTI. A taxa de ocupação de UTI informada era de 51,1% no estado.

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Fonte: RBA

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Compra de votos? Vídeo mostra distribuição de cestas básicas pela campanha de Bruno Covas


Cena extraída do vídeo mostra o carro de som e outro veículo com bandeira da campanha de Covas

No vídeo se vê carros com número 45, do PSDB, que toca música da campanha de Covas. Distribuição de cestas básicas, prática proibida pela legislação eleitoral, teria ocorrido essa semana, na Brasilândia

São Paulo – Um vídeo que circula nas redes sociais denuncia uma distribuição de cestas básicas que teria sido realizada pela campanha do atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB). As cestas teriam sido distribuídas na Rua Raulino Galdino da Silva, 1052, Brasilândia, zona norte da capital. No filme é possível notar uma intensa movimentação de pessoas. Moradores saindo do local com caixas, carros com o número do PSDB (45) e música da campanha tucano. A ação causou filas e aglomeração por pelo menos dois dias. A legislação eleitoral veda a distribuição de cestas básicas em campanha eleitoral, prática conhecida como compra de votos.

redebrasilatual


Assista ao VÍDEO

Confira o vídeo que mostra a distribuição de cestas básicas em meio à campanha de Covas

Segundo a Procuradoria-Geral Eleitoral, é proibido na propaganda eleitoral, entre outras coisas: “Distribuir camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor”. A RBA procurou a campanha de Covas para responder sobre a aparente tentativa de compra de votos, mas até o fechamento dessa reportagem não obteve resposta.

Nota da Prefeitura

Em nota enviada à RBA na noite desta quinta, a prefeitura afirma que a distribuição é parte do Programa Cidade Solidária. A nota não menciona a presença de cabos eleitorais de Covas, nem de veículo com a faixa de número 45, do candidato, tampouco a música da campanha tocada junto à aglomeração – conforme se vê e se ouve no vídeo acima. Eis a nota:

A Prefeitura de São Paulo esclarece que a distribuição de cestas faz parte do Programa Cidade Solidária, instituído no início da pandemia – em abril, por meio do Decreto nº 59.377, com foco na segurança alimentar frente a crise de emprego e renda. O programa é uma ação do poder público que conjuga e organiza os esforços da sociedade civil, em uma rede de solidariedade, com o objetivo de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade na capital durante a crise do coronavírus.

Desde abril, início do programa, foram distribuídas mais de 2 milhões de cestas básicas (média de 4 mil por dia) a famílias em situação de vulnerabilidade, onde são contemplados grupos variados de diversas regiões da cidade, desde ambulantes, imigrantes, catadores, pessoas com deficiência e indígenas. O programa também entregou mais de um milhão de itens de higiene e limpeza e atendeu a população com máscaras de proteção.

O Cidade Solidária iniciou sua ação em parceria com as entidades civis inseridas no Pacto por Cidades Justas e com ação direta de um conjunto de secretarias municipais que desenvolvem ações sociais nos territórios.

Todas as entidades parceiras assinaram um termo de adesão com a Prefeitura de São Paulo se comprometendo a executar a distribuição das cestas respeitando integralmente às recomendações do Ministério Público Eleitoral. Qualquer ação por parte das entidades que não tenha respeitado a recomendação descumpre o acordo estabelecido no termo de adesão e será apurada.

Irregular e abusiva

Além dessa denúncia sobre cestas básicas, a campanha de Covas vem sendo alvo de outras reclamações sobre abuso de poder na eleição.

Na semana passada, gravação a que a RBA teve acesso mostrava o secretário Municipal da Educação, Bruno Caetano, comemorando a difusão, por dirigentes de creches conveniadas, de uma fake news contra o candidato do Psol a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos. O objetivo era coagir os familiares de crianças atendidas a votar no atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB). Em mensagem enviada aos pais pela Creche Privada Conveniada Madagascar, mantida pela Associação Sonia Maria, é dito que, se Boulos vencer, “teremos o fim das creches conveniadas, não havendo vagas para os filhos de vocês e também um elevado índice de desemprego”.

Além disso, a diretora regional de Educação de São Mateus, Mirtes Innocencio da Silva, convocou reunião virtual com dirigentes e trabalhadores de creches, para falar das propostas dos candidatos. No entanto, na própria mensagem ficava claro o viés da conversa. “Ninguém vai falar aquilo que não é. Aliás, eu não preciso falar do plano do oponente, o próprio plano já se diz por conta própria. Ele tem um plano registrado na Justiça e nesse plano consta o que ele pretende e o que ele não pretende fazer. Como o Covas também tem e é esse plano que a gente pretende conversar, tá?”, diz.

A reunião foi cancelada após denúncia da RBA.


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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Filho de ex-senador morre em desastre aéreo; avião tinha 300 quilos de cocaína


Filho de Deca do Atacadão morre em desastre aéreo. Avião carregava 300 quilos de cocaína (Imagem: Divulgação/Polícia


Filho de famoso empresário paraibano e ex-senador pilotava avião que caiu neste sábado em São Paulo. Avião carregava 300 quilos de cocaína

Marcelo Gonzaga pilotava um avião de pequeno porte que caiu neste sábado (14), em São Pedro, interior do Estado de São Paulo. Ele estava sozinho na aeronave e morreu na tragédia.

Marcelo é filho do empresário e ex-senador Deca do Atacadão (PSDB). Na aeronave, a polícia encontrou cerca de 300 quilos de cocaína. Dois irmãos de Marcelo já saíram da Paraíba e foram para São Paulo fazer a identificação do corpo.

O avião caiu em uma área próxima a Rodovia Geraldo de Barros (SP-304). O caso está sendo registrado na Delegacia de São Pedro, mas a investigação tem o apoio da 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais).


Deca do Atacadão

José Gonzaga Sobrinho, mais conhecido como Deca do Atacadão ou simplesmente Deca, é um empresário e político Brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Proprietário do Grupo Atacadão do Rio do Peixe, Deca é um dos homens mais ricos da Paraíba.

Deca foi eleito em 2010 como primeiro-suplente do senador Cássio Cunha Lima (PSDB). Em setembro de 2016, o empresário tomou posse no Senado Federal após o pedido de licença de Cássio até o final do ano para tratamento de saúde.

Posse de Deca do Atacadão no Senado:

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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Exclusivo: Covas contratou por R$ 10 milhões produtora de vídeo que “não existe”


Empresa recebe R$ 850 mil mensais; desde o início do contrato apenas sete vídeos – lives gravadas – foram publicados no canal da Prefeitura no Youtube - arquivo pessoal/Facebook

Contratada na véspera da eleição, empresa não está no endereço do contrato e sócia não sabia informar sobre serviços

Desde o dia 31 de julho, Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, pagou R$ 1,7 milhão à YuYu Produções Ltda, para registros audiovisuais da agenda do Executivo. Porém, por força da lei eleitoral, a publicidade institucional dos agentes públicos foi suspensa no dia 15 de agosto. Isso significa que o tucano não pode divulgar imagens de sua rotina como mandatário do município até o fim do segundo turno da eleição, marcado para 29 de novembro.

O contrato, que o Brasil de Fato teve acesso, prevê o pagamento total de R$ 10,2 milhões em um ano, com parcelas de R$ 850 mil mensais. Em troca, a YuYu deve manter uma equipe de 15 profissionais à disposição da Prefeitura por 5 mil horas mensais (cerca de 333 horas por trabalhador), de segunda-feira a sábado, das 6h às 22h. O município também contratou um motolink, ilha de edição, equipamentos de som, câmera e tripé, entre outros itens.

Porém, esse efetivo não se comprova no resultado da produção. De acordo com o município, as produções feitas pela YuYu estão no canal da Prefeitura no Youtube, onde há somente sete vídeos publicados desde a data da contratação da produtora. Todos são transmissões ao vivo de coletivas de Bruno Covas e sua equipe, sem edição.

Em nenhum dos vídeos, há indicação de que a YuYu tenha feito a produção, gravação ou edição do material. Somadas, as publicações possuem 237 minutos, quase 4 horas, e alcançaram 45 mil pessoas.

As candidaturas de Joice Hasselmann (PSL) e Arthur do Val (Patriota) foram à Justiça no dia 10 de agosto, exigindo que a Prefeitura explique o empenho dos R$ 10,2 milhões em uma produtora de vídeos, às vésperas da eleição.

Na época, Hasselmann argumentava que a contratação da YuYu poderia beneficiar a campanha de Bruno Covas, já que fotos e imagens feitas pela produtora poderiam subsidiar a candidatura do tucano.

De acordo com a Lei 8.666, de 1993, conhecida como Lei Geral de Licitações, o capital mínimo da empresa contratada deve ser de, pelo menos, 10% do valor estimado da contratação. A YuYu Produções possui um capital social de R$ 10 mil, apenas 1% do valor total do contrato com a Prefeitura, R$ 10,2 milhões.

Produtora

Brasil de Fato ligou no telefone de contato da YuYu que está indicado no contrato. Quem atendeu, sem identificar a produtora, apenas com “alô”, foi Edna Satiko Asahi Seki, que consta como sócia da empresa. Em contato com a reportagem, a empresária afirmou que não se recorda quando foi a última vez que sua produtora acompanhou e gravou uma agenda da Prefeitura de São Paulo.

Edna atendeu ao Brasil de Fato às 12:57 dessa quinta-feira (22). No mesmo instante, ocorria, na sede da Prefeitura de São Paulo, a 17ª coletiva de imprensa online sobre anúncio de medidas de combate ao coronavírus, com a presença de Bruno Covas e dos secretários de Saúde, Edson Aparecido, e Educação, Bruno Caetano.

A reportagem foi até o endereço da produtora – que consta em seu registro na Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) e no contrato com a Prefeitura. Quem atendeu a porta da casa foi uma idosa, que afirmou ser a proprietária do imóvel e afirmou que lá não funciona nenhuma empresa. A mulher é sogra de Edna Satiko Asahi Seki, proprietária YuYu.

Seki foi encontrada na casa vizinha, onde mora. Porém, quando perguntada sobre a sede da produtora, afirmou que seria no imóvel ao lado, onde sua sogra negou que funcionasse a empresa. Mais uma vez, a empresária não soube informar onde suas equipes de gravação estavam e nem se estariam acompanhando o prefeito em alguma agenda.

No endereço indicado como sede da empresa, no bairro da Saúde, vive uma idosa, sogra da proprietária da empresa / Foto: Igor Carvalho

Nas duas casas não há indicação visual de que ali funcione a YuYu. No interior dos imóveis, não há equipamentos de gravação, áudio ou iluminação, nem mesmo a ilha de edição. Segundo Seki, todo o material da empresa fica com os funcionários, que são contratados por demanda.

A Yuyu não possui site próprio, perfil nas redes sociais e nem um canal no Youtube onde divulgue suas produções.

Outro lado

Brasil de Fato perguntou à Prefeitura de São Paulo se a YuYu Produções tem acompanhado as agendas de campanha de Bruno Covas. A Secretaria Especial de Comunicação do município afirmou que o contrato “transcende o período eleitoral e não tem qualquer relação com o calendário político-eleitoral".

"Além disso, os conteúdos e as imagens a serem produzidos têm caráter informativo sobre ações e serviços da Prefeitura de interesse público, inclusive os diretamente ligados à pandemia, e serão disponibilizados para toda a imprensa”, informou.

Indagada sobre a Lei Geral de Licitações, a Prefeitura disse ter seguido "rigorosamente todas as regras previstas na Lei 8.666/93, que disciplina as licitações públicas, e o contrato assinado não gera direito ao fornecedor”.

Fonte: Brasil de Fato


sábado, 22 de agosto de 2020

Em dois dias de frio intenso, ao menos quatro pessoas em situação de rua morrem em São Paulo


Movimentos têm se preocupado com as condições de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo em meio à onda de frio


Ao menos três pessoas morreram na região da Praça da Sé, segundo informações do Movimento Estadual da População em Situação de Rua. Outra morte ocorreu na zona norte da capital paulista

São Paulo – Quatro pessoas em situação de rua morreram entre sexta-feira (21) e a madrugada de hoje na cidade de São Paulo. As informações são do Movimento Estadual da População em Situação de Rua do Estado de São Paulo.

Pela manhã, a Secretaria de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo informou que uma mulher foi encontrada morta, por volta das 8h30, em um barraco improvisado na Praça da Sé. O movimento relata que foram registradas outras duas mortes de pessoas que também viviam na região da Praça da Sé, centro da capital paulista, uma delas um deficiente físico. Outro morador de rua também morreu na região do Tietê, zona norte da cidade.

Robson Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, cobra ações do poder público, em especial da administração municipal, para que se evitem mortes decorrentes do frio em meio à população de rua. “Pedimos que a prefeitura organizasse campings, pedimos para que a zeladoria parasse de retirar pertences da população de rua, parasse de desmanchar as barracas, mas nada foi feito. Os campings não devem ser ação de governo, mas poderiam ser uma medida emergencial para o inverno, ali no parque Dom Pedro, por exemplo, para que houvesse alguma organização e a zeladoria não tomasse nossos pertences.”

Ele conta que o Conselho Municipal de Assistência Social (Comas) chegou a aprovar a proposta que previa o erguimento de campings, mas a iniciativa não foi efetivada. “Camping é em espaço aberto, isso é feito em vários países, como ação emergencial”, pontua. “Tememos mais mortes nos próximos dias, porque não está tendo vaga para todo mundo na região central, a demanda está muito alta. As kombis só podem levar cinco pessoas por vez – por causa da pandemia – e estão indo pra longe, Guaianases, zona sul. Aí demora demais e muita gente não consegue atendimento.”

Na quinta-feira (20), a prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), afirmou que iria intensificar abordagens à população de rua para realizar encaminhamentos a abrigos em dias com temperatura abaixo de 13°C. Em caso de recusa, a administração se comprometeu a fornecer um kit lanche e cobertor.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as temperaturas mais baixas na cidade de São Paulo foram registradas por volta da meia-noite desta sexta-feira, média de 8,1°C no município.

As temperaturas baixas surpreenderam os paulistanos nesta sexta-feira (21), mas quem sofre mesmo são os moradores de rua, muitas vezes com pouca ou nenhuma proteção.



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