A coordenadora nacional da ACD entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação. Assista ao vídeo:
O presidente Lula levantou uma questão crucial durante seu
discurso no Conselhão, que tem tido grande repercussão na grande mídia.
Ele provocou os interesses do mercado, acostumado a ter toda a dívida a seu
serviço ao questionar “Qual é o problema de endividar o país para empregar em investimentos?”
A coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorellli,
entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida
pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os
países ricos, e não para especulação, conforme explica no vídeo curto
disponível em nosso canal no Youtube
A coordenadora nacional da ACD entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação. Assista ao vídeo:https://t.co/cIgaREdhMupic.twitter.com/o5pnJQ4etj
Repórter investigativo Joaquim de Carvalho apontou todos os
furos do episódio usado por Jair Bolsonaro para fugir dos debates em 2018 e
exige a reabertura do caso
Bolsonaro levando facada e Joaquim de Carvalho (Foto:
Reprodução)
247 – O documentário "Bolsonaro
e Adélio - uma facada no coração do Brasil", feito pelo repórter
investigativo Joaquim de Carvalho, pelo cineasta Max Alvim e pelo cinegrafista
Eric Monteiro, com produção da TV 247 e financiamento coletivo de seus
assinantes e apoiadores, demonstrou todos os furos do episódio usado por Jair
Bolsonaro na disputa presidencial de 2018 para fugir dos debates e assim se
tornar presidente da República sem ser confrontado.
O filme, de uma hora e 44 minutos, demonstra, com riqueza de
detalhes, todas as inconsistências da história oficial – e mentirosa – que vem
sendo contada aos brasileiros desde então. Joaquim de Carvalho demonstra como
Adélio Bispo de Oliveira era um militante de direita, como esteve no mesmo
local em que Carlos Bolsonaro esteve dois meses antes do episódio, revela ainda
como os seguranças de Jair Bolsonaro protegeram Adélio e depois foram
promovidos e também narra como os prontuários foram escondidos e como o caso
foi usado como arma de propaganda para eleger Jair Bolsonaro.
Lançado na noite de ontem como estreia no Youtube, o filme
chegou a ter 15 mil espectadores simultâneos e já foi visto por dezenas de
milhares de internautas, recebendo fartos elogios do público pela excelência
jornalística. "O caso precisa ser reaberto e Carlos Bolsonaro deve ser
investigado", diz Joaquim de Carvalho:
Parabéns ao grande jornalista investigativo Joaquim de Carvalho por ter desmontado a maior farsa da história do Brasil. Um trabalho de excelência que é a peça jornalística mais importante de 2021 https://t.co/EkLn8duQQW
"Sou trabalhador", protestou o homem. Caso aconteceu na Cidade Ocidental, em Goiás
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra uma abordagem
policial truculenta contra um homem negro que fazia manobras de bicicleta em um
parque da Cidade Ocidental, em Goiás. O jovem youtuber Filipe Ferreira gravava
um vídeo para o seu canal quando foi surpreendido pela Polícia Militar. A
abordagem provocou protestos nas redes.
Enquanto realizava uma manobra de bicicleta, dois policiais
se aproximaram de Filipe já com gritos de ordem e pediram para o jovem se
afastar. “Deixa a bike ai. Estou mandando”, disse o policial. O jovem então
questiona: “Mandando? Não é assim não”.
Irritado, o policial sobe o tom contra o youtuber. “Coloca a
mão na cabeça”, diz o policial. “Não é assim que se trata uma pessoa”,
respondeu Ferreira, indignado. “É o procedimento”, continuou o agente.
Em seguida, o rapaz tira a camisa para mostrar “que não tem
arma”. Logo depois, é algemado. “Resiste aí para ver o que vai acontecer
contigo”, ameaçou o policial. “Eu sou trabalhador, tenho um canal no YouTube”,
tentava argumentar o jovem.
No Instagram, Ferreira postou o momento da abordagem, mas
não comentou sobre a ação. Algemar alguém desarmado, segundo a lei, “só é
lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou
de perigo à integridade física própria ou alheia”.
Nas redes sociais, jornalistas, artistas e parlamentares
chamaram atenção para o racismo estrutural por trás da abordagem. “Podre.
Nojento. Repulsivo. Patético. Abusivo. Revoltante”, escreveu Felipe Neto no
Twitter.
“Enquanto houver racismo, não haverá nação. Revoltante”, protestou
o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). “Isso é revoltante demais.
Chega a doer… o tratamento, a agressividade e o fechamento. Tá tudo errado”,
lamentou o rapper Rashid.
Confira o vídeo abaixo:
O que acontece se você for negro e estiver treinando manobras no parque com sua bike? Não sabe? Veja o que aconteceu hoje na Cidade Ocidental. pic.twitter.com/1fbu4LYL5O
A cease-fire between Hamas and Israel has been negotiated, but the occupation and apartheid are still alive as ever. @sanasaeed examines how media has covered the events and what needs to change in the future. pic.twitter.com/zucz4gomAE
As Palestinians return to their destroyed homes in Gaza after the ceasefire, an Israeli pilot said destroying Gaza’s residential towers was a way of “venting frustration.” pic.twitter.com/rbhE8zKjYF
Pelas periferias do país, milhares de jovens frequentam os bailes de funk - Foto: Mídia Ninja
Perseguidos pelo deputado que quebrou a placa de Marielle
Franco, Mcs foram intimados a depor por “apologia ao crime"
Às vésperas de completar um ano do massacre
de Paraisópolis, quando 9 jovens morreram no Baile da DZ7, o funk
voltou a ser notícia nas páginas policiais, graças ao deputado estadual Rodrigo
Amorim (PSL-RJ), que denunciou os Mcs Cabelinho e Maneirinho por apologia ao
crime, por conta da música “Migué”, lançada em parceria pelos dois
músicos.
Em 2018, Amorim, bolsonarista declarado, quebrou a placa com o nome da vereadora Marielle Franco,
ao lado do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e do ex-governador do Rio
de Janeiro Wilson Witzel (PSC), todos eram candidatos na época.
Cabelinho e Maneirinho,
que já prestaram depoimento à polícia, se manifestaram pelas redes
sociais. “É uma denúncia política, feita por um deputado do PSL. É
impressionante como preto favelado quando faz sucesso, pra essa gente só pode
ser bandido”, afirmou o primeiro. “Eu não li e nem assisti a nossa realidade.
Mas playboy interpretando o que acontece na favela, concorre ao Oscar”,
lamentou o segundo.
Thiago de Souza, dono do Canal
do Thiagson no Youtube, e doutorando na Escola de Música da
Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisa a musicologia do funk, saiu em
defesa dos Mcs em suas redes sociais e afirmou que “quem acusa o funk não deve
saber o significado da palavra ‘estética’, não sabe, ou não quer saber, que
certas letras são consequência e não a causa de problemas sociais.”
Thiago Souza: “Um baile grande é uma organização
política" / Foto: Arquivo Pessoal
Em entrevista ao Brasil de Fato, Souza lembrou
que a capoeira, o samba e o rap sofreram a mesma perseguição. “O funk nem
é visto como arte. Pelo fato dele tratar dos assuntos de uma forma mais direta,
ele sofre preconceito. O funk é arte, tem poesia, tem metáfora, enfim", aponta.
Souza considera que a origem desse preconceito contra o
gênero musical está “na origem preta e periférica” dos músicos.
"O funk não está preocupado em idealizar uma realidade,
ele fala diretamente sobre o que vive. Aí você cria um conflito, entre um país
como Machado de Assis falava, um país oficial, dos políticos, dos brancos e da
classe média, e o Brasil real”, defende.
Histórico
Para Renata Prado, diretora da Frente Nacional de Mulheres do Funk e
integrante da Frente de Dançarinas de Funk, a perseguição ao estilo musical tem
se intensificado e pode acabar em mais tragédias.
“Se nos próximos anos não pensarmos políticas públicas
que deem conta do funk na cidade, a chance de termos massacres como o de
Paraisópolis acontecendo constantemente, é muito grande", afirma.
Idealizador do Baile da Gaiola, na Penha, zona norte do Rio
de Janeiro, o DJ Rennan da Penha ficou preso preventivamente por oito meses em
2019, entre março e novembro.
O músico, que foi inocentado da acusação de associação ao
tráfico de drogas em primeira instância, teve a sentença revertida na segunda
instância e foi condenado a seis anos e oito meses de prisão. Um habeas corpus
do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu a soltura do músico.
A prisão do DJ motivou a campanha “DJ Não é Bandido”, que
foi encampada por diversos artistas no país. Rennan é acusado de ser olheiro do
tráfico na região da Penha e ter feito músicas para os criminosos. Na época, a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou a sentença e afirmou que se
tratava de “criminalização da arte popular.”
Prado afirma que o “momento político do país deve aumentar a
violência do Estado contra a população pobre e preta que vive nas periferias”.
A dançarina esteve à frente de protestos em dezembro de 2019, após 9 jovens
morrerem durante o Baile da DZ7, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo,
após ação da Polícia Militar para dispersar o evento.
Renata prado: "Temos o direito de ocupar a cidade
de
forma democrática" / Foto: Arquivo Pessoal
“Nós sabemos que foram policiais militares que
mataram esses jovens, todos com menos de 21 anos. Existe uma cultura de
massacre do movimento funk e isso precisa acabar. Infelizmente, o funk é
tratado como caso de Segurança Pública”, lamenta Prado.
A versão da PM era de que os jovens morreram asfixiados,
após milhares de pessoas correrem quando as viaturas chegaram ao local. Segundo
os moradores, as mortes ocorreram após os policiais agredirem os funkeiros. Na
época, 31 agentes que participaram da ação foram afastados pelo governo de São
Paulo. O caso segue em investigação e os culpados ainda não foram
apontados.
Entre abril de 2010 e junho de 2013, quatro Mcs e um
DJ foram assassinados na Baixada Santista: Careca, Duda do Marapé, Primo,
Felipe Boladão e DJ Felipe. Na época, familiares das vítimas e moradores da
região acusaram policiais militares pelos crimes. Os assassinos nunca foram
identificados.
"Quando mataram o Duda, eu estava indo fazer uma
atividade cultural com os meninos da Fundação Casa. O Duda pra mim foi
extermínio, quem fez está na rua", lembra o poeta Tubarão Dulixo, criado
na Baixada Santista e amigo de Duda do Marapé.
“Hoje, o funk toca na televisão e virou uma indústria. Mas
naquela época, era cada um por si, era submundo, marginalizado. Eu já fui mais
revoltado com isso, hoje eu consigo ter mais calma. Um estilo de música não é
um problema social”, conclui.
Duda do Marapé canta com amigos em Santos (Vídeo cedido por Tubarão Dulixo)
Na lista de músicos do funk presos, está na o MC Poze,
detido em setembro de 2019 por tráfico de drogas, associação ao tráfico,
incitação ao crime, apologia ao crime, corrupção de menores e por fornecer
bebida alcoólica a menores.
A operação policial ocorreu após uma denúncia de que o baile
em que o músico se apresentava, em Sorriso, no Mato Grosso, seria um ponto de
venda de drogas.
“Temos o direito de ocupar a cidade”
“Apesar de ser reprimido pela polícia, a massa funkeira não
vai deixar de ir ao baile, pois sabemos que temos o direito de ocupar a cidade
de forma democrática", afirma Prado. Apesar do histórico, ele acredita que
os bailes seguirão como uma das principais alternativas de lazer nas
periferias.
"O funk ocupa a cidade, mas não tem consciência de que
tem esse direito. Então, quando tem operação policial, a molecada corre. Isso
acaba se tornando algo cultural, você vai no baile funk sabendo que a qualquer
momento vai correr da polícia", relata.
Souza concorda com Renata Prado. “Tem ambivalência. Tem o
medo, mas tem outra coisa: quem que quer sair à noite pra curtir e aparece
a polícia enchendo o saco, jogando bomba, atirando bala de borracha, tomar
esculacho, enfim, ninguém quer isso. Agora, tem a vontade de resistir também. A
galera que sai, já sabe que pode tomar um enquadro no caminho. Ser funkeiro é
ser resistência.”
Por fim, Souza exalta a mobilização para que as festas
existam, apesar da repressão. “Um baile grande é uma organização política, a quebrada se prepara para um
baile, muita gente tem que se comprometer, muitas responsabilidades precisam
ser divididas e os próprios Mcs falam isso, que o baile é esse espaço de
resistência. Eles sabem disso.”
Desde o início do mandato, Jair Bolsonaro e o ministro da
Economia, Paulo Guedes, vêm anunciando a venda de várias empresas públicas que
pertencem à União. E a #privatização dessas empresas vai afetar diretamente a
sua vida.
Para te ajudar a compreender como as privatizações impactam
o seu dia a dia, o Brasil de Fato preparou uma série de 3 vídeos especiais
sobre a privatização das estatais anunciadas.
Confira o primeiro vídeo, que aborda a perspectiva econômica
das privatizações e mostra como essa medida é vista no resto do mundo.
Pela primeira vez, o Brasil possui uma secretaria para
promover #privatizações:
a Secretaria Especial de Desestatização, #Desinvestimento
e Mercados, vinculada ao Ministério da Economia, de Paulo Guedes. A pasta foi
criada para implementar a política de privatizações das empresas estatais
federais.
A venda dessas empresas, em geral, é defendida por argumentos como
ineficiência, decadência, prejuízos financeiros, equipamentos antigos, encarecimento
e corrupção. Mas, antes que elas se tornem empresas precarizadas, existem
estratégias para torná-las cada vez mais ineficientes e justificar a
privatização como única saída possível para sua melhora e atualização.
Este
vídeo faz parte da série especial do Brasil de Fato sobre a política de
privatizações de empresas No primeiro vídeo, falamos sobre os interesses que
guiam essa política. Neste explicamos o processo quejustifica que uma empresa, como Correios, Banco do Brasil, Petrobrás ou
Eletrobrás, por exemplo, seja colocada a venda.
O que acontece quando um serviço deixa de ser público e
passa a pertencer a uma empresa privada? Será que a #privatização
da #Eletrobras
deixará sua conta de luz mais cara ou mais barata? E se o serviço de água e
esgoto for privatizado?
No Twitter
Economia um caos, desemprego, brasileiros sem renda no meio de 1 pandemia, pequenas empresas fechando as portas e a solução do guru do governo é: vamos privatizar tudo! Essa é a lógica neoliberal de Guedes, Bolsonaro e cia, entregar nosso patrimônio e esquecer de cuidar do povo. pic.twitter.com/QsxLVnVPJM
DURANTE A DÉCADA DE 90, O BRASIL SOFREU UMA DESCONSTRUÇÃO
CRIMINOSA ATRAVÉS DO ENTREGUISMO DE FHC.
NÃO FOI SOMENTE O BRASIL A SOFRER PRIVATIZAÇÕES CRIMINOSAS,
OUTROS PAÍSES TAMBÉM PASSARAM PELA MESMA REALIDADE. NESTE VÍDEO, EU ABORDO A
QUESTÃO DAS PRIVATIZAÇÕES EM DETRIMENTO DA SOBERANIA DO PAÍS.
Um levantamento feito pela empresa de análise de dados
Novelo Data constatou que 2.015 vídeos publicados por canais bolsonaristas no
Youtube desapareceram da plataforma desde o início de junho. Dos 81 produtores
de conteúdos observados pela equipe da Novelo, pelo menos 37 tiveram vídeos
apagados este mês. O recordista em exclusões foi o canal Gigante Patriota, com
menos 1.300 vídeos disponíveis para os usuários da rede — 94% deles foram
removidos no último fim de semana. Há motivos diversos que podem ter levado ao
sumiço das publicações.
Desde o fim de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), vem autorizando diligências contra blogueiros,
empresários e parlamentares que compõem a base de apoio do presidente Jair
Bolsonaro na internet. Há uma suspeita de que ataques à Corte tenham tido
alcance turbinado com a ajuda dessas pessoas. O mesmo pode ter acontecido com a
realização de manifestações antidemocráticas. A exclusão de vídeos pode estar
relacionada com uma tentativa dos canais de não serem enquadrados nas apurações
que tramitam no tribunal, no caso dos ataques virtuais, e na Procuradoria-Geral
da República (PGR), no caso dos protestos.
Um dos personagens mais conhecidos entre os alvosdas decisões
de Moraes, o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, teve 272 vídeos
apagados neste mês, até o último sábado. Santos foi alvo de buscas e apreensões
duas vezes.
Outros canais também tiveram números expressivos de vídeos
apagados até o último sábado. Foram os casos, por exemplo, do Foco do Brasil
(66 vídeos a menos); Notícias News N. N. (45 vídeos a menos); Notícias
Políticas (43 vídeos a menos); Ficha Social (40 vídeos a menos); Seu Tube (33
vídeos a menos) e Folha Política (24 vídeos a menos).
Os motivos para que os vídeos desapareçam do Youtube são
diversos. Eles podem ser apagados por quem os publicou; retirados da listagem
pública (e, portanto, seguem disponíveis para determinados usuários) e apagados
pela própria plataforma por violarem condições de uso — neste último caso, um
aviso sobre ocorrências deste tipo é exibido no lugar do conteúdo. Essas
possibilidades foram esclarecidas pela Google, administradora da plataforma, ao
Sonar (leia a nota na íntegra no fim da reportagem). A empresa, no
entanto, não comenta casos específicos.
Comportamento expressivo no intervalo de um ano
O programador Guilherme Felitti, fundador da Novelo, explica
que o levantamento não encontrou avisos de violação das normas do Youtube. Essa
é uma das evidências que o leva a crer que são os próprios youtubers que estão
efetuando as retiradas de seus vídeos do site. O monitoramento em questão é
feito há um ano, mas só agora as exclusões de conteúdos foram tão expressivas.
Em março, por exemplo, os canais deletaram 695 vídeos. Em abril, 247. Em maio,
foram 1.112 — número já ultrapassado antes do fim de junho.
— A maioria dos vídeos foram deletados uma semana após
a operação de busca e apreensão dentro do inquérito de fake news. Existe
um comportamento parecido desses youtubers entre maio e junho — explica
Felitti, complementando: — Não é possível identificar uma estratégia clara, no
entanto. Em alguns desses canais que deletaram vídeos ou esconderam vídeos,
ainda há vídeos que atacam o STF. Não é como se eles tivessem apagado todos os
vídeos mencionando a Corte. Não encontramos um fio condutor dessa
estratégia.
Para Felitti, o Youtube deveria ser objeto de mais atenção
no Brasil. Ele classifica a plataforma como um "mamute", dada a sua
relevância. No entanto, ainda de acordo com o programador, há poucas
iniciativas que compilem dados e façam o trabalho de registro da memória desta
rede. No caso da Novelo, esse processo acontece por meio da aplicação de uma
Application Programming Interface (API) (ou Interface de Programação de
Aplicativos, em português).
— O Brasil sempre tem uma cultura muito calcada em
televisão. O brasileiro sempre adorou a TV e não é à toa que o Youtube faz um
sucesso tremendo por aqui. Há uma força cultural na plataforma: a gente usa
muito, vê muito, estamos sempre lá. E é inevitável que essa cultura
derrame na política —justifica Felitti, que afirma: — A gente precisa
se organizar para entender como esses movimentos sociais se estruturaram no
Youtube. Quem são as pessoas, as práticas e o que elas fazem.
A Novelo já havia feito levantamento sobre o Youtube
observando os conteúdos que a plataforma selecionou aqueles que estavam mais
"em alta" para os usuários brasileiros nas eleições de 2018. A
empresa de análise de dados constatou que a maior parte dos conteúdos exibidos
como os mais populares eram desfavoráveis ao Partido dos Trabalhadores (PT),
adversário de Bolsonaro no segundo turno do pleito naquele ano.
Nos próximos dias, canais de Youtube posicionados à esquerda
do espectro político também estarão em foco a partir de novos estudos
divulgados pela Novelo.
Em nota sobre o caso, o Youtube informou: "Não
comentamos casos específicos. O YouTube é uma plataforma de vídeo aberta e qualquer
pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as
nossas diretrizes da comunidade. Além disso, o próprio responsável pelo canal
pode escolher não compartilhar mais determinado conteúdo ou deixá-lo em modo
privado. Em casos assim, a plataforma costuma exibir a mensagem ‘Vídeo
indisponível’."
A primeira versão desta reportagem, publicada às 20h do
dia 22 de junho de 2020, afirmava que 2.100 vídeos foram apagados em junho. A
segunda, às 20h45m, atualizou esse número para 2.015, a pedido da Novelo Data.
ódio
na mira da justiça, movimentos antirracistas e antifascistas, em Washington DC,
Estados Unidos tentam derrubar estátua
de ex-presidente genocida e escravagista, Alexandre Moraes derruba sigilo em
operação da PF, Wassef planejava sequestro de jornalista, Bolsonaro se aproxima
de seu favorito para o Ministério da Educação, batalhão de choque faz operação
na casa de familiares de Queiroz em Minas Gerais.
Ex-presidente realiza segunda conversa com veículos
independentes desde que teve início a quarentena do coronavírus
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
concede entrevista coletiva às 15h desta quinta-feira (11) para canais da mídia
alternativa. A entrevista é transmitida pelo canal de Lula no Youtube e nos
canais dos entrevistadores.
É a segunda conversa com a mídia alternativa do
ex-presidente desde o início do período de quarentena. Lula está cumprindo
isolamento desde o retorno, em 12 de março, de viagem para a Europa -– Genebra,
Berlim e Paris, onde recebeu título de cidadão honorário.
Participam Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania,
Leonardo Stoppa. Samuel Borelli, Cynara Menezes, do Socialista Morena,
Thiago dos Reis, do Plantão Brasil, João Antonio, do Click
Política, Ronny Telles, Ana Roxo, Rogério Anitablian e Altamiro Borges,
do Centro de
Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
View of Brazil's state-controlled oil company Petrobras
headquarters in Rio de Janeiro, Brazil, on March 9, 2020. - Petrobras' shares
droped more than 24 percent after global oil prices fell more than 30 percent,
the biggest drop since the 1991 Gulf War. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP)
(Photo by MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images)
Canais no YouTube investigados pela PF (Polícia Federal) por
ataques e ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal) recebem verba publicitária
de estatais. Os veículos defendem o fechamento do Congresso Nacional e pedem
uma intervenção militar no Brasil.
Segundo reportagem do jornal O Globo, com base em dados
obtidos pela Lei de Acesso à Informação, 28.845 anúncios da Petrobras e da
Eletrobras foram veiculados nestes canais entre janeiro de 2017 e julho de
2019, antes e durante o governo Bolsonaro. A Secom (Secretaria Especial de
Comunicação Social) aponta que 390.714 anúncios tiveram como destino 11
veículos com o mesmo perfil entre junho e agosto do ano passado. A verba foi
destinada para a campanha sobre a Reforma da Previdência.
No sistema de publicidade digital utilizado por Petrobras e
Eletrobras, as empresas definem um público-alvo e contratam agências para
executar as campanhas. Estas repassam a verba das ações para intermediárias,
conhecidas no mercado publicitário como “redes de conteúdo”. No caso das
estatais, a empresa contratada foi a multinacional Reachlocal, responsável por
pagar o YouTube, que pertence ao Google e distribui anúncios de acordo com seu
algoritmo, mesclando o perfil desejado pelo cliente e os canais com mais
audiência dentro deste espectro.
Entre os blogueiros que receberam verba publicitária da
Petrobras e que são investigados pelo STF, estão Allan dos Santos, do canal
Terça Livre, Enzo Leonardo Suzi Momenti, do canal Enzuh, e Bernardo Pires
Kuster. O Terça Livre veiculou 3.490 anúncios pagos pela Petrobras. O canal de
Kuster no YouTube, 3.602 anúncios. O canal de Momenti, 1.192. A Eletrobras teve
divulgados 536 anúncios no canal de Kuster, 398 no Terça Livre e 273 no de
Momenti.
Canal que mais veiculou anúncios da Petrobras, com 10.027, O
Giro de Notícias é conhecido por criticar o STF e por defender a intervenção
militar. Em sua descrição, o veículo afirma que é “independente” e que “não
recebe dinheiro de empresas públicas”. O administrador, Alberto Silva, veiculou
2.355 anúncios da Eletrobras no canal de notícias e 1.950 em seu pessoal.
“O STF brinca com a nossa população. Acha que nós somos
trouxas, que nós somos idiotas, um bando de paspalhos. Fazem o que quiser,
fazem banquetes, festas, arruaça com o nosso dinheiro, mas está chegando a um
ponto que o Brasil não aguenta mais. Está chegando a um ponto em que teremos
que falar, sim, numa possível intervenção, num possível estado de sítio
defendendo o nosso povo, defendendo a nossa lei”, disse o youtuber em um vídeo.
O site Jornal da Cidade On Line, que publicou notícias
falsas durante as eleições de 2018 e, na última semana, foi alvo da medida do
TCU (Tribunal de Contas da União) para o bloqueio de comerciais do Banco do
Brasil, recebeu por 36 anúncios da Petrobras.
As estatais e a Secom alegam que não direcionaram as verbas
para os veículos, embora, segundo o Google (dono do YouTube) seja possível
impedir que um determinado canal receba publicidade.
Canais no YouTube que atacam STF e pedem intervenção militar receberam verbas estatais (Recursos públicos) https://t.co/tv7p7Dx1rq
Canais no YouTube de bolsonaristas que atacam o STF e a
democracia receberam verbas públicas. 72% dos brasileiros rejeitam plano
bolsonarista de armar a população. Eaas e outras notícias no vídeo.