De baixo de um genocídio que já dura 6 meses, a empresa
israelense Elbit Systems, com seu modelo Atmos, foi a vencedora da licitação de
compra de obuseiro autopropulsados sobre rodas pelo Exército Brasileiro.
Dinheiro virá de projeto do governo Lula
Dentro do programa Obtenção da Capacidade Operacional Plena
(OCOP), do Exército, a compra será financiada com recursos do Novo PAC e terá
um valor estimado em US$ 180 milhões (R$ 900 milhões), mais uma margem de 15% a
20% para treinamento de pessoal.
A empresa fornecerá 36 veículos blindados. Um obuseiro é um
tipo de boca de fogo de artilharia que se caracteriza tradicionalmente por
dispor de um tubo relativamente curto e por disparar projéteis explosivos em
trajetórias curvas.
O acordo também inclui compra de equipamentos, manutenção,
fiscalização e treinamento de pessoal. Espera-se que os 2 primeiros veículos
cheguem até 2025 para testes. Caso sejam aprovados, um contrato será assinado
para fornecimento do resto dos veículos até 2034.
É esperado que a Elbit Systems assine o contrato para
entrega do lote de amostra em 7 de maio, no salão de honra da Chefia de
Material do Comando Logístico, em Brasília.
O militarismo israelense desenvolve a alta tecnologia bélica
que é testada em corpos palestinos, e que ao mesmo tempo fornece novos produtos
de exportação. A aproximação entre Brasil e Israel, é um projeto de governo que
atravessa o século XXI, passando pelos governos petistas e pelo bolsonarismo,
sendo uma mostra do fortalecimento da extrema direita no país.
Entrevista com o presidente da Federação Árabe Palestina
(Fepal), Ualid Rabah. Ele fala sobre esse que está sendo um dos maiores
massacres de um povo e observa que o genocídio promovido por Israel é
programado. A intenção é exterminar mulheres e crianças. 27 de nov. de 2023
Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes?
Alexandre de Moraes
“O editorial do jornal Globo deixa claro que eles consideram
que se o Alexandre de Moraes continuar o que ele vem fazendo é um perigo. Por
quê? O Globo diz: ‘A falta de transparência torna impossível avaliar se as leis
foram respeitas, e empresta certa credibilidade as acusações de arbítrio contra
o supremo, especialmente da extrema-direita’. Quer dizer, as ilegalidades
absurdas e flagrantes de Moraes servem de munição para a extrema-direita. A
posição do globo é de recuar antes que seja atacada de frente. E as ações do
Musk mostraram a fragilidade de Moraes.
O PT e uma parte expressiva da esquerda confiaram no
seguinte: apoiar as ilegalidades do Alexandre de Moraes, pois a burguesia
apoiava e, portanto daria certo. O problema é que já começou a dar muito
errado. A atitude do Elon Musk causa um escândalo no Brasil, gerou uma crise
enorme. Se o Twitter ( X ) decidir sair do Brasil é uma catástrofe. O Alexandre de
Moraes passou de solução a ser um problema. O que mostra que sempre foi um problema,
e, portanto, era a política errada. Tudo isso fortalece a extrema-direita.
O PT não percebeu que o Alexandre de Moraes está pendurado.
Ele não tem apoio mais. O único apoio dele é do PT. A esquerda ficou com um
mico chamado Alexandre de Moraes. A burguesia usou o STF, se beneficiou (ela, e
não a esquerda) e jogou o mico na mão da esquerda. Agora a esquerda tem que
defender Moraes quando a direita não vai defender mais. E veja que negativo, o
PT fica totalmente identificado com as atitudes anti-democráticas de Alexandre
de Moraes.”
Moraes vai cair? Rui Costa Pimenta comenta:
“O editorial do jornal Globo deixa claro que eles consideram que se o Alexandre de Moraes continuar o que ele vem fazendo é um perigo. Por quê? O Globo diz: ‘A falta de transparência torna impossível avaliar se as leis foram respeitas,… pic.twitter.com/XbgJwYxL8h
— PCO - Partido da Causa Operária (@PCO29) April 9, 2024
Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes? @Ruicpimenta29
responde:
“Para o PT o Alexandre de Moraes não é apenas um
inconveniente. O PT armou todo seu jogo em volta do Alexandre de Moraes. Se ele
cair vão ter que lutar contra a direita sem as mazelas de Moraes, e eles têm
medo disso. Eles querem o judiciário ao lado deles. Esse pessoal que falou um
monte contra o bolsonarismo, que tem que prender, sem anistia, etc. Quando
estiverem sem o Alexandre de Moraes eles vão se acovardar.”
Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes? @Ruicpimenta29 responde:
“Para o PT o Alexandre de Moraes não é apenas um inconveniente. O PT armou todo seu jogo em volta do Alexandre de Moraes. Se ele cair vão ter que lutar contra a direita sem as mazelas de Moraes, e eles… pic.twitter.com/8BWAE9EJ0Z
— PCO - Partido da Causa Operária (@PCO29) April 9, 2024
É o momento do “fora Alexandre de Moraes”! Rui Comenta:
“Acho que não é o correto, pois não é só o Alexandre de Moraes o problema. Nossa luta deve ser contra o STF. Não deve existir uma corte constitucional. Esses juízes acabam sendo mais poderosos do que o poder executivo e o…
— PCO - Partido da Causa Operária (@PCO29) April 9, 2024
Elon Musk
How did @Alexandre de Moraes become the dictator of Brazil? He has Lula on a leash 😂
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta ao
seu homólogo Vladimir Putin felicitando o líder russo por sua vitória nas
eleições presidenciais deste ano
O presidente Lula da Silva felicitou o reeleito presidente
da Rússia, Vladimir Putin, por sua vitória nas eleições presidenciais
O envio da carta foi confirmado ao portal Metrópoles pelo ex-chanceler e
assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso
Amorim.
A mídia recorda que Lula retribuiu o gesto feito por Putin em 2022.
Na ocasião, o presidente da Rússia parabenizou o petista pela eleição no
Brasil, em nota publicada pelo Kremlin.
Putin foi eleito no domingo (17) com 87,28% dos
votos, dez pontos percentuais a mais que em 2018. Segundo a Comissão Eleitoral
Central da Rússia, 77,44% da população compareceu às urnas.
A última vez que os líderes se falaram foi em outubro do ano passado. Na conversa telefônica, os
dois mandatários falaram sobre os conflitos na Ucrânia e na Faixa de
Gaza.
Em fevereiro deste ano, o Palácio do Planalto confirmou
que Lula vai à cúpula do BRICS em outubro deste ano em
Moscou, conforme noticiado.
✉️🤝 O presidente Lula da Silva felicitou o reeleito presidente da Rússia, Vladimir Putin, por sua vitória nas eleições presidenciais
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo assessor especial de Lula, Celso Amorim.
Voz de prisão pode ser dada por qualquer cidadão, incluindo militares, contra crimes cometidos em flagrante; tentativa de apresentar minuta do golpe de Jair Bolsonaro ao general provocou a reação, segundo ex-comandante da Aeronáutica
Bolsonaro apresentou hipóteses de GLO, Estado de Defesa e de
sítio, diz ex-comandante do ExércitoFoto: Reprodução/Reuters
Ex-comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar
Carlos Almeida Baptista Júnior relatou em depoimento à Polícia Federal (PF) que
o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-chefe do Exército, falou em prender
Jair Bolsonaro (PL) caso o então presidente tentasse um golpe de Estado.
Segundo o artigo 301 do Código Penal brasileiro, a voz de
prisão poderia ter sido dada pelo militar, uma vez que há a previsão legal de
que qualquer cidadão - incluindo militares - tem o poder de anunciar a prisão
de uma pessoa que cometa flagrante delito.
Segundo afirmou Baptista Júnior em depoimento, a declaração
ameaçando a prisão foi feita no encontro convocado pelo general Paulo Sérgio de
Oliveira, então ministro da Defesa, que ocorreu em 14 de dezembro de 2022. Na
reunião, em seu gabinete, quando a hipótese do golpe de Estado - por meio de
Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa ou estado de sítio - foi
aventada, Freire Gomes afirmou que "caso tentasse tal ato teria que
prender o Presidente da República".
Na época, Bolsonaro já tinha perdido a eleição para o atual
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas permanecia no cargo, uma vez que
a posse presidencial ocorre no dia 1º de janeiro seguinte ao pleito.
A Constituição Federal prevê a responsabilização do
presidente tanto em crimes de responsabilidade quanto em crimes comuns. Como a
suposta ameaça de golpe de Estado dada por Bolsonaro não entra na categoria de
infrações político-administrativas, mas sim em crime contra o Estado de
Direito, cometido em flagrante, ela não esbarraria no artigo 86, que versa
sobre como os julgamentos de um presidente devem ocorrer.
Nos casos de crimes de responsabilidade, é o Senado Federal
que julga a denúncia, enquanto infrações penais comuns eventualmente cometidas
pelo chefe do Executivo devem ser submetidas ao julgamento do Supremo Tribunal
Federal (STF). Porém, enquanto não houver sentença condenatória nas infrações
comuns sem flagrante, o presidente não poderá ser preso.
Miguel Reale Júnior, ex-professor titular de direito penal
da Universidade de São Paulo (USP) e ministro da Justiça no governo Fernando
Henrique Cardoso, explica que a voz de prisão, por se tratar de flagrante,
poderia ter sido dada pelo general. "Qualquer ato como editar o estado de
defesa seria tentativa de golpe e poderia o presidente ser preso por crime
contra o Estado de Direito", explicou.
Para o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida
Castro, conhecido como Kakay, não há dúvida de que o que fez o comandante foi o
correto, ao comunicar que se a trama golpista continuasse, a voz de prisão
seria dada, sob pena de prevaricação. "A dificuldade prática de dar uma
voz de prisão no presidente da República é enorme, você tem que cumprir essa
voz de prisão. Evidentemente, Bolsonaro ia dizer que não aceitava prisão e ia
chamar oficiais fiéis a ele. A dificuldade prática é absolutamente
gigantesca", observou o advogado.
Procurado pelo Estadão para comentar sobre o caso, Jair
Bolsonaro não respondeu.
Na manhã desta sexta-feira, 15, o ministro do STF Alexandre
de Moraes retirou o sigilo do depoimento de 27 investigados na Operação Tempus
Veritatis, por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de
Direito após as eleições de 2022. Mais da metade dos suspeitos, 14 deles,
preferiu ficar em silêncio. Estão incluídos os registros dos depoimentos à PF
de Bolsonaro e de ex-ministros, como Anderson Torres e os generais Augusto Heleno
e Walter Braga Netto.
Conforme o depoimento prestado por Baptista Júnior à PF, no
bojo das investigações que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado
tramada pela cúpula do governo Jair Bolsonaro, o então ministro da Defesa teria
declarado a intenção de apresentar a minuta golpista, para "conhecimento e
revisão". Nesse momento, Baptista disse ter questionado: "Esse
documento prevê a não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?".
Oliveira se calou e, em seguida, o brigadeiro disse que não admitira receber o
papel.
Baptista Júnior e Freire Gomes contaram aos investigadores
que se colocaram contra a investida antidemocrática de Bolsonaro. Já o
almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, mais alinhado ao
ex-presidente, colocou tropas à disposição do ex-chefe do Executivo. Em seu
depoimento à PF, o almirante escolheu ficar em silêncio. Veja a íntegra da
minuta de golpe que Bolsonaro apresentou às Forças Armadas, segundo
ex-comandante.
Auditoria Cidadã da Dívida: Esperamos contar com a presença
do presidente Lula para manifestarmos nossas reivindicações, e obtermos seu
apoio para fortalecer nossa causa.
Auditoria
Cidadã da Dívida
O Presidente Lula foi formalmente convidado para participar
da 1ª Plenária da Campanha Nacional por Direitos Sociais, que acontece nos dias
23 e 24 de março em Brasília! Este convite reflete nosso compromisso em unir
forças para enfrentar desafios sociais e promover a igualdade no Brasil.
A Campanha, apoiada por dezenas de organizações sociais,
busca garantir direitos fundamentais e reduzir a desigualdade em nosso país.
Esperamos contar com a presença do presidente Lula para
manifestarmos nossas reivindicações, e obtermos seu apoio para fortalecer nossa
causa.
Mais detalhes sobre a Campanha e a Plenária podem ser
encontrados aqui.
Junte-se a nós nesta jornada por um Brasil mais justo e inclusivo!
Helena Nara, da Unidade Popular lembra que é um absurdo dizer que o povo tem dívida com a elite. “Se existe alguma dívida a ser paga, é dos bancos com o povo trabalhador que está sendo escorraçado depois da reforma da previdência e da reforma trabalhista”. #DireitosSociaisJápic.twitter.com/lmSi2TKSJb
— Auditoria Cidadã da Dívida (@AuditoriaCidada) March 14, 2024
O governo anunciou R$ 900 milhões para o Programa de
Aquisição Alimentar (PAA) para a distribuição de alimentos a famílias em
situação de insegurança alimentar. Se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são
destinados à dívida pública, o valor é irrisório
Auditoria Cidadã da Dívida
A erradicação da fome é uma das bandeiras do Governo Lula e
dos governos anteriores do PT. Em 2014, a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou que o Brasil havia saído do mapa da
fome. Uma vitória para o povo brasileiro que, infelizmente, durou pouquíssimo
tempo, tendo o país retornado ao mapa em 2022, com a redução das políticas
sociais dos governos Temer e Bolsonaro.
Segundo o relatório da FAO, (confira aqui),
em 2022, o país possuía cerca de 91,4 milhões de pessoas em estado de
insegurança alimentar, de moderada a grave.
Em 2023, o governo Lula anunciou o total de R$ 900 milhões
para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA), R$ 250 milhões a mais que o ano
anterior, para aquisição de alimentos da agricultura familiar para a
distribuição a famílias em situação de insegurança alimentar (Saiba
mais).
Pode parecer muito, mas, se comparado aos R$ 1,89 trilhões
que são destinados à chamada dívida pública, o valor é irrisório.
Juros e amortizações não matam a fome da população
vulnerável! Precisamos garantir mais recursos para a população, por meio da
manutenção e ampliação dos direitos sociais.
Conheça e participe da Campanha Nacional por Direitos
Sociais, que busca assegurar que a população desfrute do que lhe pertence por
direito!
Acesse aqui.
O governo anunciou R$ 900 milhões para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA) para a distribuição de alimentos a famílias em situação de insegurança alimentar. Se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são destinados à dívida pública, o valor é irrisório.https://t.co/dfpaV7qbI3pic.twitter.com/3kvg5B7AgA
— Auditoria Cidadã da Dívida (@AuditoriaCidada) March 4, 2024
Presidente do Brasil reiterou que considera ação israelense
na Faixa de Gaza como um ‘genocídio’ e que defende a criação do Estado
palestino ‘que possa viver em harmonia com Estado de Israel’
Ricardo Stuckert / Presidência da República: Mensagem de Lula reforça postura mostrada na entrevista dada
durante a Cúpula da União Africana
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, escreveu
uma mensagem em suas redes sociais nesta sexta-feira (23/02), no que foi sua
primeira reação aos ataques que vêm sofrendo por parte das autoridades de
Israel.
Em suas primeiras palavras, o
mandatário comparou sua postura atual com a que manteve durante o
período em que ficou preso em Curitiba, por conta do lawfare promovido pela
Operação Lava Jato.
“Da mesma forma que eu disse quando estava preso que eu não
aceitaria acordo para sair da cadeia e que eu não trocava a minha liberdade
pela minha dignidade, eu digo: não troco a minha dignidade pela falsidade”,
alegou Lula.
Da mesma forma que eu disse quando estava preso que eu não aceitaria acordo para sair da cadeia e que eu não trocaria a minha liberdade pela minha dignidade, eu digo: não troco a minha dignidade pela falsidade. Eu sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que…
Em seguida, o presidente esclareceu que “sou favorável à
criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino
viver em harmonia com o Estado de Israel”.
O mandatário completou a postagem pedido para que “não
tentem interpretar a entrevista que eu dei”.
“Leiam a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do
primeiro-ministro de Israel”, concluiu Lula.
A tensão entre Lula e o governo de Israel surgiu após o
líder brasileiro declarar, durante
a 37ª Cúpula da União Africana, que “o que está acontecendo na Faixa de
Gaza, com o povo palestino, não existe em nenhum momento histórico. Aliás,
existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”.
Os demais ataques realizados durante a semana partiram do
chanceler Israel Katz e até da conta oficial do país na plataforma X (antigo
Twitter), que passaram
a tratar o presidente brasileiro como um “negacionista do Holocausto”,
embora a declaração que originou o conflito não tenha questionado em nenhum
momento o extermínio dos judeus.
Eu sou favorável a criação do Estado Palestino livre e
soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de
Israel. O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é
genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinadas.
Jornalista afirma que Lula tem a obrigação de seguir
condenando o genocídio do povo palestino cometido por Israel: "ele é
porta-voz dos povos oprimidos no mundo"
Paulo Moreira Leite, Lula e Benjamin Netanyahu (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters/Ibraheem Abu Mustafa | Reuters/Stringer | GIL COHEN-MAGEN/Pool via Reuters)
O jornalista Paulo Moreira Leite afirmou que
"a dignidade humana falou pela boca do [presidente] Lula (PT)" ao
condenar mais uma vez o genocídio do povo palestino da Faixa de Gaza promovido
pelo governo de Israel. Um trecho específico da última declaração de Lula, no
qual ele compara o genocídio palestino ao massacre dos judeus por Hitler,
tem gerado fortes reações tanto do governo de Benjamin Netanyahu quanto de
setores sionistas da sociedade brasileira.
Para Leite, o objetivo desta mobilização é intimidar o
governo brasileiro. "Lula tomou uma posição corajosa e o governo
brasileiro tomou uma posição corajosa, politicamente inatacável, que é defender
os direitos do povo palestino e, portanto, condenar a atitude imperial,
criminosa do Estado de Israel. Estamos assistindo a um massacre que vai
envergonhar a história por décadas, por séculos. Vai ficar nos livros
registrados como aqueles momentos terríveis, tristes, inaceitáveis que a
humanidade assistiu. E a história vai registrar aqueles que reagiram, aqueles
que aplaudiram o massacre, aqueles que ficaram em silêncio e aqueles que se
manifestaram".
O jornalista afirmou não haver dúvidas sobre o cometimento
de genocídio por Israel - "o que se quer é eliminar um povo" - e
disse que Lula tem o dever de reagir contra este crime. "O Lula demonstrou
solidariedade àquele povo. Ele tem obrigação de fazer isso. Ele é porta-voz dos
povos oprimidos no mundo, um porta-voz dos trabalhadores, aquele que fala pelos
interesses daqueles que não têm voz. Então a voz dele nesse momento foi muito
importante".
"O Lula hoje está demonstrando a dignidade humana. A
dignidade humana falou pela boca do Lula. Outros chefes de Estado, que por
razões de conveniência, acertos, não querem ser incomodados, o Lula - aquele
homem que fala pelos interesses dos brasileiros mas também pelas grandes causas
humanas - afirmou mais uma vez que hoje a luta contra o massacre do povo
palestino, pelos direitos do povo palestino, contra esse genocídio, é uma causa
humana. Quem não quiser enxergar isso, vai sentir a vergonha dos seus filhos,
dos seus netos, dos livros de história que no futuro vão retratar esse episódio
como um episódio lamentável, vergonhoso que a humanidade não precisava ter
assistido", finalizou.
O chefe do executivo ainda pediu apoio das nações africanas
para a reforma do sistema de governança global
(Foto: Ricardo Stuckert)
Durante sessão de abertura da cúpula anual da União
Africana, em Adis Abeba, na Etiópia, como líder convidado de fora do
continente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar o
genocídio cometido por Israrel contra os palestinos e classificou como
"desproporcional" aos ataques do Hamas. O chefe do executivo ainda
pediu apoio das nações africanas para a reforma do sistema de governança
global, afirmando que a resposta para as “mazelas atuais não virá da extrema
direita racista e xenófoba".
"O momento é propício para resgatar as melhores
tradições humanistas dos grandes líderes da descolonização africana. Ser
humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis
israelenses e demandar a liberação imediata de todos os reféns", afirmou o
presidente.
Lula ainda afirmou que a política e a diplomacia são as
únicas formas de encerrar o outro conflito que mobiliza a comunidade
internacional, a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Confira a íntegra do discurso:
É com grande alegria que volto pela vigésima primeira vez
à África, agora novamente como presidente do Brasil, para me dirigir aos
líderes da União Africana. Venho para reafirmar a parceria e o vínculo do nosso
país e do nosso povo com este continente irmão.
A luta africana tem muito em comum com os desafios do
Brasil. Mais da metade dos 200 milhões de brasileiros se reconhecem como
afrodescendentes. Nós, africanos e brasileiros, precisamos traçar nossos
próprios caminhos na ordem internacional que surge.
Precisamos criar uma nova governança global, capaz de
enfrentar os desafios do nosso tempo.
Já não vigoram as teses do Estado mínimo. Planejar o
desenvolvimento agrícola e industrial voltou a ser parte das políticas públicas
em todos os quadrantes.
As transições energética e digital demandam o incentivo e
a orientação dos governos.
Tentativas de restituir um sistema internacional baseado
em blocos ideológicos não possuem lastro na realidade. A multipolaridade é um
componente inexorável e bem-vindo do século XXI. A consolidação do BRICS como
principal espaço de articulação dos países emergentes é um avanço inegável.
Sem os países em desenvolvimento não será possível a
abertura de novo ciclo de expansão mundial, que combine crescimento, redução
das desigualdades e preservação ambiental, com ampliação das liberdades.
O Sul Global está se constituindo em parte incontornável
da solução para as principais crises que afligem o planeta.
Crises que decorrem de um modelo concentrador de
riquezas, e que atingem sobretudo os mais pobres – e entre estes, os
imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da
extrema direita racista e xenófoba. O desenvolvimento não pode ser privilégio
de poucos.
Só um projeto social inclusivo nos permitirá erigir
sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas. Não haverá estabilidade
nem democracia com fome e desemprego
O momento é propício para resgatar as melhores tradições
humanistas dos grandes líderes da descolonização africana.
Ser humanista hoje implica condenar os ataques
perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação
imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à
resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza
– em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado
de mais de 80% da população.
A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos
rapidamente na criação de um Estado palestino. Um Estado palestino que seja
reconhecido como membro pleno das Nações Unidas.
De uma ONU fortalecida e que tenha um Conselho de
Segurança mais representativo, sem países com poder de veto, e com membros
permanentes da África e da América Latina. Há dois anos a guerra na Ucrânia
escancara a paralisia do Conselho. Além da trágica perda de vidas, suas
consequências são sentidas em todo o mundo, no preço dos alimentos e
fertilizantes.
Não haverá solução militar para esse conflito. É chegada
a hora da política e da diplomacia.
Senhoras e senhores, com seus 1 bilhão e 500 milhões de
habitantes, e seu imenso e rico território, a África tem enormes possibilidades
para o futuro. O Brasil quer crescer junto com a África, mas sem ditar caminhos
a ninguém.
O povo brasileiro está recuperando sua soberania política
e econômica. Estamos adotando um projeto de transformação ecológica, que nos
permitirá dar um salto histórico. Estamos resgatando nossa democracia,
tornando-a cada vez mais participativa.
Com o Bolsa Família e outras políticas públicas
bem-sucedidas voltaremos a sair do mapa da fome, retirando milhões de
brasileiros da pobreza. Falar de “Educação Inclusiva”, tema desta Cúpula, é
falar de futuro. No mundo, quase 250 milhões de crianças estão fora da escola.
No Brasil, estamos implantando escolas em tempo integral, além do pagamento de
uma poupança para os alunos mais pobres do ensino médio, como forma de reduzir
a evasão escolar.
Tenho o orgulho de dizer que milhares de africanos
concluíram seus estudos no Brasil. Mas vamos fazer ainda mais. Vamos ampliar o
número de bolsas ofertadas para receber estudantes africanos em nossas
instituições públicas de ensino superior.
Estamos dispostos a desenvolver programas educacionais na
África e a promover intenso intercâmbio de professores e pesquisadores. Vamos
colaborar para que a África possa se tornar independente na produção de
alimentos e energia limpa.
São 400 milhões de hectares espalhados por mais de 25
países, com potencial de fazer deste continente um grande celeiro para o mundo,
viabilizando políticas de combate à fome e produção de biocombustíveis.
Quero igualmente estender nossa parceria para a área da
saúde. Há muito a aprender com as estratégias sanitárias de ambos os lados, e a
possibilidade de estruturar sistemas públicos robustos e de alcance amplo.
Vamos trabalhar com o Centro Africano de Controle e
Prevenção de Doenças para enfrentar doenças tropicais negligenciadas. Teremos
como meta a ampliação do acesso a medicamentos, evitando a repetição do
“apartheid” de vacinas que vimos na COVID-19.
Cuidar também da saúde do planeta é nossa prioridade. O
imperativo de proteger as duas maiores florestas tropicais do mundo, a
Amazônica e a do Congo, nos torna protagonistas na agenda climática.
Os instrumentos internacionais hoje existentes são
insuficientes para recompensar de forma eficaz a proteção das florestas, sua
biodiversidade e os povos que vivem, cuidam e dependem desses biomas.
Com a recuperação de áreas degradadas, podemos criar um
verdadeiro cinturão verde de proteção das florestas do Sul Global. Em conjunto
com parceiros africanos, o Brasil quer desenvolver e construir uma família de
satélites para monitorar o desmatamento.
Para levar adiante todas essas iniciativas vamos criar um
posto avançado de cooperação junto à União Africana em setores como pesquisa
agrícola, saúde, educação, meio ambiente e ciência e tecnologia.
Nossa representação diplomática em Adis Abeba contará em
breve com funcionários de órgãos governamentais como a Agência Brasileira de
Cooperação, a EMBRAPA e a FIOCRUZ, nossos órgãos de pesquisa e desenvolvimento
em agropecuária e saúde.
Senhores e senhoras, nossos caminhos vão se reencontrar
no G20, no Rio de Janeiro, e na COP 30, em Belém. A presença da União Africana
como membro pleno do G20 será de grande valia. Mas ainda é necessário a
inclusão de mais países do continente como membros plenos. Temos agendas comuns
a defender.
É inadmissível que um mundo capaz de gerar riquezas da
ordem de US$ 100 trilhões de dólares por ano conviva com a fome de mais de 735
milhões de pessoas. Estamos criando no G20 a Aliança Global contra a Fome, para
impulsionar um conjunto de políticas públicas e mobilizar recursos para o
financiamento dessas políticas.
Cerca de 60 países, muitos deles na África, estão
próximos da insolvência e destinam mais recursos para o pagamento da dívida
externa do que para a educação ou a saúde. Isso reflete o caráter obsoleto das
instituições financeiras, como o FMI e o Banco Mundial, que muitas vezes
agravam crises que deveriam resolver.
É preciso buscar soluções para transformar dívidas
injustas e impagáveis em ativos concretos, como rodovias, ferrovias,
hidroelétricas, parques de energia eólica e solar, produção de hidrogênio verde
e redes de transmissão de energia. Precisamos acompanhar passo a passo a
evolução das novas tecnologias.
A Inteligência Artificial não pode tornar-se monopólio de
poucos países e empresas. Mas podem também constituir-se em terreno fértil para
discursos de ódio e desinformação, além de causar desemprego e reforçar vieses
de raça e gênero, que acentuam injustiças e discriminação.
O Brasil vai promover a interação do G20 com o Painel de
Alto Nível criado pelo Secretário-Geral da ONU para apoiar as discussões sobre
o Pacto Digital Global.
Esperamos, com isso, contribuir para uma governança
efetiva e multilateral em Inteligência Artificial e que incorpore plenamente os
interesses do Sul Global.
Minhas amigas e meus amigos, quero terminar dizendo que
não há Sul Global sem a África.
Retomar a aproximação do Brasil com a África é recuperar
laços históricos e contribuir para a construção de uma nova ordem mundial, mais
justa e solidária. Permite-nos, sobretudo, somar esforços na superação dos
desafios que temos à frente.
Encerramos mais um dia de trabalho ao lado dos países da União Africana. O Brasil retomando os laços e o potencial de crescimento conjunto com nossos irmãos africanos.
Reuni-me com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, @DrShtayyeh, sobre a situação de Gaza. Falamos da necessidade da solução de dois estados e ele agradeceu a solidariedade e apoio do Brasil para um cessar-fogo imediato na região e o fim dos ataques que estão matando civis… pic.twitter.com/vcJAsMRRqT
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta
quarta-feira (10) o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben, em
uma reunião para discutir a situação crítica dos palestinos na Faixa de Gaza e
na Cisjordânia.
O encontro ocorreu após mais de três meses desde o início da
atual crise na região.
Durante a reunião, o presidente Lula reiterou a condenação
imediata do Brasil aos ataques terroristas do Hamas ocorridos em 7 de outubro
de 2023. No entanto, enfatizou que tais atos não justificam o uso
indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por parte de
Israel contra civis.
A nota, publicada no portal do Ministério das Relações
Exteriores, ressaltou os números alarmantes, citando as mais de 23 mil pessoas que
perderam a vida, sendo 70% mulheres e crianças, enquanto 7 mil
permanecem desaparecidas.
A nota continua: "Mais de 80% da população foi objeto
de transferência forçada, e os sistemas de saúde, de fornecimento de água,
energia e alimentos estão colapsados, o que caracteriza punição coletiva."
Segundo o comunicado, o presidente brasileiro destacou os
esforços pessoais realizados junto a diversos líderes internacionais em busca
de um cessar-fogo, a libertação de reféns em poder do Hamas e a criação
de corredores humanitários para a proteção dos civis.
Diante das evidentes violações ao direito internacional
humanitário, o presidente expressou seu apoio à iniciativa da África do Sul de
acionar a Corte Internacional de Justiça (CIJ).
A proposta visa determinar que Israel cesse imediatamente
todas as ações e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados, conforme os termos da Convenção para a
Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
"O governo brasileiro reitera a defesa da solução de
dois Estados, com um Estado palestino economicamente viável convivendo lado a
lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas
e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia,
tendo Jerusalém Oriental como sua capital", finaliza.
O processo na CIJ alega "supostas violações de Israel de suas obrigações nos termos da
Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio [a Convenção de
Genocídio] em relação aos palestinos na Faixa de Gaza", conforme
comunicado da entidade.
A África do Sul e a Autoridade Nacional Palestina, que
também responde pela Cisjordânia — que tem outros 3,2
milhões de habitantes —, são signatários da convenção.
Jader Filho assumirá a pasta de Cidades, enquanto Renan Filho ficará com os Transportes
O empresário Jader Filho e o ex-governador de Alagoas Renan Filho serão ministros do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois, que são filhos dos senadores Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL), respectivamente, representarão o MDB na Esplanada, assim como a senadora Simone Tebet, indicada para o Ministério do Planejamento.
Jader Filho, que é irmão do governador do Pará, Helder Barbalho e presidente do diretório do MDB no Pará, comandará a pasta de Cidades. Já Renan Filho assumirá o Ministério dos Transportes. Os nomes dos dois foram indicados pelas bancadas do MDB na Câmara e no Senado e aceitos por Lula em uma reunião com integrantes do partido na tarde desta quarta-feira (28), em um hotel na capital federal.
O anúncio oficial dos nomes deve ser feito nesta quinta-feira (29), assim como os nomes dos demais ministros ainda não anunciados. Oficialmente, 16 nomes ainda precisam ser apresentados, embora grande parte deles já esteja definida. Entre os ministros a serem apresentados ainda estão Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Reginaldo Lopes (Desenvolvimento Agrário), além de Tebet, já citada acima.
A Polícia Federal indiciou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que o senador, que hoje é relator da CPI da Pandemia, pediu e recebeu R$ 1 milhão em propina da Odebrecht em 2012. 3 de jul. de 2021
O Liberal
Apesar de acusado em delação, Jader Barbalho nega ter recebido propina. 26 de mai. de 2017
O objetivo é firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos
O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos
anos, mesmo sendo opositores políticos (foto: Twitter/Reprodução )
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou,
em agendas diferentes, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Cid Gomes
(PDT-CE) e o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em Fortaleza,
nesta segunda-feira (23/8).
Me reuni na tarde desta segunda-feira, 23, para receber o ex-presidente @LulaOficial, em minha casa. Fui ministro dele e o tenho como grande estadista. Conversamos sobre vários assuntos, especialmente sobre a atual conjuntura política e econômica do Ceará e do Brasil. pic.twitter.com/V2YXLiszXI
As reuniões ocorreram com o objetivo de firmar um movimento
do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos
anos, focando na sua possível candidatura presidencial em 2022 e em oposição a
Jair Bolsonaro.
Lula foi ao Ceará na companhia da presidente nacional do PT,
deputada Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-deputado estadual Ilário Marques (PT-CE).
O encontro com Tasso durou aproximadamente uma hora e ocorreu no escritório
particular do tucano.
De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, a
conversa focou no cenário atual da política brasileira, na importância da
defesa intransigente da democracia, no fortalecimento das instituições e no
compromisso de resistência a qualquer ato ou medida que ponha em risco a
democracia no Brasil. Jereissati informou ainda que não formou nenhuma aliança
eleitoral.
O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos
anos, mesmo sendo opositores políticos. Durante a prisão de Lula, o senador
enviou uma carta de solidariedade após a morte do neto do petista, em março de
2019.
Após o encontro, Lula se reuniu com o senador Cid Gomes
(PDT), irmão do ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que vem
atacando o petista nos últimos meses. Além disso, ele encontrou com o
governador Camilo Santana (PT) e teve uma agenda com o ex-presidente do Senado,
Eunício Oliveira (MDB).
Lula tem se encontrado com políticos do centro e deu sinais
de que está planejando formar aliança com outros partidos além da esquerda,
para se opor a Jair Bolsonaro na próxima eleição. De acordo com aliados do
ex-presidente, o partido mais próximo é o PL, legenda "número 2" no
bloco formado pelo Centrão e que hoje declara apoio a Bolsonaro.
No Ceará, PSDB e PT podem continuar sendo opostos, e os
tucanos caminham para firmar aliança com o PDT, enquanto a legenda petista fala
em candidatura própria.
A convite do ex-ministro Nelson Jobim, o ex-presidente Lula e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniram para um almoço com muita democracia no cardápio. pic.twitter.com/6f0mwcc3wI
Aos 90 anos, o ex-presidente da República Fernando Henrique
Cardoso afirma que, se fosse o Lula, não entraria em uma terceira
candidatura" em 2022.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) afirma
que falta comando e sensibilidade em Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão da
pandemia do novo coronavírus.
"Já fui presidente e sou cuidadoso para não jogar
a culpa no presidente. O caso do coronavírus, obviamente, é um vírus. Algumas
pessoas pegariam de todo jeito. Mas a falta de cuidado parece ser grande. Ele
fala e depois pensa. E isso é ruim porque a palavra do presidente tem um valor
simbólico muito grande", disse FHC durante entrevista à emissora Band.
O ex-presidente caracteriza o atraso da vacinação contra a COVID-19 no Brasil como
"trapalhada". "Vão acusá-lo de várias responsabilidades, e
algumas ele tem. Mas não adianta tapar o sol com a peneira, tem que enfrentar.
Sei que é difícil e, por isso, não jogo mais uma pá de cal em cima",
complementa.
Lula faz discurso no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo
do Campo (SP).
Eleições 2022
Questionado sobre o pleito de 2022, Fernando Henrique
Cardoso manifesta preocupação com o enfraquecimento do centro político. "É
preciso um centro que olhe para o povo".
"Da última vez, eu votei em branco. Espero que
apareça um candidato que expresse um sentimento mais democrático e mais
construtivo. Mas, se não houver isso, no Bolsonaro eu não voto", garante o
ex-presidente.
"Lula é a repetição de uma fórmula que nós já
conhecemos: o Estado mais forte com muito apoio à iniciativa privada. Pode ser
um caminho de crescimento, mas não é disso que o país precisa. Se eu fosse o
Lula, não entraria em uma terceira candidatura", conclui.
Informação foi dada pelo ministro em encontro com
empresários; para entidades sociais, é preciso mais do que isso
Atualmente, auxílio emergencial está na segunda rodada e
teve valor reduzido para uma média que varia de R$ 150 a R$ 375; oposição quer
retorno dos R$ 600 - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Prevista para acabar em julho deste ano, a atual rodada do auxílio emergencial já é alvo de novo
debate para discutir a prorrogação do benefício. Em meio às pressões que surgem
contra o governo por conta do agravamento da crise socioeconômica, o ministro
Paulo Guedes afirmou, nesta terça (8), que o benefício será renovado por “dois
ou três meses”.
Segundo o mandatário, os governadores disseram que a
população adulta estaria integralmente vacinada até setembro, quando, na visão
do governo, poderia acabar o prazo do auxílio, que pode vir a ser prorrogado por
mais um mês. A declaração foi dada pelo mandatário durante evento com a
iniciativa privada.
A duração da próxima rodada do benefício apontada por Guedes
é vista como insuficiente por entidades civis que acompanham o tema da pobreza
no país. É o caso dos integrantes da campanha Renda Básica que Queremos, uma
articulação que aglutina dezenas de organizações. O grupo defende a liberação
de parcelas durante toda a crise sanitária, que segue em alta e sem previsão de
acabar.
“Não dá pra prever muito até quando deveria ser, mas,
lembrando que essa crise não é só da pandemia, o auxílio deveria ser uma
política permanente de renda básica porque a crise do trabalho, a crise do
capitalismo que a gente vive mostra cada vez mais essa necessidade”, afirma
Marcelo Edmundo, da coordenação da Central de Movimentos Populares (CMP).
O dirigente destaca a expectativa que se cria, entre a população de
baixa renda, em relação a um socorro estatal diante do aprofundamento do
cenário de crise.
“Por isso nossa pressão no governo será permanente, até
porque a necessidade das pessoas também é permanente, e isso se junta às
pressões sobre outras coisas que atingem os mais pobres, como despejo e falta
de moradia. O auxílio seria algo mínimo pra dar um pouco de alívio pra essas pessoas
porque, todo mundo sabe, o custo de vida aumentou, há muitos desempregados,
etc.”, argumenta Edmundo.
Legislativo
A possibilidade de prorrogação da atual leva do auxílio
emergencial está prevista na Medida Provisória (MP) 1039, por isso a
questão não careceria de análise do Congresso Nacional,
ficando na dependência apenas de um ato formal do Poder Executivo. A proposta
ventilada nesta terça pelo ministro Paulo Guedes ainda não foi oficializada.
Do outro lado do jogo político, a oposição segue em coro por
um aumento no valor das fatias. Em geral, o grupo defende que o pagamento volte
a ser de R$ 600, com possibilidade de se liberar R$ 1.200 para mães chefes de
família, como ocorreu no primeiro bloco do auxílio, em 2020. A gestão Bolsonaro
tem rechaçado a possibilidade desde então, vivendo um embate com o segmento.
“Essa discussão dos R$ 600 hoje é unificadora do
campo de esquerda. O que vejo é que a direita acha que não dá pra ficar sem uma
resposta, se o governo quiser ser competitivo eleitoralmente”, registra o
deputado Ivan Valente (SP), vice-líder da bancada do Psol.
A menção do parlamentar se refere a uma articulação de
bastidor envolvendo atores do centrão que apoiam a ideia de reeleição de
Bolsonaro e pressionam a gestão pela implementação de algum programa de apelo
popular nos moldes do Bolsa Família. A ideia, já sinalizada pelo governo em
momentos anteriores, seria reformular a política atual, mas a medida ainda não
saiu do discurso.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo,
tem feito coro contrário à ideia de extensão do auxílio emergencial. Na segunda
(7), ele defendeu que, em vez de deliberar a prorrogação do beneficio, o
governo aprove um novo programa social até julho no Congresso.
Há, no grupo dos parlamentares aliados a Bolsonaro, quem
defenda a implementação de um valor mensal de R$ 400 até o pleito de 2022, para
tentar turbinar o capital eleitoral do presidente, hoje desgastado pelas crises sanitária e socioeconômica.
Queda de braço
Na época da votação do primeiro auxílio, marcada pelo início
da pandemia no país, a gestão vinha sendo duramente pressionada a socorrer
especialmente trabalhadores informais e defendeu um benefício no patamar de R$
200. Uma queda de braço com opositores e partidos de
siglas do centrão resultou na fixação do valor de R$ 600 para o primeiro
auxílio, a contragosto do governo Bolsonaro.
“Por que o Lira não coloca em votação? Porque, se colocar,
vai acontecer a mesma coisa que aconteceu ano passado: de R$ 200, que foi a
proposta do governo, vai pra R$ 600. E precisa ir ao menos pra R$ 600, sendo R$
1.200 pra monoparentais. Isso ajudou, no ano passado, o comércio e a indústria
a gerarem emprego e a não se deixar o povo morrer de fome”, afirma o líder do
PT na Câmara, Bohn Gass (RS), ao sugerir que Lira e o governo temem a aprovação
de valores mais robustos.
Atualmente o benefício está na segunda rodada e teve valor
reduzido para uma média que varia de R$ 150 a R$ 375. O pagamento hoje também é
mais restrito e atende 22,6 milhões de trabalhadores a menos que em 2020,
atingindo 45,6 milhões de pessoas.