Ademar José Gevaerd, ufólogo paranaense, faleceu nesta sexta-feira (9) após ficar em estado gravíssimo na UTI e respirando por aparelhos devido a uma queda que sofreu na sua casa, na quarta-feira (7). Gevaerd faleceu aos 60 anos, às seis horas e quinze da manhã no Hospital Pilar em Curitiba. As informações sobre velório e sepultamento ainda não foram informadas ao público.
Em atualização dos médicos nesta sexta-feira antes da morte, o fundador da revista UFO, Gevaerd, estava com falência hepática e renal e havia começado o processo de hemodiálise contínua.
Os OVNIs interferiram na história? | #HistoryEntrevista A. J. Gevaerd e Rafael Amorim. 26 de jun. de 2020
Recentemente o governo dos Estados Unidos reascendeu a discussão sobre a possibilidade de existência de vida extraterrestre ao reconhecer a veracidade de vídeos de Óvins gravados por militares. Mas existem muitos outros relatos e registros em diversas partes do planeta. Quais foram os momentos da história do Brasil e do mundo nos quais existiu a possível interferência de extraterrestres? #HistoryEntrevista os grandes ufólogos brasileiros, A. J. Gevaerd e Rafael Amorim para discutir esse assunto.
No Twitter
Descanse en paz Ademar José Gevaerd, quien fue un gran especialista brasileño para el estudio de los ahora reconocidos oficialmente cómo fenómenos aéreoespaciales y/o submarinos - transmedios "UAPs no hechos por el hombre".
URGENTE: Falleció en el hospital de Curitiba, el investigador Ademar José Gevaerd. Tenía 60 años, fundó la revista UFO en 1985. Había sufrido un accidente domestico el 30 de noviembre. QEPD @jaimemaussan1pic.twitter.com/Muv7Do5xMk
Damares Alves pediu que Jair Bolsonaro rejeitasse
oferecer leitos de UTI e produtos de limpeza a indígenas porque os
povos não haviam sido “diretamente consultados pelo Congresso Nacional”.
Foto: Pedro Ladeira
Uma nota técnica enviada pela ministra ao
Planalto, assinada em 6 de julho por Esequiel Roque, secretário adjunto da
Igualdade Racial, pedia que Bolsonaro retirasse da lei de proteção aos
indígenas a obrigação de União, estados e municípios fornecerem itens como água
potável; materiais de limpeza, higiene e desinfecção; leitos de UTI;
ventiladores pulmonares; e materiais informativos sobre a Covid-19.
Bolsonaro concordou.
Segundo o documento endossado por Damares, “mesmo cientes da
situação de excepcionalidade vivida pelo país e da celeridade em aprovar
projetos de lei que beneficiem e protejam os povos tradicionais, os povos
indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais não foram diretamente
consultados pelo Congresso Nacional”.
Os dados foram enviados nesta semana ao deputado Ivan
Valente, do PSOL de São Paulo, após um requerimento de informações.
No mesmo dia da publicação dos vetos presidenciais, em 8 de
julho, Luís Roberto Barroso mandou o governo adotar medidas para evitar mortes
de indígenas pela doença.
Um mês depois, a decisão do ministro foi referendada pelo
plenário do STF, e o Congresso Nacional derrubou os vetos de Bolsonaro.
RIO DE JANEIRO - Estimulado pela bravata maltratada e desequilibrada do presidente Jair Bolsonaro, a última onda de COVID do Brasil ameaça colocar o país em primeiro lugar entre os surtos de coronavírus mais letais do mundo.
Fornecido por The Daily Beast Carl De Souza / Getty
Profissionais médicos desesperados e autoridades locais que
estão lutando para neutralizar a antipatia de Bolsonaro por máscaras, bloqueios
e - até recentemente - vacinas disseram ao Daily Beast que o vírus agora está
completamente fora de controle e eles temem que o número de mortos continue a
explodir.
“A situação é desesperadora”, disse o Dr. Gerson Salvador,
que trabalha no pronto-socorro de um hospital de São Paulo ao The Daily
Beast. “E o que nos trouxe aqui é a atitude do presidente.”
Esta semana, o Brasil ultrapassou 4.000 mortes em um único
dia pela primeira vez desde o início da pandemia, há mais de um ano - e os
especialistas alertam que o pior ainda está por vir. Em todo o país,
cemitérios estão ficando sem espaço e algumas cidades abriram valas
comuns. Em São Paulo, as autoridades dizem que planejam enterrar as
vítimas em “sepulturas verticais” que parecem gavetas.
Bolsonaro - que afirmou que o COVID era apenas uma “pequena
gripe” no início da pandemia - lutou contra as medidas de isolamento,
argumentando que elas só prejudicam a economia. Sua maneira catastrófica
de lidar com a crise afetou seu índice de aprovação e o deixou politicamente
enfraquecido. Mas em um país onde milhões de trabalhadores trabalham no setor
informal - trabalhando como faxineiros, motoristas de táxi ou vendedores de
frutas - sua mensagem ainda ressoou em muitos trabalhadores frustrados.
Ainda assim, prefeitos e governadores desafiaram Bolsonaro,
tentando colocar algumas restrições em uma tentativa de diminuir as
infecções. Antes da Páscoa, cidades como o Rio de Janeiro impuseram
bloqueios parciais que fecharam bares, restaurantes e praias.
Mas essas medidas ainda são difíceis de vender para muitos
brasileiros. Diante da pressão de um eleitorado frustrado e de uma
economia em crise, as autoridades de vários estados - incluindo Ceará e Santa
Catarina - devem aliviá-los nos próximos dias.
No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes reabriu escolas
em toda a cidade esta semana, depois de uma dura batalha judicial com rivais
que lutavam para manter o fechamento no local. Um bloqueio parcial de
empresas na cidade também está sendo suspenso na sexta-feira.
Com a falta de uma estratégia nacional e uma reabertura
prematura de muitas cidades, a catástrofe tende a se aprofundar, disse o Dr.
Paulo Pinheiro, vereador carioca do PSOL de esquerda e membro da comissão de
saúde da cidade.
“O que temos hoje é cada município e cada estado lidando com
a crise à sua maneira”, disse Pinheiro ao The Daily Beast. “Não tem como funcionar. E
a imagem é assustadora, sem nenhuma perspectiva melhor pela frente. ”
Em um hospital lotado em São Paulo, a Dra. Vanessa Dinis
atende um fluxo incessante de pacientes infectados com COVID-19. Sempre
que uma cama de terapia intensiva é liberada na sala de emergência onde ela
trabalha, ela é rapidamente preenchida por outro paciente com dificuldade para
respirar.
“É de longe a pior situação que já vivemos”, disse Dinis ao
jornal The Daily Beast durante um turno em um dos três hospitais paulistas onde
trabalha. “Estamos vendo famílias inteiras internadas em cuidados
intensivos”.
Dinis está entre os milhares de trabalhadores da saúde que
lutam na linha de frente da pandemia COVID-19 no Brasil, onde a crise saiu de
controle nas últimas semanas. O vírus já ceifou 341.000 vidas e infectou
mais de 13 milhões de brasileiros, no que está se tornando rapidamente o pior
surto do mundo.
O país agora está a caminho de ultrapassar o recorde
americano de média semanal de mortes estabelecido em janeiro (3.285), de acordo
com o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington.
As infecções no Brasil explodiram parcialmente devido a uma
variante altamente infecciosa, que foi detectada pela primeira vez na cidade
amazônica de Manaus no início deste ano e, desde então, varreu o país com a
velocidade da luz, na ausência de medidas de distanciamento social.
Especialistas dizem que a variante, conhecida como P1, pode
ser capaz de driblar a imunidade, infectando até mesmo aqueles que já estavam
infectados com o vírus. Cada vez mais o perfil dos pacientes encaminhados
às pressas para o pronto-socorro também está mudando, diz Dinis, à medida que a
COVID-19 infecta os brasileiros mais jovens.
“Pais que já foram vacinados ou tiveram um caso mais leve de
COVID no ano passado”, disse ela. “Agora eles estão vendo seus filhos
hospitalizados e intubados.”
O aumento dramático de casos em todo o Brasil sobrecarregou
o sistema de saúde, levando-o ao colapso em algumas regiões. Isso deixou
os hospitais lutando por leitos de cuidados intensivos, suprimentos de oxigênio
e medicamentos essenciais. No hospital paulista onde trabalha Salvador, os
pacientes são atendidos em todos os cantos livres, inclusive consultórios e
corredores.
“Nas últimas semanas, não tivemos leitos para hospitalizar
pessoas”, disse Salvador ao The Daily Beast. “Tínhamos que colocar os
pacientes, mesmo os em estado grave, em espaços improvisados enquanto
aguardavam o leito da UTI.”
A capacidade da UTI está acima de 90 por cento em 21
capitais de todo o país, incluindo Belo Horizonte, Porto Alegre e Porto
Velho. No Distrito Federal de Brasília, os hospitais estão completamente
sem leitos de terapia intensiva. No estado do Rio de Janeiro, mais de 600
pessoas aguardam na fila para atendimento na UTI - uma lista de espera que é
três vezes a capacidade total do estado.
Em Vitória, cidade litorânea do Espírito Santo, o Dr. João
Ferraz disse que os hospitais onde trabalha estão lutando para conseguir os
medicamentos necessários para intubar os pacientes. Os leitos de cuidados
intensivos também são difíceis de encontrar no Espírito Santo, onde as taxas de
ocupação são de cerca de 93%.
“Está muito lotado, é quase impossível conseguir uma vaga”,
disse Ferraz em entrevista ao The Daily Beast antes de entrar no turno da
noite. “Às vezes, de manhã, não há camas. Então, à tarde, um paciente
recebe alta ou alguém morre. E esses espaços são preenchidos
imediatamente. ”
Nos hospitais onde Dinis trabalha, a capacidade de leitos da
UCI foi recentemente aumentada, aliviando um pouco a pressão sobre as
urgências. Mas ela diz que os hospitais de São Paulo - o estado com o
maior número de casos - agora enfrentam a falta de pessoal.
“Estamos lutando para cobrir os turnos nos hospitais”, disse
ela. “Eles estão aumentando o número de leitos, mas não aumentando o
número de profissionais de saúde”.
Médicos e enfermeiras, por sua vez, estão exaustos, disse
Ferraz. “Estamos completamente esgotados. E sem restrições mais
fortes ou uma vacina, nossas esperanças de ver uma melhora em breve estão
realmente se esvaindo. ”
No Brasil, a vacinação fica defasada em meio à escassez de
doses. O país tem lutado até agora para garantir vacinas suficientes para
imunizar sua população de 211 milhões, depois que Bolsonaro rejeitou acordos
com fabricantes de vacinas como China e Índia no ano passado. Até agora,
menos de 3% dos brasileiros receberam as duas doses.
Enquanto isso, Salvador diz que a única esperança do Brasil
de controlar a crise é finalmente impor medidas de bloqueio mais rígidas em
todo o país.
“A resposta não está no sistema de saúde - já atingimos o
limite. Não temos mais capacidade humana ”, disse ele.
“Precisamos de um bloqueio real, precisamos parar a
transmissão do vírus. Sem ele, as coisas só vão piorar no curto
prazo. E provavelmente perderemos muito mais vidas. ”
Drama nas favelas do Brasil: morrer de fome ou de covid-19
O Brasil é um dos países mais atingidos pela pandemia da
covid-19. E, se já não bastasse o caos sanitário, o país enfrenta ainda
desemprego elevado, alta nos preços dos alimentos e fome. Com a interrupção do
auxílio emergencial, muitos ficaram sem saber como alimentar suas famílias.
"Tem dias que não tem nem um pão", diz Célia
Gomes, moradora da favela de Paraisópolis, em São Paulo. "Eu acordo
agoniada. Dou um pulo da cama, a primeira coisa que eu faço é me benzer, e
agradecer a Deus que eu acordei viva."
Ante la alta demanda de entierros debido al aumento de la tasa de mortalidad por el covid-19, las autoridades brasileñas empezaron a cavar hasta 600 tumbas al día en cementerios municipales pic.twitter.com/buL7QSZxWX
Foram registradas 1.972 mortes nesta terça (9); 268.370
pessoas morreram no país desde o início da crise sanitária
As médias móveis diárias de novos casos e mortes, calculadas
com base nos últimos sete dias, seguem em ascensão acelerada, e estão em seu
ápice - Mário Oliveira/Semcom
O surto de covid-19 segue descontrolado e em franca
tendência de crescimento no Brasil. Nesta terça-feira (9), o país voltou a
bater seu próprio recorde de mortos em um período de 24 horas, com 1.972
vítimas notificadas ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Com os novos números, o país chega 268.370 vidas ceifadas pelo coronavírus desde o início da pandemia, em
março de 2020.
O balanço desta terça-feira nos estados também identificou
um total de 70.764 novos casos de infecção. Isso, sem contar a subnotificação,
admitida por todas as autoridades sanitária envolvidas. Com isso, 11.122.429
brasileiros já foram contaminadas com a covid-19.
As médias móveis diárias de novos casos e mortes, calculadas
com base nos últimos sete dias, seguem em ascensão acelerada, e estão em seu
ápice, superando o piro momento da pandemia, entre julho e agosto do ano
passado.
Colapso
Os sistemas de saúde das cidades brasileiras seguem em
colapso – ou já muito próximos dele – há mais de uma semana. A demanda não
atendida por leitos hospitalares já faz com que brasileiros morram sem terem
recebido nenhum atendimento médico.
No Paraná, por exemplo, no fim de semana, 989 pessoas
aguardavam na fila por uma vaga para tratar de covid-19, sendo 519 com
necessidade imediata de UTI. O cenário dramático se repete em boa parte do
restante do país. No Mato Grosso,quase 100 pessoas aguardam por um leito.
O Brasil é, desde janeiro, o epicentro da pandemia de
covid-19. Segundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, o país vive
um cenário oposto ao mundo.
Os demais países da comunidade internacional assistem a uma
grande redução de casos e mortos desde o início do ano. Resultados expressivos
foram observados na Europa, com a adoção de “lockdown” intensivo e também com o
avanço das respectivas campanhas de vacinação.
Ao defender que as pessoas saiam de casa o mínimo possível,
o biólogo e divulgador científico Atila Iamarino afirma que o esforço é
necessário "para impedir o colapso do sistema de saúde e dar chance
de quem está nessa fila crescente por UTI ter um tratamento digno".
Isolamento
Diante do agravamento da crise, Atila insiste na necessidade
de isolamento. “O combate é o mesmo. Distanciamento, máscaras, vacina, auxílio
emergencial. Mas tudo precisa ser reforçado, já que um vírus mais transmissível
aproveita melhor as brechas. Irreversíveis são as vidas perdidas, mas o
controle da pandemia é dinâmico e responde ao nosso esforço".
“Um ano depois ainda insistimos em não aceitar o que
funciona e insistimos em não descartar tratamento precoce. Não é uma escolha
entre parar e não parar. É parar antes, de modo planejado, pra reabrir antes”,
completa Iamarino.
Mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) teme que a falta
de isolamento social no Brasil diante de grave crise possa ser prejudicial para
as vacinas, já que o vírus circulando livre e com intensidade pode estimular
mutações e novas cepas.
Entretanto, as recomendações da ciência seguem desprezadas
pelo presidente Jair Bolsonaro. O governo brasileiro é uma exceção diante do
mundo ao atacar, deliberadamente, medidas comprovadamente eficazes como isolamento,
máscaras e vacinas.
Bolsonaro segue de forma irracional a indicar remédios
comprovadamente ineficazes para tratar a doença, como a cloroquina e a
ivermectina. A ciência é precisa neste caso: não existe tratamento precoce e
Bolsonaro mente.
Vacinas
A boa notícia da semana ficou por conta dos laboratórios
responsáveis pelas vacinas da AstraZeneca e da CoronaVac, desenvolvidas em
parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan,
respectivamente.
De acordo com estudos preliminares, os dois imunizantes que
estão sendo aplicados nos brasileiros são eficazes contra as cepas inglesa e de
Manaus, que são mais contagiosas e agressivas e circulam no país.
Até o momento foram vacinados 10,8 milhões de brasileiros,
ou 3,83% da população. Apenas 1,26% da população nacional recebeu as duas
doses. O último balanço dos estados foi divulgado no fim de semana.
Existe a expectativa para abril de a Fiocruz e o Instituto
Butantan ampliarem a produção. Também são esperadas 14 milhões de doses da
Pfizer até julho. A após três recusas de negociação do governo Bolsonaro com a
empresa.
O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (9) um
total de 1.972 novas mortes por Covid-19 registradas nas últimas 24 horas. É o
novo recorde de óbitos confirmados em um único dia no Brasil ao longo da
pandemia.
'Se importem', afirmou Paulo César Santos, de 50 anos após
perder a filha
Menina morta por síndrome pós covid-19 não teve sintomas,
alerta pai
Paulo César dos Santos, de 50 anos, pai de uma menina, de 13
anos, morta morta por síndrome pós covid-19 revela
que sua filha não teve sintomas da doença causada pelo novo coronavírus e faz
alerta: “Era uma criança saudável, uma criança espontânea. Se ela não tivesse
contraído o coronavírus, ela não teria morrido. […] Se importem. Porque
infelizmente está aumentando os casos sobre crianças”.
A menina morreu no fim do mês passado em Campinas, no
interior de São Paulo, de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica
(SIM-P) pós covid-19 , uma condição rara que pode atingir crianças e jovens de
até 19 anos. O caso da filha de Paulo foi o primeiro confirmado na cidade.
A covid-19 contaminou o pai, a mãe da menina e seus dois
irmãos. Todos foram diagnosticados positivo para a doença causada pelo novo
coronavírus entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021 e fizeram exames. A única
exceção foi a caçula, de 13 anos, Ana Clara Macedo Santos. Ela não teve
sintomas. A família adotou os protocolos e se recuperou, sem gravidade.
Porém, em meados de fevereiro, a menina caçula passou a ter
cólicas que não cessavam. Ana foi hospitalizada e descobriu, por exame de
sangue, que teve contato com o novo coronavírus.
Após dois dias de internação, o quadro se agravou, com
falência de órgãos. “Os rins já tinham parado, o fígado tinha parado, o pulmão
estava sendo comprometido”, diz o pai.
A menina morreu em 24 de fevereiro com falência em múltiplos
órgãos. “Não sabíamos que existia a síndrome, ficamos sabendo pelo
hospital”, diz o pai.
“Não tinha problema respiratório, nem pressão alta, coisas
que podem vir com obesidade. Era uma criança saudável. Segundo a Vigilância
Sanitária, foi um resultado da Covid. Ela não tinha doença nenhuma”, afirmou o
pai.
“Ela deixou um legado pra nós do amor de Deus, o perdão,
somos evangélicos. Quero levar o legado dela pra frente. Que tudo isso sirva de
alerta que criança também pega. Se previnam, usem máscara, álcool em gel,
higienização”, pediu o pai de Ana Clara.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa)
de Campinas, a síndrome caracteriza-se por inflamações da parede dos vasos
sanguíneos de órgãos como rins, articulações, sistema nervoso central e vias
respiratórias.
Os sintomas são semelhantes aos da doença de Kawasaki,
condição que causa inflamação nos vasos sanguíneos e tem sintomas como febre
alta e lesões na pele. “Em abril deste ano, pesquisadores de vários países
europeus anunciaram a identificação de uma nova síndrome inflamatória em
crianças com Covid-19. Segundo os primeiros estudos, a condição teria sintomas
parecidos com os da doença de Kawasaki, o que levou os especialistas a
acreditarem que o novo coronavírus levasse ao desenvolvimento desse problema
pediátrico raro. Contudo, uma pesquisa liderada na Inglaterra mostrou que a
condição observada nas crianças com Covid-19 não era a mesma da doença de
Kawasaki. Algumas características eram diferentes, logo a síndrome inflamatória
multissistêmica pediátrica passou a ser associada ao novo coronavírus”,
explicou a pediatra Ana Carolina Ruela da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Pediátrica do Hospital da Mulher Dr.ª Nise da Silveira, em Máceio (AL).
Ao contrário da doença de Kawasaki, que costuma aparecer
antes dos cinco anos de idade, a SIM-P afeta crianças mais velhas, chegando a
atingir, inclusive, os adolescentes. “A principal característica da SIM-P é uma
febre alta persistente, que chega a durar mais de três dias, associada aos
sintomas gastrointestinais, como dor abdominal intensa, diarreia, náuseas e
vômitos. Além disso, o paciente pode apresentar manchas vermelhas no rosto e no
corpo, conjuntivite, descamação da pele, linfonodos cervicais e alterações na
coagulação sanguínea, favorecendo a formação de trombos e de sangramentos e
problemas cardiovasculares”, destacou Ana Carolina Ruela.
Ela acrescentou que, além da febre prolongada, as crianças e
os adolescentes podem apresentar o desconforto respiratório, que não é causado
por alguma doença pulmonar. “Outra característica da SIM-P é que ela acomete o
sistema cardiovascular. A criança ou o adolescente pode desenvolver a
miocardite, que é quando o músculo cardíaco inflamado não consegue enviar,
satisfatoriamente, o sangue para as partes às quais se destina, decorrente de
uma falência transitória do ventrículo esquerdo, resultando no desconforto
respiratório”, explicou a pediatra.
Para saber mais sobre a Síndrome Inflamatória
Multissistêmica Pediátrica pós covid-19, clique aqui.
Com informações do portal ‘G1’ e da Secretaria Estadual
de Saúde de Alagoas.
Carteira de trabalho, Bolsonaro com Paulo Guedes e fila por
emprego (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Publicas | Reuters)
"É fundamental que o Congresso Nacional discuta novo
arcabouço fiscal, em linha com a experiência internacional", defende a
deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, que alerta que o cenário
econômico e social no País "tende a se tornar ainda mais grave" no
próximo ano
O negacionismo e o fanatismo fiscal que marcam o governo
Bolsonaro são os maiores responsáveis pela situação social e sanitária do país,
aproximando o Brasil das 200 mil mortes decorrentes da Covid-19.
O cenário tende a se tornar ainda mais grave em 2021, com a
retomada do teto de gastos, que reduzirá a despesa do governo federal em 8% do
PIB, na contramão do que fazem diversos países, que estão aprovando pacotes de
estímulos à economia, transferência de renda e investimentos em saúde. Diante
da crise, o aumento da dívida pública é um fenômeno mundial.
No atual contexto, o programa austericidade Guedes não
encontra justificativa na situação fiscal do pais, sendo ainda mais nocivo do
ponto de vista social. Com a volta do teto de gasto, o auxílio emergencial será
extinto, retirando renda de 40% dos domicílios brasileiros, que recebem auxílio
emergencial, segundo a Pnad COVID19 (no Nordeste, este percentual é superior a
50%). Cerca de 10 milhões de pessoas saíram da força de trabalho entre 2019 e
2020, segundo os dados da Pnadc para o terceiro trimestre. Com o fim do
auxílio, o aumento da procura por trabalho elevará ainda mais o desemprego, que
já afeta mais de 14 milhões de brasileiros.
A retirada da renda do auxílio sem recuperação dos
rendimentos do trabalho implicará aumento da desigualdade e da pobreza. Os mais
vulneráveis, sem a renda garantida pelo Estado, buscarão sua sobrevivência
material e ampliarão o risco de contágio pelo vírus, pressionando ainda mais a
rede pública de saúde, que também sofrerá o impacto da austeridade em 2021.
Há diversas fontes de pressão sobre o SUS para o ano que
vem. Entre elas, vale citar: o crescente patamar de casos de Covid; a
necessidade de aquisição de produtos de saúde (equipamentos de proteção
individual aos trabalhadores, medicamentos de UTI, vacina, entre outros) e de
manutenção de leitos; as demandas represadas em 2020; e a redução da clientela
dos planos de saúde, diante do elevado desemprego, fazendo com que cerca de 80%
da população só tenha acesso à saúde por meio do SUS. Mesmo assim, o SUS
perderá cerca de R$ 40 bilhões entre 2020 e 2021 se o orçamento ficar no piso
congelado da EC 95, conforme proposta do governo.
No caso brasileiro, a dívida é emitida na moeda que o país
emite, não havendo risco de inadimplência, e os juros estão extraordinariamente
baixos, reduzindo o custo da dívida. Por fim, as reservas internacionais
acumuladas nos governos do PT constituem ativos do setor público que funcionam
como um colchão de proteção da economia e reduzem nossa dívida líquida.
A combinação de ampliação da demanda e redução abrupta de orçamento
pode levar ao colapso do sistema em 2021, em função das restrições de oferta de
serviços e do “desfinanciamento” da saúde, com impactos, por exemplo, sobre a
disponibilidade de leitos de UTI, que já estão sendo desativados. Convém
lembrar que, em meio à crise, é reduzida a capacidade de estados e municípios
ampliarem suas despesas, pois, diferente da União, não emitem dívida soberana.
A Medida Provisória recentemente editada, com R$ 20 bilhões
para a vacina, demonstra como, para o atual governo, a crença no fiscalismo
está acima da defesa da vida. O crédito extraordinário, não contabilizado no
teto, foi editado com o propósito de ser reaberto em 2021. No entanto, créditos
extraordinários só podem ser abertos se, entre outros requisitos, houver imprevisibilidade,
o que não é o caso, diante da expectativa de registro de vacinas contra a
Covid. Inclusive, o governo ajustou a meta de resultado primário em 2021,
prevendo a execução dos recursos da vacina e explicitando que não se trata de
gasto imprevisível.
Como o orçamento de 2021 ainda não foi aprovado, seria
suficiente incluir os valores na programação do Ministério da Saúde. No
entanto, o teto de gasto não permite ampliação dos recursos. Deste modo, o
governo se vale de um truque fiscal, autorizando crédito extraordinário dentro
do estado de calamidade para acomodar o gasto com vacina no orçamento e
manter/burlar o teto de gasto. No entanto, não há qualquer demonstração que os
R$ 20 bilhões sejam suficientes para vacinar toda a população. Nesta hipótese,
manifestando a cruel hierarquia entre controle de gasto e defesa da vida,
restará escolher quem poderá se vacinar e quem ficará à espera de nova brecha
fiscal.
Conforme lembrou Marcos Nobre, Bolsonaro e Guedes estão unidos na tarefa de desconstrução das instituições erigidas na Constituição de 1988. A austeridade não é apenas um equívoco econômico. O liberalismo primitivo do governo vislumbra uma sociedade regida pelo individualismo selvagem em que cada um é responsável por si e não há instituições de garantia de direitos.
É contra esta visão que precisamos lutar, em defesa da adoção de medidas emergenciais que atendam ao interesse da população, especialmente os trabalhadores e os mais vulneráveis. Ainda há tempo de evitar o caos sanitário e social em 2021. Basta a prorrogação do estado de calamidade, o que suspenderá as regras fiscais e viabilizará gastos emergenciais para combate à pandemia.
Estruturalmente, é fundamental que o Congresso Nacional discuta novo arcabouço fiscal, em linha com a experiência internacional. O congelamento de despesas com elevado efeito multiplicador e redistributivo, combinado a um sistema tributário regressivo, implica um regime fiscal duplamente concentrador de renda. Para o Brasil reencontrar o caminho do crescimento com inclusão social, é preciso tributar a renda e o patrimônio dos mais ricos e revogar o teto de gastos, permitindo canalizar os ganhos de arrecadação, especialmente, para o financiamento de políticas sociais que garantam direitos universais.
NOBRE, Marcos. Ponto final - a guerra de Bolsonaro conta a democracia. São Paulo: Todavia, 2020.
Gleisi Hoffmann, deputada federal (PR) e presidenta nacional do PT; Bruno Moretti, assessor no Senado Federal; Francisco Funcia, Consultor do CNS e Carlos Ocké, pesquisador do Ipea.
Fim do auxílio emergencial: Mães que sustentam o lar relatam
preocupação
Chefes de família de diversas regiões do país contam como
usaram o auxílio para sustentar os filhos durante o isolamento social e a crise
econômica, e o que farão sem a ajuda do governo.
Em abril de 2020, com a crise do coronavírus, o governo
começou a pagar um auxílio de R$ 600 a pessoas de baixa renda sem emprego
formal. Mulheres que sustentam o lar sozinhas e têm algum dependente menor de
idade receberam o pagamento em dobro --foram cinco parcelas de R$ 1.200.
O governo prorrogou o auxílio até o final do ano, com no
máximo quatro parcelas extras. Mas o valor caiu pela metade, e as chefes de
família passaram a receber R$ 600. Agora, com o final do auxílio e a economia
ainda em crise, as mães-solo temem passar por dificuldades ainda maiores.
Bruno Covas em coletiva em que afirmou que havia
estabilidade no número de casos e mortes e que não ia retroceder na flexibilização
Testes não foram contabilizados na análise da evolução da pandemia, enquanto Covas dizia que a situação era de estabilidade. Falta de registros coincide com o desmonte da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, em agosto
São Paulo – O governo do prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), deixou de registrar resultados (positivos ou negativos) de exatos
109.872 testes de covid-19 na capital paulista, entre os meses de setembro e
outubro. Nesse período – que antecedeu a eleição municipal –, Covas negou
várias vezes que a pandemia estivesse se agravando na cidade. Entre março e
agosto, no máximo 3% dos testes realizados ficaram sem registro de resultado.
Mas em setembro, esse índice subiu para 31% e chegou a 58% em outubro. Com
isso, milhares de prováveis casos positivos deixaram de ser considerados nos
indicadores da pandemia, sustentando artificialmente a afirmação que seu
governo mantinha a pandemia sob controle. As informações são do portal G1.
Segundo o placar de testes covid-19 do governo
estadual, em média 28,75% dos testes RT-PCR (que identifica a infecção
ativa) resultam positivos para o novo coronavírus. A partir desse percentual é
possível estimar que a cidade teria registrado cerca de 31 mil casos positivos
a mais nos meses de setembro e outubro. Os dados de novembro não foram
considerados por ainda poderem apresentar alterações devido à demora entre a
aplicação do teste, a notificação do resultado e a inserção dos dados no
sistema. O resultado do teste leva em média três dias para ser conhecido.
Fonte: E-SUS/Secretaria Municipal da Saúde
Período sem registros dos resultados de testes para covid-19
coincide com o desmonte da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa)
pelo governo Covas. No final de agosto, 257 profissionais do órgão foram
removidos da sede central e distribuídos pela cidade, em um processo que foi
amplamente criticado por especialistas em saúde pública e ex-diretores da
Covisa. São os técnicos vigilância que atualizam o sistema.
Em nota, o governo Covas alegou que a falta de resultado dos
testes de covid-19 não significa que o caso é suspeito e que as informações são
atualizadas tão logo o resultado seja conhecido, com a definição de positivo ou
negativo. Após questionamento, o governo tucano retirou do ar o sistema que
permitia a consulta aos dados. O mesmo modus operandi do
governo de João Doria (PSDB), que tirou do ar o download dos dados completos do Censo
Covid-19 após questionamento da RBA.
No caso do governo Doria, os dados mostravam que havia 2.506
pacientes internados a mais do que foi informado em coletiva na segunda-feira
(30), quando seis regiões foram recuadas da fase verde para a fase amarela do
Plano São Paulo. Na apresentação do secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, na
segunda-feira, foi informado que havia 9.689 pessoas internadas, sendo 5.548 em
enfermaria e 4.141 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Os números
representavam uma ocupação de 52,2% dos leitos. Segundo Gorinchteyn, os dados
utilizados na avaliação foram consolidados até o último sábado (28).
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), omitiu 2.506
internações de pacientes com covid-19 dos dados apresentados na última
segunda-feira (30), quando todo o estado foi recuado da fase verde para a fase
amarela do Plano São Paulo. A plataforma é usada para coordenar a intensidade
da quarentena e a abertura do comércio no estado. Na apresentação do secretário
da Saúde, Jean Gorinchteyn, na segunda-feira, foi informado que havia 9.689
pessoas internadas, sendo 5.548 em enfermaria e 4.141 em Unidades de Terapia
Intensiva (UTI). Os números representavam uma ocupação de 52,2% dos leitos.
Porém, dados do Censo Covid-19, organizado pelo próprio
governo Doria com informações sobre a ocupação de leitos específicos ocupados
por unidade hospitalar pública no Estado de São Paulo, mostram que havia 12.195
pessoas internadas no sábado (28), as 11h47. Destas, 6.508 estavam em
enfermaria e 5.687, em UTI. O que representa uma taxa de ocupação de UTI de
71,7% e levaria todo o estado para a fase laranja do Plano São Paulo. Os dados
não incluem as internações na rede privada.
Os dados diferem inclusive do boletim diário da covid-19 que
o governo Doria divulga à imprensa em São Paulo. No sábado, o boletim
atualizado as 12h informava haver 9.755 pessoas internadas, sendo 5.661 em
enfermaria e 4.094 em UTI. A taxa de ocupação de UTI informada era de 51,1% no
estado.
Representação é do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que
questiona vetos do presidente que desobrigam governo de fornecer água e prestar
atendimento médico Por Revista Fórum
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) denunciou o
presidente Jair Bolsonaro ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU por
descaso na proteção dos povos indígenas. O ofício enviado pelo parlamentar cita
os diversos vetos do presidente que desobrigam o governo
federal de fornecer água potável, higiene e leitos hospitalares a indígenas, em
legislação de proteção dessas comunidades durante a pandemia de coronavírus.
Em despacho ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
publicado no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 8 de julho, Jair
Bolsonaro vetou, entre outros artigos, o acesso universal a água potável no
Projeto de Lei nº 1.142, de 2020, que “dispõe sobre medidas de proteção social
para prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19 e cria um plano
emergencial de enfrentamento ao coronavírus nos territórios indígenas”.
Ao justificar o veto, Bolsonaro diz que permitir acesso à
agua potável aos indígenas “cria despesa obrigatória ao Poder Público”, citando
como fontes da decisão os Ministérios da Economia, da Saúde, da Justiça e
Segurança Púbica e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Outra medida vetada pelo presidente, pela mesma
justificativa de “criação de despesa ao poder público” é a “distribuição
gratuita de materiais de higiene, de limpeza e de desinfecção de superfícies
para aldeias ou comunidades indígenas”.
Bolsonaro ainda vetou a compra de respiradores e máquinas de
oxigenação sanguínea e a oferta emergencial de leitos hospitalares e de unidade
de terapia intensiva (UTI).
Na última semana (9), durante o Conselho de Direitos Humanos
das Nações Unidas (ONU), um grupo de organizações mencionou os vetos de Jair
Bolsonaro às medidas de apoio aos povos indígenas em razão da pandemia do novo
coronavírus. O Governo Federal “vetou aspectos essenciais do plano emergencial
indígena para a COVID-19, como o acesso à água”, ressaltou o pronunciamento.
A menção ocorrida na ONU diz respeito aos vetos no Projeto
de Lei (PL) nº 1142/2020 que dispõe sobre medidas de apoio aos povos indígenas
em razão da pandemia do novo coronavírus. O PL teve dezesseis importantes
artigos vetados pelo presidente Bolsonaro, sendo o projeto de lei mais vetado
em toda história do país.
Em nota emitida na quarta feira (8), o Conselho Indigenista
Missionário (Cimi) sustentou que a oposição de Bolsonaro ao plano emergencial
reafirma “o preconceito, o ódio e a violência do atual governo em relação aos
povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais”. A justificativa do
presidente para os vetos baseia-se exclusivamente na falta de orçamento, o que
é desmentido pela recente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
10/2020 pelo Congresso Nacional
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