Com declaração, Cuba se junta à Turquia, Nicarágua,
Colômbia, Líbia, México, Palestina e Espanha no apoio ao caso do genocídio de
Gaza no Tribunal Internacional de Justiça
Corte Internacional de Justiça (CIJ, ONU)
Cuba apresentou uma declaração de que se juntará ao caso de
genocídio da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça,
anunciou o tribunal na segunda-feira.
“Cuba, invocando o Artigo 63 do Estatuto do Tribunal,
protocolou no Cartório do Tribunal uma declaração de intervenção no caso
referente à Aplicação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de
Genocídio na Faixa de Gaza”, disse o tribunal em um comunicado.
Em dezembro de 2023, a África do Sul instituiu procedimentos
contra Israel, alegando violações da Convenção do Genocídio em relação aos
palestinos na Faixa de Gaza. Vários países se juntaram ao caso desde então,
incluindo Nicarágua, Colômbia, Líbia, México, Palestina, Espanha e Türkiye.
Israel continua sua ofensiva brutal em Gaza desde o ataque
do Hamas em outubro de 2023, apesar de uma resolução do Conselho de Segurança
da ONU exigindo um cessar-fogo imediato.
Quase 46.600 pessoas, a maioria mulheres e crianças,
morreram e mais de 105.000 ficaram feridas, de acordo com autoridades de saúde
locais.
O ataque israelense deslocou quase toda a população do
território em meio a um bloqueio contínuo que levou a uma grave escassez de
alimentos, água potável e remédios, deixando a maior parte da faixa um deserto
inabitável.
#Cuba
junta-se como terceiro Estado ao processo da África do Sul contra Israel pelo
genocídio em #Palestina
.
Ao entregar o seu
escrito a @CIJ_ICJ, ele reafirma o seu
apoio irrestrito à Palestina e condena qualquer política que comprometa o seu
direito à liberdade e à independência.
#Cuba se suma como tercer Estado a la demanda de Sudáfrica contra Israel por el genocidio en #Palestina.
Con la entrega de su escrito a la @CIJ_ICJ, reafirma su apoyo irrestricto a Palestina y condena toda política que menoscabe su derecho a la libertad e independencia. pic.twitter.com/iuM8Lw1h9G
"Por estar fora do Brasil, o ex-presidente Lula decidiu
comunicar a doença apenas na chegada ao país, para preservar sua família e dos
demais infectados", diz trecho de nota publicada pelo ex-presidente
Segundo informações da jornalista Mônica
Bergamo, da Folha de S. Paulo, a infecção foi descoberta em razão do rígido
protocolo de segurança sanitária adotado para viajantes que chegam a Cuba.
Testes realizados antes e depois da chegada ao país não indicavam infecção. No
entanto, um terceiro exame feito cinco dias depois mostrou que todos os 9
integrantes, exceto a jornalista Nicole Briones, estavam com Covid.
Testes apontaram que o vírus que os infectou veio importado
do Brasil.
Lula não teve sintomas iniciais, mas enfrentou lesões
pulmonares compatíveis com Covid-19 e teve que ser tratado com o medicamento
cubano Jusvinza. O jornalista Fernando Morais também enfrentou dificuldades e
teve que ir ao hospital.
O restante do grupo usou apenas o interferon cubano, na
versão injetável ou nasal,
o Nasalferón.
Em nota,
o presidente confirmou o tratamento. “Todos os nove membros da comitiva, exceto
a jornalista Nicole Briones, tiveram diagnóstico positivo ao longo do
monitoramento com RT-PCR. Todos permaneceram em isolamento sob vigilância
sanitária, de acordo com diagnóstico, respeitando os protocolos do sistema de
saúde cubano”, disse.
A mensagem diz ainda que o ex-presidente” decidiu comunicar
a doença apenas na chegada ao país, para preservar sua família e dos demais
infectados”. O médico infectologista, ex-ministro da Saúde e deputado federal
Alexandre Padilha (PT-SP) acompanhou à distância o tratamento e a recuperação
de Lula.
“Eu e toda minha equipe somos agradecidos à dedicação dos
profissionais de saúde e do sistema de saúde pública cubano que estiveram conosco
no cuidado diário. Agradeço ao governo de Cuba e a todos que estiveram conosco,
de coração. Jamais esqueceremos a solidariedade cubana e o compromisso com a
ciência de seus profissionais”, declarou o ex-presidente.
“Sentimos na pele a importância de um sistema público de
saúde que adota um protocolo unificado, inspirado na ciência e nas diretrizes
da OMS. E quero estender as minhas saudações a todos os profissionais de saúde
que se esforçam para fazer o mesmo aqui no Brasil, apesar da irresponsabilidade
do presidente da República e do ministro da Saúde”, disse ainda.
Lula ainda afirmou que está esperando sua vez na fila da
vacina. “Sigo esperando minha vez na fila, com o braço à disposição para tomar
assim que puder. E enquanto todos não se vacinam, vou continuar com máscara,
evitando aglomerações e passando muito álcool gel”, completou.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta
terça-feira (19) sua viagem a Cuba em um encontro com o atual presidente Miguel
Díaz-Canel e com o ex-presidente e 1º secretário do Partido Comunista de
Cuba, Raúl Castro.
Durante a visita, Lula agradeceu a solidariedade do povo
cubano e entregou um documento em que condena a inclusão da ilha na lista de
países patrocinadores do terrorismo. Na carta, o ex-presidente brasileiro
aponta a medida como uma “manobra desprezível e oportunista” em um dos últimos
atos de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.
Leia a íntegra do documento:
“Estimado presidente Miguel Díaz-Canel,
Foi com profunda indignação que recebi a notícia da
inclusão de Cuba na lista dos países patrocinadores do terrorismo.
Donald Trump sai da História pela porta dos fundos e
demonstra mais uma vez o homem vil que é, em uma manobra desprezível e
oportunista, carregada da principal marca de sua administração: a mentira.
Manifesto minha solidariedade a Cuba, à Revolução e ao
povo cubano. E reitero meu repúdio a mais essa sordidez, que tem por único objetivo
a tentativa de asfixiar nossa Ilha, reforçando o bloqueio e as agressões a ela
impostos há mais de seis décadas.
Mas Cuba está aí, íntegra, decente, exemplo para o mundo
daquela que é maior de todas as virtudes, a solidariedade humana.
Quem deixa na História impressões digitas terroristas são
eles, Trump e seus asseclas.
Escrevo, companheiro presidente Dias Canel, com a
esperança de que esta e outras políticas persecutórias sejam revistas e que
Cuba possa encontrar bons ventos para superar, como vem fazendo há sessenta
anos, tempestades como a do Covid-19, uma tragédia que castiga o povo pelo
mundo inteiro.
Um mês em território cubano só fez crescer minha profunda
admiração pelo zelo com que Cuba tem enfrentado esta praga terrível da Covid,
protegendo seus cidadãos e ajudando a salvar milhares de vidas com o envio de
médicos mundo afora.
Quanto mais conhece Cuba mais o mundo está de mãos dadas
a ela, condenando a covarde perseguição tirana do Império.
Receba em meu nome e no de milhões de brasileiros o
fraterno abraço, na esperança de dias melhores. Do amigo de sempre,
Cuba volta à lista de 'Estados patrocinadores do terrorismo'
Restando apenas nove dias para o fim do governo do
republicano Donald Trump, Washington voltou, nesta segunda-feira, a incluir
Cuba na lista de 'Estados patrocinadores do terrorismo'. No Twitter, o
chanceler cubano, Bruno Rodríguez, qualificou como um ato de 'oportunismo
político' a ação americana.
2 - 🇨🇺 Lula entregou um documento em que condena a inclusão da ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo. Na carta, o ex-presidente aponta a medida como uma “manobra desprezível e oportunista” em um dos últimos atos de Trump na presidência dos EUA.
Coincidência ou não, com a estada de Lula na ilha caribenha,
a mídia local reverbera a rejeição do presidente
Jair Bolsonaro que aumentou consideravelmente após as eleições
municipais de 2020.
O site “Trabajadores“, uma espécie de CUT de Cuba, anotou que uma
pesquisa aponta rejeição de Bolsonaro em 46%, em um momento em que ele mal
chega à metade do mandato.
Citando a DataPoder360, os cubanos dizem que a maioria dos
que rejeitam o presidente brasileiro são jovens entre 16 e 24 anos, 66 por
cento deles têm ensino superior, 58 por cento residem no Nordeste do país e 82
por cento dos que ganham entre 5 e 10 anos. salário mínimo.
Por sua vez, diz o “Trabajadores”, o portal Vermelho [site
do PCdoB] considerou que 42% da população acha a gestão presidencial ruim ou
péssima e, portanto, “não há registro de um presidente no Brasil que, nos dois
primeiros anos do primeiro mandato, tenha atingido níveis de rejeição tão altos”.
A publicação cubana recorda que a
rejeição de Bolsonaro ocorre em um momento em que se espera uma segunda onda da
pandemia Covid-19 no gigante sul-americano, e levando-se em
consideração que o Brasil é o segundo país do mundo com mais vítimas e mortes –
só superado pelos Estados Unidos – “ninguém pode se surpreender que aumente o
repúdio do presidente daquele país pela má gestão da situação da saúde.”
O órgão de informação da Central dos Trabalhadores de Cuba,
o “Trabajadores”, prossegue em sua análise;
“Se a isso adicionarmos o aumento das desigualdades, da
violência policial e do assassinato de lideranças sociais, mulheres e negros, a
exacerbação do racismo, homofobia e xenofobia nos últimos dois anos, a limites
inimagináveis, é lógico que seja rejeitada fortemente então quem, aliás, tem se
preocupado mais em lançar armas, convocar reuniões públicas sem máscaras,
desmerecer cientistas e pessoal de saúde e ofender aqueles que se preocupam em
contrair Covid-19 minimizando seus efeitos.”
Em síntese, em Cuba a previsão é de que Bolsonaro
não irá nem para o segundo turno; se for para a segunda etapa eleitoral, em
2022, perde ou para centro-direita ou para a esquerda.
Lula e sua namorada, Rosângela da Silva, a Janja, estão em
clima de lua de mel em Cuba, para onde viajaram para a gravação de um
documentário do cineasta Oliver Stone. A trajetória de Lula será o fio condutor
de um documentário sobre a crise das democracias da América Latina. Revista
Época: http://glo.bo/2L160tn
Ex-jogador argentino Diego Maradona também lamentou a morte
do líder cubano Fidel Castro; "Morreu o meu amigo, o meu confidente, o que
me aconselhou, que me ligava a qualquer hora para falar de política, de
futebol, de basebal, o que me disse que quando Clinton fosse embora o que viria
era pior, que foi Bush", confessou (Foto: Aquiles Lins)
A relação entre a lenda do futebol argentino e o líder
cubano foi uma das mais bonitas da história do futebol
Leonardo Sobreira, 247 - Maradona e Fidel Castro,
coincidentemente, morreram na mesma data. Os dois cultivaram uma relação
próxima ao longo dos anos, onde o argentino obteve grande parte de sua formação
política.
Após a Copa de 86, quando Maradona carregou a Argentina ao
título, ele visitou Cuba. Lá, conheceu Fidel e foi inspirado por sua história
de luta política e social. Várias visitas ocorreram, e Maradona sempre
presenteava o líder cubano com camisas da seleção argentina.
O Goal revelou que, 14 anos mais tarde, quando precisava
de tratamento médico, Fidel o ofereceu para o argentino. A vida de Maradona,
segundo familiares, foi salva pelo tratamento que recebeu em Cuba.
A relação entre dois é um evento raro no futebol, que hoje
se vê tão consumido pelo dinheiro e vazio de valores. Certamente, os dois estão
a acender um belo charuto cubano neste momento.
Mucha tristeza... Mucha. Se fue un grande. Hasta siempre Diego, te queremos mucho. Enorme abrazo a sus familiares y seres queridos. pic.twitter.com/Fv8zhnL1V3
Con un dolor en el alma me he enterado de la muerte de mi hermano, Diego Armando Maradona. Una persona que sentía y luchaba por los humildes, el mejor jugador de fútbol del mundo. pic.twitter.com/7cNMtRTRHG
1 - Diego Armando Maradona foi um gigante do futebol, da Argentina e de todo o mundo, um talento e uma personalidade única. A sua genialidade e paixão no campo, a sua intensidade na vida e seu compromisso com a soberania latinoamericano marcaram nossa época. pic.twitter.com/DubeM2PgQ4
O presidente russo, Vladimir Putin, encontra-se com seu
homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, em Moscou, 29 de outubro de 2019 (Foto:
AFP)
China e Rússia reforçam sua aliança com Cuba, ajudando a
ilha a enfrentar as sanções dos Estados Unidos, que afetaram sua economia.
Os governos de Pequim e Moscou têm fortalecido sua aliança
estratégica com Cuba para superar o difícil momento econômico que atravessa
devido às sanções impostas pelos Estados Unidos, noticiou o jornal
argentino Perfil neste sábado , citando reportagens
publicadas esta semana por Meios de comunicação oficiais cubanos e russos.
No caso da China, Cuba tem tentado aumentar suas exportações
ao gigante asiático para obter mais receita, de modo que Pequim “é hoje
um dos mais importantes mercados de exportação da lagosta cubana, e espera-se
que este ano dobrem vendas ”, destacou o jornal.
O embaixador de Cuba na China, Carlos Miguel Pereira Hernández,
em anúncio recente relatou o aumento das exportações de crustáceos para
enriquecer a mesa chinesa, “apesar do enorme impacto da nova pandemia de
coronavírus, que causa o COVID-19, em comércio mundial ".
Rússia e China condenam aumento do bloqueio
norte-americano a Cuba
O Governo russo, por sua vez, tem procurado fortalecer a
cooperação com Cuba na esfera do petróleo. A maior das Antilhas é
autossuficiente em menos de 50% do combustível que encontra em seu território e
em sua área no Golfo do México, enquanto os embargos impostos pelos Estados
Unidos à Venezuela, fornecedora de Havana, sob condições Descritos como
financeiramente especiais, eles tornam o envio consideravelmente mais difícil.
Diante de tal cenário, a empresa russa Zarubezhneft JSC
cavou um poço em Boca de Jaruco, cidade litorânea muito próxima a Havana,
capital de Cuba. É o primeiro poço horizontal em fluxo, com movimentação
inicial de óleo de 52 toneladas / dia naquele campo.
Embora a cooperação estratégica de Cuba com China e Rússia
seja "tradicional" nas condições atuais, quando a
Casa Branca intensificou as sanções a Havana , esses laços entre
aliados se ampliaram em um claro desafio ao governo dos Estados Unidos.
Enrique Roca: Os EUA pretendem impedir que Cuba se
desenvolva
Desde 1960, Washington mantém um forte bloqueio contra Cuba
e impõe várias sanções a esta nação caribenha. No entanto, em 2015, o
ex-presidente dos EUA, Barack Obama, deu início a um processo de distensão que
foi retardado desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca em 2017.
Entre outras medidas punitivas, Trump restringiu as viagens
de americanos e navios de cruzeiro a Cuba, limitou as remessas familiares,
aplicou o Título III da Lei Helms-Burton - congelada por seus antecessores
desde 1996 - e pressionou bancos e companhias de navegação a eles negociam com
a ilha.
A Organização das Nações Unidas (ONU)
já expressou sua preocupação com o impacto negativo do bloqueio
econômico dos Estados Unidos contra Cuba.
Diferentes organizações de direitos humanos também
condenaram as perigosas consequências dos embargos dos Estados Unidos contra o
povo cubano, especialmente em meio à crise de saúde desencadeada pela eclosão
do novo coronavírus.
No Brasil de Fato Entrevista de hoje é especial sobre as
sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos a Cuba e Venezuela e que se
mantem mesmo em tempos de pandemia.
O Brasil de Fato bate um papo com dois especialistas: Vivian
Mendes do Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba e Edson Bagnara do Comitê
Brasileiro pela Paz na Venezuela.
O Mole Antonelliana, o edifício mais representativo da
cidade de Turim e um dos mais emblemáticos de toda a Itália, acendeu na noite
de terça-feira (21) luzes com inscrições homenageando Cuba e sua brigada
médica, pela assistência médica solidária prestada à região do Piemonte no
combate à epidemia de Covid-19
247 - A iniciativa, promovida pela Agência de
Intercâmbio Cultural e Econômico com Cuba (AICEC) e a Embaixada de Cuba na
Itália, conta com o patrocínio da cidade de Turim e a colaboração da empresa de
eletricidade IREN.
Considerada uma obra-prima da arquitetura, a Mole
Antonelliana é uma construção monumental projetada no século XIX pelo notável
arquiteto Alessandro Antonelli. Com uma altura de 167,5 metros, foi o edifício
mais alto do mundo entre 1889 e 1908. Desde 2000, é a sede do Museu Nacional
Italiano de Cinema, um dos mais importantes do mundo em termos de riqueza de
seu patrimônio e multiplicidade de sua atividade cultural.
Neste edifício majestoso, em novembro de 2016, após a morte
do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, jovens da Brigada “Gino Done” e
AICEC, colocaram uma tela grande com o texto: “Até sempre comandante” .
A iluminação da Mole Antonelliana em 21 de julho, em
homenagem aos médicos cubanos, foi uma ocasião excepcional, pois apenas se
acende em alguns e muito especiais momentos de comemoração. E pela primeira vez
na história, o símbolo de Turim o fará com o nome de um país estrangeiro, o que
demonstra o impacto profundo e positivo do trabalho de solidariedade da Brigada
Henry Reeve de médicos cubanos na cidade de Turim.
A brigada de saúde cubana, composta por 38 especialistas,
retornou a Cuba em 20 de julho, segundo o embaixador de Cuba em Roma, em
entrevista exclusiva à agência EFE. Esse grupo médico, um dos dois enviados de
emergência do governo cubano para apoiar a Itália, trabalhou por três meses ao
lado do pessoal de saúde italiano no hospital temporário instalado em tempo
recorde no centro sociocultural da OGR.
Dezenas de nações da América Latina e Caribe se reuniram
virtualmente para iniciar uma onda de solidariedade continental à concessão do
Prêmio Nobel da Paz para a Brigada Henry Reeve, de médicos cubanos. Em uma
conferência online, 14 nações – entre elas o Brasil – impulsionaram o movimento
de coordenação da proposta no continente americano.
No encontro estiveram também representantes da Venezuela,
Argentina, Porto Rico, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Uruguai, Paraguai,
Honduras, México, Panamá e Cuba. A data escolhida para o encontro, 14 de junho
– marca o aniversário de Che Guevara, médico argentino e uma das principais
figuras da revolução cubana.
“Guerrillero Heroico”, fotografia de Alberto Korda tirada em
5 de março de 1960
O médico argentino que se tornou um dos maiores símbolos do
espírito revolucionário de esquerda e no ícone do regime em Cuba
Por: Pablo Neri, do Coletivo de Juventude do MST
Da Página do MST
Em 1959, nos anos de tensão e “Guerra Fria” entre as
potências URSS e Estados Unidos, a América Latina e o mundo é balançado pela
notícia da Revolução cubana. A importância desse momento inaugura um ciclo de
tensão e contestação entre a superpotência ianque e os países da América, cria
uma nova perspectiva para a atuação da esquerda nas guerras de descolonização
africana, além da vantagem militar mais temida pelos EUA contra sua inimiga
URSS e lança para o mundo o aroma de transformação que as revoluções trazem
para a atmosfera.
E junto com isso o mundo passa a conhecer os homens e
mulheres que derrubaram a Ditadura de Fulgencio Batista e uma dos rostos mais
conhecidos e que passaria a ser uma das figuras mais conhecidas do mundo,
figuras mais difundidas durante o século XX é a de Ernesto Che Guevara.
O triunfo revolucionário Cuba passou a ser o sopro de esperança
que chegava a todos os cantos do mundo e tinha como um dos principais
mensageiros o Comandante Che Guevara, que dali em diante faria parte do
Horizonte da militância de esquerda e de admiradores em todo o mundo.
É quase impossível achar alguém em alguma parte do planeta
que não reconheça a imagem do líder cubano que hoje, emoldurado ou fixo por
meios precários na parede, povoa o imaginário político as paixões e os sonhos
de toda uma geração de militantes Sem Terra. Essa proporção de Che não é apenas
pelo seu desempenho na guerra e por ser um dos mais imponentes contestadores do
poder colonial ianque, mas por ser um dos rivais mais fulgores do capitalismo
por encarnar em si mesmo, ar dar carne e osso a dignidade humana que se liberta
do capitalismo e constrói um legado de militante socialista para o século XXI.
O começo
Ernesto Rafael Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de
1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito de 5 irmãos, Che cresceu e
tornou-se médico. Ainda na juventude jovem Ernesto viajou pela América do Sul
na companhia do amigo Alberto Grando para conhecer as doenças que assolavam o
continente e entendeu que não bastava combater as mazelas, era preciso destruir
o sistema que as fazia existir.
Conheceu Fidel e Raul Castro, outros dois importantes
líderes da Revolução Cubana, em julho de 1955, durante o exílio dos irmãos no
México. Foi durante esse encontro que se juntou ao Movimento 26 de Julho e
partiu para Cuba a bordo do iate Granma com o objetivo de derrubar o ditador
Fulgencio Batista, autocrata que governava a ilha com o apoio dos Estados
Unidos.
Médico, jornalista, escritor, diplomata, Che logo ganhou
destaque no comando do exército revolucionário pelos valores que acreditava
serem necessários para conquistar o apoio dos povos e o respeito da nação:
Humildade, trabalho voluntário, o amor, dedicação na luta pela libertação. Como
segundo General do exército Che ajudou a desenvolver a tática de guerrilha, deu
significado para o foquismo que sairia vitorioso em janeiro de 1959.
Após o triunfo revolucionário, Che assumiu uma série de
cargos no novo governo. Entre outras funções, foi ministro das Indústrias,
embaixador e presidente do Banco Central de Cuba. Che também foi pai, casou-se
duas vezes, mas abandonou tudo isso para se dedicar à tarefa de levar a
Revolução para os demais continentes. Acompanhou as tropas de Cuba em campanhas
militares em apoio às nações africanas na luta contra a dominação colonial,
recrutou profissionais cubanos de vários setores, especialmente da saúde, trabalhando
em muitas nações mergulhadas na pobreza, no analfabetismo e na insalubridade.
Legado
Seguiu convicto de seu papel na luta revolucionária até o
dia do seu assassinato em outubro de 1967, na Bolívia. Por isso, o MST como
organização política estimula que a base a militância, em especial os mais
jovens, conheçam a história e o legado de Che organizando como processo de
formação a Semana internacional de Trabalho Voluntário Ernesto Che Guevara. Ele
está presente nas músicas, nas poesias, nas místicas, neste momento de
desesperança e de desencantamento com as causas coletivas Che segue sendo o farol
que guia aquelas e aqueles que buscam a luta por uma sociedade justa, livre e
emancipada. Em 2017 construímos a Brigada de Jovens que foram até a Bolívia nós
50 anos do assassinato de seu assassinato prestar a homenagem ao Comandante Che
e escutar dos camponeses daquelas imediações que guardaram seus restos mortais
por mais de 30 anos.
Mesmo tendo tantas dimensões, a direita brasileira, seus
“intelectuais” e seu mau jornalismo vem trabalhando para tentar reduzir Che a
um “assassino frio”. Como exemplo a editora Abril, que lançou o Manual
Politicamente Incorreto que “busca destruir o mito”, retirando o contexto da
revolução e acusando Che de matar seus inimigos por regozijo.
Mas qual o interesse desses detratores em atacar a memória e
o legado de Che Guevara? De certeza temos que do lado de lá não tem nenhum
ídolo que sirva de modelo aos jovens a não ser torturadores, generais ditadores
e exploradores da miséria do mundo.
E para quem quiser se aprofundar mais na história e no
legado de Che Guevara e a Revolução cubana atualmente temos uma série de filmes
disponíveis, como o lendário filme Diário de Motocicleta (2004) dirigido pelo
brasileiro Walter Salles e baseado nos diários de Che e Grando de sua viagem de
juventude. Também tem o filme Che: O Argentino (2009), já mais velho e em meio
ao contexto da revolução.
Também a Editora Expressão Popular tem títulos importantes e
de fácil acesso para todos como o livro de Michael Lowy, Pensamentos de Che
Guevara (1969) e Che Guevara – Política de Eder Sader (org.) Esta antologia
apresenta a parte mais significativa das suas contribuições teóricas para
decifrar os caminhos da vida, da prática revolucionária e da ética.
Poucos lutadores terão influenciado os acontecimentos e as
idéias políticas revolucionárias do século XXI como Ernesto “Che” Guevara. Seu
legado e sua história permanecerão como o chamado para a luta para o
enfrentamento. Como disse Eduardo Galeano, “Che é o mais renascedor de todos” e
o MST seguirá prestando as homenagem que esse grande ser humano merece.
Discurso proferido por Ernesto Che Guevara, representante de
Cuba, em 11 de dezembro de 1964, perante a Assembléia Geral das Nações Unidas
(19ª sessão, 1299ª reunião).
hypeness - Nunca na história tanta gente foi enviada a Cuba quanto nos
comentários de brasileiros na internet. Brincadeiras à parte, é da terra de
Fidel que vem uma excelente notícia do campo médico: Cuba desenvolveu a
Cimavax, uma vacina de câncer – mais especificamente, o de pulmão. E agora, com
relações restabelecidas, os EUA querem criar uma parceria para estudar e tornar
a vacina ainda mais ampla e poderosa.
Para entender a vacina criada por Cuba, é importante rever
esse conceito. Vacina, afinal de contas, é toda substância que tem o potencial
de estimular uma reposta de imunidade no organismo. Segundo o MedicalDaily,
isso quer dizer que a Cimavax não previne a doença, mas faz um importante
trabalho ao retardar o crescimento de células cancerígenas de tumores, estabilizando
os sintomas e garantindo uma expectativa de vida para esses pacientes que vai
de seis meses a quatro anos a mais, em comparação com pacientes que não tomaram
a vacina.
Embora não seja uma solução milagrosa, a vacina contra o
câncer de pulmão desenvolvida por Cuba tem uma eficácia comprovada bastante
grande e um detalhe importantíssimo: ela é vendida a US$ 1, possibilitando que
seja distribuída gratuitamente nos hospitais cubanos – desde 2011!
Com a parceria entre Cuba e o instituto Roswell Park, de
Nova York, estima-se que a aprovação para os testes leve de seis a oito meses e
que em até um ano os testes clínicos já comecem a ser feitos. A expectativa é
que a vacina funcione também com outros tipos de câncer e consiga inibir o
crescimento de células cancerígenas com uma eficiência ainda maior.
Foto CCYalen Rosen
Update: Um leitor nos informou que também a Argentina teve
uma participação no desenvolvimento da vacina.
NATUREZA E SAÚDE - Laboratórios, empresas, faturam bilhões com essa doença.
Porém nós acreditamos na ciência do bem.
Existem pesquisas e pesquisadores que dedicam a vida para
encontrar a cura de doenças consideradas incuráveis.
Exemplo disso é Cuba, onde existe um grupo de médicos e
microbiologistas, que com um orçamento muito limitado, desenvolveram a primeira
vacina mundial contra o câncer de pulmão – a CIMAvax EGF.
Pesquisadores norte-americanos do Instituto do Câncer
Roswell Park finalizaram um acordo com o Centro Cubano para Imunologia
Molecular para aprimorar a vacina e começar os testes clínicos para obter sua
aprovação pela FDA, o órgão federal americano que regulamenta medicamentos e
alimentos.
A vacina já foi usada em 4 mil pacientes que sofrem com a
doença. E o resultado foi incrível!
A vacina foi capaz de prolongar e melhorar o tempo de vida
dos pacientes, mesmo com o câncer em estágio avançado.
Para se chegar a fórmula da vacina, foram necessário 16 anos
de pesquisa, e o mais importante da vacina é que ela não causa efeitos
colaterais graves.
O que chama atenção é que Cuba é considerado um país pobre e
subdesenvolvido, conseguiu alcançar uma vitória expressiva contra a maior
doença dos tempos modernos.
Isso levanta uma questão alarmante; porque os gigantes
farmacêuticos, com toda a sua força econômica, não chegaram nem perto de algo
parecido?
A vacina ataca uma proteína chamada “fator de crescimento
epidérmico”, ou EGF, que permite que células cancerígenas do pulmão cresçam. A
CIMAvax estimula o sistema imunológico a criar anticorpos que se ligam ao EGF,
impedindo que esta proteína alimente as células cancerosas.
A vantagem é que ela poupa a pessoa de se submeter às altas
doses de quimioterapia, garantindo mais tempo de vida e com mais qualidade.
O paciente sofre menos falta de ar e as vezes esse sintoma
até desaparece após a administração dessa vacina.
Da mesma forma, ocorre com a dor, além disso, a pessoa volta
a ganhar peso, melhora o apetite e passa a ter mais energia no dia a dia.
Outros países já estão recebendo a vacina, como na Bósnia,
Herzegovina, Colômbia, Paraguai e Peru.
Os cientistas cubanos tem grande esperança de conseguirem
tratar outros tumores, como o de próstata, útero e mama.
Os cubanos estão recebendo o tratamento gratuitamente, quem
não mora em Cuba pode se informar sobre a vacina entrando em contato com:
– Serviços Médicos Cubano. Web Page: www.smcsalud.cu
– Hospital Clínico ´Hnos. Ameijeiras: San Lázaro # 701,
centro, Habana, Ciudad de La Habana, Cuba. CP 10300. Telefono (537) 876 1000
e-mail Dr. Alfredo Herrera – mision@hha.sld.cu
– Centro Internacional de Salud La Pradera: Calle 230 entre
15ª y 17, Siboney, Ciudad de La Habana, Cuba, Telefones: (537) 2737476 ai 80.
E-mail: aloja@pradera.cha.tur.cu y comercia@pradera.cha.tur.cu
* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm
caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e
acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de
educação física e outros especialistas.
Vladimir Putin, a Raul Castro, após a morte de Fidel:
Eu ofereço minhas mais profundas condolências a você e a toda a nação cubana em função da morte de seu irmão, o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
O nome desse memorável homem de Estado é corretamente visto como um símbolo de toda uma era da História moderna. A Cuba livre e independente criada por ele e seus companheiros revolucionários se tornou um influente membro da comunidade internacional e serve como um inspirador exemplo para muitos países e pessoas.
Fidel Castro foi um amigo confiável e sincero da Rússia. Ele fez, pessoalmente, uma enorme contribuição para a estabilização e o progresso das relações entre Rússia e Cuba, que é uma parceira estratégica em todas as áreas.
Esse forte e sábio homem sempre olhou para o futuro com confiança. Ele incorporava os mais altos ideais de um político, cidadão e patriota que acreditou, do fundo do coração, em uma causa à qual dedicou toda a vida. Russos levarão sua memória para sempre em seus corações.
Neste momento de tristeza, eu peço a você que transmita as minhas palavras de simpatia e apoio a todos os seus familiares. Eu desejo força e tenacidade a você para encarar essa irreparável perda.
FIDEL ALEJANDRO CASTRO RUZ.
O pai da Revolução Cubana, morreu aos 90 anos de idade na noite de sexta-feira (25/11/2016) pelo horário de CUBA. Amado por uns, odiado por outros. FIDEL CASTRO foi o último líder histórico do comunismo ocidental.
"A divisão da América em nacionalidades incertas e ilusórias é completamente fictícia. Constituímos UMA SÓ RAÇA MESTIÇA, desde o México até o Estreito de Magalhães!" - Che Guevara
Viva a América Latina Unida! Viva a Pátria Grande!