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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A Lei para a Palestina reúne especialistas para destrinchar a opinião consultiva do CIJ e abordar possíveis próximos passos


A Lei para a Palestina reúne especialistas para destrinchar a opinião consultiva do CIJ sobre a ilegalidade da ocupação israelense e abordar possíveis próximos passos


Law for Palestine
 

Em 29 de julho de 2024, a Law for Palestine, em colaboração com a Jadaliyya, sediou um painel de discussão intitulado "Transformando tinta em ação: desvendando a opinião consultiva do CIJ sobre a Palestina e os próximos passos". O painel analisou a crucial e histórica opinião consultiva do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), que abordou o caráter ilegal da ocupação israelense prolongada do Território Palestino e delineou as medidas esperadas para acabar com a ocupação, incluindo a responsabilidade de terceiros estados e agências da ONU.

Moderado por Anisha Patel, Membro do Conselho da Law for Palestine, o evento contou com três especialistas: Ardi Imseis, Professor de Direito Internacional, Queen's University e Consultor Jurídico para o Estado da Palestina na Opinião Consultiva do CIJ (2024); Michael Lynk, Professor Associado da Faculdade de Direito da Western University e Ex-Relator Especial da ONU para o Território Palestino Ocupado; e Shahd Hammouri, Professor de Direito Internacional na Kent University e consultor jurídico da Law for Palestine. Próximos




Ardi Imseis: a Opinião Consultiva do TIJ é um momento inovador que introduz uma mudança de paradigma no direito internacional


Ardi descreveu a Opinião Consultiva do CIJ como um “momento inovador”, trazendo uma mudança de paradigma no direito internacional sobre Israel e Palestina. Imseis esclareceu que, nesta opinião, o CIJ descreveu a existência da ocupação israelense do território palestino ocupado (oPt) ilegal como um todo, em vez de violações individuais discretas das leis de guerra ou direitos humanos pela potência ocupante que foram documentadas por décadas. Esta presença ilegal do estado ocupante dá origem a consequências e obrigações legais para Israel, terceiros estados e a ONU.

Imseis destacou que a primeira e mais importante obrigação de Israel, de acordo com a CIJ, é acabar com sua ocupação do território palestino “o mais rápido possível”. Ele esclareceu que esta é uma obrigação unilateral e incondicional que não pode estar sujeita a negociações. A Corte declarou que Israel é obrigado a fazer formas apropriadas de reparações pelos danos a pessoas físicas ou jurídicas causados ​​pela virtude de sua presença ilegal. De acordo com Imseis, a CIJ identificou certas reparações, incluindo a restituição de propriedade e o retorno de refugiados de 1967. Ele acrescentou que quando a restituição não é materialmente possível, a CIJ indicou que o estado ocupante tem a obrigação de fazer formas apropriadas de compensação.

Relembrando as violações de Israel de normas peremptórias que acionam a responsabilidade de terceiros estados, Imseis esclareceu que terceiros estados estão sob a obrigação de não reconhecer a legalidade da presença de Israel no território que abrange a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e Gaza. Ardi declarou que a autodeterminação do povo palestino está no cerne deste caso e a única coisa que está impedindo os palestinos de exercerem a soberania total sobre seu território, seus recursos naturais, é a ação de uma potência ocupante agressiva, Israel, estar lá ilegalmente. Ele destacou que o ato ilegal é a própria presença da potência ocupante no território, ela está lá como agressora e, portanto, terceiros estados estão sob a obrigação de não ajudar ou auxiliar a presença contínua de Israel nos TPOs.

Imseis explicou ainda que a Opinião Consultiva do CIJ afetará as relações bilaterais entre Israel e terceiros estados, que são obrigados a rever suas relações econômicas, militares, políticas, sociais, culturais e diplomáticas com Israel. Ele afirmou que um embargo ao comércio de armas está na mesa, especialmente porque o complexo industrial militar israelense tem usado o oPt, por gerações, como um campo de treinamento para suas tropas e sua tecnologia militar antes de vendê-lo ao mundo como testado em batalha.


Imseis explicou ainda que o Parecer Consultivo do TIJ afetará as relações bilaterais entre Israel e terceiros estados, que são obrigados a rever as suas relações económicas, militares, políticas, sociais, culturais e diplomáticas com Israel.


Passando para as obrigações da ONU decorrentes desta Opinião Consultiva, Imseis enfatizou que a AGNU em particular, e o Conselho de Segurança também, devem determinar as modalidades de como acabar com a presença ilegal israelense nos TPO. Imseis argumentou que a Opinião Consultiva carrega peso substantivo devido à sua confiança no direito internacional consuetudinário e na autoridade investida na CIJ. A CIJ é uma corte estabelecida para julgar questões de direito internacional, às quais a comunidade internacional concordou em se vincular.

Imseis concluiu suas observações afirmando que esta Opinião Consultiva poderia ser muito mais impactante do que sua antecessora de 2004 devido ao seu amplo escopo e que, uma vez que os estados revisem a Opinião, podemos esperar mudanças fundamentais em como Israel, agora um Estado de segregação racial e apartheid, é tratado no plano internacional. Ele enfatizou o potencial desta opinião consultiva de ser o "vento nas velas" do movimento de boicote, desinvestimento e sanções e o papel crítico que a sociedade civil desempenhará em manter a pressão e forçar um custo sobre Israel, que está envolvido em segregação racial e apartheid no território palestino ocupado.


Michael Lynk: o parecer consultivo do TIJ é uma ferramenta essencial para a aplicação do direito internacional e a promoção da justiça

 

Lynk expressou ceticismo sobre a conformidade de Israel com a Opinião Consultiva e discutiu as potenciais repercussões se Israel continuar a ignorar as diretrizes do CIJ, incluindo o aumento do isolamento internacional e a pressão de vários atores globais, como estados e organizações da sociedade civil. Essa pressão pode se manifestar em sanções econômicas, censura diplomática e outras medidas destinadas a obrigar Israel a aderir aos padrões legais internacionais. Lynk reconheceu a abrangência da Opinião Consultiva e, colocando-a no contexto do ataque em andamento a Gaza, ele esperava que os estados na AGNU, especialmente do Sul Global, tomassem medidas com relação a Israel.

Lynk traçou paralelos entre o Parecer Consultivo do CIJ de 2024 sobre a presença de Israel no território palestino e o Parecer do CIJ de 2019 sobre a descolonização incompleta do Arquipélago de Chagos pelo Reino Unido. No Parecer de Chagos, o CIJ utiliza o mesmo vocabulário jurídico que usou em relação à ocupação israelense do oPt, determinando que Israel deve se retirar "o mais rápido possível ". Michael destacou que a AGNU lida com situações caso a caso, mas ao definir um prazo de 6 meses para o Reino Unido se retirar do Arquipélago de Chagos, a AGNU estabeleceu um precedente para o que entende ser uma retirada " rápida " em resposta a um Parecer Consultivo. Ele antecipa que uma das coisas que podemos ver da Assembleia Geral é a fixação de uma data específica na qual Israel é obrigado a encerrar sua ocupação do oPt e as consequências que podem ser desencadeadas se Israel não cumprir.

Em relação ao papel do Conselho de Segurança, Michael Lynk apontou para o Artigo 25 da Carta da ONU, que permite que o CSNU destitua um estado. Ele também explicou que é somente o Conselho de Segurança que pode expulsar um estado-membro, mas a Assembleia Geral tem a capacidade de impor restrições a um estado por não conformidade com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e outras violações. Ele sugeriu que poderíamos ver isso invocado por estados se Israel continuasse a reivindicar suas práticas nos TPO como legais e desafiasse as resoluções do CSNU sobre anexação, sobre a ilegalidade dos assentamentos e sobre a aplicação da Quarta Convenção de Genebra.

Michael declarou que sua interpretação da Opinião do CIJ é que a legislação discriminatória de Israel no TPO constitui segregação racial e apartheid, pois pratica "discriminação sistêmica com base em raça, religião ou origem étnica", em violação ao Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e ao Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, bem como ao Artigo 3 do Pacto Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial. Lynk articulou aspectos da Opinião que detalham ações específicas tomadas por Israel, que informaram a opinião da Corte sobre a questão do apartheid, incluindo a fragmentação física de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia, e os diferentes e desiguais sistemas legais que governam os colonos e os povos palestinos no TPO. Destacando os recentes apelos da sociedade civil para restabelecer o Comitê Especial da ONU contra o Apartheid, Lynk espera que a Assembleia Geral possa discutir isso à luz da Opinião.


Destacando os recentes apelos da sociedade civil para restabelecer o Comitê Especial da ONU contra o Apartheid, Lynk espera que a Assembleia Geral possa discutir isso à luz do Parecer.


Lynk concluiu com a importância da Opinião Consultiva do CIJ como uma ferramenta crítica para aplicar o direito internacional e promover a justiça para o povo palestino. Ele afirmou que deve haver um custo colocado em Israel e medidas de responsabilização para pôr fim à sua prolongada ocupação ilegal. Lynk apelou à comunidade internacional para levar a sério sua responsabilidade de garantir o cumprimento das decisões do Tribunal, destacando as implicações mais amplas para a governança global e o estado de direito.


Shahd Hammouri: o parecer consultivo do TIJ salienta a gravidade, a sistematicidade, a natureza prolongada e estrutural das violações cometidas pelo Estado de Israel

 

Hammouri destacou a gravidade, sistematicidade, natureza prolongada e estrutural das violações cometidas pelo Estado de Israel. Ela afirmou que a Opinião enfatizou a ilegalidade da ocupação israelense e apelou a terceiros estados para que se abstivessem de negociações econômicas, como relações comerciais ou de investimento, que podem consolidar a presença ilegal de Israel no território. Hammouri argumentou que isso sugere que a Corte prevê a responsabilidade de terceiros estados como maior do que se pensava anteriormente, incluindo, abster-se de contribuir para a economia de guerra de Israel como um todo, não apenas certos aspectos dela. Próximos passos do parecer consultivo do CIJ 

Shahd explicou que essas medidas devem ser tomadas por terceiros estados, além de atender aos apelos por um embargo de armas e armas e sanções econômicas, pois eles têm o dever ativo de avaliar e medir sua própria influência para afetar a economia de guerra israelense e a sustentação dessas graves violações. Ela criticou a diferenciação da Alemanha entre armas e outras peças militares, argumentando que essa tática é usada para mascarar as contribuições dos estados para a economia de guerra de Israel e a continuação das ilegalidades. Hammouri enfatizou que a Corte articulou claramente que as preocupações com a segurança não podem ser entendidas como anulações às obrigações legais internacionais. Ela apelou aos estados para abordar seu envolvimento em potenciais atos de genocídio como uma questão de conformidade com o direito internacional.

Além disso, Hammouri declarou que grupos da sociedade civil nesses estados desempenham um papel importante nesse processo e instou as organizações da sociedade civil a exigir transparência dos estados e a pedir que os estados reavaliem suas contribuições para a economia de guerra de Israel e cessem seu apoio. Isso, ela afirmou, é essencial para responsabilizar os estados e promover a adesão ao direito internacional.


Segundo o direito penal internacional, não está fora de questão que corporações como fabricantes de armas possam ser julgadas por cumplicidade em genocídio.

 

Hammouri enfatizou o fato de que as corporações ainda detêm deveres sob a lei internacional, mesmo quando os estados não cumprem. Ela destacou que, recentemente, o Grupo de Trabalho sobre Empresas e Direitos Humanos enviou cartas de advertência a alguns dos maiores produtores de armas do mundo e que, sob a lei criminal internacional, não está fora de questão que corporações como fabricantes de armas possam ser julgadas por cumplicidade em genocídio.

Por fim, Shahd enfatizou que é fundamental garantir que essas obrigações sejam de fato cumpridas e que a linguagem do direito internacional tenha efeito não apenas por meio de ações estatais, mas também por meio de ações nas ruas.

A discussão concluiu com ênfase na Opinião Consultiva como uma ferramenta para construir o caminho em direção à justiça e uma estrutura que irá reconhecer a justiça em vez de se curvar diante do poder. Os palestrantes enfatizaram a importância da solidariedade internacional e a necessidade de um esforço coordenado para defender o direito internacional, incluindo por terceiros estados, a ONU e a sociedade civil, para garantir o cumprimento do direito do povo palestino à autodeterminação.


  • Para a gravação completa, clique aqui

Francesca Albanese, UN Special Rapporteur oPt


Enquanto o establishment político continua a tratar a Palestina como se fosse algo normal, mesmo imaginando a presença contínua de Israel na Gaza "pós-guerra" (onde as cicatrizes de seu genocídio são indeléveis), esteja ciente de que isso é absolutamente errado do ponto de vista legal. A Opinião Consultiva do #ICJ sobre a ilegalidade da ocupação israelense impõe obrigações convincentes para mudar o curso imediatamente. Ouça especialistas autoritários sobre o assunto.

@ArdiImseis @MichaelLynk5 @shahdhm .




Fonte: Law for Palestine


 #Group4Palestine  “ #FreePalestine •”


Palestina 01

Palestina 02


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sábado, 30 de março de 2024

Israel: Acima da lei? | Documentário em destaque


Uma análise sobre como e porquê as leis e princípios internacionais estão a ser aplicados e ignorados no conflito Israel-Gaza



Fonte: Ömer Faruk Girişen

Os acontecimentos de 7 de Outubro provocaram ondas de choque em todo o mundo e trouxeram mais uma vez à tona um conflito que já dura 75 anos. A resposta do governo israelita ao ataque do Hamas foi rápida – embarcou numa guerra de magnitude em Gaza, alegando que precisava de eliminar o Hamas e resgatar os cativos. À primeira vista, o consenso das potências ocidentais parecia sólido: Israel tem o direito de lutar contra o Hamas. Mas, mais de cinco meses depois, os militares de Israel enfrentavam críticas em todo o mundo, incluindo alegações de que estariam a cometer crimes de guerra, crimes contra a humanidade, limpeza étnica e até genocídio.

Este documentário irá explorar se Israel está a violar o direito internacional e, em caso afirmativo, porque é que as potências ocidentais, em particular os Estados Unidos, estão em silêncio.


Como são aplicadas as leis e os princípios internacionais e por que são ignorados na guerra de Israel contra Gaza?



 Na sua Declaração Conjunta, os Juízes Gomez Robledo, Xue, Brant e Tladi de @CIJ_ICJ

afirmaram que para qualquer implementação das medidas provisórias, Israel deve suspender as suas operações militares.



 Alguém que vê este tweet pode escrever #GazaStarving ? Seja comentando, citando ou tudo de uma vez. Vamos escrever o máximo que pudermos.



 LEIA MAIS:




segunda-feira, 25 de março de 2024

Gaza: Resolução exigindo cessar-fogo humanitário imediato no Ramadã passa no Conselho de Segurança

 

Decisão que pede implementação imediata da medida teve 14 votos a favor e a abstenção dos Estados Unidos; texto destaca que pausa para o período sagrado para os muçulmanos possa conduzir a um cessar-fogo permanente e sustentável.


ONU/Eskinder Debebe Em votação realizada na sexta-feira, Rússia, China e Argélia foram contra uma proposta submetida pelos Estados Unidos

Nesta segunda-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou uma resolução exigindo um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza durante o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos. No total, foram 14 votos a favor a abstenção dos Estados Unidos. 

A proposta de resolução foi apresentada pelo embaixador de Moçambique junto às Nações Unidas, Pedro Comissário, em nome dos 10 Estados-membros eleitos do Conselho, que incluem Argélia, Guiana, Malta, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça. 



Situação de grave preocupação 

Comissário destacou a “profunda preocupação com a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza”. O diplomata disse tratar-se de uma situação de grave preocupação para toda a comunidade internacional e uma “clara ameaça à paz e segurança internacionais.”

A resolução ressalta todas as partes devem aderir na implementação da pausa para o período sagrado para os muçulmanos, que deve conduzir a um cessar-fogo permanente e sustentável.


ONU Resolução reconhece os esforços diplomáticos em curso do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos para se alcançar o fim dos combates

O texto exige ainda a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns, bem como a garantia de acesso humanitário para atender às suas necessidades médicas e outras necessidades humanitárias”, instando ainda ao cumprimento das obrigações ao abrigo do direito internacional em relação a todas as pessoas que elas detêm.


Eliminação de todas as barreiras à prestação de assistência

O documento destaca ainda a necessidade urgente de expandir o fluxo de ajuda humanitária e de reforçar a proteção dos civis em toda a Faixa de Gaza. O texto reitera o pedido de eliminação de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em grande escala, em conformidade com o direito humanitário internacional bem como resoluções.

A resolução reconhece os esforços diplomáticos em curso do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos para se alcançar o fim dos combates.

A sessão segue-se a uma votação realizada na sexta-feira em que a Rússia, a China e a Argélia votaram contra uma proposta submetida pelos Estados Unidos prevendo “um cessar-fogo imediato e sustentado” no conflito Israel-Hamas.

A nova proposta teve o apoio da Rússia, da China e do Grupo Árabe, composto por 22 nações. Uma sugestão de emenda submetida pela russa que não foi adotada por votos insuficientes.

Na sexta-feira, o Grupo Árabe apelou aos 15 Estados-membros do Conselho que agissem com união e urgência ao apelar a uma votação favorável da resolução “para parar o derramamento de sangue, preservar vidas humanas e evitar mais sofrimento e destruição humana”.



 

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Fonte: ONU News Português



terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

6 motivos para conhecer o ÓAÊ – Observatório da Alimentação Escolar


Fruto de uma ação conjunta entre organizações da sociedade civil e movimentos sociais, o ÓAÊ pretende monitorar e mobilizar a sociedade sobre a importância da alimentação escolar


Criança Sem Terrinha na II Feira Nacional da Reforma Agrária, que aconteceu no Parque da Água Branca, em São Paulo.

A partir desta semana a sociedade brasileira ganha uma nova ferramenta para assegurar o direito à alimentação escolar. Nesta quarta-feira (10), será lançado oficialmente o Observatório da Alimentação Escolar (ÓAÊ), ação conjunta entre organizações da sociedade civil e movimentos sociais para monitorar e mobilizar a sociedade sobre a importância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A pauta é de extrema importância, principalmente com a suspensão das aulas em função da pandemia da Covid-19 e as ameaças constantes à segurança alimentar dos brasileiros.

 

O comitê gestor do ÓAÊ é formado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) e a ActionAid, tendo como organização referência de gênero e raça a Rede de Mulheres Negras para Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (REDESSAN). O MST também faz parte do Comitê Gestor do projeto e, para você entender mais sobre a proposta do Observatório, separamos 7 (sete) informações sobre o ÓAÊ e como ele irá funcionar.


Confira!


1. Alimentação Escolar é um Direito!


O ÓAÊ parte de um princípio básico: o direito constitucional da alimentação. A alimentação escolar é definida pela Lei nº 11.947/2009, como “todo alimento oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo”, e deve ser saudável e adequada, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento dos alunos e a melhoria do seu rendimento escolar. Visando garantir a segurança alimentar e nutricional dos alunos, com acesso de forma igualitária.


2. Mas não basta se alimentar: alimentação nas escolas precisa ser adequada e saudável


Foto: Jaine Amorin


Os cardápios da alimentação escolar devem ser elaborados por um ou uma nutricionista, tendo como base a utilização de alimentos in natura ou minimamente processados de modo a respeitar as necessidades nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura alimentar da localidade e pautados na sustentabilidade, sazonalidade e diversificação agrícola da região. Bem como na promoção da alimentação adequada e saudável, levando em consideração também o respeito às especificidades culturais das comunidades indígenas e/ou quilombolas.


3. Apoio a agroecologia e a agricultura familiar


Foto: Arquivo Sem Terrinhas/MST


O ÓAÊ busca sensibilizar em torno de uma visão mais ampla do sistema alimentar: produção, processamento, abastecimento e consumo, o que tem ligação direta com a agricultura familiar. O apoio ao desenvolvimento sustentável ocorre pela priorização da compra de produtos diversificados, orgânicos ou agroecológicos, produzidos no próprio município onde está localizada a escola, ou na mesma região, com especial atenção aos assentamentos rurais e comunidades indígenas e quilombolas.

Nesse sentido, para o município, significa a geração de emprego e renda, fortalecendo e diversificando a economia local, e valorizando as especificidades e os hábitos alimentares locais. Para o agricultor e agricultora familiar, representa um canal importante de comercialização e geração de renda com regularidade, contribuindo para a inclusão produtiva, a geração de emprego no meio rural e o estímulo ao cooperativismo e ao associativismo.


4. Defesa do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)


Foto: Leandro Molina


O PNAE é o principal direcionamento do Observatório, já que o programa é responsável pela oferta de alimentação escolar a todos e todas as/os estudantes da educação básica pública. Considerado como uma das mais relevantes políticas voltadas à garantia do Direito Humano à Alimentação e a Nutrição Adequadas (DHANA), o programa atende hoje cerca de 41 milhões de estudantes, com repasse anual de R$ 4 bilhões aos 27 estados e 5.570 municípios, cujo valor é complementado com orçamento dos estados e municípios. Para muitos destes estudantes, é na escola que se faz a única ou principal refeição do dia.

Mais do que uma política pública, o PNAE garante que os estudantes possam ter uma alimentação adequada e saudável.


5. Acervo de documentos de referência, manuais e materiais audiovisuais sobre o assunto


Foto: Jonas Santos

Com o objetivo de fortalecer o ativismo em defesa do PNAE, o ÓAÊ apresenta uma seleção de documentos de referência, manuais e materiais audiovisuais produzidos pelas organizações, redes parceiras e instituições de referência.

Além disso, uma das estratégias de incidência políticas sobre o PNAE é através de Notas Técnicas, Cartas Abertas e outros documentos que trazem análises e recomendações, normalmente direcionadas a tomadores de decisão. Confira aqui algumas delas!


6. Perguntas e respostas, campanhas e questionários on-line

Ao longo de 2021 o ÓAÊ pretende ampliar a escuta e a voz dos estudantes, agricultoras e agricultores familiares, conselheiras e conselheiros de alimentação escolar. No ato de lançamento, alguns estudantes, mães e conselheiros e conselheiras vão contar suas vivências e atuações em defesa do PNAE.

O ÓAÊ divulgou também canais de denúncias e um manual de perguntas e resposta para a população entender o PNAE e como ele funciona. O site possui ainda uma área destinada à opinião do público referente às Campanhas, a relevância da alimentação escolar em suas vidas, os impactos da pandemia na alimentação e, em que medida estão engajados na defesa desse programa.

*Editado por Solange Engelmann

Por Fernanda Alcântara

Da Página do  MST


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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

STF fará história ao decretar que Moro é parcial, dizem juristas [vídeo]


Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma oportunidade histórica de fazer justiça e votar a favor da suspeição do ex-juiz Sergio Moro e declará-lo parcial na condução da chamada Operação Lava Jato. O próprio STF prevê que o caso será concluído no primeiro semestre deste ano.



Julgado suspeito na condução da Lava Jato, porque inimigo de Lula e, com o objetivo de tirá-lo da disputa presidencial de 2018, capaz de diversas ilegalidades que agora vem a público, documentadas, Moro verá cair por terra uma de suas facetas mais destacadas: o cinismo. Com essa decisão do STF, todos os processos da operação deverão ser anulados.

Dessa forma, acrescida de vocabulário jurídico mais apurado, os participantes do programa Pauta Brasil: o julgamento de Lula, que foi ao ar dia 25, destacaram a importância de o Supremo punir o ex-juiz não apenas para anular os processos da Lava Jato, mas para impedir que as ilegalidades de Moro, impunes, passem a servir de guia em futuros processos.

Cúmplice do atual governo

“Eu me deparei com a parcialidade de Moro, o momento exato que para mim ficou patente a ilegalidade, foi em julho 2015, quando ele apresentou uma denúncia instruída por documentos bancários obtidos na Suíça e que a gente sabia que era impossível chegarem naquele prazo. O pedido do Departamento de Recuperação de Ativos acabara de chegar à Suíça. Depois, o indeferimento sistemático aos pedidos da defesa para analisar o procedimento, e depois a gente vê as revelações da Vaza Jato, ficamos chocados”, afirmou a advogada Dora Cavalcanti. À época do episódio relatado, Dora defendia um dos executivos da Odebrecht.

Para ela, a insistência no caso Moro é importante para que isso firme um precedente no Direito. Para o também advogado Marco Aurélio de Carvalho, que mediou o debate, “Moro tirou de forma criminosa das eleições o seu favorito a vencê-las e depois tornou-se cúmplice de primeira hora deste governo que ele ajudou a eleger”.

O criminalista Alberto Toron, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais e um dos participantes do debate, defendeu a anulação do julgamento do ex-presidente Lula. Antes, no entanto, destacou que o objetivo expresso de Moro, o de perseguir Lula, custou inclusive o impeachment da Dilma. “Quando vazou conversas sigilosas, quando motivou a decisão do Gilmar Mendes de Lula tomar posse como ministro da Casa Civil… A Lava Jato teve papel decisivo no impeachment da Dilma. A Lava Jato articulou tudo isso”

“O caso do triplex tem algo que chega a ser assustador, porque a OAS já havia arrolado esse apartamento na sua relação de bens. A prisão por lavagem de dinheiro parte do pressuposto de que o dinheiro viria de desvios da Petrobras, algo que nunca se comprovou. A condenação do sítio de Atibaia – nesse caso eu trabalhei – eu levei o Fernando Bittar para depor, e ele falou longamente. Mostramos documentalmente o caminho do dinheiro para a compra do sítio. A tal ponto que o próprio Ministério Público admitiu que o sítio não pertencia a Lula e foi adquirido legalmente. Mas depois a juíza Gabriela Hardt diz que isso não tinha relação com o sítio, pois a reforma tinha sido paga por dinheiro desviado da Petrobras, algo que nunca se provou. Chegou a ser acintosa a postura de ambos contra o presidente Lula”, lembrou Toron.

“Marcou pênalti e amarrou o goleiro”

“Foi uma tempestade perfeita”, disse o criminalista Lenio Streck. “O julgamento começou pelo fim, ou seja, a condenação do presidente Lula. Provas contrabandeadas, clandestinas, enfim, um conjunto de coisas que foi acontecendo que culminou na mudança de poder no Brasil. O cinismo sempre é doloso”, atacou.

Streck recorreu a um caso semelhante ocorrido a um juiz dinamarquês outrora de muito prestígio, de nome Larsen, “que se gabava de ter cumprido todas as diretrizes”, mas que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos depois julgou parcial. “Nosso STF tem de ser o Tribunal Europeu de Direitos Humanos”.

Para Streck, nos mais recentes votos proferidos pelo STF a respeito da conduta de Moro, o Supremo “demoliu tudo o que fez o juiz, mas não disse que ele foi imparcial. O juiz precisaria torturar o réu pra ser considerado parcial? Há alguma dúvida de que o juiz que apitou pênalti, amarrou o goleiro e depois foi pra diretoria do time vencedor, é parcial? Resta uma questão histórica: o papel do Supremo pra isso. O STF vai ter chance histórica de redimir o sistema de Justiça”, completou Streck.

No encerramento, Carvalho retomou palavras de Toron para reforçar: “Basta seguir a Constituição. Esqueçam o nome do réu e cumpram a lei”

Dora Cavalcanti é advogada criminalista e conselheira do Instituto de Defesa do Direito de Defesa. Alberto Toron é advogado criminalista e presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Lenio Streck é jurista, professor de Direito Constitucional e pós-doutor em Direito. Marco Aurélio de Carvalho, fundador do Grupo Prerrogativas e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e especialista em Direito Público. Todos fazem parte do grupo Prerrogativas e participaram da feitura do Livro das Suspeições.

Assista ao VÍDEO:


BOLSONARO NOTÍCIAS

Fonte: Blog do Esmael


sábado, 12 de setembro de 2020

Lava Jato atenta contra a advocacia ao atacar advogado de Lula




NOTA DE CRISTIANO ZANIN MARTINS

1. Atentado à advocacia e retaliação. A iniciativa do Sr. Marcelo Bretas de autorizar a invasão da minha casa e do meu escritório de advocacia a pedido da Lava Jato somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito.

É público e notório que minha atuação na advocacia desmascarou as arbitrariedades praticadas pela Lava Jato, as relações espúrias de seus membros com entidades públicas e privadas e sobretudo com autoridades estrangeiras. Desmascarou o lawfare e suas táticas, como está exposto em processos relevantes que estão na iminência de serem julgados por Tribunais Superiores do país e pelo Comitê de Direitos Humano da ONU.

O juiz Marcelo Bretas é notoriamente vinculado ao presidente Jair Bolsonaro e sua decisão no caso concreto está vinculada ao trabalho desenvolvido em favor de um delator assistido por advogados ligados ao Senador Flavio Bolsonaro. A situação fala por si só.

2. Comprovação dos serviços. De acordo com laudo elaborado em 2018 por auditores independentes, todos os serviços prestados à Fecomércio/RJ pelo meu escritório entre 2011 e 2018 estão devidamente documentados em sistema auditável e envolveram 77 (setenta e sete) profissionais e consumiram 12.474 (doze mil, quatrocentas e setenta e quatro) horas de trabalho. Cerca de 1.400 (mil e quatrocentas) petições estão arquivadas em nosso sistema. Além disso, em 2018, a pedido da Fecomércio-RJ, entregamos cópia de todo o material produzido pelo nosso escritório na defesa da entidade, comprovando a efetiva realização dos serviços que foram contratados. Os pagamentos, ademais, foram processados internamente pela Fecomércio/RJ por meio de seus órgãos de administração e fiscalização e foram todos aprovados em Assembleias da entidade — com o voto dos associados.

3. Natureza dos serviços prestados. Nosso escritório, com 50 anos e atuação reconhecida no mercado, foi contratado a partir de 2012 para prestar serviços jurídicos à Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), que é uma entidade privada que representa os milhares de empresários e comerciantes daquele Estado. A atuação do escritório em favor da Fecomércio/RJ e também de entidades por ela geridas por força de lei — o Sesc-RJ e do Senac- RJ —, pode ser constatada em diversas ações judiciais que tramitaram perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, do Superior Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, e também em procedimentos que tramitam no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e perante outros órgãos internos e externos à entidade. Em todos os órgãos judiciários houve atuação pessoal e diligente do nosso escritório.
A atuação do nosso escritório deu-se um litígio de grandes proporções, classificado como uma “guerra jurídica” por alguns veículos de imprensa à época, entre a Fecomércio/RJ e a Confederação Nacional do Comércio (CNC), duas entidades privadas e congêneres de representação de empresários e comerciantes. Cada uma delas contratou diversos escritórios de advocacia para atuar nas mais diversas frentes em que o litígio se desenvolveu.

4. Abuso de autoridade. Além do caráter despropositado e ilegal de autorizar a invasão de um escritório de advocacia e da casa de um advogado com mais de 20 anos de profissão e que cumpre todos os seus deveres profissionais, essa decisão possui claros traços de abuso de autoridade, pois: (a) o seu prolator, o Sr. Marcelo Bretas, é juiz federal e sequer tem competência para tratar de pagamentos realizados por uma entidade privada, como é a Fecomercio/RJ, e mesmo de entidades do Sistema S por ela administrados por força de lei; a matéria é de competência da Justiça Estadual, conforme jurisprudência pacífica dos Tribunais, inclusive do Superior Tribunal de Justiça; (b) foi efetivada com o mesmo espetáculo impróprio a qualquer decisão judicial dessa natureza, como venho denunciando ao longo da minha atuação profissional, sobretudo no âmbito da Operação Lava Jato; (c) foi proferida e cumprida após graves denúncias que fiz no exercício da minha atuação profissional sobre a atuação de membros da Operação Lava Jato e na iminência do Supremo Tribunal Federal realizar alguns dos mais relevantes julgamentos, com impacto na vida jurídica e política do país. Ademais, foge de qualquer lógica jurídica a realização de uma busca e apreensão após o recebimento de uma denúncia — o que mostra a ausência de qualquer materialidade da acusação veiculada naquela peça.

Esse abuso de autoridade, aliás, não é inédito. A Lava Jato, em 2016, tentou transformar honorários sucumbenciais que nosso escritório recebeu da Odebrecht, por haver vencido uma ação contra a empresa, em valores suspeitos — e teve que admitir o erro posteriormente. No mesmo ano, a Lava Jato autorizou a interceptação do principal ramal do nosso escritório para ouvir conversas entre os advogados do nosso escritório e as conversas que eu mantinha com o ex-presidente Lula na condição de seu advogado, em grave atentado às prerrogativas profissionais e ao direito de defesa. Não bastasse, em 2018 a Lava Jato divulgou valores que o nosso escritório havia recebido a título de honorários em decorrência da prestação de serviços advocatícios.

Todas as circunstâncias aqui expostas serão levadas aos foros nacionais e internacionais adequados para os envolvidos sejam punidos e para que seja reparada a violação à minha reputação e à reputação do meu escritório, mais uma vez atacadas por pessoas que cooptaram o poder do Estado para fins ilegítimos, em clara prática do lawfare — fenômeno nefasto e que corroeu a democracia no Brasil e está corroendo em outros países.

São Paulo, 9 de setembro de 2020 Cristiano Zanin Martins

Fonte: Lula



TV ConJur entrevista Cristiano Zanin: 

Advogado Cristiano Zanin comenta ataque a escritórios de advocacia determinado pelo juiz Marcelo Bretas em investigação sobre a Fecomercio.




Um dos alvos da operação E$quema S, conduzida nesta quarta-feira (9), o advogado Cristiano Zanin negou qualquer ilegalidade e disse que o mandado de busca e apreensão tinha como objetivo macular sua reputação e desviar foco de supostas ilegalidades da Lava Jato.

"Temos absoluta condição de demonstrar o trabalho que foi realizado. Não sei por que o MPF não pediu ao escritório antes de fazer esse espetáculo na data de hoje. Ou melhor, eu sei, o objetivo era promover espetáculo, atacar a minha reputação e desviar o foco do que está acontecendo hoje, que escancara as arbitrariedades da Lava Jato", disse ele em entrevista à CNN.



No Twitter





terça-feira, 7 de julho de 2020

Perdeu a entrevista com Fernando Haddad no Roda Viva? Assista à íntegra



Apresentado por Vera Magalhães, o programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora e nas redes sociais

No programa Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (6), a jornalista Vera Magalhães recebeu o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Haddad é professor de Ciência Política na Universidade de São Paulo, onde se formou em Direito, fez mestrado em Economia e doutorado em Filosofia. Foi ministro da Educação, entre 2005 e 2012, nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Entre 2013 e 2016, foi prefeito de São Paulo e, em 2018, candidatou-se à presidência da República, nas eleições vencidas por Jair Bolsonaro.

Na entrevista, o político falou sobre a viabilidade de uma frente ampla em defesa das instituições e da democracia, as divisões internas no PT em relação a essa frente e o risco de isolamento do partido na esquerda. Haddad também fez críticas ao governo Bolsonaro diante da crise sanitária e econômica, avaliou a postura de Sergio Moro, as perspectivas do PT no campo eleitoral e as questões que envolvem a condenação de Lula.

No Twitter, a hashtag #RodaViva e os termos 'Haddad' e 'Vera Magalhães' ficaram nos Trending Topics do Brasil durante a exibição da entrevista e se mantiveram na lista após do fim do programa.

Participaram da bancada de entrevistadores Bela Megale, colunista do jornal O Globo; Ricardo Balthazar, repórter especial do jornal Folha de S.Paulo; Flávio Costa, escritor e repórter do portal UOL; Andrea Jubé, repórter de Política do jornal Valor Econômico; e Vera Rosa, repórter do jornal O Estado de S.Paulo em Brasília. Há ainda a participação remota do cartunista Paulo Caruso.

Apresentado pela jornalista Vera Magalhães, o Roda Viva vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube e nas redes sociais TwitterFacebook, e Linkedin.

Assista à íntegra do Roda Viva com Fernando Hadadd:


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