Foram registradas 1.972 mortes nesta terça (9); 268.370 pessoas morreram no país desde o início da crise sanitária
O surto de covid-19 segue descontrolado e em franca
tendência de crescimento no Brasil. Nesta terça-feira (9), o país voltou a
bater seu próprio recorde de mortos em um período de 24 horas, com 1.972
vítimas notificadas ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Com os novos números, o país chega 268.370 vidas ceifadas pelo coronavírus desde o início da pandemia, em
março de 2020.
O balanço desta terça-feira nos estados também identificou
um total de 70.764 novos casos de infecção. Isso, sem contar a subnotificação,
admitida por todas as autoridades sanitária envolvidas. Com isso, 11.122.429
brasileiros já foram contaminadas com a covid-19.
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As médias móveis diárias de novos casos e mortes, calculadas
com base nos últimos sete dias, seguem em ascensão acelerada, e estão em seu
ápice, superando o piro momento da pandemia, entre julho e agosto do ano
passado.
Colapso
Os sistemas de saúde das cidades brasileiras seguem em
colapso – ou já muito próximos dele – há mais de uma semana. A demanda não
atendida por leitos hospitalares já faz com que brasileiros morram sem terem
recebido nenhum atendimento médico.
No Paraná, por exemplo, no fim de semana, 989 pessoas
aguardavam na fila por uma vaga para tratar de covid-19, sendo 519 com
necessidade imediata de UTI. O cenário dramático se repete em boa parte do
restante do país. No Mato Grosso,quase 100 pessoas aguardam por um leito.
O Brasil é, desde janeiro, o epicentro da pandemia de
covid-19. Segundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, o país vive
um cenário oposto ao mundo.
Os demais países da comunidade internacional assistem a uma
grande redução de casos e mortos desde o início do ano. Resultados expressivos
foram observados na Europa, com a adoção de “lockdown” intensivo e também com o
avanço das respectivas campanhas de vacinação.
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Ao defender que as pessoas saiam de casa o mínimo possível,
o biólogo e divulgador científico Atila Iamarino afirma que o esforço é
necessário "para impedir o colapso do sistema de saúde e dar chance
de quem está nessa fila crescente por UTI ter um tratamento digno".
Isolamento
Diante do agravamento da crise, Atila insiste na necessidade
de isolamento. “O combate é o mesmo. Distanciamento, máscaras, vacina, auxílio
emergencial. Mas tudo precisa ser reforçado, já que um vírus mais transmissível
aproveita melhor as brechas. Irreversíveis são as vidas perdidas, mas o
controle da pandemia é dinâmico e responde ao nosso esforço".
“Um ano depois ainda insistimos em não aceitar o que
funciona e insistimos em não descartar tratamento precoce. Não é uma escolha
entre parar e não parar. É parar antes, de modo planejado, pra reabrir antes”,
completa Iamarino.
Mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) teme que a falta
de isolamento social no Brasil diante de grave crise possa ser prejudicial para
as vacinas, já que o vírus circulando livre e com intensidade pode estimular
mutações e novas cepas.
Entretanto, as recomendações da ciência seguem desprezadas
pelo presidente Jair Bolsonaro. O governo brasileiro é uma exceção diante do
mundo ao atacar, deliberadamente, medidas comprovadamente eficazes como isolamento,
máscaras e vacinas.
Bolsonaro segue de forma irracional a indicar remédios
comprovadamente ineficazes para tratar a doença, como a cloroquina e a
ivermectina. A ciência é precisa neste caso: não existe tratamento precoce e
Bolsonaro mente.
Vacinas
A boa notícia da semana ficou por conta dos laboratórios
responsáveis pelas vacinas da AstraZeneca e da CoronaVac, desenvolvidas em
parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan,
respectivamente.
De acordo com estudos preliminares, os dois imunizantes que
estão sendo aplicados nos brasileiros são eficazes contra as cepas inglesa e de
Manaus, que são mais contagiosas e agressivas e circulam no país.
Até o momento foram vacinados 10,8 milhões de brasileiros,
ou 3,83% da população. Apenas 1,26% da população nacional recebeu as duas
doses. O último balanço dos estados foi divulgado no fim de semana.
Existe a expectativa para abril de a Fiocruz e o Instituto
Butantan ampliarem a produção. Também são esperadas 14 milhões de doses da
Pfizer até julho. A após três recusas de negociação do governo Bolsonaro com a
empresa.
Fonte: Brasil de Fato
CNN Brasil
O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (9) um
total de 1.972 novas mortes por Covid-19 registradas nas últimas 24 horas. É o
novo recorde de óbitos confirmados em um único dia no Brasil ao longo da
pandemia.
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— André Trigueiro (@andretrig) March 9, 2021
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— Rosana Hermann (@rosana) March 9, 2021
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