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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Marinha expulsa cabo suspeito de colocar fogo em igreja no Chile durante manifestação


Igreja San Francisco de Borja foi queimada durante manifestações no último domingo, 18 de outubro, aniversário de um ano das maiores mobilizações populares do Chile (Foto: AP Photo/Esteban Felix)


As Forças Armadas do país expulsaram um cabo que foi preso entre manifestantes que queimaram uma igreja em Santiago no último domingo, 18. O dia marcou o aniversário de um ano do início das revoltas populares no país.

A princípio, a igreja San Francisco de Borja foi saqueada por pessoas encapuzadas, que colocaram fogo no edifícil. Os bombeiros conseguiram controlar o incêndio em poucos minutos. Mais tarde, a igreja voltou a ser queimada e cinco pessoas foram detidas, um deles era membro das Forças Armadas.

Em nota na última segunda-feira, 19, as Forças Armadas afirmou que o cabo Ernesto Osorio Loyola, de 21 anos, servia na Base Aeronaval de Concón e estava de folga no dia da manifestação. Nesta terça-feira, 20, a instituição tomou a decisão de expulsá-lo.

O porta-voz do governo, Jaime Belloio, e o ministro do Interior, Víctor Pérez, criticaram o ocorrido e afirmaram que há “mais de uma versão” do fato.

Para Belloio, falta fazer toda a investigação, “mas, o que sei é que o cabo foi preso perto das 16h, 16h30, antes do início do incêndio, em uma barricada que está por fora. No entanto, outras pessoas têm outras versões”.

Ainda assim, o porta-voz reprovou a atitude do agora ex-cabo da Marinha de participar de atos que chamou que tinham “vandalismo”.

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Segundo informações do portal chileno En Cancha, o cabo da marinha foi julgado e terá de ir duas vezes ao mês às autoridades para prestar contas. Ele foi acusado de desordem pública e foi enquadrado na lei antibarricadas e também por colocar em perigo a saúde pública.

Após o episódio, foi levantada a hipótese de se tratar de um infiltrado na manifestação, com o objetivo de torna-la violenta. Em entrevista para a rádio ADN, o ministro da Defesa, Mario Desbordes, descartou a possibilidade.

“É um mecânico de aviação de Concón que estava no dia de folga, não é um infiltrado, não se infiltrou ninguém de ações de inteligência”, garantiu o ministro.

Fonte: Yahoo Notícias


Sputnik Brasil

Grande manifestação acaba causando incêndio em igreja no Chile

Assista ao vídeo



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domingo, 31 de maio de 2020

Estatais patrocinam canais no YouTube que atacam STF e pedem intervenção militar



View of Brazil's state-controlled oil company Petrobras headquarters in Rio de Janeiro, Brazil, on March 9, 2020. - Petrobras' shares droped more than 24 percent after global oil prices fell more than 30 percent, the biggest drop since the 1991 Gulf War. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) (Photo by MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images)


Canais no YouTube investigados pela PF (Polícia Federal) por ataques e ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal) recebem verba publicitária de estatais. Os veículos defendem o fechamento do Congresso Nacional e pedem uma intervenção militar no Brasil.

Segundo reportagem do jornal O Globo, com base em dados obtidos pela Lei de Acesso à Informação, 28.845 anúncios da Petrobras e da Eletrobras foram veiculados nestes canais entre janeiro de 2017 e julho de 2019, antes e durante o governo Bolsonaro. A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) aponta que 390.714 anúncios tiveram como destino 11 veículos com o mesmo perfil entre junho e agosto do ano passado. A verba foi destinada para a campanha sobre a Reforma da Previdência.







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No sistema de publicidade digital utilizado por Petrobras e Eletrobras, as empresas definem um público-alvo e contratam agências para executar as campanhas. Estas repassam a verba das ações para intermediárias, conhecidas no mercado publicitário como “redes de conteúdo”. No caso das estatais, a empresa contratada foi a multinacional Reachlocal, responsável por pagar o YouTube, que pertence ao Google e distribui anúncios de acordo com seu algoritmo, mesclando o perfil desejado pelo cliente e os canais com mais audiência dentro deste espectro.

Entre os blogueiros que receberam verba publicitária da Petrobras e que são investigados pelo STF, estão Allan dos Santos, do canal Terça Livre, Enzo Leonardo Suzi Momenti, do canal Enzuh, e Bernardo Pires Kuster. O Terça Livre veiculou 3.490 anúncios pagos pela Petrobras. O canal de Kuster no YouTube, 3.602 anúncios. O canal de Momenti, 1.192. A Eletrobras teve divulgados 536 anúncios no canal de Kuster, 398 no Terça Livre e 273 no de Momenti.

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Canal que mais veiculou anúncios da Petrobras, com 10.027, O Giro de Notícias é conhecido por criticar o STF e por defender a intervenção militar. Em sua descrição, o veículo afirma que é “independente” e que “não recebe dinheiro de empresas públicas”. O administrador, Alberto Silva, veiculou 2.355 anúncios da Eletrobras no canal de notícias e 1.950 em seu pessoal.

“O STF brinca com a nossa população. Acha que nós somos trouxas, que nós somos idiotas, um bando de paspalhos. Fazem o que quiser, fazem banquetes, festas, arruaça com o nosso dinheiro, mas está chegando a um ponto que o Brasil não aguenta mais. Está chegando a um ponto em que teremos que falar, sim, numa possível intervenção, num possível estado de sítio defendendo o nosso povo, defendendo a nossa lei”, disse o youtuber em um vídeo.


O site Jornal da Cidade On Line, que publicou notícias falsas durante as eleições de 2018 e, na última semana, foi alvo da medida do TCU (Tribunal de Contas da União) para o bloqueio de comerciais do Banco do Brasil, recebeu por 36 anúncios da Petrobras.

As estatais e a Secom alegam que não direcionaram as verbas para os veículos, embora, segundo o Google (dono do YouTube) seja possível impedir que um determinado canal receba publicidade.



 Canal Questionamentos 


Canais no YouTube de bolsonaristas que atacam o STF e a democracia receberam verbas públicas. 72% dos brasileiros rejeitam plano bolsonarista de armar a população. Eaas e outras notícias no vídeo.


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