Mostrando postagens com marcador Trump. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Trump. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Eles publicam um segundo lote de documentos judiciais do caso Epstein


São 19 novos documentos revelados que somam um total de 327 páginas.


 
Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell.
Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul de Nova York / AFP

Um segundo lote de documentos judiciais ligados ao caso de tráfico sexual de Jeffrey Epstein e da sua parceira Ghislaine Maxwell foi desclassificado esta quinta-feira. São 19 novos documentos revelados que somam um total de 327 páginas.

A desclassificação dos documentos faz parte de um processo civil contra Maxwell — que foi condenado por conspirar com Epstein para abusar sexualmente de meninas durante pelo menos uma década — movido por Virginia Giuffre, que acusou o companheiro do empresário de recrutá-la para ser alvo de abusos.

Os documentos revelados incluem o testemunho de uma das supostas vítimas de Epstein, Johanna Sjoberg, que disse num depoimento de maio de 2016 que Maxwell lhe pagou para trazer outras meninas “para Jeffrey”.


Stephen Hawking teria participado de
orgia com menores, segundo
documentos do caso Epstein

Em um e-mail de maio de 2011, o demandante Giuffre escreveu à jornalista Sharon Churcher que o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton "entrou" nos escritórios da Vanity Fair e "ameaçou" a revista a não "escrever artigos de tráfico sexual sobre seu bom amigo" Epstein.

Num documento que remonta a 2016, os advogados de Maxwell argumentaram que Churcher deveria ser intimado, a quem acusaram de “participar ativa e pessoalmente na mudança” dos testemunhos de Giuffre e de “criar novos detalhes obscenos sobre figuras públicas”.

Em particular, disseram que o jornalista ajudou a “fabricar as alegadas relações sexuais do queixoso ” com o ex-advogado de Epstein, Alan Dershowitz, e com o príncipe Andrew de Inglaterra. Em relação a este último, notaram que Churcher disse a Giuffre para escrever à mão um diário sobre seus encontros sexuais com o duque de York, que mais tarde ele apresentou como "o diário secreto do jovem de 17 anos".

primeiro lote de documentos, revelado um dia antes, continha emails entre Epstein e Maxwell e testemunhos de alegadas vítimas do financista, nos quais eram mencionados os nomes de Clinton e do príncipe Andrew, entre outros.

No entanto, a menção destas personalidades nos documentos desclassificados não implica a priori qualquer tipo de comportamento ilegal ou culpa.


  • Jeffrey Epstein foi encontrado morto, aparentemente depois de se enforcar, em 10 de agosto de 2019, em sua cela no Centro Correcional Metropolitano de Manhattan (Nova York), onde aguardava para ser julgado por acusações federais de tráfico sexual de menores. 
  • O processo de Giuffre contra Maxwell foi resolvido em 2017, e ela agora está na prisão, cumprindo pena de 20 anos por acusações de tráfico sexual. Ele é a única pessoa condenada em conexão com o caso Epstein


Metrópoles


A Justiça dos Estados Unidos revelou na noite dessa quarta-feira (3/1) um dossiê com mais de mil páginas, em que aponta mais de 170 nomes ligados ao criminoso sexual e magnata Jeffrey Epstein. Pessoas de destaque, como o príncipe Andrew, Bill Clinton, Donald Trump, Al Gore, Kevin Spacey e Stephen Hawking, foram incluídas nos registros de provas.



Alan Dershowitz, que supostamente representará Israel no Tribunal Internacional de Justiça no caso de genocídio apresentado pela África do Sul, foi mencionado na lista de estupradores de crianças de clientes de Epstein.

Quando questionado sobre isso, ele responde exigindo que as feministas condenem o Hamas.


 

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Governo Trump planejou sequestrar ou assassinar Julian Assange


Na guerra da CIA contra o WikiLeaks valia de tudo: sequestro, assassinato e tiroteio em Londres


Mike Pompeo e Julian Assange (Foto: Reuters)

247 Os jornalistas Zach Dorfman, Sean D. Naylor e Michael Isikoff publicaram neste domingo no Yahoo News uma reportagem contando a história da guerra da CIA contra o WikiLeaks. Esta investigação do Yahoo News, baseada em conversas com mais de 30 ex-funcionários dos EUA - oito dos quais descreveram detalhes das propostas da CIA para sequestrar Assange - revela pela primeira vez um dos debates de inteligência mais controversos da presidência de Trump e expõe novos detalhes sobre a guerra do governo dos EUA contra o WikiLeaks.

"Em 2017, quando Julian Assange começou seu quinto ano enfurnado na embaixada do Equador em Londres, a CIA planejou sequestrar o fundador do WikiLeaks, gerando um acalorado debate entre funcionários do governo Trump sobre a legalidade e praticidade de tal operação", narram os jornalistas.

Até mesmo o assassinto de Assange chegou a ser discutido por altos funcionários da CIA e do governo Trump, contam. 

"As discussões sobre o sequestro ou assassinato de Assange ocorreram “nos escalões mais altos” do governo Trump, disse um ex-oficial da espionagem". 

As conversas faziam parte de uma campanha sem precedentes dirigida contra o WikiLeaks e seu fundador por parte da CIA, cujos planos incluíam espionagem extensiva sobre os associados do WikiLeaks e o roubo dos seus dispositivos eletrônicos.

Embora Assange estivesse no radar das agências de inteligência dos EUA por anos, esses planos para uma guerra total contra ele foram desencadeados pela publicação contínua do WikiLeaks de ferramentas de hacking da CIA extraordinariamente sensíveis, conhecidas coletivamente como "Vault 7", que a agência em última análise concluiu representou "a maior perda de dados na história da CIA." 

Mike Pompeo, que foi diretor da CIA de 23 de janeiro de 2017 a 12 de março de 2018, e depois secretário de Estado do governo Trump, alimentava sentimentos de vingança em relação a Assange. Ele e outros dirigentes de agências importantes “estavam completamente desligados da realidade porque estavam muito envergonhados com o Vault 7”, disse um ex-oficial de segurança nacional de Trump. "Eles estavam vendo sangue." O Vault 7 foi uma série de documentos que o WikiLeaks começou a lançar no dia 7 de março de 2017, que detalha atividades da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos para executar vigilância eletrônica e guerra cibernética.

"A fúria da CIA com o WikiLeaks levou Pompeo a descrever publicamente o grupo em 2017 como um 'serviço de inteligência hostil não estatal' ", narra a reportagem. Essa designação abriu a porta para os agentes da CIA se tornarem ainda mais agressivos, disseram ao Yahoo News ex-funcionários da espionagem. 

Leia a íntegra


The Hill

Ryan Grim, Robby Soave, and managing editor of Shadowproof, Kevin Gosztola, react to reporting that the CIA developed plans to assassinate Julian Assange for his role in the Vault 7 leaks.

Assista ao VÍDEO 



No Twitter


 

 

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Bolsonaro segue a "lógica da cartilha de Steve Bannon" na tribuna da ONU, diz professor da UnB


Pesquisadores destacam ativismo de ultradireita em discurso, com islamofobia e mentiras sobre meio ambiente


 Steve Bannon e Jair Bolsonaro

A participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (21) reforça o isolamento do Brasil, derruba a tese de uma suposta moderação do novo ministro das Relações Exteriores e demonstra o uso da religião como arma política, afirmam professores de relações internacionais ouvidos pela Brasil de Fato.

Ao abrir a 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, Bolsonaro disse "não entender" porque outros países não apoiam o "tratamento precoce" contra a covid-19, afirmou que acredita em Deus e distorceu dados sobre a realidade econômica brasileira e a política ambiental de seu governo.

O presidente brasileiro disse que oferecerá visto humanitário para "cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos" do Afeganistão. O país atravessa um período turbulento após o fim da invasão dos Estados Unidos e a retomada do poder pelo grupo fundamentalista Talibã.

Leia mais: Em NY, Bolsonaro encontra presidente de extrema direita da Polônia

Para Roberto Goulart Menezes, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a proposta reforça a afinidade ideológica de Bolsonaro com Steve Bannon, estrategista da campanha do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e articulador da extrema direita global.

Em 2020, a conta de Bannon no Twitter foi suspensa após ele sugerir a decapitação de Anthony Fauci, especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos.

Bolsonaro segue a "lógica da cartilha do Steve Bannon, de tal modo que ele quer disputar os valores religiosos mundo afora. A ideia de que os afegãos que ele vai receber primeiro têm que mostrar não estar vivendo ou sofrendo uma situação humanitária lamentável, primeiro qual é a fé que ele propaga", avalia Menezes.

:: Bolsonaro tem 1º encontro com Boris Johnson, após Reino Unido restringir entrada de brasileiros ::

O professor de relações internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luís Alexandre Fuccille, destaca a islamofobia da proposta bolsonarista.

"O que se percebe nesse discurso, com relação ao Afeganistão especificamente, é a islamofobia do presidente Bolsonaro, ou seja, o que está presente aí é que muçulmanos são terroristas, então muçulmanos não são bem vindos no Brasil, cristãos sim seriam, entre aspas, pessoas de bem. Então mulheres, juízes, contanto que sejam cristãos, poderiam pedir refúgio nesse maravilho país tropical", analisa o professor da Unesp.

Os dois analistas concordam que a participação do Brasil na Assembleia Geral da ONU reforça o isolamento diplomático nacional.

Discurso sobre meio ambiente não convence

Bolsonaro também tentou pintar o Brasil como exemplo de preservação da Amazônia, dizendo que o país tem uma "moderna e sustentável agricultura de baixo carbono" ao mesmo tempo que defendeu sua política ambiental.

Apesar da fala de Bolsonaro sobre uma suposta conservação da Amazônia, a destruição avança nesse importante bioma do clima global. De acordo com dados compilados pelo Observatório do Clima, o desmatamento cresceu por dois anos consecutivos na gestão em curso e deve registrar nova alta anual.

Diretamente ligada a conflitos de terra, grilagem impulsiona desmatamento das florestas brasileiras / Daniel Beltra / Greenpeace

"Nos cinco anos anteriores ao governo Bolsonaro, a média de desmatamento na Amazônia foi de 6.719 km2, segundo o Inpe. Já nos dois primeiros anos da atual gestão a média foi de 10.490 km2, um aumento de 56%. Os dados de 2021 serão divulgados apenas no fim do ano, mas devem ficar novamente em torno de 10 mil km2, como já admitiu o vice-presidente Hamilton Mourão", registra o Observatório do Clima.

Para Menezes, Bolsonaro segue sendo "percebido internacionalmente como um inimigo do meio ambiente", afinal o presidente brasileiro cogitou tirar o Brasil do Acordo de Paris e o Fundo Amazônia está suspenso.

"Mais uma vez o Brasil desperdiça a oportunidade de abrir a Assembleia Geral da ONU, ter uma audiência mundial para simplesmente afirmar o que mundo inteiro já sabe: Bolsonaro é um mentiroso", avalia o professor da UnB.

Edição: Arturo Hartmann

Fonte: Brasil de Fato


DW Brasil

Bannon festeja Bolsonaro: "Um dos políticos mais importantes do mundo". 28 de mar. de 2019

Assista ao VÍDEO


terça-feira, 14 de setembro de 2021

"Presença ilegal dos EUA" é "uma das principais causas da instabilidade" na Síria, diz alto responsável da Rússia


O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia discutiu na terça-feira (14) as questões de Damasco e Teerã, acreditando que "a presença ilegal dos EUA" no país tem o objetivo de dividir a Síria.



Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, sugeriu na terça-feira (14) que os EUA têm planejado para a Síria um cenário de partição de fato.


"Lembro que uma das principais causas da instabilidade e do conflito contínuo na Síria é a presença ilegal dos EUA no país [...] Penso que em seu arsenal há um cenário de divisão de fato da Síria. Somos contra isso, e estamos agindo de acordo com as resoluções existentes do Conselho de Segurança da ONU, que confirmam a integridade territorial da Síria", disse Ryabkov à RT Árabe.


A guerra na Síria decorre desde 2011. Palestras conhecidas como "formato Astana" (antigo nome da capital do Cazaquistão) são realizadas em Nur-Sultan desde 2017.

No final de 2018 foi realizado em Sochi, Rússia, o Congresso de Diálogo Nacional Sírio, sendo a primeira tentativa desde que o conflito começou para reunir uma ampla gama de participantes em uma única plataforma de negociação, cujo comitê constitucional em Genebra, Suíça, tem a tarefa de preparar a reforma constitucional para o país.


Irã e acordo nuclear

Ryabkov também exortou os EUA e a Europa a serem realistas nas negociações com o Irã, com o objetivo de restaurar os termos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear iraniano.


"Com a vontade política, é possível esses tópicos [o programa balístico do Irã e a influência do Irã] serem discutidos [...] Pedimos aos americanos e europeus que sejam realistas, para que primeiro voltemos ao acordo nuclear iraniano. Depois entenderemos quando e como podemos discutir estes ou outros tópicos", disse ele.


Em 2015 a Alemanha, China, EUA, França, Irã, Reino Unido e Rússia assinaram a JCPOA, um acordo que permite o levantamento das sanções em troca da limitação do programa nuclear do Irã como garantia de que Teerã não obteria armas nucleares.


Em maio de 2018 Donald Trump, então presidente dos EUA, decidiu retirar-se unilateralmente do acordo nuclear e reinstituir duras sanções contra o Irã. Em resposta, o país persa disse que deixaria gradualmente seus compromissos sob o acordo, abandonando as restrições à pesquisa nuclear, centrífugas e níveis de enriquecimento de urânio.


Após a entrada em poder nos EUA do presidente Joe Biden em janeiro de 2021, iniciaram-se negociações em Viena, Áustria, para restaurar o JCPOA e levantar as sanções norte-americanas contra o Irã.

Mikhail Ulyanov, representante permanente da Rússia junto a organizações internacionais em Viena, disse em julho que o trabalho para restaurar o acordo estava quase 90% concluído, faltando as questões políticas relacionadas com os compromissos dos EUA e seu cumprimento futuro. As autoridades iranianas disseram que o novo governo, que foi formado após a posse do presidente eleito Ibrahim Raisi em 5 de agosto, continuaria as negociações para restaurar o acordo.

Fonte: Sputnik Brasil


euronews (em português)

O presidente russo, Vladimir Putin, criticou a ingerência estrangeira na Síria; as declarações tiveram lugar após um encontro em Moscovo com o líder sírio, Bashar al-Assad

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

sábado, 10 de abril de 2021

Ex-presidente diz ao Guardian que o Brasil enfrenta talvez o momento mais grave de sua história e está 'à deriva em um oceano de fome e doenças'


A resposta perversa e “genocida” de Bolsonaro a um dos mais mortíferos surtos de Covid do mundo deixou o Brasil “à deriva em um oceano de fome e doenças”, afirmou a ex-presidente Dilma Rousseff.


Dilma Roussefff disse ao Guardian: 'Estamos à deriva em um oceano de fome e doenças ... É realmente uma situação extremamente extrema que estamos testemunhando no Brasil.' Fotografia: Ricardo Maldonado Rozo / EPA

Em declarações ao Guardian esta semana - enquanto o número de mortes por coronavírus no Brasil atingia níveis devastadores, com mais de 12.000 mortes nos últimos três dias - Rousseff disse que seu país enfrentou talvez o momento mais grave de sua história.

“Estamos vivendo uma situação extremamente dramática no Brasil porque não temos governo, nem administração da crise”, disse Rousseff, uma ex-guerrilheira de esquerda que foi presidente por pouco mais de cinco anos até seu polêmico impeachment de 2016.

“Estamos vendo 4.200 mortes por dia agora e tudo sugere que, se nada mudar, chegaremos a 5.000 ... No entanto, há uma normalização absolutamente repulsiva dessa realidade em andamento. Como você pode normalizar as 4.211 mortes registradas [na terça]? ” Rousseff perguntou quando o número oficial de mortos no Brasil subiu para mais de 345.000, perdendo apenas para os EUA.

A primeira mulher presidente do Brasil , como um número crescente de cidadãs, acredita que grande parte da culpa é de Bolsonaro, um populista de extrema direita cuja resposta anticientífica ao que ele chama de “pequena gripe” o tornou um bicho-papão internacional . Pesquisas de opinião e protestos barulhentos sugerem crescente raiva pública contra o político admirador de Trump que foi eleito em 2018 depois que o mentor de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso e impedido de concorrer por um juiz que mais tarde ingressou no gabinete de Bolsonaro .

Dilma afirmou que a sabotagem de Bolsonaro dos esforços de contenção e vacinação , a recusa em ordenar um bloqueio e a falha em oferecer apoio econômico adequado aos pobres contribuíram para uma tragédia de “proporções catastróficas”.

“Não estou dizendo que o Brasil não teria sofrido mortes [com uma resposta diferente] - todos os países sofreram”, disse ela. “Estou dizendo que parte do nível de mortes aqui se deve fundamentalmente a decisões políticas incorretas, que ainda estão sendo tomadas”.

O colapso do Brasil também foi uma ameaça internacional. “A ausência de um combate efetivo à pandemia [no Brasil] leva a algo gravíssimo: o surgimento das chamadas novas variantes, que são altamente infecciosas e aumentaram o número de mortes nos países vizinhos”, disse Dilma Rousseff, apontando sobre como os vizinhos sul-americanos estavam fechando suas fronteiras por medo da variante P1 mais contagiosa ligada à Amazônia brasileira.

Muitos críticos agora argumentam que as ações de Bolsonaro equivalem a "genocídio" - e Rousseff disse que ela estava entre eles.

“Eu uso essa palavra. O que caracteriza o ato de genocídio é quando você desempenha um papel deliberado na morte de uma população em grande escala ”, disse a senhora de 73 anos de sua casa em Porto Alegre, uma das muitas cidades onde hospitais e médicos ficaram sobrecarregados forçado a brincar de Deus.

“Não é a palavra [genocídio] que me interessa - é o conceito. E o conceito é este: responsabilidade por mortes que poderiam ter sido evitadas ”.

Na quinta-feira, a Suprema Corte do Brasil ordenou uma investigação do Congresso sobre a conduta do governo - uma medida chocante que os especialistas chamaram de grande golpe para Bolsonaro, que ainda conta com o apoio de cerca de um terço dos eleitores, mas enfrenta níveis recordes de rejeição.

Bolsonaro em março. O número oficial de mortos no Brasil é de mais de 345.000. Fotografia: Ueslei Marcelino / Reuters

O desastre do Brasil - que está sendo turbinado pela variante P1 - deve se aprofundar ainda mais nos próximos dias. Mais de 66.000 vidas de brasileiros foram perdidas para a Covid em março. O número de mortos em abril deve ultrapassar 100.000. Na sexta-feira, o conselheiro sênior da Organização Mundial da Saúde, Bruce Aylward, chamou o surto de “um inferno furioso”.

“É desesperador. Para ser honesto, não consigo dormir direito. Vou para a cama com esses números e simulações na cabeça e simplesmente não consigo pensar direito ”, disse Miguel Nicolelis, um cientista proeminente cujas projeções sombrias sobre o surto foram repetidamente confirmadas.

“Os EUA tiveram um dia com mais de 5.000 mortes e vamos ultrapassar os EUA - no número de mortes diárias e provavelmente no número total de fatalidades também”, previu Nicolelis.

“Vamos começar a ver corpos amontoados em nossas clínicas de saúde e pessoas morrendo nas ruas em breve na maior cidade do Brasil”, disse ele de São Paulo, pedindo um mês de bloqueio nacional e o fechamento de estradas, aeroportos e rios.

Rousseff também pediu um fechamento imediato, embora Bolsonaro tenha rejeitado repetidamente essa ideia, aparentemente temendo que prejudicasse a economia e suas esperanças de reeleição em 2022. "Não haverá bloqueio nacional", insistiu Bolsonaro durante uma viagem ao sul do Brasil neste semana.

Falando fora de sua residência na terça-feira, Bolsonaro, 66, ignorou as críticas. “[Eu fui chamado] de homofóbico, racista, fascista, um torturador ... Agora sou genocida”, ele sorriu . “Existe alguma coisa pela qual eu não sou culpado no Brasil?”

Dilma concordou que Bolsonaro não foi o único culpado pela calamidade Covid que abalou seu país e o mundo. Ela também culpou as elites econômicas, chefes militares, magnatas da mídia e políticos que ajudaram os extremistas de direita a ganhar o poder apoiando sua destituição do cargo e depois aplaudindo a queda de Lula e a ascensão de Bolsonaro. Líderes mundiais, incluindo Donald Trump, também lidaram com a pandemia de forma desastrosa.

“As pessoas terão que ser responsabilizadas pela catástrofe que foi engendrada no Brasil”, disse Dilma Rousseff, mapeando suas atuais tribulações até sua suspensão do cargo há exatamente cinco anos por supostamente manipular o orçamento para mascarar o mal-estar econômico.

“O Bolsonaro é um produto deste ... pecado original: o impeachment”, disse ela sobre o que seus partidários chamam de “golpe” de orientação política.

No domingo, 16 de abril de 2016, Bolsonaro, então um obscuro congressista, foi um dos 367 deputados que aprovaram o impeachment de Rousseff durante uma sessão indisciplinada em que dedicou seu voto a um torturador da era da ditadura que supervisionava os abusos de rebeldes esquerdistas como ela.

Naquela época, Dilma Rousseff disse que nunca imaginou que Bolsonaro um dia se tornaria presidente. Ela também não conseguia imaginar o Brasil enfrentando a emergência de hoje sob uma liderança mais inadequada. “A realidade é pior do que qualquer coisa que eu poderia ter imaginado. É como se estivéssemos à deriva. Estamos à deriva em um oceano de fome e doenças ... É realmente uma situação extremamente extrema que estamos testemunhando no Brasil. ”

Fonte: The Guardian


No Twitter


 

Como Bolsonaro conquistou a coroa de Trump como o pior líder COVID do mundo


RIO DE JANEIRO - Estimulado pela bravata maltratada e desequilibrada do presidente Jair Bolsonaro, a última onda de COVID do Brasil ameaça colocar o país em primeiro lugar entre os surtos de coronavírus mais letais do mundo.


Fornecido por The Daily Beast Carl De Souza / Getty

Profissionais médicos desesperados e autoridades locais que estão lutando para neutralizar a antipatia de Bolsonaro por máscaras, bloqueios e - até recentemente - vacinas disseram ao Daily Beast que o vírus agora está completamente fora de controle e eles temem que o número de mortos continue a explodir.

“A situação é desesperadora”, disse o Dr. Gerson Salvador, que trabalha no pronto-socorro de um hospital de São Paulo ao The Daily Beast. “E o que nos trouxe aqui é a atitude do presidente.”

Esta semana, o Brasil ultrapassou 4.000 mortes em um único dia pela primeira vez desde o início da pandemia, há mais de um ano - e os especialistas alertam que o pior ainda está por vir. Em todo o país, cemitérios estão ficando sem espaço e algumas cidades abriram valas comuns. Em São Paulo, as autoridades dizem que planejam enterrar as vítimas em “sepulturas verticais” que parecem gavetas.

Bolsonaro - que afirmou que o COVID era apenas uma “pequena gripe” no início da pandemia - lutou contra as medidas de isolamento, argumentando que elas só prejudicam a economia. Sua maneira catastrófica de lidar com a crise afetou seu índice de aprovação e o deixou politicamente enfraquecido. Mas em um país onde milhões de trabalhadores trabalham no setor informal - trabalhando como faxineiros, motoristas de táxi ou vendedores de frutas - sua mensagem ainda ressoou em muitos trabalhadores frustrados.

Ainda assim, prefeitos e governadores desafiaram Bolsonaro, tentando colocar algumas restrições em uma tentativa de diminuir as infecções. Antes da Páscoa, cidades como o Rio de Janeiro impuseram bloqueios parciais que fecharam bares, restaurantes e praias.

Mas essas medidas ainda são difíceis de vender para muitos brasileiros. Diante da pressão de um eleitorado frustrado e de uma economia em crise, as autoridades de vários estados - incluindo Ceará e Santa Catarina - devem aliviá-los nos próximos dias.

No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes reabriu escolas em toda a cidade esta semana, depois de uma dura batalha judicial com rivais que lutavam para manter o fechamento no local. Um bloqueio parcial de empresas na cidade também está sendo suspenso na sexta-feira.

Com a falta de uma estratégia nacional e uma reabertura prematura de muitas cidades, a catástrofe tende a se aprofundar, disse o Dr. Paulo Pinheiro, vereador carioca do PSOL de esquerda e membro da comissão de saúde da cidade.

“O que temos hoje é cada município e cada estado lidando com a crise à sua maneira”, disse Pinheiro ao The Daily Beast. “Não tem como funcionar. E a imagem é assustadora, sem nenhuma perspectiva melhor pela frente. ”

Em um hospital lotado em São Paulo, a Dra. Vanessa Dinis atende um fluxo incessante de pacientes infectados com COVID-19. Sempre que uma cama de terapia intensiva é liberada na sala de emergência onde ela trabalha, ela é rapidamente preenchida por outro paciente com dificuldade para respirar.

“É de longe a pior situação que já vivemos”, disse Dinis ao jornal The Daily Beast durante um turno em um dos três hospitais paulistas onde trabalha. “Estamos vendo famílias inteiras internadas em cuidados intensivos”.

Dinis está entre os milhares de trabalhadores da saúde que lutam na linha de frente da pandemia COVID-19 no Brasil, onde a crise saiu de controle nas últimas semanas. O vírus já ceifou 341.000 vidas e infectou mais de 13 milhões de brasileiros, no que está se tornando rapidamente o pior surto do mundo.

O país agora está a caminho de ultrapassar o recorde americano de média semanal de mortes estabelecido em janeiro (3.285), de acordo com o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington.

As infecções no Brasil explodiram parcialmente devido a uma variante altamente infecciosa, que foi detectada pela primeira vez na cidade amazônica de Manaus no início deste ano e, desde então, varreu o país com a velocidade da luz, na ausência de medidas de distanciamento social.

Especialistas dizem que a variante, conhecida como P1, pode ser capaz de driblar a imunidade, infectando até mesmo aqueles que já estavam infectados com o vírus. Cada vez mais o perfil dos pacientes encaminhados às pressas para o pronto-socorro também está mudando, diz Dinis, à medida que a COVID-19 infecta os brasileiros mais jovens.

“Pais que já foram vacinados ou tiveram um caso mais leve de COVID no ano passado”, disse ela. “Agora eles estão vendo seus filhos hospitalizados e intubados.”

O aumento dramático de casos em todo o Brasil sobrecarregou o sistema de saúde, levando-o ao colapso em algumas regiões. Isso deixou os hospitais lutando por leitos de cuidados intensivos, suprimentos de oxigênio e medicamentos essenciais. No hospital paulista onde trabalha Salvador, os pacientes são atendidos em todos os cantos livres, inclusive consultórios e corredores.

“Nas últimas semanas, não tivemos leitos para hospitalizar pessoas”, disse Salvador ao The Daily Beast. “Tínhamos que colocar os pacientes, mesmo os em estado grave, em espaços improvisados ​​enquanto aguardavam o leito da UTI.”

A capacidade da UTI está acima de 90 por cento em 21 capitais de todo o país, incluindo Belo Horizonte, Porto Alegre e Porto Velho. No Distrito Federal de Brasília, os hospitais estão completamente sem leitos de terapia intensiva. No estado do Rio de Janeiro, mais de 600 pessoas aguardam na fila para atendimento na UTI - uma lista de espera que é três vezes a capacidade total do estado.

Em Vitória, cidade litorânea do Espírito Santo, o Dr. João Ferraz disse que os hospitais onde trabalha estão lutando para conseguir os medicamentos necessários para intubar os pacientes. Os leitos de cuidados intensivos também são difíceis de encontrar no Espírito Santo, onde as taxas de ocupação são de cerca de 93%.

“Está muito lotado, é quase impossível conseguir uma vaga”, disse Ferraz em entrevista ao The Daily Beast antes de entrar no turno da noite. “Às vezes, de manhã, não há camas. Então, à tarde, um paciente recebe alta ou alguém morre. E esses espaços são preenchidos imediatamente. ”

Nos hospitais onde Dinis trabalha, a capacidade de leitos da UCI foi recentemente aumentada, aliviando um pouco a pressão sobre as urgências. Mas ela diz que os hospitais de São Paulo - o estado com o maior número de casos - agora enfrentam a falta de pessoal.

“Estamos lutando para cobrir os turnos nos hospitais”, disse ela. “Eles estão aumentando o número de leitos, mas não aumentando o número de profissionais de saúde”.

Médicos e enfermeiras, por sua vez, estão exaustos, disse Ferraz. “Estamos completamente esgotados. E sem restrições mais fortes ou uma vacina, nossas esperanças de ver uma melhora em breve estão realmente se esvaindo. ”

No Brasil, a vacinação fica defasada em meio à escassez de doses. O país tem lutado até agora para garantir vacinas suficientes para imunizar sua população de 211 milhões, depois que Bolsonaro rejeitou acordos com fabricantes de vacinas como China e Índia no ano passado. Até agora, menos de 3% dos brasileiros receberam as duas doses.

Enquanto isso, Salvador diz que a única esperança do Brasil de controlar a crise é finalmente impor medidas de bloqueio mais rígidas em todo o país.

“A resposta não está no sistema de saúde - já atingimos o limite. Não temos mais capacidade humana ”, disse ele.

“Precisamos de um bloqueio real, precisamos parar a transmissão do vírus. Sem ele, as coisas só vão piorar no curto prazo. E provavelmente perderemos muito mais vidas. ”

Leia mais em The Daily Beast.

Fonte: MSN


DW Brasil

Drama nas favelas do Brasil: morrer de fome ou de covid-19

O Brasil é um dos países mais atingidos pela pandemia da covid-19. E, se já não bastasse o caos sanitário, o país enfrenta ainda desemprego elevado, alta nos preços dos alimentos e fome. Com a interrupção do auxílio emergencial, muitos ficaram sem saber como alimentar suas famílias.

"Tem dias que não tem nem um pão", diz Célia Gomes, moradora da favela de Paraisópolis, em São Paulo. "Eu acordo agoniada. Dou um pulo da cama, a primeira coisa que eu faço é me benzer, e agradecer a Deus que eu acordei viva."

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Biden recebe dossiê recomendando suspensão de acordos entre EUA e governo Bolsonaro


Quatro meses depois de fazer críticas públicas contra o desmatamento no Brasil, o presidente Joe Biden e membros do alto escalão do novo governo dos EUA receberam nesta semana um longo dossiê que pede o congelamento de acordos, negociações e alianças políticas com o Brasil enquanto Jair Bolsonaro estiver na Presidência.


O documento surge em momento de intensa expectativa sobre os próximos passos da relação entre Brasil e Estados Unidos sob o governo de Biden e da vice-presidente Kamala Harris
 

O documento de 31 páginas, ao qual a BBC News Brasil teve acesso, condena a aproximação entre os dois países nos últimos dois anos e aponta que a aliança entre Donald Trump e seu par brasileiro teria colocado em xeque o papel de "Washington como um parceiro confiável na luta pela proteção e expansão da democracia".

"A relação especialmente próxima entre os dois presidentes foi um fator central na legitimação de Bolsonaro e suas tendências autoritárias", diz o texto, que recomenda que Biden restrinja importações de madeira, soja e carne do Brasil, "a menos que se possa confirmar que as importações não estão vinculadas ao desmatamento ou abusos dos direitos humanos", por meio de ordem executiva ou via Congresso.

A mudança de ares na Casa Branca é o combustível para o dossiê, escrito por professores de dez universidades (9 delas nos EUA), além de diretores de ONGs internacionais como Greenpeace EUA e Amazon Watch.

Consultado pela BBC News Brasil, o Palácio do Planalto informou, via Secretaria de Comunicação, que não comentará o dossiê.

A BBC News Brasil apurou que os gabinetes de pelo menos dois parlamentares próximos ao gabinete de Biden — a deputada Susan Wild, do comitê de Relações Internacionais, e Raul Grijalva, presidente do comitê de Recursos Naturais — revisaram o documento antes do envio.

O texto têm o endosso de mais de 100 acadêmicos de universidades como Harvard, Brown e Columbia, além de organizações como a Friends of the Earth, nos EUA, e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), no Brasil. A iniciativa é da U.S. Network for Democracy in Brazil, uma rede criada por acadêmicos e ativistas brasileiros no exterior há dois anos que hoje conta com 1500 membros.

Tanto Biden quanto a vice-presidente Kamala Harris, além de ministros e diretores de diferentes áreas do novo governo, já criticaram abertamente o presidente brasileiro, que desde a derrota de Trump na última eleição assiste a um derretimento em negociações em andamento entre os dois países.

"O governo Biden-Harris não deve de forma nenhuma buscar um acordo de livre-comércio com o Brasil", frisa o dossiê, organizado em 10 grandes eixos: democracia e estado democrático de direito; direitos indígenas, mudanças climáticas e desmatamento; economia política; base de Alcântara e apoio militar dos EUA; direitos humanos; violência policial; saúde pública; coronavírus; liberdade religiosa e trabalho



O material, segundo a BBC News Brasil apurou, chegou ao núcleo do governo Biden por meio de Juan Gonzales, recém-nomeado pelo próprio presidente americano como diretor-sênior para o hemisfério ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca — e conhecido pelas críticas a políticas ambientais de Bolsonaro.

Assessor de confiança de Biden desde o governo de Barack Obama, quando atuou como conselheiro especial do então vice-presidente Biden, Gonzales passou por diversos cargos na Casa Branca e no Departamento de Estado e hoje tem livre acesso ao salão Oval como o principal responsável por políticas sobre América Latina no novo governo.

"Qualquer pessoa, no Brasil ou em outro lugar, que achar que pode promover um relacionamento ambicioso com os EUA enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos, claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha", disse Gonzales recentemente.


 

 O dossiê também circula por membros do Conselho de Assessores Econômicos (CEA, na sigla em inglês) do gabinete-executivo de Biden e pelo ministério do Interior - cuja nova chefe, Debra Haaland, também é crítica contumaz de Bolsonaro.


Rede internacional

O documento surge em momento de intensa expectativa sobre os próximos passos da relação entre Brasil e Estados Unidos sob o governo de Biden e da vice-presidente Kamala Harris.

Até dezembro do ano passado, os líderes dos dois países celebravam anúncios conjuntos, como protocolos de comércio e cooperação econômica, e mostravam intimidade em encontros públicos. Na Assembleia Geral da ONU de 2019, por exemplo, Bolsonaro chegou a dizer "I love you" (eu amo você) a Trump, que respondeu "Bom vê-lo outra vez".

Na primeira semana de janeiro, Ivanka Trump, filha do ex-presidente, foi fotografada carregando no colo a filha de Eduardo Bolsonaro, que visitava a Casa Branca junto à esposa Heloisa e à recém-nascida Georgia — nome do Estado que se tornou um dos pivôs da derrota de Trump na eleição.


Juan Gonzales (à direita) é diretor-sênior para o hemisfério ocidental do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca — e conhecido pelas críticas a políticas ambientais de Bolsonaro.

A declaração gerou uma dura resposta do presidente Jair Bolsonaro, que classificou o comentário como "lamentável", "desastroso e gratuito" e quebrou o protocolo presidencial ao declarar sua torcida pelo hoje derrotado Donald Trump.

Semanas antes, a agora vice-presidente Kamala Harris escreveu que "o presidente do Brasil Bolsonaro precisa responder pela devastação" na Amazônia.

"Qualquer destruição afeta a todos nós", completou.


 

 Mais recentemente, após ser questionado pela jornalista Raquel Krähenbühl, da GloboNews, sobre quando conversaria com o par brasileiro, Biden apenas riu.


Meio ambiente

Membros do partido democrata ouvidos pela reportagem sob anonimato descrevem Bolsonaro como uma figura "tóxica" no xadrez global.

Continuar investindo em uma relação próxima com o líder brasileiro seria, na avaliação destes críticos, uma contradição com as bandeiras de sustentabilidade, defesa aos direitos humanos e à diversidade levantadas pela chapa democrata que venceu as eleições.

Pela primeira vez na história dos EUA, Biden nomeou uma mulher indígena para chefiar um ministério (Interior) e mulheres transexuais para cargos importantes nas áreas de defesa e saúde. Negros, latinos e asiáticos aparecem em número recorde de nomeações.



O apoio a estes grupos é o eixo principal do dossiê, que também defende que Biden retire o apoio atual dos EUA para a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e questione a participação do Brasil no G7 e G20 enquanto Bolsonaro for presidente.

"Os EUA têm obrigação moral e interesse prático em se opor a uma série de iniciativas da atual presidência do Brasil", diz o texto. "A recente 'relação especial' entre os dois países por meio da ampliação de relações comerciais e ajuda militar possibilitou violações dos direitos humanos e ambientais e protegeu Bolsonaro de consequências internacionais."


A vice-presidente Kamala Harris escreveu recentemente que "o presidente do Brasil Bolsonaro precisa responder pela devastação" na Amazônia.

O texto não cita diretamente a proposta de um fundo internacional de 20 bilhões de dólares, sugerida por Biden na campanha eleitoral, para conter o desmatamento na Amazônia.

No capítulo sobre meio ambiente, no entanto, o texto alerta que financiar programas de conservação do atual governo brasileiro poderia significar "jogar dinheiro no problema", a não ser que o país mude a direção de suas políticas de proteção ambiental.

O remédio, segundo os autores, seria vincular qualquer financiamento às demandas de representantes da sociedade civil, povos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas.


Dossiê classifica governo Bolsonaro como "o mais agressivo antagonista do meio ambiente brasileiro visto até hoje"

"Um dos valores deste documento é preparar o governo (Biden) para o fluxo de desinformação vindo do governo Bolsonaro. O problema é que este governo não é apenas o mais agressivo antagonista do meio ambiente brasileiro visto até hoje, mas também um grande investidor em relações públicas divulgando informações deturpadas. Eles investem para encobrir problemas. Então o grande objetivo é mostrar ao governo quais devem ser as fontes seguras para informação sobre o Brasil: a sociedade, as organizações que estão em campo, as comunidades e grupos marginalizados", diz à BBC News Brasil Daniel Brindis, diretor do Greenpeace nos EUA e um dos autores do dossiê.

"O presidente Biden precisa ter certeza de onde está investindo o dinheiro, ou corre o risco de jogá-lo fora", afirma.


Alcântara e minorias

Mas o dossiê diz que a atenção do governo dos EUA deve ir além do financiamento a políticas de conservação no Brasil e também deve mirar o papel de empresários, investidores e da política externa norte-americana "na ampliação do desmatamento e permissão de abusos de direitos humanos".

Depois da China, os EUA são os maiores compradores de madeira brasileira no mundo. O documento ressalta, no entanto, que a lei Lacey, aprovada nos EUA em 2008, proíbe o comércio de produtos vegetais vindo de fontes ilegais nos Estados Unidos e em outros países.



Em 11 de janeiro deste ano, o Ministério Público Federal entrou em contato com o governo dos EUA para recuperar cargas de madeira extraída ilegalmente na Amazônia. Uma operação realizada em dezembro na divisa do Pará e do Amazonas recolheu mais de 130 mil metros cúbicos de madeira ilegal — o equivalente a mais de 6 mil caminhões de carga lotados, segundo a polícia federal.

O texto também lembra que os problemas ambientais brasileiros não se limitam à Amazônia e também incluem o cerrado, o Pantanal e a Mata Atlântica.

Além do foco ambiental, boa parte do dossiê se dedica a políticas sobre grupos historicamente marginalizados no Brasil como indígenas e quilombolas.

Sobre os últimos, o texto defende que os EUA reverta a assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas assinado pelos governos Trump e Bolsonaro, em 2019, permitindo a exploração comercial da Base Espacial de Alcântara, no Maranhão.

 
O Brasil diz pretender "tornar o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de recursos para o Brasil no setor espacial".

Como foi assinado, o acordo prevê a remoção de centenas de famílias de quilombolas que vivem na região há quase dois séculos.

"O governo Biden-Harris deve se colocar de maneira firme contra qualquer desapropriação de terras quilombolas, enquanto se engaja em ações pacíficas colaboração com a Agência Espacial Brasileira em Alcântara", sugere o texto, citando o Tratado do Espaço Sideral, um instrumento multilateral assinado tanto por EUA quanto pelo Brasil.

Segundo o texto do tratado, criado em meados dos anos 1960, em meio à Guerra Fria, iniciativas que envolvam exploração no espaço só podem acontecer a partir de fins pacíficos. "O governo Biden e Harris deve rejeitar firmemente qualquer envolvimento militar na colaboração espacial no Brasil. Qualquer colaboração entre os programas espaciais dos EUA e do Brasil deve eliminar o racismo e o legado ambiental destrutivo de Trump e Bolsonaro", prossegue o dossiê.

O governo Bolsonaro afirma que o acordo de Alcântara estimulará o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro e poderá gerar investimentos de até R$ 1,5 bilhão na economia nacional.

O Brasil diz pretender "tornar o Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, competitivo mundialmente e um grande atrativo de recursos para o Brasil no setor espacial".


Outros temas

Ao longo de mais de suas mais de 30 páginas, o texto também defende que os EUA divulguem documentos secretos sobre a ditadura no Brasil e que o Departamento de Justiça responda a questionamentos sobre a suposta participação dos EUA na operação Lava Jato.

Em agosto de 2019, o parlamentar Hank Johnson, junto outros 12 congressistas, pediu esclarecimentos sobre a relação dos norte-americanos com a operação brasileira, mas não teve resposta.

Em coro com relatórios recentes de organizações globais de direitos humanos sobre o Brasil, o dossiê também recomenda que o governo americano se coloque enfaticamente contra a violência policial no Brasil, os assassinatos de ativistas e trabalhadores rurais no país e a ataques contra religiões de matriz africana.

O texto também cita extinção do Ministério do Trabalho pelo governo Bolsonaro e "políticas de desmantelamento de direitos dos sindicatos, financiamento sindical, negociações coletivas e sistemas de fiscalização do trabalho" como temas a serem revertidos antes da discussão de qualquer acordo de livre-comércio com o Brasil.

Em foto de março de 2018, Bolsonaro assina livro de visitas da Casa Branca

O dossiê não foi enviado a membros do governo brasileiro.

Longe de Washington, após se tornar o último líder de um pais democrático a reconhecer a vitória de Biden e Harris, Bolsonaro vem tentando manobrar para reduzir os danos na relação entre os dois países.

Em janeiro, depois de defender teorias de conspiração infundadas sobre fraudes na eleição americana, o presidente brasileiro assinou uma carta de cumprimentos ao novo líder dos EUA.

"A relação Brasil e Estados Unidos é longa, sólida e baseada em valores elevados, como a defesa da democracia e das liberdades individuais. Sigo empenhado e pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações e o bem-estar de nossos cidadãos", dizia o texto, que não teve resposta.

À BBC News Brasil, em novembro, o embaixador brasileiro em Washington, Nestor Forster, disse acreditar que a proximidade entre os dois países se manteria em um eventual governo Biden. "Acreditamos firmemente que, independente do resultado das eleições aqui nos EUA, essa agenda vai continuar e a importância do Brasil não vai mudar porque está esse ou aquele partido. Temos a melhor relação com os dois partidos políticos, como é natural em uma democracia."

Dias antes, no entanto, parlamentares democratas haviam chamado Bolsonaro de "pseudoditador" e classificado acordos entre os dois países como "tapa na cara do Congresso".

Fonte: BBC News Brasil


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Quem controla o discurso também controla o poder



 "O golpe de Trump fracassou, o Império americano ainda não caiu, mas as grandes empresas de tecnologia conseguiram reforçar o controle que exercem sobre as sociedades", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247

O banimento de Donald Trump por praticamente todas as redes sociais revela que somos hoje governados por bilionários do Vale do Silício. Nomes como Jack Dorsey, do Twitter, Mark Zuckerberg, do Facebook, Larry Page, do Google, Tim Cook, da Apple, e Jeff Bezos, da Amazon. São poucos indivíduos, com suas empresas conectadas a grandes fundos financeiros globais, estes também comandados por pouquíssimos gestores de capitais, que controlam o discurso político global. E quem controla o discurso, evidentemente, tem a capacidade de determinar o poder.

O mais paradoxal é que Trump, resultado do vale-tudo dessa "era das redes", tenha sido o primeiro grande alvo de um bloqueio tecnológico em escala global. Foi ele quem melhor soube manipular os medos e emoções humanas com suas fake news – uma delas a de que Barack Obama não era nascido nos Estados Unidos –  e seu discurso de ódio, voltado primeiramente para Hillary Clinton mas depois para todos aqueles que ele nomeou como "inimigos". Enquanto pôde usar e abusar da sua "liberdade de expressão", Trump foi capaz de desafiar o sistema político nos Estados Unidos, eleger-se presidente e montar uma ampla base popular de natureza protofascista, frustrada com a decadência da América e as derrotas sofridas ao longo do processo de globalização. Foi assim que o discurso "Make America Great Again" seduziu milhões de americanos.

Durante anos inflamando sua turba, Trump teve seu pirulito retirado da boca por Mark Zuckerberg, do Facebook, e Jack Dorsey, do Twitter. Depois de silenciado, tentou mover seus seguidores para a rede social Parler, que concorre com o Twitter, mas a mesma está sendo suspensa das duas grandes lojas de aplicativos, a da Apple e a do Google, ficando de fora dos celulares iOs e Android, ou seja, de praticamente todos os aparelhos do mundo. E nem mesmo poderá ser usada em computadores, uma vez que a Amazon não irá mais fornecer servidores para a hospedagem dos seus serviços. Ou seja: o Parler, assim como Trump, também será silenciado.

Deve-se comemorar tais decisões tomadas pelas "big techs"? O precedente, a meu ver, é extremamente perigoso. Mesmo que sejam empresas privadas, e que tenham políticas de uso que preveem o banimento em casos de promoção de fake news e discurso de ódio, tais empresas formam monopólios privados que operam numa seara essencial para as democracias, que é a da informação. E não faz sentido permitir que o discurso político seja controlado por magnatas do Vale do Silício. Afinal, quem controla o discurso também controla o poder. E se há algo que não pode ser privatizado é a informação, um direito humano essencial.

O que fazer então? Dado o poder alcançado por essas plataformas, o caminho natural é a regulação social das redes sociais. A velha regulação social dos meios de comunicação, mas agora mirando um problema muito maior que é o das grandes plataformas de tecnologia, que não são neutras. O que isso significa? Que seus algoritmos não são transparentes e não refletem objetivamente a diversidade de interesses e visões políticas numa sociedade. As plataformas podem sim fragmentar sociedades e orientar o consumo de informação para causas antidemocráticas, como se viu em várias "revoluções coloridas" em vários países do mundo, incluindo o Brasil. O resultado disso foi destruição econômica, divisão social e alinhamento de vários países aos interesses geoestratégicos dos Estados Unidos. O bloqueio de Trump só aconteceu agora porque o mesmo processo ameaçava implodir a própria "democracia" americana.

Depois do dia 6 de janeiro, quando houve a invasão do Capitólio, ainda não assistimos ao fim do Império americano, não houve golpe nos Estados Unidos, mas as grandes empresas de tecnologia, que se tornaram ainda mais poderosas em 2020, ano da covid-19, reforçaram seu poder de controle sobre as sociedades. Isso é bom? A ver.


TV 247

Altman condena decisão do Twitter sobre Trump

Editor do Opera Mundi, Breno Altman explica por que considera uma censura o que o Twitter fez com Donald Trump.

Assista ao VÍDEO




No Twitter


 

 

 

 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

"A mídia americana se tornou um instrumento de luta política": Moscou comenta a situação em Washington



Tendo Washington sido palco de confrontos no dia 6 de janeiro que resultaram em mortes durante a certificação dos resultados presidenciais pelo Congresso, a Rússia desejou que os americanos "vivessem com dignidade este momento dramático" de sua história, lembrando que 'foi um "assunto interno" dos Estados Unidos.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou sobre os confrontos em Washington .


  • “É um assunto interno dos EUA”, enfatizou ela.

Nesse contexto, ela “chamou mais uma vez a atenção” para o fato de o sistema eleitoral norte-americano ser “arcaico”.


  • Este sistema “não atende aos padrões democráticos modernos e permite muitas violações, enquanto a mídia americana se tornou um instrumento de luta política. Essa é, em grande parte, a razão da atual cisão da empresa nos Estados Unidos ”, disse ela.

Maria Zakharova acrescentou que Moscou deseja “que o fraterno povo americano passe por este momento dramático de sua história com dignidade”.

Tensões significativas surgiram em Washington quando os resultados da eleição presidencial foram certificados pelo Congresso.


Tensões em Washington

No dia anterior, o presidente cessante Donald Trump falou em um comício que reuniu vários milhares de pessoas e mais uma vez afirmou que a votação havia sido fraudada. Seus apoiadores foram ao Capitólio e invadiram o prédio. A polícia usou gás lacrimogêneo e granadas de choque. Quatro pessoas morreram : uma veterana da Força Aérea dos Estados Unidos foi baleada por um policial e morreu no hospital, enquanto outras três morreram perto do Capitólio quando precisaram de tratamento médico. cuidados médicos.

As reuniões do Senado e da Câmara dos Deputados foram interrompidas. Os membros do Congresso e o vice-presidente Mike Pence foram evacuados.

Os manifestantes não foram violentos e basicamente apenas filmaram o que estava acontecendo e tiraram selfies. Donald Trump despachou a Guarda Nacional para a capital e apelou por paz e ordem a seus partidários.

Horas depois, os manifestantes foram expulsos do prédio e ambas as câmaras retomaram suas sessões. O Congresso finalmente aprovou a eleição de Joe Biden como presidente .

Donald Trump prometeu por sua vez que a transferência do poder será pacífica, embora não concorde com o resultado das eleições. Suas páginas no Twitter e no Facebook foram bloqueadas devido a mensagens que ele endereçou aos manifestantes.

Fonte: Sputnik França


RT en Español

Dia sem precedentes nos EUA: manifestantes invadiram o Capitólio

Os Estados Unidos vivem um dia inédito e muito convulsionado, com violentos protestos no Capitólio e em meio à certificação de votos que ratificariam a vitória eleitoral de Joe Biden. Na sede do Legislativo ocorreram confrontos com a Polícia e momentos de forte tensão.

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Ex-chefe da segurança espacial israelense diz que alienígenas existem, humanidade não está pronta


NGC 4866, uma galáxia lenticular, é mostrada neste folheto da NASA fornecido em 19 de julho de 2013. Situada a cerca de 80 milhões de anos-luz da Terra, esta imagem foi capturada pela Advanced Camera for Surveys, um instrumento no Espaço Hubble da NASA / ESA Telescópio(crédito da foto: REUTERS / AGÊNCIA ESPACIAL EUROPEIA / NASA / ESA HUBBLE SPACE TELESCOPE / APOSTILA VIA REUTERS)

Esta "Federação Galáctica" supostamente está em contato com Israel e os EUA há anos, mas está se mantendo em segredo para prevenir a histeria até que a humanidade esteja pronta.

O Estado de Israel fez contato com estrangeiros?

De acordo com o general israelense aposentado e atual professor Haim Eshed, a resposta é sim, mas isso foi mantido em segredo porque "a humanidade não está pronta".

Falando em uma entrevista a Yediot Aharonot, Eshed - que serviu como chefe do programa de segurança espacial de Israel por quase 30 anos e recebeu três vezes o Prêmio de Segurança de Israel - explicou que Israel e os EUA têm lidado com alienígenas por anos.

E isso de forma alguma se refere a imigrantes, com Eshed esclarecendo a existência de uma "Federação Galáctica".

O ex-chefe da segurança espacial de 87 anos deu mais descrições sobre exatamente que tipo de acordos foram feitos entre os alienígenas e os Estados Unidos, que aparentemente foram feitos porque eles desejam pesquisar e compreender "a estrutura do universo". Esta cooperação inclui uma base subterrânea secreta em Marte, onde há representantes americanos e alienígenas.

Se for verdade, isso coincidiria com a criação da Força Espacial pelo presidente dos EUA, Donald Trump, como o quinto braço das forças armadas dos EUA, embora não esteja claro há quanto tempo esse tipo de relacionamento, se houver, existe entre os EUA e seus países aliados extraterrestres.

Mas Eshed insiste que Trump está ciente deles, e que ele estava "prestes" a revelar sua existência. No entanto, a Federação Galáctica supostamente o impediu de fazer isso, dizendo que desejavam evitar a histeria em massa, uma vez que sentiam que a humanidade precisava "evoluir e alcançar um estágio onde iremos ... entender o que são o espaço e as espaçonaves", relatou Yediot Aharonot.

Quanto ao motivo de ele ter escolhido revelar essas informações agora, Eshed explicou que o momento foi simplesmente devido ao quanto o cenário acadêmico mudou e quão respeitado ele é na academia.

"Se eu tivesse pensado no que estou dizendo hoje, cinco anos atrás, teria sido hospitalizado", explicou ele a Yediot.

Ele acrescentou que "hoje, eles já estão falando diferente. Não tenho nada a perder. Recebi meus diplomas e prêmios; sou respeitado em universidades no exterior, onde a tendência também está mudando."

Eshed forneceu mais informações em seu mais novo livro, The Universe Beyond the Horizon - conversas com o professor Haim Eshed, junto com outros detalhes como como os alienígenas preveniram apocalipses nucleares e "quando podemos entrar e visitar os Homens de Preto". O livro já está disponível para NIS 98.

Embora não esteja claro se existe alguma evidência que possa apoiar as afirmações de Eshed, elas vieram antes de um anúncio recente da SpaceIL, o grupo por trás da tentativa fracassada de Israel de pousar uma espaçonave na Lua em 2019.

Carregado nas redes sociais com o texto "Pronto para ficar animado de novo?", O anúncio continha um vídeo de 15 segundos da lua com o texto "De volta à lua", seguido pela data de 9 de dezembro de 2020.

É provável que se trate de uma continuação da espaçonave Beresheet, que caiu depois que os engenheiros perderam contato com ela minutos antes de sua chegada ao solo. No entanto, o projeto de acompanhamento, intitulado Beresheet 2, deve levar três anos para ficar pronto.

A equipe do Jerusalem Post contribuiu para este relatório.


Comentários Facebook