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terça-feira, 9 de abril de 2024

Moraes vai cair? Rui Costa Pimenta comenta:


Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes?


Alexandre de Moraes

“O editorial do jornal Globo deixa claro que eles consideram que se o Alexandre de Moraes continuar o que ele vem fazendo é um perigo. Por quê? O Globo diz: ‘A falta de transparência torna impossível avaliar se as leis foram respeitas, e empresta certa credibilidade as acusações de arbítrio contra o supremo, especialmente da extrema-direita’. Quer dizer, as ilegalidades absurdas e flagrantes de Moraes servem de munição para a extrema-direita. A posição do globo é de recuar antes que seja atacada de frente. E as ações do Musk mostraram a fragilidade de Moraes.

O PT e uma parte expressiva da esquerda confiaram no seguinte: apoiar as ilegalidades do Alexandre de Moraes, pois a burguesia apoiava e, portanto daria certo. O problema é que já começou a dar muito errado. A atitude do Elon Musk causa um escândalo no Brasil, gerou uma crise enorme. Se o Twitter ( X ) decidir sair do Brasil é uma catástrofe. O Alexandre de Moraes passou de solução a ser um problema. O que mostra que sempre foi um problema, e, portanto, era a política errada. Tudo isso fortalece a extrema-direita.

O PT não percebeu que o Alexandre de Moraes está pendurado. Ele não tem apoio mais. O único apoio dele é do PT. A esquerda ficou com um mico chamado Alexandre de Moraes. A burguesia usou o STF, se beneficiou (ela, e não a esquerda) e jogou o mico na mão da esquerda. Agora a esquerda tem que defender Moraes quando a direita não vai defender mais. E veja que negativo, o PT fica totalmente identificado com as atitudes anti-democráticas de Alexandre de Moraes.”



 Por que o PT não abandona logo Alexandre de Moraes?
@Ruicpimenta29 responde:

“Para o PT o Alexandre de Moraes não é apenas um inconveniente. O PT armou todo seu jogo em volta do Alexandre de Moraes. Se ele cair vão ter que lutar contra a direita sem as mazelas de Moraes, e eles têm medo disso. Eles querem o judiciário ao lado deles. Esse pessoal que falou um monte contra o bolsonarismo, que tem que prender, sem anistia, etc. Quando estiverem sem o Alexandre de Moraes eles vão se acovardar.”




 Elon Musk


 


Política 01

Política 02 



terça-feira, 26 de março de 2024

Quem é o maior terrorista, no final das contas?


Oferecemos um olhar sem precedentes sobre os fatos de 7 de outubro e o genocídio em Gaza


A Globo e o genocídio palestino.

Como pode a mídia corporativa brasileira ser tão ruim em contar os fatos sobre Israel e a Palestina? Israel está matando crianças com bombas e fome enquanto os editoriais d’O Globo continuam a afirmar aos seus leitores que "Israel exerce desde [7 de outubro] seu legítimo direito de defesa, que não pode e não deve ser questionado".


 

 Eles generosamente atribuem aos líderes de Israel instintos nobres e humanitários, ignorando todas as evidências, como suas próprias declarações públicas sanguinárias e genocidas. É uma negligência descarada e um exemplo perfeito de por que a confiança na mídia está no ralo.

Mas o que mais se pode esperar de empresas de mídia que têm sido parceiras essenciais no genocídio patrocinado pelo próprio Estado brasileiro contra os negros e os pobres, realizado nos becos das favelas em todo o país. Mais pessoas foram assassinadas na “Guerra às drogas” no Brasil desde 11 de setembro de 2001 do que morreram na desastrosa "Guerra global ao terror" liderada pelos EUA — mais de 1 milhão. Uma porção obscena foi morta pela própria polícia, executando leis e políticas fracassadas-por-desenho, com apoio público construído pela grande mídia.


Os genocídios modernos dependem da conivência da mídia.

É por isso que fizemos uma parceria com o núcleo investigativo da Al Jazeera para disponibilizar em português um novo documentário sobre o que realmente aconteceu em Israel e na Palestina desde 7 de outubro com clareza e detalhes inigualáveis. O filme já está disponível em nosso site.

Acreditamos que você merece saber a verdade sem considerar a quem ela beneficia. Também queremos te lembrar de que o jornalismo de alta qualidade ainda existe e literalmente pode salvar vidas, mas precisamos lutar por ele.

Você deve se perguntar: se não nos levantarmos e lutarmos pela verdade e pela justiça, quem o fará? Foi por isso que criamos o Intercept Brasil. E é por isso que optamos por depender de doações de leitores para apoiar nosso jornalismo investigativo, em vez de publicidade corporativa. 



Via:  Andrew Fishman Presidente e cofundador


FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil: A Globo e o genocídio palestino.

Você já sabe que a Globo apoia o genocídio palestino. Com concessão pública.

No genocídio em Ruanda (1994), a mídia executou um papel fundamental para preparar o terreno e "legitimar" a execução de mais de 1 milhão de tutsis.

Em 2003, o Tribunal Penal Internacional para Ruanda condenou o cofundador da Radio Television Libre des Mille Collines (Hutu Power Rádio), Ferdinand Nahimana, o diretor executivo Jean-Bosco Barayagwiza e o fundador e editor do jornal Kangura, Hassan Ngeze, pelo papel que desempenharam no incitamento ao genocídio em Ruanda.

O Tribunal descreveu as transmissões de rádio e os artigos de jornal que espalhavam o ódio como crimes contra a humanidade.

Voltamos para a Globo.

Quem vai investigar a ligação da Globo com o lobby sionista?

Não está na hora dos editores e executivos do Grupo Globo darem explicações sobre a desumanização dos palestinos, a propaganda de guerra, a desinformação e a higienização do genocídio palestino?

E não devem explicações só para nós ou para seus expectadores. Devem explicações aos tribunais. No banco dos réus.

A concessão pública da Globo está a serviço do lobby sionista ou está a serviço da sociedade brasileira?

Quem vai investigar a ligação da Globo com o lobby sionista?

E quem vai punir a Globo pela participação no genocídio palestino?

Arte do coletivo @/artvsm.now


 * Nas redes sociais não passa despercebido o apoio criminoso da globo ao genocídio do povo palestino.


 

 

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domingo, 3 de março de 2024

ISRAEL-PALESTINA: 11 DISTORÇÕES SOBRE GAZA E HAMAS QUE A MÍDIA VAI CONTAR HOJE


O jornalismo corporativo — especialmente dos Estados Unidos e do Brasil — tem um viés pró-Israel e anti-Palestina. Com a Operação Tempestade al-Aqsa, do Hamas, as distorções estão voando soltas.



Carlos Latuff

“MEU DEUS, É IGUAL à intervenção militar nas favelas do Rio – mas muito pior.” Isso é o que Cecília Olliveira, do Intercept, dizia repetidas vezes, horrorizada, enquanto caminhávamos pelos postos de controle militar israelenses e nas ruas enjauladas de Hebron, a cidade distópica que é a maior da Cisjordânia, na Palestina

Os colonos religiosos israelenses – muitas vezes nascidos fora dali, em países como os Estados Unidos – estão casa a casa, centímetro a centímetro, tentando estrangular e desenraizar a sociedade palestina em Hebron e tomar a cidade santa. É seu “direito divino”, argumentam. O direito internacional e as organizações de direitos humanos como a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e a B’Tselem utilizam um vocabulário diferente: ocupação ilegal, Apartheid e crimes contra a humanidade, entre outros.

A realidade segregada e militarizada da cidade é chocante para qualquer observador externo, mas as condições são muito melhores do que as dos palestinos que vivem em Gaza, que é considerada pelas organizações de direitos humanos a maior e mais superlotada prisão ao ar livre do planeta, com 2 milhões de habitantes.

No sábado, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fez declarações abertamente genocidas: “Vamos transformar Gaza numa ilha deserta. Aos cidadãos de Gaza, eu digo: vocês devem partir agora. Iremos atacar todos e cada um dos cantos da faixa.” Evacuar ou ser bombardeada — só que os cidadãos de Gaza não tem para onde correr. 

O ministro da segurança nacional que ajudará Netanyahu a cumprir essa promessa é Itamar Ben-Gvir, um colono extremista que foi condenado em um tribunal israelense por apoiar uma organização terrorista e incitar o racismo contra os palestinos em 2007.

Numa sucessão de ataques militares a zonas civis densamente povoadas nos últimos anos, Israel bombardeou instalações de tratamento de água, centrais elétricas, hospitais e escolas de Gaza, fechou as suas fronteiras e portos, proibiu a operação de um aeroporto e destruiu pelo menos um terço das terras agrícolas de Gaza desde 2000, quando evacuou assentamentos israelenses ilegais na área. No sábado, Israel lançou outro bombardeio a Gaza, o oitavo grande ataque desde 2005.



A causa imediata foi uma operação violenta sem precedentes perpetrada pela ala militante do Hamas, o partido político que governa Gaza desde a última eleição em 2006 e que tem apoio da população palestina. Esse ataque, chamado de “Operação Tempestade al-Aqsa”, surge no contexto de uma série de ações agressivamente provocativas por parte do governo israelense nos últimos meses — geralmente omitidas de cobertura jornalística — além de 75 anos de ocupação, e 16 anos de embargo apertado da Gaza. 

Observadores internacionais, lideranças palestinas e pesquisas de opinião pública palestinas têm sinalizado há tempos que uma resposta violenta às agressões israelenses estava se desenhando, mas a liderança israelense de extrema-direita nunca imaginou que um golpe dessa magnitude fosse possível.

Até o momento, mais de 413 palestinos e 700 israelenses foram mortos. Há ainda mais de 2.300 feridos de cada lado.

Os olhos do mundo, depois de ignorar os ataques diários contra os palestinos, estão agora voltados para a tragédia em curso na Palestina e Israel. E, como é de se esperar, muitas das mesmas distorções, mentiras e meias-verdades de sempre estão sendo repetidas nos meios de comunicação corporativos e nas redes sociais para legitimar a violência israelense e atacar a resistência palestina à colonização. 

Listo abaixo uma seleção de algumas das narrativas mais difundidas e perniciosas da mídia, tanto nos Estados Unidos e Reino Unido quanto no Brasil, onde a imprensa empresarial reflete em grande parte os pontos de vista estadunidenses sobre assuntos internacionais.


1. O “conflito Israel-Palestina” é uma “guerra”


Referir-se à ocupação israelense da Palestina como um “conflito” ou aos ataques israelenses como parte de uma “guerra” serve incorretamente para criar uma falsa equivalência entre as duas partes, como se fossem iguais e equilibradas.

Israel é uma nação independente que investe R$ 120 bilhões por ano nas forças militares e de inteligência, que estão entre as mais sofisticadas do mundo. Controla as fronteiras, os céus, as costas marítimas, as telecomunicações e a economia da Palestina, cujo governo tem uma autonomia extremamente limitada. A resistência armada palestina durante anos incluiu facas, fogos de artifício, explosivos caseiros e parapentes como parte essencial do seu arsenal. Os palestinos não têm tanques, aviões, navios de guerra, submarinos ou artilharia pesada. Nos últimos anos, receberam mais ajuda militar estrangeira — ainda irrisória em comparação ao poderio dos militares israelenses.

Israel não está em “guerra” ou em “conflito” com o Hamas ou com a nação da Palestina — é uma força de ocupação colonial ilegal que usa seu exército poderoso para, diariamente, cometer crimes contra a humanidade para reprimir os palestinos, um povo que está resistindo sua colonização racista.


Assine agora o abaixo-assinado para que a Globo e o resto da grande mídia parem de desumanizar civis palestinos


2. Israel é uma “democracia ocidental”


Deixando de lado uma série de decisões políticas e jurídicas autoritárias dos últimos anos, Israel realiza eleições regulares, tem um parlamento, um Supremo Tribunal, uma imprensa em alguma medida livre e todas as instituições de uma democracia. Mas falta uma coisa importante: os 5 milhões de palestinos que estão sob ocupação israelense não têm direito a voto. Se todos que estivessem sujeitos à autoridade israelense tivessem o direito de votar, a maioria seria palestina e a política israelense seria totalmente diferente. Se incluirmos os milhões de refugiados palestinos fora do país que gostariam de regressar à sua terra natal, o quadro se torna ainda mais claro.

Além disso, a maioria eleitoral sionista tem passado uma série de leis discriminatórias que visam limitar os direitos de cidadãos não-judeus de Israel. Essas são as principais razões pelas quais muitos observadores internacionais não consideram Israel uma verdadeira democracia.

E embora saibamos que isso não acontece na prática, em princípio, esperamos que as democracias ocidentais pelo menos finjam que respeitam os direitos humanos. Israel não tem esta pretensão há anos.



3. A ausência da palavra “Apartheid”


As Nações Unidas, a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e muitas outras organizações e acadêmicos proeminentes rotularam Israel como um estado colonial de Apartheid. Isto significa que o Estado pratica discriminação e segregação sistêmica racial de forma desumana para oprimir determinadas populações. As provas são esmagadoras e esta é a realidade dos cidadãos palestinos de Israel e ainda mais dos súditos coloniais palestinos nos territórios ocupados.

Este fato, contestado pelas autoridades israelenses e muitas vezes ignorado ou qualificado pela imprensa, é um elemento importante do apelo palestino à justiça e à autodeterminação e é crucial para demonstrar por que a resistência palestina é uma luta de libertação legítima e não apenas terrorismo irracional e antissemitismo, como querem fazer crer.


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4. “Israel respondeu à agressão palestina” (A Palestina é sempre o agressor)


Os ataques israelenses a civis palestinos — que são crimes de guerra — são quase sempre enquadrados como respostas às provocações palestinas, colocando assim o ônus sobre os palestinos colonizados. Este enquadramento por grande parte da imprensa ajuda a atenuar a culpabilidade israelense, e é geralmente uma delimitação arbitrária que ignora as provocações criminosas dos israelenses contra os palestinos – muitas vezes feitas com pleno conhecimento de que estes atos levarão a uma resposta bélica.

Nada une melhor as sociedades do que uma ameaça comum e, em diversas ocasiões no passado, os líderes israelenses foram acusados de provocar respostas violentas intencionalmente, a fim de aumentar a coesão política e obter apoio público.

O Hamas é explícito ao afirmar que as suas ações hoje são uma tentativa de atrair a atenção da comunidade internacional para a situação do povo palestino. “Queremos que a comunidade internacional pare com as atrocidades em Gaza, contra o povo palestino e aos nossos locais sagrados como al-Aqsa. Todas essas coisas são a razão por trás do início desta batalha”, disse o porta-voz do Hamas, Khaled Qadomi, à Al Jazeera. 

Israel é liderado atualmente pelo governo mais da extrema-direita da sua história e está passando por graves turbulências políticas, incluindo manifestações históricas que atraíram milhões de cidadãos nas ruas, protestando contra novas reformas autoritárias que diminuem o poder do judiciário. Este governo extremista tem provocado agressivamente tensões com os palestinos há meses e os líderes palestinos têm alertado a comunidade internacional de que estas provocações eram uma escalada que levaria a uma nova escalada. 

Em julho passado Israel invadiu Jenin, um dos maiores campos de refugiados da Cisjordânia, matando 12 pessoas e atingindo 80% das casas depois de “terraplanar” as ruas com escavadeiras. Um ministro do governo declarou publicamente que “não existe” povo palestino e, após uma chacina perpetrada por colonos israelenses no povoado palestino de Huwara, disse que o local deveria ser “apagado” pelo Estado.

As provocações israelenses são demasiado numerosas para serem enumeradas, mas muitas se centraram em torno da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado do Islã. A mesquita e seus arredores têm sido palco de repetidas e incessantes atos de violência por parte das forças de segurança israelenses e de colonos judeus ultraortodoxos, muitas vezes gritando“morte aos árabes”.

“Os ataques diários contra locais sagrados e fiéis durante o mês sagrado do Ramadã são ações condenáveis e inaceitáveis que irão inflamar a região e arrastá-la para o abismo”, disse um porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina, que representa o povo palestino internacionalmente, em abril deste ano. As provocações continuaram e há três dias, judeus ultraortodoxos invadiram os arredores da mesquita – uma ofensa grave e intencional – com a ajuda das forças de segurança israelenses. 

Israel também reduziu recentemente os direitos dos prisioneiros palestinos, o que levou a uma greve de fome de centenas de prisioneiros e a um protesto em Gaza, onde soldados israelenses mataram um manifestante e feriram outros nove. Mais de 5.000 palestinos são presos pelo Israel, inclusive muitos líderes políticos eleitos, como o popular herói da resistência palestina Marwan Barghouti.

Tudo isto somado a 75 anos de ocupação, a 16 anos de embargo a Gaza e racionamento de bens básicos — que vão de água e comida a insumos médicos — que está propositalmente estrangulando a economia local.


5. Israel tem o direito de se defender (a Palestina não)


Israel, seus aliados como os governos dos Estados Unidos e da Alemanha, e os principais meios de comunicação corporativos, tendem a repetir a mesma frase pouco antes de Israel bombardear áreas civis: “Israel tem o direito absoluto de se defender”. Foi o que disse o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak no sábado.

Que as nações podem e devem defender a sua soberania é universalmente aceito, mas esse conceito não se aplica a ações ofensivas, nem a ataques contra civis. A imprensa segue enquadrando os ataques israelenses aos palestinos como legítimos atos de guerra “retaliatórios” e “defensivos”, como se todos os ataques que lançam fossem “absolutamente” justificados, mesmo alvejando civis.

Se a violência fosse vista em seu contexto completo, seria mais provável que fosse vista como atos agressivos de violência para desmoralizar e rachar um povo colonizado, até mesmo usando castigos coletivos, o que segundo as leis internacionais, é crime de guerra.

Ao passo que Israel é sempre enquadrado (incorretamente) como defensivo, o Hamas é apresentado como beligerante e, portanto, seu “direito absoluto de se defender” não é sequer discutido. Nas ocasiões em que a dinâmica é levantada, a resposta comum é rotular o Hamas como uma força terrorista e citar como as suas operações afetam os civis israelenses — argumentos que seriam enfraquecidos se não fossem aplicados unilateralmente.

Em teoria, como Israel é responsável pelo ato inicial de agressão – a ocupação – e é a força de ocupação com esmagadora superioridade bélica, deveria ser considerado como o provocador e também sujeito a mais cobranças do que um movimento guerrilheiro de resistência anticolonial. Na realidade, ocorre exatamente o oposto na grande imprensa.


Estragos causado por ofensiva israelense na cidade de Gaza, na Palestina, neste sábado (7). Foto: Mohammed Abu Oun/Thenews2/Folhapress

6. O Hamas é uma organização terrorista (mas Israel não)


O governo dos Estados Unidos rotulou o Hamas como uma organização terrorista em 1997 e fornece a Israel bilhões de dólares em ajuda todos os anos.

Segundo a ONU, antes da Operação Tempestade al-Aqsa, as forças israelenses mataram mais de 6.300 palestinos desde 2008, mais da metade deles civis, e feriram outros 150.000. Os palestinos mataram 308 israelenses – 131 dos quais eram civis – e feriram mais 6.307.

Foi repetidamente demonstrado que Israel alveja civis intencionalmente, detém crianças em confinamento solitário durante longos períodos, tortura prisioneiros detidos sem acusações, fornece proteção a colonos enquanto eles saqueiam povoados palestinos, demolem casas, racionam água abaixo das necessidades diárias mínimas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde — e muito mais. A Human Rights Watch chegou ao ponto de rotular as ações de Israel como “crimes contra a humanidade”.

Esta é uma lista muito incompleta do terrorismo diário do Estado israelense.

Claramente, há um duplo padrão em jogo e este rótulo de “terrorista” é importante retoricamente para cobrir corretamente as atrocidades cometidas por Israel.

Todos nós deveríamos ficar horrorizados com o terrorismo. E por isso, condenar os atos do lado mais fraco e, ao mesmo tempo, dar passe livre aos colonizadores, minimizar seus crimes ou, pior, fornecer apoio financeiro, político e retórico a eles, só serve para perpetuar a situação e incentivar mais atos de terror. 

Assista ao documentário que Israel não quer que você veja



7. Todos os ataques palestinos a Israel são terrorismo


As convenções internacionais de direitos humanos têm afirmado repetidamente o direito dos povos colonizados e ocupados de resistir à sua colonização.

Múltiplas resoluções da Assembleia Geral da ONU “reafirmam a legitimidade da luta dos povos pela independência, integridade territorial, unidade nacional e libertação da dominação colonial, do apartheid e da ocupação estrangeira por todos os meios disponíveis, incluindo a luta armada.”

Resoluções da ONU também afirmam explicitamente que “a negação dos direitos inalienáveis do povo palestino à autodeterminação, à soberania, à independência e ao regresso à Palestina […], bem como [reconhecem que] a repetida agressão israelense contra a população da região, constituem uma séria ameaça à paz e à segurança internacionais.”

As Convenções de Genebra protegem os indivíduos que “lutam contra a dominação colonial e a ocupação estrangeira e contra os regimes racistas no exercício do seu direito à autodeterminação” — um reconhecimento da legitimidade de tais lutas armadas.

As mesmas convenções não permitem ataques a civis, o que inclui colonos ilegais fortemente armados ou reservistas militares — a maioria da população israelense adulta — que não estejam ativamente envolvidos em combate.


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8. “É uma questão muito complexa”


Esta é a tática retórica favorita dos sionistas liberais que não querem defender abertamente os crimes de guerra e das pessoas que têm medo de assumir uma posição moral impopular. Existem muitos detalhes, fatos e nuances, é claro. 

Mas o quadro geral é ainda mais claro: Israel é uma nação colonial que roubou terras palestinas com armas em punho, perpetrando uma limpeza étnica que dura até hoje. É, portanto, um governo imoral, genocida, terrorista e ilegítimo e a resistência palestina é justificada sob a lei internacional e convenções morais. 

Os refugiados palestinos mundo afora têm o direito de voltar para casa. A comunidade internacional deve tomar medidas para forçar Israel a aceitar uma solução justa e evitar o derramamento de sangue inocente e a limpeza étnica. A existência de um estado etno-religioso é antagônico a todos os valores liberais e democráticos modernos.


9. “A solução de dois Estados”


Durante anos, a solução política preferida para a ocupação israelense da Palestina foi a chamada “solução de dois Estados”, na qual a Palestina histórica seria dividida em dois Estados que viveriam lado a lado, um predominantemente judeu e o outro predominantemente não-judeu. Isto significaria o fim da ocupação e uma oportunidade para uma paz duradoura.

Os detalhes de tal resolução foram longamente negociados e os dois lados chegaram muito perto de um acordo na década 90, mas essa oportunidade acabou quando um terrorista israelense de extrema-direita assassinou o primeiro-ministro israelense Yitzkah Rabin em 1995. Desde então, o establishment político israelense deslocou-se ainda mais para a direita e Israel passou a ocupar ilegalmente grandes áreas da Cisjordânia, tornando efetivamente impossível qualquer acordo. Hoje, três quartos dos palestinos acreditam que uma solução de dois Estados não é mais possível. 

A única opção possível neste momento é uma solução de um Estado único. E se isso ocorresse hoje, os judeus estariam em minoria, portanto os sionistas hoje preferem manter o status quo de um Estado único com territórios ocupados e apartheid e não considerariam uma solução democrática de um Estado único com os palestinos da Cisjordânia e de Gaza tendo plenos direitos políticos.

Aqueles que ainda estejam discutindo a possibilidade de uma solução de dois Estados está essencialmente ganhando tempo para o status quo, à medida que Israel aumenta a sua ocupação territorial ilegal e tenta ultrapassar os palestinos em termos de população através da política do retorno, inflando a imigração, e das elevadas taxas de natalidade fomentada entre as comunidades religiosas fundamentalistas.


10. As críticas a Israel são “antissemitas”


Durante muitos anos, qualquer crítica a Israel foi rotulada de antissemitismo. Isto tem sido especialmente verdade nos Estados Unidos, onde muitos jornalistas foram demitidos por fazerem comentários fatuais que não eram suficientemente pró-Israel. A autocensura extrema sobre o assunto nas redações estadunidenses tornou-se a norma — uma realidade que vivenciei pessoalmente.

Embora, é claro, os antissemitas pudessem criticar Israel e as críticas a Israel pudessem ser feitas de uma forma antissemita, essa correlação muitas vezes não está presente.

Ironicamente, a acusação de que a oposição a Israel é inerentemente antissemita é, em si, um conceito antissemita, pois junta uma identidade etno-religiosa diversificada em uma posição política única. É tão errado e ofensivo como dizer que todos os muçulmanos são terroristas porque o ISIS é “islâmico”, o que é um sentimento islamofóbico cultivado nesta sociedade educada por algumas das mesmas pessoas que argumentam que qualquer crítica a Israel é antissemita. 

A utilização deste argumento cínico pelos defensores de um estado racista de apartheid tem, na verdade, o efeito de aumentar o antissemitismo no mundo ao dizer aos não-judeus que todos os judeus são iguais e apoiam as políticas terroristas do governo sionista israelense. Entre os judeus não-israelenses, especialmente os mais jovens, o apoio ao sionismo e a Israel está caindo vertiginosamente ano após ano – e isso preocupa o governo.

A crítica a Israel não é antissemita.


11. Israel é um farol de valores progressistas num mar de inimigos islâmicos regressivos


Israel é uma nação de colonos na qual um movimento ideológico de judeus sionistas, predominantemente vindos da Europa e da América do Norte, se propôs a estabelecer um “pátria” para o povo judeu – a sua Sião. O Estado foi fundado depois dos horrores do Holocausto, mas o movimento dos colonos o antecede em meio século. 

Para criar este estado, os judeus sionistas se deslocaram de outros países e assassinaram sistematicamente os palestinos que ali viveram muito antes da palavra “sionismo” ter sido pronunciada. Também criaram leis com dezenas de tipos de discriminação legal contra os palestinos, num esforço forçar a saída do território e ter menos filhos para que os judeus sionistas pudessem se tornar majoritários na população. 

Os palestinos vivem sob um regime de apartheid etnorreligioso desde que as milícias terroristas paramilitares judaicas varreram a histórica Palestina em 15 de maio de 1948. O que os israelenses consideram sua declaração de independência, palestinos chamam de Nakba – “a Catástrofe”. Pelo menos 750 mil palestinos, entre muçulmanos e cristãos, foram forçados a fugir de suas casas enquanto forças determinadas a estabelecer um “Estado Judeu” ocupavam 78 por cento da região ondemuitos grupos étnicos, de várias religiões, coabitaram durante milhares de anos. 

Cerca de 530 cidades e aldeias palestinas foram atacadas e pelo menos 15 mil palestinos foram mortos na Nakba. Nas ações militares e paramilitares subsequentes, Israel ocupou cada vez mais terras, construindo colônias militarizadas populadas com fanáticos religiosos nascidos em várias partes do mundo e que não têm intenção de desistir de um centímetro dessas terras, pois vêem a sua ocupação da terra como uma profecia bíblica.

E, de fato, será difícil remover esses fanáticos religiosos, pois o governo israelense, cada vez mais controlador e extremista, tem um estoque de armas nucleares e apoio contínuo do governo dos Estados Unidos.

Por: Andrew Fishman - 8 de out de 2023

Fonte: Intercept Brasil


Click Verdade - Jornal Missão


Um enorme escândalo em que a mídia americana mentiu

A CNN esqueceu que seu âncora estava transmitindo ao vivo e pediu ao repórter e ao cinegrafista por telefone que fingissem que estavam sob a ameaça de mísseis do Hamas. Ele também pediu ao cinegrafista que focalizasse a imagem perto deles para que pudessem aparecer sinais de medo. Ele também lhes pediu que olhassem ao redor como se estivessem aterrorizados pelo medo. Foguetes do Hamas!

#CNN esqueceu que estava no ar e o diretor de notícias instruiu o repórter e o cinegrafista ao telefone a fingir que foram atingidos por foguetes do Hamas quando ele disse a ela para olhar em volta de uma forma que "você está em pânico"


sábado, 24 de fevereiro de 2024

Lula expôs como a mídia corporativa não é nossa aliada


A Globo não consegue ser objetiva sobre Lula ou Gaza. Juntos, é ainda pior


Click Verdade - Jornal Missão

A situação em Gaza está chegando a um ponto de inflexão crítico e a mídia corporativa brasileira está tentando pressionar o governo - e todo o país - a não criticar o massacre em massa de civis palestinos por Israel. Precisamos reagir em nome da verdade e da humanidade.

Israel encurralou a maioria dos mais de 2 milhões de civis de Gaza na pequena área de Rafah e agora está ameaçando invadi-la. Atacar a cidadezinha que se transformou em um campo de refugiados lotado seria um desastre humanitário criminoso ainda maior e sem precedentes.

Quase toda a Faixa de Gaza está em escombros. Os palestinos mal têm o que comer e beber. A fome está piorando. A renomada Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, estima que o número de mortos em Gaza poderá chegar a 259 mil nos próximos seis meses se essa escalada continuar - 1 em cada 9 palestinos em Gaza. Estamos em um ponto de inflexão importante e essa pressão pode ajudar a pôr fim à operação genocida.

Mas a grande mídia, que durante meses justificou e defendeu essa barbárie por meio de comentaristas, entrevistas e artigos mentirosos, está mais preocupada com a comparação que Lula fez da situação enfrentada pelos palestinos com a vivida por judeus no Holocausto, condenando-a como "antissemita" e uma "gafe" que prejudicará o Brasil geopoliticamente.

Se você tem lido o Intercept — um dos pouquíssimos veículos mostrando a verdade — sabe que a grande mídia está errada. Estão apenas expondo seu viés extremamente pró-EUA e pró-corporativo, que está completamente fora de sintonia com a opinião popular global e despreocupado com os interesses reais da maioria dos brasileiros. Se a grande mídia está disposta a apoiar esse tipo de massacre no exterior, pode apostar que encontrará um motivo para fazer o mesmo em casa. Aliás, já faz.

Precisamos do seu apoio para podermos continuar a ser uma voz de humanidade e ter a independência para sermos corajosos diante do grupo da velha mídia. Hoje, recebi até uma ameaça de morte pelo apoio do Intercept aos direitos do povo palestino, mas não vamos nos assustar. Podemos contar com você para se tornar um doador mensal e nos ajudar a enfrentar os extremistas disfarçados de moderados na mídia corporativa?

A situação em Gaza está chegando a um ponto de inflexão crítico e a mídia corporativa brasileira está tentando pressionar o governo - e todo o país - a não criticar o massacre em massa de civis palestinos por Israel. Precisamos reagir em nome da verdade e da humanidade.

Israel encurralou a maioria dos mais de 2 milhões de civis de Gaza na pequena área de Rafah e agora está ameaçando invadi-la. Atacar a cidadezinha que se transformou em um campo de refugiados lotado seria um desastre humanitário criminoso ainda maior e sem precedentes.

Quase toda a Faixa de Gaza está em escombros. Os palestinos mal têm o que comer e beber. A fome está piorando. A renomada Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, estima que o número de mortos em Gaza poderá chegar a 259 mil nos próximos seis meses se essa escalada continuar - 1 em cada 9 palestinos em Gaza. Estamos em um ponto de inflexão importante e essa pressão pode ajudar a pôr fim à operação genocida.

Mas a grande mídia, que durante meses justificou e defendeu essa barbárie por meio de comentaristas, entrevistas e artigos mentirosos, está mais preocupada com a comparação que Lula fez da situação enfrentada pelos palestinos com a vivida por judeus no Holocausto, condenando-a como "antissemita" e uma "gafe" que prejudicará o Brasil geopoliticamente.

Se você tem lido o Intercept — um dos pouquíssimos veículos mostrando a verdade — sabe que a grande mídia está errada. Estão apenas expondo seu viés extremamente pró-EUA e pró-corporativo, que está completamente fora de sintonia com a opinião popular global e despreocupado com os interesses reais da maioria dos brasileiros. Se a grande mídia está disposta a apoiar esse tipo de massacre no exterior, pode apostar que encontrará um motivo para fazer o mesmo em casa. Aliás, já faz.

Precisamos do seu apoio para podermos continuar a ser uma voz de humanidade e ter a independência para sermos corajosos diante do grupo da velha mídia. Hoje, recebi até uma ameaça de morte pelo apoio do Intercept aos direitos do povo palestino, mas não vamos nos assustar. Podemos contar com você para se tornar um doador mensal e nos ajudar a enfrentar os extremistas disfarçados de moderados na mídia corporativa?


Via: Andrew Fishman : Intercept Brasil

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Intercept Brasil


ISRAEL-PALESTINA: 5 DISTORÇÕES SOBRE GAZA E HAMAS QUE A MÍDIA VAI TE CONTAR HOJE

O jornalismo corporativo tem um viés pró-Israel importado dos EUA. Fique de olho nestas distorções enquanto Israel embarca em uma campanha terrorista que promete “transformar Gaza numa ilha deserta”. - 11 de out. de 2023


 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Globo usa supostas declarações em off de diplomatas para atacar Lula e defender as posições de Israel em Gaza


Segundo o jornal, Lula teria criado "mal-estar no Itamaraty"


(Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Jonathan Ernst | Reprodução | REUTERS/Mohammed Salem)

O jornal O Globo publicou extensa reportagem nesta segunda-feira para atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defender o governo de Israel, que vem perpetrando um genocídio contra o povo palestino em Gaza. A reportagem do Globo foi elaborada a partir de supostas declarações "em off", no anonimato, de diplomatas.

"Em conversas informais, trocas de mensagens e-mails, diplomatas brasileiros disseram ter compartilhado com colegas uma opinião profundamente negativa sobre as declarações de Lula na Etiópia, no fim de semana passado. Para um país como o Brasil, que busca ser mediador de conflitos, ter tomado partido da maneira como o presidente fez foi, segundo os diplomatas ouvidos, 'um tiro no pé difícil de ser contornado'", diz o texto do Globo, que não aponta uma única fonte na reportagem.

Fonte: Brasil 247

 

 

 

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Globo viveu fim de semana de horror com pior audiência em 2023


O sábado (2/12) e o domingo (3/12) registraram o pior desempenho na média da audiência em 2023



 O último sábado, quando a emissora fez média de apenas 9,6 pontos, foi o pior de 2023. No domingo, o recorde negativo se repetiu, com 10,4 pontos de média no Ibope – a mais baixa marca para este dia da semana no ano.

Em comparação com o primeiro sábado do ano (7/1), houve uma queda de 33,3%. Na comparação do atual domingo com o “inaugural de 2023”, em 1º de janeiro, o índice caiu 22,1%

Queda na audiência

Durante evento para o mercado publicitário, realizado em outubro, a Globo admitiu que perdeu 24% da audiência. O dado foi revelado por Manzar Feres, diretora de Negócios Integrados em Publicidade.

Esse dado se refere à soma da audiência de todos os braços do Grupo Globo, com o serviço de streaming Globoplay, os canais pagos e os sites da emissora. Se mensurado apenas a grade da TV aberta, o número cai, ainda mais, para 70 milhões. O alcance é a soma do número de pessoas que sintonizam a programação durante pelo menos um minuto durante o período analisado.

A queda de 24 milhões de telespectadores/usuários, segundo a Globo, é consequência da concorrência com o streaming, os novos canais, as redes sociais e os sites. Esse embate é impulsionado pelo aumento das TVs conectadas à web, hoje presentes em pelo menos 60% dos lares brasileiros.

*Colaborou Letícia Perdigão


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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

OAB pede a Lewandowski acesso a mensagens da Lava Jato


A entidade dos advogados quer analisar as mensagens apreendidas na operação Spoofing para decidir quais medidas judiciais são cabíveis


Felipe Santa Cruz, Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: OAB | ABr)


247A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedirá ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski acesso às mensagens apreendidas na operação Spoofing. A informação é da jornalista Bela Megale, de O Globo.

A decisão de pedir acesso ao material foi aprovada na reunião de conselheiros da OAB por unanimidade nesta segunda-feira (8). O objetivo da Ordem é analisar o material para avaliar quais medidas judiciais são cabíveis.

Em janeiro, Lewandowski concedeu à defesa do ex-presidente Lula acesso à íntegra das mensagens apreendidas na operação Spoofing. Com base no material, os advogados do petista vêm apresentando uma série de petições ao STF. 

Na petição apresentada nesta segunda-feira, a defesa do ex-presidente Lula apresentou novos elementos que comprovam que o ex-juiz Sergio Moro era o verdadeiro chefe da força-tarefa da Lava Jato. Na petição mais recente, há novas provas de que Moro mandava na Lava Jato e ordenava reuniões com FBI, MP suíço e Embaixada dos EUA.


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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

MP anuncia fim da Lava Jato; conversas vazadas revelam preconceito de procuradores


Mensagens vazadas mostram que procurador Januário Paludo foi ao sítio de Atibia e enviou textos jocosos sobre o local



Deltan Dallagnol e Januário Paludo; procuradores do Ministério Público mantinham diálogo ilegal com ex-juiz Sérgio Moro sobre julgamento de processos da Lava Jato - Reprodução/MPF

 
A força-tarefa da Lava Jato no Paraná anunciou, nesta quarta-feira (3), que oficialmente deixou de existir. Os procuradores e integrantes da operação passarão a atuar no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF).

A mudança ocorreu após uma portaria de 7 de dezembro da Procuradoria-Geral da República (PGR), que determinou a integração de quatro integrantes da Lava-Jato ao Gaeco, que já contava com cinco membros. Entre os procuradores estão Laura Tessler e Roberson Henrique Pozzobon.

Outros dez membros da Lava Jato permanecem designados para atuação em casos específicos ou de forma eventual até 1º de outubro de 2021, sem integrar o Gaeco e sem dedicação exclusiva ao caso, trabalhando a partir das lotações de origem.

:: "Maior escândalo da história do Judiciário", diz criminalista sobre Moro e Dallagnol ::


Mensagens preconceituosas

As últimas conversas reveladas, no último dia 1º, entre os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz federal Sergio Moro, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de levantar o sigilo dos diálogos, revelam preconceitos de classe dos integrantes da força-tarefa e ataques depreciativos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 4 de março de 2016, quando Sergio Moro ordenou condução coercitiva para o depoimento de Lula à Polícia Federal, o apartamento do petista, em São Bernardo do Campo, e um sítio em Atibaia foram alvos de mandados de busca e apreensão. Durante a operação, os procuradores da Lava Jato comentaram no grupo de Telegram os itens encontrados no sítio.

O procurador Januário Paludo relatou suas impressões sobre o local. Com piadas, os colegas, incluindo Deltan Dallagnol, pediram mais detalhes. Jerusa Viecili, também procuradora, reagiu a Paludo também imprimindo tom jocoso: “Kkkkkk Januario! Quero saber da adega!”.

Então, Paludo ridicularizou o ex-presidente e sua esposa, Marisa Letícia. “Sem dúvida, o sítio é do Lula, porque a roupa de mulher era muito brega. Decoração horrorosa. Muitos tipos de aguardente. Vinhos de boa qualidade, mas mal conservados. Achei o sítio deprimente. Local para pouso de helicóptero confirmado à esquerda da entrada em campo de futebol, para helicóptero pequeno”, escreveu.

:: Lewandowski levanta sigilo de conversas de Moro com procuradores da Lava Jato ::

No caso do sítio de Atibaia, Lula foi condenado a 17 anos de prisão, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro relacionada a reformas no local. O ex-presidente nega que o local seja seu. Mensagens mostram que a Lava Jato escolheu momento para fazer acusação no caso do sítio em Atibaia para tirar foco de escândalo Temer-Joesley e acobertar ações de colegas procuradores.

As mensagens preconceituosas dos procuradores seguiram no dia seguinte à operação. Januario Paludo escreveu: “Não me deixaram ficar na adega com medo que eu pegasse um Brunello, botasse um chapéu do MST no patinho e saísse pedalando!!!”, escreveu. Os colegas riram, e a procuradora Laura Tessler ainda acrescentou: “O sítio é mesmo do Lula: a 1ª foto mostra uma 51 [referindo-se a uma marca de cachaça]!!! Essas fotos da adega deveriam ser divulgadas”.

As conversas foram obtidas pelos advogados de Lula, e o material foi apreendido na Operação Spoofing, que teve como alvo o caso de rastreamento dos celulares de diversas autoridades, entre elas Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

Fonte: Brasil de Fato


TV 247

Boa Noite 247 - Fim da Lava Jato faz aumentar a pressão pelo volta Lula

A Lava Jato deixou de existir no Paraná e passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por decisão do Ministério Público Federal. A medida acontece dias depois da revelação dos novos diálogos de Sérgio Moro com procuradores evidenciando o conluio contra Lula.

O programa desta quarta (3) vai contar com a participação da subprocuradora da República Deborah Duprat, ex-Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão; do jornalista Marcelo Auler; e do cartunista Renato Aroeira.

Assista ao VÍDEO



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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Kennedy: Dilma está certa e Miriam Leitão não conseguirá reescrever a história


"Relacionar o impeachment dela ao de Bolsonaro é falsa equivalência", aponta o colunista


Kennedy Alencar (Foto: Editora 247)

247 – "Dilma tá certa. Relacionar o impeachment dela ao de Bolsonaro é falsa equivalência. Houve golpe parlamentar em 2016. Foi um impeachment sem crime de responsabilidade. No caso do genocida, sobram crimes de responsabilidade. Não dá para reescrever a História. Falta de aviso não foi", escreveu o jornalista Kennedy Alencar, em suas redes sociais. Leia abaixo a nota da ex-presidente Dilma Rousseff, em que ela rebate pontos escritos por Miriam Leitão:

Nota da ex-presidente Dilma Rousseff sobre o artigo de Miriam Leitão deste domingo - Miriam Leitão comete sincericidio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro), ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado. 

Agora, Miriam Leitão, aplicando uma lógica absurda, pois baseada em analogia sem fundamento legal e factual, diz que se Bolsonaro "permanecer intocado e com seu mandato até o fim, a história será reescrita naturalmente. O impeachment da presidente Dilma parecerá injusto e terá sido." O impeachment de Bolsonaro deveria ser, entre outros crimes, por genocídio, devido ao negacionismo diante da Covid-19, que levou brasileiros à morte até por falta de oxigênio hospitalar, e por descaso em providenciar vacinas. 

O golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo Judiciário. Um golpe que usou como pretexto medidas fiscais rotineiras de governo idênticas às que meus antecessores haviam adotado e meus sucessores continuaram adotando. Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão, escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar. Tarde demais: a história de 2016 já está escrita. A relação entre os dois processos não é análoga, mas de causa e efeito. Com o golpe de 2016, nasceu o ovo da serpente que resultou em Bolsonaro e na tragédia que o Brasil vive hoje, da qual foram cúmplices Miriam Leitão e seus patrões da Globo.



Revista Fórum


Ex-presidenta acusa jornalista de ser cúmplice da tragédia que levou a Bolsonaro

No #ElesNão do Jornal da Fórum, Cynara Menezes, Ivana Bentes e Laura Capriglione falam do passa-fora dado pela ex-presidenta Dilma Rousseff em Miriam Leitão, do jornal O Globo, após artigo em que a jornalista defende que, se Bolsonaro não sofrer impeachment, o dela foi "injusto". E mais: o evento de João Doria com Temer, FHC e Sarney; e orçamento para meio ambiente de Bolsonaro é o menor do século

Assista ao VÍDEO




Brasil de Fato


Reportagem da Al Jazeera desmascara participação da Globo no golpe - 31 de ago. de 2016

Reportagem da Al Jazeera English resolveu ir a fundo para desvendar a participação da Rede Globo no processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A matéria destaca que o grupo configura o maior conglomerado midiático da América Latina e pertence à família Marinho, considerada a mais rica do Brasil.






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