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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Defensor de intervenção militar, Ratinho deve R$ 80 milhões em impostos à União


Três empresas do apresentador deram calote no fisco. Entre os sócios, a esposa e o filho, o governador Ratinho Jr


Apresentador defendeu "fuzilamento de denunciados" e "limpeza de mendigos" - Foto: Reprodução / SBT
 

O apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, foi um dos assuntos mais comentados do país, após uma entrevista sem maquiagem, esta semana, em que defendeu uma intervenção militar no país, “fuzilamento de detentos” e “limpar mendigos” das cidades. O que o apresentador não falou foi sobre sua dívida de R$ 79,3 milhões com o fisco.

Leia mais: Ratinho defende intervenção militar e “limpar mendigos” das cidades como em Singapura

O calote na União tem origem em três empresas: Agropastoril Café no Bule Ltda (R$ 77,9 milhões); Agropecuária ACB Ltda (R$ 706,6 mil); e Massa & Massa Comunicação e Marcas Ltda (R$ 663 mil). As duas primeiras empresas com sede no Paraná e a última, no Rio Grande do Sul.

Na Massa & Massa Comunicação e Marcas Ltda, o apresentador é sócio com Solange Martinez Massa, sua esposa. Nas outras duas, além da esposa, Ratinho divide o quadro societário e a dívida com os filhos Gabriel Martinez Massa, Rafael Martinez Massa e Carlos Roberto Massa Junior, o Ratinho Jr, governador do Paraná.

Os dados estão disponíveis no banco de dados de dívidas ativas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), vinculada ao Ministério da Economia. A consulta pode ser feita por qualquer cidadão através do aplicativo “Dívida Aberta”, lançado pela pasta.


“Intervenção militar”

Ratinho usou seu programa “Turma do Ratinho”, na Rádio Massa, de sua propriedade, para atacar a Constituição Federal e defender uma intervenção militar no Brasil, na última quarta-feira (17).

“Se eu abrir uma votação perguntando se o povo é a favor da volta dos militares, dá 70%. Nossa democracia é muito frágil, dá margem para bandido, estranha", afirmou Ratinho, que instantes antes, defendeu a volta dos “homens do botão dourado” para “colocar ordem na casa.”

Leia também: Em guerra com APP Sindicato, governador Ratinho Junior mente à sociedade

No mesmo programa, Ratinho foi além e quis explicar o que foi “feito em Singapura” com a população em situação de rua, na época de Lee Kuan Yew, primeiro-ministro de Singapura entre 1959 e 1990.

“Ele pesquisou do que o povo tinha medo e era dos mendigos batendo nas portas. Ele limpou os mendigos da cidade. Do que as pessoas tinham medo? Morador de rua. Ele tirou todos os moradores de rua e deu um lugar para os caras se virarem. Ele limpou tudo e a imprensa ficou a favor dele. Aqui, se mexer com morador de rua, a imprensa cai em cima do político. Ele começou nos pequenos e chegou no maior”.

O modelo de governo adotado por Yew é criticado por conta das violações de direitos humanos e restrições à liberdade dos cidadãos. No país, homossexualidade é crime e entre as punições prescritas em lei estão a pena de morte e chicotadas em praça pública.

Sobre a população carcerária, Ratinho achou por bem defender que sejam “fuzilados”. “Eu sei que o que vou falar aqui pode até chocar, mas está na hora de fazer igual fez em Singapura. Entrou um general, consertou o país e, um ano depois, fez eleições. Mas primeiro concertou, chamou todos denunciados e disse: 'vocês têm 24 horas para deixar o país ou serão fuzilados'. Limpou Singapura”.

Ratinho é amigo da família Bolsonaro e já entrevistou, por duas vezes, o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em outra oportunidade, também recebeu em seu programa o filho do mandatário, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Nas redes sociais, Ratinho já compartilhou imagens de diversos eventos e reuniões com integrantes da família Bolsonaro.


Outro lado

Brasil de Fato manteve contato com a assessoria de imprensa do Grupo Massa. Porém, até o fechamento desta matéria, não obteve uma resposta do apresentador sobre o calote no fisco.

Edição: Rogério Jordão

Fonte: Brasil de Fato 


Galãs Feios

Ratinho defende ditadura e fala em tirar mendigos da rua | Galãs Feios - 18 de fev. de 2021

O apresentador Ratinho, usado pelo presidente Jair Bolsonaro como garoto propaganda, disse na rádio Massa FM  ser favorável a uma “limpeza” que nem ocorreu em Singapura após golpe militar, algo que nunca ocorreu lá.

Assista ao Vídeo


domingo, 31 de maio de 2020

Estatais patrocinam canais no YouTube que atacam STF e pedem intervenção militar



View of Brazil's state-controlled oil company Petrobras headquarters in Rio de Janeiro, Brazil, on March 9, 2020. - Petrobras' shares droped more than 24 percent after global oil prices fell more than 30 percent, the biggest drop since the 1991 Gulf War. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) (Photo by MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images)


Canais no YouTube investigados pela PF (Polícia Federal) por ataques e ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal) recebem verba publicitária de estatais. Os veículos defendem o fechamento do Congresso Nacional e pedem uma intervenção militar no Brasil.

Segundo reportagem do jornal O Globo, com base em dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, 28.845 anúncios da Petrobras e da Eletrobras foram veiculados nestes canais entre janeiro de 2017 e julho de 2019, antes e durante o governo Bolsonaro. A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) aponta que 390.714 anúncios tiveram como destino 11 veículos com o mesmo perfil entre junho e agosto do ano passado. A verba foi destinada para a campanha sobre a Reforma da Previdência.







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No sistema de publicidade digital utilizado por Petrobras e Eletrobras, as empresas definem um público-alvo e contratam agências para executar as campanhas. Estas repassam a verba das ações para intermediárias, conhecidas no mercado publicitário como “redes de conteúdo”. No caso das estatais, a empresa contratada foi a multinacional Reachlocal, responsável por pagar o YouTube, que pertence ao Google e distribui anúncios de acordo com seu algoritmo, mesclando o perfil desejado pelo cliente e os canais com mais audiência dentro deste espectro.

Entre os blogueiros que receberam verba publicitária da Petrobras e que são investigados pelo STF, estão Allan dos Santos, do canal Terça Livre, Enzo Leonardo Suzi Momenti, do canal Enzuh, e Bernardo Pires Kuster. O Terça Livre veiculou 3.490 anúncios pagos pela Petrobras. O canal de Kuster no YouTube, 3.602 anúncios. O canal de Momenti, 1.192. A Eletrobras teve divulgados 536 anúncios no canal de Kuster, 398 no Terça Livre e 273 no de Momenti.

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Canal que mais veiculou anúncios da Petrobras, com 10.027, O Giro de Notícias é conhecido por criticar o STF e por defender a intervenção militar. Em sua descrição, o veículo afirma que é “independente” e que “não recebe dinheiro de empresas públicas”. O administrador, Alberto Silva, veiculou 2.355 anúncios da Eletrobras no canal de notícias e 1.950 em seu pessoal.

“O STF brinca com a nossa população. Acha que nós somos trouxas, que nós somos idiotas, um bando de paspalhos. Fazem o que quiser, fazem banquetes, festas, arruaça com o nosso dinheiro, mas está chegando a um ponto que o Brasil não aguenta mais. Está chegando a um ponto em que teremos que falar, sim, numa possível intervenção, num possível estado de sítio defendendo o nosso povo, defendendo a nossa lei”, disse o youtuber em um vídeo.


O site Jornal da Cidade On Line, que publicou notícias falsas durante as eleições de 2018 e, na última semana, foi alvo da medida do TCU (Tribunal de Contas da União) para o bloqueio de comerciais do Banco do Brasil, recebeu por 36 anúncios da Petrobras.

As estatais e a Secom alegam que não direcionaram as verbas para os veículos, embora, segundo o Google (dono do YouTube) seja possível impedir que um determinado canal receba publicidade.



 Canal Questionamentos 


Canais no YouTube de bolsonaristas que atacam o STF e a democracia receberam verbas públicas. 72% dos brasileiros rejeitam plano bolsonarista de armar a população. Eaas e outras notícias no vídeo.


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