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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Greta Thunberg detalha como foi torturada por “israel”: “eles me batiam, me chutavam e me chamavam de puta”


Ativista sueca detalha a forma como foi maltratada após a Global Sumud Flotilla ter sido sequestrada e seus membros presos pela ditadura israelense, por tentaram levar comida aos famintos em Gaza


 Mala pichada por soldados israelenses com a inscrição em inglês "Greta puta", o desenho de um pênis e a bandeira de "israel". (Foto: Magnus Wennman/Aftonbladet)

Por Lisa Röstlund*


Espancamentos, chutes e ameaças de serem asfixiados com gás dentro de jaulas.

Greta Thunberg e vários outros integrantes da flotilha agora compartilham detalhes sobre seus cinco dias de cativeiro em Israel – e como funcionários do Ministério das Relações Exteriores da Suécia os deixaram sem ajuda.

A investigação do Aftonbladet mostra como o ministério minimizou os abusos em suas comunicações.

A mala vermelha dela está no corredor. “Greta puta”, alguém escreveu em grandes letras pretas. Ao redor do texto: uma bandeira israelense e um pênis ereto. [Foto acima]

A bagagem foi confiscada no barco pelos militares israelenses – e devolvida a ela desse jeito. Greta ri.

– São como crianças de cinco anos!

Encontramos Greta Thunberg em casa, no alojamento coletivo onde vive com amigos. O sol de outono entra pelas janelas. Tomamos café. As paredes estão cobertas de cartazes de manifestações ao redor do mundo.

Ela dormiu apenas meia hora na noite anterior. Um pesadelo com barcos bombardeados a acordou.

Ela não quer manchetes sobre si mesma e sobre a tortura à qual diz ter sido submetida. Essa foi uma das primeiras coisas que disse na noite em que voltou para casa, em uma coletiva de imprensa na Sergels Torg, junto com vários dos outros suecos que participaram da grande Global Sumud Flotilla, que tentou levar ajuda emergencial a Gaza.

E ela mantém essa posição.

– Não se trata de mim nem dos outros da flotilha. Há milhares de palestinos, centenas deles crianças, que estão sendo mantidos sem julgamento neste momento, e muitos deles provavelmente estão sendo torturados, diz Greta Thunberg.


Após troca de “prisioneiros”, mais de

 11 mil palestinos seguirão trancafiados nos

 campos de concentração israelenses


A história, ela enfatiza, é sobre solidariedade internacional, sobre pessoas se unindo para fazer o trabalho que os governos não fazem.

– E, acima de tudo, trata-se das pessoas que vivem em Gaza.

Mas há muito interesse público, e a forma como ela foi tratada reflete algo.

– Isso mostra que, se Israel, com o mundo todo observando, pode tratar dessa maneira uma pessoa famosa, branca, com passaporte sueco, imagine o que fazem com os palestinos a portas fechadas.

Acaba de chegar a notícia de que um menino palestino da Cisjordânia, da mesma idade de Greta, morreu sob custódia israelense.

– O que passamos é apenas uma parte minúscula do que os palestinos vivem. Nas paredes das nossas celas, vimos buracos de bala com manchas de sangue e mensagens gravadas por prisioneiros palestinos que estiveram lá antes de nós.

Peço que ela descreva o bombardeio do barco, ocorrido na costa da Tunísia, no início de setembro. Ela teria estado a bordo naquele exato momento, não fosse chamada para ajudar em uma coletiva de imprensa. Agentes de inteligência americanos declararam à CBS que o ataque foi ordenado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Ela menciona os produtos químicos lançados sobre os barcos e diz que nunca mais conseguirá olhar para um céu estrelado sem pensar em drones.

Greta Thunberg quer destacar a tripulação de 500 pessoas das 42 embarcações que compunham a flotilha. Professores, médicos, pesquisadores, estudantes, parlamentares, pequenos empresários. O mais jovem tinha 18 anos; o mais velho, 78.

Todos eram pessoas com diferentes histórias de vida.

Ela conta a história de participantes judeus que conheceu e que a tocaram profundamente.

– Vários cresceram em famílias muito pró-Israel. Eles deixaram tudo para trás e foram, arriscando a vida e se posicionando para que o que está acontecendo em Gaza não acontecesse em seu nome. Mas, em vários casos, isso fez com que suas famílias cortassem contato com eles.

Greta Thunberg precisa comer algo e esquenta uma panela de feijão que estava na geladeira. No balcão da cozinha há beterrabas e outros vegetais de uma recente coleta em latas de supermercados – comida descartada, resgatada e trazida para casa.

Avançamos para a noite em que o barco foi abordado pelos militares israelenses. Homens de rostos cobertos e armas automáticas subiram a bordo — a operação foi transmitida ao vivo pelos canais da flotilha e vista por pessoas em todo o mundo. Várias testemunhas entrevistadas pelo Aftonbladet descrevem como as armas foram apontadas para seus rostos. Eles foram levados ao convés inferior e obrigados a sentar em círculo, sem se mover, enquanto o barco era levado à costa.

– Estava extremamente quente lá embaixo. Mal conseguíamos sentar. Os que não estavam nos vigiando andavam pelo barco, destruindo coisas e jogando tudo ao redor.

Ela não sabe o que aconteceu com a comida, os remédios, as fraldas e o leite infantil – a ajuda destinada a Gaza.

Depois de cerca de 20 horas, chegaram a Ashdod, o maior porto industrial de Israel, a 40 quilômetros ao sul de Tel Aviv. Um soldado apontou para Greta e disse: “Você primeiro, vamos!”, relata ela.

Ela não pôde usar a camiseta com os dizeres “Free Palestine” e foi obrigada a trocar de roupa, explica. Vestiu uma camiseta laranja com o texto “Decolonize”.

– E então coloquei meu chapéu de sapo. Quando estava prestes a descer do barco, havia um monte de policiais me esperando. Eles me agarraram, me jogaram no chão e atiraram uma bandeira israelense sobre mim.

A partir daí, tudo “foi do zero ao cem”, descrevem várias testemunhas – a violência escalou.

Greta conta que foi arrastada para uma área pavimentada cercada por grades de ferro. Essa é uma cena longa, que durou mais de seis horas, segundo ela, e confirmada por vários participantes da flotilha entrevistados pelo Aftonbladet.

– Era algo distópico. Vi talvez 50 pessoas ajoelhadas em fila, algemadas, com a testa no chão.

Greta se levanta do sofá e deita no tapete listrado da sala, mostrando a posição.

– Eles me arrastaram para o lado oposto de onde os outros estavam e deixaram a bandeira sobre mim o tempo todo. Eles me batiam e chutavam.

Greta ri.

– Depois arrancaram meu chapéu de sapo, jogaram no chão, pisotearam e chutaram, como se estivessem tendo um acesso de raiva.

– Depois me moveram, de forma muito brutal, para um canto, voltada para a parede. “Um lugar especial para uma dama especial”, disseram. E tinham aprendido as palavras “Lilla hora” (putinha) e “Hora Greta” (Greta puta) em sueco, que repetiam o tempo todo.

Toda vez que alguém levantava a cabeça do chão, era derrubado novamente, contam Greta e os outros suecos. No canto onde Greta estava sentada, os policiais colocaram uma bandeira.

– A bandeira foi colocada de forma que me tocasse. Quando ela tremulava e encostava em mim, gritavam “Não toque na bandeira” e me chutavam na lateral. Depois de um tempo, amarraram minhas mãos com enforca-cabos, bem apertado. Uma fila de guardas se formou para tirar selfies comigo enquanto eu estava sentada daquela forma.


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– Eles pegaram minha bolsa e jogaram fora tudo o que interpretaram como relacionado à Palestina. Pegavam cada item e olhavam nos meus olhos enquanto o cortavam lentamente com uma faca, enquanto dez pessoas tiravam selfies.

De repente, o ministro da extrema direita Itamar Ben-Gvir entrou na área e ficou diante de todos, conta Greta.

– Ele gritava: “Vocês são terroristas. Querem matar bebês judeus.” Os que responderam foram levados para o lado e espancados. Foram jogados no chão e agredidos. Mas eu só conseguia ver de relance, porque toda vez que levantava a cabeça do chão, levava um chute do guarda ao meu lado.

Ela descreve uma cena muito comovente.

– Eu precisava ir ao banheiro e pedi permissão. Então tive que ser conduzida por entre as pessoas sentadas, e elas me viram.

Uma integrante sueca da delegação disse: “Estamos com você, Greta.”

– Então ela foi levada de lado e agredida, diz Greta.

– Quando continuo passando pelas fileiras de pessoas, elas dizem “Slay!”.

(Slay originalmente significa “matar violentamente”. Mas, como gíria da internet, quer dizer fazer algo de forma incrível. Greta usa essa palavra o tempo todo.)

– Eles diziam “Slay” porque sabiam que é uma palavra minha. E quem dizia “Slay” apanhava dos guardas. Continuei andando e alguém gritou “Slaaaay”. E então mais e mais pessoas começaram a gritar “Slay”, e quando todos gritavam, eles não conseguiam bater em todo mundo. Foi…

Ela faz uma pausa e sorri.

Greta foi então levada para dentro de um prédio, para ser revistada e despida.

– Os guardas não têm empatia nem humanidade, e continuavam tirando selfies comigo. Há muita coisa que eu não lembro. Muita coisa acontece ao mesmo tempo. Você está em choque. Está com dor, mas tenta manter a calma.

De repente, ela foi arrastada para um armário de limpeza, onde foi forçada a ajoelhar-se.

– Então Ben-Gvir e sua equipe de mídia entraram, ficaram ali filmando, e ele disse: “Eu vou pessoalmente garantir que você seja tratada como terrorista e apodreça na prisão. Você é Hamas. Você é terrorista. Quer matar bebês judeus.” Enquanto ele gritava, eu me mantive o mais calma possível e citei convenções da ONU, dizendo que Israel não é imune e deve respeitar o direito internacional. Achei que estavam gravando isso para divulgar, mas nunca vi esse vídeo sendo publicado.

– Talvez você tenha respondido bem demais, diz uma das amigas de Greta.

O próprio Ben-Gvir depois contou à imprensa sobre sua visita à prisão – e se gabou do tratamento duro dado aos prisioneiros. Ele descreveu isso como uma política que ele mesmo havia ordenado.

– “Tenho orgulho de que tratemos os ativistas da flotilha como apoiadores do terrorismo”, disse ao jornal Yedioth Ahronoth. “Eles devem experimentar as condições da prisão de Ketziot e pensar duas vezes antes de voltar a Israel. É assim que funciona.”

Após esse encontro no armário de limpeza, Greta relata intermináveis reuniões com autoridades que queriam que ela assinasse papéis declarando, entre outras coisas, que havia entrado ilegalmente em Israel – o que se recusou a fazer. Então suas mãos foram novamente amarradas com enforca-cabos, ela foi vendada e colocada em uma pequena cela dentro de um carro, onde passou uma noite fria com outros prisioneiros.

– Estava gelado. Estávamos de camiseta.

Depois foi levada para a prisão. Lá fora, foi novamente obrigada a se despir, conta.

– Era zombaria, tratamento bruto, e tudo era filmado. Tudo o que faziam era extremamente violento. Jogavam os medicamentos das pessoas no lixo na frente delas – remédios cardíacos, medicamentos contra o câncer, insulina.


Dentro da prisão, havia um grande mural cobrindo uma parede, mostrando uma Gaza bombardeada e pessoas fugindo, com um texto em árabe: “A nova Gaza”, ao lado de uma grande bandeira israelense, diz ela.

 

Na prisão, ela foi mantida em diferentes celas. Às vezes, em uma de cerca de 15 metros quadrados com outras 13 pessoas. Foram muitos dias — quatro, talvez? O tempo se confundia, não havia relógios. Quase não recebiam comida nem água potável durante todo o cativeiro, sendo obrigados a beber da torneira do lavabo do banheiro, de onde saía algo marrom. Vários ficaram doentes.

– Você sentia que não podia “se dar ao luxo” de chorar porque estava desidratado demais.

– Estava tão quente, tipo 40 graus. Pedíamos o tempo todo: “Podemos ter água? Podemos ter água?” No fim, gritávamos. Os guardas passavam diante das grades o tempo todo, rindo e exibindo suas garrafas de água. Jogavam as garrafas cheias no lixo, na nossa frente.

Em certo momento, cerca de 60 pessoas foram colocadas em uma pequena jaula ao ar livre, sob o sol, segundo vários participantes da flotilha. A maioria não tinha espaço nem para se sentar.

– Quando as pessoas desmaiavam, batíamos nas grades e pedíamos por um médico. Então os guardas vinham e diziam: “Vamos asfixiar vocês com gases.” Era algo padrão para eles. Erguendo um cilindro de gás, ameaçavam nos atingir com ele.

Durante as noites, os guardas passavam regularmente balançando as grades, apontando lanternas, e várias vezes por noite nos obrigavam a ficar de pé.

Greta relata que foi colocada em uma cela de isolamento cheia de insetos. Hora após hora, sem saber quanto tempo se passava. Ela cantava uma música para se acalmar.

– Mas precisei parar depois de um tempo, porque cantar aquela música era fisicamente exaustivo.

Greta foi levada para reuniões particulares com várias autoridades, diplomatas e políticos, inclusive representantes do governo.

– Eles disseram: “Oferecemos você ao Hamas em troca de reféns”, e ficaram me encarando em silêncio. Quando perguntei depois de um tempo “Do que se trata isso?”, responderam: “Estávamos brincando.” Outros repetiam: “Isto não é genocídio. Confie em nós – se quiséssemos cometer um genocídio, poderíamos fazê-lo.”

Por cinco minutos no porto, os suecos puderam encontrar um advogado; depois disso não houve assistência jurídica. Só na sexta-feira é que três funcionários da embaixada sueca em Tel Aviv apareceram para ver os suecos — em uma jaula, ao ar livre.

– Estávamos juntos e contamos a eles sobre o tratamento que recebemos. Sobre a falta de comida, de água, sobre os abusos. A tortura. Mostramos nossas lesões físicas — hematomas e arranhões. Deixamos todos os nossos contatos — dei o número do meu pai e o número do nosso contato na organização. Fomos claros: tudo o que dissermos agora deve ser divulgado à mídia.

Segundo Greta Thunberg, a resposta foi que o trabalho deles era nos escutar.

– Eles não fizeram nada, disseram apenas: “Nosso trabalho é ouvi-los. Estamos aqui e vocês têm direito a apoio consular.”

– Dissemos repetidas vezes: precisamos de água. E eles viam que os guardas tinham garrafas d’água. O pessoal da embaixada disse: “Vamos tomar nota disso.” Um de nós, Vincent, disse: “Da próxima vez que nos encontrarmos, vocês devem trazer água.”

Demorou então dois dias até que o pessoal da embaixada voltasse a aparecer.

– Eles não trouxeram água, exceto uma garrafinha pequena pela metade, que era deles — Vincent, que estava em pior estado, conseguiu bebê-la. Continuávamos pedindo aos guardas “Podemos ter água?”, mas eles só andavam com suas garrafas e não respondiam.

Finalmente, o grupo sueco decidiu, na presença do pessoal da embaixada, recusar voltar às celas até que lhes dessem água, segundo várias testemunhas ouvidas pelo Aftonbladet. Mas então o pessoal da embaixada quis sair da prisão, alegam.

– Eu disse: “Vocês vão nos deixar assim? Se saírem agora, vão nos espancar.” Mas eles continuaram andando.

Vários participantes relataram que uma ativista ficou furiosa e chutou a lixeira onde os guardas haviam jogado as garrafas de água. As garrafas se espalharam pelo chão; Greta e os outros se atiraram ao chão e apressaram-se a abrir as garrafas para beber o que restava.

“O pessoal da embaixada vê isso e segue andando.”

No mesmo dia em que os participantes foram libertados após cinco dias de cativeiro, o primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson disse à mídia sueca que foi “muito estúpido” viajar para Gaza apesar dos avisos.

Quando o Aftonbladet compara os e-mails enviados pelo Ministério das Relações Exteriores a parentes com o que os detidos dizem ter contado ao pessoal da embaixada, fica claro que a gravidade da situação foi minimizada.

O Ministério descreve a cena no porto, onde Greta foi espancada por horas, assim: “Ela nos falou sobre tratamento duro e que esteve sentada sobre uma superfície dura por muito tempo.”

No sábado, vários meios publicaram depoimentos de que Greta havia sido submetida à tortura.

Em um e-mail visto pelo Aftonbladet, seu pai Svante Thunberg relatou isso ao Ministério das Relações Exteriores:

– Quando o que me enviaram por e-mail não corresponde ao que ela lhes disse, sinto que toda a resposta e o contato são uma traição e pura provocação. Parecia que eu era uma peça em uma guerra cultural, enquanto ao mesmo tempo li que o ministro israelense responsável admitia abertamente que foram submetidos a tortura, de acordo com as leis aplicáveis, diz seu pai, Svante Thunberg.

Aftonbladet conversou com três outros membros da flotilha que confirmam em grande parte o relato de Greta e que também sofreram vários tipos de abuso e humilhação. Falamos também com parentes. Todos criticam fortemente a atuação do pessoal da embaixada sueca.

Uma delas é Marita Rodriguez, cujo marido Tomas esperava em casa com o filho Malik.

– Pedimos que nos repassassem todas as informações que lhes demos e que notificassem nossos familiares. Por que omitiram as coisas mais importantes que dissemos?

Marita tem dupla cidadania, sueca e chilena.

– Vimos um cônsul do Chile. Quando não lhe foi permitido entrar, ele tentou ultrapassar os guardas. Foi um contraste enorme com o pessoal do Ministério das Relações Exteriores sueco, que não parecia protestar. Ali havia alguém tentando desafiar os guardas, dizendo: “Oi, sou seu cônsul do Chile. Só quero saber: como vocês estão?”

Outro prisioneiro foi Vincent Storm, que descreve abuso e humilhação.

– Eles não fizeram nada. Estou tão decepcionado. Vimos delegações de outros países, como a França, enviando seus embaixadores, e eles podiam beber água e comer biscoitos nas reuniões. A embaixada sueca não fez nada, diz ele.

Aftonbladet teve acesso à correspondência por e-mail entre a parceira de Vincent, Rebecca Karlsson, e o Ministério. Em um dos e-mails, o Ministério escreve, entre outras coisas, que Vincent recebeu água: “Durante a visita, ele pôde beber uma garrafa de água que a embaixada trouxe com eles.”

– Mas era uma garrafinha pequena e pela metade que o pessoal da embaixada trouxe para si — e mais ninguém recebeu água. Eles embelezaram a realidade, diz Rebecca Karlsson.

Todos os participantes da flotilha e parentes ouvidos pelo Aftonbladet descrevem de forma semelhante que os testemunhos dos detidos sobre suas experiências foram amaciados pelo Ministério das Relações Exteriores nas comunicações com os familiares. Vários parentes não receberam nenhum relato de seus entes detidos.

“Vamos denunciar o Ministério das Relações Exteriores ao Comitê de Ombudsman Parlamentar por não defender os direitos dos cidadãos suecos”, diz Rebecca Karlsson, que trabalha como gestora em serviços municipais.

Aftonbladet contatou o primeiro-ministro Ulf Kristersson, cujo secretário de imprensa remeteu ao Ministério das Relações Exteriores. Ninguém na embaixada sueca em Tel Aviv quis conceder entrevista.

Em um e-mail ao Aftonbladet, a ministra das Relações Exteriores Maria Malmer Stenergard escreve:

“Os cidadãos suecos se expuseram a grande risco. A Global Sumud Flotilla navegou para Gaza novamente com o mesmo resultado da última vez; nenhuma ajuda emergencial chegou à população civil em Gaza com seus navios.”

Aftonbladet conversou com vários especialistas críticos à atuação do governo. Um deles é o advogado Linus Gardell, que aponta que o ataque às embarcações de ajuda constituiu crime segundo a lei sueca e o direito internacional.

– O silêncio do governo é espantoso, diz ele.

– É difícil de entender, diz Said Mahmoudi, professor emérito de direito internacional na Universidade de Estocolmo.

* Jornalista sueca. Reportagem publicada no jornal Aftonbladet em 15/10/2025.



Fonte:  FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil


 

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Nos termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, o Gabinete do Procurador (“OTP”) pode analisar informações sobre alegados crimes da jurisdição do Tribunal Penal Internacional (crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio e agressão), que lhe sejam submetidos. de qualquer fonte. Isto pode ocorrer durante exames preliminares, bem como no contexto de situações sob investigação. O formulário abaixo pode ser usado para enviar tais informações, também conhecidas como “comunicações”, ao OTP de forma anônima ou nomeada. Gostaria de agradecer-lhe por dedicar seu tempo para enviar informações ao Ministério Público.

Promotor, Karim AA Khan KC


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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Cuba entra com pedido de adesão ao caso de genocídio da África do Sul no TIJ contra Israel


Com declaração, Cuba se junta à Turquia, Nicarágua, Colômbia, Líbia, México, Palestina e Espanha no apoio ao caso do genocídio de Gaza no Tribunal Internacional de Justiça


Corte Internacional de Justiça (CIJ, ONU)


Cuba apresentou uma declaração de que se juntará ao caso de genocídio da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, anunciou o tribunal na segunda-feira.

“Cuba, invocando o Artigo 63 do Estatuto do Tribunal, protocolou no Cartório do Tribunal uma declaração de intervenção no caso referente à Aplicação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza”, disse o tribunal em um comunicado.

Em dezembro de 2023, a África do Sul instituiu procedimentos contra Israel, alegando violações da Convenção do Genocídio em relação aos palestinos na Faixa de Gaza. Vários países se juntaram ao caso desde então, incluindo Nicarágua, Colômbia, Líbia, México, Palestina, Espanha e Türkiye.

Israel continua sua ofensiva brutal em Gaza desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU exigindo um cessar-fogo imediato.

Quase 46.600 pessoas, a maioria mulheres e crianças, morreram e mais de 105.000 ficaram feridas, de acordo com autoridades de saúde locais.

O ataque israelense deslocou quase toda a população do território em meio a um bloqueio contínuo que levou a uma grave escassez de alimentos, água potável e remédios, deixando a maior parte da faixa um deserto inabitável.

Fonte: Anadolu English


CIJ_ICJ


COMUNICADO DE IMPRENSA: #Cuba , invocando o artigo 63 do Estatuto #ICJ , apresentou uma declaração de intervenção no caso #Israel #SouthAfrica v. https://bit.ly/40vKa5S



 Miguel Díaz-Canel Bermúdez


#Cuba junta-se como terceiro Estado ao processo da África do Sul contra Israel pelo genocídio em #Palestina .

 Ao entregar o seu escrito a @CIJ_ICJ, ele reafirma o seu apoio irrestrito à Palestina e condena qualquer política que comprometa o seu direito à liberdade e à independência.



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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Legisladores dos EUA votam para sancionar autoridades do TPI por emitir mandado para Netanyahu


Se for aprovado pelo Senado, os promotores e juízes do TPI enfrentarão sanções e proibições de visto por perseguirem cidadãos dos EUA ou aliados


O promotor do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, fala durante uma entrevista coletiva no Palácio de San Carlos, em Bogotá, Colômbia, em 25 de abril de 2024 (Luis Acosta/AFP)

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quinta-feira seu primeiro grande projeto de lei de política externa da 119ª sessão do Congresso — na qual ambas as câmaras são controladas pelos republicanos — para sancionar autoridades do Tribunal Penal Internacional (TPI) por emitirem um mandado de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. 

O mandado, emitido em novembro, é por crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante o ataque em andamento de Israel a Gaza . O governo Biden foi rápido em condenar o mandado na época.

A linguagem do governo Biden agora se reflete no projeto de lei de quinta-feira que condena as ações do TPI, intitulado Lei de Contra-Ação do Tribunal Ilegítimo , que provavelmente acabaria na mesa do presidente eleito Donald Trump se fosse aprovado pelo Senado.

Por sua vez, a Câmara votou por 243-140-1 para sancionar qualquer pessoa associada aos esforços do TPI para investigar, prender, deter ou processar qualquer "pessoa protegida" dos EUA e seus amigos no exterior que não sejam parte do Estatuto de Roma, que estabeleceu o tribunal.

A legislação também menciona o mandado emitido contra o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Havia 45 democratas que se juntaram aos seus colegas republicanos para votar a favor do projeto de lei.

O texto do projeto de lei estipula que os EUA imporiam “sanções de bloqueio de visto e propriedade contra pessoas estrangeiras que se envolveram ou auxiliaram materialmente” em uma investigação ou prisão de americanos e seus aliados, e que “o presidente também deve aplicar sanções de bloqueio de visto aos familiares imediatos daqueles sancionados”.

Brian Mast, o recém-eleito presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara que pressionou para que o projeto de lei fosse uma prioridade, usou seu uniforme do exército israelense no Capitólio nos dias após o ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.

Mast é o único membro conhecido do Congresso que também atuou nas forças israelenses. 

“Um tribunal canguru está tentando prender o primeiro-ministro do nosso grande aliado, Israel, que não está apenas respondendo a um inimigo que conduziu um genocídio”, disse Mast na quinta-feira, “mas a um inimigo que ainda mantém 100 reféns”.

No início desta semana, o presidente da Câmara, Mike Johnson, disse que o projeto de lei visa colocar o promotor do TPI, Karim Khan — que solicitou os mandados para Netanyahu, Gallant e três líderes seniores do Hamas, agora falecidos — "de volta ao seu lugar". 

O principal republicano no Senado, John Thune, disse que está pronto para levar o projeto de lei ao plenário "em breve", mas, processualmente - devido à interrupção da formulação de políticas conhecida como obstrução - pode ser necessário até 60 votos para ser aprovado, o que pode ser um obstáculo. 

Uma vez promulgado, no entanto, o projeto de lei entrará em vigor dentro de 60 dias.


Mandados de prisão do TPI

Netanyahu e Gallant são procurados pelo TPI e  receberam mandados de prisão  pelo "crime de guerra de fome como método de guerra e pelos crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos". 

Todos os 124 membros do Estatuto de Roma, o tratado que estabeleceu o TPI, agora são obrigados a prender os dois israelenses e entregá-los ao tribunal. 

Um julgamento não pode começar à revelia, e o tribunal não tem poderes de execução.

Em sua  declaração , a Câmara Pré-Julgamento I do TPI, um painel de três juízes, disse que havia motivos razoáveis ​​para acreditar que os dois israelenses "intencionalmente e conscientemente privaram a população civil em Gaza de objetos indispensáveis ​​à sua sobrevivência". 

Isso inclui alimentos, água, remédios, suprimentos médicos, combustível e eletricidade. 

Além disso, a limitação intencional de suprimentos médicos, como anestésicos e máquinas de anestesia, significou que Netanyahu e Gallant foram responsáveis ​​"por infligir grande sofrimento por meio de atos desumanos a pessoas que precisavam de tratamento". 

O relatório afirmou que médicos forçados a realizar amputações sem anestesia e sedar pacientes por meios inseguros equivaliam a "crimes contra a humanidade e outros atos desumanos". 

Todas essas ações "privaram uma parcela significativa da população civil em Gaza de seus direitos fundamentais", incluindo os direitos à vida e à saúde. A população palestina também foi alvo "com base em motivos políticos e/ou nacionais". 

"Portanto, concluiu-se que o crime contra a humanidade de perseguição foi cometido", disse o comunicado. 

Fonte: Middle East Eye


Congresswoman Rashida 


Qual é a maior prioridade deles na primeira semana do novo Congresso? Reduzir custos? Lidar com a crise de moradia? Não, é sancionar o Tribunal Penal Internacional para proteger o maníaco genocida Netanyahu para que ele possa continuar o genocídio em Gaza.



 AIPAC Tracker


THREAD: 45 democratas da Câmara apoiados pelo lobby de Israel se juntam a todos os membros do Partido Republicano (menos Massie) na votação para impor sanções ao Tribunal Penal Internacional para proteger Israel 

Total do lobby de Israel: $ 20.322.490



 UN Special Procedures


Especialistas da ONU pedem ao Senado dos EUA que rejeite projeto de lei que busca impor sanções e cortar financiamento ao @IntlCrimCourt, depois que o tribunal emitiu mandados de prisão contra líderes israelenses acusados ​​de crimes de guerra e crimes contra a humanidade em #Gaza .



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domingo, 5 de janeiro de 2025

Acabar com o genocídio de Israel contra os palestinos em Gaza


Por mais de um ano, o mundo tem testemunhado níveis inimagináveis ​​de morte e destruição na Faixa de Gaza ocupada.

Ato agora pede que Israel pare imediatamente de cometer genocídio contra os palestinos em Gaza:


Amnesty International

Por mais de um ano, o mundo tem testemunhado níveis insondáveis ​​de morte e destruição na Faixa de Gaza ocupada. O ataque brutal de Israel contra os palestinos em Gaza matou dezenas de milhares de pessoas, dizimou famílias inteiras, arrasou bairros residenciais, destruiu infraestrutura crítica e deslocou à força 1,9 milhão de palestinos, mais de 90% da população da Faixa de Gaza, causando uma catástrofe humanitária sem precedentes.

A Anistia Internacional investigou a conduta de Israel em Gaza e as evidências que coletou e analisou fornecem base suficiente para concluir que Israel está cometendo genocídio em Gaza após 7 de outubro de 2023. Aja agora e peça a Israel que ponha fim ao genocídio contra os palestinos em Gaza.

 

Qual é o problema?

Durante as operações militares de Israel em Gaza, que começaram após os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro, Israel adotou políticas e tomou ações destinadas a causar danos irreparáveis ​​aos palestinos em Gaza. Isso inclui bombardeios implacáveis ​​que mataram e feriram dezenas de milhares e causaram destruição sem precedentes, deslocamento forçado de 90% da população e negação e restrição de serviços essenciais e de bens vitais e ajuda humanitária. Isso levou ao colapso dos sistemas de água, saneamento, produção de alimentos e saúde em Gaza.


“Israel impôs um bloqueio completo a Gaza. Vocês não terão eletricidade ou água, apenas destruição. Vocês querem o inferno, vocês terão o inferno.”

 

Ghassan Alian, Chefe do COGAT (Coordenador de Atividades Governamentais no Território Ocupado, Ministério da Defesa de Israel)

A Anistia descobriu que, entre outubro de 2023 e julho de 2024, Israel cometeu atos proibidos pela Convenção sobre Genocídio e o fez com a intenção específica de destruir palestinos em Gaza. Esses atos incluem assassinatos, infligir sérios danos físicos ou mentais a membros do grupo protegido e criar deliberadamente condições de vida calculadas para provocar a destruição física de palestinos em Gaza.


O que você pode fazer para ajudar?

Aja agora e peça a Israel que pare imediatamente de cometer genocídio contra os palestinos em Gaza.



Fonte: Amnesty International


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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Israel declara secretário-geral da ONU persona non grata e o impede de entrar no país


António Guterres repudiou escalada no Oriente Médio, mas, para Tel Aviv, não ‘condenou de forma inequívoca’ resposta do Irã


Wikimedia Commons/Eric Bridiers - Secretário-geral da ONU, António Guterres foi declarado pelo governo de Israel de ‘persona non grata’ após condenar escalada de violência no Oriente Médio, mas não mencionar o Irã

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, declarou nesta quarta-feira (02/10) o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, de “persona non grata” e o proibiu de entrar no país por não ter “condenado inequivocamente” o ataque de mísseis do Irã às bases militares de Tel Aviv.

“Decidi hoje declarar o secretário-geral da ONU, António Guterres, uma personalidade indesejável em Israel e proibir sua entrada em Israel”, afirmou o chanceler israelense, em redes sociais. “Qualquer um que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irã a Israel não merece pisar em solo israelense. […] Este é um secretário-geral anti-Israel que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos.”

Na terça-feira (01/10), a autoridade da ONU condenou a escalada da violência na região após a ofensiva reivindicada pela Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, por sua sigla em inglês), que se tratou de uma resposta à intensificação das operações israelenses no território libanês. No entanto, o diplomata português não mencionou o Irã.

“Condeno a ampliação do conflito no Oriente Médio com escalada após escalada. Isto deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, escreveu em comunicado.

As acusações feitas pelo ministro israelense resgatam um episódio semelhante ocorrido há quase um ano, ocasião na qual Guterres atribuiu Israel o cometimento do crime de “punição coletiva ao povo palestino” devido à ofensiva militar realizada desde o dia 7 de outubro de 2023 contra a população civil da Faixa de Gaza.

Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em outubro passado, o secretário-geral fez um pronunciamento marcado por críticas ao governo israelense, afirmando que “assim como as exigências do povo palestino não podem justificar os ataques atrozes do Hamas, os atos do Hamas não podem justificar a punição coletiva do povo palestino”.

Guterres também chegou a explicar que os ataques do Hamas “não aconteceram no vácuo”, uma vez que “os palestinos foram submetidos a 56 anos de ocupação sufocante”. 

“Suas terras constantemente devoradas por colonatos e atormentadas pela violência; a sua economia foi sufocada; as suas pessoas foram deslocadas e as suas casas demolidas”, disse.

Naquele momento, o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, classificou as declarações de Guterres como “opiniões horríveis”.

“Foi um discurso chocante, proferido ao mesmo tempo em que foguetes são disparados contra todo o território de Israel”, disse Erdan, acusando o chefe da ONU de estar “completamente desligado da realidade da nossa região”.

Fonte: Opera Mundi


Francesca Albanese, UN Special Rapporteur oPt


Expresso a minha solidariedade ao Secretário-Geral da ONU @antonioguterres, do coração do seu próprio país, Portugal, que estou a visitar.

Não estaríamos aqui hoje, com arrogância desenfreada em plena exibição, se Israel, em 76 anos de história, tivesse sido responsabilizado pelo menos uma vez. Nenhuma vez Israel enfrentou as consequências de seus erros internacionais. O tempo de agir para restaurar a primazia do direito internacional é agora. Um amanhã distante pode ser tarde demais.



 TRT World


Na semana passada, na ONU, autoridades israelenses afirmaram repetidamente que Israel "não tinha intenção de entrar em guerra com o Hezbollah e o Líbano" na frente de diplomatas.

Mas nos últimos dias, Israel bombardeou o Iémen, o Líbano, a Síria e a Faixa de Gaza da Palestina, violando o direito internacional e matando centenas de pessoas.



I.R.IRAN Mission to UN, NY


O chamado "mais moral" massacrou implacavelmente quase 41.000 palestinos, principalmente mulheres e crianças, com mais de 10.000 desaparecidos desde 7 de outubro. Os crimes do regime genocida israelense são sem precedentes. Veja como os fanáticos redefiniram a moralidade:



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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Op. A Promessa Verdadeira II provou que o Domo de Ferro de Israel é "mais frágil que vidro": presidente do Irã


O presidente iraniano Masoud Pezeshkian disse que a operação de retaliação da República Islâmica contra Israel, apelidada de Operação Verdadeira Promessa II, provou que o sistema de interceptação de mísseis Iron Dome do regime de ocupação é "mais frágil que vidro"


Mísseis balísticos iranianos são lançados durante o ataque retaliatório da República Islâmica, denominado Operação Verdadeira Promessa II, contra os territórios ocupados por Israel em 1º de outubro de 2024.

Pezeshkian fez os comentários na sessão semanal do gabinete na quarta-feira, enfatizando que o Irã daria uma “resposta mais esmagadora” a qualquer novo erro israelense.

O presidente iraniano observou que “o Irã não busca a guerra, mas também não tem medo dela”, enfatizando que a República Islâmica não conhece limites quando se trata de proteger a segurança, a autoridade e a dignidade de seu povo e do país.

“O último ataque retaliatório provou que o Irã nunca brincará sobre a honra e o orgulho de sua nação”, disse ele.  

O presidente disse: “Após o assassinato do Mártir Haniyeh em Teerã, que foi uma clara violação da soberania e da segurança nacional do Irã, os países ocidentais continuaram pedindo a Teerã que exercesse moderação, prometendo estabelecer imediatamente um cessar-fogo em Gaza”.

Pezeshkian observou que, “O regime criminoso e sanguinário israelense não apenas continuou a matar mulheres e crianças, mas também expandiu o escopo de seus crimes para o Líbano, e os países ocidentais permaneceram proeminentes.”


Op. True Promise II: Irã lança
 centenas de mísseis contra
 entidade sionista, 90% atingem alvos

Em outra parte de seus comentários, Pezeshkian criticou os padrões duplos e a inação de organizações internacionais e dos países ocidentais em relação aos atos criminosos do regime israelense.

Ele continuou dizendo que Benjamin Netanyhau, o primeiro-ministro “criminoso” do regime israelense, ameaçou publicamente o Irã na reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, enquanto outros países permaneceram em silêncio diante de tal comportamento.

Pezeshkian ainda expressou esperança de que a paz e a tranquilidade sejam restauradas na região e que os países da região se livrem de criminosos e opressores.


'Resposta significa resposta': internautas
 elogiam o Irã enquanto centenas de
 mísseis atingem entidade sionista

Na terça-feira, o Irã lançou uma barragem de mísseis contra as bases militares, de inteligência e espionagem da entidade sionista em um ataque de retaliação, que disparou sirenes em todos os territórios palestinos ocupados.

Sinalizadores e mísseis foram vistos no céu de Tel Aviv e explosões puderam ser ouvidas na al-Quds ocupada, enquanto "ataques diretos" foram relatados em Negev, Sharon e outros locais.

A operação ocorreu em resposta aos assassinatos cometidos pelo regime do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, e do comandante do IRGC, Abbas Nilforoushan.


Assista: O momento em que o chefe do IRGC, Major General Salami, anunciou o início da Operação True Promise II contra Israel.



 Imagens mostram uma barragem de mísseis iranianos atingindo territórios israelenses ocupados



 I.R.IRAN Mission to UN, NY


A resposta legal, racional e legítima do Irã aos atos terroristas do regime sionista — que envolveram alvejar cidadãos e interesses iranianos e infringir a soberania nacional da República Islâmica do Irã — foi devidamente executada. Caso o regime sionista ouse responder ou cometer mais atos de malevolência, uma resposta subsequente e esmagadora ocorrerá. Estados regionais e apoiadores dos sionistas são aconselhados a se separarem do regime.


 

O site da Press TV também pode ser acessado nos seguintes endereços alternativos:

www.presstv.co.uk

Fonte: Press TV


 Canal Conocimiento Militar


🔴 IRÃ LANÇA ATAQUE MASSIVO DE MÍSSEIS CONTRA ISRAEL 🔴 ELES SUPERAM TODAS AS DEFESAS 🔴






Eles relatam que o Irã destruiu uma base aérea israelense


80% dos mísseis iranianos atingiram os seus alvos, segundo a imprensa iraniana


Captura de tela - Redes sociais

 

base aérea de Nevatim das Forças de Defesa de Israel (IDF), localizada no deserto de Negev, foi destruída por mísseis iranianos que atingiram esta terça-feira a instalação, noticia  a agência iraniana Tasnim. 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver como vários mísseis atingiram o que é supostamente a base de Nevatim, onde estão estacionados caças F-35 .



 Por sua vez, a agência iraniana IRIB informou  que no seu ataque o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) utilizou pela primeira vez mísseis hipersónicos . Além disso, foi relatado que 80% dos mísseis iranianos atingiram os seus alvos em Israel, evitando o sistema de defesa aérea do país judeu.

O IRGC  indicou  que o ataque foi em resposta aos assassinatos do líder do movimento palestino Hamas,  Ismail Haniya ; o líder do grupo xiita libanês Hezbollah,  Hassan Nasrallah ; e o conselheiro militar iraniano no Líbano,  Abbas Nilforushan .

O  lançamento  do míssil da nação persa foi anunciado pelas FDI. Estima-se que o Irã lançou um ataque massivo com quase 200 mísseis balísticos contra alvos em Israel.

Por sua vez, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, classificou o ataque do Irã contra Israel como "ineficaz" e observou que "parece ter sido derrotado".

Fonte: RT en Español


MenchOsint


Base Aérea de Nevatim (com mísseis ao fundo que poderiam estar indo para a Base Aérea de Hatzerim)



 Al Mayadeen Englis


Fontes da Resistência Islâmica em #Lebanon confirmaram a #AlMayadeen que as bases aéreas militares israelenses de Hatzerim, Nevatim e Ramon ficaram inoperantes devido aos graves danos causados ​​pelos ataques de mísseis iranianos.

 Esta confirmação ocorre após os recentes ataques com mísseis contra posições israelenses, durante os quais o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) declarou que 90% dos mísseis lançados atingiram seus alvos pretendidos na Palestina ocupada.

O IRGC enfatizou que a operação foi conduzida de acordo com o direito à autodefesa e ao direito internacional.



 Liu Sivaya


ATAQUES NO IRÃ: 400 MÍSSEIS IRANIANOS DEIXAM ISRAEL AGITADO (e os alicerces do Ocidente tremendo)


Armas 01

Armas 02


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sábado, 28 de setembro de 2024

#UNGA: Apelos de Lula, Petro e Guterres na ONU lembram que oligarquias são a raiz do desastre global


“Aqueles que têm o poder de destruir a vida não nos escutam [...] ainda que representemos a grande maioria”, declarou Gustavo Petro durante discurso na ONU


ONU
 

O mundo está à beira do desastre, mas ninguém assume a responsabilidade por isso, pareceu ser a conclusão do primeiro dia do chamado “debate geral” da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

Talvez por isso, o secretário-geral, António Guterres, condenou o que chamou de “impunidade” global, ao abrir, nesta terça-feira (24), a sessão inicial do debate geral, junto com “a desigualdade” e “a incerteza”, um trio que está levando a civilização à beira de desastres, e essa rota é insustentável. “Estamos nos aproximando do inimaginável, um barril de pólvora que está envolvendo o mundo inteiro”, advertiu Guterres, e assinalou que as guerras, a mudança climática e a desigualdade estão piores do que nunca. Ao mesmo tempo, convidou aos participantes: “os desafios que enfrentamos podem ser resolvidos”.


Incapaz de impedir guerras e dar basta ao
 genocídio palestino, seria o fim da ONU?

Ele ressaltou a impunidade, onde “as violações e abusos ameaçam o próprio alicerce do direito internacional e da Carta da ONU”. Acrescentou que “o nível de impunidade no mundo é politicamente indefensável e moralmente intolerável”, onde governos acreditam que podem violar as convenções internacionais e a Carta da ONU, “invadir outro país ou destruir sociedades inteiras” sem consequências. Assinalou os casos da Ucrânia e de Gaza, aos quais chamou “um pesadelo sem fim que ameaça levar toda uma região”; condenou os atos do Hamas, mas afirmou que “nada pode justificar o castigo coletivo do povo palestino”, que incluiu também a morte de mais de 200 funcionários da ONU. Guterres detalhou as injustiças da desigualdade econômica e também da mudança climática, insistindo que a única solução é multilateral e urgente. E que não há muito tempo.


Lula na ONU

O desfile anual de mandatários e altos representantes dos 193 países membros começou, por tradição, com o presidente do Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva, uma das vozes mais poderosas do Sul Global, elevou o alerta sobre o rumo atual do planeta.

Lula falou sobre os esforços do Brasil para impulsionar um acordo para frear as guerras em Gaza e na Ucrânia, e advertiu que esses conflitos demonstram o fracasso da comunidade internacional.

Da mesma forma, deplorou um sistema econômico internacional que se “converteu em um Plano Marshall ao contrário, onde os mais pobres financiam os mais ricos”. Os mais ricos, afirmou, duplicaram suas fortunas e pagam menos impostos que os pobres, proporcionalmente 60% da humanidade é agora mais pobre — ante o qual o Brasil está promovendo uma proposta para estabelecer normas mínimas de impostos globais.


Outras vozes do Sul Global

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou, com um discurso lírico, que nesse fórum da ONU “aqueles que têm o poder de destruir a vida não nos escutam”, [não escutam] os que não têm armas de destruição em massa ou grande quantidade de dinheiro, “ainda que representemos a grande maioria”.

Ele advertiu ainda que “a floresta amazônica está queimando” e isso implica o fim do mundo. Acusou que, “quando Gaza morrer, toda a humanidade morrerá”, pois as crianças palestinas “são o povo escolhido de Deus”. O que ele chamou de “oligarquia mundial” da mudança climática, das guerras, das punições econômicas contra países desobedientes como Cuba, e concluiu que a pergunta agora para o mundo é: a vida ou a ganância? Indicou que chegou a hora de pôr fim à oligarquia mundial e substituí-la por uma democracia dos povos. Que já não se precisa ouvir os BidenXiPutin e os europeus, mas sim os povos.


“Todos no mundo estão menos seguros”
após ataque terrorista no Líbano, alerta Snowden


Cyril Ramaphosa, da África do Sul, abriu seu discurso condenando a guerra de Israel em Gaza e destacou que seu país realizou uma denúncia por genocídio à Corte Internacional de Justiça contra Tel Aviv, com as obrigações do direito internacional, “o qual não pode ser aplicado de forma seletiva”.


O último discurso de Biden

Em seu último ato formal ante a comunidade mundial, o presidente Joe Biden ilustrou a incongruência que define essa conjuntura mundial, apresentando-se como líder da paz e da cooperação, enquanto justificou a cumplicidade de seu governo com as guerras em Gaza e na Ucrânia. “As coisas podem, sim, melhorar”, afirmou, e ofereceu como exemplo histórico o fato de que os Estados Unidos e o Vietnã agora são parceiros, insistindo que, apesar dos grandes desafios, é preciso manter o otimismo.

A guerra de Putin fracassou” e “não podemos desistir até que a Ucrânia vença esta guerra… não deixaremos de apoiar a Ucrânia”, afirmou ele, ignorando o consenso dos especialistas de que essa guerra não é vencível. Ele mencionou a América Latina apenas uma vez, usando o caso da Venezuela para ilustrar como seu país deve ser o campeão da democracia. Falou sobre como enfrentar a China no Pacífico, assegurando que os blocos não são contra nenhum país, quando é óbvio que são contra Pequim.


EUA, polícia do mundo: na ONU, Biden aposta
em velho discurso recheado de cinismo

Em relação a Gaza, condenou novamente o ataque do Hamas de 7 de outubro, reconheceu que “inocentes também estão enfrentando o inferno” em Gaza e apelou às partes a aceitarem um acordo e “pôr fim a essa guerra”. Disse que têm buscado prevenir a ampliação da guerra e acusou o Hezbollah pelos ataques mais recentes. “Estamos trabalhando incansavelmente” para conter esse conflito. Biden incansavelmente repete essa frase há quase um ano, enquanto seu governo continua fornecendo bombas e outras munições a Israel para o que uma maioria da Assembleia Geral considera um “possível” genocídio, algo que grande parte de seu público hoje criticou.


Assembleia vai até o dia 30

O debate geral continuará durante toda esta semana e até 30 de setembro. Estão na lista vários dos envolvidos nos conflitos que desafiam o mandato da ONU de promover a paz. O primeiro-ministro de IsraelBenjamin Netanyahu, está programado para esta quinta-feira (26), pouco depois de o presidente palestino, Mahmoud Abbas, subir ao pódio. O presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, teve sua vez nesta quarta-feira (25), mas na segunda também tinha um encontro numa sessão do Conselho de Segurança.



Muitos se referiram ao surgimento da inteligência artificial (IA) e como isso mudará quase tudo, e, portanto, é necessário um manejo “responsável” dessa nova ferramenta pela comunidade internacional. Mas, se o passado serve de guia para o manejo desses líderes políticos do mundo atual, vale questionar se existe a inteligência natural coletiva para alcançar esse e os outros grandiosos objetivos que foram mencionados aqui.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.

As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.


David Brooks

Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.


Jim Cason

Correspondente do La Jornada e membro do Friends Committee On National Legislation nos EUA, trabalhou por mais de 30 anos pela mudança social como ativista e jornalista. Foi ainda editor sênior da AllAfrica.com, o maior distribuidor de notícias e informações sobre a África no mundo.

Fonte: Diálogos do Sul Global


Gustavo Petro

79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas




Lula


A solidariedade ao povo palestino nos une, presidente Mahmoud Abbas.


A solidariedade ao povo palestino nos une, presidente Mahmoud Abbas. 🎥 Ricardo Stuckert

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— Lula (@lula.com.br) September 26, 2024 at 1:44 PM


ONU Info


#Gaza : O Secretário-Geral da ONU @antonioguterres insta o Conselho de Segurança a se unir para apoiar um cessar-fogo imediato que conduza a uma solução viável de dois Estados


 

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