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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Fattorelli comenta fala do presidente Lula sobre dívida para investimento


A coordenadora nacional da ACD entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação. Assista ao vídeo:




O presidente Lula levantou uma questão crucial durante seu discurso no Conselhão, que tem tido grande repercussão na grande mídia. Ele provocou os interesses do mercado, acostumado a ter toda a dívida a seu serviço ao questionar “Qual é o problema de endividar o país para empregar em investimentos?”

A coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorellli, entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação, conforme explica no vídeo curto disponível em nosso canal no Youtube


 

Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida


terça-feira, 14 de setembro de 2021

Documentário sobre fakeada de Juiz de Fora é sucesso de público e de crítica


Repórter investigativo Joaquim de Carvalho apontou todos os furos do episódio usado por Jair Bolsonaro para fugir dos debates em 2018 e exige a reabertura do caso


Bolsonaro levando facada e Joaquim de Carvalho (Foto: Reprodução)


247  O documentário "Bolsonaro e Adélio - uma facada no coração do Brasil", feito pelo repórter investigativo Joaquim de Carvalho, pelo cineasta Max Alvim e pelo cinegrafista Eric Monteiro, com produção da TV 247 e financiamento coletivo de seus assinantes e apoiadores, demonstrou todos os furos do episódio usado por Jair Bolsonaro na disputa presidencial de 2018 para fugir dos debates e assim se tornar presidente da República sem ser confrontado.

O filme, de uma hora e 44 minutos, demonstra, com riqueza de detalhes, todas as inconsistências da história oficial – e mentirosa – que vem sendo contada aos brasileiros desde então. Joaquim de Carvalho demonstra como Adélio Bispo de Oliveira era um militante de direita, como esteve no mesmo local em que Carlos Bolsonaro esteve dois meses antes do episódio, revela ainda como os seguranças de Jair Bolsonaro protegeram Adélio e depois foram promovidos e também narra como os prontuários foram escondidos e como o caso foi usado como arma de propaganda para eleger Jair Bolsonaro.

Lançado na noite de ontem como estreia no Youtube, o filme chegou a ter 15 mil espectadores simultâneos e já foi visto por dezenas de milhares de internautas, recebendo fartos elogios do público pela excelência jornalística. "O caso precisa ser reaberto e Carlos Bolsonaro deve ser investigado", diz Joaquim de Carvalho:


TV 247

Bolsonaro e Adélio - Uma fakeada no coração do Brasil

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

sábado, 29 de maio de 2021

Vídeo: PM aponta arma e manda algemar youtuber negro que andava de bicicleta em parque


"Sou trabalhador", protestou o homem. Caso aconteceu na Cidade Ocidental, em Goiás



 Circula nas redes sociais um vídeo que mostra uma abordagem policial truculenta contra um homem negro que fazia manobras de bicicleta em um parque da Cidade Ocidental, em Goiás. O jovem youtuber Filipe Ferreira gravava um vídeo para o seu canal quando foi surpreendido pela Polícia Militar. A abordagem provocou protestos nas redes.

Enquanto realizava uma manobra de bicicleta, dois policiais se aproximaram de Filipe já com gritos de ordem e pediram para o jovem se afastar. “Deixa a bike ai. Estou mandando”, disse o policial. O jovem então questiona: “Mandando? Não é assim não”.

Irritado, o policial sobe o tom contra o youtuber. “Coloca a mão na cabeça”, diz o policial. “Não é assim que se trata uma pessoa”, respondeu Ferreira, indignado. “É o procedimento”, continuou o agente.

Em seguida, o rapaz tira a camisa para mostrar “que não tem arma”. Logo depois, é algemado. “Resiste aí para ver o que vai acontecer contigo”, ameaçou o policial. “Eu sou trabalhador, tenho um canal no YouTube”, tentava argumentar o jovem.

No Instagram, Ferreira postou o momento da abordagem, mas não comentou sobre a ação. Algemar alguém desarmado, segundo a lei, “só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia”.

Nas redes sociais, jornalistas, artistas e parlamentares chamaram atenção para o racismo estrutural por trás da abordagem. “Podre. Nojento. Repulsivo. Patético. Abusivo. Revoltante”, escreveu Felipe Neto no Twitter.

“Enquanto houver racismo, não haverá nação. Revoltante”, protestou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). “Isso é revoltante demais. Chega a doer… o tratamento, a agressividade e o fechamento. Tá tudo errado”, lamentou o rapper Rashid.


Confira o vídeo abaixo:



Fonte: Revista Fórum 


segunda-feira, 24 de maio de 2021

ISRAEL EXPOSTO: Colonialismo, crimes de guerra e extrema direita global


Da morte em Gaza ao racismo no Ocidente, Lowkey expõe um lado muito negro de Israel


Carlos Latuff

Double Down News

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

VÍDEO: Elo entre Doria, empresa de Moro e esquema bilionário!



 EMPRESA DE MORO E ESQUEMA BILIONÁRIO COM D0RIA

O desgoverno de SP contratou a empresa de Moro para um caso muito estranho!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.




No Twitter 


 

Fonte: Plantão Brasil 


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O recado do funk ao bolsonarismo: “A massa funkeira não vai deixar de ir ao baile”


Pelas periferias do país, milhares de jovens frequentam os bailes de funk - Foto: Mídia Ninja

Perseguidos pelo deputado que quebrou a placa de Marielle Franco, Mcs foram intimados a depor por “apologia ao crime"

Às vésperas de completar um ano do massacre de Paraisópolis, quando 9 jovens morreram no Baile da DZ7, o funk voltou a ser notícia nas páginas policiais, graças ao deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que denunciou os Mcs Cabelinho e Maneirinho por apologia ao crime, por conta da música “Migué”, lançada em parceria pelos dois músicos.

Em 2018, Amorim, bolsonarista declarado, quebrou a placa com o nome da vereadora Marielle Franco, ao lado do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), todos eram candidatos na época.

Cabelinho e Maneirinho, que já prestaram depoimento à polícia, se manifestaram pelas redes sociais. “É uma denúncia política, feita por um deputado do PSL. É impressionante como preto favelado quando faz sucesso, pra essa gente só pode ser bandido”, afirmou o primeiro. “Eu não li e nem assisti a nossa realidade. Mas playboy interpretando o que acontece na favela, concorre ao Oscar”, lamentou o segundo.

Thiago de Souza, dono do Canal do Thiagson no Youtube, e doutorando na Escola de Música da Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisa a musicologia do funk, saiu em defesa dos Mcs em suas redes sociais e afirmou que “quem acusa o funk não deve saber o significado da palavra ‘estética’, não sabe, ou não quer saber, que certas letras são consequência e não a causa de problemas sociais.”

Thiago Souza: “Um baile grande é uma organização 

política" / Foto: Arquivo Pessoal


Em entrevista ao Brasil de Fato, Souza lembrou que a capoeira, o samba e o rap sofreram a mesma perseguição. “O funk nem é visto como arte. Pelo fato dele tratar dos assuntos de uma forma mais direta, ele sofre preconceito. O funk é arte, tem poesia, tem metáfora, enfim", aponta.

Souza considera que a origem desse preconceito contra o gênero musical está “na origem preta e periférica” dos músicos.

"O funk não está preocupado em idealizar uma realidade, ele fala diretamente sobre o que vive. Aí você cria um conflito, entre um país como Machado de Assis falava, um país oficial, dos políticos, dos brancos e da classe média, e o Brasil real”, defende.

Histórico

Para Renata Prado, diretora da Frente Nacional de Mulheres do Funk e integrante da Frente de Dançarinas de Funk, a perseguição ao estilo musical tem se intensificado e pode acabar em mais tragédias.

“Se nos próximos anos não pensarmos políticas públicas que deem conta do funk na cidade, a chance de termos massacres como o de Paraisópolis acontecendo constantemente, é muito grande", afirma.

Idealizador do Baile da Gaiola, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, o DJ Rennan da Penha ficou preso preventivamente por oito meses em 2019, entre março e novembro.

O músico, que foi inocentado da acusação de associação ao tráfico de drogas em primeira instância, teve a sentença revertida na segunda instância e foi condenado a seis anos e oito meses de prisão. Um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu a soltura do músico.

A prisão do DJ motivou a campanha “DJ Não é Bandido”, que foi encampada por diversos artistas no país. Rennan é acusado de ser olheiro do tráfico na região da Penha e ter feito músicas para os criminosos. Na época, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou a sentença e afirmou que se tratava de “criminalização da arte popular.”

Prado afirma que o “momento político do país deve aumentar a violência do Estado contra a população pobre e preta que vive nas periferias”. A dançarina esteve à frente de protestos em dezembro de 2019, após 9 jovens morrerem durante o Baile da DZ7, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, após ação da Polícia Militar para dispersar o evento.

Renata prado: "Temos o direito de ocupar a cidade 

de forma democrática" / Foto: Arquivo Pessoal


Nós sabemos que foram policiais militares que mataram esses jovens, todos com menos de 21 anos. Existe uma cultura de massacre do movimento funk e isso precisa acabar. Infelizmente, o funk é tratado como caso de Segurança Pública”, lamenta Prado.

A versão da PM era de que os jovens morreram asfixiados, após milhares de pessoas correrem quando as viaturas chegaram ao local. Segundo os moradores, as mortes ocorreram após os policiais agredirem os funkeiros. Na época, 31 agentes que participaram da ação foram afastados pelo governo de São Paulo. O caso segue em investigação e os culpados ainda não foram apontados.   

Entre abril de 2010 e junho de 2013, quatro Mcs e um DJ foram assassinados na Baixada Santista: Careca, Duda do Marapé, Primo, Felipe Boladão e DJ Felipe. Na época, familiares das vítimas e moradores da região acusaram policiais militares pelos crimes. Os assassinos nunca foram identificados.

"Quando mataram o Duda, eu estava indo fazer uma atividade cultural com os meninos da Fundação Casa. O Duda pra mim foi extermínio, quem fez está na rua", lembra o poeta Tubarão Dulixo, criado na Baixada Santista e amigo de Duda do Marapé.

“Hoje, o funk toca na televisão e virou uma indústria. Mas naquela época, era cada um por si, era submundo, marginalizado. Eu já fui mais revoltado com isso, hoje eu consigo ter mais calma. Um estilo de música não é um problema social”, conclui.

Assista ao VÍDEO

Duda do Marapé canta com amigos em Santos (Vídeo cedido por Tubarão Dulixo)

Na lista de músicos do funk presos, está na o MC Poze, detido em setembro de 2019 por tráfico de drogas, associação ao tráfico, incitação ao crime, apologia ao crime, corrupção de menores e por fornecer bebida alcoólica a menores.

A operação policial ocorreu após uma denúncia de que o baile em que o músico se apresentava, em Sorriso, no Mato Grosso, seria um ponto de venda de drogas.

“Temos o direito de ocupar a cidade”

“Apesar de ser reprimido pela polícia, a massa funkeira não vai deixar de ir ao baile, pois sabemos que temos o direito de ocupar a cidade de forma democrática", afirma Prado. Apesar do histórico, ele acredita que os bailes seguirão como uma das principais alternativas de lazer nas periferias.

"O funk ocupa a cidade, mas não tem consciência de que tem esse direito. Então, quando tem operação policial, a molecada corre. Isso acaba se tornando algo cultural, você vai no baile funk sabendo que a qualquer momento vai correr da polícia", relata.

Souza concorda com Renata Prado. “Tem ambivalência. Tem o medo, mas tem outra coisa: quem que quer sair à noite pra curtir e aparece a polícia enchendo o saco, jogando bomba, atirando bala de borracha, tomar esculacho, enfim, ninguém quer isso. Agora, tem a vontade de resistir também. A galera que sai, já sabe que pode tomar um enquadro no caminho. Ser funkeiro é ser resistência.”

Por fim, Souza exalta a mobilização para que as festas existam, apesar da repressão. “Um baile grande é uma organização política, a quebrada se prepara para um baile, muita gente tem que se comprometer, muitas responsabilidades precisam ser divididas e os próprios Mcs falam isso, que o baile é esse espaço de resistência. Eles sabem disso.”

Fonte: Brasil de Fato


segunda-feira, 6 de julho de 2020

Processo de privatização: desinvestimento ou desmonte?





Desde o início do mandato, Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, vêm anunciando a venda de várias empresas públicas que pertencem à União. E a #privatização dessas empresas vai afetar diretamente a sua vida.

Para te ajudar a compreender como as privatizações impactam o seu dia a dia, o Brasil de Fato preparou uma série de 3 vídeos especiais sobre a privatização das estatais anunciadas.

Confira o primeiro vídeo, que aborda a perspectiva econômica das privatizações e mostra como essa medida é vista no resto do mundo.




Pela primeira vez, o Brasil possui uma secretaria para promover #privatizações: a Secretaria Especial de Desestatização, #Desinvestimento e Mercados, vinculada ao Ministério da Economia, de Paulo Guedes. A pasta foi criada para implementar a política de privatizações das empresas estatais federais. 

A venda dessas empresas, em geral, é defendida por argumentos como ineficiência, decadência, prejuízos financeiros, equipamentos antigos, encarecimento e corrupção. Mas, antes que elas se tornem empresas precarizadas, existem estratégias para torná-las cada vez mais ineficientes e justificar a privatização como única saída possível para sua melhora e atualização.

 Este vídeo faz parte da série especial do Brasil de Fato sobre a política de privatizações de empresas No primeiro vídeo, falamos sobre os interesses que guiam essa política. Neste explicamos o processo quejustifica que uma empresa, como Correios, Banco do Brasil, Petrobrás ou Eletrobrás, por exemplo, seja colocada a venda.




O que acontece quando um serviço deixa de ser público e passa a pertencer a uma empresa privada? Será que a #privatização da #Eletrobras deixará sua conta de luz mais cara ou mais barata? E se o serviço de água e esgoto for privatizado?



No Twitter




 Cibele Laura

  • DURANTE A DÉCADA DE 90, O BRASIL SOFREU UMA DESCONSTRUÇÃO CRIMINOSA ATRAVÉS DO ENTREGUISMO DE FHC.

  • NÃO FOI SOMENTE O BRASIL A SOFRER PRIVATIZAÇÕES CRIMINOSAS, OUTROS PAÍSES TAMBÉM PASSARAM PELA MESMA REALIDADE. NESTE VÍDEO, EU ABORDO A QUESTÃO DAS PRIVATIZAÇÕES EM DETRIMENTO DA SOBERANIA DO PAÍS.

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terça-feira, 23 de junho de 2020

Canais bolsonaristas retiraram mais de 2 mil vídeos do Youtube desde o início de junho, indica levantamento



Allan dos Santos, do Terça Livre, na CPI das Fake News | Jorge William


Por: O GLOBO

João Paulo Saconi

Um levantamento feito pela empresa de análise de dados Novelo Data constatou que 2.015 vídeos publicados por canais bolsonaristas no Youtube desapareceram da plataforma desde o início de junho. Dos 81 produtores de conteúdos observados pela equipe da Novelo, pelo menos 37 tiveram vídeos apagados este mês. O recordista em exclusões foi o canal Gigante Patriota, com menos 1.300 vídeos disponíveis para os usuários da rede — 94% deles foram removidos no último fim de semana. Há motivos diversos que podem ter levado ao sumiço das publicações.


Desde o fim de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vem autorizando diligências contra blogueiros, empresários e parlamentares que compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro na internet. Há uma suspeita de que ataques à Corte tenham tido alcance turbinado com a ajuda dessas pessoas. O mesmo pode ter acontecido com a realização de manifestações antidemocráticas. A exclusão de vídeos pode estar relacionada com uma tentativa dos canais de não serem enquadrados nas apurações que tramitam no tribunal, no caso dos ataques virtuais, e na Procuradoria-Geral da República (PGR), no caso dos protestos.
Um dos personagens mais conhecidos entre os alvosdas decisões de Moraes, o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, teve 272 vídeos apagados neste mês, até o último sábado. Santos foi alvo de buscas e apreensões duas vezes.


Outros canais também tiveram números expressivos de vídeos apagados até o último sábado. Foram os casos, por exemplo, do Foco do Brasil (66 vídeos a menos); Notícias News N. N. (45 vídeos a menos); Notícias Políticas (43 vídeos a menos); Ficha Social (40 vídeos a menos); Seu Tube (33 vídeos a menos) e Folha Política (24 vídeos a menos).

Os motivos para que os vídeos desapareçam do Youtube são diversos. Eles podem ser apagados por quem os publicou; retirados da listagem pública (e, portanto, seguem disponíveis para determinados usuários) e apagados pela própria plataforma por violarem condições de uso — neste último caso, um aviso sobre ocorrências deste tipo é exibido no lugar do conteúdo. Essas possibilidades foram esclarecidas pela Google, administradora da plataforma, ao Sonar (leia a nota na íntegra no fim da reportagem). A empresa, no entanto, não comenta casos específicos. 


Comportamento expressivo no intervalo de um ano

O programador Guilherme Felitti, fundador da Novelo, explica que o levantamento não encontrou avisos de violação das normas do Youtube. Essa é uma das evidências que o leva a crer que são os próprios youtubers que estão efetuando as retiradas de seus vídeos do site. O monitoramento em questão é feito há um ano, mas só agora as exclusões de conteúdos foram tão expressivas. Em março, por exemplo, os canais deletaram 695 vídeos. Em abril, 247. Em maio, foram 1.112 — número já ultrapassado antes do fim de junho.


— A maioria dos vídeos foram deletados uma semana após a operação de busca e apreensão dentro do inquérito de fake news. Existe um  comportamento parecido desses youtubers entre maio e junho — explica Felitti, complementando: — Não é possível identificar uma estratégia clara, no entanto. Em alguns desses canais que deletaram vídeos ou esconderam vídeos, ainda há vídeos que atacam o STF. Não é como se eles tivessem apagado todos os vídeos mencionando a Corte. Não encontramos um fio condutor dessa estratégia. 

Para Felitti, o Youtube deveria ser objeto de mais atenção no Brasil. Ele classifica a plataforma como um "mamute", dada a sua relevância. No entanto, ainda de acordo com o programador, há poucas iniciativas que compilem dados e façam o trabalho de registro da memória desta rede. No caso da Novelo, esse processo acontece por meio da aplicação de uma Application Programming Interface (API) (ou Interface de Programação de Aplicativos, em português).

— O Brasil sempre tem uma cultura muito calcada em televisão. O brasileiro sempre adorou a TV e não é à toa que o Youtube faz um sucesso tremendo por aqui. Há uma força cultural na plataforma: a gente usa muito, vê muito, estamos sempre lá. E é  inevitável que essa cultura derrame na política —justifica Felitti, que afirma: — A gente precisa se organizar para entender como esses movimentos sociais se estruturaram no Youtube. Quem são as pessoas, as práticas e o que elas fazem. 

A Novelo já havia feito levantamento sobre o Youtube observando os conteúdos que a plataforma selecionou aqueles que estavam mais "em alta" para os usuários brasileiros nas eleições de 2018. A empresa de análise de dados constatou que a maior parte dos conteúdos exibidos como os mais populares eram desfavoráveis ao Partido dos Trabalhadores (PT), adversário de Bolsonaro no segundo turno do pleito naquele ano.

Nos próximos dias, canais de Youtube posicionados à esquerda do espectro político também estarão em foco a partir de novos estudos divulgados pela Novelo.

Em nota sobre o caso, o Youtube informou: "Não comentamos casos específicos. O YouTube é uma plataforma de vídeo aberta e qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as nossas diretrizes da comunidade. Além disso, o próprio responsável pelo canal pode escolher não compartilhar mais determinado conteúdo ou deixá-lo em modo privado. Em casos assim, a plataforma costuma exibir a mensagem ‘Vídeo indisponível’."

  • A primeira versão desta reportagem, publicada às 20h do dia 22 de junho de 2020, afirmava que 2.100 vídeos foram apagados em junho. A segunda, às 20h45m, atualizou esse número para 2.015, a pedido da Novelo Data.



ódio na mira da justiça, movimentos antirracistas e antifascistas, em Washington DC, Estados Unidos  tentam derrubar estátua de ex-presidente genocida e escravagista, Alexandre Moraes derruba sigilo em operação da PF, Wassef planejava sequestro de jornalista, Bolsonaro se aproxima de seu favorito para o Ministério da Educação, batalhão de choque faz operação na casa de familiares de Queiroz em Minas Gerais.




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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Lula dá entrevista a canais da mídia alternativa no YouTube


Lula e a imprensa alternativa: discussão sobre os problemas do país sem o viés ideológico da mídia conservadora


Por: Rede Brasil Atual

Ex-presidente realiza segunda conversa com veículos independentes desde que teve início a quarentena do coronavírus


São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista coletiva às 15h desta quinta-feira (11) para canais da mídia alternativa. A entrevista é transmitida pelo canal de Lula no Youtube e nos canais dos entrevistadores.

É a segunda conversa com a mídia alternativa do ex-presidente desde o início do período de quarentena. Lula está cumprindo isolamento desde o retorno, em 12 de março, de viagem para a Europa -– Genebra, Berlim e Paris, onde recebeu título de cidadão honorário.

Participam Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, Leonardo Stoppa. Samuel Borelli, Cynara Menezes, do Socialista Morena, Thiago dos Reis, do Plantão Brasil, João Antonio, do Click Política, Ronny Telles, Ana Roxo, Rogério Anitablian e Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

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domingo, 31 de maio de 2020

Estatais patrocinam canais no YouTube que atacam STF e pedem intervenção militar



View of Brazil's state-controlled oil company Petrobras headquarters in Rio de Janeiro, Brazil, on March 9, 2020. - Petrobras' shares droped more than 24 percent after global oil prices fell more than 30 percent, the biggest drop since the 1991 Gulf War. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) (Photo by MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images)


Canais no YouTube investigados pela PF (Polícia Federal) por ataques e ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal) recebem verba publicitária de estatais. Os veículos defendem o fechamento do Congresso Nacional e pedem uma intervenção militar no Brasil.

Segundo reportagem do jornal O Globo, com base em dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, 28.845 anúncios da Petrobras e da Eletrobras foram veiculados nestes canais entre janeiro de 2017 e julho de 2019, antes e durante o governo Bolsonaro. A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) aponta que 390.714 anúncios tiveram como destino 11 veículos com o mesmo perfil entre junho e agosto do ano passado. A verba foi destinada para a campanha sobre a Reforma da Previdência.







E nos siga no Google News:



No sistema de publicidade digital utilizado por Petrobras e Eletrobras, as empresas definem um público-alvo e contratam agências para executar as campanhas. Estas repassam a verba das ações para intermediárias, conhecidas no mercado publicitário como “redes de conteúdo”. No caso das estatais, a empresa contratada foi a multinacional Reachlocal, responsável por pagar o YouTube, que pertence ao Google e distribui anúncios de acordo com seu algoritmo, mesclando o perfil desejado pelo cliente e os canais com mais audiência dentro deste espectro.

Entre os blogueiros que receberam verba publicitária da Petrobras e que são investigados pelo STF, estão Allan dos Santos, do canal Terça Livre, Enzo Leonardo Suzi Momenti, do canal Enzuh, e Bernardo Pires Kuster. O Terça Livre veiculou 3.490 anúncios pagos pela Petrobras. O canal de Kuster no YouTube, 3.602 anúncios. O canal de Momenti, 1.192. A Eletrobras teve divulgados 536 anúncios no canal de Kuster, 398 no Terça Livre e 273 no de Momenti.

Leia também








Canal que mais veiculou anúncios da Petrobras, com 10.027, O Giro de Notícias é conhecido por criticar o STF e por defender a intervenção militar. Em sua descrição, o veículo afirma que é “independente” e que “não recebe dinheiro de empresas públicas”. O administrador, Alberto Silva, veiculou 2.355 anúncios da Eletrobras no canal de notícias e 1.950 em seu pessoal.

“O STF brinca com a nossa população. Acha que nós somos trouxas, que nós somos idiotas, um bando de paspalhos. Fazem o que quiser, fazem banquetes, festas, arruaça com o nosso dinheiro, mas está chegando a um ponto que o Brasil não aguenta mais. Está chegando a um ponto em que teremos que falar, sim, numa possível intervenção, num possível estado de sítio defendendo o nosso povo, defendendo a nossa lei”, disse o youtuber em um vídeo.


O site Jornal da Cidade On Line, que publicou notícias falsas durante as eleições de 2018 e, na última semana, foi alvo da medida do TCU (Tribunal de Contas da União) para o bloqueio de comerciais do Banco do Brasil, recebeu por 36 anúncios da Petrobras.

As estatais e a Secom alegam que não direcionaram as verbas para os veículos, embora, segundo o Google (dono do YouTube) seja possível impedir que um determinado canal receba publicidade.



 Canal Questionamentos 


Canais no YouTube de bolsonaristas que atacam o STF e a democracia receberam verbas públicas. 72% dos brasileiros rejeitam plano bolsonarista de armar a população. Eaas e outras notícias no vídeo.


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