No diálogo, o procurador de Curitiba fala sobre como
negociou com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a destinação de
recursos da Petrobrás
247 - Um novo áudio-bomba, entregue nesta
terça-feira pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo
Tribunal Federal, confirma o que muitos já sabiam. O procurador Deltan
Dallagnol, da força-tarefa de Curitiba cometeu o crime de traição nacional e
negociou com autoridades do Departamento de Justiça dos Unidos, o DoJ, a
destinação de recursos da Petrobrás, que formariam um fundo que, no Brasil,
beneficiaria integrantes da própria Lava Jato.
A cooperação informal com autoridades estadunidenses se deu
à margem das leis brasileiras e confirma que Dallagnol usou seu poder de
investigação para favorecer um outro país, no caso, os Estados Unidos. As
mensagens obtidas por Walter Delgatti também deixam claro que Dallagnol zombou
da quebra de empresas brasileiras. Estudos apontam que a Lava Jato destruiu 4,4
milhões de empregos no Brasil e derrubou o PIB nacional, mas Dallagnol negociou
com os Estados Unidos como poderia receber recursos da Petrobrás. Inscreva-se
na TV 247 e confira o áudio:
Em entrevista à TV 247, o hacker da Lava Jato contou que
Deltan Dallagnol perguntava ao ministro do STF “o que fazer, o que pegar de
jurisprudência, como convencer um juiz do STJ”... Walter Delgatti revelou ainda
que eles investigavam a vida de ministros que julgariam casos da Lava Jato para
poder pressionar sobre as decisões. Assista
Walter Delgatti, Luís Roberto Barroso e Deltan Dallagnol
(Foto: Reprodução / STF)
247- Walter Delgatti, o hacker que acessou
aparelhos de celular de cerca de 200 autoridades, entre elas os procuradores da
Lava Jato, tendo acesso a suas conversas do Telegram, revelou em entrevista à
TV 247 nesta terça-feira (16) que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís
Roberto Barroso era uma espécie de “conselheiro” do procurador Deltan
Dallagnol.
Questionado sobre a relação entre o ministro do STF e o
procurador, Delgatti respondeu: “Realmente, existia uma conversa entre eles bem
restrita. Uma conversa que não seria ideal para o cargo deles e o assunto era
sobre o cargo também, então seria algo imoral, antiético. Um relacionamento bem
restrito”.
“Mas orientava?”, perguntou o jornalista Joaquim de
Carvalho, que conduziu a entrevista. “Sim, orientava, era como se fosse um
conselheiro, onde ele contava o que estava acontecendo, pedia opiniões”. “O
Barroso compunha a primeira turma né, não julgava os casos da Lava Jato, então
ele (Deltan) perguntava o que fazer, o que pegar de jurisprudência, como
convencer um juiz do STJ… inclusive na época eles investigavam muito a vida de
um relator do STJ, acho que Felix Fisher”, relatou Delgatti, referindo-se ao
ministro do Superior Tribunal de Justiça (atualização: na verdade, Delgatti
confundiu-se com o então relator, ministro Ribeiro Dantas, como confirmaram novas mensagens divulgadas no dia seguinte à
entrevista).
E prosseguiu, revelando ainda ameaças e uma espécie de
dossiê contra quem podia ser eventualmente contra a Lava Jato no Judiciário:
“eles faziam uma análise de todas as decisões, do perfil, e montavam alguma
peça encurralando eles e enviavam para a PGR, na época a Raquel Dodge ou a
subprocuradora, montavam a peça, enviavam”.
De acordo com o hacker, a subprocuradora Luiza Frischeisen
era um contato dos procuradores. “Ela conseguia o que estava acontecendo lá e
vazava para eles. Os processos disciplinares dele... ela vazava antes de chegar
por meio oficial”, acrescentou.
“Então eles colocavam contra a parede, tanto no TRF4, no STJ
e no STF. Mas no TRF4 eles tinham conquistado já, difícil estava sendo no STF,
mas no STJ também”, disse ainda.
“Não me arrependo de nada”
Walter Delgatti disse não se arrepender da invasão, apesar
das consequências para sua vida pessoal, como a prisão. Ele foi preso em julho
de 2019, chegou a ser transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília,
e hoje está sob prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, morando na casa
da avó.
“Eu não me arrependo de nada. Eu me sinto orgulhoso demais.
Eu contribuí e vou contribuir muito mais ainda. Eu consegui provar o que
aconteceu comigo e o que eu fiz de certa forma vai ajudar muitas pessoas. A
sensação que eu tive quando eu consegui fazer isso é algo inexplicável. Eu sou
alguém”.
Delação premiada
Delgatti contou também que as autoridades fizeram forte
pressão para que ele fizesse acordo de delação premiada, tanto para que ele
próprio fosse solto quanto para libertar seus dois amigos - que nada têm a ver
com a invasão, segundo ele, mas também viraram alvo. “‘Se você não fizer o
acordo de delação você não vai sair’, o delegado dizia para mim. Toda hora eu
sofria esse tipo de pressão psicológica”.
“Eles não falavam de forma expressa, mas davam a entender
que eu precisava falar do Glenn [Greenwald] ou de alguém ligado ao Lula ou que
entregasse o montante [de dinheiro]. Mas eu não tinha recebido nada por isso (a
invasão) e eles colocaram um grampo na minha cela”, acrescentou.
Traidor de Lula
O ‘hacker de Araraquara’ revelou também que soube, pelas conversas, que o ex-presidente
Lula foi traído por uma pessoa próxima. Questionado se era uma pessoa que
fazia parte do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, respondeu
positivamente. E informou que foi uma ação - e não uma mensagem, ou declaração
- dessa pessoa que “acabou ajudando a Lava Jato e prejudicando Lula”.
Diálogos mostram, entre outras coisas, que Moro orientou a
acusação, o que é proibido por lei
Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgaram
trechos de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da
força-tarefa da Operação Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol.
Os diálogos, que fazem parte da Operação Spoofing, comprovam
que Moro orientou a acusação, o que é proibido por lei, e que a equipe de
Dallagnol manteve conversas clandestinas com autoridades dos Estados Unidos e
da Suíça – o que também é ilegal.
A revista
Veja publicou trechos das conversas na noite desta quinta-feira (28).
Segundo a defesa, foram analisados apenas cerca de 10% dos
740 gigabytes de dados fornecidos de mensagens apreendidas com o hacker Walter
Delgatti Neto.
Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016,
Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”.
Em outra, Moro orienta Deltan sobre sistemas da Odebrecht
Então o juiz diz que seriam necessárias perícias da PF e
laudos específicos: “do contrário, vai ser difícil usar”.
"Crimes de Moro e Dallagnol se enquadram na Lei de
Segurança Nacional" ☀
O professor de direito processual penal Fernando Hideo
analisa os vazamentos de diálogos entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol que
mostram o grau de cooperação entre ambos.
Lewandowski decreta sigilo no processo das mensagens de procuradores e Moro. Defesa de Lula, que pediu o segredo, já tinha colocado parte delas em uma petição. Veja MORO ORIENTANDO DALLAGNOL:https://t.co/4hoV39IUCv
Com as mensagens que a #LavaJato queria esconder da defesa do presidente Lula, mas que agora foram reveladas, a pergunta para @SF_Moro@deltanmd@RHPozzobon e os outros integrantes da quadrilha da #MáfiaJato é:
Na entrevista, o hacker Walter Delgatti disse que Moro era o
mais interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão,
respondeu acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”. Veja a íntegra da
esclarecedora entrevista.
Em entrevista ao canal de televisão CNN,
o hacker Walter Delgatti confirmou o que já um fato de domínio público. O
ex-presidente Lula era o “foco” do ex-juiz Sérgio
Moro e do procurador Deltan Dallagnol. Segundo Delgatti, as mensagens
trocadas entre os dois mostravam que eles tinham “interesse” no
ex-presidente Lula.
Delgatti disse que agiu por justiça, por considerar não haver “fato” para
condenar Lula. Delgatti foi responsável pela divulgação das conversas
entre os procuradores da Lava Jato.
Na entrevista, Delgatti disse que Moro era o mais
interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão, respondeu
acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”. Moro condenou Lula
sem provas, afastou o ex-presidente das eleições presidenciais
de 2018 e assumiu o Ministério da Justiça no
governo Bolsonaro. Delgatti ainda disse que os procuradores
mantinham empresários presos “até falar”. E cita o caso de Léo
Pinheiro, de quem afirmavam não aceitar a delação se não falasse de Lula.
Durante sessão virtual da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira
(21), o deputado Rogério Correia (PT-MG) alertou
para a gravidade do conteúdo da recente entrevista do hacker Walter
Delgatti. Na opinião do deputado, a entrevista corrobora àquilo que a
defesa do ex-presidente Lula vem afirmando desde o começo da operação. “Fizeram
uma perseguição e levaram Lula à prisão sem nenhuma prova. Isso foi arquitetado
com o Juiz Sérgio Moro”, acusou o deputado.
Uma farsa chamada lava-jato capitaneada por um juiz canalha e parcial e um moleque do MPF de Curitiba. Moro e Dallagnol quebraram construtoras, desempregaram milhões de Brasileiros, prenderam injustamente Lula e elegeram um fascista odioso e genocida! pic.twitter.com/9PIbRmAQ0S