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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

AP-900: Isto é o que sabemos sobre um dos pagers que explodiram no Líbano


Os recentes incidentes de explosão envolvendo os pagers Apollo levaram a um maior escrutínio, embora seja improvável que o uso de pilhas alcalinas AAA padrão por esses dispositivos seja a causa


Em sua essência, o pager alfanumérico AP-900 funciona como um dispositivo de comunicação sem fio que recebe mensagens por meio de sinais de rádio. / Foto: TRT World

Em uma série recente de explosões mortais de pagers no Líbano, um dispositivo da Apollo Pagers, uma empresa taiwanesa fundada na década de 1980, surgiu como uma peça central de evidência.

O Pager Alfanumérico (AP-900) produzido pela Gold Apollo Co., Ltd. foi identificado como um dos dispositivos que explodiram, matando e ferindo dezenas de pessoas no Líbano.

Pelo menos nove pessoas morreram e mais de 2.750, incluindo militantes do Hezbollah e médicos, ficaram feridos quando seus dispositivos de busca explodiram no Líbano.

Surgiram especulações sobre como os dispositivos poderiam ter explodido e causado tantas vítimas, especialmente um pager como o AP-900, que funciona com pilhas alcalinas AAA.

Investigações iniciais sugerem que é improvável que a configuração padrão da bateria do pager seja a causa das explosões.

Em vez disso, as autoridades estão se inclinando para a possibilidade de que os dispositivos foram intencionalmente equipados com materiais explosivos.

Se explosivos fossem colocados dentro do dispositivo antes que ele chegasse aos membros do Hezbollah, ele poderia causar danos significativos quando detonado por sinal.


Vários mortos e mais de 2.700 feridos

 em explosões de pagers no Líbano


O que é o AP-900?

O AP-900, popular nas décadas de 1990 e início de 2000, foi projetado para receber e exibir mensagens de texto, tornando-se uma ferramenta de comunicação essencial em vários ambientes profissionais e de emergência.

Apesar de sua simplicidade, o AP-900 opera em um sistema sofisticado que garante que as mensagens sejam entregues com rapidez e precisão.

Uma transmissão de mensagem começa em um terminal de paginação central, que codifica a mensagem em um formato de sinal como FLEX ou POCSAG.

Esse sinal é enviado por uma banda de frequência específica, e o pager AP-900, procurando sinais que correspondam ao seu identificador exclusivo, o recebe por meio de sua antena.

O pager então decodifica e exibe a mensagem na tela, alertando o usuário com vibração, som ou ambos.

Além disso, o AP-900 pode armazenar várias mensagens para revisão posterior.


O AP-900 pode ser hackeado?

Teoricamente, sim, o AP-900 pode ser hackeado, mas isso exigiria conhecimento e equipamento especializados, mostram informações de fontes abertas.

O método mais direto de comprometimento envolveria interceptar e decodificar os sinais de rádio.

Como os pagers recebem mensagens por radiofrequências, esses sinais podem ser interceptados por qualquer pessoa com o equipamento certo.

Embora as mensagens sejam codificadas, elas normalmente não são criptografadas, o que significa que uma mensagem interceptada pode ser facilmente decodificada.

Ataques mais sofisticados podem envolver o comprometimento da infraestrutura de mensagens ou a adulteração física dos dispositivos durante a distribuição.

Embora o pager alfanumérico AP-900 seja uma ferramenta de comunicação confiável e eficiente, ele não está isento de potenciais vulnerabilidades.

Os usuários, principalmente aqueles em funções confidenciais, devem estar cientes dos riscos e tomar as precauções adequadas, como usar canais de comunicação seguros e monitorar atividades incomuns.

À medida que a situação se desenrola, especialistas estão concentrando seus esforços em descobrir toda a extensão da pré-manipulação e suas implicações para a atual situação de segurança na região.


Israel é "totalmente responsável" pelas
explosões de pagers: Hezbollah


Fonte: TRT World


Pelo menos 1.000 militantes do Hezbollah ficaram feridos após seus dispositivos de paginação sem fio explodirem, no que uma fonte anônima do Hezbollah chamou de "ataque cibernético", em 17 de setembro.



 Edward Snowden


Conforme as informações chegam sobre os beepers explodindo no Líbano, parece mais provável que sejam explosivos implantados, não um hack. Por quê? Muitos ferimentos consistentes e muito sérios. Se fossem baterias superaquecidas explodindo, você esperaria muito mais pequenos incêndios e falhas de ignição.


 

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Como o mundo reagiria se centenas de explosões acontecessem em uníssono na cidade de Nova York, Washington, Paris ou Londres? Vergonha eterna para os meios de comunicação que enquadram isso como um ataque contra combatentes. Todas essas explosões ocorreram em áreas civis. Isso é terrorismo.



 Times Of India


'Pagers apitaram por 10 segundos...': Grande revelação do IRGC do Irã sobre as explosões no Líbano | Relatório

O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) revelou que os pagers apitaram por cerca de 10 segundos antes de serem detonados em Beirute, no Líbano. O New York Times, citando um membro desconhecido do IRGC, disse que o bipe de dez segundos forçou os usuários a segurar o pager perto dos olhos e do rosto para ler as mensagens. Isso explica por que a maioria das vítimas tem ferimentos nos olhos e no rosto. Assista.


Tecnologia 01

Tecnologia 02


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quarta-feira, 30 de junho de 2021

Testemunha chave no caso de Assange admite que mentiu na acusação


Uma importante testemunha no caso do Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra Julian Assange admitiu ter fabricado acusações importantes na acusação contra o fundador do Wikileaks.


]MYND: SAMSETT / STUNDIN

Uma importante testemunha no caso do Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra Julian Assange admitiu ter fabricado acusações importantes na acusação contra o fundador do Wikileaks. A testemunha, que tem uma história documentada de sociopatia e recebeu várias condenações por abuso sexual de menores e ampla fraude financeira, fez a admissão em uma entrevista recentemente publicada em Stundin, onde também confessou ter continuado sua onda de crimes enquanto trabalhava com Departamento de Justiça e FBI e recebendo uma promessa de imunidade da acusação.

O homem em questão, Sigurdur Ingi Thordarson, foi recrutado pelas autoridades dos EUA para construir um caso contra Assange depois de induzi-los a acreditar que ele era um colega próximo dele. Na verdade, ele se ofereceu voluntariamente para arrecadar dinheiro para o Wikileaks em 2010, mas descobriu-se que usou essa oportunidade para desviar mais de US $ 50.000 da organização. Julian Assange visitou o país natal de Thordarson, Islândia, nessa época, devido ao seu trabalho com a mídia islandesa e membros do parlamento na preparação da Icelandic Modern Media Initiative, um projeto de liberdade de imprensa que produziu uma resolução parlamentar apoiando denunciantes e jornalismo investigativo. 

Os Estados Unidos estão atualmente buscando a extradição de Assange do Reino Unido para julgá-lo por espionagem relacionada à liberação de documentos classificados que vazaram. Se condenado, ele pode pegar até 175 anos de prisão. A acusação gerou temores pela liberdade de imprensa nos Estados Unidos e em outros lugares e gerou fortes declarações em apoio a Assange da Amnistia Internacional, Repórteres sem fronteiras, a equipa editorial do Washington Post e muitos outros. 

Autoridades americanas apresentaram uma versão atualizada de uma acusação contra ele a um tribunal de magistrados em Londres no verão passado. A veracidade das informações nele contidas é agora diretamente contestada pela testemunha principal, em cujo depoimento se baseia.


Sem instruções de Assange

Os documentos do tribunal referem-se a Thordarson simplesmente como “adolescente” (uma referência à sua aparência jovem em vez da verdadeira idade, ele tem 28 anos) e à Islândia como “País 1 da OTAN”, mas não faz nenhum esforço real para esconder a identidade de nenhum dos dois. Eles pretendem mostrar que Assange instruiu Thordarson a cometer invasões de computador ou hackear na Islândia. 

O objetivo desse acréscimo à acusação era aparentemente para escorar e apoiar a acusação de conspiração contra Assange em relação às suas interações com Chelsea Manning. Essas ocorrências ocorreram na mesma época em que ele residia na Islândia e os autores da acusação sentiram que poderiam fortalecer seu caso alegando que ele também estava envolvido em atividades ilegais lá. Diz-se que essa atividade inclui tentativas de hackear os computadores dos membros do parlamento e gravar suas conversas.

Na verdade, Thordarson agora admite a Stundin que Assange nunca lhe pediu para hackear ou acessar gravações telefônicas de MPs. Sua nova alegação é que na verdade ele recebeu alguns arquivos de um terceiro que alegou ter gravado MPs e se ofereceu para compartilhá-los com Assange sem ter qualquer ideia do que eles realmente continham. Ele afirma que nunca verificou o conteúdo dos arquivos ou mesmo se eles continham gravações de áudio, como sugerido por uma fonte terceirizada. Ele admite ainda que a alegação de que Assange o instruiu ou pediu para acessar computadores a fim de encontrar tais gravações, é falsa.

No entanto, as táticas empregadas pelas autoridades americanas parecem ter sido bem-sucedidas, como pode ser deduzido da decisão da juíza do Tribunal de Magistrados, Vanessa Baraitser, em 4 de janeiro deste ano. Embora ela tenha decidido contra a extradição, ela o fez puramente por motivos humanitários relacionados aos problemas de saúde de Assange, risco de suicídio e as condições que ele enfrentaria em confinamento nas prisões dos Estados Unidos. Com relação às acusações reais feitas na acusação, Baraitser apoiou os argumentos da equipe jurídica americana, inclusive citando amostras específicas da Islândia que agora são seriamente questionadas.

Outros elementos enganosos podem ser encontrados na acusação, e mais tarde refletidos no julgamento do Magistrado, com base nas mentiras agora admitidas de Thordarson. Um é uma referência a documentos bancários islandeses. A sentença do tribunal de magistrados diz: “Alega-se que o Sr. Assange e o Adolescente fracassaram em uma tentativa conjunta de descriptografar um arquivo roubado de um banco do“ país da OTAN 1 ””.

Sigurdur Ingi Thordarson

Thordarson admite a Stundin que na verdade se refere a um evento bem divulgado em que um arquivo criptografado vazou de um banco islandês e presumiu-se que continha informações sobre empréstimos inadimplentes fornecidos pelo Landsbanki islandês. O banco faliu no outono de 2008, junto com quase todas as outras instituições financeiras na Islândia, e mergulhou o país em uma grave crise econômica. O arquivo estava nesta época, no verão de 2010, compartilhado por muitos online que tentaram decifrá-lo com o propósito de revelar o que precipitou a crise financeira. Nada apóia a alegação de que esse arquivo foi “roubado” per se, visto que foi assumido que foi distribuído por denunciantes de dentro do banco falido.

Uma linguagem mais enganosa surge no julgamento acima mencionado, onde afirma: “... ele [Assange] usou o acesso não autorizado que lhe foi dado por uma fonte, para acessar um site do governo do país-1 da OTAN usado para rastrear veículos da polícia.”

Essa representação deixa de fora um elemento importante, que Thordarson esclarece em sua entrevista com Stundin. As informações de login eram, na verdade, suas e não obtidas por nenhum meio nefasto. Na verdade, ele agora admite que recebeu esse acesso como uma questão de rotina devido ao seu trabalho como socorrista enquanto se voluntariava para uma equipe de busca e resgate. Ele também diz que Assange nunca pediu tal acesso.


Revelando registros de bate-papo

Thordarson conversou com um jornalista de Stundin por várias horas enquanto preparava um relatório investigativo completo sobre suas atividades, que inclui registros de bate-papo nunca antes publicados e novos documentos.

Os registros do bate-papo foram coletados pelo próprio Thordarson e fornecem uma imagem abrangente de suas comunicações enquanto ele era voluntário para o Wikileaks em 2010 e 11. Isso envolve suas conversas com a equipe do WikiLeaks, bem como comunicações não autorizadas com membros de grupos internacionais de hackers com os quais ele entrou em contato por meio de sua função de moderador em um fórum IRC WikiLeaks aberto, que é uma forma de chat online ao vivo. Não há indicação de que a equipe do WikiLeaks tivesse conhecimento dos contatos de Thordarson com os grupos de hackers mencionados anteriormente. Na verdade, os registros mostram seu engano claro. 

As comunicações lá mostram um padrão em que Thordarson está constantemente aumentando sua posição dentro do WikiLeaks, descrevendo-se como chefe de gabinete, chefe de comunicações, número 2 na organização ou responsável por recrutas. Nessas comunicações, Thordarson freqüentemente pede aos hackers que acessem materiais de entidades islandesas ou ataquem sites islandeses com os chamados ataques DDoS. Eles são projetados para desativar sites e torná-los inacessíveis, mas não causar danos permanentes ao conteúdo.

Stundin não consegue encontrar nenhuma evidência de que Thordarson foi instruído a fazer esses pedidos por qualquer pessoa dentro do WikiLeaks. O próprio Thordarson nem mesmo está afirmando isso, embora ele explique isso como algo de que Assange estava ciente ou que ele interpretou de forma que isso era esperado dele. Como essa suposta comunicação não verbal ocorreu, ele não consegue explicar.

Além disso, ele nunca explicou por que o WikiLeaks estaria interessado em atacar quaisquer interesses na Islândia, especialmente em um momento tão delicado, enquanto eles estavam publicando um enorme tesouro de cabogramas diplomáticos dos EUA como parte de uma parceria internacional de mídia. Não se sabe que Assange teve quaisquer queixas com as autoridades islandesas e, na verdade, estava trabalhando com membros do parlamento na atualização das leis de liberdade de imprensa da Islândia para o século XXI. 


No radar do FBI

Os atos desonestos de Thordarson não se limitaram a comunicações dessa natureza, já que ele também admite a Stundin que criou meios de comunicação com jornalistas e fez com que a mídia pagasse por viagens extravagantes ao exterior, onde se apresentava erroneamente como representante oficial do WikiLeaks.

Ele também admite que roubou documentos da equipe do WikiLeaks ao copiar seus discos rígidos. Entre eles estavam documentos de Renata Avila, advogada que trabalhava para a organização e do senhor Assange.

Thordarson continuou a intensificar suas atividades ilícitas no verão de 2011, quando estabeleceu comunicação com “Sabu”, o apelido online de Hector Xavier Monsegur, um hacker e membro do infame grupo de hackers LulzSec. Nesse esforço, todas as indicações são de que Thordarson estava agindo sozinho, sem qualquer autorização, quanto mais insistência, de qualquer pessoa dentro do WikiLeaks.

Hector Xavier Monsegur Um hacker e membro do infame grupo de hackers LulzSec.

O que Thordarson não sabia na época era que o FBI prendeu Sabu no início de junho de 2011 e o ameaçou para se tornar um informante e um colaborador do FBI. Assim, quando Thordarson continuou seu padrão anterior de solicitar ataques aos interesses islandeses, o FBI conheceu e viu uma oportunidade de implicar Julian Assange.

Mais tarde naquele mês, um ataque DDoS foi executado contra os sites de várias instituições governamentais.

Essa ação foi feita sob os olhos vigilantes do FBI, que deve ter autorizado o ataque ou mesmo iniciado, já que Sabu era naquele momento o seu homem. O que se seguiu foi um episódio em que parece óbvio que as autoridades islandesas foram induzidas a cooperar sob falsos pretextos.

Ögmundur Jónasson era ministro do Interior na época e, como tal, chefe político da polícia e do Ministério Público e diz sobre as atividades dos EUA: “Eles estavam tentando usar as coisas aqui [na Islândia] e usar as pessoas em nosso país para tecer uma teia, uma teia de aranha isso pegaria Julian Assange ”. 


  • “Eles estavam tentando usar coisas aqui [na Islândia] e pessoas em nosso país para tecer uma teia, uma teia de aranha que pegaria Julian Assange”
  • Ögmundur Jónasson

Jónasson lembra que, quando o FBI entrou em contato com as autoridades islandesas em 20 de junho de 2011, foi para alertar a Islândia sobre uma ameaça iminente e grave de intrusão contra computadores do governo. Poucos dias depois, agentes do FBI voaram para a Islândia e se ofereceram formalmente para ajudar a impedir esse grave perigo. A oferta foi aceita e em 4 de julho uma carta rogatória formal foi enviada à Islândia para selar a assistência mútua. Jónasson especula que já então os EUA estavam preparando as bases para seu propósito final, não ajudar a Islândia, mas enredar Julian Assange:

“O que tenho pensado desde então é se a fiação da web já havia começado com a aceitação da carta rogatória estabelecendo uma cooperação que pudesse usar como pretexto para visitas posteriores”, diz Jónasson.

Policiais islandeses foram enviados aos Estados Unidos para coletar mais evidências desse chamado perigo iminente e Jónasson diz que não se lembra de nada de substancial que saiu daquela visita e que nenhum outro ataque foi feito contra os interesses islandeses.

Mas o FBI voltaria.


Autoridades islandesas enganadas pelos EUA

No final de agosto, Thordarson estava sendo perseguido pela equipe do WikiLeaks, que desejava localizar o produto das vendas online de mercadorias do WikiLeaks. Descobriu-se que Thordarson havia instruído os fundos a serem enviados para sua conta bancária privada falsificando um e-mail em nome de Julian Assange.

Thordarson viu uma saída e em 23 de agosto enviou um e-mail para a Embaixada dos Estados Unidos na Islândia oferecendo informações em relação a uma investigação criminal. Ele foi atendido por um telefonema e confirmou que estava se oferecendo para ser um informante no caso contra Julian Assange.

Os promotores e o FBI foram rápidos em responder e em 48 horas um jato particular pousou em Reykjavik com cerca de oito agentes que rapidamente marcaram reuniões com Thordarson e com pessoas do escritório do Ministério Público da Islândia e do Comissário da Polícia do Estado.

Ögmundur Jónasson Ex-Ministro do Interior da Islândia.

Ao meio-dia, o Sr. Jónasson, então Ministro do Interior, ficou sabendo desta nova visita e solicitou a confirmação de que se tratava do mesmo caso do início do verão. “Perguntei em que carta rogatória se baseava esta visita e se era exatamente o mesmo”, disse Jónasson em entrevista a Stundin. “Descobri então que se tratava de uma natureza totalmente diferente da discutida anteriormente”. Ele diz que somou dois mais dois e disse que era óbvio que a intenção era armar uma armadilha na Islândia para Assange e outros membros da equipe do WikiLeaks. 

Segundo Jónasson, tais ações estavam fora do âmbito do acordo e, portanto, ele ordenou que toda a cooperação com os agentes fosse interrompida e que eles seriam informados de que estavam agindo na Islândia sem qualquer autoridade. Poucos dias depois, ele soube que os agentes e promotores ainda não haviam deixado o país, então o Ministério das Relações Exteriores contatou a embaixada dos Estados Unidos com a exigência de que interrompessem o trabalho da polícia na Islândia e deixassem o país.

Eles o fizeram, mas partiram com o novo informante e “testemunha estrela”, Sigurdur Ingi Thordarson, que voou com eles para a Dinamarca.


Não um hacker, mas um sociopata

Thordarson foi apelidado de Siggi, o hacker da Islândia. Na verdade, isso é um antônimo, já que várias fontes que Stundin falou alegam que a capacidade de computador de Thordarson é servil. Isso é apoiado por vários registros de bate-papo e documentos em que ele está solicitando a assistência de outras pessoas para tarefas informáticas bastante simples. Certa vez, ele até procurou a ajuda de um especialista do FBI para enviar um vídeo de seu próprio telefone.

A reunião na Dinamarca foi a primeira de algumas em que o FBI abraçou com entusiasmo a ideia de cooperação com Thordarson. Ele diz que queriam saber tudo sobre o WikiLeaks, incluindo a segurança física dos funcionários. Eles pegaram o material que ele reuniu, incluindo dados que ele roubou dos funcionários do WikiLeaks e até planejou enviá-lo para a Inglaterra por telegrama. Thordarson afirmou em entrevistas que recusou esse pedido específico. Provavelmente porque ele não era mais bem-vindo, pois sabia que as pessoas do WikiLeaks descobriram, ou estavam prestes a estabelecer com firmeza, que ele havia desviado fundos da organização.

Após meses de colaboração, o FBI parece ter perdido o interesse. Quase ao mesmo tempo, acusações foram se acumulando contra Thordarson com as autoridades islandesas por fraude maciça, falsificações e furto, por um lado, e por violações sexuais contra meninos menores de idade que ele havia enganado ou forçado a atos sexuais, por outro.

Após longas investigações, Thordarson foi condenado em 2013 e 2014 e recebeu sentenças relativamente brandas, já que o juiz levou em consideração que ele mudou seu argumento no tribunal e se declarou culpado de todas as acusações.

De acordo com uma avaliação psiquiátrica apresentada ao tribunal, Thordarson foi diagnosticado como um sociopata, incapaz de sentir remorso, mas ainda culpado por suas ações. Ele foi avaliado para ser capaz de compreender a diferença básica entre o certo e o errado. Ele simplesmente não parecia se importar.

O encarceramento não parecia ter o efeito intencional de impedir Thordarson de continuar sua vida de crime. Na verdade, ele decolou e se expandiu em extensão e escopo em 2019, quando o DoJ da era Trump decidiu revisitá-lo, dando a ele um status formal como testemunha na acusação contra Julian Assange e concedendo-lhe imunidade em troca de qualquer acusação.


O problema do New York Times

No mês seguinte à prisão de Assange na Embaixada do Equador em Londres, em 11 de abril de 2019, uma nova carta rogatória chegou ao Ministério da Justiça da Islândia. Desta vez, o pedido era para receber uma declaração formal de Thordarson, na Islândia, na presença de seu advogado. O Ministério tinha um novo chefe político na época, que tinha conhecimento limitado da história anterior do caso. 

Embora o Departamento de Justiça tenha gasto recursos extremos tentando construir um caso contra Julian Assange durante a presidência de Obama, eles decidiram não acusar Assange. A principal preocupação era o que foi chamado de “O problema do New York Times”, ou seja, havia tanta dificuldade em distinguir entre as publicações do WikiLeaks e as publicações do NYT do mesmo material que ir atrás de uma das partes representaria sérias preocupações da Primeira Emenda.

Sigurdur Ingi Thordarson e Julian Assange

O procurador-geral nomeado pelo presidente Donald Trump, William Barr, não compartilhava dessas preocupações, nem tampouco seu vice-nomeado por Trump, Kellen S. Dwyer. Barr, que enfrentou severas críticas por politizar o DoJ em nome do presidente, deu o pontapé inicial no caso de Assange mais uma vez. O argumento deles era que, se pudessem provar que ele era um criminoso em vez de um jornalista, as acusações persistiriam, e era aí que o testemunho de Thordarson seria fundamental.

Em maio de 2019, foi oferecido a Thordarson um acordo de imunidade, assinado por Dwyer, que concedia a ele imunidade de processo com base em qualquer informação sobre atos errados que tivessem contra ele. O acordo, visto por escrito por Stundin, também garante que o DoJ não compartilhará tais informações para outros promotores ou agências de aplicação da lei. Isso incluiria os islandeses, o que significa que os americanos não compartilharão informações sobre crimes que ele possa ter cometido que ameacem os interesses de segurança islandeses - e os americanos aparentemente tinham muitos deles, mas ao longo dos anos não os compartilharam com seus colegas islandeses.

Em qualquer caso, Assange nunca foi suspeito de qualquer delito na Islândia. Stundin recebeu a confirmação disso do Procurador Distrital da Islândia, a Polícia Metropolitana de Reykjavik. Assange não tem nenhuma entrada na base de dados LÖKE de qualquer atividade policial ligada a um indivíduo coletada pelo Comissário da Polícia do Estado da Islândia de 2009-2021.

O advogado de Assange também inquiriu no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Islândia se os pontos da sua acusação atualizada em que a Islândia é referida como país da OTAN 1 significavam que o seu caso tinha alguma relevância para a adesão da Islândia à OTAN, o acordo de defesa bilateral entre os EUA e a Islândia ou qualquer segurança nacional interesses. Todas essas ligações foram indeferidas em resposta do adido de defesa do Ministério.


Imunidade e um novo crime pree

De acordo com informações obtidas por Stundin, o acordo de imunidade entre DoJ e Thordarson foi apresentado na sede da polícia de Reykjavik, onde a única função do policial islandês era confirmar a identidade de Thordarson antes de deixá-lo sozinho com seu advogado na sala dos fundos onde ele conheceu a delegação dos EUA.

É como se a oferta de imunidade, posteriormente garantida e selada em uma reunião em DC, tivesse encorajado Thordarson a tomar medidas mais ousadas no crime. Ele começou a tosquiar indivíduos e empresas em uma escala maior do que nunca; geralmente, adquirindo ou formando entidades legais, ele costumava pedir mercadorias emprestadas, alugar carros de luxo e até mesmo encomendar grandes quantidades de mercadorias de atacadistas sem qualquer intenção de pagar por essas mercadorias e serviços. 

Sigurdur Ingi Thordarson

Thordarson também falsificou o nome de seu próprio advogado em notificações ao registro da Company House, alegando falsamente ter aumentado o patrimônio de duas empresas para mais de 800 mil dólares americanos. O objetivo era utilizar estas entidades com sólidas posições financeiras no papel num empreendimento imobiliário.

O advogado denunciou a falsificação à polícia, onde outros casos semelhantes, junto com vários outros relatórios de furto e trapaças, agora estão se acumulando.

Quando confrontado com evidências de todos esses crimes por um jornalista Stundin, ele simplesmente admitiu tudo e explicou como uma prática comercial normal. Ele ainda não foi autuado e ainda pratica esse “negócio”. O jornal local DV relatou na semana passada que Thordarson tentou encomendar mercadorias a crédito usando um novo nome de empresa, Controle de Verminos da Islândia. Apesar de usar um nome falso e uma máscara COVID, ele foi identificado e a transação foi interrompida. Ele foi visto pela última vez fugindo em um Tesla branco, de acordo com DV.

Fonte: Stundin


Ahí les Va

Las nuevas revelaciones de un testigo clave del caso Julian Assange deja tambaleándose la práctica totalidad de las acusaciones presentadas por el Departamento de Justicia de EE.UU.

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

 

domingo, 25 de abril de 2021

Sergio Moro no lixo da história


Cristina Serra na Folha de SP: Sergio Moro no lixo da história




 O Supremo consagrou a vitória do devido processo legal, do Estado de Direito e da justiça

Na sessão do STF que examinou a equivalência entre turmas e plenário como fóruns de decisão da corte, uma rápida discussão entre os ministros Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandovski resumiu o cerne do que estava em jogo: se vale tudo no Judiciário para perseguir e prender inimigos políticos ou se ainda podemos acreditar na prevalência do devido processo legal.

A Vaza Jato mostrou que o ex-juiz Sergio Moro sugeriu pistas, informantes e estratégias aos procuradores da Lava Jato, ou seja, tramou fora dos autos como chefe da investigação. Violou o direito básico do réu a um juiz imparcial e desprezou o código de ética da magistratura.

O ministro Barroso considerou que a Vaza Jato revelou apenas “pecadilhos”, “fragilidades humanas”, “maledicências”. A complacência não passou em branco para Lewandovski, que lembrou outros excessos de Moro muito antes da entrada em cena do hacker e do site The Intercept, como conduções coercitivas e prisões preventivas excessivas.

Acrescento aqui a interceptação telefônica de advogados de defesa e o vazamento do grampo ilegal de conversa entre Lula e a presidente Dilma Rousseff. À época, a ilicitude mereceu apenas leve reprimenda do então relator da Lava Jato, Teori Zavascki, morto em 2017, e o assunto foi encerrado com pedido de “escusas” de Moro. Lewandovski assinalou também que as críticas ao modus operandi do ex-juiz não podem ser confundidas com defesa da corrupção. É uma distorção costumeira e que desqualifica esse debate.

Como o ministro Marco Aurélio Mello se aposentará em breve, espera-se que seja rápido na devolução do caso ao plenário. O Brasil precisa virar essa página. O que importa, porém, já está decidido. O Supremo consagrou a vitória do devido processo legal, do Estado democrático de Direito e da justiça. O ex-presidente Lula, impedido por Moro de concorrer em 2018, está livre para disputar em 2022. E Moro irá para o lugar reservado aos canalhas: a lata de lixo da história.


*Cristina Serra é paraense, jornalista e escritora. É autora dos livros “Tragédia em Mariana – a história do maior desastre ambiental do Brasil” e “A Mata Atlântica e o Mico-Leão-Dourado – uma história de conservação”.

Por Cristina Serra*

Folha de São Paulo – 24/04/2021 (Link original)

Fonte: Deputado Alencar


Rede TVT

Acompanhe a sessão do STF que discute decisão da segunda turma que declarou suspeição de Sergio Moro no julgamento de Lula na Lava Jato. 22 de abr. de 2021

Durante a sessão, vamos ter comentário e análise de especialistas sobre a discussão no STF.

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Hacker Walter Delgatti revela: Barroso era conselheiro de Dallagnol


Em entrevista à TV 247, o hacker da Lava Jato contou que Deltan Dallagnol perguntava ao ministro do STF “o que fazer, o que pegar de jurisprudência, como convencer um juiz do STJ”... Walter Delgatti revelou ainda que eles investigavam a vida de ministros que julgariam casos da Lava Jato para poder pressionar sobre as decisões. Assista


Walter Delgatti, Luís Roberto Barroso e Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução / STF)

 

247 - Walter Delgatti, o hacker que acessou aparelhos de celular de cerca de 200 autoridades, entre elas os procuradores da Lava Jato, tendo acesso a suas conversas do Telegram, revelou em entrevista à TV 247 nesta terça-feira (16) que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso era uma espécie de “conselheiro” do procurador Deltan Dallagnol.

Questionado sobre a relação entre o ministro do STF e o procurador, Delgatti respondeu: “Realmente, existia uma conversa entre eles bem restrita. Uma conversa que não seria ideal para o cargo deles e o assunto era sobre o cargo também, então seria algo imoral, antiético. Um relacionamento bem restrito”.

“Mas orientava?”, perguntou o jornalista Joaquim de Carvalho, que conduziu a entrevista. “Sim, orientava, era como se fosse um conselheiro, onde ele contava o que estava acontecendo, pedia opiniões”. “O Barroso compunha a primeira turma né, não julgava os casos da Lava Jato, então ele (Deltan) perguntava o que fazer, o que pegar de jurisprudência, como convencer um juiz do STJ… inclusive na época eles investigavam muito a vida de um relator do STJ, acho que Felix Fisher”, relatou Delgatti, referindo-se ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (atualização: na verdade, Delgatti confundiu-se com o então relator, ministro Ribeiro Dantas, como confirmaram novas mensagens divulgadas no dia seguinte à entrevista).

E prosseguiu, revelando ainda ameaças e uma espécie de dossiê contra quem podia ser eventualmente contra a Lava Jato no Judiciário: “eles faziam uma análise de todas as decisões, do perfil, e montavam alguma peça encurralando eles e enviavam para a PGR, na época a Raquel Dodge ou a subprocuradora, montavam a peça, enviavam”. 

De acordo com o hacker, a subprocuradora Luiza Frischeisen era um contato dos procuradores. “Ela conseguia o que estava acontecendo lá e vazava para eles. Os processos disciplinares dele... ela vazava antes de chegar por meio oficial”, acrescentou.

“Então eles colocavam contra a parede, tanto no TRF4, no STJ e no STF. Mas no TRF4 eles tinham conquistado já, difícil estava sendo no STF, mas no STJ também”, disse ainda.


“Não me arrependo de nada”

Walter Delgatti disse não se arrepender da invasão, apesar das consequências para sua vida pessoal, como a prisão. Ele foi preso em julho de 2019, chegou a ser transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília, e hoje está sob prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, morando na casa da avó.

“Eu não me arrependo de nada. Eu me sinto orgulhoso demais. Eu contribuí e vou contribuir muito mais ainda. Eu consegui provar o que aconteceu comigo e o que eu fiz de certa forma vai ajudar muitas pessoas. A sensação que eu tive quando eu consegui fazer isso é algo inexplicável. Eu sou alguém”.


Delação premiada

Delgatti contou também que as autoridades fizeram forte pressão para que ele fizesse acordo de delação premiada, tanto para que ele próprio fosse solto quanto para libertar seus dois amigos - que nada têm a ver com a invasão, segundo ele, mas também viraram alvo. “‘Se você não fizer o acordo de delação você não vai sair’, o delegado dizia para mim. Toda hora eu sofria esse tipo de pressão psicológica”.

“Eles não falavam de forma expressa, mas davam a entender que eu precisava falar do Glenn [Greenwald] ou de alguém ligado ao Lula ou que entregasse o montante [de dinheiro]. Mas eu não tinha recebido nada por isso (a invasão) e eles colocaram um grampo na minha cela”, acrescentou.


Traidor de Lula

O ‘hacker de Araraquara’ revelou também que soube, pelas conversas, que o ex-presidente Lula foi traído por uma pessoa próxima. Questionado se era uma pessoa que fazia parte do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, respondeu positivamente. E informou que foi uma ação - e não uma mensagem, ou declaração - dessa pessoa que “acabou ajudando a Lava Jato e prejudicando Lula”.

Inscreva-se na TV 247, seja membro e assista à entrevista, a partir do ponto sobre o Barroso:




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sábado, 30 de janeiro de 2021

Defesa de Lula divulga trechos das mensagens entre Moro e Dallagnol que comprovam conluio e parcialidade


Diálogos mostram, entre outras coisas, que Moro orientou a acusação, o que é proibido por lei



Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgaram trechos de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol. 

Os diálogos, que fazem parte da Operação Spoofing, comprovam que Moro orientou a acusação, o que é proibido por lei, e que a equipe de Dallagnol manteve conversas clandestinas com autoridades dos Estados Unidos e da Suíça – o que também é ilegal.

revista Veja publicou trechos das conversas na noite desta quinta-feira (28).

Segundo a defesa, foram analisados apenas cerca de 10% dos 740 gigabytes de dados fornecidos de mensagens apreendidas com o hacker Walter Delgatti Neto.

Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016, Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”.



Em outra, Moro orienta Deltan sobre sistemas da Odebrecht

Então o juiz diz que seriam necessárias perícias da PF e laudos específicos: “do contrário, vai ser difícil usar”.



Leia a reportagem completa na Veja

Fonte: Revista Fórum



Rede TVT

"Crimes de Moro e Dallagnol se enquadram na Lei de Segurança Nacional"

O professor de direito processual penal Fernando Hideo analisa os vazamentos de diálogos entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol que mostram o grau de cooperação entre ambos.

Assista ao VÍDEO




No Twitter


 

 

 

 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Em entrevista à CNN, hacker diz que Lula era o “foco” de Moro e Dallagnol



Na entrevista, o hacker Walter Delgatti disse que Moro era o mais interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão, respondeu acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”. Veja a íntegra da esclarecedora entrevista.

PT Comunicação

Assista ao VÍDEO


Em entrevista ao canal de televisão CNN, o hacker Walter Delgatti confirmou o que já um fato de domínio público. O ex-presidente Lula era o “foco” do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol. Segundo Delgatti, as mensagens trocadas entre os dois mostravam que eles tinham “interesse” no ex-presidente Lula. Delgatti disse que agiu por justiça, por considerar não haver “fato” para condenar Lula. Delgatti foi responsável pela divulgação das conversas entre os procuradores da Lava Jato.

Na entrevista, Delgatti disse que Moro era o mais interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão, respondeu acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”.  Moro condenou Lula sem provas, afastou o ex-presidente das eleições presidenciais de 2018 e assumiu o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Delgatti ainda disse que os procuradores mantinham empresários presos “até falar”. E cita o caso de Léo Pinheiro, de quem afirmavam não aceitar a delação se não falasse de Lula.

Durante sessão virtual da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (21), o deputado Rogério Correia (PT-MG) alertou para a gravidade do conteúdo da recente entrevista do hacker Walter Delgatti. Na opinião do deputado, a entrevista corrobora àquilo que a defesa do ex-presidente Lula vem afirmando desde o começo da operação. “Fizeram uma perseguição e levaram Lula à prisão sem nenhuma prova. Isso foi arquitetado com o Juiz Sérgio Moro”, acusou o deputado.

Veja a entrevista na íntegra:



Da Redação com PT na Câmara


No Twitter


 

 

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’




‘TEM ALGUMA COISA MESMO SÉRIA DO FHC?’


The Intercept_Brasil Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’

Parte 7

Sergio Moro não gostou do alvo tucano: 'melindra alguém cujo apoio é importante'.


Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de suspeitas contra o tucano.

Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.

À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques, sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.


  • Sérgio Moro, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Michel Temer na cerimônia de premiação “Brasileiros do Ano”, da Revista ISTOÉ, em 2016. Foto: Diego Padgurschi/Folhapress




FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1, 2, 3, 4 e 5, 6, 7, 8 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.

Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a análise sobre a prescrição.


A acusação que Dallagnol classificou como “recado de imparcialidade” já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu “ajudade campanha” a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998. “Ajuda de campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a ajuda de caixa oficial e não oficial”, afirmou o empresário, falando sobre caixa dois. “[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles.” O valor dos pagamentos não foi divulgado.


O depoimento permaneceu em segredo de justiça até abril de 2017, quando foi enviado para ser investigado pela Procuradoria da República de São Paulo e virou notícia. Mas já nasceu morto: os fatos estavam prescritos, e a investigação não poderia terminar em uma denúncia formal. Foi arquivada pela Justiça três meses depois.

Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho sempre foi movido pela “imparcialidade da atuação da Justiça”. Em entrevista aoEstadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via “[n]enhum viés político nas mensagens que me foram atribuídas.”

Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de fabricar uma falsa percepção pública de “imparcialidade”, sem, no entanto, colocar FHC em risco.

As conversas agora reveladas fazem parte de um lote dearquivos secretos enviados ao Intercept por uma fonte anônima (leia nossoeditorial e entenda). Os arquivos publicados até agora mostram, entre outras coisas, que a Lava Jato sempre teve muita preocupação com sua imagem pública, e seguia conselhos informais do então juiz Moro, o que é ilegal.


‘PORRA BOMBA ISSO’



  • Em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações. Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Foto: Antonio Scorza/AFP/Getty Images


Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar “melindrar” FHC.

Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário”, justificou Pozzobon. “A da LILS vocês já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC”, disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.

Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou duas imagens no grupo.

A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem – empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.


A secretária dá duas opções para o que ela chama de “doação”. Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. “Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente”, afirmou. Manuel respondeu que poderia fazer doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.


A segunda imagem encaminhada por Pozzobon era de um laudo daPolícia Federal daquele mesmo ano, que mostrava que a Odebrecht havia feito pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao iFHC entre dezembro de 2011 e de 2012.


Os policiais federais que fizeram o relatório explicaram que não foram atrás desses pagamentos ao iFHC porque os dados da Braskem não foram colocados à disposição deles. Mas ressaltaram: “É possível que outros pagamentos tenham sido feitos e não tenham sido encontrados” por causa das limitações dos dados ou caso tenham sido feitos por “meio de triangulação entre Grupo Odebrecht, o contratante do serviço (exemplo do evento APLA) e o Instituto Fernando Henrique Cardoso”.

Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores reagiram com empolgação:



A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário – e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.


Quase um ano e meio depois dessa conversa, o fim do sigilo da delação de Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, mostraria que o esquema de remessa de dinheiro aos institutos de FHC e de Lula tinha um modus operandi semelhante. A Fundação FHC – ex iFHC – disse ao Intercept que os valores recebidos foram regularmente contabilizados e que “não tem conhecimento de qualquer investigação ou denúncia do MPF tendo por base as doações feitas pela Odebrecht”.


‘DARÁ MAIS ARGUMENTOS PELA IMPARCIALIDADE’



  • Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a operação Lava Jato. Foto: Mauricio Lima/AFP/Getty Images

No ano seguinte às conversas dos procuradores, em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações (1, 2, 3). Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Em junho, o caso do filho de FHC foi mencionado no chat FT MPF Curitiba 3. A preocupação dos procuradores era, novamente, criar a percepção pública de imparcialidade da Lava Jato:



Três dias depois, no mesmo grupo, o assunto voltou a ser discutido.




Nós perguntamos ao Ministério Público Federal do Paraná, sede da força-tarefa da Lava Jato, quais são os ex-presidentes investigados e em que fase está cada um dos procedimentos. Também questionamos quais fatos envolvendo os ex-presidentes foram mandados para outros órgãos. Eles não responderam aos questionamentos e se limitaram a enviar as notas já divulgadaspela instituição, que dizem que não há ilegalidade nas trocas de mensagens reveladas pelo Intercept.

Em uma conversa com os procuradores Paulo Galvão e Carlos Fernando Santos Lima, em 20 de maio do ano passado, no entanto, Deltan Dallagnol relembrou quais foram os ex-presidentes investigados pela operação. Dilma Rousseff e FHC são os únicos que ficam de fora:


Antes da publicação desta reportagem, o Intercept procurou as assessorias do ministro Sergio Moro, do MPF no Paraná e em São Paulo, da Procuradoria Geral da República e da Fundação Fernando Henrique Cardoso, antigo iFHC.

A PGR disse que não vai se manifestar.

A Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo informou que “não cuidou de caso relativo a Fernando Henrique Cardoso. Desdobramento oriundo da Operação Lava Jato, relativo ao ex-presidente, veio para São Paulo junto com outros casos da ‘lista do Facchin’ e foi distribuído para uma procuradora que não integra o grupo”. O órgão afirmou que está esperando resposta da procuradora responsável pelo caso, mas confirma que a única investigação envolvendo FHC é a que foi arquivada.

A assessoria de Moro respondeu que ele “não comenta supostas mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa, que podem ter sido adulteradas e editadas e que sequer foram encaminhadas previamente para análise. Cabe esclarecer que o caso supostamente envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca passou pelas mãos do Ministro, então juiz da 13 Vara Federal de Curitiba, sendo encaminhado diretamente pelo Supremo Tribunal Federal a outros fóruns de justiça. Então, nenhuma interferência do então juiz seria sequer possível e nenhuma foi de fato feita”.

Já o MPF do Paraná, em um segundo contato, afirmou que “a divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito, agravada por um contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente obtido.” Para o MPF, os diálogos inteiros podem ter sido “forjados pelo hacker”. Eles disseram também que “um hackeamento ilegal traz consigo dúvidas inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará azo à divulgação de fake news”, dizendo que há uma “uma agenda político-partidária” nas reportagens.

O Intercept reafirma que as reportagens da série são publicadas assim que produzidas, editadas e checadas dentro de princípios editoriais rigorosos, e que o material é autêntico.

Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a operação Lava Jato. “O Brasil precisa de transparência. A Lava Jato está colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa”, afirmou. Ao Intercept, o ex-presidente disse, por meio de sua assessoria, que não teve conhecimento de nenhum inquérito ou denúncia relacionados à delação de Cerveró. Também afirmou desconhecer as menções sobre seu filho e a compra de votos nas eleições – por isso, “não sabe se teriam resultado em investigação ou denúncia”. A única confirmada pelo ex-presidente foi a investigação que terminou arquivada.

Após a divulgação da primeira leva de reportagens sobre as mensagens secretas da Lava Jato, FHC fez uma defesa pública de Moro: “O vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores…”, disse.



17 de novembro de 2015

Roberson – 20:29:48 – Meus caros, o que acham de instaurarmos um PIC para investigar, no mesmo procedimento, pagamentos efetuados pelo Grupo Odebrecht (e outras cartelizadas) ao LULA (via LILS e INSTITUTO) e ao FHC (via Fundação iFHC)? Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário, poderíamos oficiar todas as empreiteiras contratantes, verificar padrões indevidos, etc.
Roberson – 20:30:32 – A da LILS vocês já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC:
Roberson – 20:30:52


Roberson – 20:31:16 –


Roberson – 20:32:12 – Email da iFHC “GOSTARIA QUE VOCES VERIFICASSEM COM A BRASKEM QUAL A MELHOR MANEIRA PARA FAZER A DOAÇÃO. TEMOS AS SEGUINTES OPÇOES:
Roberson – 20:32:20 – DOAÇÃO DIRETA
Roberson – 20:32:51 – A ELABORAÇÃO DE UM CONTRATO, POREM NÃO PODEMOS DIZER QUE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SERÁ UMA PALESTRA DO PRESIDENTE
Roberson – 20:33:43 – E ai???? Querem mais baton na cueca?
Paulo Galvão – 20:35:08 – porra bomba isso
Roberson – 20:35:20 – Pois é!!!
Roberson – 20:35:39 – O que acha da ideia do PIC?
Roberson – 20:35:47 – Vai ser massa!
Paulo Galvão – 20:35:51 – Acho excelente sim Robinho
Roberson – 20:36:47 – Legal! Se os demais tb estiverem de acordo, faço a portaria amanha cedo
Roberson – 20:38:08 – Acho que vale até uma BA na Secretaria da iFHC que mandou o email. Ela é secretária da Presidencia!
Laura Tessler – 20:38:36 – Sensacional esse email!!!!
Roberson – 20:38:48 – Mais, talvez pudessemos cumprir BA nos três concomitantemente: LILS, Instituto Lula e iFHC
Paulo Galvão – 20:39:04 – De quando é esse email?
Roberson – 20:39:12 – Uma prova reforça a outra
Paulo Galvão – 20:39:24 – Questão é, FHC estamos investigando crime tributário apenas?
Roberson – 20:39:28 – Outubro de 2014!!!!!!!!!!!!!
Roberson – 20:39:52 – Provavelmente por isso a mençao de que não poderia ser palestra do FHC
Paulo Galvão – 20:39:52 – Vamos pedir a fiscal, ver se o dinheiro saiu para alguma campanha
Paulo Galvão – 20:40:16 – Pq se ficou lá e só crime tributário? Ou teria que achar uma obra do psdb para dizer que é propina
Roberson – 20:41:52 – Sim, esse aprofundamento é essencial
Paulo Galvão – 20:42:28 – Mas a ideia é excelente. Despolitizar
Paulo Galvão – 20:42:40 – Se bem q vc votou na Dilma hahaha
Roberson – 20:43:48 – MPF hahaha
Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?
Welter Prr – 21:51:24 – [áudio acidental]
Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom indício de corrupção do fhc/psdb antes
Dallagnol – 22:14:24 – Claro
Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC, BA e depois denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral



3 de junho de 2016

Dallagnol – 09:54:59 – Viram do filho do FHC?
Dallagnol – 09:56:20 – Creio que vale apurar com o argumento de que pode ter recebido benefícios mais recentemente, inclusive com outros contratos … Dará mais argumentos pela imparcialidade… Esses termos já chegaram, Paulo? Esse já tem grupo?
Paulo Galvão – 10:00:38 – Chegaram vários do Cervero, mas não sei se esse especificamente desceu
Paulo Galvão – 10:00:59 – Nos temos de qq forma todos os depoimentos na pasta
Dallagnol – 10:24:20 – Algum grupo se voluntaria? Eu acho o caso bacanissimo, pelo valor histórico. E recebendo naquela época pode ter lavagem mais recente pela conversão de ativos ou outro método como compra subfaturada de imóvel o que é mto comum…. Seria algo para analisar
Paulo Galvão – 10:26:33 – Deixa ver antes se desceu. Pode ter sido mandado p outro lugar, como os que foram p o rio (e isso é um dos temas q eu quero tratar na reunião)
P.N.I.. – 11:07:52 – Castor. Esse fato já era do nosso conhecimento? Ele tem alguma relevância?
Diogo – 11:09:52 – pra denúncia nao pq ela se restringe aos gastos do cartão de crédito com dinheiro da conta secreta do exterior.
Diogo – 11:10:03 – contudo, é fato relevante para continuidade das investigações
Diogo – 11:10:13 – mormente se este serviço nao foi prestado
Dallagnol – 17:03:07 – SUPRIMIDO
Paulo Galvão – 17:52:53 – divisão de tarefas atualizada na pasta: L:\CRIME\Deltan\FT-procuradores\COORDENACAO\Divisao de tarefas
Paulo Galvão – 17:57:32 – lá tem uma versão sem as novas frentes, que estou passando p toda a assessoria
P.N.I.. – 17:57:32 – lá tem uma versão sem as novas frentes, que estou passando p toda a assessoria
P.N.I.. – 18:10:15 – Pelo que entendi da mensagem do moro, ele tornou sem efeito a requisição do Mauat.
Welter Prr – 18:22:06 – Da lei Rounet?
Welter Prr – 18:22:15 – Rouanet?
Paulo Galvão – 18:43:06 – quem tem pendências com Bsb, por favor me encaminhe a relação inbox p eu atualizar a nossa lista de demandas semana que vem
Paulo Galvão –18:43:23 – Eles deram abertura para a gente minutar a petição de desmembramento do Pedro Correa por aqui
Athayde – 19:45:03 – [imagem não encontrada]
Orlando SP – 19:50:00 – Realmente, light
Dallagnol – 21:42:18 – Caros, há uma programação de que sub vai represetnar a lava jato no STJ até dezembro. O problema está em dezembro… será a SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:28 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:35 – bom termos essa pauta do subs do stj
P.N.I.. – 21:59:01 – Mestre, tudo bem? Vc acha que consegue me ajudar com isso? Abração! http://istoe.com.br/o-acerto-de-r-12-milhoes/ O acerto de R$ 12 milhões Em acordo de delação, Marcelo Odebrecht revela que a presidente Dilma cobrou pessoalmente doação de campanha para pagar via caixa dois o marqueteiro João Santana e o PMDB em 2014
P.N.I.. – 22:05:34 – SUPRIMIDO
P.N.I.. – 22:05:48 – Disse que não há nada disso.
P.N.I.. – 22:06:33 – Mas aqui sinto cheiro do Mauat, que se tornou amiguinho do MO.
Dallagnol – 23:00:04 – [imagem não encontrada]

4 de junho de 2016

Isabel Groba – 07:39:57 – Alguém vai hoje ou amanhã na FT? Eu precisava que fosse ligado o computador que eu uso para fazer acesso remoto.
P.N.I.. – 08:29:53 – “Queda a jato Há ministros caindo por causa da Lava-Jato. Mas tem um que deverá cair nas próximas horas por causa de um jato. Isto mesmo: um jato. Trata-se de Fábio Osório, advogado-geral da União, que provocou um fuzuê ao tentar embarcar esta semana para Curitiba, na Base Aérea. Negado o pedido, Osório deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica, dizendo ter status de ministro de Estado. A confusão chegou ao gabinete do presidente. Para complicar ainda mais a situação de Osório, Temer descobriu que Toffoli só revogou a sua decisão de demitir o presidente da EBC nomeado por Dilma porque o advogado-geral da União, que deveria fazer a defesa do governo, estava nessa fatídica viagem a Curitiba. Agora, até o padrinho do advogado, o ministro Eliseu Padilha, está pedindo sua cabeça ao presidente.”
Jerusa Viecilli – 08:37:58 –   😂😂😂😂
P.N.I.. – 08:48:18 – A informação é bem precisa
Welter Prr – 08:50:24 – Alguém está de sacanagem. A questão do vazamento vai ter que ser preliminar na reunião de segunda
Athayde – 11:55:34 – A regra hj sao os vazamentos…
P.N.I.. – 12:43:58 – https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/mpf-alerta-projetos-de-lei-sao-a-nova-estrategia-para-abafar-a-lava-jato-aqiei02udtdk1rqjjpr3souvw/
Welter Prr – 14:15:19 – ANEXO SUPRIMIDO
Welter Prr – 14:39:37 – O Globo: Temer decide demitir chefe da Advocacia-Geral da União 
https://glo.bo/2KZtn4Q
Welter Prr – 14:40:07 – Ministerio de breves
Jerusa Viecilli – 14:40:29 –😮
Jerusa Viecilli – 14:40:39 – Teu amigao, Welter! Hehehe
Welter Prr – 14:41:02 – Bah
Welter Prr – 14:41:25 – Amigao e tanto
Welter Prr – 14:43:03 – Ele se mostrou rápido demais
Dallagnol – 14:49:00 – Onde isso?
Dallagnol – 14:49:10  👍👍👍 👋👋👋   
Welter Prr – 14:52:03 – Na AGU
Dallagnol – 16:31:25 – Caracaxá
Dallagnol – 20:55:28 – Dizendo que Fabio veio a CWB falar com a FT-LJ… Houve algo relacionado a ele ou com a AGU nessa semana?
Dallagnol – 20:57:03 – O julgamento da apelação da OAS não era para ter sido na última quarta!
Dallagnol – 20:57:04 – ?
P.N.I. – 20:58:46 – Próxima
Roberson – 21:05:05 – Ele estava na cerimônia do prêmio da Ajufe e conversou conosco
Jerusa Viecilli – 21:06:16 – Comigo não!!!
Roberson – 22:20:11 – Kkkkk É vero! A Je ficou só fuzilando ele com os olhos. Acho, inclusive, que foi o princípio da queda 😂😂

5 de junho de 2016

Dallagnol – 11:56:05 – Um dos assuntos mais comentados do tt
Dallagnol – 14:27:12 – Curitiba promete dias curitibanos
Dallagnol – 14:27:17 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 14:28:02 – Aeroporto fechado agora
Dallagnol – 14:28:18 – Quem aposta que amanhã vamos e não vamos a BSB? rs
Dallagnol – 14:47:02 – Pessoal da Brigada está preocupado com a notícia de que a série da PF dirá que “a PF que investiga”. A nota fala do juiz é da PF, ignorando MP:
Dallagnol – 14:47:12 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 15:08:34 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:33:36 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:07 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:49 – SUPRIMIDO
Paulo Galvão – 16:03:45 – [imagem não encontrada]
Paulo Galvão – 16:04:00 – SUPRIMIDO
Julio Noronha – 20:28:07 – Falando de “mídia independente”:
Julio Noronha – 20:28:16 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:17 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:18 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha –20:28:18 – [imagem não encontrada]
Laura Tessler – 20:30:29 – aposto que é só coincidência!!! 😂😂😂
Dallagnol – 21:11:07 – Que absurdo!! Isso valeria ACPs em outros locais…

6 de junho de 2016

Diogo – 00:49:28 – SUPRIMIDO  🙊🙊🙊
Diogo – 00:50:13 – Ia ser engraçado pq este cara batia na lava jato.. Mas como a lava jato começou a pegar o pmdb ele ia ter Q apoia lá
Dallagnol – 07:07:00 – Que tal a FTLJ fazer uma moção de apoio a ela como capacitada etc para ser DG, sem mencionar lista triplice?
Orlando SP – 07:20:31 – Aí dá para fazer, inclusive podendo expressamente falar q independentemente de lista, a SUPRIMIDO é um nome excelente pará tal cargo.
Orlando SP – 08:17:31 – De outro lado, deve haver uma dúzia aguardando para ser o escolhido, q ficarão bem contrariados. Temer não cometerá este erro primário de colocar alguém desvinculado do MJ e dele próprio na PF. Ele não é amador
P.N.I.. – 10:52:46 – Creio que cada um no seu quadrado. Gosto da SUPRIMIDO, mas me sinto entrando em discussão de uma questão que vai além da simples simpatia. Pode ser um passo maior que a perna por parte dela. Além disso é um assunto de outra corporação.
Paulo Galvão – 11:41:26 – 304396.odt
Paulo Galvão – 11:41:46 – Segue petição de desmembramento do acordo do Cerveró – deixo p o grupo responsável analisar
Paulo Galvão – 11:42:39 – Mas vejo que, sobre o filho do FHC, é um termo que ficou no STF por conta do Delcídio e teria vindo para cá por cópia. É o mesmo termo que trata da GE, lembrando que a GE protocolou petição querendo colaborar e está fazendo investigação interna
Dallagnol – 12:04:38 – se veio pra cá, é nosso
Dallagnol – 12:04:40 – se veio pra cá com cópia, é nosso
Dallagnol – 12:04:46 – se pensaram em mandar pra cá, é nosso tb

DELTAN DALLAGNOL E SERGIO MORO

13 de abril de 2017
Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante


CHAT CONEXÃO BSB-CWB


13 de abril de 2017
Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de 96? Não tá prescrito? Teve inquérito?
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11  👍👍😉


DELTAN DALLAGNOL, PAULO GALVÃO E CARLOS FERNANDO SANTOS LIMA


20 de maio de 2018
Dallagnol – 01:46:42 – CF, só tem 2 (ex) presidentes presos: Lula e Humala no peru
Dallagnol – 01:48:12 – Opa o Jorge Glas no equador tb
Dallagnol – 01:48:38 – No BR, vou considerar como investigados Temer, Collor, Sarey e Lula
Dallagnol – 01:49:07 – (excluindo Dilma e FHC – não lembro de investigações sobre eles fora o que tá bem sigiloso da dilma, sem conclusão)
Dallagnol – 01:49:55 – Tem um quarto com prisão decretada, mas foragido, o Maurício Funes, de El Salvador
Dallagnol – 01:53:59 – segue artigo com atualiação dos números de presientes investigados e presos. Faltam estados do BR, que terei na segunda
Dallagnol – 01:54:08 – Quem pode olhar o artigo agora?
Dallagnol – 01:54:21 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 01:54:49 – CF, como PG viu depois de Vc, olha Vc o artigo agora e veja se está OK. Se não, faça alterações e passa pro Paulo. Seria bom se pudermos fechar na segunda.

21 de maio de 2018
Santos Lima – 12:58:22 – Fiz algumas substituições. Secretary of state é um dos ministérios. A palavra para ministério é cabinet. A FGV é uma think tank (ela mesma assim se coloca). “other ilicits é fraco, coloquei white collar and electoral crimes,
Santos Lima – 12:59:03 – Algumas frases soltas eu coloquei entre vírgulas. Ficou grande, mas creio que ficou mais readable.
Santos Lima – 12:59:25 – ANEXO SUPRIMIDO
Santos Lima – 13:01:48 – Tirei future na última frase e coloquei a brazilian progressive era para fechar com o começo.

22 de maio de 2018
Dallagnol – 10:28:04 – Vejo hoje





MORO PROTEGEU DESCARADAMENTE FHC (PSDB)



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