Deputado diz que, após assistir ao documentário
"Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do Brasil", que desmonta
a farsa sobre a "facada de Juiz de Fora", do jornalista Joaquim de
Carvalho, não tem dúvidas de que Carlos Bolsonaro “está por trás de tudo”
Alexandre Frota, Bolsonaro levando facada e Carlos Bolsonaro
(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Eduardo Barreto/CMRJ | Reprodução)
247 - O deputado Alexandre Frota declarou em
suas redes sociais nesta terça-feira (14) que, após assistir ao documentário
documentário "Bolsonaro e Adélio – uma fakeada no coração do
Brasil", que desmonta a farsa sobre a "facada de Juiz de
Fora", do jornalista Joaquim de Carvalho, não tem dúvidas de que Carlos
Bolsonaro “está por trás de tudo” .
"Sim, isso foi armado e tem o Carlos Bolsonaro por trás
de tudo . Assistam ao documentário. Minha parte foi feita, mas não vou ficar
ligando para deputado (a) pedindo assinatura. O caminho está aberto se quiserem
caminhar vamos juntos”, disse Frota.
Sim isso foi armado e tem o Carlos Bolsonaro por trás de tudo . Assistam ao documentario. Minha parte foi feita, mas não vou ficar ligando p Deputado (a) pedindo assinatura.O caminho está aberto se quiserem caminhar vamos juntos . https://t.co/JMoL0p6AxL
Carlos Bolsonaro, que é um dos investigados no inquérito sobre fake news conduzido
pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, reagiu ao
documentário.
Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil
O episódio em Juiz de Fora que decidiu a eleição em 2018
ainda tem muitas lacunas, mentiras e uma versão oficial que só interessa a
Bolsonaro, não ao país. Carlos Bolsonaro precisa ser investigado. É o que o
repórter investigativo Joaquim de Carvalho conta neste documentário.
Repórter investigativo Joaquim de Carvalho apontou todos os
furos do episódio usado por Jair Bolsonaro para fugir dos debates em 2018 e
exige a reabertura do caso
Bolsonaro levando facada e Joaquim de Carvalho (Foto:
Reprodução)
247 – O documentário "Bolsonaro
e Adélio - uma facada no coração do Brasil", feito pelo repórter
investigativo Joaquim de Carvalho, pelo cineasta Max Alvim e pelo cinegrafista
Eric Monteiro, com produção da TV 247 e financiamento coletivo de seus
assinantes e apoiadores, demonstrou todos os furos do episódio usado por Jair
Bolsonaro na disputa presidencial de 2018 para fugir dos debates e assim se
tornar presidente da República sem ser confrontado.
O filme, de uma hora e 44 minutos, demonstra, com riqueza de
detalhes, todas as inconsistências da história oficial – e mentirosa – que vem
sendo contada aos brasileiros desde então. Joaquim de Carvalho demonstra como
Adélio Bispo de Oliveira era um militante de direita, como esteve no mesmo
local em que Carlos Bolsonaro esteve dois meses antes do episódio, revela ainda
como os seguranças de Jair Bolsonaro protegeram Adélio e depois foram
promovidos e também narra como os prontuários foram escondidos e como o caso
foi usado como arma de propaganda para eleger Jair Bolsonaro.
Lançado na noite de ontem como estreia no Youtube, o filme
chegou a ter 15 mil espectadores simultâneos e já foi visto por dezenas de
milhares de internautas, recebendo fartos elogios do público pela excelência
jornalística. "O caso precisa ser reaberto e Carlos Bolsonaro deve ser
investigado", diz Joaquim de Carvalho:
Parabéns ao grande jornalista investigativo Joaquim de Carvalho por ter desmontado a maior farsa da história do Brasil. Um trabalho de excelência que é a peça jornalística mais importante de 2021 https://t.co/EkLn8duQQW
Em entrevista à TV 247, o hacker da Lava Jato contou que
Deltan Dallagnol perguntava ao ministro do STF “o que fazer, o que pegar de
jurisprudência, como convencer um juiz do STJ”... Walter Delgatti revelou ainda
que eles investigavam a vida de ministros que julgariam casos da Lava Jato para
poder pressionar sobre as decisões. Assista
Walter Delgatti, Luís Roberto Barroso e Deltan Dallagnol
(Foto: Reprodução / STF)
247- Walter Delgatti, o hacker que acessou
aparelhos de celular de cerca de 200 autoridades, entre elas os procuradores da
Lava Jato, tendo acesso a suas conversas do Telegram, revelou em entrevista à
TV 247 nesta terça-feira (16) que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís
Roberto Barroso era uma espécie de “conselheiro” do procurador Deltan
Dallagnol.
Questionado sobre a relação entre o ministro do STF e o
procurador, Delgatti respondeu: “Realmente, existia uma conversa entre eles bem
restrita. Uma conversa que não seria ideal para o cargo deles e o assunto era
sobre o cargo também, então seria algo imoral, antiético. Um relacionamento bem
restrito”.
“Mas orientava?”, perguntou o jornalista Joaquim de
Carvalho, que conduziu a entrevista. “Sim, orientava, era como se fosse um
conselheiro, onde ele contava o que estava acontecendo, pedia opiniões”. “O
Barroso compunha a primeira turma né, não julgava os casos da Lava Jato, então
ele (Deltan) perguntava o que fazer, o que pegar de jurisprudência, como
convencer um juiz do STJ… inclusive na época eles investigavam muito a vida de
um relator do STJ, acho que Felix Fisher”, relatou Delgatti, referindo-se ao
ministro do Superior Tribunal de Justiça (atualização: na verdade, Delgatti
confundiu-se com o então relator, ministro Ribeiro Dantas, como confirmaram novas mensagens divulgadas no dia seguinte à
entrevista).
E prosseguiu, revelando ainda ameaças e uma espécie de
dossiê contra quem podia ser eventualmente contra a Lava Jato no Judiciário:
“eles faziam uma análise de todas as decisões, do perfil, e montavam alguma
peça encurralando eles e enviavam para a PGR, na época a Raquel Dodge ou a
subprocuradora, montavam a peça, enviavam”.
De acordo com o hacker, a subprocuradora Luiza Frischeisen
era um contato dos procuradores. “Ela conseguia o que estava acontecendo lá e
vazava para eles. Os processos disciplinares dele... ela vazava antes de chegar
por meio oficial”, acrescentou.
“Então eles colocavam contra a parede, tanto no TRF4, no STJ
e no STF. Mas no TRF4 eles tinham conquistado já, difícil estava sendo no STF,
mas no STJ também”, disse ainda.
“Não me arrependo de nada”
Walter Delgatti disse não se arrepender da invasão, apesar
das consequências para sua vida pessoal, como a prisão. Ele foi preso em julho
de 2019, chegou a ser transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília,
e hoje está sob prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, morando na casa
da avó.
“Eu não me arrependo de nada. Eu me sinto orgulhoso demais.
Eu contribuí e vou contribuir muito mais ainda. Eu consegui provar o que
aconteceu comigo e o que eu fiz de certa forma vai ajudar muitas pessoas. A
sensação que eu tive quando eu consegui fazer isso é algo inexplicável. Eu sou
alguém”.
Delação premiada
Delgatti contou também que as autoridades fizeram forte
pressão para que ele fizesse acordo de delação premiada, tanto para que ele
próprio fosse solto quanto para libertar seus dois amigos - que nada têm a ver
com a invasão, segundo ele, mas também viraram alvo. “‘Se você não fizer o
acordo de delação você não vai sair’, o delegado dizia para mim. Toda hora eu
sofria esse tipo de pressão psicológica”.
“Eles não falavam de forma expressa, mas davam a entender
que eu precisava falar do Glenn [Greenwald] ou de alguém ligado ao Lula ou que
entregasse o montante [de dinheiro]. Mas eu não tinha recebido nada por isso (a
invasão) e eles colocaram um grampo na minha cela”, acrescentou.
Traidor de Lula
O ‘hacker de Araraquara’ revelou também que soube, pelas conversas, que o ex-presidente
Lula foi traído por uma pessoa próxima. Questionado se era uma pessoa que
fazia parte do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, respondeu
positivamente. E informou que foi uma ação - e não uma mensagem, ou declaração
- dessa pessoa que “acabou ajudando a Lava Jato e prejudicando Lula”.