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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Coletivo judeu presta solidariedade Breno Altman e critica 'cortina de fumaça' que Conib cria com processos judiciais


Coletivo Vozes Judaicas por Libertação denuncia ataques e censura promovidos pela Confederação Israelita do Brasil, afirmando que organização não os representa


Coletivo Vozes Judaicas por Libertação
Para coletivo, sionismo da Conib é o maior responsável pelo aumento do antissemitismo nos últimos meses

Coletivo Vozes Judaicas por Libertação lançou uma nota classificando as ações da Confederação Israelita do Brasil (Conib) na Justiça contra críticos do sionismo como "antidemocráticos e desonestos pois confundem antissionismo [oposição ao movimento político que defende a autodeterminação do povo judeu e a existência de um Estado Judaico, não apenas um Estado de Israel] com o antissemitismo [propagação de ódio e discriminação contra judeus]".

A crítica se refere aos processos judiciais com os quais a Conib busca censurar o jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman e acusações de antissemitismo contra o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoino,

O manifesto, que defende um judaísmo "livre do sionismo", havia sido publicado em 19 de janeiro, mas foi atualizado recentemente, acrescentando argumentos em repúdio aos ataques que tentam "calar e deslegitimar as vozes que se levantam contra o apartheid sionista" e "criam uma cortina de fumaça sobre o que realmente importa ser levado ao debate público: o cessar-fogo imediato em Gaza e a condenação do Estado de Israel pelos crimes cometidos contra o povo palestino".

"Independente de nossas concordâncias ou não com as posições de Altman, temos convicção de que as acusações são excessivas e os processos judiciais injustificados", declarou a nota do Coletivo Vozes Judaicas por Libertação.

"Justamente pelas histórias judaicas serem repletas de perseguições, fugas e imigrações forçadas, nos assusta perceber como a narrativa sionista tem sido tão hipócrita. Não deveríamos ser nós, os judeus e judias, os que mais se solidarizaram com qualquer tipo de opressão, sobretudo àquelas de teor étnico-racial?", disse o coletivo a Opera Mundi

Os integrantes da organização formada por ativistas judeus pela libertação da Palestina expressaram repúdio ao fato de que "a Conib siga associando indiscriminadamente antissionismo a antissemitismo e que, em casos onde ocorre confusão entre esses termos, siga optando pela criminalização como primeira opção, ao invés do caminho educativo". 

O documento aponta o sionismo como "maior responsável por essas confusões ´[de termos] e pelo aumento do antissemitismo nos últimos meses", e defende que a história do sionismo e do antissionismo deve ser melhor esclarecida para o grande público.

"Diante de um genocídio que está sendo televisionado ao vivo, como nunca antes, é necessário que entendamos a conjuntura para nos posicionarmos corretamente", explicou a organização.

Segundo o coletivo, esta educação tem se tornado cada vez mais difícil justamente por causa da "luta discursiva e ideológica em curso". 

O Coletivo Vozes Judaicas por Libertação ainda denuncia que a Conib, juntamente com a organização sionista StandWithUs, agem para "deslegitimar a decisão da Presidência da República em apoiar [a denúncia da] África do Sul na Corte Internacional de Justiça em Haia, que acusa Israel de cometer genocídio em Gaza".

O coletivo afirma que a comunidade judaica no Brasil é "plural" e, por isso, a Conib expressa "somente a posição de uma parcela ultrassionista que defende de forma incondicional as ações militares de Israel em Gaza, mesmo que tenham violado diversas clausulas dos direitos humanos". 

"O sionismo é um projeto colonial da burguesia europeia e nunca representou todos os judeus. É necessário que façamos essa separação. O posicionamento de judeus e judias antissionistas é essencial, pois quebra a narrativa de que toda crítica ao Estado de Israel seria antissemita", ressaltou a Opera Mundi o coletivo.

Além disso, o coletivo também lembrou que a Conib "faz parte do lobby sionista e representa os interesses do Estado de Israel, instrumentalizando a luta contra o antissemitismo pela máquina de propaganda israelense e por seus agentes locais no Brasil". 

Com isso, para a organização, criticar o Estado de Israel por seus crimes e perseguições não é antissemitismo, "é apenas lógico e ético".

Em conclusão, o documento ainda expressa solidariedade a Altman e todos os alvos de perseguição da Conib por se posicionarem contra o genocídio em curso na Palestina.


Leia a íntegra do manifesto publicado pelo coletivo Vozes Judaicas por Libertação:


"A CONIB não nos representa!

Judias e judeus antissionistas contra a censura às críticas a Israel

A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) tem investido em ações de censura sobre figuras públicas que se posicionam contra o governo sionista de Israel. Além de antidemocráticos, esses ataques são desonestos pois confundem antissionismo com antissemitismo na tentativa de calar e deslegitimar as vozes que se levantam contra o apartheid sionista. Abordamos o assunto neste artigo.

É o caso da perseguição do jornalista Breno Altman, que tem sido alvo de mais de uma ação criminal movida pela CONIB. Independente de nossas concordâncias ou não com as posições de Altman, temos convicção de que as acusações são excessivas e os processos judiciais injustificados. Como judias e judeus antissionistas não admitimos que a CONIB siga associando indiscriminadamente antissionismo a antissemitismo e que, em casos onde ocorre confusão entre esses termos (intencional ou não, como ocorreu com José Genoino), siga optando pela criminalização como primeira opção, ao invés do caminho educativo. O sionismo que a CONIB defende é o maior responsável por essas confusões e pelo aumento do antissemitismo nos últimos meses.

Os processos judiciais abertos pela CONIB criam uma cortina de fumaça sobre o que realmente importa ser levado ao debate público: o cessar-fogo imediato em Gaza e a
condenação do Estado de Israel pelos crimes cometidos contra o povo palestino.

Além disso, destacamos que essa mesma organização, ao lado da Stand With Us, inaugurou uma cruzada na sociedade brasileira para deslegitimar a decisão da presidência da República de apoiar o pleito da África do Sul na Corte Internacional de Justiça de Haia, que acusa Israel de cometer genocídio em Gaza.

Nós, do coletivo Vozes Judaicas por Libertação, dizemos que a CONIB não nos representa! A comunidade judaica brasileira é plural e a CONIB, que se diz sua representante, expressa somente a posição de uma parcela ultrassionista que defende de forma incondicional as ações militares de Israel em Gaza, mesmo que tenham violado diversas clausulas dos direitos humanos.

Somos um coletivo de judeus antissionistas defensores da liberdade de expressão, da libertação do povo palestino, do cessar-fogo imediato para interromper o genocídio em Gaza e do apoio concedido pelo governo brasileiro ao pleito da África do Sul em Haia.

Repudiamos as tentativas de censura da CONIB e expressamos nossa solidariedade a Breno Altman e todas e todos aqueles que têm sido alvo de perseguição por se posicionarem contra o genocídio em curso na Palestina."

Fonte: Opera Mundi

 

 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Meta têm silenciado cada vez mais as vozes de apoio à Palestina no Instagram e no Facebook


Objetivo: censura sistemática do conteúdo palestiniano. É urgente rever as políticas defeituosas; melhorar a transparência


2023 Human Rights Watch

(Nova Iorque) – As políticas e sistemas de moderação de conteúdos da Meta têm silenciado cada vez mais as vozes de apoio à Palestina no Instagram e no Facebook , na sequência das hostilidades entre as forças israelitas e os grupos armados palestinianos , afirmou a Human Rights Watch num comunicado publicado hoje. . O relatório de 51 páginas, “ Promessas Quebradas da Meta: Censura Sistêmica do Conteúdo da Palestina no Instagram e no Facebook ”, documenta um padrão de remoção e exclusão indevida de discurso protegido, incluindo expressão pacífica em apoio à Palestina e debate público sobre os direitos humanos palestinos. A Human Rights Watch descobriu que o problema decorre das políticas falhas da Meta e da sua aplicação inconsistente e errónea, da dependência excessiva de ferramentas automatizadas para moderar conteúdos e da influência governamental indevida sobre a remoção de conteúdos.

“A censura do Meta ao conteúdo em apoio à Palestina acrescenta insulto à injúria em um momento de atrocidades indescritíveis e de repressão que já oprime a expressão palestina”, disse Deborah Brown , vice-diretora interina de tecnologia e direitos humanos da Human Vigilância de los derechos. “As redes sociais são uma plataforma essencial para as pessoas testemunharem e se manifestarem contra os abusos, enquanto a censura da Meta ajuda a apagar o sofrimento palestino.”

A Human Rights Watch analisou 1.050 casos de censura online em mais de 60 países. Embora não sejam necessariamente uma análise representativa da censura, os casos são consistentes com anos de reportagens e advocacia por parte de organizações palestinianas , regionais e internacionais de direitos humanos para expor a censura da Meta a conteúdos que apoiam os palestinianos.

Após o ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de Outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas, a maioria civis, segundo autoridades israelitas, os ataques israelitas a Gaza mataram cerca de 20.000 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. As restrições ilegais israelitas à ajuda humanitária contribuíram para uma catástrofe humanitária contínua para os 2,2 milhões de residentes de Gaza, quase metade dos quais são crianças.

A Human Rights Watch identificou seis padrões principais de censura, cada um dos quais se repete em pelo menos 100 casos: remoção de conteúdo, suspensão ou exclusão de contas, incapacidade de interagir com o conteúdo, incapacidade de seguir ou marcar contas, restrições ao uso de recursos como como Instagram/Facebook Live e “shadow locking”, termo que denota uma diminuição significativa na visibilidade de postagens, stories ou contas de um indivíduo sem notificação. Em mais de 300 casos, os utilizadores não conseguiram reivindicar a eliminação de conteúdos ou contas porque o mecanismo para o fazer não funcionou corretamente, deixando-os sem acesso efetivo a uma solução.

Em centenas de casos documentados, a Meta invocou a sua política de “ Organizações e Indivíduos Perigosos ” (DOI), que incorpora totalmente as listas de “organizações terroristas” desenvolvidas pelos Estados Unidos. Meta citou estas listas e aplicou-as amplamente para vetar discursos legítimos relativamente às hostilidades entre Israel e grupos armados palestinianos.

A Meta também aplicou mal as suas regras sobre conteúdo violento e explícito , violência e incitamento , discurso de ódio , nudez e actividade sexual adulta . Utilizou de forma inconsistente a sua abordagem de “ valor jornalístico ”, removendo dezenas de conteúdos que documentam ferimentos e mortes palestinianas e que têm valor noticioso, disse a Human Rights Watch.

A Meta está ciente de que a execução dessas políticas é falha. Num relatório de 2021 , a Human Rights Watch documentou a censura do Facebook ao debate sobre questões de direitos relacionadas com Israel e a Palestina e alertou que Meta estava “silenciando muitas pessoas arbitrariamente e sem explicação”.

Uma investigação independente conduzida pela Business for Social Responsibility e encomendada pela Meta descobriu que a moderação de conteúdo da empresa em 2021 “parece ter tido um impacto negativo nos direitos humanos dos utilizadores palestinianos”, afetando negativamente “a capacidade dos palestinianos de partilhar informação e conhecimento sobre suas experiências conforme elas ocorreram.”

Em 2022, em resposta às recomendações do estudo , bem como às orientações do Meta Oversight Board , a Meta se comprometeu a fazer uma série de mudanças em suas políticas e aplicação de moderação de conteúdo. No entanto, quase dois anos depois, a Meta não conseguiu cumprir as suas promessas e responsabilidades em matéria de direitos humanos, concluiu a Human Rights Watch. As promessas quebradas da Meta repetiram e amplificaram padrões passados ​​de abuso.

A Human Rights Watch partilhou as suas conclusões com a Meta e procurou saber a reação da Meta. Em resposta, Meta citou a sua responsabilidade em matéria de direitos humanos e os princípios fundamentais dos direitos humanos como orientadores das suas “medidas imediatas de resposta a crises” desde 7 de Outubro.

Para cumprir as suas responsabilidades de devida diligência em matéria de direitos humanos , a Meta deve alinhar as suas políticas e práticas de moderação de conteúdo com os padrões internacionais de direitos humanos, garantindo que as decisões de remoção de conteúdo sejam transparentes, consistentes e não excessivamente amplas ou tendenciosas.

A Meta deveria permitir a liberdade de expressão nas suas plataformas, inclusive sobre violações dos direitos humanos e movimentos políticos, disse a Human Rights Watch. Deveria começar por rever a sua política de “organizações e indivíduos perigosos” para torná-la consistente com os padrões internacionais de direitos humanos. A Meta deve auditar a sua política sobre conteúdos relevantes para garantir que não elimina conteúdos de “interesse público” e deve garantir a sua implementação equitativa e não discriminatória. Deve também realizar a devida diligência sobre as implicações para os direitos humanos das alterações temporárias nos seus algoritmos de recomendação que introduziu após a eclosão da guerra de Israel contra o grupo islâmico Hamas.

“Em vez de desculpas e promessas vazias, Meta deveria demonstrar que leva a sério a abordagem da censura relacionada à Palestina de uma vez por todas, tomando medidas concretas em direção à transparência e à reparação”, disse Brown.

Fonte: Human Rights Watch

                           



 

 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Justiça determina que rede social pague R$ 5 mil a mineiro por conta cancelada

 

Caso ocorreu no fim de 2021 em Juiz de Fora e empresa recorreu após decisão favorável ao autor da ação em 1ª Instância



Um morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, venceu mais uma batalha na Justiça contra uma empresa de mídias sociais. Após recurso da dona da rede social, que não foi identificada, a Justiça decidiu em segunda instância pela manutenção da indenização de R$ 5 mil por danos morais além da determinação de que as contas que foram canceladas sem qualquer justificativa plausível sejam reativadas.

Em dezembro de 2021 o empresário de 30 anos foi surpreendido por uma mensagem do encerramento de suas contas, sem qualquer explicação. Ele usava os perfis para comercializar produtos e complementar a sua renda e, apesar de suas tentativas para resolver o problema pelos canais oficiais de comunicação e de forma administrativa com a empresa, nada foi resolvido.

Diante disso, em março deste ano, ele resolveu ajuizar a ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), obtendo a decisão favorável à sua ação com liminar deferida pelo juiz Sergio Murilo Pacelli, da 8ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora.

No processo, a empresa argumentou que o cancelamento não foi arbitrário, mas após a violação dos termos de uso e das políticas de funcionamento do serviço, o que justificaria a conduta adotada. Entretanto, conforme o magistrado, a empresa não esclareceu as infrações que teriam sido cometidas pelo empresário mineiro.

Por isso, o juiz argumentou que "o bloqueio ocorreu de forma imotivada, com alegações genéricas, e que a companhia não demonstrou justa causa para a exclusão das contas do autor". Ainda conforme Pacelli, a medida afetou o convívio do empresário esua relação com clientes, atingindo-o "de maneira grave, séria, profunda e anormal no seu âmbito extrapatrimonial”, o que ultrapassava os meros aborrecimentos.


Recursos


Após a determinação de reabilitar os perfis e contas do usuário em 48 horas, para além da indenização, a empresa recorreu. O empresário também ajuizou recurso em seguida, alegando que sofreu abalo psicológico e que o valor deveria ser maior.

A desembargadora Mônica Libânio, relatora do caso, entendeu que a decisão em primira instância foi suficientemente fundamentada e adequada aos fatos. Ela também afirmou que “o descaso no trato do consumidor e as diversas tentativas frustradas de resolução do impasse geraram desgaste, aflição, além de perda do tempo útil”.

Os desembargadores Shirley Fenzi Bertão e Rui de Almeida Magalhães acompanharam a relatora.

Fonte: O Tempo


quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Uma carta aberta de editores e editoras: publicar não é crime


O governo dos EUA deveria encerrar o processo contra Julian Assange por publicar segredos.



Doze anos atrás, em 28 de novembro de 2010 , nossos cinco meios de comunicação internacionais – The New York Times, The Guardian, Le Monde, El Pais e DER SPIEGEL – publicaram uma série de revelações em cooperação com o Wikileaks que chegaram às manchetes em todo o mundo.

“Cable gate”, um conjunto de 251.000 telegramas confidenciais do Departamento de Estado dos EUA revelou corrupção, escândalos diplomáticos e assuntos de espionagem em escala internacional.

Nas palavras do The New York Times, os documentos contavam “a história nua e crua de como o governo toma suas maiores decisões, as decisões que mais custam ao país em vidas e dinheiro”. Mesmo agora em 2022, jornalistas e historiadores continuam a publicar novas revelações, usando o tesouro único de documentos.

Para Julian Assange, editor do Wikileaks, a publicação de “Cable gate” e vários outros vazamentos relacionados tiveram as consequências mais graves. Em 11 de abril de 2019, Assange foi preso em Londres com um mandado de prisão dos EUA e agora está detido há três anos e meio em uma prisão britânica de alta segurança geralmente usada para terroristas e membros de grupos do crime organizado. Ele enfrenta extradição para os EUA e uma sentença de até 175 anos em uma prisão de segurança máxima americana.

Este grupo de editores e publicadores, todos os quais trabalharam com Assange, sentiram a necessidade de criticar publicamente sua conduta em 2011, quando cópias não editadas dos telegramas foram divulgadas, e alguns de nós estão preocupados com as alegações na acusação de que ele tentou ajuda na invasão de computador de um banco de dados classificado. Mas nos reunimos agora para expressar nossas sérias preocupações sobre o processo contínuo de Julian Assange por obter e publicar materiais classificados.

A administração Obama-Biden, no cargo durante a publicação do Wikileaks em 2010, absteve-se de indiciar Assange, explicando que teria de indiciar também jornalistas de grandes veículos de notícias. A posição deles valorizava a liberdade de imprensa, apesar de suas consequências desconfortáveis. Sob Donald Trump, no entanto, a posição mudou. O DOJ baseou-se em uma lei antiga, a Lei de Espionagem de 1917 (projetada para processar espiões em potencial durante a Primeira Guerra Mundial), que nunca foi usada para processar uma editora ou emissora.

Esta acusação estabelece um precedente perigoso e ameaça minar a Primeira Emenda dos Estados Unidos e a liberdade de imprensa.

Responsabilizar os governos faz parte da missão central de uma imprensa livre em uma democracia.

Obter e divulgar informações sigilosas quando necessário para o interesse público é parte essencial do trabalho diário dos jornalistas. Se esse trabalho for criminalizado, nosso discurso público e nossas democracias ficarão significativamente mais fracos.

Doze anos após a publicação de “Cable gate”, é hora de o governo dos EUA encerrar o processo contra Julian Assange por publicar segredos.


  • Publicar não é crime.


Os editores e publicadores de:


O jornal New York Times

O guardião

o mundo

DER SPIEGEL

El País


Uma correção foi feita em 29 de novembro de 2022 : uma versão anterior desta carta distorceu a data da prisão de Julian Assange em 2019. Era 11 de abril , não 12 de abril .


Fonte: The New York Times


TheWikiLeaksChannel - Collateral Murder: 



No Twitter


 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Significado do número 4 em numerologia


Significado e simbolismo do Número 4 em Numerologia: o que ele revela sobre o perfil psicológico e traços de personalidade de seu nativo



Os Quatro pertencem ao grupo Números Primários (de 1 a 9). Ele representa o planeta Urano, bem como as quatro estações do ano, os pontos cardeais e os quatro Elementos. É considerado o Número de sorte , confiabilidade e estabilidade . O signo do zodíaco associado a ele é Aquário. Conheça o significado do Número 4 em Numerologia, o que ele revela sobre o perfil psicológico e os traços de personalidade das pessoas que vivem sob sua influência.


Perfil do Número 4

  • Nome em Numerologia - QUATERNIÓN
  • Polaridade - Yin
  • Elemento - Terra
  • Qualidade - Cardeal
  • Planeta Governante - Urano
  • Signo do Zodíaco - Aquário
  • Dia - Quarta
  • Cor - Verde
  • Significado - Estável, prático, paciente, rebelde, não convencional, isolado
  • Atributos principais - Lógica, fatos concretos, sobriedade, sucesso a longo prazo, trabalho árduo, honestidade, solidez
  • Características nos relacionamentos - persistente, justo, fiel, dedicado, cauteloso
  • Aspectos sociais - Solitário, não convencional, introvertido, reservado
  • Aspectos Positivos - Perseverante, firme no propósito, trabalhador, entusiasta
  • Aspectos negativos - frio, impaciente, imprudente

O número 4 está associado ao signo de Aquário e é governado por Urano, o planeta da originalidade, renovação e revolução. O Quatro é ação, realização, estabilidade, segurança, firmeza, justiça, honestidade e organização. Pessoas com este número são práticas, sólidas, fortes, resistentes e robustas. Eles apreciam as coisas boas da vida e gostam de mimar-se, apesar do pouco interesse em acumular bens materiais .

Fonte: Astromundus


sexta-feira, 11 de junho de 2021

POR QUE O INTERCEPT DECIDIU QUE LEANDRO DEMORI NÃO VAI SE SUBMETER AO DEPOIMENTO POLICIAL CONTRA NOSSO JORNALISMO


Apesar dos esforços de alguns, ainda vivemos em uma democracia. E nossa Constituição garante a liberdade de imprensa e protege o sigilo de fonte.



A POLÍCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO é a que mais mata no Brasil e uma das mais letais do mundo. Nos últimos anos, a brutalidade aumentou de modo aterrorizante, seguindo os pesados ventos da extrema direita no país. Esse é o fato público a ser investigado. É preciso parar a máquina da morte que a Coalizão Negra por Direitos acertadamente classifica como genocídio negro.

A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, no entanto, acredita que o problema se resolve de outra maneira: investigando os jornalistas que denunciam a matança.

João Pedro Mattos tinha 14 anos quando foi assassinado, em maio do ano passado, durante uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais, a Core. Policiais atiraram em uma área residencial de dentro de um helicóptero, ação extrema e ineficaz, que já havia sido proibida, em 2018, pela Secretaria de Segurança.

Quando pousaram a aeronave, os policiais crivaram de tiros uma casa. O imóvel estava cheio de crianças, que brincavam – os policiais mentiram sobre os disparos em um primeiro depoimento, negando a autoria. As crianças gritaram de terror. Baleado, João Pedro foi carregado nos braços por outro adolescente e levado até o helicóptero da polícia, onde embarcou. O menino, negro, sumiu.

A família rodou todos os hospitais da região atrás do filho, descobrindo somente no dia seguinte que peritos do IML os aguardavam para o reconhecimento de corpo. João Pedro estava morto. Denise Roz, tia, disse: “Meu sobrinho era um menino negro. Não é porque é negro que ele é bandido. Meu sobrinho não vai passar por bandido pra ninguém, pra corrigir erro de policial nenhum.” O inquérito que realmente importa, aquele que deveria revelar os assassinos, segue sem conclusão.

Não é o único caso de morticínio em favelas envolvendo a Core. Como Demori escreveu no artigo, apurado com fontes e que incomodou a Delegacia de Repressão de Crimes de Informática, que o investiga por calúnia contra a Core, “a história cresce quando juntamos outros fatos [para além da chacina do Jacarezinho, com 18 mortos]: a “facção” [da Core] está envolvida no caso João Pedro (menino de 14 anos, morto durante uma operação), na chacina do Salgueiro (oito mortos) e no caso do helicóptero da Maré (oito mortos). São 41 homicídios somente nesses casos. Quantos mais?”

E cobra providências, papel vital do jornalismo em todo o mundo: “É preciso que se investiguem as circunstâncias e os responsáveis dessas operações assassinas.”

O estado policial que vem erodindo a democracia no Brasil não parece interessado em investigar policiais. Em vez disso, prefere perseguir jornalistas. Ameaças como essa não nos intimidam. Apesar dos esforços de alguns, ainda vivemos em uma democracia. E nossa Constituição garante a liberdade de imprensa e protege o sigilo de fonte. Continuaremos a fazer nosso jornalismo independente e corajoso, sempre buscando revelar o que aqueles que detêm o poder preferem esconder. Há quem não goste.

Fonte: The Intercept Brasil


Cenrecomo

JN, Globo, 08/06/2021. A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar um jornalista do site Intercept Brasil, autor de reportagem sobre a atuação de policiais na operação na favela do Jacarezinho.

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Funcionários do Facebook exigem supressão de endereço de gigante da tecnologia de conteúdo palestino


Cerca de 200 funcionários dizem que o Facebook precisa ordenar uma auditoria independente de sua aplicação do conteúdo palestino e muçulmano


Ativistas pró-palestinos reclamaram que o Facebook e outras plataformas de mídia social censuraram conteúdo destinado a disseminar a conscientização (AFP)

Cerca de 200 funcionários do Facebook assinaram uma carta aberta pedindo à empresa que abordasse preocupações de que vozes pró-palestinas tenham sido suprimidas por sistemas de moderação de conteúdo, depois que usuários e funcionários reclamaram de um viés sistemático contra o conteúdo palestino e muçulmano.

A carta, relatada pelo Financial Times,exige que o Facebook introduza novas medidas para garantir que o conteúdo em apoio à Palestina e aos palestinos não seja injustamente derrubado ou desatado, como alguns funcionários e críticos alegaram ter acontecido antes e durante a última ofensiva de Israel em Gaza.

Instagram muda algoritmo em meio 

a alegações de viés anti-palestino

Ele pede à direção da gigante da tecnologia que ordene uma auditoria independente das ações de execução em torno do conteúdo palestino e muçulmano, e pede que uma força-tarefa interna seja criada para "investigar e abordar vieses" em seus sistemas de moderação de conteúdo - tanto humanos quanto automatizados.

A carta foi postada no quadro de mensagens interna do Facebook por grupos de funcionários chamados "Palesinians@" e "Muslims@". Tinha pelo menos 174 assinaturas até a tarde de terça-feira, de acordo com o FT.


"Como destacado pelos funcionários, pela imprensa e pelos membros do Congresso, e como refletido em nossa queda na nossa classificação de loja de aplicativos, nossos usuários e comunidade em geral sentem que estamos ficando aquém de nossa promessa de proteger a expressão aberta em torno da situação na Palestina", diz a carta.

"Acreditamos que o Facebook pode e deve fazer mais para entender nossos usuários e trabalhar na reconstrução de sua confiança."

A carta também pede ao Facebook que se comprometa a contratar mais palestinos, publique mais dados em torno de pedidos de governos para remover conteúdo e esclareça suas políticas em torno do antissemitismo.

Viés anti-palestino


Desde que os protestos eclodiram contra os despejos forçados de Israel de famílias palestinas em Jerusalém Oriental ocupada, ativistas e influenciadores pró-palestinos reclamaram que o Facebook e outras plataformas de mídia social estavam censurando conteúdo destinado a espalhar a conscientização sobre o assunto.

No mês passado, centenas de pessoas compartilharam capturas de tela de suas contas suspensas e telas em branco depois de terem compartilhado postagens relacionadas aos despejos forçados de famílias palestinas no Xeque Jarrah.

O MEE falou com vários ativistas na época, que disseram que o Instagram e outras plataformas, como Facebook e TikTok, estavam pressionando um esforço sistemático para perseguir e remover conteúdo palestino, com o suposto objetivo de silenciar as vozes dos palestinos.

Funcionários do Facebook disseram ao Buzzfeed News no mês passado que parecia haver um preconceito contra palestinos e muçulmanos na empresa, o que estava levando à aplicação seletiva de suas políticas de moderação de conteúdo contra conteúdo pró-palestino.

O Instagram, que pertence ao Facebook, removeu erroneamente postagens de sua plataforma que compartilhavam hashtags referentes à mesquita de al-Aqsa, o terceiro site mais sagrado do Islã, porque as associou "a uma designação que a empresa reserva para organizações terroristas", de acordo com o Buzzfeed.

O Facebook disse ao Middle East Eye em uma declaração por e-mail que estava ciente de problemas que afetam as habilidades dos usuários para postar conteúdo, e havia trabalhado para enfrentá-los.

"Sabemos que houve vários problemas que impactaram a capacidade das pessoas de compartilhar em nossos aplicativos. Embora os consertemos, eles nunca deveriam ter acontecido em primeiro lugar e lamentamos a qualquer um que sentiu que não poderia chamar a atenção para eventos importantes, ou que acreditava que isso era uma supressão deliberada de sua voz", disse um porta-voz da empresa do Facebook ao MEE.

"Projetamos nossas políticas para dar voz a todos, mantendo-os seguros em nossos aplicativos e os aplicamos igualmente, independentemente de quem esteja postando ou quais são suas crenças pessoais."

A empresa acrescentou que no ano passado se comprometeu com uma auditoria independente de seus Padrões comunitários - um esboço do que é e não é permitido em sua plataforma.

Fonte: Middle East Eye


AJ+

Is Facebook censoring certain posts and hashtags about #Palestine, like videos taken in the aftermath of the raid on #AlAqsa? Former executive Ashraf Zeitoon thinks so — and that the Israeli government has been pushing the company to do it.

Assista ao VÍDEO



No Twitter: #Palestinian


 

 

 

 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

PM de Brasília, que permite manifestações bolsonaristas toda semana, tentou impedir ato com boneco “Capitão Cloroquino”


Boneco inflável usado para criticar Bolsonaro foi produzido pelo Movimento Acredito, que teve que realizar o ato em outro local após negativa da PM, mesmo com autorização de órgãos competentes


Fotos: Divulgação/Movimento Acredito
 

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que quase semanalmente permite manifestações em apoio a Jair Bolsonaro em Brasília, tentou impedir nesta terça-feira (25) um ato contra o presidente na Esplanada dos Ministérios.

O ato, organizado pelo Movimento Acredito, contava com um boneco inflável representando Bolsonaro, batizado de “Capitão Cloroquino”. A PM, no entanto, não deixou os manifestantes encherem o boneco sob a alegação de que eles não teriam autorização para fazê-lo.

O Movimento Acredito, no entanto, ressalta que obteve, nos dias anteriores, autorizações do governo do Distrito Federal e da Secretaria de Segurança Pública para realizar a manifestação. “Apesar disso, quando o grupo chegou à região da Esplanada dos Ministérios na frente do Congresso Nacional, a Polícia Militar do Distrito Federal barrou a manifestação, argumentando que o boneco inflável, Capitão Cloroquino, seria um balão e que balões não poderiam ser soltos naquele local por conta da segurança nacional. O grupo então realizou o ato em outro ponto da cidade”, dizem os organizadores do ato.

Fonte: Revista Fórum


INCLIVEL FORA DA HORA

Grupo de manifestantes é impedido de erguer boneco inflável em protesto contra Bolsonaro

Membros do Movimento Acredito foram a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, hoje, para protestar contra o presidente Bolsonaro, mas acabaram impedidos pela Polícia Militar do Distrito Federal. Eles traziam consigo um boneco inflável do presidente de cerca de 10 metros que seria enchido de ar no local.

Assista ao VÍDEO



No Twitter



 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Web vê óvni no Brasil Urgente e Datena comenta


No Brasil Urgente em 16 de fevereiro, o apresentador José Luiz Datena mostrava cenas ao vivo da chuva na capital paulista. Em um certo momento, ele percebe um movimento na tela e comenta: "Olha o avião passando lá. É avião ou disco voador. Não pode ser disco voador porque quando o programa começa a falar de disco voador é porque está no fim, já já sai do ar. Então não é disco voador, é avião”. 



Datena comentou sobre suposta aparição de um óvni no Brasil Urgente

De fato a cena chamou a atenção da web e até foi parar em um canal estrangeiro de ufologia, que estuda assuntos relacionados a discos voadores e extraterrestres. O próprio apresentador brincou sobre o acontecimento: “Será que eu narrei ETs no Brasil Urgente? Estão dizendo que eu seria o ET”". Assista ao vídeo:



 Você pode assistir ao programa completo no YouTube:


Fonte: Band


UFOmania - The truth is out there

UFO Spotted LIVE in a Storm on a Brazilian Newscast - 20 de fev. de 2021

The BAND program "Brasil Urgente" was live with the presenter Datena showing the clouds and the rain in São Paulo, when out of nowhere a discoid-shaped object crosses in front of the camera at a great speed where it caught the attention of the presenter.

Experts calculate that this object was at a speed twice the speed of Sound, "680 meters per second ie (2,488 km / h)".

Assista ao VÍDEO


domingo, 28 de fevereiro de 2021

FBI afirma saber de suposto avistamento de OVNI nos EUA


Durante um voo comercial dentro do país norte-americano, o piloto da aeronave teria transmitido por rádio uma mensagem sobre um objeto cilíndrico, que disse estar voando acima de seu avião.



O Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA admitiu estar ciente de um suposto encontro entre uma aeronave da companhia aérea American Airlines e um suposto objeto voador não identificado que ocorreu no fim de semana passado, noticiou na sexta-feira (26) o canal Fox News.


  • O incidente em questão teria ocorrido durante uma viagem aérea de Cincinnati, Ohio, para Phoenix, Arizona, a uma altitude de cerca de 11.300 metros. O piloto do voo 2292 da empresa aérea American Airlines mencionou algum tipo de "objeto cilíndrico longo" voando acima da aeronave.

A American Airlines confirmou a autenticidade da transmissão, mas não quis dar mais comentários, aconselhando aqueles que procuravam informações adicionais a "contatar o FBI".

A agência norte-americana respondeu ao pedido de comentários da Fox News, mas se recusou a confirmar se iniciou uma investigação, segundo a mídia.



"Embora nossa política é não confirmar nem negar investigações, o FBI trabalha continuamente com nossos parceiros federais, estaduais, locais e tribais para compartilhar informações e proteger o público. Qualquer pessoa que esteja ciente de atividades suspeitas ou criminosas deve entrar em contato com sua agência local de aplicação da lei ou com o FBI."

Fonte: Sputnik Brasil


Olhar Digital

Marinha dos EUA reconhece que vídeos de OVNIs são reais - 18 de set. de 2019



quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Curioso sobre ETs? Site disponibiliza lista de documentos da CIA sobre OVNIs



Arquivos desclassificados da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA são disponibilizados ao público em site especializado em publicação de documentos do governo dos Estados Unidos.


Enquanto muitos acreditam na origem extraterrestre dos OVNIs, governos de diferentes países geram arquivos sobre aparições de objetos desconhecidos e fenômenos aparentemente estranhos à ciência.

Tendo em vista o interesse geral sobre o conteúdo de tais arquivos, um site especializado em publicação de documentos oficiais do governo norte-americano, The Black Vault, resolveu tornar público diversos arquivos da CIA sobre OVNIs.

Os arquivos, em sua grande parte em formato PDF, estão disponíveis no link para baixar e escritos na língua original inglesa.


Sputnik Brasil

Pentágono divulga vídeos de OVNIs

O Departamento de Defesa dos EUA desclassificou oficialmente três vídeos de objetos voadores não identificados (OVNIs) filmados por pilotos da Marinha americana.

Assista ao VÍDEO


Alguns dos documentos foram liberados pela CIA ainda na década de 90, enquanto o site lutava pelo acesso do público aos arquivos.

Contudo, a agência de inteligência acabou criando uma coleção de CD-ROM com os documentos sobre OVNIs, o que foi cobiçado pelo The Black Vault por anos.

Fonte: Sputnik Brasil


Entire CIA UFO Collection CD-ROM (2,780 Pages)

The links below offer two downloads. The contents of the original CD-ROM, as received, which is the multi-page .tif files (not searchable) with corresponding text files which are largely useless.

The second link is the converted records, wherein The Black Vault converted each .tif file to .pdf, and made it searchable. This is, by far, the more popular way of downloading and searching, but both are available for download.

https://www.theblackvault.com/images/zip.gif Original CIA UFO Collection CD-ROM Contents [149MB] – This is the entire collection, zipped up, with zero processing. This is in its original form.

https://www.theblackvault.com/images/zip.gif CIA UFO Collection CD-ROM Contents – Searchable .pdf Conversions – [342MB] – This .zip file contains all of the above files, however, they have been converted to searchable .pdf documents. Keep in mind, searchable .pdfs are NOT perfect. Many of these documents are poorly photocopied, so the computer can only “see” so much to convert for searching. However, through various tests, the search capability is MUCH better than the above CD contents with only .txt outputs.

Individual File Downloads (Searchable .pdfs)

Descriptions below are a work in progress. All documents are available, but all descriptions are not yet filled in.


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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O recado do funk ao bolsonarismo: “A massa funkeira não vai deixar de ir ao baile”


Pelas periferias do país, milhares de jovens frequentam os bailes de funk - Foto: Mídia Ninja

Perseguidos pelo deputado que quebrou a placa de Marielle Franco, Mcs foram intimados a depor por “apologia ao crime"

Às vésperas de completar um ano do massacre de Paraisópolis, quando 9 jovens morreram no Baile da DZ7, o funk voltou a ser notícia nas páginas policiais, graças ao deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que denunciou os Mcs Cabelinho e Maneirinho por apologia ao crime, por conta da música “Migué”, lançada em parceria pelos dois músicos.

Em 2018, Amorim, bolsonarista declarado, quebrou a placa com o nome da vereadora Marielle Franco, ao lado do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), todos eram candidatos na época.

Cabelinho e Maneirinho, que já prestaram depoimento à polícia, se manifestaram pelas redes sociais. “É uma denúncia política, feita por um deputado do PSL. É impressionante como preto favelado quando faz sucesso, pra essa gente só pode ser bandido”, afirmou o primeiro. “Eu não li e nem assisti a nossa realidade. Mas playboy interpretando o que acontece na favela, concorre ao Oscar”, lamentou o segundo.

Thiago de Souza, dono do Canal do Thiagson no Youtube, e doutorando na Escola de Música da Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisa a musicologia do funk, saiu em defesa dos Mcs em suas redes sociais e afirmou que “quem acusa o funk não deve saber o significado da palavra ‘estética’, não sabe, ou não quer saber, que certas letras são consequência e não a causa de problemas sociais.”

Thiago Souza: “Um baile grande é uma organização 

política" / Foto: Arquivo Pessoal


Em entrevista ao Brasil de Fato, Souza lembrou que a capoeira, o samba e o rap sofreram a mesma perseguição. “O funk nem é visto como arte. Pelo fato dele tratar dos assuntos de uma forma mais direta, ele sofre preconceito. O funk é arte, tem poesia, tem metáfora, enfim", aponta.

Souza considera que a origem desse preconceito contra o gênero musical está “na origem preta e periférica” dos músicos.

"O funk não está preocupado em idealizar uma realidade, ele fala diretamente sobre o que vive. Aí você cria um conflito, entre um país como Machado de Assis falava, um país oficial, dos políticos, dos brancos e da classe média, e o Brasil real”, defende.

Histórico

Para Renata Prado, diretora da Frente Nacional de Mulheres do Funk e integrante da Frente de Dançarinas de Funk, a perseguição ao estilo musical tem se intensificado e pode acabar em mais tragédias.

“Se nos próximos anos não pensarmos políticas públicas que deem conta do funk na cidade, a chance de termos massacres como o de Paraisópolis acontecendo constantemente, é muito grande", afirma.

Idealizador do Baile da Gaiola, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, o DJ Rennan da Penha ficou preso preventivamente por oito meses em 2019, entre março e novembro.

O músico, que foi inocentado da acusação de associação ao tráfico de drogas em primeira instância, teve a sentença revertida na segunda instância e foi condenado a seis anos e oito meses de prisão. Um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu a soltura do músico.

A prisão do DJ motivou a campanha “DJ Não é Bandido”, que foi encampada por diversos artistas no país. Rennan é acusado de ser olheiro do tráfico na região da Penha e ter feito músicas para os criminosos. Na época, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou a sentença e afirmou que se tratava de “criminalização da arte popular.”

Prado afirma que o “momento político do país deve aumentar a violência do Estado contra a população pobre e preta que vive nas periferias”. A dançarina esteve à frente de protestos em dezembro de 2019, após 9 jovens morrerem durante o Baile da DZ7, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, após ação da Polícia Militar para dispersar o evento.

Renata prado: "Temos o direito de ocupar a cidade 

de forma democrática" / Foto: Arquivo Pessoal


Nós sabemos que foram policiais militares que mataram esses jovens, todos com menos de 21 anos. Existe uma cultura de massacre do movimento funk e isso precisa acabar. Infelizmente, o funk é tratado como caso de Segurança Pública”, lamenta Prado.

A versão da PM era de que os jovens morreram asfixiados, após milhares de pessoas correrem quando as viaturas chegaram ao local. Segundo os moradores, as mortes ocorreram após os policiais agredirem os funkeiros. Na época, 31 agentes que participaram da ação foram afastados pelo governo de São Paulo. O caso segue em investigação e os culpados ainda não foram apontados.   

Entre abril de 2010 e junho de 2013, quatro Mcs e um DJ foram assassinados na Baixada Santista: Careca, Duda do Marapé, Primo, Felipe Boladão e DJ Felipe. Na época, familiares das vítimas e moradores da região acusaram policiais militares pelos crimes. Os assassinos nunca foram identificados.

"Quando mataram o Duda, eu estava indo fazer uma atividade cultural com os meninos da Fundação Casa. O Duda pra mim foi extermínio, quem fez está na rua", lembra o poeta Tubarão Dulixo, criado na Baixada Santista e amigo de Duda do Marapé.

“Hoje, o funk toca na televisão e virou uma indústria. Mas naquela época, era cada um por si, era submundo, marginalizado. Eu já fui mais revoltado com isso, hoje eu consigo ter mais calma. Um estilo de música não é um problema social”, conclui.

Assista ao VÍDEO

Duda do Marapé canta com amigos em Santos (Vídeo cedido por Tubarão Dulixo)

Na lista de músicos do funk presos, está na o MC Poze, detido em setembro de 2019 por tráfico de drogas, associação ao tráfico, incitação ao crime, apologia ao crime, corrupção de menores e por fornecer bebida alcoólica a menores.

A operação policial ocorreu após uma denúncia de que o baile em que o músico se apresentava, em Sorriso, no Mato Grosso, seria um ponto de venda de drogas.

“Temos o direito de ocupar a cidade”

“Apesar de ser reprimido pela polícia, a massa funkeira não vai deixar de ir ao baile, pois sabemos que temos o direito de ocupar a cidade de forma democrática", afirma Prado. Apesar do histórico, ele acredita que os bailes seguirão como uma das principais alternativas de lazer nas periferias.

"O funk ocupa a cidade, mas não tem consciência de que tem esse direito. Então, quando tem operação policial, a molecada corre. Isso acaba se tornando algo cultural, você vai no baile funk sabendo que a qualquer momento vai correr da polícia", relata.

Souza concorda com Renata Prado. “Tem ambivalência. Tem o medo, mas tem outra coisa: quem que quer sair à noite pra curtir e aparece a polícia enchendo o saco, jogando bomba, atirando bala de borracha, tomar esculacho, enfim, ninguém quer isso. Agora, tem a vontade de resistir também. A galera que sai, já sabe que pode tomar um enquadro no caminho. Ser funkeiro é ser resistência.”

Por fim, Souza exalta a mobilização para que as festas existam, apesar da repressão. “Um baile grande é uma organização política, a quebrada se prepara para um baile, muita gente tem que se comprometer, muitas responsabilidades precisam ser divididas e os próprios Mcs falam isso, que o baile é esse espaço de resistência. Eles sabem disso.”

Fonte: Brasil de Fato


terça-feira, 29 de setembro de 2020

Detonautas lança música com referência aos cheques de Queiroz para Michelle Bolsonaro



Os Detonautas Roque Clube  lançaram na sexta-feira (4) mais uma música com um tom crítico sobre o momento atual que vivemos. A música “Micheque” faz uma contundente sátira sobre os R$ 89 mil em cheques depositados pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

“Todos temos o benefício da dúvida. Somos inocentes até que se prove o contrário. A música é um questionamento a respeito de uma questão importante. Como foi que esse dinheiro entrou na conta de uma pessoa tão próxima ao Presidente. Basta que ele responda e acabam as especulações.“, reflete Tico Santa Cruz

Confira um trecho da música:

 

Fonte: ISTOÉ Gente 


Detonautas Roque Clube

Clipe Oficial de "Micheque" do Detonautas Roque Clube. (Lyric Video)


Veja mais no Twitter: #kkk

 

 

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