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quinta-feira, 11 de março de 2021

Dallagnol afirma em áudio que juíza sentenciaria Lula; ouça


No dia 6 de fevereiro de 2019, Hardt condenou Lula, na ação sobre o sítio em Atibaia, a 12 anos e 11 meses de prisão



 

CNN Brasil

Dallagnol afirma em áudio que juíza sentenciaria Lula; ouça | VISÃO CNN

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A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta quinta-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um áudio em que o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em CuritibaDeltan Dallagnol, afirma ter conversado com a juíza Gabriela Hardt, substituta do então juiz Sérgio Moro, sobre o caso do petista. Segundo o procurador, a juíza afirmou que iria sentenciar Lula.

"Falei com a Gabriela [Hardt]. A Gabriela é ... perguntei dos casos, né? Perguntei primeiro do caso do sítio, se ela ia sentenciar...", diz Dallagnol em um dos áudios.


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No dia 6 de fevereiro de 2019, Hardt condenou Lula, na ação sobre o sítio em Atibaia, a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A conversa foi extraída de mensagens trocadas entre membros do Ministério Público Federal e obtidas por meio de um ataque hacker, alvo da operação Spoofing, da Polícia Federal.

O grupo de procuradores da República que integraram a força-tarefa da Lava Jato alegou que é legítimo despachar com juízes e que eles demonstraram zelo ao se preocupar com os julgamentos casos do Instituto Lula e do sítio de Atibaia. Também afirmam que “não reconhecem o material criminosamente obtido por hackers que tem sido editado, descontextualizado e deturpado para fazer falsas acusações”. A juíza Gabriela Hardt afirmou que nunca recebeu "lista de prioridades" do MPF e que não vê nada de “anormal” no que foi dito por ela. Confira ao final da reportagem as íntegras das notas divulgadas pelo grupo de procuradores e pela juíza.




No início de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o compartilhamento de mensagens da Operação Spoofing com a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As mensagens são citadas por Lula como argumento para que Moro seja declarado suspeito para julgá-lo e, assim, a sua condenação seja anulada.


Entenda o caso

Lula foi sentenciado em primeira instância no caso do sítio de Atibaia pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal em Curitiba, em fevereiro de 2019, cerca de um mês depois do áudio de Dallagnol.

Segundo a sentença, Lula teria recebido cerca de R$ 1 milhão em propinas via reformas do sítio de Atibaia, que está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar.

A Lava Jato apontou que o sítio passou por três reformas: uma supostamente paga pelo pecuarista José Carlos Bumlai, no valor de R$ 150 mil, outra pela Odebrecht, de R$ 700 mil, e uma terceira reforma na cozinha, pela OAS, de R$ 170 mil. Os pagamentos teriam relação com contratos na Petrobras e os caixas de propinas acertados entre as empreiteiras e o PT. O ex-presidente nega a acusação.


Leia a seguir a íntegra da transcrição da fala de Dallagnol:

“Isabel, falei com a Gabriela. A Gabriela é ... perguntei dos casos, né? Perguntei primeiro do caso do sítio, se ela ia sentenciar. 

Aí ela disse: Olha, você está vendo isso aqui na minha frente? Aí tinha uma pilha de papel grande na frente dela. Eu falei: Tô. 

Ela falou: O que você acha que é isso aqui?. Aí eu sei lá, chutei lá qualquer coisa. Aí ela falou: Isso aqui são as alegações finais do Lula. É ... que estão lá com umas 1.600 páginas. 

Aí ela falou: Olha, tô tentando fazer isso aqui, tá todo mundo esperando que eu faça isso, mas tô aqui eu e o Tiago, e fora isso aqui - que é uma sentença – eu tenho mais 500 casos conclusos pra decisão. 

Que horas eu vou fazer isso aqui? Só se eu vier aqui e trabalhar da meia-noite às seis. Tem todas as operações. Tem as prisões que vocês pediram. Tem isso, aquilo. 

Então ela tá assim bem, bem, ela falou de um modo bem cordial, toda querida, com boa vontade, querendo fazer o melhor, mas ela tá bem, assim, bem esticada. Sabe? 

E aí ela disse que vai sentenciar o caso do sítio, mas o outro ela não tem a menor condição de sentenciar. 

E já abriu hoje o edital de remoção, hoje mesmo dia 10, e vai estar encerrado dia 22. 
Então isso aí, certamente vai ficar pro próximo juiz. 

É, se você tiver alguma ideia, alguma proposta pra fazer algo diferente, a gente precisaria ir lá conversar com ela, mas, assim, eu senti as portas bem fechadas pra isso. Parece bem inviável, mas se tiver alguma sugestão diferente vamos pensar juntos sim. Beijo.”


Outro lado


Veja a resposta dos procuradores:

1. É legítimo e legal que membros do Ministério Público despachem com Juízes, como advogados fazem. Juízes têm obrigação de atender as partes e ouvir seus pedidos e argumentos, conforme previsto no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil e decidido pelo CNJ no pedido de providências 1465 e pelo STJ nos RMS 15706/PA, 13262/SC e 1275/RJ.

2. Existiu uma preocupação com a demora do julgamento dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o Instituto Lula, porque há nesse caso pessoas beneficiadas pela prescrição reduzida em razão da idade, como o ex-presidente Lula. A apresentação dessa preocupação à Justiça só demonstra zelo dos procuradores pelo interesse público. Por outro lado, a juíza Gabriela Hardt não sentenciou esse caso envolvendo o Instituto Lula. O caso, aliás, não foi sentenciado até hoje, correndo risco concreto de prescrição. Assim, ainda que o áudio tenha ocorrido da forma como apresentado, o que não se pode assegurar, só demonstra o zelo do Ministério Público e a independência e a imparcialidade da juíza.

3. Em relação ao caso envolvendo o sítio de Atibaia, a juíza Gabriela Hardt foi responsável por audiências de instrução e a lei determinava que ela sentenciasse o caso – de fato, conforme determina o § 2º do art. 399 do Código de Processo Penal, “o juiz que presidiu a instrução deverá proferir sentença”. Como reza a lei, ela proferiu sentença. Assim, ainda que o áudio tenha ocorrido da forma como apresentado, o que não se pode assegurar, só demonstra o zelo pela correção do procedimento.

4. Os procuradores da República que integraram a força-tarefa Lava Jato reafirmam que não reconhecem o material criminosamente obtido por hackers que tem sido editado, descontextualizado e deturpado para fazer falsas acusações sem correspondência na realidade, por pessoas movidas por diferentes interesses que incluem a anulação de investigações e condenações.


Confira a nota divulgada pela juíza Gabriela Hardt:

A juíza nunca recebeu "lista de prioridades" do MPF. Já recebeu e continua recebendo em diversas oportunidades pedidos de partes, alegando urgência na análise de pedidos formulados, tanto da acusação quanto da defesa. Na medida do possível e entendendo pertinente a urgência, tenta atender.

O áudio menciona que a juíza teria dito que estava tentando minutar a sentença de um processo que lhe caberia sentenciar em razão de ter finalizado sua instrução. Ela não vê nada de anormal nisto. Pelo que consta a conversa teria sido no início de janeiro e a sentença foi publicada no mês seguinte, dada sua complexidade.

O áudio cita que a magistrada estava com muito trabalho e com pouca assessoria, o que corresponde à realidade daquele período. Certamente foi uma afirmação que fez a todos os que foram conversar com a juíza na época, solicitando urgência na análise de qualquer caso.

"Fico feliz em ouvir que mesmo durante aquele período extenuante de trabalho o procurador tenha mencionado que fui cordial, que estava com boa vontade e querendo fazer o melhor, pois este sempre foi o meu objetivo como magistrada”.


Confira o posicionamento do TRF-4:

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) não se manifesta a respeito de processos sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), em nome da disciplina judiciária e da independência da magistratura, conforme previsão expressa dos artigos 36, inciso III, e 41 da Lei Complementar nº 35/79 (Lei Orgânica da Magistratura Nacional).

Fonte: CNN Brasil


No Isntagram


 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

"Lava jato" discutiu divisão do dinheiro da Odebrecht com EUA e Suíça


Novas mensagens apreendidas na operação spoofing indicam que procuradores da "lava jato" tinham consciência de que os americanos poderiam quebrar a Odebrecht, mas, mesmo assim, deram continuidade às tratativas com as autoridades dos Estados Unidos para a aplicação de penalidades, fornecendo até mesmo dados informais, a título de "informações de inteligência".


"Lava jato" discutiu percentuais da partilha do dinheiro extraído da Odebrecht


Os diálogos mostram que os membros da autoproclamada força-tarefa não tinham limites em sua missão de transformar o idealismo de um suposto combate à corrupção em dinheiro que seria depois administrado por eles próprios.

Em uma troca de mensagens, em 17 de maio de 2016, o procurador Deltan Dallagnol, então chefe da autointitulada força-tarefa da "lava jato", discutiu com o colega Orlando Martello o envio de informações à Suíça e aos Estados Unidos sobre a Odebrecht. Martello chega a dizer que tem plena consciência de que "os americanos quebram a empresa" e Deltan responde com uma risada. As mensagens constam em petição da defesa do ex-presidente Lula enviada ao Supremo Tribunal Federal.

"O procurador da República Deltan Dallagnol tinha plena ciência de que a atuação de autoridades estadunidenses contra empresas brasileiras — notadamente por meio da aplicação do FCPA (que busca expandir sobremaneira a jurisdição norte-americana) — poderia quebra-las. A despeito disso, cooperou para que tais penalidades fossem aplicadas, inclusive por meio de envio informal de dados", diz o documento.

O FCPA permite que autoridades norte-americanas investiguem e punam fatos ocorridos em outros países. Para especialistas, ela é instrumento de exercício de poder econômico e político dos norte-americanos no mundo — os novos diálogos mostram a concordância dos procuradores com esse tipo de entreguismo.

O novo material também reforça que sempre permearam as conversas com autoridades estrangeiras os percentuais que ficariam à disposição da "lava jato" sobre o valor das penalidades aplicadas no exterior contra empresas brasileiras, como a própria Odebrecht. O acordo de leniência da empreiteira, inclusive, foi amplamente debatido entre os procuradores da "lava jato" e autoridades suíças e norte-americanas.

As mensagens indicam que houve diversas reuniões e trocas de documentos, inclusive por e-mail, entre os membros da força tarefa e autoridades da Suíça e dos Estados Unidos, conforme a petição dos advogados de Lula: "Um ponto sempre relevante é do 'asset sharing', ou seja, o percentual da penalidade que ficaria com cada um dos envolvidos".

Em conversa em 8 de dezembro de 2016, um procurador pede aos demais colegas o e-mail de um membro do MP suíço que estava em uma reunião em Curitiba que discutiu justamente os percentuais de 'asset sharing' que iriam para os EUA e para a Suíça no caso Odebrecht. "Como pode a 'lava jato' ocultar esse material da defesa técnica do reclamante ou dizer a esse Supremo Tribunal Federal que nada disso ocorreu?", questiona a defesa de Lula.

Em um determinado momento, os próprios procuradores tratam a negociação como um "acordo trilateral", envolvendo Brasil, EUA e Suíça. As mensagens mostram "atuação dos procuradores da República da 'lava jato' nessa frente, o que foi indevidamente negado a esse Supremo Tribunal Federal", sustenta a petição.

Todas essas informações foram apresentadas pela defesa do ex-presidente Lula, patrocinada por Cristiano ZaninValeska MartinsMaria de Lourdes Lopes e Eliakin Tatsuo, ao ministro Ricardo Lewandowski, relator de uma reclamação sobre a investigação de hackers que invadiram celulares de autoridades.


Acordo

O acordo de leniência que a Odebrecht assinou com o Ministério Público Federal em dezembro de 2016 previa a criação de uma conta judicial, sob responsabilidade da 13ª Vara Federal de Curitiba. O dinheiro ficaria à disposição do MPF, que daria aos recursos a destinação que quisesse. 

A construtora se comprometeu a pagar R$ 8,5 bilhões como multa por seus malfeitos. O dinheiro seria dividido pelo MPF entre ele mesmo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) e a Procuradoria-Geral da Suíça.

Rcl 43.007

Fonte: Conjur


No Twitter


 

Defesa de Lula confirma que Érika Marena forjou depoimento, com conhecimento de Sérgio Moro


Em nova petição ao STF, defesa de Lula anexa diálogos que rebatem nota da ex-lava jato com alegações infundadas e confirmam o uso de termos de depoimento forjados na PF, com o conhecimento de Sergio Moro


(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado e Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

247 - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta quarta-feira (24) nova petição no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir das mensagens da Lava Jato apreendidas na operação Spoofing, que reforça a revelação de que a delegada da Polícia Federal Erika Marena forjou depoimento em ação da Lava Jato

No novo documento, a defesa de Lula explica que, diante da repercussão que chegou a por em dúvida a declaração da delegada da PF, foi solicitada uma nova perícia no trecho das conversas para destacar o contexto do diálogo no qual Marena é citada. 

"Com efeito, nos novos diálogos, 'Érika' esclarece que o 'depoimento' mencionado no diálogo anteriormente trazido aos autos não foi 'tomado'; a partir de um 'acordo' que teria sido negociado com os procuradores da 'lava jato', o 'depoimento' consistiu simplesmente na impressão, na Polícia Federal, de 'termos prontos'. O novo material também reforça que os procuradores da 'lava jato', após terem conhecimento da situação, entenderam que precisavam 'proteger Erika'”, escreve a defesa de Lula. 

Os advogados do ex-presidente mostram também que o ex-juiz Sérgio Moro tomou conhecimento dos questionamentos do delator sobre o “depoimento” supostamente ocorrido na Polícia Federal. O delator chegou a dizer: “Assinei isso?,  devem ter preenchido um pouquinho a mais do que eu tinha falado”, disse ele em audiência presidida por Moro. 

Nos diálogos apresentados na petição, os procuradores falam sobre “terceirização de depoimentos”, expressão utilizada para designar depoimentos que teriam ocorrido perante autoridades, mas que, em realidade, não existiram. 

"Para além disso, o novo material coletado reforça que a 'lava jato' transformava em depoimentos perante autoridades textos que eram produzidos unilateralmente por alguns advogados que participavam de processos de delação premiada, sem qualquer leitura ou conferência", afirma a defesa de Lula. 

Leia a petição da defesa de Lula na íntegra:



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UMA PESSOA SE MATOU POR ERROS DA DELEGADA ÉRIKA

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

“Tá ficando shou”, disse Dallagnol sobre Power Point contra Lula


No dia seguinte à entrevista coletiva, o responsável por produzir o Power Point escreveu que "as bolinhas fizeram sucesso" e Dallagnol respondeu com um "kkk"


Dallagnol e o power point contra Lula (Arquivo)

Um dia antes da entrevista coletiva em que exibiu supostas denúncias contra Lula em um power point gigante, o procurador Deltan Dallagnol elogiou a pessoa responsável pela apresentação e achou melhor não usar a imagem do ex-presidente, mostrando que participou ativamente da produção da peça, calculada para causar impacto e render imagens na mídia.

“Melhor não usarmos a imagem do Lula, mas um quadrado escrito LULA simplesmente. Ou uma imagem de pessoa como as demais do gráfico, e embaixo LULA. Tá ficando shou”, escreveu o procurador em um grupo de aplicativos do Telegram no dia 13 de setembro de 2016, véspera da entrevista.

Segundo reportagem de Nathan Lopes, no portal Uol nesta quinta-feira (18), os diálogos revelados no material apreendido pela Operação Spoofing, mostram ainda a ironia do procurador.

Em conversa com o produtor, identificado como “Douglas Prpr”, Dallagnol respondeu com um “kkk” a mensagem de que a foto na imagem seria “só para tirar onda”.

No dia seguinte à apresentação, Douglas escreveu que “as bolinhas fizeram sucesso” e Dallagnol respondeu com um “kkk”.

Em entrevista ao mesmo portal Uol, em julho de 2020, Dallagnol disse que poderia ter feito o PowerPoint assim como a apresentação da acusação de “modo diferente para evitar críticas”.

Fonte: Revista Fórum


HUMOR



terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Dallagnol disse que sentiria “tesão” em escrever denúncia contra Lula e falou em “arrancar a cabeça e queimar”


Novas conversas comprometedoras apreendidas na Operação Spoofing revelam o desespero do procurador em encontrar provas contra o ex-presidente



Os diálogos apreendidos na Operação Spoofing, obtidos pela defesa de Lula, comprometem cada vez mais o ex-procurador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. Em conversas de 2016, o procurador chega a afirmar que sentiria “tesão” em escrever denúncia contra o ex-presidente.

Em 16 de fevereiro de 2016, Dallagnol mostrava desespero com a falta de provas contra Lula: “Estou pensando aqui. É possível que [José Carlos] Bumlai saiba de origens de $ para Lula que não seja da nossa investigação”, disse ele, em troca de mensagens com colegas.

O procurador se referia ao pecuarista, amigo de Lula. Em delação, ele disse que teria emprestado um engenheiro e um arquiteto para a reforma do sítio de Atibaia (SP) atribuído a Lula.

“Quem pode arrancar a cabeça do nosso alvo e queimar é a OAS”, escreveu, ainda, Dallagnol sobre o ex-presidente. “Nossa pressão teria que ser forte na OAS”, acrescentou, demonstrando nítida preocupação em basear a acusação contra Lula somente na delação de Léo Pinheiro, executivo da OAS, já que o procurador não tinha provas.

Em outro trecho dos diálogos, Dallagnol afirmou: “Conte comigo para contribuir com a reflexão sobre a redação, será um tesão escrever isso. Dá para usar doutrina sobre prova legal também”. Ele se referia à denúncia contra Lula.





Palestras


Inconformados com a falta de provas para condenar o ex-presidente, os procuradores da Lava Jato tentaram investir nas “falsas” palestras de Lula.

Paulo Dalmazzo, da Andrade Gutierrez, testemunha ouvida informalmente, declarou que tinha visto uma palestra de Lula e afirmou que “foi muito boa e o cara saiu ovacionado”. Mesmo assim, os procuradores ignoraram a informação que beneficiaria o ex-presidente.


Batalhas abertas

Em outras mensagens, divulgadas anteriormente pela defesa do petista, a obsessão em prender o ex-presidente ficou, mais uma vez, evidente. A procuradora Carolina Rezende chegou a dizer: “Precisamos atingir Lula na cabeça na cabeça” para “vencermos as batalhas já abertas” pela Operação Lava Jato.

Fonte: Revista Fórum


No Twitter


 

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Mensagens da Vaza Jato serão legalizadas contra procuradores da Lava Jato, diz CNN


Segundo a reportagem, ministros do Supremo apoiam a validação dos diálogos entre procuradores da força-tarefa e o ex-juiz Sergio Moro.



A CNN Brasil afirma que as mensagens da Operação Spoofing, a Vaza Jato, serão legalizadas pela PGR na investigação de procuradores da falecida Lava Jato.

O início desse processo teria sido o pedido da PGR para o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) investigar os procuradores a partir de um ofício do presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins.

Em entrevistas recentes e no plenário do STF, o ministro Gilmar Mendes tem repetido que a Lava Jato torturava e funcionava como um esquadrão da morte em Curitiba. O presidente da 2ª Turma também considerou a força-tarefa como “maior escândalo judicial do mundo” durante julgamento que autorizou o acesso de Lula às mensagens da Spoofing.

Leia a íntegra reportagem da CNN Brasil:

Integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) têm apostado no avanço de investigações tocadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) para “legalizar” as mensagens hackeadas da Lava Jato e usá-las como provas contra os procuradores da força-tarefa de Curitiba.

Hoje, a validação das conversas é considerada peça-chave para que o grupo que era coordenado pelo procurador Deltan Dallagnol possa ser responsabilizado nos âmbitos penal, administrativo e ético.

A CNN apurou que, além do procedimento já aberto no âmbito do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o procurador-geral da República, Augusto Aras, estuda o pedido de uma investigação criminal contra a força-tarefa de Curitiba.

De acordo com relatos feitos à CNN, o caminho poderia ser o STJ (Superior Tribunal de Justiça) –uma vez que alguns integrantes da Lava Jato têm prerrogativa de foro na corte.

A avaliação de uma ala do Supremo é a de que, apesar de a Constituição e de o Código de Processo Penal vedarem o uso de provas ilícitas, há brechas para dar viabilidade jurídica ao material obtido de forma ilegal por ação de hackers.

Um dos caminhos apontados por ministros é o de usar o conteúdo das conversas apreendidas pela Operação Spoofing como fio-condutor das investigações. Um dos exemplos citados em caráter reservado é a realização de diligências na Receita Federal para verificar se a Lava Jato obteve informações junto ao órgão de maneira ilegal.

A tese que tem sido defendida por integrantes do Supremo encontra respaldo em parte do mundo jurídico. Embora a legislação brasileira determine que provas obtidas por meio ilícito não podem ser usadas para acusar, juristas ouvidos pela CNN dizem que após a deflagração da Operação Spoofing, acabaram surgindo as chamadas “fontes independentes”.

Um dos exemplos citados é o caso da procuradora Jerusa Viecili que, em 2019, postou em seu Twitter um pedido de desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter debochado, em conversas com colegas no Telegram, da morte da ex-primeira-dama Marisa Leticia e do luto do petista. A avaliação é a de que, a partir desse gesto, a procuradora acabou dando validade às mensagens.

Ministros do Supremo ouvidos pela CNN também dizem que, a partir da abertura de investigações, os próprios depoimentos dos procuradores podem ser usados para validar as mensagens hackeadas.

E, além disso, há também a avaliação de que informações reveladas pela imprensa estariam legalizando o material. Nesta quinta-feira (11), por exemplo, o jornal O Globo revelou que o procurador Orlando Martello, ex-integrante da Lava Jato, enviou um e-mail a colegas fazendo um desabafo e uma espécie de mea culpa sobre o teor dos diálogos mantidos entre os membros da operação.

A notícia, segundo a CNN apurou, consolidou a avaliação de uma ala do Supremo de que o grupo de Curitiba não terá como continuar refutando o conteúdo hackeado.

Nesta quinta-feira (11), a Corregedoria Nacional do Ministério Público, órgão do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público, abriu uma reclamação disciplinar e deu um prazo de dez dias para que os ex-integrantes da Lava Jato de Curitiba apresentem esclarecimentos sobre conversas que revelam a intenção da força-tarefa de investigar ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A Corregedoria ainda não formou um entendimento sobre a possibilidade de utilização das mensagens como prova. Segundo relatos feitos à CNN, a validação das conversas não é consenso dentro do CNMP. Há a avaliação de que a decisão de tornar as provas legais seria um atentado ao chamado direito de defesa.

Na segunda (8), os ex-integrantes da Lava Jato enviaram ofício com esclarecimentos ao CNMP, a Aras e também ao presidente do STJ, ministro Humberto Martins, no qual dizem que as mensagens têm “origem criminosa” e, portanto, são “ilícitas”. “Trata-se de material ilícito, que não tem autenticidade comprovada e, portanto, imprestável”, escrevem.

No documento, os procuradores também afirmam que “o ataque a autoridades para a obtenção de informações ou provas não é saneável nem pode ser incentivado”.

A reclamação disciplinar é o primeiro passo dentro do CNMP para analisar a conduta funcional dos integrantes do Ministério Público. A abertura do procedimento atende a um pedido do presidente do STJ, ministro Humberto Martins, ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para que os integrantes da Lava Jato sejam investigados nas esferas criminal e administrativa.

A solicitação de Martins aconteceu na semana passada, depois de a CNN mostrar que um novo pacote de mensagens apreendidas no âmbito da Operação Spoofing revela a intenção da força-tarefa de Curitiba de investigar ministros do tribunal.

Na solicitação à PGR, Martins afirma que os “ministros têm foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal e, portanto, em tese, os aludidos procuradores estariam agindo fora do âmbito de abrangência de suas atribuições”.

Procurados pela CNN, os procuradores da Lava Jato afirmaram, por meio de nota, que “reiteram que jamais praticaram qualquer ato de investigação sobre condutas de detentores de foro privilegiado, sejam ministros do STJ ou não”.

“Em todos os casos em que foram identificados elementos concretos de informação relacionados a autoridades com prerrogativa de foro, foram feitas as devidas comunicações às autoridades competentes”, diz a nota.

Esse mesmo esclarecimento já foi enviado pela força-tarefa no ofício ao STJ, à PGR e ao CNMP.

Fonte: Blog do Esmael


UOL

Gilmar Mendes fala sobre acesso de Lula a mensagens da Lava Jato

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

OAB pede a Lewandowski acesso a mensagens da Lava Jato


A entidade dos advogados quer analisar as mensagens apreendidas na operação Spoofing para decidir quais medidas judiciais são cabíveis


Felipe Santa Cruz, Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: OAB | ABr)


247A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedirá ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski acesso às mensagens apreendidas na operação Spoofing. A informação é da jornalista Bela Megale, de O Globo.

A decisão de pedir acesso ao material foi aprovada na reunião de conselheiros da OAB por unanimidade nesta segunda-feira (8). O objetivo da Ordem é analisar o material para avaliar quais medidas judiciais são cabíveis.

Em janeiro, Lewandowski concedeu à defesa do ex-presidente Lula acesso à íntegra das mensagens apreendidas na operação Spoofing. Com base no material, os advogados do petista vêm apresentando uma série de petições ao STF. 

Na petição apresentada nesta segunda-feira, a defesa do ex-presidente Lula apresentou novos elementos que comprovam que o ex-juiz Sergio Moro era o verdadeiro chefe da força-tarefa da Lava Jato. Na petição mais recente, há novas provas de que Moro mandava na Lava Jato e ordenava reuniões com FBI, MP suíço e Embaixada dos EUA.


No Twitter


 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Mulher de Moro pede no STF que decisão de Lewandowski seja revogada


Por considerar que houve usurpação de competência do ministro Luiz Edson Fachin, relator de ações e impugnações no STF referentes à autodenominada "lava jato", o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ingressou no Supremo com uma reclamação pleiteando a suspensão e revogação da decisão que liberou à defesa do ex-presidente Lula as mensagens obtidas pelo hacker Walter Delgatti.


Moro é representado nos autos por sua mulher, Rosangela Wolff Moro

 
A decisão que Moro tenta derrubar foi proferida pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator da reclamação 43.007. Delgatti foi preso pela Polícia Federal em uma investigação apelidada de operação spoofing, em 2019, quando Moro era ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Os diálogos apreendidos pela PF foram periciados e, após a decisão de Lewandowski, repassados à defesa de Lula.

A estratégia processual de Moro — representado nos autos por sua mulher, a advogada Rosangela Wolff Moro — é tentar forçar a distribuição de sua petição a um ministro que possa ter entendimento diferente do de Lewandowski.

Para tanto, utiliza-se da reclamação, ação que visa a preservar a competência da Corte e garantir a autoridade de suas decisões. Ocorre que a reclamação 43.007 — na qual houve a decisão de permitir à defesa de Lula o acesso aos diálogos da "vaza jato" — já havia sido distribuída, por prevenção, ao ministro Ricardo Lewandowski.

A defesa de Lula peticionou a reclamação 43.007 porque uma decisão da 2ª Turma da Corte — que havia assegurado à defesa do ex-presidente o acesso aos autos do acordo de leniência da Odebrecht que digam respeito ao petista — não estava sendo cumprida pela 13ª Vara Federal de Curitiba (onde tramitam os feitos da "lava jato" paranaense). Essa decisão da 2ª Turma foi dada no âmbito de outra reclamação (33.543), cuja relatoria, após o julgamento, coube justamente a Lewandowski — daí a prevenção.

Agora, a defesa de Moro, na tentativa de desconstituir essa prevenção, afirma que o relator da reclamação 43.007 deveria ser o ministro Fachin, relator de outras ações e recursos interpostos pela defesa de Lula. Por exemplo, o HC 126.292, indeferido pelo STF em 2018 e que resultou na prisão do ex-presidente, por considerar, à época, que a execução da pena de prisão poderia dispensar o trânsito em julgado.


Autenticidade das mensagens


Na peça, mais uma vez se defende a tese de que as mensagens apreendidas pela Polícia Federal — e por ela periciadas — não são autênticas.

Além disso, também se sustenta que, ainda que tais diálogos venham a ser considerados autênticos, a prova que constituem seria ilícita, pois foram inicialmente obtidas por hackers "por violação criminosa" dos celulares de autoridades. "O fato das mensagens terem sido apreendidas licitamente pela Polícia Federal não autoriza, por evidente, que sejam utilizadas contra as vítimas da violação criminosa perpetradas pelos hackers", diz trecho do documento, aparentemente ignorando que o manejo de prova ilícita em benefício do réu (e não contra os donos dos celulares invadidos) é admitido.

A peça até tenta contornar a questão, afirmando que as mensagens não provam a inocência de Lula. Mas se esquece de dizer que não se trata disso: se tais mensagens demonstram, por exemplo, a parcialidade do julgador (que se articula com a acusação), o problema passa a ser de ordem processual, tornando investigação, denúncia e instrução processual nulas.


Argumento de autoridade


Na missão de demonstrar que provas ilícitas não são admissíveis, a petição de Moro cita um precedente do STF. Em tal decisão, a Corte entendeu como ilícita uma prova que demonstraria que um réu é pedófilo. Mas tal prova fora subtraída do próprio réu, "de forma incompatível com os limites ético-jurídicos que restringem a atuação do Estado em sede de persecução penal". Hipótese totalmente distinta, portanto. 

Ainda assim, a peça prossegue: "Ressalte-se que aqui, diferente daquele caso [da prova ilícita que condenaria o réu acusado de pedofilia], as vítimas do roubo das supostas mensagens não são criminosos, mas Procuradores da República e igualmente o Reclamante, ou seja agentes da lei. Um distinguishing de autoridade.

Fonte: Consultor Jurídico


Band Jornalismo

Lewandowski libera diálogos entre Moro e Deltan Dallagnol - 1 de fev. de 2021

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, suspendeu o sigilo das conversas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

MP anuncia fim da Lava Jato; conversas vazadas revelam preconceito de procuradores


Mensagens vazadas mostram que procurador Januário Paludo foi ao sítio de Atibia e enviou textos jocosos sobre o local



Deltan Dallagnol e Januário Paludo; procuradores do Ministério Público mantinham diálogo ilegal com ex-juiz Sérgio Moro sobre julgamento de processos da Lava Jato - Reprodução/MPF

 
A força-tarefa da Lava Jato no Paraná anunciou, nesta quarta-feira (3), que oficialmente deixou de existir. Os procuradores e integrantes da operação passarão a atuar no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF).

A mudança ocorreu após uma portaria de 7 de dezembro da Procuradoria-Geral da República (PGR), que determinou a integração de quatro integrantes da Lava-Jato ao Gaeco, que já contava com cinco membros. Entre os procuradores estão Laura Tessler e Roberson Henrique Pozzobon.

Outros dez membros da Lava Jato permanecem designados para atuação em casos específicos ou de forma eventual até 1º de outubro de 2021, sem integrar o Gaeco e sem dedicação exclusiva ao caso, trabalhando a partir das lotações de origem.

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Mensagens preconceituosas

As últimas conversas reveladas, no último dia 1º, entre os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz federal Sergio Moro, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de levantar o sigilo dos diálogos, revelam preconceitos de classe dos integrantes da força-tarefa e ataques depreciativos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 4 de março de 2016, quando Sergio Moro ordenou condução coercitiva para o depoimento de Lula à Polícia Federal, o apartamento do petista, em São Bernardo do Campo, e um sítio em Atibaia foram alvos de mandados de busca e apreensão. Durante a operação, os procuradores da Lava Jato comentaram no grupo de Telegram os itens encontrados no sítio.

O procurador Januário Paludo relatou suas impressões sobre o local. Com piadas, os colegas, incluindo Deltan Dallagnol, pediram mais detalhes. Jerusa Viecili, também procuradora, reagiu a Paludo também imprimindo tom jocoso: “Kkkkkk Januario! Quero saber da adega!”.

Então, Paludo ridicularizou o ex-presidente e sua esposa, Marisa Letícia. “Sem dúvida, o sítio é do Lula, porque a roupa de mulher era muito brega. Decoração horrorosa. Muitos tipos de aguardente. Vinhos de boa qualidade, mas mal conservados. Achei o sítio deprimente. Local para pouso de helicóptero confirmado à esquerda da entrada em campo de futebol, para helicóptero pequeno”, escreveu.

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No caso do sítio de Atibaia, Lula foi condenado a 17 anos de prisão, sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro relacionada a reformas no local. O ex-presidente nega que o local seja seu. Mensagens mostram que a Lava Jato escolheu momento para fazer acusação no caso do sítio em Atibaia para tirar foco de escândalo Temer-Joesley e acobertar ações de colegas procuradores.

As mensagens preconceituosas dos procuradores seguiram no dia seguinte à operação. Januario Paludo escreveu: “Não me deixaram ficar na adega com medo que eu pegasse um Brunello, botasse um chapéu do MST no patinho e saísse pedalando!!!”, escreveu. Os colegas riram, e a procuradora Laura Tessler ainda acrescentou: “O sítio é mesmo do Lula: a 1ª foto mostra uma 51 [referindo-se a uma marca de cachaça]!!! Essas fotos da adega deveriam ser divulgadas”.

As conversas foram obtidas pelos advogados de Lula, e o material foi apreendido na Operação Spoofing, que teve como alvo o caso de rastreamento dos celulares de diversas autoridades, entre elas Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

Fonte: Brasil de Fato


TV 247

Boa Noite 247 - Fim da Lava Jato faz aumentar a pressão pelo volta Lula

A Lava Jato deixou de existir no Paraná e passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por decisão do Ministério Público Federal. A medida acontece dias depois da revelação dos novos diálogos de Sérgio Moro com procuradores evidenciando o conluio contra Lula.

O programa desta quarta (3) vai contar com a participação da subprocuradora da República Deborah Duprat, ex-Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão; do jornalista Marcelo Auler; e do cartunista Renato Aroeira.

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sábado, 30 de janeiro de 2021

Defesa de Lula divulga trechos das mensagens entre Moro e Dallagnol que comprovam conluio e parcialidade


Diálogos mostram, entre outras coisas, que Moro orientou a acusação, o que é proibido por lei



Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgaram trechos de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol. 

Os diálogos, que fazem parte da Operação Spoofing, comprovam que Moro orientou a acusação, o que é proibido por lei, e que a equipe de Dallagnol manteve conversas clandestinas com autoridades dos Estados Unidos e da Suíça – o que também é ilegal.

revista Veja publicou trechos das conversas na noite desta quinta-feira (28).

Segundo a defesa, foram analisados apenas cerca de 10% dos 740 gigabytes de dados fornecidos de mensagens apreendidas com o hacker Walter Delgatti Neto.

Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016, Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”.



Em outra, Moro orienta Deltan sobre sistemas da Odebrecht

Então o juiz diz que seriam necessárias perícias da PF e laudos específicos: “do contrário, vai ser difícil usar”.



Leia a reportagem completa na Veja

Fonte: Revista Fórum



Rede TVT

"Crimes de Moro e Dallagnol se enquadram na Lei de Segurança Nacional"

O professor de direito processual penal Fernando Hideo analisa os vazamentos de diálogos entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol que mostram o grau de cooperação entre ambos.

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Lula recebe da PF mensagens vazadas entre Moro e procuradores



A defesa do ex-presidente espera usar os arquivos da Operação Spoofing para comprovar parcialidade do ex-juiz federal nos julgamentos da Lava Jato


A Polícia Federal entregou à defesa do ex-presidente Lula nesta segunda-feira (11) as mensagens colhidas na Operação Spoofing, que apreendeu as conversas divulgadas pela série de reportagens da Vaza Jato entre o ex-juiz federal Sérgio Moro e integrantes da Força-Tarefa da Lava-Jato do Ministério Público Federal do Paraná.

Segundo informações do jornalista Tiago Angelo, da Conjur, a defesa recebeu os sete terabytes de informação em dois HDs externos disponibilizados pelos advogados.

A disponibilização foi cumprida cerca de uma semana após a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal atender à intimação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), e garantir o acesso do ex-presidente ao conteúdo.

Segundo a jornalista Thais Arbex, da CNN Brasil, os advogados informaram Lewandowski que ainda vão fazer uma conferência de conteúdo para verificar se tudo o que foi solicitado está nos HDs.

As conversas reveladas pela Vaza Jato devem ser os primeiros materiais a serem checados se estão devidamente arquivados nos discos rígidos, segundo a Conjur.

Com informações da Conjur e da CNN Brasil

Fonte: Revista Fórum


TV Resistência Contemporânea

Defesa de Lula já analisa mensagens entre Moro e procuradores da Lava Jato

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JOTA

Decisões do STF estão sendo sistematicamente descumpridas pela Lava Jato, diz Cristiano Zanin

Em entrevista ao JOTA, Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Lula, afirma ser alvo de 'armação' e de intimidação da Lava Jato

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sábado, 2 de janeiro de 2021

Juiz do DF não cumpre ordem do STF para compartilhar mensagens da Vaza Jato com Lula


RICARDO LEWANDOWSKI E LULA. FOTOS: NELSON JR./STF E RICARDO STUCKERT

Magistrado substituto da 10ª Vara Federal Criminal do DF alegou que caso não é passível de análise em plantão


O juiz substituto Waldemar Cláudio de Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, não cumpriu a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), de garantir ao ex-presidente Lula acesso a mensagens obtidas na Operação Spoofing, que investigou um grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades, incluindo procuradores da força-tarefa da Lava Jato, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro.

As conversas, obtidas pelo site The Intercept Brasil, deram origem à série de reportagens conhecida como “Vaza Jato”.

Em seu despacho, o magistrado do DF afirmou que o “pedido de acesso” não se enquadra na Resolução 71/09 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece as matérias que podem ser analisadas em meio ao plantão judicial.

“Não conheço do pedido formulado nos autos, por não se tratar de matéria passível de ser apreciada em regime de plantão, porquanto não demonstrada a urgência ou excepcionalidade necessária a justificar a subtração da análise da questão pelo juízo natural da causa”, argumentou o juiz.

A defesa de Lula voltou a acionar Lewandowski informando que a Justiça do DF descumpriu a decisão e pedindo que o ministro reforce mais uma vez sua determinação. Na quinta-feira 31, Lewandowski reiterou sua ordem pelo compartilhamento das mensagens.

“Reforço, assim, que a decisão proferida no dia 28/12/2020 deve ser cumprida independentemente de prévia intimação ou manifestação do MPF, sobretudo para impedir que venham a obstar ou dificultar o fornecimento dos elementos de prova cujo acesso o STF autorizou à defesa do reclamante”, ordenou o ministro.

Conforme a determinação de Lewandowski no dia 28, Lula deve obter as conversas que “lhe digam respeito, direta ou indiretamente, bem assim as que tenham relação com investigações e ações penais contra ele movidas na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba ou em qualquer outra jurisdição, ainda que estrangeira”.

Fonte: Carta Capital


Plantão Brasil

EM PLENO AN0 NOV0 STF DECIDE A FAVOR DE LULA!! GLOB0 EM PÂNIC0!!

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