Benjamin Netanyahu está “assustado e extraordinariamente
estressado” com a possibilidade de um mandado de prisão iminente do TPI em
Haia, de acordo com relatos da mídia israelense
Benjamin Netanyahu
O jornal israelense Maariv informou que
o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu está "assustado e invulgarmente
estressado" com a possibilidade de um mandado de prisão iminente do
Tribunal Penal Internacional de Haia.
Fontes próximas ao jornal acreditam que os mandados de
prisão são apenas uma questão de tempo.
O jornal informou que o ministro da Defesa, Yoav Galant, e o
chefe do Estado-Maior, major-general Herzi Halevi, também poderiam receber
mandados.
Em 26 de abril, Netanyahu tuitou que “sob a minha liderança,
Israel nunca aceitará qualquer tentativa do Tribunal Penal de Haia de minar o
seu direito fundamental de se defender”.
תחת הנהגתי, ישראל לעולם לא תקבל כל ניסיון של בית הדין הפלילי בהאג לערער את זכותה הבסיסית להגן על עצמה.
האיום נגד חיילי צה״ל ואישי הציבור של ישראל, הדמוקרטיה היחידה במזרח התיכון והמדינה היהודית היחידה בעולם, הוא שערורייתי.
לא נכנע לו.
ישראל תמשיך עד לניצחון במלחמתנו הצודקת נגד…
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) April 26, 2024
Bogotá apela ao Tribunal Mundial para que garanta “a
segurança” e “a própria existência do povo palestiniano”
O Tribunal Internacional de Justiça ordenou a Israel que
garanta que as suas tropas não cometam atos genocidas contra os palestinos em
Gaza [Arquivo: Nikos Oikonomou/AA]
A Colômbia pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (CIJ)
que permita que o país se junte ao caso da África do Sul que acusa Israel de
genocídio na Faixa de Gaza.
No seu requerimento apresentado ao tribunal na sexta-feira,
a Colômbia apelou ao TIJ para garantir “a segurança e, de facto, a própria
existência do povo palestiniano”.
“A Colômbia está a desenvolver esforços destinados a
combater o flagelo do genocídio e, como resultado, a garantir que os
palestinianos desfrutem do seu direito de existir como povo”, afirma o
documento.
“O objetivo final da Colômbia neste esforço é garantir a
proteção urgente e mais completa possível aos palestinianos em Gaza, em
particular às populações vulneráveis como mulheres, crianças, pessoas com
deficiência e idosos”, acrescentou a declaração colombiana.
A CIJ, o mais alto tribunal das Nações Unidas, pode permitir
que os Estados intervenham nos casos e dêem os seus pontos de vista.
Vários estados, como a
Irlanda , afirmaram que também procurariam intervir no caso, mas até
agora, apenas a Colômbia e a Nicarágua apresentaram um pedido público.
“A Colômbia procura intervir ativamente no processo,
apoiando a África do Sul. Espera oferecer apoio tangível à causa palestina e,
ao mesmo tempo, enviar uma mensagem a Israel de que não pode continuar com as
suas ações em Gaza”, disse Alessandro Rametti da Al Jazeera, reportando de
Bogotá na sexta-feira.
“Esta não é uma postura surpreendente dado o
que ouvimos do presidente da Colômbia, Gustavo Petro… Desde o início
da guerra, ele denunciou Israel; ele foi o primeiro presidente sul-americano a falar
sobre genocídio, denunciando as ações de Israel em Gaza.”
Chamadas da CIJ ignoradas
Na semana passada, os juízes do TIJ ordenaram a Israel que
tomasse todas as medidas necessárias e eficazes para garantir que os alimentos
básicos chegassem sem demora aos palestinianos em Gaza.
Em Janeiro, o TIJ com sede em Haia, também conhecido como
Tribunal Mundial, ordenou a Israel que se abstivesse de quaisquer atos que
pudessem ser abrangidos pela Convenção do Genocídio e garantisse que as suas
tropas não cometessem atos genocidas contra os palestinianos em Gaza.
A ofensiva de Israel em Gaza matou pelo menos 33.091
pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Centenas de milhares de palestinos também foram deslocados e
organizações de ajuda alertam que a faixa está à beira da fome .
A campanha militar de Israel em Gaza trouxe “morte e
destruição implacáveis” aos palestinos, disse o
secretário-geral da ONU, António Guterres , na sexta-feira, num discurso que
marcou seis meses desde o início da guerra em Gaza.
Israel nega ter como alvo civis palestinos, dizendo que o
seu único interesse é aniquilar o grupo Hamas.
A
África do Sul apresentou o seu caso acusando Israel de genocídio
liderado pelo Estado em Gaza em Dezembro. Os advogados de Israel
consideraram-no um abuso da Convenção do Genocídio.
"[O Norte Global] está fazendo uma demonstração para toda a humanidade. O que acontece na Palestina pode acontecer com qualquer um se ousarem fazer mudanças sem a permissão deles"pic.twitter.com/lFheakIul8https://t.co/r0jfsQ3sLU
O Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) emitiu na
quinta-feira novas medidas provisórias para Israel, à medida que a situação
humanitária na Gaza bombardeada e sitiada continua a deteriorar-se
O tribunal mundial emitiu a nova ordem em resposta a um pedido recente feito pela
África do Sul, que apresentou um caso em Dezembro acusando Israel de genocídio
em Gaza, com base na sua ofensiva contínua após os ataques liderados pelo Hamas
no sul de Israel que deixaram quase 1.200 mortos e mais de 240 feitos
reféns.
Desde então, mais de 32 mil palestinos foram mortos por
ataques e ataques israelenses, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
Israel garantirá entrega de ajuda
As medidas provisórias do TIJ afirmam que
Israel, “tendo em conta o agravamento das condições de vida enfrentadas pelos
palestinos em Gaza, em particular a propagação da fome e da inanição”, tomará
“todas as medidas necessárias e eficazes para garantir, sem demora, em plena
cooperação com as Nações Unidas, a prestação desimpedida e em grande
escala, por todos os envolvidos, de serviços básicos urgentemente necessários e
assistência humanitária aos palestinos em toda Gaza”.
As medidas descrevem que a ajuda necessária inclui
alimentos, água, electricidade, combustível, abrigo, vestuário, requisitos de
higiene e saneamento, bem como fornecimentos médicos e cuidados médicos.
Ordens para abrir mais travessias terrestres
A nova ordem do TIJ também apela a Israel, como signatário
da Convenção do
Genocídio , a tomar essas medidas, “ incluindo aumentando a
capacidade e o número de pontos de passagem terrestre e
mantendo-os abertos durante o tempo que for necessário”.
Medidas adicionais apelam a Israel para garantir “com efeito
imediato que os seus militares não cometem actos que constituam uma violação de
qualquer um dos direitos dos palestinianos em Gaza como um grupo protegido” ao
abrigo da Convenção do Genocídio.
Isto inclui “impedir, através de qualquer ação, a prestação
de assistência humanitária urgentemente necessária”, de acordo com a CIJ.
O tribunal também decidiu que Israel deverá apresentar um
relatório ao TIJ sobre todas as medidas no prazo de um mês.
ONU: Todos os Estados-Membros devem cumprir as decisões
do TIJ
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, lembrou aos
jornalistas no seu briefing diário que a CIJ opera de forma independente.
“Acreditamos, por uma questão de princípio, que todos os
Estados-Membros cumprem as decisões do tribunal”, disse ele.
'Sua saúde está piorando, fisicamente e mentalmente', disse Stella Assange; jornalista expôs crimes de guerra dos EUA
Extradição foi aceita em junho de 2022 pelo governo britânico
- WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Stella Assange, esposa do ativista Julian Assange, alertou
que o fundador do Wikileaks "morrerá" caso seja extraditado para os
Estados Unidos, onde deve ser julgado sob a acusação de espionagem, o que pode
levar a uma condenação a 175 anos de prisão.
"Sua saúde está piorando, fisicamente e mentalmente.
Sua vida está em perigo a cada dia que ele permanece na prisão e se for
extraditado, ele morrerá", disse Stella Assange em uma coletiva de
imprensa na capital britânica. O fundador do Wikileaks está há quatro anos
na prisão de alta segurança de Belmarsh, a leste de Londres.
Esse não é o primeiro alerta sobre o risco de vida implicado
na extradição de Assange. Em setembro de 2020, o psiquiatra Michael Kopelman,
que testemunhou o julgamento do jornalista em Londres, afirmou que o fundador
do Wikileaks corre “risco muito alto” de suicídio se for extraditado.
Ao longo de 20 exames feitos em Assange, Kopelman disse que
o paciente reclamou de ouvir vozes e música imaginárias enquanto estava detido
na prisão de alta segurança de Belmarsh, no sudoeste da capital
inglesa. Segundo o psiquiatra, há evidências de que Assange tem “depressão
severa” e “sintomas psicóticos”, o que lhe causavam alucinações auditivas,
entre outros sintomas.
Os impulsos suicidas de Assange "surgem de fatores
clínicos, mas é a iminência da extradição que desencadeará a tentativa",
acrescentou Kopelman na ocasião, alertando que "ele se deteriorará
substancialmente" se extraditado.
Última chance para evitar a extradição no Reino Unido
O Tribunal Superior de Justiça de Londres examinará na
próxima semana, terça e quarta-feira, um novo recurso do australiano contra sua
extradição para os Estados Unidos, onde está sendo processado por vazamento em
massa de documentos confidenciais que indicavam crimes de guerra cometidos
pelos estadunidenses.
Dois juízes britânicos irão examinar a decisão do Tribunal
Superior de Justiça de Londres, tomada em 6 de junho, de negar a Assange a
permissão para recorrer de sua extradição para os Estados Unidos, aceita em
junho de 2022 pelo governo britânico.
Se Assange falhar nesta última tentativa perante a justiça
britânica, ele terá esgotado todas as vias de recurso no Reino Unido. No
entanto, um último recurso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH)
"ainda é possível", afirmou o grupo de apoio "Free Assange"
em um comunicado divulgado em dezembro.
do país norte-americano, especialmente no Iraque e no
Afeganistão. Ele foi detido pela polícia britânica em 2019, após sete anos
confinado na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar
extradição para a Suécia.
Edição: Lucas Estanislau
‘Sua saúde está piorando, física e mentalmente’ 🔴
Stella Assange, esposa do ativista Julian Assange, alertou que ele "morrerá" caso seja extraditado para os EUA para ser julgado sob a acusação de espionagem, o que pode levá-lo a uma condenação de 175 anos de prisão.
Presidente da África do Sul citou que Rafah é o 'último
refúgio para as pessoas sobreviventes em Gaza'
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa (Foto: Xabiso
Mkhabela / Xinhua)
A África do Sul fez um pedido de consideração urgente à
Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre a decisão de Israel de expandir seus
ataques na Faixa de Gaza para a cidade de Rafah, informou o gabinete
presidencial nesta terça-feira (13).
Na segunda-feira, as Forças de Defesa de Israel (IDF)
disseram que realizaram ataques contra "alvos terroristas" na área de
Shaboura da cidade de Rafah. Um total de 100 pessoas foram mortas e mais de 230
feridas como resultado do bombardeio em Rafah, segundo informações da emissora
Al Mayadeen.
"O governo da África do Sul fez um pedido urgente à CIJ
para considerar se a decisão anunciada por Israel de estender suas operações
militares em Rafah, que é o último refúgio para as pessoas sobreviventes em
Gaza, requer que o tribunal use seu poder para prevenir uma futura violação
iminente dos direitos dos palestinos em Gaza", escreveu o gabinete
presidencial no X.
Israel vem bombardeando Rafah com ataques aéreos há vários
dias. A cidade é o último refúgio para mais de um milhão de palestinos que
foram forçados a se deslocar para o sul.
NEWS: on 12 February 2024, South Africa submitted an “urgent request for additional measures under Article 75 (1)” of the Rules of Court in connection with the “developing circumstances in Rafah” in the case #SouthAfrica v. #Israel before the #ICJhttps://t.co/PttnjpfA9tpic.twitter.com/Vup8uIKP0o
Israel enfrenta um julgamento por genocídio iniciado pela África do Sul devido à ofensiva militar em Gaza. E alguns especialistas da ONU chamam-lhe um “genocídio em formação”. Conversamos com o especialista em direito internacional Miguel Ángel Lara Otaola para tentar definir o conceito de genocídio e contextualizar o debate político por trás dele.
Em 16 de Março de 2003, Cindy e Craig Corrie receberam a
notícia de que a sua filha de 23 anos tinha sido esmagada até à morte por uma
escavadeira militar israelita enquanto tentavam impedir a demolição de uma casa
palestiniana em Rafah, Gaza.
Petra Schurenhofer
Vinte anos depois, os pais do ativista americano ainda
buscam justiça.
A gente tem apanhado bastante nos últimos meses. Mas isso
não fará a gente retroceder nem um milímetro. Podemos contar com você nessa
luta?
A situação está ficando fora de controle.
Sete
publicações nossas foram censuradas no intervalo de apenas três meses
Recebemos
seis processos novos apenas nas últimas semanas
Uma
repórter nossa foi condenada a cumprir um ano de prisão e pagar R$ 400 mil
em indenizações
Isso é sem precedentes e estamos muito preocupados.
Além disso, temos um bocado de outros processos rolando
soltos — entre eles alguns que poderiam resultar na prisão dos nossos
repórteres — e alguns novos acabaram de chegar.
Está começando a parecer que quando a Igreja Universal
mandou a polícia atrás da gente por causa de uma reportagem, eram apenas as
primeiras rajadas de uma ofensiva muito maior.
Ser jornalista e fazer jornalismo é perigoso demais. Ainda
mais quando a nossa missão é apontar a corrupção exatamente dos pesos
pesados que mandam nos tribunais.
O desafio é grande e os riscos são reais, mas a gente sempre
seguiu firme porque tivemos milhares de membros lutando lado a lado com a nossa
equipe. Só que desde que viramos 100% independentes um ano atrás, o
Intercept Brasil tem perdido milhares de apoiadores.
Isso está nos preocupando mais do que a fúria de Edir Macedo
ou a caneta torta de um desembargador.
Dependemos de pessoas como você porque não vendemos
propaganda, não aceitamos dinheiro de empresas ou de governos e não colocamos
paywall no nosso jornalismo. Assim, conseguimos reportar sem rabo preso e
servir todo mundo, independente da sua capacidade de pagar.
Qualquer valor é uma grande ajuda.
E se você fizer uma contribuição, não lhe incomodaremos
com outro e-mail pedindo dinheiro por um bom tempo — mandaremos apenas nosso
jornalismo.
Caso ocorreu no fim de 2021 em Juiz de Fora e empresa recorreu após decisão favorável ao autor da ação em 1ª Instância
Um morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, venceu mais uma batalha na Justiça contra uma empresa de mídias sociais. Após recurso da dona da rede social, que não foi identificada, a Justiça decidiu em segunda instância pela manutenção da indenização de R$ 5 mil por danos morais além da determinação de que as contas que foram canceladas sem qualquer justificativa plausível sejam reativadas.
Em dezembro de 2021 o empresário de 30 anos foi surpreendido por uma mensagem do encerramento de suas contas, sem qualquer explicação. Ele usava os perfis para comercializar produtos e complementar a sua renda e, apesar de suas tentativas para resolver o problema pelos canais oficiais de comunicação e de forma administrativa com a empresa, nada foi resolvido.
Diante disso, em março deste ano, ele resolveu ajuizar a ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), obtendo a decisão favorável à sua ação com liminar deferida pelo juiz Sergio Murilo Pacelli, da 8ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora.
No processo, a empresa argumentou que o cancelamento não foi arbitrário, mas após a violação dos termos de uso e das políticas de funcionamento do serviço, o que justificaria a conduta adotada. Entretanto, conforme o magistrado, a empresa não esclareceu as infrações que teriam sido cometidas pelo empresário mineiro.
Por isso, o juiz argumentou que "o bloqueio ocorreu de forma imotivada, com alegações genéricas, e que a companhia não demonstrou justa causa para a exclusão das contas do autor". Ainda conforme Pacelli, a medida afetou o convívio do empresário esua relação com clientes, atingindo-o "de maneira grave, séria, profunda e anormal no seu âmbito extrapatrimonial”, o que ultrapassava os meros aborrecimentos.
Recursos
Após a determinação de reabilitar os perfis e contas do usuário em 48 horas, para além da indenização, a empresa recorreu. O empresário também ajuizou recurso em seguida, alegando que sofreu abalo psicológico e que o valor deveria ser maior.
A desembargadora Mônica Libânio, relatora do caso, entendeu que a decisão em primira instância foi suficientemente fundamentada e adequada aos fatos. Ela também afirmou que “o descaso no trato do consumidor e as diversas tentativas frustradas de resolução do impasse geraram desgaste, aflição, além de perda do tempo útil”.
Os desembargadores Shirley Fenzi Bertão e Rui de Almeida Magalhães acompanharam a relatora.
Momentos antes do fatídico incidente, o falecido teve uma
briga na estrada com outro policial, que teria atirado nele por bloquear seu
caminho e apontar uma arma para ele.
A Polícia da cidade de Austin (Texas, EUA) publicou nesta
quarta-feira um vídeo que mostra um agente matando um homem a tiros na frente
de sua namorada e filho. O fatídico incidente aconteceu em 5 de janeiro,
mas os detalhes só vieram à tona agora.
Tudo começou quando Alex González, 27, se envolveu em um
" incidente de violência na estrada " com o policial
Gabriel Gutiérrez, que atirou nele, ferindo-o, porque ele cortou seu veículo e
supostamente apontou uma arma para ele. Naquela época, havia dois passageiros
no carro de González: seu companheiro e o filho de dois meses.
AVISO: AS SEGUINTES IMAGENS PODEM FERIR SUA
SENSIBILIDADE ( VÍDEO )
Depois de atirar em González, Gutiérrez solicitou reforços e
alguns policiais logo chegaram ao local. Em seguida, a gravação mostra
González saindo do carro, desarmado ,
em direção ao banco de trás, enquanto os agentes mandam que pare, pensando que
ele estava tentando sacar uma arma de fogo . Enquanto
o homem ignorava os avisos, outro agente, Luis Serrato, disparou 10 tiros que
atingiram González e o mataram.
Como resultado do incidente, os dois policiais envolvidos
foram colocados em licença administrativa e o
Departamento de Polícia de Austin abriu uma investigação para estudar cada tiro
separadamente.
Quanto aos passageiros que estavam no carro de González
durante o tiroteio, o companheiro do falecido sobreviveu a alguns ferimentos e
o bebê saiu ileso.
Diferenças nas versões
Scott Hendler, advogado da família do falecido, confirmou
que possuía uma arma de fogo, mas se opôs à versão policial, detalha a NBC News. " Em nenhum
momento dos vídeos ele é visto brandindo uma arma", disse ele.
Hendler considera que González só queria saber como estava
sua companheira, depois que ela se feriu no primeiro tiroteio, e saber se o
bebê havia sido atingido ou não.
Enquanto isso, os defensores do agente Serrato expressaram
sua insatisfação com o vazamento das imagens e até instaram a polícia local a
não publicá-las. “A divulgação de imagens de vídeo sob o pretexto
de transparência , desta forma e neste momento, é totalmente
contraproducente para o objetivo principal de manter a justiça em nosso sistema
de justiça”, disseram em carta aberta.
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestou favorável, nesta quinta-feira (22), à decisão que declarou o ex-juiz Sergio Moro suspeito ao julgar Lula no âmbito da operação Lava Jato. Quando a sessão foi encerrada, com pedido de vista do ministro Marco Aurélio Mello, sete dos 11 ministros já haviam dado seus votos e apontado Moro como um juiz parcial.
Para
o PT, a Justiça feita ao Supremo inocentar Lula e reconhecer que Moro era
suspeito
Sete
dos 11 ministros da Corte afirmaram que o ex-juiz Sergio Moro agiu de
forma parcial ao julgar o presidente Lula
Julgamento
foi interrompido com pedido de vista
O resultado é mais uma confirmação de que a Lava Jato foi
uma farsa jurídica, que agiu fora da lei e com fins políticos. “Maioria do STF
fez justiça: Moro foi juiz suspeito, Lula é inocente das acusações e tem
direitos políticos plenos. Valeram 5 anos de luta!”, celebrou a presidenta
nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), pelo Twitter. “Que nunca
mais o Judiciário volte a ser manipulado para perseguição política. Nunca mais
uma eleição se decida pela cassação ilegal de um candidato”, completou.
Em nota, os advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins e
Valeska T. Z. Martins, afirmaram que a maioria do Supremo “reconheceu que o
ex-juiz Sergio Moro quebrou a regra de ouro da jurisdição: agiu de forma
parcial em relação ao ex-presidente Lula”. “É uma vitória do Direito sobre o
arbítrio. É o restabelecimento do devido processo legal e da credibilidade do
Judiciário no Brasil”, completaram (leia
aqui a íntegra da nota).
O julgamento
Sete ministros afirmaram que Moro foi parcial: Alexandre de
Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Nunes Marques, Ricardo
Lewandowski e Rosa Weber. Edson Fachin e Roberto Barroso foram os únicos que
votaram a favor de Moro. O presidente da Corte, Luiz Fux, não votou, assim como
Marco Aurélio, que pediu mais tempo para analisar o caso.
A suspeição de Moro já havia sido decidida pela Segunda
Turma do STF, por isso, para juristas e vários dos ministros do próprio
Supremo, o Plenário não deveria voltar a discuti-la. Venceu, no entanto, a tese
de que o Pleno deveria avaliar se o julgamento na Turma seria válido, uma vez
que Moro foi considerado incompetente para julgar Lula.
O ministro Gilmar Mendes chamou a decisão de “subversão
processual”. “É honesto e leal lembrar que, em 2018, quando se iniciou o
julgamento deste caso, eu propus que o HC fosse afetado ao Plenário e, por três
votos a dois, a Turma deliberou no sentido de manter o julgamento na Turma. (…)
Portanto, isso foi deliberado. Então, essa história toda, ‘ah, está trazendo
para o Plenário’, não fica bem. Uma subversão processual desta ordem não é
decente, não é legal, como dizem os jovens. Esse tipo de manobra é um jogo de
falsos espertos. Isso não é bom, não é bom”, disse.
As críticas mais duras à atuação de Moro vieram no voto do
ministro Ricardo Lewandowski, que iniciou sua fala rechaçando qualquer
tentativa de colocar o rótulo de coniventes com a corrupção sobre os
magistrados que combatem o modus operandi ilegal da Lava Jato. “O que temos de
combater aqui são modus operandi, seja por parte do Ministério Público, seja
por parte do Judiciário, que sejam incompatíveis com o Estado democrático de
direito”, ressaltou.
Após lembrar que a Operação Lava Jato deixou milhões de
brasileiros desempregados e causou enormes prejuízos à economia brasileira,
Lewandowski citou uma série de abusos cometidos por Moro e os procuradores da
força-tarefa. “O modus operandi da Lava Jato levou a conduções coercitivas, a
prisões preventivas alongadas, a ameaças a familiares, a prisão em segunda
instância e a uma série de outras atitudes, a meu ver, absolutamente
incompatíveis com o Estado democrático de direito”, ressaltou, lembrando o
escandaloso episódio da prisão do ex-ministro Guido Mantega, detido no Hospital
Albert Einstein, em São Paulo, quando acompanhava uma cirurgia da esposa, que sofria
de uma doença grave da qual veio a falecer. “É esse modus operandi que estamos
a combater.”
Pecados mortais
Lewandowski disse ainda que as mensagens de celular
apreendidas na Operação Spoofing, periciadas pela Polícia Federal, deixam claro
que Moro e procuradores cometeram muito mais que “meros pecadilhos”. “Porque um
juiz indicar testemunhas para acusação não me parece um mero pecadilho. A
combinação do momento de oferecimento de denúncia ou outras questões desse
mesmo jaez não me parecem pecadilhos. (…) Estamos tratando de pecados mortais,
que constituem, entre outras coisas, colaborações à margem da lei brasileira
com autoridades estrangeiras.”
Por fim, o ministro também pontuou que os procuradores
agiram com interesses financeiros, ajudando autoridades estrangeiras a multar
empresas nacionais para, mais tarde, ter acesso a parte dos recursos. “Os
latinos, os romanos, os juristas, os pais, talvez, do direito civilizado,
tinham uma expressão muito interessante. Diziam o seguinte: quid prodest. A quem
aproveitou o desmantelamento da economia nacional? E o que nos dizem as
mensagens? Que os procuradores de Curitiba estavam acertando clandestinamente
negociações com autoridades estrangeiras”, afirmou.
Para nunca esquecer as provas da farsa da Lava Jato e da
suspeição de Moro
Em 29 de dezembro de 2020, os advogados do presidente Lula
obtiveram, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para analisar
mensagens de celular trocadas entre procuradores da Operação Lava Jato e o
ex-juiz Sergio Moro. Tais mensagens haviam sido apreendidas pela Polícia
Federal em julho de 2019, na Operação Spoofing.
Esse mesmo material vinha sendo publicado, desde junho de
2019, pelo site The Intercept e outros veículos, na série de reportagens Vaza
Jato. Ao analisar o conteúdo, porém, a defesa de Lula trouxe à tona novos
diálogos comprometedores para Moro e a força-tarefa da Lava Jato e também
detalhou como se deu toda a farsa praticada pela operação.
Esse detalhamento foi feito por meio de uma série de
relatórios encaminhados ao STF contendo mensagens de texto e de áudio que não
deixam dúvida: a Lava Jato foi, desde o começo, uma operação que lançou mão de
várias ações ilegais e que sempre teve como um dos objetivos centrais prender
Lula, mesmo sem provas, para interferir na política brasileira.
1 - O plenário do STF formou maioria para manter íntegro o julgamento realizado pela 2ª Turma que reconheceu que o ex-juiz Sergio Moro quebrou a regra de ouro da jurisdição: agiu de forma parcial em relação ao ex-presidente Lula.
Na entrevista, o hacker Walter Delgatti disse que Moro era o
mais interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão,
respondeu acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”. Veja a íntegra da
esclarecedora entrevista.
Em entrevista ao canal de televisão CNN,
o hacker Walter Delgatti confirmou o que já um fato de domínio público. O
ex-presidente Lula era o “foco” do ex-juiz Sérgio
Moro e do procurador Deltan Dallagnol. Segundo Delgatti, as mensagens
trocadas entre os dois mostravam que eles tinham “interesse” no
ex-presidente Lula.
Delgatti disse que agiu por justiça, por considerar não haver “fato” para
condenar Lula. Delgatti foi responsável pela divulgação das conversas
entre os procuradores da Lava Jato.
Na entrevista, Delgatti disse que Moro era o mais
interessado na investigação de Lula. Quando perguntado sobre a razão, respondeu
acreditar que seria “para tentar assumir um cargo”. Moro condenou Lula
sem provas, afastou o ex-presidente das eleições presidenciais
de 2018 e assumiu o Ministério da Justiça no
governo Bolsonaro. Delgatti ainda disse que os procuradores
mantinham empresários presos “até falar”. E cita o caso de Léo
Pinheiro, de quem afirmavam não aceitar a delação se não falasse de Lula.
Durante sessão virtual da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira
(21), o deputado Rogério Correia (PT-MG) alertou
para a gravidade do conteúdo da recente entrevista do hacker Walter
Delgatti. Na opinião do deputado, a entrevista corrobora àquilo que a
defesa do ex-presidente Lula vem afirmando desde o começo da operação. “Fizeram
uma perseguição e levaram Lula à prisão sem nenhuma prova. Isso foi arquitetado
com o Juiz Sérgio Moro”, acusou o deputado.
Uma farsa chamada lava-jato capitaneada por um juiz canalha e parcial e um moleque do MPF de Curitiba. Moro e Dallagnol quebraram construtoras, desempregaram milhões de Brasileiros, prenderam injustamente Lula e elegeram um fascista odioso e genocida! pic.twitter.com/9PIbRmAQ0S
Ricardo Lewandowski e Sergio Moro. Fotos: Nelson Jr./STF -
Marcello Casal Júnior/Agência Brasil
Sergio Moro, então juiz em Curitiba, tornou público acordo
entre Palocci e a Polícia Federal a menos de uma semana das eleições de 2018
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
finalizou, nesta segunda-feira 14, julgamento virtual em que confirmou a
exclusão da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci de
ação contra o ex-presidente Lula (PT). A
análise dos ministros começou no dia 4 de dezembro.
No dia 4 de agosto, a Segunda Turma da Corte atendeu a um
pedido da defesa de Lula e determinou a retirada da delação. Os advogados do
ex-presidente sustentaram que o então juiz Sergio Moro,
ao incluir o depoimento de Palocci no processo a poucos dias das eleições
presidenciais de 2018, incorreu em “quebra de imparcialidade”.
Na oportunidade, o ministro Gilmar Mendes disse que Moro
tentou “gerar um verdadeiro fato político na semana que antecedia o primeiro
turno das eleições presidenciais de 2018”.
Posteriormente, a Procuradoria-Geral da República (PGR)
recorreu ao STF com embargos de declaração, pleiteando a manutenção da delação
de Palocci no processo em que Lula é acusado de receber 12,5 milhões de reais
da Odebrecht para a compra de um imóvel para sediar o Instituto Lula.
O ministro Ricardo Lewandowski,
relator do acórdão que a PGR contesta, rejeitou o pedido. Gilmar Mendes, Kassio
Nunes e Cármen Lúcia o acompanharam. Somente o ministro Edson Fachin votou a
favor do recurso apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF).
“Diferentemente do alegado pelo MPF, não há ambiguidade ou
dúvida sobre a clareza do decisum, sobremaneira no que concerne à
ilicitude na juntada heterodoxa, para dizer o mínimo, do material da referida
colaboração após o encerramento da instrução processual, nos exatos termos do
pedido formulado na exordial do remédio heroico, incluindo, por corolário
lógico, a decisão de homologação e o depoimento pertinente à colaboração
premiada”, afirmou Lewandowski em seu voto.
Sergio Moro, então magistrado da 13ª Vara Federal de
Curitiba, decidiu no dia 1º de outubro de 2018, a seis dias do primeiro turno
das eleições presidenciais, tornar público um dos anexos do acordo de delação
premiada firmado entre Palocci e a Polícia Federal. Após a vitória de Jair
Bolsonaro no pleito, Moro se tornou ministro da Justiça e Segurança Pública,
cargo que ocupou até abril deste ano.
Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Antonio
Palocci está preso desde agosto de 2016.
O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF)
deflagaram, nesta quarta-feira (18), a Operação Cosme, que cumpre 10 mandados
de busca e apreensão em 12 endereços ligados a sete investigados num suposto
esquema criminoso envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais.
Os policiais cumprem seis mandados em Belo Horizonte, um na
cidade de Ipanema (MG), um na cidade de Engenheiro Caldas (MG) e dois no estado
de São Paulo. Os mandados foram determinados pelo ministro do Superior Tribunal
de Justiça (STJ) Jorge Mussi.
Segundo a PF, a investigação foi instaurada após provas
serem encontradas durante a realização da Operação Capitu, ocorrida em novembro
de 2018. Ao analisar o material apreendido, os investigadores encontraram
mensagens no telefone celular de um advogado, que indicava prática de diversos
delitos, alguns com participação de desembargadores do TJ-MG.
Por causa do envolvimento dos desembargadores, o caso foi
para o STJ, foro para processamento e julgamento de processos contra
magistrados de segunda instância.
A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo
justificou a necessidade de medidas cautelares ao destacar que a autoridade
policial listou 17 eventos que, conforme avaliação prévia, deveriam ser
apurados no STJ. Os fatos envolveriam pagamentos indevidos a um desembargador
para que ele pudesse intervir junto a colegas e até autoridades de órgãos fora
do Judiciário para a adoção de medidas de interessados no esquema. Também foi
mencionado contratos superfaturados por um advogado, que seria o principal
operador do esquema.
O Tribunal de Justiça de Minas se manifestou sobre a
operação. Confira nota.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) informa que
foram observadas as formalidades legais no cumprimento de mandados de busca e
apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O TJ-MG confia nas
instituições para apuração da verdade e mantém o compromisso com a
transparência e valores institucionais.
O TJ-MG observa que as investigações tramitam sob sigilo
e que aguarda as apurações e permanece à disposição das autoridades para
colaborar no esclarecimento dos fatos. O TJ-MG ressalta que o princípio da
presunção de inocência é garantia constitucional e deverá ser observado, pois
trata-se de um dos mais importantes pilares do Estado democrático de direito.
Estadão - O ministro da Justiça, Sérgio Moro, mandou áudio a membros
do MBL neste domingo, 23, dizendo que não sabe se os termos são seus, mas
pedindo desculpas por tê-los chamado de “tontos” em mensagens de 2016, conforme
mostrou reportagem do site The Intercept e da Folha de S. Paulo.
“Consta ali um termo que não sei se usei mesmo, acredito que
não, pode ter sido adulterado, mas queria assim pedir minhas escusas, se eu
eventualmente utilizei (o termo)”, disse o ministro em áudio obtido pela
Coluna.
“Porque sempre respeitei o Movimento Brasil Livre, sempre
agradeci o apoio que esse movimento deu, não só à Lava Jato, mas nos últimos
anos, 5 anos, de avanço contra corrupção e construção de um País melhor e mais
íntegro”, completou.
No episódio, o então juiz federal disse que “alguns tontos
daquele MBL” fariam protesto na frente da casa de Teori Zavascki, relator da
Lava Jato no Supremo, e reconhecendo que isso “não ajuda evidentemente”, pediu
que Deltan Dallagnol intercedesse.
Moro repete ainda, mais de uma vez, que não sabe se as
mensagens são suas ou se foram alteradas (apesar de pedir desculpas por elas).
Como justificativa ao termo, diz que na época vinha sofrendo muita pressão, por
causa da divulgação do áudio de Lula e Dilma, do qual ele não se arrepende, mas
reconhece “período complicado”.
O protesto na frente do condomínio de Teori, que acabou
acontecendo mesmo, poderia, segundo Moro explicou no áudio deste domingo,
“gerar uma animosidade do Supremo contra a 13ª Vara, o que não era desejado”.
Por Ricardo Azambuja, correspondente do Cafezinho no Senado
A Comissão Especial do Impeachment teve, na semana, importantes testemunhos de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, como os ex-ministros Renato Janine Ribeiro (Educação), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Miriam Belchior (Planejamento). A defesa argumenta que os créditos suplementares ao orçamento editados por Dilma — que integram a denúncia — eram legais e não afetaram a meta fiscal, por terem origem em recursos próprios das pastas a que se destinavam.
Os depoimentos das testemunhas de defesa seguem até a próxima quarta (29). Vão ser ouvidos três ex-ministros dos governos Dilma: Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário; Aldo Rebelo, da Defesa; e Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União.
Até o momento, a Comissão do Impeachment ouviu 35 testemunhas nesta segunda fase do processo – a fase de pronúncia – que se destina à coleta de provas e à decisão sobre a pertinência da acusação por crime de responsabilidade.
A atual fase de depoimentos deve ser encerrada em 4 de agosto, e o julgamento final do processo pode ocorrer a partir do dia 9 do mesmo mês. O depoimento de Dilma está marcado para 6 de julho, mas ela não é obrigada a comparecer, podendo ser representada pelo seu advogado, o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Últimas notícias
O assunto impeachment recebeu neste sábado (25) uma declaração surpreendente que pode favorecer a presidente afastada Dilma Rousseff em seu julgamento no Senado. A líder do governo Temer no Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), em entrevista à rádio Itatiaia, afirmou que, em sua opinião, Dilma não foi afastada do cargo por causa das pedaladas fiscais, mas sim em razão da crise política. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, confirmou que vai transcrever as frases e anexar o discurso da senadora na defesa da presidente.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) também criou constrangimentos para aqueles que defendem o impeachment da presidente, dizendo que Dilma não cometeu crime e afirmando que o relator da Comissão do Impeachment no Senado, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB-MG), fez em Minas Gerais exatamente aquilo de que acusa Dilma. Segundo ele, "É muito cinismo! Se os governadores, a maioria deles, fossem julgados com os mesmos critérios com que julgam a presidente afastada, não restaria um se quer no cargo."
O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. E também está lutando muito para se tornar um país mais justo. Não foi fácil chegar onde chegamos, como também não é fácil chegar onde desejam muitos dos que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a democracia – o poder cidadão e os poderes da República.
Justiça emitiu ofícios para cartórios do Guarujá, Santos, Praia Grande, São Vicente,São Paulo e Itapema, onde ficam os imóveis bloqueados; contas bancárias ligadas ao nome de Neymar também foram atingidas; jogador é acusado pela Receita Federal de deixar de pagar R$ 63,6 milhões de imposto com direito de imagem.
Paula Zogby , do Infomoney- Como desdobramento da decisão, tomada na semana passada, de bloqueio de R$ 192 milhões em bens do atacante Neymar Jr, a justiça emitiu ofícios para bloquear, entre outros, o jatinho e o iate do jogador, além de diversos imóveis.
Os ofícios foram enviados a cartórios do Guarujá, Santos, Praia Grande, São Vicente,São Paulo e Itapema, onde ficam os imóveis bloqueados. Contas bancárias ligadas ao nome de Neymar também foram atingidas. As informações são do UOL Esportes.
Entre 2011 e 2013, o jogador e seus familiares teriam, de acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, deixado de pagar R$ 63,6 milhões de imposto, um dinheiro que teria sido recebido pelas empresas N&N Consultoria Esportiva e Empresarial e Neymar Sports, como valores de direito de imagem do atacante do Barcelona. Como há um limite percentual de quanto pode ser recebido como direito de imagem de um jogador, a Fazenda alega que a tributação teria sido maior do que a paga pelo atleta.
Devido uma multa de 150% sobre o total, o valor atingiu R$ 188 milhões, com correção monetária para R$ 192 milhões. A multa foi cobrada por suspeita de fraude, dolo e simulação de operações, incluindo papeis assinados com datas falsificadas - teria sido recebido um valor do Barcelona antes de a empresa da família de Neymar ser criada.
Neymar, os familiares e os advogados negam ter realizado operações fora das normas brasileiras e espanholas. O jogador chegou a se "ofender" com as acusações, que citou em postagens apagadas em redes sociais, principalmente aquelas direcionadas a seu pai.
Acabou a palhaçada, agora seus "jumentos" que estão soltos no "pasto" querendo sabotar o Brasil pedindo a prisão do Lula, voltem para suas cocheiras. Lula será presidente em 2018, podem tentar, mas estamos aqui atentos e preparados para outras tentativas de golpe. A alienação coletiva propagada pela Rede esgoto de televisão, (GLOBOLIXO). Essa organização criminosa que apoia o golpe com interesse nos governos ( PSDB, DEM, PSB e PMDB ), e atendam seus caprichos de um regime de ditadura, faz do povo zumbi com um lixo de programação com intuito claro de imbecilizar a sociedade.
Como os adversários de Lula e sua imprensa tentam criar um escândalo a partir de invencionices. Entenda, passo a passo, mais uma armação contra o ex-presidente.
Abril de 2005
Marisa Letícia Lula da Silva assina o “Termo de Adesão e Compromisso de Participação” com a Bancoop – Habitacional dos Bancários de São Paulo.
A cláusula 1a. do Termo de Adesão diz: “O objetivo da Bancoop é proporcionar a seus associados a aquisição de unidades habitacionais pelo sistema de autofinanciamento, a preço de custo”.
O que isso significa?
Que Marisa Letícia tornou-se associada à Bancoop e adquiriu uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico, na praia de Astúrias, em Guarujá, balneário de classe média no litoral de São Paulo.
Como fez para cada associado, a Bancoop reservou previamente uma unidade do futuro edifício. No caso, o apartamento 141, uma unidade padrão, com três dormitórios (um com banheiro) e área privativa de 82,5 metros quadrados.
Maio de 2005 a setembro de 2009
Marisa Letícia paga a entrada de R$ 20 mil, as prestações mensais e intermediárias do carnê da Bancoop, até setembro de 2009. Naquela altura, a Bancoop passava por uma crise financeira e estava transferindo vários de seus projetos a empresas incorporadoras, entre as quais, a OAS.
Quando o empreendimento Mar Cantábrico foi incorporado pela OAS e passou a se chamar Solaris, os pagamentos foram suspensos, porque Marisa Letícia deixou de receber boletos da Bancoop e não aderiu ao contrato com a nova incorporadora.
O que isso significa?
1) Que a família do ex-presidente investiu R$ 179.650,80 na aquisição de uma cota da Bancoop. Em setembro de 2009, este investimento, corrigido, era equivalente a R$ 209.119,73. Em valores de hoje, R$ 286.479,32. Portanto, a família do ex-presidente pagou dinheiro e não recebeu dinheiro da Bancoop.
2) Que, mesmo não tendo aderido ao novo contrato com a incorporadora OAS, a família manteve o direito de solicitar a qualquer tempo o resgate da cota de participação na Bancoop e no empreendimento.
3) Que, não havendo adesão ao novo contrato, no prazo estipulado pela assembleia de condôminos (até outubro de 2009), deixou de valer a reserva da unidade 141 (vendida mais tarde pela empresa a outra pessoa, conforme certidão no registro de imóveis).
Março de 2006 a março de 2015
Na condição de cônjuge em comunhão de bens, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou ao Imposto de Renda regularmente a cota-parte do empreendimento adquirida por sua esposa Marisa Letícia, de acordo com os valores de pagamento acumulados a cada ano.
A cota-parte também consta da declaração de bens de Lula como candidato à reeleição, registrada no TSE em 2006, que é um documento público e já foi divulgado pela imprensa.
O que isso significa?
Que o ex-presidente jamais ocultou seu único e verdadeiro patrimônio no Guarujá: a cota-parte da Bancoop.
Um ano depois de concluída a obra do Edifício Solaris, o ex-presidente Lula e Marisa Letícia, visitam, junto com o então presidente da empresa incorporadora OAS, Léo Pinheiro, uma unidade disponível para venda no condomínio.
Era o apartamento tríplex 164-A, com 215 metros de área privativa: dois pavimentos de 82,5 metros quadrados e um de 50 metros quadrados. Por ser unidade não vendida, o 164-A estava (e está) registrado em nome da OAS Empreendimentos S.A, matrícula 104.801 do cartório de imóveis de Guarujá.
Lula e Marisa avaliaram que o imóvel não se adequava às necessidades e características da família, nas condições em que se encontrava.
Foi a única ocasião em que o ex-presidente Lula esteve no local.
Marisa Letícia e seu filho Fábio Luís Lula da Silva voltaram ao apartamento, quando este estava em obras. Em nenhum momento Lula ou seus familiares utilizaram o apartamento para qualquer finalidade.
A partir de dezembro de 2014, o apartamento do Guarujá tornou-se objeto de uma série de notícias na imprensa, a maior parte delas atribuindo informações a vizinhos ou funcionários do prédio, nem sempre identificados, além de boatos e ilações visando a associar Lula às investigações sobre a Bancoop no âmbito do Ministério Público de São Paulo.
Durante esse período, além de esclarecer que Marisa Letícia era dona apenas de uma cota da Bancoop, a Assessoria de Imprensa do Instituto Lula sempre informou aos jornalistas que a família estava avaliando se iria ou não comprar o imóvel.
As falsas notícias chegam ao auge em 12 de agosto de 2015, quando O Globo, mesmo corretamente informado pela Assessoria do Instituto Lula, insiste em atribuir ao ex-presidente a propriedade do apartamento. Em evidente má-fé sensacionalista, O Globo chamou o prédio de Edifício Lula na primeira página de 13 de agosto.
Marisa Letícia Lula da Silva assina o “Termo de Declaração, Compromisso e Requerimento de Demissão do Quadro de Sócios da Seccional Mar Cantábrico da Bancoop”.
Como se trata de um formulário padrão, criado na ocasião em que os associados foram chamados a optar entre requerer a cota ou aderir ao contrato com a OAS (setembro e outubro de 2009), ao final do documento consta o ano de 2009.
A decisão de não comprar o imóvel e pedir o resgate da cota já havia sido divulgada pela Assessoria de Imprensa do Instituto Lula, em mensagem à Folha de S. Paulo, no dia 6 de novembro.
O que isso significa?
Que a família do ex-presidente Lula solicitou à Bancoop a devolução do dinheiro aplicado na compra da cota-parte do empreendimento, em 36 parcelas, com um desconto de 10% do valor apurado, nas mesmas condições de todos os associados que não aderiram ao contrato com a OAS em 2009.
A devolução do dinheiro aplicado ainda não começou a ser feita.
Por que a família desistiu de comprar o apartamento?
Porque, mesmo tendo sido realizadas reformas e modificações no imóvel (que naturalmente seriam incorporadas ao valor final da compra), as notícias infundadas, boatos e ilações romperam a privacidade necessária ao uso familiar do apartamento.
A família do ex-presidente Lula lamenta que notícias falsas e ações sem fundamento de determinados agentes públicos tenham causado transtornos aos verdadeiros condôminos do Edifício Solaris.
Janeiro de 2016
A revista Veja publica entrevista do promotor Cássio Conserino, do MP de São Paulo, na qual ele afirma que vai denunciar Lula e Marisa Letícia pelos crimes de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro, no curso de uma ação movida contra a Bancoop.
Trata-se de um procedimento que se arrasta há quase dez anos, do qual Lula e sua família jamais foram parte, e que é sistematicamente ressuscitado na imprensa em momentos de disputa política envolvendo o PT.
Além de infundada, a acusação leviana do promotor desrespeitou todos os procedimentos do Ministério Público, pois Lula e Marisa sequer tinham sido ouvidos no processo. A intimação para depoimento só foi expedida e entregue na semana seguinte à entrevista.
No dia 27 de janeiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Triplo X, que busca estabelecer uma conexão entre o Edifício Solaris e as investigações da Lava Jato, reproduzindo dados da ação dos promotores de São Paulo.
Diferentemente do que fazem crer os pedidos de prisão e de busca apresentados ao juiz Sergio Moro pela força-tarefa da Lava Jato, as novidades do caso, alardeadas pela imprensa, já estavam disponíveis há meses para qualquer pessoa interessada em investigar esquemas de lavagem de dinheiro – seja policial, procurador ou jornalista "investigativo".
A existência de apartamentos tríplex registrados em nome da offshore Murray e a ligação desta com a empresa panamenha Mossack Fonseca constam, pelo menos desde agosto passado, da ação que corre em São Paulo. Foram anexadas por um escritório de advocacia que atua em favor de ex-cotistas da Bancoop.
O mesmo escritório de advocacia anexou a identificação e os endereços dos supostos representantes da Murray e da Mossack Fonseca no Brasil.
Mesmo que tenham vindo a público agora, em meio a um noticiário sensacionalista, estes fatos nada têm a ver com o ex-presidente Lula, sua família ou suas atividades, antes, durante ou depois de ter governado o País. Lula sequer é citado nos pedidos da Força-Tarefa e na decisão do juiz Moro.
O que isso significa?
1) Que fracassaram todas as tentativas de envolver o nome do ex-presidente no processo da Lava Jato, apesar das expectativas criadas pela imprensa, pela oposição e por alguns agentes públicos partidarizados, ao longo dos últimos dois anos.
2) Que fracassaram ou caminham para o fracasso outras tentativas de envolver o ex-presidente com denúncias levianas alimentadas pela imprensa, notoriamente a suposta “venda de Medidas Provisórias”, plantada pelo Estado de S. Paulo no âmbito da Operação Zelotes.
3) Que aos adversários de Lula – duas vezes eleito presidente do Brasil, maior líder político do País, responsável pela maior ascensão social de toda a história – restou o patético recurso de procurar um crime num apartamento de 215 metros quadrados, que nunca pertenceu a Lula nem a sua família.
A mesquinhez dessa “denúncia”, que restará sepultada nos autos e perante a História, é o final inglório da maior campanha de perseguição que já se fez a um líder político neste País.
Sem ideias, sem propostas, sem rumo, a oposição acabou no Guarujá. Na mesma praia se expõem ao ridículo uma imprensa facciosa e seus agentes públicos partidarizados.
A Globolixo vai à França reclamar de prêmio Honoris Causa de Lula e passa vergonha
Não pode passar batido um dos momentos mais ridículos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.
A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”
No relato da própria repórter de O Globo ,que fez essa pergunta constrangedora, havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.
A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.
Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.
Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.
Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.
O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.