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terça-feira, 30 de julho de 2024

Lula combate alarmismo sobre Venezuela e diz que aguarda divulgação de atas


Presidente classificou processo eleitoral como 'normal e tranquilo' e criticou bloqueio dos Estados Unidos


 Lula recomendou o respeito aos resultados das urnas venezuelanas - Ricardo Stuckert

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou nesta terça-feira (30) sobre a crise política que eclodiu na Venezuela após o anúncio da vitória do presidente Nicolás no último domingo. Uma série de protestos violentos vem ocorrendo desde que a oposição não aceitou o resultado e defende narrativa de fraude.  

"Se tem um problema como vai resolver? apresenta a ata. Se houver dúvida entre oposição e situação sobre a ata, a oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça correr o processo. Terá uma decisão que a gente tem que acatar", disse ele à Globonews

"Estou convencido que é um processo normal. O que precisa é que as pessoas que não concordem tenham o direito de se expressar e o governo tenha o direito de provar que está certo."



"O PT fez um elogio ao povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram e ao mesmo tempo reconhece que o Tribunal Eleitoral reconheceu o Maduro como vitorioso. Mas a oposição ainda não, então tem um processo. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial, mas não tem nada de anormal”.

"Na hora que tiver apresentado as atas e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral na Venezuela."

O presidente ainda rebateu a ideia de declaração conjunta de Brasil,  México e Venezuela. "Não acho necessário.  O presidente Maduro sabe perfeitamente bem que quanto mais transparência houver, mais chance ele terá de ter tranquilidade pra governar a Venezuela."

Ouça abaixo a primeira parte da live especial do Brasil de Fato sobre as eleições venezuelanas:



Eleição, suposta fraude e violência: como chegamos até aqui?

A votação no último domingo (28) ocorreu com tranquilidade, segundo as próprias autoridades eleitorais. Os resultados definitivos foram divulgados por volta da 1h da manhã da segunda-feira (29) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Com 80% das urnas apuradas, o órgão deu vitória ao atual presidente Nicolás Maduro com 51,2% dos votos contra 44,2% de Edmundo González Urrutia, ex-diplomata de direita e principal candidato da oposição. Os resultados, segundo o CNE, já eram irreversíveis.

No palácio de Miraflores e rodeado por apoiadores, Maduro fez seu discurso da vitória, no qual agradeceu os eleitores e pediu respeito aos resultados eleitorais. "Haverá paz, estabilidade e justiça. Respeitem a decisão de 28 de julho", disse.

Minutos depois, a oposição se manifestou e não reconheceu os resultados. González apareceu acompanhado de Maria Corina Machado, líder opositora que, por complicações com a Justiça, foi inabilitada de ocupar cargos públicos no país, e disse que era o vencedor da disputa.

Sem apresentar provas, os opositores alegaram uma "fraude eleitoral" e disseram ter atas de votação que supostamente comprovariam a divergência nos números.

Clique aqui ou na imagem abaixo para acompanhar a cobertura completa.

Clique na imagem para acompanhar a cobertura completa / Rafael Canoba/Brasil de Fato

Após a postura de González e Machado, o dia seguinte foi de tensão e violência. Marchas foram registradas em redutos historicamente opositores de Caracas, capital venezuelana, e manifestantes chegaram a incendiar prédios e patrimônios públicos.

O governo denunciou as ações, responsabilizou os opositores pela violência e classificou o movimento como uma "tentativa de golpe de Estado".

Na noite da segunda-feira (29), Edmundo González e Maria Corina Machado voltaram a denunciar a existência de "fraude eleitoral" e, desta vez, deram números: supostamente, o candidato de direita teria vencido com mais de 6 milhões de votos.

Eles ainda alegaram estar em posse de 73% das atas eleitorais que comprovariam este resultado e que esses documentos seriam disponibilizados em um site. A página, no entanto, não permite uma consulta ampla aos comprovantes e é impossível checar por conta própria a veracidade da narrativa opositora.

Até às 18h do dia 30 de julho, o CNE, por sua vez, ainda não havia divulgado a totalização das atas. Os números são aguardados por países como Brasil, Colômbia e México para uma posição final sobre o processo.

Edição: Rodrigo Durão Coelho



Fonte: Brasil de Fato


Breno Altman



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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Nicolás Maduro vence as eleições na Venezuela com 51,2%, informa o Conselho Nacional Eleitoral


Com 51,2% dos votos, Nicolás Maduro venceu a disputa em pleito marcado por clima de tranquilidade. Posse está marcada para janeiro de 2025


Nicolás Maduro
 

O atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conquistou seu terceiro mandato após vencer as eleições venezuelanas neste domingo (28). Com a vitória, ele governará o país até 2031. A posse do terceiro mandato está marcada para janeiro do próximo ano.

De acordo com os resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Maduro obteve 51,2% dos votos expressos, enquanto o adversário Edmundo González ficou em segundo lugar com 44,2%.

As eleições tiveram início às 6h00 (horário local, 7h00, horário de Brasília) e as urnas fecharam às 18h00 (19h00, horário de Brasília). Cerca de 21.321.783 cidadãos estavam aptos a votar em dez candidatos que disputavam o pleito. Os resultados oficiais foram divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.


Como observador na Venezuela,

 Celso Amorim se reúne com

 representantes da oposição de Maduro



Além de Maduro disputaram o pleito: o candidato oposicionista Edmundo González; Benjamín Rausseo; Antonio Ecarri; Daniel Ceballos; Luis Eduardo Martínez; José Brito, Claudio Fermín; Javier Bertucci; e Enrique Márquez.

Maduro votou pela manhã e destacou a tranquilidade do pleito, afirmando que as eleições foram realizadas com respeito e sem ataques.


"Houve paz, não houve sequer uma bofetada em um candidato. É assim na América Latina? Não. Há países onde houve candidatos assassinados […]. [Na Venezuela] não houve sequer um incidente. [Foi] um evento gratuito, campanha eleitoral aberta", destacou após a votação.

 

clima de tranquilidade também foi confirmado por observadoras internacionais consultadas pela Sputnik Brasil neste domingo (28).

Mônica Valente, secretária de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que "tudo estava muito tranquilo", disse que havia "grandes filas de pessoas esperando para votar, mas tudo em paz".

Por sua vez, Amanda Harumy, professora de relações internacionais do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA), que viajou para a Venezuela para atuar como observadora do pleito, afirmou que tudo ocorreu bem. Ela contou que percorreu vários pontos de votação e considerou tudo bastante organizado.


"Fomos em um bairro periférico, em algumas escolas. Uma eleição tranquila, bem mobilizada, bastante gente nas filas para votar, bem organizada. Não tem nenhum aspecto de tensão, de briga, está bem tranquilo. Acho que a preocupação é mais nessa perspectiva do reconhecimento do resultado para fora da Venezuela. O processo de instabilidade é mais fora da Venezuela do que dentro", afirmou.



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Fonte: Sputnik Brasil


Nicolás Maduro

#EnVivo | Homenagem ao nosso Comandante Hugo Chávez, em seu aniversário de 70 anos.



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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Décadas de monitoramento dos EUA sobre Lula produzem 819 documentos, diz mídia


Segundo pesquisa realizada por Fernando Morais, biógrafo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a íntegra dos 819 documentos sobre o petista reúne 3.300 páginas de informação


© AP Photo / Andrew Caballero-Reynolds

De acordo com a Folha de S.Paulo, o jornalista e escritor Fernando Morais solicitou ao governo norte-americano que fornecesse dados sobre registros referentes ao presidente Lula produzidos em diferentes órgãos de Estado nos EUA.

Morais, que lançou em 2021 o primeiro volume da biografia de Lula, trabalha agora em seu segundo volume, razão pela qual decidiu requerer as informações a todas as agências dos EUA, por meio da Lei de Acesso à Informação norte-americana.

De acordo com a apuração, os dados se referem ao período de 1966 a 2019, ano em que os pedidos foram protocolados. Apenas a CIA mantém 613 documentos sobre Lula, que totalizam 2.000 páginas.

O escritor, que contou com a ajuda do escritório de advocacia Pogust Goodhead, ainda não teve acesso à íntegra dos documentos, mas adiantou que compreendem cinco décadas a vida do presidente brasileiro dando conta de diferentes registros como a relação de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com autoridades do Oriente Médio e da China, além de planos militares brasileiros e a produção da Petrobras.


"É preciso jogar luz na relação entre os dois maiores países do continente americano. Esse é um direito do nosso cliente Fernando Morais e de todos os brasileiros. Estamos confiantes de que as autoridades norte-americanas atenderão nosso pedido", disse Tom Goodhead, sócio-administrador global do Pogust Goodhead.


EUA criaram 12 bases de 

espionagem na Ucrânia nos 

últimos 8 anos, diz mídia


Ainda segundo a apuração, até o momento, foram encontrados 613 documentos da CIA, 111 do Departamento de Estado, 49 da Agência de Inteligência da Defesa, 27 do Departamento de Defesa, oito do Exército Sul dos Estados Unidos, unidade de apoio das Forças Armadas norte-americanas, e um do Comando Cibernético do Exército, braço militar de operações e informação digital.


"Sabemos que o governo norte-americano analisou de perto o cenário político brasileiro nas últimas décadas, e Lula é um dos personagens mais marcantes e importantes da história da América Latina", disse Morais à Folha.

 

Em 2013, a mídia brasileira noticiou largamente que a então presidente Dilma havia sido alvo de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês). Documentos secretos que baseiam as denúncias foram obtidos pelo jornalista Gleen Greenwald com o ex-técnico da agência Edward Snowden. Dois anos depois, o portal WikiLeaks divulgou informações confidenciais da NSA, revelando nova espionagem contra Dilma, assessores e ministros.

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Fonte: Sputnik Brasil


[NocauteTV]


Assange: o Brasil é o país mais espionado pelos EUA e na América Latina



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segunda-feira, 15 de julho de 2024

Lula diz que Israel segue sabotando o processo de paz no Oriente Médio


Presidente considera "inadmissível" novo ataque em Gaza


Gaza

 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste domingo (14) o governo de Israel por novo ataque à Faixa de Gaza. Em manifestação nas redes sociais, Lula pediu que líderes políticos mundiais não se calem diante do "massacre interminável".

"O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos, mulheres", lamentou o presidente, se referindo a ataque ocorrido neste sábado em zona de designação humanitária Al-Mawasi, em Khan Younis.

Para Lula, é "estarrecedor" que o povo palestino continue sendo punido coletivamente, até mesmo em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas.
 
"Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável. O cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza."


Violações

Em maio deste ano, o presidente Lula removeu de Israel o embaixador Frederico Meyer, que ocupava o principal posto da representação brasileira em Tel Aviv. Meyer foi transferido para o cargo de representante do Brasil na Conferência do Desarmamento, em Genebra, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU). Nenhum diplomata foi indicado para ocupar a embaixada em Tel Aviv.

Desde o ano passado, Lula vem criticando as ações de Israel na Faixa de Gaza, que considera um genocídio contra o povo palestino. Para o governo brasileiro, as ações em Gaza violam sistematicamente os direitos humanos.

O governo israelense nega todas as acusações e diz que tem tomado ações para proteger os civis. O conflito na região se acirrou depois do ataque do Hamas a Israel em outubro do ano passado. Após a ação, Israel iniciou bombardeios na Faixa de Gaza que continuam até hoje e já mataram milhares de pessoas.

Edição: Juliana Cézar Nunes

Fonte: Agência Brasil



 TRT World

Animado: Não há para onde correr para os palestinos em Gaza

Mais e mais palestinos estão sendo mortos a cada dia desde que Israel lançou sua ofensiva brutal na Faixa de Gaza da Palestina em 7 de outubro de 2023. Esta animação ilustra como os palestinos estão presos em um pequeno enclave sitiado que está sendo constantemente bombardeado, com a maioria deles deslocados à força para a cidade de Rafah enquanto os próximos ataques israelenses se aproximam.




Cidadania e Solidariedade 01

Cidadania e Solidariedade 02


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domingo, 5 de maio de 2024

Governo Lula e Israel | Com recursos do Novo PAC, Exército Brasileiro pagará R$ 900 milhões a empresa israelense por artilharia


De baixo de um genocídio que já dura 6 meses, a empresa israelense Elbit Systems, com seu modelo Atmos, foi a vencedora da licitação de compra de obuseiro autopropulsados sobre rodas pelo Exército Brasileiro. Dinheiro virá de projeto do governo Lula


Click Verdade - Jornal Missão

Após compra de drones testados no massacre dos palestinos, feitos pela Força Aérea brasileira em março, com aval de Lula, agora foi anunciada esta nova compra.

Dentro do programa Obtenção da Capacidade Operacional Plena (OCOP), do Exército, a compra será financiada com recursos do Novo PAC e terá um valor estimado em US$ 180 milhões (R$ 900 milhões), mais uma margem de 15% a 20% para treinamento de pessoal.

A empresa fornecerá 36 veículos blindados. Um obuseiro é um tipo de boca de fogo de artilharia que se caracteriza tradicionalmente por dispor de um tubo relativamente curto e por disparar projéteis explosivos em trajetórias curvas.

O acordo também inclui compra de equipamentos, manutenção, fiscalização e treinamento de pessoal. Espera-se que os 2 primeiros veículos cheguem até 2025 para testes. Caso sejam aprovados, um contrato será assinado para fornecimento do resto dos veículos até 2034.

É esperado que a Elbit Systems assine o contrato para entrega do lote de amostra em 7 de maio, no salão de honra da Chefia de Material do Comando Logístico, em Brasília.

O militarismo israelense desenvolve a alta tecnologia bélica que é testada em corpos palestinos, e que ao mesmo tempo fornece novos produtos de exportação. A aproximação entre Brasil e Israel, é um projeto de governo que atravessa o século XXI, passando pelos governos petistas e pelo bolsonarismo, sendo uma mostra do fortalecimento da extrema direita no país.

Fonte: Esquerda Diário


Iela ufsc

Israel: o genocídio é programado

Entrevista com o presidente da Federação Árabe Palestina (Fepal), Ualid Rabah. Ele fala sobre esse que está sendo um dos maiores massacres de um povo e observa que o genocídio promovido por Israel é programado. A intenção é exterminar mulheres e crianças. 27 de nov. de 2023






terça-feira, 9 de abril de 2024

Moraes vai cair? Rui Costa Pimenta comenta:


Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes?


Alexandre de Moraes

“O editorial do jornal Globo deixa claro que eles consideram que se o Alexandre de Moraes continuar o que ele vem fazendo é um perigo. Por quê? O Globo diz: ‘A falta de transparência torna impossível avaliar se as leis foram respeitas, e empresta certa credibilidade as acusações de arbítrio contra o supremo, especialmente da extrema-direita’. Quer dizer, as ilegalidades absurdas e flagrantes de Moraes servem de munição para a extrema-direita. A posição do globo é de recuar antes que seja atacada de frente. E as ações do Musk mostraram a fragilidade de Moraes.

O PT e uma parte expressiva da esquerda confiaram no seguinte: apoiar as ilegalidades do Alexandre de Moraes, pois a burguesia apoiava e, portanto daria certo. O problema é que já começou a dar muito errado. A atitude do Elon Musk causa um escândalo no Brasil, gerou uma crise enorme. Se o Twitter ( X ) decidir sair do Brasil é uma catástrofe. O Alexandre de Moraes passou de solução a ser um problema. O que mostra que sempre foi um problema, e, portanto, era a política errada. Tudo isso fortalece a extrema-direita.

O PT não percebeu que o Alexandre de Moraes está pendurado. Ele não tem apoio mais. O único apoio dele é do PT. A esquerda ficou com um mico chamado Alexandre de Moraes. A burguesia usou o STF, se beneficiou (ela, e não a esquerda) e jogou o mico na mão da esquerda. Agora a esquerda tem que defender Moraes quando a direita não vai defender mais. E veja que negativo, o PT fica totalmente identificado com as atitudes anti-democráticas de Alexandre de Moraes.”



 Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes?
@Ruicpimenta29 responde:

“Para o PT o Alexandre de Moraes não é apenas um inconveniente. O PT armou todo seu jogo em volta do Alexandre de Moraes. Se ele cair vão ter que lutar contra a direita sem as mazelas de Moraes, e eles têm medo disso. Eles querem o judiciário ao lado deles. Esse pessoal que falou um monte contra o bolsonarismo, que tem que prender, sem anistia, etc. Quando estiverem sem o Alexandre de Moraes eles vão se acovardar.”




 Elon Musk


 


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Política 02 



quarta-feira, 20 de março de 2024

Lula envia carta a Putin o cumprimentando por sua reeleição


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta ao seu homólogo Vladimir Putin felicitando o líder russo por sua vitória nas eleições presidenciais deste ano


O presidente Lula da Silva felicitou o reeleito presidente da Rússia, Vladimir Putin, por sua vitória nas eleições presidenciais


O envio da carta foi confirmado ao portal Metrópoles pelo ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim.

A mídia recorda que Lula retribuiu o gesto feito por Putin em 2022. Na ocasião, o presidente da Rússia parabenizou o petista pela eleição no Brasil, em nota publicada pelo Kremlin.


'Tenho boas relações com Putin', ressalta Lula

 em encontro com diretora do FMI


Putin foi eleito no domingo (17) com 87,28% dos votos, dez pontos percentuais a mais que em 2018. Segundo a Comissão Eleitoral Central da Rússia, 77,44% da população compareceu às urnas.

A última vez que os líderes se falaram foi em outubro do ano passado. Na conversa telefônica, os dois mandatários falaram sobre os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

Em fevereiro deste ano, o Palácio do Planalto confirmou que Lula vai à cúpula do BRICS em outubro deste ano em Moscou, conforme noticiado.



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Fonte: Sputnik Brasil


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domingo, 17 de março de 2024

Comandante do Exército poderia prender Bolsonaro por minuta do golpe citada em depoimentos? Entenda


Voz de prisão pode ser dada por qualquer cidadão, incluindo militares, contra crimes cometidos em flagrante; tentativa de apresentar minuta do golpe de Jair Bolsonaro ao general provocou a reação, segundo ex-comandante da Aeronáutica


Bolsonaro apresentou hipóteses de GLO, Estado de Defesa e de sítio, diz ex-comandante do ExércitoFoto: Reprodução/Reuters


Ex-comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Carlos Almeida Baptista Júnior relatou em depoimento à Polícia Federal (PF) que o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-chefe do Exército, falou em prender Jair Bolsonaro (PL) caso o então presidente tentasse um golpe de Estado.

Segundo o artigo 301 do Código Penal brasileiro, a voz de prisão poderia ter sido dada pelo militar, uma vez que há a previsão legal de que qualquer cidadão - incluindo militares - tem o poder de anunciar a prisão de uma pessoa que cometa flagrante delito.

Segundo afirmou Baptista Júnior em depoimento, a declaração ameaçando a prisão foi feita no encontro convocado pelo general Paulo Sérgio de Oliveira, então ministro da Defesa, que ocorreu em 14 de dezembro de 2022. Na reunião, em seu gabinete, quando a hipótese do golpe de Estado - por meio de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa ou estado de sítio - foi aventada, Freire Gomes afirmou que "caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República".

Na época, Bolsonaro já tinha perdido a eleição para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas permanecia no cargo, uma vez que a posse presidencial ocorre no dia 1º de janeiro seguinte ao pleito.

A Constituição Federal prevê a responsabilização do presidente tanto em crimes de responsabilidade quanto em crimes comuns. Como a suposta ameaça de golpe de Estado dada por Bolsonaro não entra na categoria de infrações político-administrativas, mas sim em crime contra o Estado de Direito, cometido em flagrante, ela não esbarraria no artigo 86, que versa sobre como os julgamentos de um presidente devem ocorrer.

Nos casos de crimes de responsabilidade, é o Senado Federal que julga a denúncia, enquanto infrações penais comuns eventualmente cometidas pelo chefe do Executivo devem ser submetidas ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, enquanto não houver sentença condenatória nas infrações comuns sem flagrante, o presidente não poderá ser preso.

Miguel Reale Júnior, ex-professor titular de direito penal da Universidade de São Paulo (USP) e ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, explica que a voz de prisão, por se tratar de flagrante, poderia ter sido dada pelo general. "Qualquer ato como editar o estado de defesa seria tentativa de golpe e poderia o presidente ser preso por crime contra o Estado de Direito", explicou.

Para o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, não há dúvida de que o que fez o comandante foi o correto, ao comunicar que se a trama golpista continuasse, a voz de prisão seria dada, sob pena de prevaricação. "A dificuldade prática de dar uma voz de prisão no presidente da República é enorme, você tem que cumprir essa voz de prisão. Evidentemente, Bolsonaro ia dizer que não aceitava prisão e ia chamar oficiais fiéis a ele. A dificuldade prática é absolutamente gigantesca", observou o advogado.

 

Procurado pelo Estadão para comentar sobre o caso, Jair Bolsonaro não respondeu.

 

Na manhã desta sexta-feira, 15, o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou o sigilo do depoimento de 27 investigados na Operação Tempus Veritatis, por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito após as eleições de 2022. Mais da metade dos suspeitos, 14 deles, preferiu ficar em silêncio. Estão incluídos os registros dos depoimentos à PF de Bolsonaro e de ex-ministros, como Anderson Torres e os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

Conforme o depoimento prestado por Baptista Júnior à PF, no bojo das investigações que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado tramada pela cúpula do governo Jair Bolsonaro, o então ministro da Defesa teria declarado a intenção de apresentar a minuta golpista, para "conhecimento e revisão". Nesse momento, Baptista disse ter questionado: "Esse documento prevê a não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?". Oliveira se calou e, em seguida, o brigadeiro disse que não admitira receber o papel.

Baptista Júnior e Freire Gomes contaram aos investigadores que se colocaram contra a investida antidemocrática de Bolsonaro. Já o almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, mais alinhado ao ex-presidente, colocou tropas à disposição do ex-chefe do Executivo. Em seu depoimento à PF, o almirante escolheu ficar em silêncio. Veja a íntegra da minuta de golpe que Bolsonaro apresentou às Forças Armadas, segundo ex-comandante.


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Fonte: Terra


Meme:

 

sábado, 16 de março de 2024

PRESIDENTE LULA É CONVIDADO PARA A PLENÁRIA DA CAMPANHA NACIONAL POR DIREITOS SOCIAIS


Auditoria Cidadã da Dívida: Esperamos contar com a presença do presidente Lula para manifestarmos nossas reivindicações, e obtermos seu apoio para fortalecer nossa causa.


 Auditoria Cidadã da Dívida

O Presidente Lula foi formalmente convidado para participar da 1ª Plenária da Campanha Nacional por Direitos Sociais, que acontece nos dias 23 e 24 de março em Brasília! Este convite reflete nosso compromisso em unir forças para enfrentar desafios sociais e promover a igualdade no Brasil.

A Campanha, apoiada por dezenas de organizações sociais, busca garantir direitos fundamentais e reduzir a desigualdade em nosso país.

Esperamos contar com a presença do presidente Lula para manifestarmos nossas reivindicações, e obtermos seu apoio para fortalecer nossa causa.

Mais detalhes sobre a Campanha e a Plenária podem ser encontrados aqui. Junte-se a nós nesta jornada por um Brasil mais justo e inclusivo!




 #DireitosSociaisJá #PresidenteLula #Igualdade #JustiçaSocial #BrasilMelhor #CampanhaNacionalporDireitosSociais


Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida


segunda-feira, 4 de março de 2024

A FOME ASSOMBRA A POPULAÇÃO PORQUE A DÍVIDA É PRIORIDADE


 O governo anunciou R$ 900 milhões para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA) para a distribuição de alimentos a famílias em situação de insegurança alimentar. Se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são destinados à dívida pública, o valor é irrisório


Auditoria Cidadã da Dívida

A erradicação da fome é uma das bandeiras do Governo Lula e dos governos anteriores do PT. Em 2014, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou que o Brasil havia saído do mapa da fome. Uma vitória para o povo brasileiro que, infelizmente, durou pouquíssimo tempo, tendo o país retornado ao mapa em 2022, com a redução das políticas sociais dos governos Temer e Bolsonaro.

Segundo o relatório da FAO, (confira aqui), em 2022, o país possuía cerca de 91,4 milhões de pessoas em estado de insegurança alimentar, de moderada a grave.

Em 2023, o governo Lula anunciou o total de R$ 900 milhões para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA), R$ 250 milhões a mais que o ano anterior, para aquisição de alimentos da agricultura familiar para a distribuição a famílias em situação de insegurança alimentar (Saiba mais).

Pode parecer muito, mas, se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são destinados à chamada dívida pública, o valor é irrisório.

Juros e amortizações não matam a fome da população vulnerável! Precisamos garantir mais recursos para a população, por meio da manutenção e ampliação dos direitos sociais.

Conheça e participe da Campanha Nacional por Direitos Sociais, que busca assegurar que a população desfrute do que lhe pertence por direito!
Acesse aqui.

#CampanhaNacionalporDireitosSociais #DireitosSociais #AuditoriaCidadã #ACD


 


 Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


sábado, 24 de fevereiro de 2024

Lula reage a acusações de Israel e nega pedido de desculpas: ‘não troco minha dignidade pela falsidade’


Presidente do Brasil reiterou que considera ação israelense na Faixa de Gaza como um ‘genocídio’ e que defende a criação do Estado palestino ‘que possa viver em harmonia com Estado de Israel’


Ricardo Stuckert / Presidência da República: Mensagem de Lula reforça postura mostrada na entrevista dada durante a Cúpula da União Africana

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, escreveu uma mensagem em suas redes sociais nesta sexta-feira (23/02), no que foi sua primeira reação aos ataques que vêm sofrendo por parte das autoridades de Israel.

Em suas primeiras palavras, o mandatário comparou sua postura atual com a que manteve durante o período em que ficou preso em Curitiba, por conta do lawfare promovido pela Operação Lava Jato.

“Da mesma forma que eu disse quando estava preso que eu não aceitaria acordo para sair da cadeia e que eu não trocava a minha liberdade pela minha dignidade, eu digo: não troco a minha dignidade pela falsidade”, alegou Lula.


 

 Em seguida, o presidente esclareceu que “sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de Israel”.

Na frase seguinte, Lula reiterou o principal conceito que afirmou no último domingo (18/02), durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia. “O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinados”, ressaltou.

O mandatário completou a postagem pedido para que “não tentem interpretar a entrevista que eu dei”.

“Leiam a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do primeiro-ministro de Israel”, concluiu Lula.

A tensão entre Lula e o governo de Israel surgiu após o líder brasileiro declarar, durante a 37ª Cúpula da União Africana, que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existe em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”.

O comentário fez com que as autoridades de Tel Aviv reagissem atacando o mandatário sul-americano. Na segunda-feira (19/02), o premiê israelense Benjamin Netanyahu declarou Lula como “persona non grata” em seu país.

Os demais ataques realizados durante a semana partiram do chanceler Israel Katz e até da conta oficial do país na plataforma X (antigo Twitter), que passaram a tratar o presidente brasileiro como um “negacionista do Holocausto”, embora a declaração que originou o conflito não tenha questionado em nenhum momento o extermínio dos judeus.

Fonte: Opera Mundi


Lula

Eu sou favorável a criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de Israel. O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinadas.


 

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

"A dignidade humana falou pela boca do presidente Lula", diz Paulo Moreira Leite


Jornalista afirma que Lula tem a obrigação de seguir condenando o genocídio do povo palestino cometido por Israel: "ele é porta-voz dos povos oprimidos no mundo"


Paulo Moreira Leite, Lula e Benjamin Netanyahu (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters/Ibraheem Abu Mustafa | Reuters/Stringer | GIL COHEN-MAGEN/Pool via Reuters)
 

 O jornalista Paulo Moreira Leite afirmou que "a dignidade humana falou pela boca do [presidente] Lula (PT)" ao condenar mais uma vez o genocídio do povo palestino da Faixa de Gaza promovido pelo governo de Israel. Um trecho específico da última declaração de Lula, no qual ele compara o genocídio palestino ao massacre dos judeus por Hitler, tem gerado fortes reações tanto do governo de Benjamin Netanyahu quanto de setores sionistas da sociedade brasileira.

Para Leite, o objetivo desta mobilização é intimidar o governo brasileiro. "Lula tomou uma posição corajosa e o governo brasileiro tomou uma posição corajosa, politicamente inatacável, que é defender os direitos do povo palestino e, portanto, condenar a atitude imperial, criminosa do Estado de Israel. Estamos assistindo a um massacre que vai envergonhar a história por décadas, por séculos. Vai ficar nos livros registrados como aqueles momentos terríveis, tristes, inaceitáveis que a humanidade assistiu. E a história vai registrar aqueles que reagiram, aqueles que aplaudiram o massacre, aqueles que ficaram em silêncio e aqueles que se manifestaram".

O jornalista afirmou não haver dúvidas sobre o cometimento de genocídio por Israel - "o que se quer é eliminar um povo" - e disse que Lula tem o dever de reagir contra este crime. "O Lula demonstrou solidariedade àquele povo. Ele tem obrigação de fazer isso. Ele é porta-voz dos povos oprimidos no mundo, um porta-voz dos trabalhadores, aquele que fala pelos interesses daqueles que não têm voz. Então a voz dele nesse momento foi muito importante".

"O Lula hoje está demonstrando a dignidade humana. A dignidade humana falou pela boca do Lula. Outros chefes de Estado, que por razões de conveniência, acertos, não querem ser incomodados, o Lula - aquele homem que fala pelos interesses dos brasileiros mas também pelas grandes causas humanas - afirmou mais uma vez que hoje a luta contra o massacre do povo palestino, pelos direitos do povo palestino, contra esse genocídio, é uma causa humana. Quem não quiser enxergar isso, vai sentir a vergonha dos seus filhos, dos seus netos, dos livros de história que no futuro vão retratar esse episódio como um episódio lamentável, vergonhoso que a humanidade não precisava ter assistido", finalizou.



Fonte: Brasil 247



 

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Na Etiópia, Lula condena genocídio de Israel e ressalta que "mazelas não serão resolvidas por extrema direita racista"


O chefe do executivo ainda pediu apoio das nações africanas para a reforma do sistema de governança global


(Foto: Ricardo Stuckert)

Durante sessão de abertura da cúpula anual da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia, como líder convidado de fora do continente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar o genocídio cometido por Israrel contra os palestinos e classificou como "desproporcional" aos ataques do Hamas. O chefe do executivo ainda pediu apoio das nações africanas para a reforma do sistema de governança global, afirmando que a resposta para as “mazelas atuais não virá da extrema direita racista e xenófoba".

"O momento é propício para resgatar as melhores tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana. Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses e demandar a liberação imediata de todos os reféns", afirmou o presidente.

Lula ainda afirmou que a política e a diplomacia são as únicas formas de encerrar o outro conflito que mobiliza a comunidade internacional, a guerra entre Rússia e Ucrânia.


Confira a íntegra do discurso:


É com grande alegria que volto pela vigésima primeira vez à África, agora novamente como presidente do Brasil, para me dirigir aos líderes da União Africana. Venho para reafirmar a parceria e o vínculo do nosso país e do nosso povo com este continente irmão.

A luta africana tem muito em comum com os desafios do Brasil. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos próprios caminhos na ordem internacional que surge.

Precisamos criar uma nova governança global, capaz de enfrentar os desafios do nosso tempo.

Já não vigoram as teses do Estado mínimo. Planejar o desenvolvimento agrícola e industrial voltou a ser parte das políticas públicas em todos os quadrantes.

As transições energética e digital demandam o incentivo e a orientação dos governos.

Tentativas de restituir um sistema internacional baseado em blocos ideológicos não possuem lastro na realidade. A multipolaridade é um componente inexorável e bem-vindo do século XXI. A consolidação do BRICS como principal espaço de articulação dos países emergentes é um avanço inegável.

Sem os países em desenvolvimento não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial, que combine crescimento, redução das desigualdades e preservação ambiental, com ampliação das liberdades.

O Sul Global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta.

Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas, e que atingem sobretudo os mais pobres – e entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba. O desenvolvimento não pode ser privilégio de poucos.

Só um projeto social inclusivo nos permitirá erigir sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade nem democracia com fome e desemprego

O momento é propício para resgatar as melhores tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana.

Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população.


A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino. Um Estado palestino que seja reconhecido como membro pleno das Nações Unidas.

 

De uma ONU fortalecida e que tenha um Conselho de Segurança mais representativo, sem países com poder de veto, e com membros permanentes da África e da América Latina. Há dois anos a guerra na Ucrânia escancara a paralisia do Conselho. Além da trágica perda de vidas, suas consequências são sentidas em todo o mundo, no preço dos alimentos e fertilizantes.

Não haverá solução militar para esse conflito. É chegada a hora da política e da diplomacia.

Senhoras e senhores, com seus 1 bilhão e 500 milhões de habitantes, e seu imenso e rico território, a África tem enormes possibilidades para o futuro. O Brasil quer crescer junto com a África, mas sem ditar caminhos a ninguém.

O povo brasileiro está recuperando sua soberania política e econômica. Estamos adotando um projeto de transformação ecológica, que nos permitirá dar um salto histórico. Estamos resgatando nossa democracia, tornando-a cada vez mais participativa.

Com o Bolsa Família e outras políticas públicas bem-sucedidas voltaremos a sair do mapa da fome, retirando milhões de brasileiros da pobreza. Falar de “Educação Inclusiva”, tema desta Cúpula, é falar de futuro. No mundo, quase 250 milhões de crianças estão fora da escola. No Brasil, estamos implantando escolas em tempo integral, além do pagamento de uma poupança para os alunos mais pobres do ensino médio, como forma de reduzir a evasão escolar.

Tenho o orgulho de dizer que milhares de africanos concluíram seus estudos no Brasil. Mas vamos fazer ainda mais. Vamos ampliar o número de bolsas ofertadas para receber estudantes africanos em nossas instituições públicas de ensino superior.


Estamos dispostos a desenvolver programas educacionais na África e a promover intenso intercâmbio de professores e pesquisadores. Vamos colaborar para que a África possa se tornar independente na produção de alimentos e energia limpa.

 

São 400 milhões de hectares espalhados por mais de 25 países, com potencial de fazer deste continente um grande celeiro para o mundo, viabilizando políticas de combate à fome e produção de biocombustíveis.

Quero igualmente estender nossa parceria para a área da saúde. Há muito a aprender com as estratégias sanitárias de ambos os lados, e a possibilidade de estruturar sistemas públicos robustos e de alcance amplo.

Vamos trabalhar com o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças para enfrentar doenças tropicais negligenciadas. Teremos como meta a ampliação do acesso a medicamentos, evitando a repetição do “apartheid” de vacinas que vimos na COVID-19.

Cuidar também da saúde do planeta é nossa prioridade. O imperativo de proteger as duas maiores florestas tropicais do mundo, a Amazônica e a do Congo, nos torna protagonistas na agenda climática.

Os instrumentos internacionais hoje existentes são insuficientes para recompensar de forma eficaz a proteção das florestas, sua biodiversidade e os povos que vivem, cuidam e dependem desses biomas.

Com a recuperação de áreas degradadas, podemos criar um verdadeiro cinturão verde de proteção das florestas do Sul Global. Em conjunto com parceiros africanos, o Brasil quer desenvolver e construir uma família de satélites para monitorar o desmatamento.

Para levar adiante todas essas iniciativas vamos criar um posto avançado de cooperação junto à União Africana em setores como pesquisa agrícola, saúde, educação, meio ambiente e ciência e tecnologia.


Nossa representação diplomática em Adis Abeba contará em breve com funcionários de órgãos governamentais como a Agência Brasileira de Cooperação, a EMBRAPA e a FIOCRUZ, nossos órgãos de pesquisa e desenvolvimento em agropecuária e saúde.

 

Senhores e senhoras, nossos caminhos vão se reencontrar no G20, no Rio de Janeiro, e na COP 30, em Belém. A presença da União Africana como membro pleno do G20 será de grande valia. Mas ainda é necessário a inclusão de mais países do continente como membros plenos. Temos agendas comuns a defender.

É inadmissível que um mundo capaz de gerar riquezas da ordem de US$ 100 trilhões de dólares por ano conviva com a fome de mais de 735 milhões de pessoas. Estamos criando no G20 a Aliança Global contra a Fome, para impulsionar um conjunto de políticas públicas e mobilizar recursos para o financiamento dessas políticas.

Cerca de 60 países, muitos deles na África, estão próximos da insolvência e destinam mais recursos para o pagamento da dívida externa do que para a educação ou a saúde. Isso reflete o caráter obsoleto das instituições financeiras, como o FMI e o Banco Mundial, que muitas vezes agravam crises que deveriam resolver.

É preciso buscar soluções para transformar dívidas injustas e impagáveis em ativos concretos, como rodovias, ferrovias, hidroelétricas, parques de energia eólica e solar, produção de hidrogênio verde e redes de transmissão de energia. Precisamos acompanhar passo a passo a evolução das novas tecnologias.

A Inteligência Artificial não pode tornar-se monopólio de poucos países e empresas. Mas podem também constituir-se em terreno fértil para discursos de ódio e desinformação, além de causar desemprego e reforçar vieses de raça e gênero, que acentuam injustiças e discriminação.

O Brasil vai promover a interação do G20 com o Painel de Alto Nível criado pelo Secretário-Geral da ONU para apoiar as discussões sobre o Pacto Digital Global.

Esperamos, com isso, contribuir para uma governança efetiva e multilateral em Inteligência Artificial e que incorpore plenamente os interesses do Sul Global.

Minhas amigas e meus amigos, quero terminar dizendo que não há Sul Global sem a África.

Retomar a aproximação do Brasil com a África é recuperar laços históricos e contribuir para a construção de uma nova ordem mundial, mais justa e solidária. Permite-nos, sobretudo, somar esforços na superação dos desafios que temos à frente.



Fonte: Brasil 247


 


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