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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Terceira via: esquerda nos EUA quer alternativas a Kamala e Trump, diz analista norte-americano


Esquerda norte-americana mobiliza a sociedade civil, mas tem dificuldade para participar do processo eleitoral nos EUA. Poder do financiamento corporativista e estratégias de supressão de votos mantêm a esquerda ativa nas ruas, mas longe da Casa Branca e do Capitólio, explicam analistas ouvidos pela Sputnik Brasil


© AP Photo / Jose Luis Magana

 

O mês de agosto foi marcado por intensa atividade política da esquerda norte-americana, que debate seu posicionamento nas eleições presidenciais de novembro de 2024. Insatisfeitos com o Partido Democrata em função de seu baixo engajamento em pautas de interesse da classe trabalhadora e apoio ao esforço israelense em Gaza, grupos socialistas norte-americanos apostam na terceira via para atingir a igualdade social.

Se a corrente denominada socialista dentro do Partido Democrata, o Democratic Socialists of America (DSA), declarou apoio à candidatura de Kamala Harris, o mesmo não pode ser dito de movimentos de esquerda independentes.

No dia 30 de agosto, poucos dias após a Convenção do Partido Democrata, uma outra reunião política foi convocada na cidade de Chicago: a Socialists 2024. Neste evento, o entusiasmo por Kamala Harris e seu Partido Democrata ficou bem menos evidentereportou o The Washington Post. Temas como o apoio norte-americano ao esforço de guerra israelense em Gaza e a baixa cobertura da segurança social no país dividem a esquerda socialista e o Partido Democrata norte-americano.


Manifestantes em frente a Casa Branca durante um protesto contra a visita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu à Casa Branca, quinta-feira, 25 de julho de 2024, em Washington, EUA - © AP Photo / Mike Stewart

Na mesma semana, um grupo mais radical de esquerda, que se identifica como comunista, criou o partido Revolutionary Communists of America. Com uma pauta política baseada na retomada do conceito de luta de classes, o partido repudia tanto o republicano Donald Trump, quanto a sua rival Harris.


"Precisamos reconhecer que nem os democratas, nem os republicanos podem genuinamente defender ou promover os interesses da classe trabalhadora, e a luta para criar um partido de massas próprio é a única saída possível para o movimento de trabalhadores dos EUA", versa o movimento em seu manifesto.


As diferenças entre democratas e socialistas não vêm de hoje: desde as controvérsias primárias democratas de 2016, quando o candidato socialista Bernie Sanders se retirou da corrida após acordos controversos com sua rival Hilary Clinton, parte da esquerda norte-americana não se sente representadas pelo Partido Democrata.


O senador Bernie Sanders no anfiteatro do condado de Tippecanoe, em 27 de agosto de 2021 - © AP Photo / Darron Cummings

De acordo com o fundador do Center for Political Innovation, Caleb Maupin, o ambiente econômico é favorável para a emergência de movimentos mais robustos à esquerda, dada a queda do padrão de vida da classe trabalhadora.


"Com certeza há uma queda no nível de vida. As pessoas mais jovens estão com muita dificuldade para se estabelecer. A casa familiar própria é coisa do passado nos EUA. A inflação, combinada com o aumento de empregos temporários e mal remunerados no setor de serviços, tornam as condições muito mais difíceis para um jovem americano sobreviver", disse Maupin à Sputnik Brasil. "Vemos muito ressentimento econômico. A crença no sonho americano e na prosperidade para todos desapareceu."

 

No entanto, o analista adverte que movimentos de esquerda ainda são mal recebidos por grande parte do eleitorado, principalmente aquele identificado com o atual candidato à presidência Donald Trump.


Manifestantes em frente a Casa Branca durante um protesto contra a visita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu à Casa Branca, quinta-feira, 25 de julho de 2024, em Washington, EUA - © AP Photo / Mike Stewart

"Infelizmente, muitos apoiadores de Trump estão descontentes com coisas como as quarentenas da COVID-19, estão irritados com a perda da liberdade de expressão, e passaram a identificar essas questões com o comunismo. Ainda existe essa percepção muito forte nos círculos republicanos de que o comunismo, a política woke e o Partido Democrata são sinônimos", lamentou Maupin. "E esse simplesmente não é o caso [...], o socialismo tem tudo a ver com crescimento econômico, enquanto o Partido Democrata promove o decrescimento e a promoção de um estado policial de baixos salários."


Sociedade civil ativa

A dificuldade de integrar grupos de esquerda na política eleitoral norte-americana contrasta com a atividade intensa no nível da sociedade civil. De acordo com a brasileira residente nos EUA Natália de Campos, cocoordenadora do Comitê Defenda Democracia no Brasil de Nova York, o engajamento da juventude em movimentos pacifistas e antirracistas é intenso.


"Vemos uma conflagração de forças ao redor do movimento pró-Palestina, que está nas ruas, seguindo uma tendência que começou lá no movimento Vidas Negras Importam [Black Lives Matter]", disse Campos à Sputnik Brasil. "E com isso a gente está vendo muitos jovens se engajando novamente na política, apoiando pautas socialistas especificamente, e procurando uma alternativa para os dois partidos que dominam aqui [nos EUA]."

 

A dificuldade, segundo ela, é emplacar candidaturas de movimentos sociais no processo eleitoral. Em função das regras complexas, que variam entre os estados, conseguir emplacar o nome de candidatos na cédula eleitoral norte-americana já é considerado uma grande vitória.


Funcionários e apoiadores da Starbucks dão os braços durante observação da eleição sindical em 9 de dezembro de 2021, em Buffalo, EUA (foto de arquivo) - © AP Photo / Joshua Bessex

"Apesar dos obstáculos, neste ano teremos mais candidatos socialistas nas cédulas do que nos últimos anos", revelou Campos. "Em alguns estados, como a Geórgia, o próprio Partido Democrata desafia a inclusão de socialistas nas cédulas, porque não querem uma terceira via. E os republicanos apelam para o garry mandering, uma prática que redesenha os distritos eleitorais para separar as comunidades [...]. Então temos supressão de votos pelos dois lados."

Além das dificuldades regulatórias, os movimentos de esquerda nos EUA sofrem com a falta crônica de financiamento. O financiamento privado centrado nos dois principais partidos do país é a tônica do sistema eleitoral norte-americano, dificultando sobremaneira a emergência de movimentos alternativos.


"As eleições aqui [nos EUA] são fortemente influenciadas pelo poder corporativo, que bloqueia qualquer tipo de competitividade", lamentou Campos. "Vemos como o dinheiro corporativo entra numa campanha para fazer lobby, direcionar o eleitorado e toda a máquina necessária para eleger uma pessoa."

 

Segundo ela, os obstáculos à participação política de movimentos alternativos levam "uma parte do eleitorado a não se engajar, por entender que os partidos Democrata e Republicano se assemelham cada vez mais."


Ativistas sindicais se reúnem em prol de melhorias nas condições para trabalhadores do setor de serviços nos em Durham, EUA, 18 de novembro de 2022 - © AP Photo / James Pollard

O norte-americano Caleb Maupin acredita na necessidade de uma terceira via. Para ele, o socialismo deve se distanciar tanto do "neoliberalismo econômico e liberalismo social" do Partido Democrata, quanto do renovado "tom populista" da retórica de Trump.


"O que é necessário agora nos Estados Unidos é uma coalizão antimonopólio, na qual todas as diferentes forças que se beneficiariam com a derrota dos monopólios e com um governo que enfatize o crescimento econômico possam se unir e apresentar um programa de construção de infraestrutura, nacionalização e centralização do crédito para ter um plano econômico para o renascimento econômico do país, controle público dos recursos naturais. Todas essas coisas fariam parte de um programa socialista antimonopólio", concluiu o analista norte-americano.

 

As eleições presidenciais norte-americanas estão previstas para ocorrer em novembro de 2024. Pesquisas recentes indicam uma corrida apertada, com diferença de um a dois pontos percentuais nas intenções de votos nacionais para os dois principais candidatos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris. De acordo com a mais recente pesquisa do jornal Wall Street Journal, Harris lideraria com 48% contra 47% de Donald Trump. A pesquisa Quinnipiac University Pool aponta para Harris com 29%, contra 48% de seu rival republicano.


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Jackson Hinkle

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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Forças Armadas da Venezuela respaldam decisão da Justiça que certificou vitória de Maduro


Exército do país ratificou ‘lealdade’ ao presidente reeleito após anúncio de fim da auditoria das atas pelo Supremo


PSUV/X - Resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontam vitória de Nicolás Maduro, com 51,92% dos votos válidos

As Forças Armadas da Venezuela anunciaram nesta quinta-feira (22/08) que irão acatar a decisão da Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) sobre a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.

“Ratificamos absoluta lealdade ao presidente Nicolás Maduro, reeleito pelo poder popular, legitimamente proclamado pelo Poder Eleitoral e agora ratificado pelo mais alto tribunal de justiça do país para o próximo mandato presidencial de 2025-2031”, escreveu o exército em documento.

A declaração do exército venezuelano veio após o TSJ anunciar, também na quinta-feira, a finalização do processo de auditoria das atas relativas às eleições presidenciais realizadas no dia 28 de julho.

Segundo o órgão judiciário não foram encontradas irregularidades nos documentos detalhados das urnas eleitorais, assim decretou a certificação dos resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que apontam a vitória de Nicolás Maduro, com 51,92% dos votos válidos.

Já o ex-candidato Edmundo González Urrutia, representante da coalizão de extrema direita Plataforma Unitária, ficou em segundo lugar, com 43,18%.

Assim, através de um comunicado, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) reafirmam a sua adesão à Constituição e às leis da Venezuela, destacando “a importância de preservar a paz e a estabilidade do país, face à ameaça de grupos extremistas de direita que tentaram desestabilizar com atos violentos, terroristas e cibernéticos” a nação sul-americana.

O exército ainda lamentou “as perdas humanas e os danos materiais” durante os protestos violentos. Da mesma forma, também destacou a força da democracia venezuelana, bem como a soberania e independência do país relativamente a interferências externas em suas eleições.

Por fim, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas reiteraram o seu compromisso com os direitos fundamentais do povo venezuelano, “que incluem a vida, a paz e o desenvolvimento integral”.

A Assembleia Nacional (AN) da Venezuela, também anunciou nesta sexta-feira (23/08), seu comprometimento em respaldar a decisão do TSJ, que ratifica a vitória de Maduro.

Por meio de um acordo, a AN deve instalar “órgãos competentes do Estado venezuelano para determinar responsabilidades por supostos crimes de usurpação de funções, crimes informáticos, associação criminosa e incitação ao ódio”, em meio à crise política que foi instalada após as eleições e os protestos violentos da extrema direita.

(*) Com AVT e TeleSUR

Redação Opera Mundi



 Jackson Hinkle


O candidato da oposição venezuelana do SIONISTA Elon Musk escreveu uma carta a NETANYAHU em 2018, implorando a ISRAEL para invadir a Venezuela e golpear ilegalmente o presidente Maduro!

Não é de se espantar que @elonmusk a apoie!



 Sou Palestina


Imagine a oposição venezuelana chamando Maduro de genocida, enquanto carrega esse lixo de bandeira.



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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Nicolás Maduro vence as eleições na Venezuela com 51,2%, informa o Conselho Nacional Eleitoral


Com 51,2% dos votos, Nicolás Maduro venceu a disputa em pleito marcado por clima de tranquilidade. Posse está marcada para janeiro de 2025


Nicolás Maduro
 

O atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conquistou seu terceiro mandato após vencer as eleições venezuelanas neste domingo (28). Com a vitória, ele governará o país até 2031. A posse do terceiro mandato está marcada para janeiro do próximo ano.

De acordo com os resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Maduro obteve 51,2% dos votos expressos, enquanto o adversário Edmundo González ficou em segundo lugar com 44,2%.

As eleições tiveram início às 6h00 (horário local, 7h00, horário de Brasília) e as urnas fecharam às 18h00 (19h00, horário de Brasília). Cerca de 21.321.783 cidadãos estavam aptos a votar em dez candidatos que disputavam o pleito. Os resultados oficiais foram divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.


Como observador na Venezuela,

 Celso Amorim se reúne com

 representantes da oposição de Maduro



Além de Maduro disputaram o pleito: o candidato oposicionista Edmundo González; Benjamín Rausseo; Antonio Ecarri; Daniel Ceballos; Luis Eduardo Martínez; José Brito, Claudio Fermín; Javier Bertucci; e Enrique Márquez.

Maduro votou pela manhã e destacou a tranquilidade do pleito, afirmando que as eleições foram realizadas com respeito e sem ataques.


"Houve paz, não houve sequer uma bofetada em um candidato. É assim na América Latina? Não. Há países onde houve candidatos assassinados […]. [Na Venezuela] não houve sequer um incidente. [Foi] um evento gratuito, campanha eleitoral aberta", destacou após a votação.

 

clima de tranquilidade também foi confirmado por observadoras internacionais consultadas pela Sputnik Brasil neste domingo (28).

Mônica Valente, secretária de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que "tudo estava muito tranquilo", disse que havia "grandes filas de pessoas esperando para votar, mas tudo em paz".

Por sua vez, Amanda Harumy, professora de relações internacionais do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA), que viajou para a Venezuela para atuar como observadora do pleito, afirmou que tudo ocorreu bem. Ela contou que percorreu vários pontos de votação e considerou tudo bastante organizado.


"Fomos em um bairro periférico, em algumas escolas. Uma eleição tranquila, bem mobilizada, bastante gente nas filas para votar, bem organizada. Não tem nenhum aspecto de tensão, de briga, está bem tranquilo. Acho que a preocupação é mais nessa perspectiva do reconhecimento do resultado para fora da Venezuela. O processo de instabilidade é mais fora da Venezuela do que dentro", afirmou.



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Fonte: Sputnik Brasil


Nicolás Maduro

#EnVivo | Homenagem ao nosso Comandante Hugo Chávez, em seu aniversário de 70 anos.



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Oposição venezuelana tentou sete golpes desde chegada do chavismo ao poder


Em 25 anos, direita venezuelana promoveu sete ataques buscando derrubar os governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro através da violência política


Montagem: Juan Guaidó, Leopoldo López, María Corina Machado e Henrique Capriles são quatro dos líderes opositores que protagonizaram ações para tentar derrubar governos chavistas na Venezuela

Estas eleições presidenciais da Venezuela neste domingo (28/07) foram marcadaa, durante seu período de campanha, por um insistente discurso da candidatura da Plataforma Unitária, setor opositor de extrema direita, sobre um possível “golpe eleitoral” a favor do presidente Nicolás Maduro, candidato à reeleição – em narrativa que emula o realizado por outros candidatos da extrema direita no mundo, como Donald Trump em 2020, nos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro em 2022, no Brasil.

No entanto, a história recente da Venezuela mostra que é justamente a direita do país que promoveu as últimas tentativas de derrubar governos democraticamente eleitos no país.

Desde a primeira vitória eleitoral de Hugo Chávez, em dezembro de 1998, o chavismo teve que superar um total de sete tentativas de golpe de Estado, seis delas contra o atual presidente Nicolás Maduro.


O candidato da Plataforma Unitária, Edmundo González, não participou diretamente em nenhuma dessas ações, mas sua principal apoiadora, a ex-deputada María Corina Machado, esteve envolvida em boa parte delas.


2002: o golpe contra Chávez e ‘Carmona, o breve’

Em 11 de abril de 2002, o Alto Comando das Forças Armadas da Venezuela ordenou a invasão do Palácio de Miraflores, sede do Poder Executivo, e a prisão do então presidente Hugo Chávez, que foi levado a uma cela improvisada em um quartel localizado no interior do país.

Apesar de a ação que resultou na derrubada de Chávez ter sido promovida por militares, quem assumiu o poder foi o empresário Pedro Carmona, então presidente da Federação Venezuelana de Câmaras de Comércio (Fedecámaras), que não tinha nenhum cargo político – ou seja, não havia sido eleito para nada.

Em suas poucas horas como mandatário, Carmona chegou a anunciar a dissolução da Assembleia Nacional e da Suprema Corte, além de declarar nula a Constituição de 1999, realizada já durante o governo de Chávez – e elaborada por uma constituinte com maioria chavista.

Porém, o golpe durou poucas horas, já que centenas de milhares de pessoas, especialmente dos bairros mais pobres de Caracas, marcharam até o centro da cidade para exigir o retorno do presidente democraticamente eleito. Devido a essa pressão popular, muitos militares de patentes mais baixas se rebelaram contra o Alto Comando e realizaram outra invasão do palácio presidencial, dessa vez para derrubar Carmona e recolocar Chávez na presidência, no dia 13 de abril.

Por suas poucas horas na horas na presidência, o líder empresarial passou a ser conhecido no país como “Carmona, o breve”.


2013: Henrique Capriles, derrotado por Maduro

Após a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 2013 – quando ele conquistou seu primeiro mandato –, seu adversário, Henrique Capriles, contestou o resultado das urnas e convocou seus seguidores a realizar protestos em todo o país para forçar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a reconhecer uma suposta fraude.

O resultado final da apuração mostrou um triunfo apertado do candidato chavista: 50,6% contra 49,2% do representante da coalizão de direita Mesa de Unidade Nacional – precursora a atual Plataforma Unitária.

Durante dias, manifestantes opositores realizaram protestos violentos nas principais cidades do país, como Táchira e Barquisimeto, além da capital Caracas. Em muitos casos, os atos consistiam em realizar ações incendiárias ou com tiros em bairros chavistas, causando dezenas de mortos e feridos.

Essa pressão levou o CNE a realizar uma auditoria das urnas eletrônicas usadas durante o pleito, processo que terminou confirmando o resultado apurado no dia da eleição.

Após a auditoria, os protestos começaram a perder força, e Capriles iniciou uma turnê por vários países, buscando convencer chefes de Estado a reconhecê-lo como verdadeiro presidente eleito, e não Nicolás Maduro.

Apesar de Capriles ter conquistado alguns apoios internacionais, a iniciativa não impediu o chavista de seguir governando a Venezuela. As duas estratégias de Capriles – a de tentar desestabilizar o governo com protestos violentos e a de buscar reconhecimento de um governo paralelo – seriam utilizadas novamente pela oposição em anos posteriores.

Vale destacar que a campanha de Capriles para desconhecer o resultado das eleições teve com uma das principais apoiadoras a então deputada María Corina Machado.


2014: Leopoldo López e María Corina Machado

No ano seguinte, a oposição voltou a apostar nos protestos para tentar desestabilizar o governo de Nicolás Maduro, com a mesma narrativa usada após a derrota eleitoral, chamando-o de “presidente ilegítimo”.

Apesar de Capriles ainda ser um dos nomes fortes da MUD, a liderança dos atos naquela ocasião passou a ser de outra figura: o político e empresário Leopoldo López. María Corina Machado também foi uma das líderes dos protestos, conquistando mais destaque do que em 2013 entre os opositores.

Oficialmente, foram registradas 43 mortes durante as manifestações realizadas entre fevereiro e maio de 2014. A oposição assegura que todas as vítimas eram manifestantes contrários ao governo de Maduro que foram atacadas pelas forças policiais.

Porém, organizações comunitárias de Caracas asseguram que muitos chavistas foram mortos em ações violentas promovidas pelos grupos opositores, repetindo o que aconteceu após a derrota de Capriles nas eleições de 2013.

A campanha da oposição nas ruas começou a perder força em junho de 2014, quando Leopoldo López foi preso. Em setembro de 2015 ele foi sentenciado a 13 anos de prisão.


2017: ‘guarimbas’ e constituinte

A estratégia da violência política voltou a ser utilizada entre março e agosto de 2017, dessa vez liderada por Capriles e María Corina – devido à prisão de Leopoldo López. O discurso copiou o das tentativas anteriores, chamando Maduro de “presidente ilegítimo”.

A campanha daquele ano foi mais caracterizada pelas chamadas “guarimbas”, que são barricadas organizadas em grandes centros urbanos, que também estavam presentes em 2013 e 2014, mas que naquele então passaram a ser a principal forma de atuação dos grupos opositores, em vez das marchas dos anos anteriores.

No momento em que o governo se via mais acuado, Maduro decidiu convocar uma Assembleia Constituinte. A oposição defendeu um boicote à eleição dos constituintes, mas acabou fracassando, já que mais de 8 milhões de pessoas foram às urnas.

O sucesso da eleição foi lido no país como um sinal de que a população rechaçava as “guarimbas” da oposição, e os protestos começaram a perder força.

A constituinte foi instalada e, como a MUD boicotou o processo, contou com ampla maioria chavista e uma oposição pequena, entre setores de direita menos extremistas e adeptos do diálogo com o governo.

Ademais, o episódio acabou servindo para fortalecer politicamente Delcy Rodríguez, que se tornou figura nacional ao ser eleita presidente da Assembleia Constituinte. Hoje ela é a vice-presidente da Venezuela e, com Maduro, busca a reeleição.

Oficialmente, foram registradas 127 mortes nestes protestos. A troca de acusações entre governo e oposição sobre a responsabilidade por essas vítimas emulou o ocorrido nos outros conflitos. Nenhum líder opositor foi preso ou condenado pelos incidentes daquele ano.


2018: um drone para matar Maduro

No dia 4 de agosto de 2018, durante uma parada militar para celebrar o aniversário da Guarda Nacional Bolivariana, o presidente Nicolás Maduro escapou de um atentado que utilizou um drone explosivo.

O artefato explodiu a poucos metros do palanque em que ele estava. O presidente saiu ileso e o episódio resultou apenas em algumas pessoas feridas.

Uma investigação realizada posteriormente resultou na prisão de 31 pessoas, incluindo o então deputado Juan Requesens, que confessou seu envolvimento na tentativa de magnicídio.

Outro político opositor que teria sido um dos cabeças do plano foi o então deputado Julio Borges, que pediu asilo político na Colômbia – atualmente, ele vive na Espanha.


2019: Juan Guaidó, o autoproclamado

Nicolás Maduro já havia sido reeleito – após vencer Henri Falcón nas eleições de 2018 – quando o deputado Juan Guaidó, após ser eleito presidente da Assembleia Nacional, se autoproclamou presidente interino da Venezuela, em 23 de janeiro de 2019.

Foi a segunda vez que um líder da oposição tentou criar um governo paralelo no país, baseado no reconhecimento internacional – o primeiro foi Henrique Capriles, em 2013. Guaidó chegou a realizar um show na fronteira entre Venezuela e Colômbia, ação que contou com o apoio presente dos presidentes sul-americanos Iván Duque (Colômbia), Sebastián Piñera (Chile) e Abdo Benítez (Paraguai).

O então mandatário brasileiro Jair Bolsonaro foi outro dos que reconheceu Guaidó como presidente, mas não participou do ato na fronteira com os demais líderes latinos.

Guaidó também promoveu uma tentativa de golpe com o apoio de um pequeno setor de militares e policiais que realizaram um ataque à base aérea de La Carlota, no dia 30 de abril de 2019. A ação não chegou a colocar em risco o governo de Maduro, mas conseguiu ao menos um objetivo: libertar o líder opositor Leopoldo López, que foi levado à Espanha, onde se mantém exilado até os dias de hoje.

Apesar do apoio internacional, internamente Guaidó nunca obteve o mesmo respaldo da população, e nem mesmo da direita venezuelana. Nas seguintes eleições legislativas, realizadas em dezembro de 2020, ele propôs que os setores de direita realizassem um pacto para boicotar as eleições, mas não obteve apoio de nenhum setor.

Ainda assim, ele manteve a iniciativa até o final e acabou desistindo de sua candidatura à reeleição como deputado, ficando sem cargo. Continuou se apresentado como suposto “presidente interino” da Venezuela, mas foi perdendo os apoios dos líderes mundiais que o reconheceram em um primeiro momento. A autoproclamação de Guaidó, no entanto, abriu espaço para que ativos venezuelanos no exterior fossem bloqueados e que as sanções dos Estados Unidos contra o país se ampliassem, aprofundando a crise econômica do país.


2020: invasão de mercenários em meio à crise da covid-19

Entre os últimos dias e abril e os primeiros dias de maio de 2020, enquanto o mundo vivia o período de maior pânico por conta da pandemia de covid-19, um grupo de mercenários norte-americanos e colombianos iniciava uma operação militar na região costeira da Venezuela, mais precisamente na localidade de Macuto.

A chamada Operação Gideon foi executada por mercenários contratados por empresários venezuelanos radicados em Miami.

O plano consistia em invadir o país a partir de uma localidade na costa venezuelana e iniciar uma campanha que terminaria com a tomada de Caracas, mas acabou fracassando já naquela primeira ação e de forma vergonhosa: alguns dos mercenários envolvidos foram capturados pela Marinha venezuelana, mas outros foram rendidos por pescadores da localidade.

À época, foram levantados rumores sobre um possível envolvimento do governo norte-americano na invasão dos mercenários. Tal especulação era baseada nas relações entre o dono da empresa Silvercorp, envolvida no episódio, o empresário canadense Jordan Groudeau, e figuras do Partido Republicano próximas ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nunca foi apresentada, porém, provas suficientes para comprovar essa teoria.



Por: Victor Farinelli

Fonte: Opera Mundi


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domingo, 14 de julho de 2024

O aumento da violência política indica um profundo sintoma patológico na democracia americana


O ódio nos EUA atingiu um nível extremo. Esse ódio não surgiu da noite para o dia; ele resultou de um ressentimento profundo e de uma polarização intensa.


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O cientista político Robert Pape, da Universidade de Chicago, tem estudado as atitudes dos americanos em relação à violência política desde o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Ele conduziu uma pesquisa nacional sobre esse tópico no mês passado. A pesquisa descobriu que 10% dos entrevistados declararam: "O uso da força é justificado para impedir que Donald Trump se torne presidente". Um terço dos que deram essa resposta também afirmou possuir uma arma. 7% dos entrevistados disseram que "apoiam o uso da força para restaurar Trump à presidência", com metade deles afirmando possuir armas de fogo.

Por que isso aumentou a ponto de as armas serem vistas como uma solução?

A resposta está na crescente divisão política e na deterioração do discurso público. Quando os oponentes políticos não são vistos apenas como concorrentes, mas como ameaças existenciais, a probabilidade de violência aumenta significativamente.

Os EUA realizam eleições presidenciais a cada quatro anos, permitindo que os cidadãos escolham seus líderes por meio de processos democráticos. Se alguém discorda de um candidato, pode votar em outra pessoa. Esta é a essência da democracia americana - expressar escolhas políticas por meio de cédulas.

No entanto, quando a violência política está aumentando, isso sugere que há outra opção. Isso pode significar uma perda de confiança em candidatos individuais e uma perda de confiança em todo o sistema político e eleitoral. Essa violência indica que muitas pessoas não acreditam mais que os processos democráticos podem resolver suas preocupações. A

polarização política está corroendo a confiança nas próprias instituições dos Estados Unidos? A resposta é sim.

A polarização crescente está dividindo os eleitores e minando a confiança nas instituições democráticas. Cada ciclo eleitoral parece aprofundar essas divisões, empurrando alguns para a beira da violência. 

A democracia dos EUA está atualmente passando por um sintoma patológico significativo, caracterizado por extrema polarização e um declínio na confiança no processo democrático. O futuro da democracia dos EUA depende de abordar esses desafios internos, em vez de se concentrar apenas em concorrentes estratégicos externos.

Fonte: Global Times



 Steven Donziger

Os dois partidos políticos controlados por empresas nos EUA realizaram um “debate presidencial” que exclui os candidatos mais corajosos e transformadores. Por que?

 Não é assim que funciona uma verdadeira democracia. 



 Dr. Jill Stein

O departamento do Tesouro de Biden está retendo quase US$ 300 mil em fundos correspondentes que ganhamos. Preciso que vocês agora mostrem ao Partido antidemocrata que eles não podem acabar com a nossa campanha anti-genocídio, pró-trabalhador e de ação climática. Por favor ajudem se puderem e divulguem! https://jillstein2024.com/matching



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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Tucker Carlson: “Biden é muito senil para ganhar eleições, a menos que haja fraude”


“É tão constrangedor que esse cara seja nosso presidente [nos EUA]. E com as guerras acontecendo, é assustador”, resumiu o jornalista.


Richard Drew /AP

O presidente dos EUA, Joe Biden, está demasiado senil para ser reeleito, a menos que o faça de forma fraudulenta, disse o jornalista americano Tucker Carlson numa entrevista publicada na terça-feira.

"Biden está senil. Ele está literalmente senil. Ele não consegue falar, não consegue andar", disse Carlson. "Um homem senil não será eleito no país mais poderoso do mundo a menos que haja fraude. Ponto final. Quem votaria num homem senil?", continuou o jornalista e acrescentou: "Se Joe Biden for reeleito, a democracia é uma maldita piada ."

Cético quanto à possibilidade de os cidadãos votarem em Biden, Carlson perguntou: “Existe uma pessoa entre 350 milhões de americanos que possa dizer que [Biden] é o mais qualificado para liderar ou que está entre os 80% mais ricos?”?


Tucker Carlson: A administração
Biden quer matar Assange
por “envergonhar a CIA”

[Biden] literalmente não consegue falar. E ninguém que conheci acredita que ele dirige o governo dos EUA, porque não o faz", disse ele, indicando que o mundo inteiro está ciente do estado do líder dos EUA.

Carlson esclareceu que não tem nada contra a degradação cognitiva natural ou um “limiar de QI” em geral, mas lembrou que é o líder dos Estados Unidos e controla “o segundo maior arsenal nuclear do mundo ”. “É tão constrangedor que esse cara seja nosso presidente. E com as guerras acontecendo, é assustador”, resumiu.

“Neste momento, até mesmo alguém rosnando ao microfone seria mais tranquilizador do que um cara que claramente não sabe onde está”, disse o jornalista. " É uma falha do sistema . Claramente, não funciona se tivermos [como candidatos] um homem com mais de 80 anos e outro quase com 80 anos. São pessoas que não deveriam concorrer [às eleições presidenciais]", afirmou. concluiu.

Fonte: RT en Español


 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Trump deixou de pagar imposto de renda por dez anos, diz NYT

Revelações acirram preparação para debate com Biden; republicano chamou acusações de ‘fake news’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi acusado no domingo 27 pelo jornal New York Times de pagar apenas 750 dólares em impostos federais em 2016, ano em que ganhou as eleições presidenciais, uma informação que aumenta a polêmica sobre suas declarações fiscais antes do primeiro debate contra o democrata Joe Biden, na terça-feira.


 Leia também:



A investigação do NYT publicada no domingo inclui dados de mais de 20 anos de declarações fiscais do presidente.

“Ele não pagou qualquer imposto sobre a renda em dez dos quinze anos anteriores, em grande parte porque declarou mais perdas do que receitas”, escreveu o jornal americano.

Trump classificou as informações divulgadas pelo NYT de “fake news, totalmente inventadas”.

“Paguei muito, e também paguei muitos impostos de renda a nível estadual, o estado de Nova York cobra muitos impostos”, declarou em uma entrevista coletiva na Casa Branca.

As declarações de imposto de renda do ex-magnata imobiliário estão no centro de uma batalha jurídica, já que Trump sempre se negou a publicá-las, indo contra a tradição criada por seus antecessores na presidência dos Estados Unidos.

“O New York Times obteve informações fiscais dos últimos 20 anos do senhor Trump e das centenas de empresas que compõe seu grupo, incluindo informações detalhadas sobre seus primeiros dois anos no cargo. Isto não inclui suas declarações de imposto de renda pessoais de 2018 e 2019”, explicou o jornal, que promete novas revelações nos próximos dias.

Ao contrário de todos os antecessores na presidência desde a década de 1970, Trump, cujo conglomerado familiar não tem ações na Bolsa e que fez da fortuna um argumento de campanha, se nega a publicar as declarações de imposto de renda, travando há anos uma batalha judicial para que estas não sejam divulgadas.

Esta falta de transparência dá margem para especulações sobre o verdadeiro volume de sua riqueza e possíveis conflitos de interesses.

Algumas horas antes da revelação do NYT, Trump voltou a criticar a agilidade mental de seu adversário democrata na disputa pela Casa Branca, Joe Biden, exigindo que o ex-vice-presidente de Barack Obama faça um teste de drogas antes ou depois do primeiro debate entre ambos na terça-feira.

“Pedirei insistentemente um teste de drogas para Joe ‘o Dorminhoco’ antes ou depois do debate de terça-feira à noite”, escreveu o presidente no Twitter. “Naturalmente aceitarei fazer um também”.

O debate de terça-feira em Cleveland – o primeiro de três de 90 minutos de duração – representa a primeira vez que eleitores terão a chance de ver os candidatos se enfrentando diretamente, a pouco mais de um mês das eleições de 3 de novembro, que prometem ser tensas e acirradas.

Biden chegará ao debate com uma ligeira vantagem nas pesquisas, mas com uma famosa propensão a cometer gafes e uma falta de agilidade nas palavras que o fez reconhecer no sábado que o embate com Trump será “difícil”.

No centro do choque televisionado estará a gestão da crise da covid-19, responsável por mais de 204.000 mortos nos Estados Unidos e pela alta do desemprego no país, que atingiu duramente as minorias afro-americana e latina.

O político democrata, que devido à pandemia realiza uma campanha discreta, com poucos eventos e exposição, estará sob forte pressão.

Este primeiro debate será moderado pelo jornalista Chris Wallace, da emissora conservadora Fox News.

Trump não para de criticar seu adversário de 77 anos, afirmando que Biden sofre de algum tipo de deterioração cognitiva por conta da idade.

“Suas atuações nos debates foram DESIGUAIS a níveis recordes, para dizê-lo suavemente. Somente as drogas poderiam causar esta discrepância???”, escreveu nas redes sociais o presidente, sem dar qualquer tipo de prova ou exemplo.

Trump também afirma que Biden, um político de longa trajetória na ala moderada do Partido Democrata, é uma “marionete” da esquerda radical.

Fonte: Carta Capital


Band Jornalismo

Trump não pagou imposto de renda por 10 anos, afirma "The New York Times".

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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Steve Bannon, guru da extrema-direita e do bolsonarismo, é preso nos Estados Unidos


Steave Bannon, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | PR)

Ideólogo da extrema-direita, Steve Bannon foi preso sob a acusação de fraudes eleitorais. Bannon se tornou um dos personagens de maior influência sobre o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro no Brasil


247 - Steve Bannon, o principal guru da extrema-direita no mundo e também do clã Bolsonaro, foi preso na manhã desta sexta-feira, após uma investigação sobre fraudes em arrecadação de recursos eleitorais, segundo anunciou o Departamento de Justiça.

A campanha, "Nós Construímos o Muro", teria arrecadado mais de US$ 25 milhões ao todo e depois desviado recursos. "Como alegado, os réus fraudaram centenas de milhares de doadores", disse a procuradora dos Estados Unidos Audrey Strauss.

Bannon se tornou um dos personagens de maior influência sobre o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro no Brasil.



 Boletim 247: Bannon preso!



Glenn fala sobre Steve Bannon e sua relação com Bolsonaro: 18 de set. de 2019

Jornalista Juan Manuel Dominguez entrevista o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept. Confira o trecho em que ele fala sobre Steve Bannon



https://henrique-brito-universe.tumblr.com/post/626970456630738944

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Ministro de Bolsonaro criou candidaturas laranjas para desviar recursos públicos na eleição, matéria da F. São Paulo




O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), deputado federal mais votado em Minas, criou candidaturas laranjas com o objetivo de desviar recursos públicos de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo jornal Folha de São Paulo.


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Segundo o jornal, o PSL de Minas, presidido à época pelo próprio Álvaro Antônio, recebeu do comando nacional do partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL) R$ 279 mil que eram destinados a quatro candidatas. O valor representa o percentual mínimo exigido pela Justiça Eleitoral (30%) para destinação do fundo eleitoral a mulheres candidatas. 

A Folha apurou que dos R$ 279 mil repassados ao PSL mineiro, ao menos R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de quatro empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro.

Durante a eleição, ainda segundo o jornal, uma candidata do partido chegou a registrar um boletim de ocorrência em que acusou assessores de Álvaro Antônio de cobrar dela a devolução de metade do valor que foi destinado para sua campanha.

Marcelo Álvaro Antônio trocou o PR pelo PSL no início de 2018, seguindo Bolsonaro, de quem foi o coordenador de campanha em Minas.

MÍDIA ALTERNATIVA






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