Os recentes incidentes de explosão envolvendo os pagers
Apollo levaram a um maior escrutínio, embora seja improvável que o uso de
pilhas alcalinas AAA padrão por esses dispositivos seja a causa
Em sua essência, o pager alfanumérico AP-900 funciona como
um dispositivo de comunicação sem fio que recebe mensagens por meio de sinais
de rádio. / Foto: TRT World
Em uma série recente de explosões mortais de pagers no
Líbano, um dispositivo da Apollo Pagers, uma empresa taiwanesa fundada na
década de 1980, surgiu como uma peça central de evidência.
O Pager Alfanumérico (AP-900) produzido pela Gold Apollo
Co., Ltd. foi identificado como um dos dispositivos que explodiram, matando e
ferindo dezenas de pessoas no Líbano.
Pelo menos nove pessoas morreram e mais de 2.750, incluindo
militantes do Hezbollah e médicos, ficaram feridos quando seus dispositivos de
busca explodiram no Líbano.
Surgiram especulações sobre como os dispositivos poderiam
ter explodido e causado tantas vítimas, especialmente um pager como o AP-900,
que funciona com pilhas alcalinas AAA.
Investigações iniciais sugerem que é improvável que a
configuração padrão da bateria do pager seja a causa das explosões.
Em vez disso, as autoridades estão se inclinando para a
possibilidade de que os dispositivos foram intencionalmente equipados com
materiais explosivos.
Se explosivos fossem colocados dentro do dispositivo antes
que ele chegasse aos membros do Hezbollah, ele poderia causar danos
significativos quando detonado por sinal.
O AP-900, popular nas décadas de 1990 e início de 2000, foi
projetado para receber e exibir mensagens de texto, tornando-se uma ferramenta
de comunicação essencial em vários ambientes profissionais e de emergência.
Apesar de sua simplicidade, o AP-900 opera em um sistema
sofisticado que garante que as mensagens sejam entregues com rapidez e
precisão.
Uma transmissão de mensagem começa em um terminal de
paginação central, que codifica a mensagem em um formato de sinal como FLEX ou
POCSAG.
Esse sinal é enviado por uma banda de frequência específica,
e o pager AP-900, procurando sinais que correspondam ao seu identificador
exclusivo, o recebe por meio de sua antena.
O pager então decodifica e exibe a mensagem na tela,
alertando o usuário com vibração, som ou ambos.
Além disso, o AP-900 pode armazenar várias mensagens para
revisão posterior.
O AP-900 pode ser hackeado?
Teoricamente, sim, o AP-900 pode ser hackeado, mas isso
exigiria conhecimento e equipamento especializados, mostram informações de
fontes abertas.
O método mais direto de comprometimento envolveria
interceptar e decodificar os sinais de rádio.
Como os pagers recebem mensagens por radiofrequências, esses
sinais podem ser interceptados por qualquer pessoa com o equipamento certo.
Embora as mensagens sejam codificadas, elas normalmente não
são criptografadas, o que significa que uma mensagem interceptada pode ser
facilmente decodificada.
Ataques mais sofisticados podem envolver o comprometimento
da infraestrutura de mensagens ou a adulteração física dos dispositivos durante
a distribuição.
Embora o pager alfanumérico AP-900 seja uma ferramenta de
comunicação confiável e eficiente, ele não está isento de potenciais
vulnerabilidades.
Os usuários, principalmente aqueles em funções
confidenciais, devem estar cientes dos riscos e tomar as precauções adequadas,
como usar canais de comunicação seguros e monitorar atividades incomuns.
À medida que a situação se desenrola, especialistas estão
concentrando seus esforços em descobrir toda a extensão da pré-manipulação e
suas implicações para a atual situação de segurança na região.
Pelo menos 1.000 militantes do Hezbollah ficaram feridos
após seus dispositivos de paginação sem fio explodirem, no que uma fonte
anônima do Hezbollah chamou de "ataque cibernético", em 17 de
setembro.
At least 1,000 Hezbollah militants were injured after their wireless paging devices exploded, in what an anonymous Hezbollah source called a ‘cyberattack,’ on September 17 pic.twitter.com/WX75upwgm6
Conforme as informações chegam sobre os beepers explodindo
no Líbano, parece mais provável que sejam explosivos implantados, não um hack.
Por quê? Muitos ferimentos consistentes e muito sérios. Se fossem baterias
superaquecidas explodindo, você esperaria muito mais pequenos incêndios e
falhas de ignição.
As information comes in about the exploding beepers in Lebanon, it seems now more likely than not to be implanted explosives, not a hack. Why? Too many consistent, very serious injuries. If it were overheated batteries exploding, you'd expect many more small fires & misfires.
Como o mundo reagiria se centenas de explosões acontecessem
em uníssono na cidade de Nova York, Washington, Paris ou Londres? Vergonha
eterna para os meios de comunicação que enquadram isso como um ataque contra
combatentes. Todas essas explosões ocorreram em áreas civis. Isso é terrorismo.
How would the world react if hundreds of explosions went off in unison in New York City, Washington, Paris, or London? Eternal shame upon the news outlets framing this as an attack against combatants. These blasts all occurred in civilian areas. This is terrorism.
'Pagers apitaram por 10 segundos...': Grande revelação do IRGC do Irã sobre as explosões no Líbano | Relatório
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC)
revelou que os pagers apitaram por cerca de 10 segundos antes de serem
detonados em Beirute, no Líbano. O New York Times, citando um membro
desconhecido do IRGC, disse que o bipe de dez segundos forçou os usuários a
segurar o pager perto dos olhos e do rosto para ler as mensagens. Isso explica
por que a maioria das vítimas tem ferimentos nos olhos e no rosto. Assista.
Uma importante testemunha no caso do Departamento de Justiça
dos Estados Unidos contra Julian Assange admitiu ter fabricado acusações
importantes na acusação contra o fundador do Wikileaks.
]MYND: SAMSETT / STUNDIN
Uma importante testemunha no caso do Departamento de Justiça
dos Estados Unidos contra Julian Assange admitiu ter fabricado acusações
importantes na acusação contra o fundador do Wikileaks. A testemunha, que
tem uma história documentada de sociopatia e recebeu várias condenações por
abuso sexual de menores e ampla fraude financeira, fez a admissão em uma
entrevista recentemente publicada em Stundin, onde também confessou ter
continuado sua onda de crimes enquanto trabalhava com Departamento de Justiça e
FBI e recebendo uma promessa de imunidade da acusação.
O homem em questão, Sigurdur Ingi Thordarson, foi recrutado
pelas autoridades dos EUA para construir um caso contra Assange depois de
induzi-los a acreditar que ele era um colega próximo dele. Na verdade, ele
se ofereceu voluntariamente para arrecadar dinheiro para o Wikileaks em 2010,
mas descobriu-se que usou essa oportunidade para desviar mais de US $ 50.000 da
organização. Julian Assange visitou o país natal de Thordarson, Islândia,
nessa época, devido ao seu trabalho com a mídia islandesa e membros do
parlamento na preparação da Icelandic Modern Media Initiative, um projeto de
liberdade de imprensa que produziu uma resolução parlamentar apoiando
denunciantes e jornalismo investigativo.
Os Estados Unidos estão atualmente buscando a extradição de
Assange do Reino Unido para julgá-lo por espionagem relacionada à liberação de
documentos classificados que vazaram. Se condenado, ele pode pegar até 175
anos de prisão. A acusação gerou temores pela liberdade de imprensa nos
Estados Unidos e em outros lugares e gerou fortes declarações em apoio a
Assange da Amnistia Internacional, Repórteres sem fronteiras, a equipa
editorial do Washington Post e muitos outros.
Autoridades americanas apresentaram uma versão atualizada de
uma acusação contra ele a um tribunal de magistrados em Londres no verão
passado. A veracidade das informações nele contidas é agora diretamente
contestada pela testemunha principal, em cujo depoimento se baseia.
Sem instruções de Assange
Os documentos do tribunal referem-se a Thordarson
simplesmente como “adolescente” (uma referência à sua aparência jovem em vez da
verdadeira idade, ele tem 28 anos) e à Islândia como “País 1 da OTAN”, mas não
faz nenhum esforço real para esconder a identidade de nenhum dos
dois. Eles pretendem mostrar que Assange instruiu Thordarson a cometer
invasões de computador ou hackear na Islândia.
O objetivo desse acréscimo à acusação era aparentemente para
escorar e apoiar a acusação de conspiração contra Assange em relação às suas
interações com Chelsea Manning. Essas ocorrências ocorreram na mesma época
em que ele residia na Islândia e os autores da acusação sentiram que poderiam
fortalecer seu caso alegando que ele também estava envolvido em atividades
ilegais lá. Diz-se que essa atividade inclui tentativas de hackear os
computadores dos membros do parlamento e gravar suas conversas.
Na verdade, Thordarson agora admite a Stundin que Assange
nunca lhe pediu para hackear ou acessar gravações telefônicas de MPs. Sua
nova alegação é que na verdade ele recebeu alguns arquivos de um terceiro que
alegou ter gravado MPs e se ofereceu para compartilhá-los com Assange sem ter
qualquer ideia do que eles realmente continham. Ele afirma que nunca
verificou o conteúdo dos arquivos ou mesmo se eles continham gravações de
áudio, como sugerido por uma fonte terceirizada. Ele admite ainda que a
alegação de que Assange o instruiu ou pediu para acessar computadores a fim de
encontrar tais gravações, é falsa.
No entanto, as táticas empregadas pelas autoridades
americanas parecem ter sido bem-sucedidas, como pode ser deduzido da decisão da
juíza do Tribunal de Magistrados, Vanessa Baraitser, em 4 de janeiro deste
ano. Embora ela tenha decidido contra a extradição, ela o fez puramente
por motivos humanitários relacionados aos problemas de saúde de Assange, risco
de suicídio e as condições que ele enfrentaria em confinamento nas prisões dos
Estados Unidos. Com relação às acusações reais feitas na acusação,
Baraitser apoiou os argumentos da equipe jurídica americana, inclusive citando
amostras específicas da Islândia que agora são seriamente questionadas.
Outros elementos enganosos podem ser encontrados na
acusação, e mais tarde refletidos no julgamento do Magistrado, com base nas
mentiras agora admitidas de Thordarson. Um é uma referência a documentos
bancários islandeses. A sentença do tribunal de magistrados diz: “Alega-se
que o Sr. Assange e o Adolescente fracassaram em uma tentativa conjunta de
descriptografar um arquivo roubado de um banco do“ país da OTAN 1 ””.
Sigurdur Ingi Thordarson
Thordarson admite a Stundin que na verdade se refere a um
evento bem divulgado em que um arquivo criptografado vazou de um banco islandês
e presumiu-se que continha informações sobre empréstimos inadimplentes
fornecidos pelo Landsbanki islandês. O banco faliu no outono de 2008,
junto com quase todas as outras instituições financeiras na Islândia, e
mergulhou o país em uma grave crise econômica. O arquivo estava nesta
época, no verão de 2010, compartilhado por muitos online que tentaram
decifrá-lo com o propósito de revelar o que precipitou a crise
financeira. Nada apóia a alegação de que esse arquivo foi “roubado” per
se, visto que foi assumido que foi distribuído por denunciantes de dentro do
banco falido.
Uma linguagem mais enganosa surge no julgamento acima
mencionado, onde afirma: “... ele [Assange] usou o acesso não autorizado que
lhe foi dado por uma fonte, para acessar um site do governo do país-1 da OTAN
usado para rastrear veículos da polícia.”
Essa representação deixa de fora um elemento importante, que
Thordarson esclarece em sua entrevista com Stundin. As informações de
login eram, na verdade, suas e não obtidas por nenhum meio nefasto. Na
verdade, ele agora admite que recebeu esse acesso como uma questão de rotina
devido ao seu trabalho como socorrista enquanto se voluntariava para uma equipe
de busca e resgate. Ele também diz que Assange nunca pediu tal acesso.
Revelando registros de bate-papo
Thordarson conversou com um jornalista de Stundin por várias
horas enquanto preparava um relatório investigativo completo sobre suas
atividades, que inclui registros de bate-papo nunca antes publicados e novos
documentos.
Os registros do bate-papo foram coletados pelo próprio
Thordarson e fornecem uma imagem abrangente de suas comunicações enquanto ele
era voluntário para o Wikileaks em 2010 e 11. Isso envolve suas conversas com a
equipe do WikiLeaks, bem como comunicações não autorizadas com membros de
grupos internacionais de hackers com os quais ele entrou em contato por meio de
sua função de moderador em um fórum IRC WikiLeaks aberto, que é uma forma de
chat online ao vivo. Não há indicação de que a equipe do WikiLeaks tivesse
conhecimento dos contatos de Thordarson com os grupos de hackers mencionados
anteriormente. Na verdade, os registros mostram seu engano claro.
As comunicações lá mostram um padrão em que Thordarson está
constantemente aumentando sua posição dentro do WikiLeaks, descrevendo-se como
chefe de gabinete, chefe de comunicações, número 2 na organização ou
responsável por recrutas. Nessas comunicações, Thordarson freqüentemente
pede aos hackers que acessem materiais de entidades islandesas ou ataquem sites
islandeses com os chamados ataques DDoS. Eles são projetados para
desativar sites e torná-los inacessíveis, mas não causar danos permanentes ao
conteúdo.
Stundin não consegue encontrar nenhuma evidência de que
Thordarson foi instruído a fazer esses pedidos por qualquer pessoa dentro do
WikiLeaks. O próprio Thordarson nem mesmo está afirmando isso, embora ele
explique isso como algo de que Assange estava ciente ou que ele interpretou de
forma que isso era esperado dele. Como essa suposta comunicação não verbal
ocorreu, ele não consegue explicar.
Além disso, ele nunca explicou por que o WikiLeaks estaria
interessado em atacar quaisquer interesses na Islândia, especialmente em um
momento tão delicado, enquanto eles estavam publicando um enorme tesouro de
cabogramas diplomáticos dos EUA como parte de uma parceria internacional de
mídia. Não se sabe que Assange teve quaisquer queixas com as autoridades
islandesas e, na verdade, estava trabalhando com membros do parlamento na
atualização das leis de liberdade de imprensa da Islândia para o século
XXI.
No radar do FBI
Os atos desonestos de Thordarson não se limitaram a
comunicações dessa natureza, já que ele também admite a Stundin que criou meios
de comunicação com jornalistas e fez com que a mídia pagasse por viagens
extravagantes ao exterior, onde se apresentava erroneamente como representante
oficial do WikiLeaks.
Ele também admite que roubou documentos da equipe do
WikiLeaks ao copiar seus discos rígidos. Entre eles estavam documentos de
Renata Avila, advogada que trabalhava para a organização e do senhor Assange.
Thordarson continuou a intensificar suas atividades ilícitas
no verão de 2011, quando estabeleceu comunicação com “Sabu”, o apelido online
de Hector Xavier Monsegur, um hacker e membro do infame grupo de hackers
LulzSec. Nesse esforço, todas as indicações são de que Thordarson estava
agindo sozinho, sem qualquer autorização, quanto mais insistência, de qualquer
pessoa dentro do WikiLeaks.
Hector Xavier Monsegur Um hacker e membro do infame grupo de
hackers LulzSec.
O que Thordarson não sabia na época era que o FBI prendeu
Sabu no início de junho de 2011 e o ameaçou para se tornar um informante e um
colaborador do FBI. Assim, quando Thordarson continuou seu padrão anterior
de solicitar ataques aos interesses islandeses, o FBI conheceu e viu uma
oportunidade de implicar Julian Assange.
Mais tarde naquele mês, um ataque DDoS foi executado contra
os sites de várias instituições governamentais.
Essa ação foi feita sob os olhos vigilantes do FBI, que deve
ter autorizado o ataque ou mesmo iniciado, já que Sabu era naquele momento o
seu homem. O que se seguiu foi um episódio em que parece óbvio que as
autoridades islandesas foram induzidas a cooperar sob falsos pretextos.
Ögmundur Jónasson era ministro do Interior na época e, como
tal, chefe político da polícia e do Ministério Público e diz sobre as
atividades dos EUA: “Eles estavam tentando usar as coisas aqui [na Islândia] e
usar as pessoas em nosso país para tecer uma teia, uma teia de aranha isso
pegaria Julian Assange ”.
“Eles estavam tentando usar coisas aqui [na Islândia] e
pessoas em nosso país para tecer uma teia, uma teia de aranha que pegaria
Julian Assange”
Ögmundur Jónasson
Jónasson lembra que, quando o FBI entrou em contato com as
autoridades islandesas em 20 de junho de 2011, foi para alertar a Islândia
sobre uma ameaça iminente e grave de intrusão contra computadores do
governo. Poucos dias depois, agentes do FBI voaram para a Islândia e se
ofereceram formalmente para ajudar a impedir esse grave perigo. A oferta
foi aceita e em 4 de julho uma carta rogatória formal foi enviada à Islândia
para selar a assistência mútua. Jónasson especula que já então os EUA estavam
preparando as bases para seu propósito final, não ajudar a Islândia, mas
enredar Julian Assange:
“O que tenho pensado desde então é se a fiação da web já
havia começado com a aceitação da carta rogatória estabelecendo uma cooperação
que pudesse usar como pretexto para visitas posteriores”, diz Jónasson.
Policiais islandeses foram enviados aos Estados Unidos para
coletar mais evidências desse chamado perigo iminente e Jónasson diz que não se
lembra de nada de substancial que saiu daquela visita e que nenhum outro ataque
foi feito contra os interesses islandeses.
Mas o FBI voltaria.
Autoridades islandesas enganadas pelos EUA
No final de agosto, Thordarson estava sendo perseguido pela
equipe do WikiLeaks, que desejava localizar o produto das vendas online de
mercadorias do WikiLeaks. Descobriu-se que Thordarson havia instruído os
fundos a serem enviados para sua conta bancária privada falsificando um e-mail
em nome de Julian Assange.
Thordarson viu uma saída e em 23 de agosto enviou um e-mail
para a Embaixada dos Estados Unidos na Islândia oferecendo informações em
relação a uma investigação criminal. Ele foi atendido por um telefonema e
confirmou que estava se oferecendo para ser um informante no caso contra Julian
Assange.
Os promotores e o FBI foram rápidos em responder e em 48
horas um jato particular pousou em Reykjavik com cerca de oito agentes que
rapidamente marcaram reuniões com Thordarson e com pessoas do escritório do
Ministério Público da Islândia e do Comissário da Polícia do Estado.
Ögmundur Jónasson Ex-Ministro do Interior da Islândia.
Ao meio-dia, o Sr. Jónasson, então Ministro do Interior,
ficou sabendo desta nova visita e solicitou a confirmação de que se tratava do
mesmo caso do início do verão. “Perguntei em que carta rogatória se
baseava esta visita e se era exatamente o mesmo”, disse Jónasson em entrevista
a Stundin. “Descobri então que se tratava de uma natureza totalmente
diferente da discutida anteriormente”. Ele diz que somou dois mais dois e
disse que era óbvio que a intenção era armar uma armadilha na Islândia para
Assange e outros membros da equipe do WikiLeaks.
Segundo Jónasson, tais ações estavam fora do âmbito do
acordo e, portanto, ele ordenou que toda a cooperação com os agentes fosse
interrompida e que eles seriam informados de que estavam agindo na Islândia sem
qualquer autoridade. Poucos dias depois, ele soube que os agentes e promotores
ainda não haviam deixado o país, então o Ministério das Relações Exteriores
contatou a embaixada dos Estados Unidos com a exigência de que interrompessem o
trabalho da polícia na Islândia e deixassem o país.
Eles o fizeram, mas partiram com o novo informante e
“testemunha estrela”, Sigurdur Ingi Thordarson, que voou com eles para a
Dinamarca.
Não um hacker, mas um sociopata
Thordarson foi apelidado de Siggi, o hacker da
Islândia. Na verdade, isso é um antônimo, já que várias fontes que Stundin
falou alegam que a capacidade de computador de Thordarson é servil. Isso é
apoiado por vários registros de bate-papo e documentos em que ele está
solicitando a assistência de outras pessoas para tarefas informáticas bastante
simples. Certa vez, ele até procurou a ajuda de um especialista do FBI
para enviar um vídeo de seu próprio telefone.
A reunião na Dinamarca foi a primeira de algumas em que o
FBI abraçou com entusiasmo a ideia de cooperação com Thordarson. Ele diz
que queriam saber tudo sobre o WikiLeaks, incluindo a segurança física dos
funcionários. Eles pegaram o material que ele reuniu, incluindo dados que
ele roubou dos funcionários do WikiLeaks e até planejou enviá-lo para a
Inglaterra por telegrama. Thordarson afirmou em entrevistas que recusou
esse pedido específico. Provavelmente porque ele não era mais bem-vindo,
pois sabia que as pessoas do WikiLeaks descobriram, ou estavam prestes a
estabelecer com firmeza, que ele havia desviado fundos da organização.
Após meses de colaboração, o FBI parece ter perdido o
interesse. Quase ao mesmo tempo, acusações foram se acumulando contra
Thordarson com as autoridades islandesas por fraude maciça, falsificações e
furto, por um lado, e por violações sexuais contra meninos menores de idade que
ele havia enganado ou forçado a atos sexuais, por outro.
Após longas investigações, Thordarson foi condenado em 2013
e 2014 e recebeu sentenças relativamente brandas, já que o juiz levou em
consideração que ele mudou seu argumento no tribunal e se declarou culpado de
todas as acusações.
De acordo com uma avaliação psiquiátrica apresentada ao
tribunal, Thordarson foi diagnosticado como um sociopata, incapaz de sentir
remorso, mas ainda culpado por suas ações. Ele foi avaliado para ser capaz
de compreender a diferença básica entre o certo e o errado. Ele simplesmente
não parecia se importar.
O encarceramento não parecia ter o efeito intencional de
impedir Thordarson de continuar sua vida de crime. Na verdade, ele decolou
e se expandiu em extensão e escopo em 2019, quando o DoJ da era Trump decidiu
revisitá-lo, dando a ele um status formal como testemunha na acusação contra
Julian Assange e concedendo-lhe imunidade em troca de qualquer acusação.
O problema do New York Times
No mês seguinte à prisão de Assange na Embaixada do Equador
em Londres, em 11 de abril de 2019, uma nova carta rogatória chegou ao
Ministério da Justiça da Islândia. Desta vez, o pedido era para receber
uma declaração formal de Thordarson, na Islândia, na presença de seu
advogado. O Ministério tinha um novo chefe político na época, que tinha
conhecimento limitado da história anterior do caso.
Embora o Departamento de Justiça tenha gasto recursos
extremos tentando construir um caso contra Julian Assange durante a presidência
de Obama, eles decidiram não acusar Assange. A principal preocupação era o
que foi chamado de “O problema do New York Times”, ou seja, havia tanta
dificuldade em distinguir entre as publicações do WikiLeaks e as publicações do
NYT do mesmo material que ir atrás de uma das partes representaria sérias
preocupações da Primeira Emenda.
Sigurdur Ingi Thordarson e Julian Assange
O procurador-geral nomeado pelo presidente Donald Trump,
William Barr, não compartilhava dessas preocupações, nem tampouco seu
vice-nomeado por Trump, Kellen S. Dwyer. Barr, que enfrentou severas
críticas por politizar o DoJ em nome do presidente, deu o pontapé inicial no
caso de Assange mais uma vez. O argumento deles era que, se pudessem
provar que ele era um criminoso em vez de um jornalista, as acusações
persistiriam, e era aí que o testemunho de Thordarson seria fundamental.
Em maio de 2019, foi oferecido a Thordarson um acordo de
imunidade, assinado por Dwyer, que concedia a ele imunidade de processo com
base em qualquer informação sobre atos errados que tivessem contra ele. O
acordo, visto por escrito por Stundin, também garante que o DoJ não
compartilhará tais informações para outros promotores ou agências de aplicação
da lei. Isso incluiria os islandeses, o que significa que os americanos
não compartilharão informações sobre crimes que ele possa ter cometido que
ameacem os interesses de segurança islandeses - e os americanos aparentemente
tinham muitos deles, mas ao longo dos anos não os compartilharam com seus
colegas islandeses.
Em qualquer caso, Assange nunca foi suspeito de qualquer
delito na Islândia. Stundin recebeu a confirmação disso do Procurador
Distrital da Islândia, a Polícia Metropolitana de Reykjavik. Assange não
tem nenhuma entrada na base de dados LÖKE de qualquer atividade policial ligada
a um indivíduo coletada pelo Comissário da Polícia do Estado da Islândia de
2009-2021.
O advogado de Assange também inquiriu no Ministério dos
Negócios Estrangeiros da Islândia se os pontos da sua acusação atualizada em
que a Islândia é referida como país da OTAN 1 significavam que o seu caso tinha
alguma relevância para a adesão da Islândia à OTAN, o acordo de defesa
bilateral entre os EUA e a Islândia ou qualquer segurança nacional
interesses. Todas essas ligações foram indeferidas em resposta do adido de
defesa do Ministério.
Imunidade e um novo crime pree
De acordo com informações obtidas por Stundin, o acordo de
imunidade entre DoJ e Thordarson foi apresentado na sede da polícia de
Reykjavik, onde a única função do policial islandês era confirmar a identidade
de Thordarson antes de deixá-lo sozinho com seu advogado na sala dos fundos
onde ele conheceu a delegação dos EUA.
É como se a oferta de imunidade, posteriormente garantida e
selada em uma reunião em DC, tivesse encorajado Thordarson a tomar medidas mais
ousadas no crime. Ele começou a tosquiar indivíduos e empresas em uma
escala maior do que nunca; geralmente, adquirindo ou formando entidades
legais, ele costumava pedir mercadorias emprestadas, alugar carros de luxo e
até mesmo encomendar grandes quantidades de mercadorias de atacadistas sem
qualquer intenção de pagar por essas mercadorias e serviços.
Sigurdur Ingi Thordarson
Thordarson também falsificou o nome de seu próprio advogado
em notificações ao registro da Company House, alegando falsamente ter aumentado
o patrimônio de duas empresas para mais de 800 mil dólares americanos. O
objetivo era utilizar estas entidades com sólidas posições financeiras no papel
num empreendimento imobiliário.
O advogado denunciou a falsificação à polícia, onde outros
casos semelhantes, junto com vários outros relatórios de furto e trapaças,
agora estão se acumulando.
Quando confrontado com evidências de todos esses crimes por
um jornalista Stundin, ele simplesmente admitiu tudo e explicou como uma
prática comercial normal. Ele ainda não foi autuado e ainda pratica esse
“negócio”. O jornal local DV relatou na semana passada que Thordarson
tentou encomendar mercadorias a crédito usando um novo nome de empresa,
Controle de Verminos da Islândia. Apesar de usar um nome falso e uma
máscara COVID, ele foi identificado e a transação foi interrompida. Ele
foi visto pela última vez fugindo em um Tesla branco, de acordo com DV.
Las nuevas revelaciones de un testigo clave del caso Julian
Assange deja tambaleándose la práctica totalidad de las acusaciones presentadas
por el Departamento de Justicia de EE.UU.
Watch: Bipartisan coalition of Australian parliamentarians from across the political spectrum call for proceedings against publisher Julian Assange to be dropped #auspol#Assange
“Voters expect us to hold accountable those who commit wrongdoing, not punish those who expose it” pic.twitter.com/SqX4JxaUhu
-Sr. Juez, ¿cuáles son los fundamentos teóricos de la energía oscura? -Yo estudié Derecho, no Física -Ah, pues explíqueme los fundamentos legales para que Assange siga preso -La energía oscura provoca que el Universo se expanda de forma acelerada, mediante…@inafinogenovapic.twitter.com/wG3VGvftmZ
Cristina Serra na Folha de SP: Sergio Moro no lixo da
história
O Supremo consagrou a vitória do devido processo legal, do Estado de Direito e da justiça
Na sessão do STF que examinou a equivalência entre turmas e
plenário como fóruns de decisão da corte, uma rápida discussão entre os
ministros Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandovski resumiu o cerne do que
estava em jogo: se vale tudo no Judiciário para perseguir e prender inimigos
políticos ou se ainda podemos acreditar na prevalência do devido processo
legal.
A Vaza Jato mostrou que o ex-juiz Sergio Moro sugeriu
pistas, informantes e estratégias aos procuradores da Lava Jato, ou seja,
tramou fora dos autos como chefe da investigação. Violou o direito básico do
réu a um juiz imparcial e desprezou o código de ética da magistratura.
O ministro Barroso considerou que a Vaza Jato revelou apenas
“pecadilhos”, “fragilidades humanas”, “maledicências”. A complacência não
passou em branco para Lewandovski, que lembrou outros excessos de Moro muito
antes da entrada em cena do hacker e do site The Intercept, como conduções
coercitivas e prisões preventivas excessivas.
Acrescento aqui a interceptação telefônica de advogados de
defesa e o vazamento do grampo ilegal de conversa entre Lula e a presidente
Dilma Rousseff. À época, a ilicitude mereceu apenas leve reprimenda do então
relator da Lava Jato, Teori Zavascki, morto em 2017, e o assunto foi encerrado
com pedido de “escusas” de Moro. Lewandovski assinalou também que as críticas
ao modus operandi do ex-juiz não podem ser confundidas com defesa da corrupção.
É uma distorção costumeira e que desqualifica esse debate.
Como o ministro Marco Aurélio Mello se aposentará em breve,
espera-se que seja rápido na devolução do caso ao plenário. O Brasil precisa
virar essa página. O que importa, porém, já está decidido. O Supremo consagrou
a vitória do devido processo legal, do Estado democrático de Direito e da
justiça. O ex-presidente Lula, impedido por Moro de concorrer em 2018, está
livre para disputar em 2022. E Moro irá para o lugar reservado aos canalhas: a
lata de lixo da história.
—
*Cristina Serra é paraense, jornalista e escritora. É autora dos livros
“Tragédia em Mariana – a história do maior desastre ambiental do Brasil” e “A
Mata Atlântica e o Mico-Leão-Dourado – uma história de conservação”.
Acompanhe a sessão do STF que
discute decisão da segunda turma que declarou suspeição de Sergio Moro no
julgamento de Lula na Lava Jato. 22 de abr. de 2021
Durante a sessão, vamos ter comentário e análise de
especialistas sobre a discussão no STF.
Em entrevista à TV 247, o hacker da Lava Jato contou que
Deltan Dallagnol perguntava ao ministro do STF “o que fazer, o que pegar de
jurisprudência, como convencer um juiz do STJ”... Walter Delgatti revelou ainda
que eles investigavam a vida de ministros que julgariam casos da Lava Jato para
poder pressionar sobre as decisões. Assista
Walter Delgatti, Luís Roberto Barroso e Deltan Dallagnol
(Foto: Reprodução / STF)
247- Walter Delgatti, o hacker que acessou
aparelhos de celular de cerca de 200 autoridades, entre elas os procuradores da
Lava Jato, tendo acesso a suas conversas do Telegram, revelou em entrevista à
TV 247 nesta terça-feira (16) que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís
Roberto Barroso era uma espécie de “conselheiro” do procurador Deltan
Dallagnol.
Questionado sobre a relação entre o ministro do STF e o
procurador, Delgatti respondeu: “Realmente, existia uma conversa entre eles bem
restrita. Uma conversa que não seria ideal para o cargo deles e o assunto era
sobre o cargo também, então seria algo imoral, antiético. Um relacionamento bem
restrito”.
“Mas orientava?”, perguntou o jornalista Joaquim de
Carvalho, que conduziu a entrevista. “Sim, orientava, era como se fosse um
conselheiro, onde ele contava o que estava acontecendo, pedia opiniões”. “O
Barroso compunha a primeira turma né, não julgava os casos da Lava Jato, então
ele (Deltan) perguntava o que fazer, o que pegar de jurisprudência, como
convencer um juiz do STJ… inclusive na época eles investigavam muito a vida de
um relator do STJ, acho que Felix Fisher”, relatou Delgatti, referindo-se ao
ministro do Superior Tribunal de Justiça (atualização: na verdade, Delgatti
confundiu-se com o então relator, ministro Ribeiro Dantas, como confirmaram novas mensagens divulgadas no dia seguinte à
entrevista).
E prosseguiu, revelando ainda ameaças e uma espécie de
dossiê contra quem podia ser eventualmente contra a Lava Jato no Judiciário:
“eles faziam uma análise de todas as decisões, do perfil, e montavam alguma
peça encurralando eles e enviavam para a PGR, na época a Raquel Dodge ou a
subprocuradora, montavam a peça, enviavam”.
De acordo com o hacker, a subprocuradora Luiza Frischeisen
era um contato dos procuradores. “Ela conseguia o que estava acontecendo lá e
vazava para eles. Os processos disciplinares dele... ela vazava antes de chegar
por meio oficial”, acrescentou.
“Então eles colocavam contra a parede, tanto no TRF4, no STJ
e no STF. Mas no TRF4 eles tinham conquistado já, difícil estava sendo no STF,
mas no STJ também”, disse ainda.
“Não me arrependo de nada”
Walter Delgatti disse não se arrepender da invasão, apesar
das consequências para sua vida pessoal, como a prisão. Ele foi preso em julho
de 2019, chegou a ser transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília,
e hoje está sob prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, morando na casa
da avó.
“Eu não me arrependo de nada. Eu me sinto orgulhoso demais.
Eu contribuí e vou contribuir muito mais ainda. Eu consegui provar o que
aconteceu comigo e o que eu fiz de certa forma vai ajudar muitas pessoas. A
sensação que eu tive quando eu consegui fazer isso é algo inexplicável. Eu sou
alguém”.
Delação premiada
Delgatti contou também que as autoridades fizeram forte
pressão para que ele fizesse acordo de delação premiada, tanto para que ele
próprio fosse solto quanto para libertar seus dois amigos - que nada têm a ver
com a invasão, segundo ele, mas também viraram alvo. “‘Se você não fizer o
acordo de delação você não vai sair’, o delegado dizia para mim. Toda hora eu
sofria esse tipo de pressão psicológica”.
“Eles não falavam de forma expressa, mas davam a entender
que eu precisava falar do Glenn [Greenwald] ou de alguém ligado ao Lula ou que
entregasse o montante [de dinheiro]. Mas eu não tinha recebido nada por isso (a
invasão) e eles colocaram um grampo na minha cela”, acrescentou.
Traidor de Lula
O ‘hacker de Araraquara’ revelou também que soube, pelas conversas, que o ex-presidente
Lula foi traído por uma pessoa próxima. Questionado se era uma pessoa que
fazia parte do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, respondeu
positivamente. E informou que foi uma ação - e não uma mensagem, ou declaração
- dessa pessoa que “acabou ajudando a Lava Jato e prejudicando Lula”.
Diálogos mostram, entre outras coisas, que Moro orientou a
acusação, o que é proibido por lei
Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgaram
trechos de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da
força-tarefa da Operação Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol.
Os diálogos, que fazem parte da Operação Spoofing, comprovam
que Moro orientou a acusação, o que é proibido por lei, e que a equipe de
Dallagnol manteve conversas clandestinas com autoridades dos Estados Unidos e
da Suíça – o que também é ilegal.
A revista
Veja publicou trechos das conversas na noite desta quinta-feira (28).
Segundo a defesa, foram analisados apenas cerca de 10% dos
740 gigabytes de dados fornecidos de mensagens apreendidas com o hacker Walter
Delgatti Neto.
Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016,
Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”.
Em outra, Moro orienta Deltan sobre sistemas da Odebrecht
Então o juiz diz que seriam necessárias perícias da PF e
laudos específicos: “do contrário, vai ser difícil usar”.
"Crimes de Moro e Dallagnol se enquadram na Lei de
Segurança Nacional" ☀
O professor de direito processual penal Fernando Hideo
analisa os vazamentos de diálogos entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol que
mostram o grau de cooperação entre ambos.
Lewandowski decreta sigilo no processo das mensagens de procuradores e Moro. Defesa de Lula, que pediu o segredo, já tinha colocado parte delas em uma petição. Veja MORO ORIENTANDO DALLAGNOL:https://t.co/4hoV39IUCv
Com as mensagens que a #LavaJato queria esconder da defesa do presidente Lula, mas que agora foram reveladas, a pergunta para @SF_Moro@deltanmd@RHPozzobon e os outros integrantes da quadrilha da #MáfiaJato é:
Na entrevista, o hacker Walter Delgatti disse que Moro era o
mais interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão,
respondeu acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”. Veja a íntegra da
esclarecedora entrevista.
Em entrevista ao canal de televisão CNN,
o hacker Walter Delgatti confirmou o que já um fato de domínio público. O
ex-presidente Lula era o “foco” do ex-juiz Sérgio
Moro e do procurador Deltan Dallagnol. Segundo Delgatti, as mensagens
trocadas entre os dois mostravam que eles tinham “interesse” no
ex-presidente Lula.
Delgatti disse que agiu por justiça, por considerar não haver “fato” para
condenar Lula. Delgatti foi responsável pela divulgação das conversas
entre os procuradores da Lava Jato.
Na entrevista, Delgatti disse que Moro era o mais
interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão, respondeu
acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”. Moro condenou Lula
sem provas, afastou o ex-presidente das eleições presidenciais
de 2018 e assumiu o Ministério da Justiça no
governo Bolsonaro. Delgatti ainda disse que os procuradores
mantinham empresários presos “até falar”. E cita o caso de Léo
Pinheiro, de quem afirmavam não aceitar a delação se não falasse de Lula.
Durante sessão virtual da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira
(21), o deputado Rogério Correia (PT-MG) alertou
para a gravidade do conteúdo da recente entrevista do hacker Walter
Delgatti. Na opinião do deputado, a entrevista corrobora àquilo que a
defesa do ex-presidente Lula vem afirmando desde o começo da operação. “Fizeram
uma perseguição e levaram Lula à prisão sem nenhuma prova. Isso foi arquitetado
com o Juiz Sérgio Moro”, acusou o deputado.
Uma farsa chamada lava-jato capitaneada por um juiz canalha e parcial e um moleque do MPF de Curitiba. Moro e Dallagnol quebraram construtoras, desempregaram milhões de Brasileiros, prenderam injustamente Lula e elegeram um fascista odioso e genocida! pic.twitter.com/9PIbRmAQ0S
The Intercept_Brasil - Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção
pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é
importante’
Parte 7
Sergio Moro não gostou do alvo tucano: 'melindra alguém cujo apoio é importante'.
Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador
Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele,
não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13
de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem
a respeito de suspeitas contra o tucano.
Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado
no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em
Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O
procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em
Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o
enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o
MPF] passar recado de imparcialidade”.
À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques,
sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser
seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas
meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público
ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de
corrupção contra ambos.
Sérgio Moro, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Michel Temer na
cerimônia de premiação “Brasileiros do Ano”, da Revista ISTOÉ, em 2016. Foto:
Diego Padgurschi/Folhapress
FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1, 2, 3,
4 e 5, 6, 7, 8 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os
possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.
Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou
a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam
procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele
recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a
análise sobre a prescrição.
A acusação que Dallagnol classificou como “recado de
imparcialidade” já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o
final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu “ajudade campanha” a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998. “Ajuda de
campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a
ajuda de caixa oficial e não oficial”, afirmou o empresário, falando sobre
caixa dois. “[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de
tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então
operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles.” O valor dos pagamentos não foi
divulgado.
Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava
Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial
divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do
Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho
sempre foi movido pela “imparcialidade da atuação da Justiça”. Em entrevista aoEstadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via “[n]enhum viés
político nas mensagens que me foram atribuídas.”
Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com
investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E
Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram
adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de
fabricar uma falsa percepção pública de “imparcialidade”, sem, no entanto,
colocar FHC em risco.
As conversas agora reveladas fazem parte de um lote dearquivos secretos enviados ao Intercept por uma fonte anônima (leia nossoeditorial e entenda). Os arquivos publicados até agora mostram, entre outras
coisas, que a Lava Jato sempre teve muita preocupação com sua imagem pública, e
seguia conselhos informais do então juiz Moro, o que é ilegal.
‘PORRA BOMBA ISSO’
Em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações. Em
uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por
causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo
Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Foto: Antonio Scorza/AFP/Getty
Images
Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol
de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso
muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar “melindrar” FHC.
Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador
Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF
Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos
institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa
atuação como se tivesse vies partidário”, justificou Pozzobon. “A da LILS vocês
já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da
Fundação iFHC”, disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou
notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos
quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.
Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou
duas imagens no grupo.
A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária
de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e
Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do
ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem –
empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira
para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.
A secretária dá duas opções para o que ela chama de “doação”. Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. “Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente”, afirmou. Manuel respondeu que poderia fazer doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.
A segunda imagem encaminhada por Pozzobon era de um laudo daPolícia Federal daquele mesmo ano, que mostrava que a Odebrecht havia feito
pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao iFHC entre dezembro de 2011 e de
2012.
Os policiais federais que fizeram o relatório explicaram que
não foram atrás desses pagamentos ao iFHC porque os dados da Braskem não foram
colocados à disposição deles. Mas ressaltaram: “É possível que outros
pagamentos tenham sido feitos e não tenham sido encontrados” por causa das
limitações dos dados ou caso tenham sido feitos por “meio de triangulação entre
Grupo Odebrecht, o contratante do serviço (exemplo do evento APLA) e o
Instituto Fernando Henrique Cardoso”.
Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar
a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos
recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam
prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores
reagiram com empolgação:
A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a
ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário
– e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O
argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto
Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.
Quase um ano e meio depois dessa conversa, o fim do sigilo
da delação de Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, mostraria que o esquema de
remessa de dinheiro aos institutos de FHC e de Lula tinha um modus operandi
semelhante. A Fundação FHC – ex iFHC – disse ao Intercept que os valores
recebidos foram regularmente contabilizados e que “não tem conhecimento de qualquer
investigação ou denúncia do MPF tendo por base as doações feitas pela
Odebrecht”.
‘DARÁ MAIS ARGUMENTOS PELA IMPARCIALIDADE’
Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht,
Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a
operação Lava Jato. Foto: Mauricio Lima/AFP/Getty Images
No ano seguinte às conversas dos procuradores, em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações (1, 2, 3). Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Em junho, o caso do filho de FHC foi mencionado no chat FT MPF Curitiba 3. A preocupação dos procuradores era, novamente, criar a percepção pública de imparcialidade da Lava Jato:
Três dias depois, no mesmo grupo, o assunto voltou a ser
discutido.
Nós perguntamos ao Ministério Público Federal do Paraná,
sede da força-tarefa da Lava Jato, quais são os ex-presidentes investigados e em
que fase está cada um dos procedimentos. Também questionamos quais fatos
envolvendo os ex-presidentes foram mandados para outros órgãos. Eles não
responderam aos questionamentos e se limitaram a enviar as notas já divulgadaspela instituição, que dizem que não há ilegalidade nas trocas de mensagens
reveladas pelo Intercept.
Em uma conversa com os procuradores Paulo Galvão e Carlos
Fernando Santos Lima, em 20 de maio do ano passado, no entanto, Deltan
Dallagnol relembrou quais foram os ex-presidentes investigados pela operação.
Dilma Rousseff e FHC são os únicos que ficam de fora:
Antes da publicação desta reportagem, o Intercept procurou
as assessorias do ministro Sergio Moro, do MPF no Paraná e em São Paulo, da
Procuradoria Geral da República e da Fundação Fernando Henrique Cardoso, antigo
iFHC.
A PGR disse que não vai se manifestar.
A Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo informou que “não
cuidou de caso relativo a Fernando Henrique Cardoso. Desdobramento oriundo da
Operação Lava Jato, relativo ao ex-presidente, veio para São Paulo junto com
outros casos da ‘lista do Facchin’ e foi distribuído para uma procuradora que
não integra o grupo”. O órgão afirmou que está esperando resposta da
procuradora responsável pelo caso, mas confirma que a única investigação
envolvendo FHC é a que foi arquivada.
A assessoria de Moro respondeu que ele “não comenta supostas
mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa, que
podem ter sido adulteradas e editadas e que sequer foram encaminhadas
previamente para análise. Cabe esclarecer que o caso supostamente envolvendo o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca passou pelas mãos do Ministro,
então juiz da 13 Vara Federal de Curitiba, sendo encaminhado diretamente pelo
Supremo Tribunal Federal a outros fóruns de justiça. Então, nenhuma
interferência do então juiz seria sequer possível e nenhuma foi de fato feita”.
Já o MPF do Paraná, em um segundo contato, afirmou que “a
divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito,
agravada por um contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir
se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente
obtido.” Para o MPF, os diálogos inteiros podem ter sido “forjados pelo
hacker”. Eles disseram também que “um hackeamento ilegal traz consigo dúvidas
inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará azo
à divulgação de fake news”, dizendo que há uma “uma agenda político-partidária”
nas reportagens.
O Intercept reafirma que as reportagens da série são
publicadas assim que produzidas, editadas e checadas dentro de princípios
editoriais rigorosos, e que o material é autêntico.
Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht,
Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a
operação Lava Jato. “O Brasil precisa de transparência. A Lava Jato está
colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa”, afirmou. Ao Intercept, o
ex-presidente disse, por meio de sua assessoria, que não teve conhecimento de
nenhum inquérito ou denúncia relacionados à delação de Cerveró. Também afirmou
desconhecer as menções sobre seu filho e a compra de votos nas eleições – por
isso, “não sabe se teriam resultado em investigação ou denúncia”. A única
confirmada pelo ex-presidente foi a investigação que terminou arquivada.
Após a divulgação da primeira leva de reportagens sobre as
mensagens secretas da Lava Jato, FHC fez uma defesa pública de Moro: “O
vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece
tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores…”,
disse.
17 de novembro de 2015
Roberson – 20:29:48 – Meus caros, o que acham de
instaurarmos um PIC para investigar, no mesmo procedimento, pagamentos
efetuados pelo Grupo Odebrecht (e outras cartelizadas) ao LULA (via LILS e
INSTITUTO) e ao FHC (via Fundação iFHC)? Assim ninguém poderia indevidamente
criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário, poderíamos oficiar
todas as empreiteiras contratantes, verificar padrões indevidos, etc.
Roberson – 20:30:32 – A da LILS vocês já sabem os indícios
para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC:
Roberson – 20:30:52 –
Roberson – 20:31:16 –
Roberson – 20:32:12 – Email da iFHC “GOSTARIA QUE VOCES
VERIFICASSEM COM A BRASKEM QUAL A MELHOR MANEIRA PARA FAZER A DOAÇÃO. TEMOS AS
SEGUINTES OPÇOES:
Roberson – 20:32:20 – DOAÇÃO DIRETA
Roberson – 20:32:51 – A ELABORAÇÃO DE UM CONTRATO, POREM NÃO
PODEMOS DIZER QUE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SERÁ UMA PALESTRA DO PRESIDENTE
Roberson – 20:33:43 – E ai???? Querem mais baton na cueca?
Paulo Galvão – 20:35:08 – porra bomba isso
Roberson – 20:35:20 – Pois é!!!
Roberson – 20:35:39 – O que acha da ideia do PIC?
Roberson – 20:35:47 – Vai ser massa!
Paulo Galvão – 20:35:51 – Acho excelente sim Robinho
Roberson – 20:36:47 – Legal! Se os demais tb estiverem de
acordo, faço a portaria amanha cedo
Roberson – 20:38:08 – Acho que vale até uma BA na Secretaria
da iFHC que mandou o email. Ela é secretária da Presidencia!
Laura Tessler – 20:38:36 – Sensacional esse email!!!!
Roberson – 20:38:48 – Mais, talvez pudessemos cumprir BA nos
três concomitantemente: LILS, Instituto Lula e iFHC
Paulo Galvão – 20:39:04 – De quando é esse email?
Roberson – 20:39:12 – Uma prova reforça a outra
Paulo Galvão – 20:39:24 – Questão é, FHC estamos
investigando crime tributário apenas?
Roberson – 20:39:28 – Outubro de 2014!!!!!!!!!!!!!
Roberson – 20:39:52 – Provavelmente por isso a mençao de que
não poderia ser palestra do FHC
Paulo Galvão – 20:39:52 – Vamos pedir a fiscal, ver se o
dinheiro saiu para alguma campanha
Paulo Galvão – 20:40:16 – Pq se ficou lá e só crime
tributário? Ou teria que achar uma obra do psdb para dizer que é propina
Roberson – 20:41:52 – Sim, esse aprofundamento é essencial
Paulo Galvão – 20:42:28 – Mas a ideia é excelente.
Despolitizar
Paulo Galvão – 20:42:40 – Se bem q vc votou na Dilma hahaha
Roberson – 20:43:48 – MPF hahaha
Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa
da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?
Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom
indício de corrupção do fhc/psdb antes
Dallagnol – 22:14:24 – Claro
Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC, BA e depois
denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para
influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral
Dallagnol – 09:56:20 – Creio que vale apurar com o argumento
de que pode ter recebido benefícios mais recentemente, inclusive com outros
contratos … Dará mais argumentos pela imparcialidade… Esses termos já chegaram,
Paulo? Esse já tem grupo?
Paulo Galvão – 10:00:38 – Chegaram vários do Cervero, mas
não sei se esse especificamente desceu
Paulo Galvão – 10:00:59 – Nos temos de qq forma todos os
depoimentos na pasta
Dallagnol – 10:24:20 – Algum grupo se voluntaria? Eu acho o
caso bacanissimo, pelo valor histórico. E recebendo naquela época pode ter
lavagem mais recente pela conversão de ativos ou outro método como compra
subfaturada de imóvel o que é mto comum…. Seria algo para analisar
Paulo Galvão – 10:26:33 – Deixa ver antes se desceu. Pode
ter sido mandado p outro lugar, como os que foram p o rio (e isso é um dos
temas q eu quero tratar na reunião)
Dallagnol – 21:42:18 – Caros, há uma programação de que sub
vai represetnar a lava jato no STJ até dezembro. O problema está em dezembro…
será a SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:28 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:35 – bom termos essa pauta do subs do stj
P.N.I.. – 21:59:01 – Mestre, tudo bem? Vc acha que consegue
me ajudar com isso? Abração! http://istoe.com.br/o-acerto-de-r-12-milhoes/ O
acerto de R$ 12 milhões Em acordo de delação, Marcelo Odebrecht revela que a
presidente Dilma cobrou pessoalmente doação de campanha para pagar via caixa
dois o marqueteiro João Santana e o PMDB em 2014
P.N.I.. – 22:05:34 – SUPRIMIDO
P.N.I.. – 22:05:48 – Disse que não há nada disso.
P.N.I.. – 22:06:33 – Mas aqui sinto cheiro do Mauat, que se
tornou amiguinho do MO.
Dallagnol – 23:00:04 – [imagem não encontrada]
4 de junho de 2016
Isabel Groba – 07:39:57 – Alguém vai hoje ou amanhã na FT?
Eu precisava que fosse ligado o computador que eu uso para fazer acesso remoto.
P.N.I.. – 08:29:53 – “Queda a jato Há ministros caindo por
causa da Lava-Jato. Mas tem um que deverá cair nas próximas horas por causa de
um jato. Isto mesmo: um jato. Trata-se de Fábio Osório, advogado-geral da
União, que provocou um fuzuê ao tentar embarcar esta semana para Curitiba, na
Base Aérea. Negado o pedido, Osório deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica,
dizendo ter status de ministro de Estado. A confusão chegou ao gabinete do
presidente. Para complicar ainda mais a situação de Osório, Temer descobriu que
Toffoli só revogou a sua decisão de demitir o presidente da EBC nomeado por
Dilma porque o advogado-geral da União, que deveria fazer a defesa do governo,
estava nessa fatídica viagem a Curitiba. Agora, até o padrinho do advogado, o
ministro Eliseu Padilha, está pedindo sua cabeça ao presidente.”
Dallagnol – 14:27:12 – Curitiba promete dias curitibanos
Dallagnol – 14:27:17 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 14:28:02 – Aeroporto fechado agora
Dallagnol – 14:28:18 – Quem aposta que amanhã vamos e não
vamos a BSB? rs
Dallagnol – 14:47:02 – Pessoal da Brigada está preocupado
com a notícia de que a série da PF dirá que “a PF que investiga”. A nota fala
do juiz é da PF, ignorando MP:
Dallagnol – 14:47:12 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 15:08:34 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:33:36 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:07 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:49 – SUPRIMIDO
Paulo Galvão – 16:03:45 – [imagem não encontrada]
Paulo Galvão – 16:04:00 – SUPRIMIDO
Julio Noronha – 20:28:07 – Falando de “mídia independente”:
Julio Noronha – 20:28:16 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:17 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:18 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha –20:28:18 – [imagem não encontrada]
Laura Tessler – 20:30:29 – aposto que é só
coincidência!!!😂😂😂
Dallagnol – 21:11:07 – Que absurdo!! Isso valeria ACPs em
outros locais…
6 de junho de 2016
Diogo – 00:49:28 – SUPRIMIDO🙊🙊🙊
Diogo – 00:50:13 – Ia ser engraçado pq este cara batia na
lava jato.. Mas como a lava jato começou a pegar o pmdb ele ia ter Q apoia lá
Dallagnol – 07:07:00 – Que tal a FTLJ fazer uma moção de
apoio a ela como capacitada etc para ser DG, sem mencionar lista triplice?
Orlando SP – 07:20:31 – Aí dá para fazer, inclusive podendo
expressamente falar q independentemente de lista, a SUPRIMIDO é um nome
excelente pará tal cargo.
Orlando SP – 08:17:31 – De outro lado, deve haver uma dúzia
aguardando para ser o escolhido, q ficarão bem contrariados. Temer não cometerá
este erro primário de colocar alguém desvinculado do MJ e dele próprio na PF.
Ele não é amador
P.N.I.. – 10:52:46 – Creio que cada um no seu quadrado.
Gosto da SUPRIMIDO, mas me sinto entrando em discussão de uma questão que vai
além da simples simpatia. Pode ser um passo maior que a perna por parte dela.
Além disso é um assunto de outra corporação.
Paulo Galvão – 11:41:46 – Segue petição de desmembramento do
acordo do Cerveró – deixo p o grupo responsável analisar
Paulo Galvão – 11:42:39 – Mas vejo que, sobre o filho do
FHC, é um termo que ficou no STF por conta do Delcídio e teria vindo para cá
por cópia. É o mesmo termo que trata da GE, lembrando que a GE protocolou
petição querendo colaborar e está fazendo investigação interna
Dallagnol – 12:04:38 – se veio pra cá, é nosso
Dallagnol – 12:04:40 – se veio pra cá com cópia, é nosso
Dallagnol – 12:04:46 – se pensaram em mandar pra cá, é nosso
tb
DELTAN DALLAGNOL E SERGIO MORO
13 de abril de 2017
Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que
vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar
prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para
passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois
melindra alguém cujo apoio é importante
CHAT CONEXÃO BSB-CWB
13 de abril de 2017
Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de
96? Não tá prescrito? Teve inquérito?
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11 –👍👍😉
DELTAN DALLAGNOL, PAULO GALVÃO E CARLOS FERNANDO SANTOS LIMA
20 de maio de 2018
Dallagnol – 01:46:42 – CF, só tem 2 (ex) presidentes presos:
Lula e Humala no peru
Dallagnol – 01:48:12 – Opa o Jorge Glas no equador tb
Dallagnol – 01:48:38 – No BR, vou considerar como
investigados Temer, Collor, Sarey e Lula
Dallagnol – 01:49:07 – (excluindo Dilma e FHC – não lembro
de investigações sobre eles fora o que tá bem sigiloso da dilma, sem conclusão)
Dallagnol – 01:49:55 – Tem um quarto com prisão decretada,
mas foragido, o Maurício Funes, de El Salvador
Dallagnol – 01:53:59 – segue artigo com atualiação dos
números de presientes investigados e presos. Faltam estados do BR, que terei na
segunda
Dallagnol – 01:54:08 – Quem pode olhar o artigo agora?
Dallagnol – 01:54:21 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 01:54:49 – CF, como PG viu depois de Vc, olha Vc
o artigo agora e veja se está OK. Se não, faça alterações e passa pro Paulo.
Seria bom se pudermos fechar na segunda.
21 de maio de 2018
Santos Lima – 12:58:22 – Fiz algumas substituições.
Secretary of state é um dos ministérios. A palavra para ministério é cabinet. A
FGV é uma think tank (ela mesma assim se coloca). “other ilicits é fraco,
coloquei white collar and electoral crimes,
Santos Lima – 12:59:03 – Algumas frases soltas eu coloquei
entre vírgulas. Ficou grande, mas creio que ficou mais readable.
Santos Lima – 12:59:25 – ANEXO SUPRIMIDO
Santos Lima – 13:01:48 – Tirei future na última frase e
coloquei a brazilian progressive era para fechar com o começo.