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domingo, 18 de agosto de 2024

Venezuela: o petróleo e as atas


Lula deve se lembrar que para se apoderar do petróleo e do gás do Brasil, Washington precisa primeiro fomentar a inimizade entre o Brasil e a Venezuela


29.05.2023 – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro. Cerimônia Oficial de chegada ao Brasil. Palácio do Planalto – Brasília DF. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 

As notícias do dia são de vários meios de comunicação da globosfera de língua espanhola, informando que o governo brasileiro não aceitará a decisão da Sala Eleitoral do Supremo Tribunal Constitucional da Venezuela na disputa sobre os resultados das eleições. Os governos da Colômbia e do México e, com uma postura mais beligerante, o Chile estão em uma posição semelhante.

O que essa atitude revela? Simples: a enorme eficácia do poder de chantagem do império, que, por meio de uma ofensiva midiática, diplomática e econômica sem precedentes (ainda pior do que a sofrida pelo presidente Salvador Allende no Chile, porque naquela época a mídia tinha muito menos poder de fogo e as redes sociais ainda não haviam nascido), conseguiu instalar a ideia de que a eleição de Nicolás Maduro foi fraudulenta como uma certeza irrevogável.

Essa farsa nada mais é do que outro exemplo do poder da propaganda produzida pelas fábricas de mentiras e notícias falsas sediadas nos Estados Unidos, que há meses vêm anunciando que haveria fraude nas eleições venezuelanas. E isso foi anunciado com a mesma irresponsabilidade e impunidade com que costumavam dizer que havia armas de destruição em massa no Iraque. Infelizmente, os governos latino-americanos parecem impotentes para neutralizar a extorsão projetada em Washington, executada por centenas de meios de comunicação e martelada por milhares de falastrões que cantam a mesma melodia: houve fraude, mostrem as atas!



Mas acontece que, quando na quarta-feira passada a direita teve a oportunidade de mostrar as atas que comprovavam sua vitória perante a Sala Eleitoral do Supremo Tribunal Constitucional, seus porta-vozes não mostraram absolutamente nada. Além disso, eles disseram, e eu cito, que “não têm as atas de contagem das testemunhas nas seções eleitorais, nem listas de testemunhas, alegando, além disso, que não participaram do processo de transferência e proteção de nenhum material. Também destacaram que a organização SUMATE faz parte da equipe de assessoramento técnico da Alianza Plataforma Unitária Democrática e, ao mesmo tempo, não sabiam quem havia carregado a informação das supostas atas de apuração na página web dessa organização, que deu a vitória a Edmundo González Urrutia”.

Apesar de uma confissão tão contundente, o governo do presidente Lula da Silva continua a exigir que “as atas sejam mostradas”, uma atitude que não é apenas incomum e desrespeitosa com os assuntos internos de um estado irmão, mas também paradoxal, porque onde estão as atas que provam que Lula venceu as eleições de 2022? Ele já as mostrou? Não, apesar das denúncias dos bolsonaristas e de Steve Bannon. Nem Joe Biden, e vários outros governantes, porque não há nenhuma. O que acontece é que no sistema eleitoral brasileiro, que é menos confiável que o venezuelano, essas atas não existem; não há recibos em papel para confirmar os resultados eleitorais produzidos pelas máquinas de votação. Há apenas a confiança cega e suicida de que elas não podem ser hackeadas e que o resultado eleitoral fornecido pelo dispositivo computadorizado é uma transcrição fiel da vontade dos cidadãos. Essa crença é, no mínimo, imprudente, se não absurda ou irrisória. Justamente por causa dessa falta de transparência, já que o resultado eletrônico não pode ser comparado com as cédulas de votação, países como Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Holanda, Irlanda, Cazaquistão e Noruega proibiram o voto eletrônico. Repito: onde estão suas atas, Presidente Lula? Por que agora as está exigindo do governo bolivariano?

O líder brasileiro e seus assessores devem ter muito claro que o que está em jogo na Venezuela não é o veredicto eleitoral, mas a apropriação pelos Estados Unidos das imensas reservas de petróleo do país. É ingenuidade pensar que todos esses estilhaços dos assassinos contratados pela mídia se referem a alguns minutos ou a uma porcentagem de votos. “É o petróleo, estúpido”, parafraseando Bill Clinton. E a vontade de Washington de saquear não será apaziguada apenas com o roubo do petróleo venezuelano. Tome nota, Presidente Lula: eles também estão vindo para o pré-sal brasileiro, que com seus quase 14 bilhões de barris – nada comparado aos mais de 300 bilhões de barris que a Venezuela possui – ainda é um petisco que excita o apetite insaciável do império, e você verá como eles também tentarão se apoderar dessa riqueza que pertence a todos os brasileiros.

Não lhe parece coincidência que a 4ª Frota dos Estados Unidos, desativada desde 1950, tenha sido reativada em 2008, poucos meses depois de o senhor anunciar a descoberta do pré-sal, saudando-a como “a segunda independência do Brasil”? Não há coincidências no mundo da geopolítica, presidente. Mas para se apoderar do petróleo e do gás do Brasil, Washington precisa primeiro romper o bloco sul-americano e fomentar a inimizade entre o Brasil e a Venezuela, impedindo que esses dois grandes países atuem em conjunto e, assim, tornando-os indefesos diante do império. Eles estão prestes a fazer isso. Esperemos que o senhor consiga se libertar da extorsão a que o império o submete com seu exército de operadores, pseudojornalistas, diplomatas contratados e políticos venais que o atacam dia e noite e reconheça, de uma vez por todas, que Nicolás Maduro é o legítimo presidente da Venezuela e que as acusações da oposição são totalmente infundadas, como já foi provado em juízo. E, além disso, que seja elaborado sem demora um projeto conjunto no âmbito da Unasul para defender as enormes riquezas da América do Sul. Caso contrário, elas passarão para as mãos dos Estados Unidos por meio da Quarta Frota e do Comando Sul.


Breno Altman


As atas das eleições venezuelanas estão onde deveriam estar depois da tentativa golpista desencadeada pela extrema direita com apoio dos EUA: no Tribunal Supremo de Justiça, sendo verificadas e recontadas, para uma sentença definitiva nos próximos dias.



Fonte: Opera Mundi


 Jackson Hinkle


Os EUA têm 48 BILHÕES de barris de PETRÓLEO, avaliados em US$ 3,5 TRILHÕES.

A Venezuela tem 303 BILHÕES de barris de PETRÓLEO, avaliados em US$ 22,7 TRILHÕES (a maior parte do petróleo do mundo).

Agora você entende por que eles querem dar um GOLPE ao presidente Maduro?



Denis Rogatyuk


O que @elonmusk odeia ver...

Um mar de vermelho em Caracas hoje, marchando em defesa de #Venezuela e em apoio ao presidente @NicolasMaduro .



 COMBATE


Quer saber por que o governo dos EUA está indo atrás da Venezuela? Assista a este vídeo.



Geopolítica 01

Geopolítica 02


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sexta-feira, 1 de março de 2024

Putin: Ocidente gostaria de fazer com Rússia o mesmo que fez em outras regiões, incluindo na Ucrânia


Na quinta-feira (29), o presidente russo Vladimir Putin fez seu tradicional discurso anual perante a Assembleia Federal, parlamento do país, no centro de exposições Gostiny Dvor, em Moscou. Essa é a 19ª vez que o chefe de Estado russo discursou na presença dos legisladores das duas câmeras do parlamento.



Sputnik Brasil

 Tradicionalmente, o conteúdo da fala do presidente russo é mantido em segredo até o último momento. A ênfase dos temas varia dependendo da situação na política interna e externa.

O porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, afirmou que Putin pronunciará seu discurso não apenas como chefe de Estado atual, mas também como um candidato presidencial. Ele acrescentou que parte do discurso será endereçada ao Ocidente, mas Vladimir Putin se concentrará principalmente nas questões de soberania da Rússia.


A Rússia provou que pode responder a quaisquer desafios, disse o presidente russo Vladimir Putin no início de seu discurso perante os parlamentares da Assembleia Federal. O líder russo ressaltou que o país não vai permitir que ninguém interfira em seus assuntos internos.



 O fortalecimento da soberania da Rússia está avançando em todas as áreas, incluindo na operação militar especial, observou Putin.

Em lugar da Rússia, o Ocidente quer um espaço dependente, decandente e moribundo onde se possa fazer tudo o que se queira, disse o presidente durante o discurso.


"O chamado Ocidente, com seus tiques coloniais, o hábito de fomentar conflitos entre os povos por todo o mundo, não busca simplesmente restringir nosso desenvolvimento. No lugar da Rússia, eles precisam de um espaço dependente, decadente e moribundo onde possam fazer tudo o que queiram", disse Putin.


 O chefe de Estado russo chamou de hipocrisia a discussão no Ocidente sobre a estabilidade estratégica enquanto tenta infligir uma derrota estratégica à Rússia no campo de batalha.

"A Rússia está pronta para um diálogo com os EUA sobre estabilidade estratégica. Mas gostaria de frisar uma coisa, caros colegas, para que me entendam corretamente. Neste caso estamos lidando com um país cuja liderança está agindo abertamente de forma hostil contra nós. E daí? Eles querem com toda a seriedade discutir conosco questões de estabilidade estratégica, ao mesmo tempo que tentam infligir à Rússia, como eles mesmos dizem, uma derrota estratégica no campo de batalha. Este é um bom exemplo de tal hipocrisia" disse Putin.


 

 As Forças Armadas da Rússia adquiriram uma enorme experiência durante a operação militar especial, isso diz respeito à interação de todos os ramos e tipos de tropas, declarou Putin nesta quinta-feira (29).

"As nossas Forças Armadas adquiriram uma colossal experiência de combate. Isso se aplica à interação de todos os tipos e ramos de tropas, táticas modernas e arte operacional", observou o chefe de Estado.

No seu discurso perante o parlamento, Putin disse que o sistema hipersônico Kinzhal tem sido usado com grande eficiência na zona de operação militar especial e que o sistema hipersônico Tsirkon já foi usado em combate. Já as unidades hipersônicas de alcance intercontinental Avangard e os sistemas a laser Peresvet estão em serviço operacional. Estão sendo concluídos os testes do míssil de cruzeiro de alcance ilimitado Burevestnik e do veículo submarino não tripulado Poseidon.



 "Estes sistemas confirmaram suas características elevadas, podemos dizer sem exagero, características únicas", relatou Putin.

Putin afirmou que a Rússia vai reforçar os agrupamentos de tropas na direção oeste.

"Há uma séria necessidade de fortalecer os agrupamentos na direção estratégica ocidental para neutralizar as ameaças associadas a mais uma expansão da OTAN para Leste, atraindo a Suécia e a Finlândia para a aliança", ressaltou ele.



 Rússia continuará desenvolvendo laços com Oriente Médio e América Latina

A Rússia buscará novos pontos de contato com os parceiros no Oriente Médio e América Latina.


 

 "A Rússia tem boas relações de longa data com os países árabes, eles representam uma civilização única, desde o Norte da África ao Oriente Médio, que hoje está se desenvolvendo dinamicamente. Consideramos que é importante buscar novos pontos de contato com nossos amigos árabes, para aprofundar todo o conjunto de parcerias. O mesmo vamos fazer na direção latino-americana", observou o presidente russo.

 

Escala dos desafios históricos enfrentados pela Rússia requer um trabalho mais coordenado do Estado, da sociedade e dos negócios, disse Putin. Apesar de todas as dificuldades, a Rússia tem planos de longo prazo. É o programa de um país forte e soberano que enfrenta o futuro com coragem, enfatizou o líder russo. O presidente russo sublinhou que a Rússia tem recursos e oportunidades para alcançar os planos declarados.

Mensagem anual de Vladimir Putin para a Assembleia Federal da Rússia terminou após duas horas e seis minutos. O discurso foi concluído com palavras de crença na vitória da Rússia.


 

Fonte: Sputnik Brasil


sábado, 9 de dezembro de 2023

Rússia rejeita interferência externa na disputa de Essequibo

 

A Rússia está acompanhando de perto a situação na região, tendo em conta o referendo consultivo realizado em 3 de dezembro na Venezuela


“Assumimos que esta questão se enquadra no âmbito das relações entre a Venezuela e a Guiana e deve ser resolvida através de boa vizinhança”, disse o porta-voz. | Foto: Ministério das Relações Exteriores da Rússia

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, expressou esta sexta-feira que seu país se opõe à interferência externa na disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana pelo Essequibo.

“Opomo-nos à pressão externa e à interferência nos assuntos dos Estados soberanos, especialmente quando há questões delicadas nas relações entre eles que exigem ‘prudência’ por parte de terceiros países, tanto a nível público como privado”, afirmou.

Zajárova indicou que estão acompanhando de perto a situação na região, tendo em conta o referendo consultivo realizado em 3 de dezembro na Venezuela para a defesa da Guiana Esequiba.

 

“Assumimos que esta questão se enquadra no âmbito das relações entre a Venezuela e a Guiana e deve ser resolvida através da boa vizinhança, encontrando soluções pacíficas e mutuamente aceitáveis, de acordo com o direito internacional e os acordos assinados entre as partes, bem como a legislação vigente legislação nacional", disse ele.

Além disso, destacou que valorizam positivamente a conversa telefônica entre os chanceleres das duas nações, no dia 6 de dezembro, e que “esperamos que tais contatos continuem”.

Em suas declarações, Zajárova reiterou a posição de princípio de seu país a favor da preservação da América Latina como uma zona de paz, conforme proclamado pelos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) na Cúpula de Havana de 2014.

Fonte: teleSUR TV 


Venezuela apoya a losBRICS+ 


Para todos aqueles que renunciaram à MÃE das potências militares do mundo

RÚSSIA dá alerta máximo e dará apoio à Venezuela se houver conflito de guerra

Defenderemos nosso PAÍS

A lei orgânica que permite a legalização do ESEQUIBO já foi aprovada

 

sábado, 4 de dezembro de 2021

O cometa Leonard chegará ao seu ponto mais próximo da Terra em dezembro e pode ser visto a olho nu na América Latina


Estima-se que o corpo celeste passará a menos de 35 milhões de quilômetros de nosso planeta.


 

O cometa Leonard (C / 2021 A1), descoberto no início deste ano pelo astrônomo Gregory J. Leonard, chegará ao seu ponto mais próximo da Terra em sua trajetória orbital em 12 de dezembro , portanto, espera-se que possa ser apreciado a olho nu de praticamente toda a América Latina, desde que as condições meteorológicas o permitam.

Segundo relatos , o corpo celeste passará cerca de 35 milhões de quilômetros de nosso planeta às 13:54 (GMT); no entanto, os especialistas consideram as horas anteriores ao nascer do sol as mais recomendadas para observá-lo.

De acordo com a previsão dos  cientistas, o cometa atingirá uma magnitude 4 na escala de luminosidade, o que o tornará visível a olho nu. No entanto, eles recomendam o uso de binóculos ou um telescópio básico para melhor aproveitamento, pois pode ser ofuscado pelo brilho de outras estrelas no céu.



 Depois de passar pela Terra, o cometa seguirá seu caminho em direção ao Sol a uma velocidade de 70,6 quilômetros por segundo, e deverá atingir seu periélio - o ponto mais próximo da estrela-rei -, estimado em cerca de 90 milhões de quilômetros, em 3 de janeiro de 2022.

Da mesma forma, o Leonard  levará  35.000 anos para atingir sua distância máxima do Sol, o que significa que a próxima oportunidade de ver este fenômeno astronômico em nosso planeta será daqui a 70.000 anos.

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Fonte: RT en Español


terça-feira, 2 de março de 2021

New York Times diz que Moro corrompeu o sistema judicial e é responsável direto pelo caos que o Brasil vive hoje


"Em vez de erradicar a corrupção, a agora notória Operação Lava Jato abriu o caminho para Jair Bolsonaro chegar ao poder após eliminar seu principal rival, Lula, da corrida presidencial. Isso contribuiu para o caos que o Brasil vive hoje", aponta o maior jornal do mundo



 

247 – O jornal The New York Times, o mais influente do mundo, diz que o ex-juiz Sérgio Moro é responsável direto pelo caos no Brasil, por ter corrompido o sistema de justiça no País. "O Brasil vive várias crises ao mesmo tempo – a situação catastrófica da saúde, a economia frágil e a polarização política extrema. Agora podemos adicionar a corrupção do sistema judicial à lista. Não precisava ser assim. Os brasileiros tinham grandes esperanças há sete anos, quando um jovem magistrado chamado Sérgio Moro lançou uma operação anticorrupção chamada Lava Jato, ou Operação Lava Jato", diz o artigo assinado pelo cientista político e diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e do Caribe (Opalc) da universidade Sciences Po de Paris, Gaspard Estrada.

"A Operação Lava Jato provou que a justiça poderia acabar com a corrupção endêmica no Brasil ou foi apenas um conto de fadas que velou outros interesses políticos? Nas últimas semanas, o lado negro do Lava Jato foi desnudado, e um sentimento de profundo desencanto com a chamada justiça curitibana, que leva o nome da capital do estado do Paraná, onde a força-tarefa estava sediada, se espalhou por todo o país. A Operação Lava Jato foi considerada a maior investigação anticorrupção do mundo, mas se tornou o maior escândalo judicial da história do Brasil. Quando a força-tarefa foi dissolvida em 1º de fevereiro, quase ninguém saiu às ruas ou às redes sociais para lamentar seu fim", apontou ainda Estrada.

O cientista político também responsabiliza Moro diretamente pela destruição do Brasil. "Em vez de erradicar a corrupção, obter maior transparência na política e fortalecer a democracia, a agora notória Operação Lava Jato abriu o caminho para Jair Bolsonaro chegar ao poder após eliminar seu principal rival, Lula, da corrida presidencial. Isso contribuiu para o caos que o Brasil vive hoje", escreveu.


“É EVIDENTE QUE SE MORO É SUSPEITO NO PROCESSO DO DUPLEX, É TAMBÉM NO DO SÍTIO” | Cortes 247

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No Twitter



 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Lula condena inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo


Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta terça-feira (19) sua viagem a Cuba em um encontro com o atual presidente Miguel Díaz-Canel e com o ex-presidente e 1º secretário do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro.


Durante a visita, Lula agradeceu a solidariedade do povo cubano e entregou um documento em que condena a inclusão da ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo. Na carta, o ex-presidente brasileiro aponta a medida como uma “manobra desprezível e oportunista” em um dos últimos atos de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.


Leia a íntegra do documento:

“Estimado presidente Miguel Díaz-Canel,

Foi com profunda indignação que recebi a notícia da inclusão de Cuba na lista dos países patrocinadores do terrorismo.

Donald Trump sai da História pela porta dos fundos e demonstra mais uma vez o homem vil que é, em uma manobra desprezível e oportunista, carregada da principal marca de sua administração: a mentira.

Manifesto minha solidariedade a Cuba, à Revolução e ao povo cubano. E reitero meu repúdio a mais essa sordidez, que tem por único objetivo a tentativa de asfixiar nossa Ilha, reforçando o bloqueio e as agressões a ela impostos há mais de seis décadas.

Mas Cuba está aí, íntegra, decente, exemplo para o mundo daquela que é maior de todas as virtudes, a solidariedade humana.

Quem deixa na História impressões digitas terroristas são eles, Trump e seus asseclas.

Escrevo, companheiro presidente Dias Canel, com a esperança de que esta e outras políticas persecutórias sejam revistas e que Cuba possa encontrar bons ventos para superar, como vem fazendo há sessenta anos, tempestades como a do Covid-19, uma tragédia que castiga o povo pelo mundo inteiro.

Um mês em território cubano só fez crescer minha profunda admiração pelo zelo com que Cuba tem enfrentado esta praga terrível da Covid, protegendo seus cidadãos e ajudando a salvar milhares de vidas com o envio de médicos mundo afora.

Quanto mais conhece Cuba mais o mundo está de mãos dadas a ela, condenando a covarde perseguição tirana do Império.

Receba em meu nome e no de milhões de brasileiros o fraterno abraço, na esperança de dias melhores. Do amigo de sempre,

Luiz Inácio Lula da Silva”

Fonte: Lula

 

Correio do Povo play

Cuba volta à lista de 'Estados patrocinadores do terrorismo'

Restando apenas nove dias para o fim do governo do republicano Donald Trump, Washington voltou, nesta segunda-feira, a incluir Cuba na lista de 'Estados patrocinadores do terrorismo'. No Twitter, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, qualificou como um ato de 'oportunismo político' a ação americana.

Assista ao VÍDEO



Dan Goncalves


Canción por la Unidad de Latino America

(Pablo Milanes e Chico Buarque de Hollanda)

El nascimiento de un mundo
Se aplazó por un momento
Fue un breve lapso del tiempo
Del universo un segundo

Sin embargo parecia
Que todo se iba a cabar
Con la distância mortal
Que separó nuestras vidas...





No Twitter



 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Vacinas evitam 4 mortes por minuto e poupam R$ 250 milhões por dia



A vacinação em massa evita atualmente ao menos 4 mortes por minuto no mundo e gera uma economia equivalente a R$ 250 milhões por dia, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de um grupo de 21 pesquisadores, respectivamente.


Os cálculos envolvem doenças como difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rotavírus, pneumonia, diarreia, rubéola e tétano. A maioria delas foi controlada ou eliminada no Brasil após campanhas de vacinação, mas pode voltar rapidamente se o patamar de pessoas vacinadas cair, como ocorreu com o sarampo.

Sem infecções no Brasil desde 1989, a poliomielite ainda ronda pelo mundo. O continente africano, por exemplo, só foi declarado livre da doença em agosto de 2020. Sem erradicação, a doença pode voltar a infectar até 200 mil crianças por ano, afirma a Opas, braço da OMS para América Latina e Caribe.

Vacinas evitam de 2 (o que daria uma média de 4 por minuto) a 3 milhões de mortes anualmente, e poderiam salvar mais 1,5 milhão de vidas se sua aplicação fosse ampliada, afirma a OMS. Mas para a Universidade de Oxford, no Reino Unido, essa estimativa pode ser considerada cautelosa. A ver pelo exemplo da varíola, que matou 300 milhões de pessoas no século 20, até ser erradicada do mundo em 1977.

"É impossível saber exatamente quantas pessoas morreriam hoje de varíola caso os cientistas não tivessem desenvolvido uma vacina. Estimativas razoáveis apontam cerca de 5 milhões de vidas por ano, o que significa que, de 1980 a 2018, foram salvas entre 150 milhões e 200 milhões de vidas." Ou seja, quase 5 milhões de mortes evitadas por ano.

Fonte: BBC News Brasil


BBC News Brasil

Coronavírus: O que se sabe sobre a variante do que levou o Reino Unido ao lockdown

A rápida disseminação de uma nova variante do coronavírus levou a uma onda de restrições para tentar combater a pandemia no Reino Unido. Dezenas de nações cancelaram voos oriundos do país, e o governo britânico adotou um lockdown em Londres para evitar sua disseminação.

Segundo autoridades britânicas de Saúde, a nova variante pode ser até 70% mais transmissível. Mas só estudos mais aprofundados podem confirmar isso.

Neste vídeo, o repórter Matheus Magenta explica o que se sabe e o que não se sabe sobre essa variante e o impacto disso tudo nas vacinas.

Até agora, não há qualquer indício de que essas mutações serão capazes de driblar os imunizantes desenvolvidos.

Assista ao VÍDEO


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Aton Fon Filho: "Che Guevara colocou a solidariedade no patamar mais alto"


"O internacionalismo de Che era solidário e compreensível para os militantes do mundo todo", lembrou Fon - Raul Arboleda/AFP

Advogado que militou na ALN contra a ditadura foi o convidado do programa "Se Expresse" desta quinta-feira (8)

"Solidariedade não é doar roupa para quem precisa, mas lutar pela extinção do sistema que exige que haja coleta de roupa todos os anos". A frase é do advogado Aton Fon Filho, convidado desta quinta-feira do programa "Se Expresse", organizado pela editora Expressão Popular. Com o tema "A luta anti-imperialista e a solidariedade: o exemplo de Che", o programa lembrou os 53 anos do assassinato do líder revolucionário Che Guevara.

Fon militou na Ação Libertadora Nacional (ALN), contra a ditadura civil-militar (1964-1985), e hoje integra a Consulta Popular.

O programa desta quinta é parte da programação da Semana Internacional de Luta Anti-Imperialista.

Internacionalismo

O advogado abriu o bate-papo lembrando que Che Guevara não é um ícone apenas na América Latina, mas em todo o mundo. Fon ressaltou que o rosto do guerrilheiro, estampado em camisetas há décadas, demonstra o impacto da mensagem e do legado de luta revolucionária para emancipação dos povos.

"O internacionalismo de Che era solidário, revolucionário, combativo e compreensível para os militantes do mundo todo", disse. "Ele foi acolhido porque se fez necessário para os povos, insistindo na importância de se enfrentar um inimigo comum, o imperialismo".

Che pedia que as organizações revolucionárias se unissem para "se envolver e partilhar do mesmo destino". Foi o que ele próprio fez em Cuba, tornando-se um símbolo da própria Revolução de 1959, no Congo, juntando-se às forças que lutavam contra a dominação belga, e mais tarde na Bolívia, onde foi assassinado em 1967.

"Ser solidário não é dar algo que você não carece, mas sim, arriscar-se e entregar aquilo que se tem de mais valioso: a própria vida, a própria existência. Foi o que fez Che, colocando a solidariedade no patamar mais alto", enalteceu Fon. "Viver nas condições que vivem aqueles que estão combatendo, necessitando de apoio para se libertarem das opressões a que estão submetidos".

Confira o programa na íntegra:


Redação Brasil de Fato


Nathalie Cardone - Hasta Siempre (Official Video HD)




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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Lula ao EL PAÍS: “Quero que a Justiça diga que eu sou inocente e que Bolsonaro é um lacaio”



Em entrevista, petista afirma que presidente Bolsonaro deu cidadania à extrema direita no Brasil e defende candidatura de Jilmar Tatto à prefeitura de São Paulo. 


O EL PAÍS entrevistou nesta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ―a íntegra da entrevista, em vídeo, está disponível na página. Na conversa, transmitida ao vivo nos canais do jornal no Facebook e no YouTube, o petista falou sobre as eleições municipais no Brasil, as presidenciais dos Estados Unidos, as forças políticas em ação na América Latina e a situação das democracias na Venezuela e Bolívia. “Quem define a democracia da Venezuela é o povo da Venezuela.” Também comentou o processo que o levou à prisão. “Eu poderia ter ido para uma embaixada, não fui. Mentira tem perna curta e é por isso que o Sergio Moro está acovardado agora”, disse Lula. “Eu quero que a Justiça, que eu acredito que é pra todos, diga que eu sou inocente e que o Bolsonaro é um lacaio”, completou o ex-presidente.

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Um dos políticos mais populares do país, Lula governou o Brasil entre 2003 a 2010 e manteve seu partido na Presidência até 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff. Condenado por corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, o petista foi impedido pela Justiça de disputar a presidência contra Jair Bolsonaro em 2018 e segue inelegível. Ficou 580 dias preso em Curitiba, até que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que réus só devem ir para a cadeia se esgotados todos os recursos da defesa. Lula nega todas as acusações e afirma que é vítima de perseguição política da Lava Jato.

Desde que deixou a prisão, Lula tem se dedicado a articulações políticas no PT e na esquerda que tenta se posicionar contra o Governo Bolsonaro. No feriado de 7 de Setembro, o petista lançou um vídeo no qual fortaleceu a polarização com Bolsonaro e fez críticas à política econômica, externa e à gestão da pandemia. O vídeo foi lido como uma senha de que estaria de volta ao ringue político, rumo a 2022, apesar do impedimento da Justiça.

A conversa com Lula faz parte da série multiplataforma do jornal para discutir o Brasil em plena crise da pandemia do coronavírus. Lula é o quinto ex-presidente a ser entrevistado na série multiplataforma do EL PAÍS. Fernando Collor (PROS), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) também passaram pelo programa.


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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Lula na Fórum: A Lava Jato por toda a América Latina tem o dedo do Departamento de Justiça dos EUA




Em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (4), em edição especial do aniversário de 19 anos da Fórum, o ex-presidente Lula falou sobre a interferência dos Estados Unidos na América Latina.

“Eu aprendi que todos esses golpes na América Latina têm o dedo dos EUA. E a questão da Lava Jato espalhada por toda a América Latina tem o dedo do Departamento de Justiça americano. Isso já está provado em vários países”, disse Lula. “Eles dão golpe quando faz políticas públicas, quando não faz pode ficar”, completou o ex-presidente.

Lula afirmou que a sua gestão elevou papel do Brasil no cenário internacional. Para o ex-presidente, o governo dos EUA reagiu a esse fortalecimento e também ao crescimento das relações da China com a região, atuando contra o seu governo e os de países vizinhos.

“O Brasil teve a petulância de virar protagonista internacional no meu mandato. Se tem uma coisa que eu me orgulho, é que o Brasil passou a ser levado a sério pela China, pela Rússia, pelos EUA (…) mas eles [EUA] acham que o Brasil não tem esse direito, de ser protagonista. O Brasil, para eles, é colônia”, disse Lula, citando realizações de sua política externa e algumas reações contrária dos EUA.

“O que aconteceu no Equador, na Bolívia, o que quase acontece na Argentina, se a Cristina [Kirchner] não reagi e não se elege, o que aconteceu com o companheiro [Fernando] Lungo no Paraguai, foi o que aconteceu no Brasil (…) Eles falaram: ‘esse Brasil tá demais, esse Lula, tá demais, esse PT e essa Dilma tá demais, vamos tirar eles daí’ E como é que vai me prender? Inventaram a Lava Jato”, avaliou o ex-presidente

“Eu lamento que a gente não tenha se libertado de ser colônia. A última tentativa foi no meu governo”, finalizou.

Assista a entrevista completa:



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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Famílias mais ricas do mundo aumentaram suas fortunas durante a pandemia



Segundo um ranking da Bloomberg, Walmart, Aldi e Samsung estão entre as empresas que expandiram os lucros no período


As famílias mais ricas do mundo ficaram ainda mais ricas durante a pandemia de covid-19, de acordo com um ranking da Bloomberg, publicado no dia 1º de agosto deste ano. Walmart, Hermes, Reliance Industries, Fidelity Investments, Aldi, Thomson Reuters, Roche, Auchan, SC Johnson, Tetra Laval, Advance Publications, Ferrero e Samsung estão entre as empresas que aumentaram a fortuna dessas famílias no período. 

As informações convergem com o relatório “Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid-19 na América Latina e Caribe”, da Oxfam Brasil, divulgado no dia 27 de junho. Segundo esta pesquisa, 42 bilionários do Brasil aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões no período, o equivalente a aproximadamente R$ 177 bilhões. 

Na América Latina e no Caribe, foram 73 bilionários que expandiram as suas fortunas em US$ 48,2 bilhões, ou seja, aproximadamente R$ 251,3 bilhões, entre março e junho de 2020. Segundo o relatório, o valor equivale a 38% dos recursos orçamentados em políticas de estímulo econômico adotadas por todos os países da região.

Ao mesmo tempo, no Brasil, a taxa de desocupação aumentou em 1,2% entre março e maio de 2020 em relação ao conjunto trimestral de meses anteriores, ou seja, de dezembro de 2019 a fevereiro deste ano.

Isso significa que o desemprego atingiu o índice de 12,9% da população economicamente ativa, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no dia 30 de junho. Já segundo a Oxfam, na América Latina e Caribe, estima-se que, em 2020, cerca de 40 milhões de pessoas perderão seus empregos e 52 milhões entrarão na faixa de pobreza.
Edição: Rodrigo Chagas

Via: Brasil de Fato



Nildo Ouriques e o cenário político, econômico e social no Brasil e na America Latina.




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domingo, 28 de junho de 2020

Alberto Fernández e Lula conversaram sobre a América Latina e a pandemia




Por: Página12

"Nunca foi tão necessário sonhar e continuar lutando para construir um mundo melhor"

A conferência ocorreu durante uma reunião virtual organizada pela Faculdade de Ciências Sociais da UBA.


"A pandemia deixou claro que o capitalismo, como o conhecemos, deixa milhões de compatriotas à margem da sociedade. E como acreditamos que a política é uma ação ética, ninguém pode fingir estar distraído. Pensamos no valor da vida. outros produzem números e estatísticas ", disse o presidente Alberto Fernández durante uma conversa virtual com o ex-presidente do Brasil, Lula Da Silva, organizado pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires. "Nunca foi tão necessário sonhar e continuar lutando para construir um mundo melhor do que aquele em que vivemos. O que vai salvar a América Latina é uma palavra chamada democracia. Essa pandemia nos mostra que o mercado não resolve nada, aquele que cuida da o povo é o Estado ", garantiu Lula, por sua vez.



Poucas horas depois de anunciar as mudanças para a quarentena na Região Metropolitana de Buenos Aires, o presidente Alberto Fernández compartilhou com Lula Da Silva uma reunião virtual intitulada "Pensando a América Latina após a pandemia da covid-19". O ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, o ministro da Educação, Nicolás Trotta, o deputado nacional, Eduardo Valdés, o secretário geral do Suterh, Victor Santa María, a advogada brasileira Carol Proner, a advogada trabalhista Natalia Salvo, a A secretária executiva de Clacso, Karina Batthyany, e o reitor da faculdade de Ciências Sociais, Carolina Mera. Durante a conversa,




"Sinceramente, não sei como será o mundo depois da pandemia, ninguém sabe. Mas tenho certeza de que os países onde o governo pensou pela primeira vez na população, como o caso da Argentina, sairão da crise melhor do que aqueles que Não. É muito triste o que acontece no Brasil e por isso quero parabenizar Alberto Fernández pela alta responsabilidade com a qual está enfrentando a pandemia, pela coragem que caracteriza um verdadeiro líder ", disse Lula Da Silva, apoiando o maneira pela qual o governo argentino lidou com a pandemia e lamentou as mais de 55 mil pessoas que morreram do coronavírus no Brasil. "Nem as guerras em que o Brasil participou geraram tanta devastação", disse ele sem rodeios, enquanto assegurava que "

"Lula é um homem imenso para a América Latina. Você não sabe o quanto estou ansioso para vê-lo e abraçá-lo", começou Alberto Fernández, cumprimentando carinhosamente o ex-presidente brasileiro antes de iniciar a exposição. "Ninguém que abraçou a causa popular pode duvidar que o mais importante seja a vida e a saúde das pessoas. No entanto, existem outras almas que pensam que o mais importante são os negócios", disse Fernández, apontando aqueles que Eles o reivindicam pelo impacto da quarentena na economia do país. "Camus disse que as pragas têm um viés muito claro: tiram a vida das pessoas, mas expõem a miséria das almas. E essa pandemia mostrou coisas, doenças e como a miséria humana aparece. certos momentos.

"A pandemia mudou o mundo, colocou tudo em crise. O problema é que, há cem dias, todos estão contando a lista de mortos, mas se também começássemos a contar a queda da bolsa, veríamos também que a economia mundial estava em colapso. Porque a economia precisa de homens e mulheres que consomem e trabalham, e quando adoecem não há capitalismo operário ", afirmou Fernández. "No colapso econômico, observamos como esse capitalismo financeiro construiu um castelo de cartas que um pequeno vírus poderia facilmente desmoronar. Precisamos criar um novo capitalismo que seja integrado à sociedade, que não concentre a riqueza, mas a distribua", declarou. . Alberto Fernández, por sua vez, fez referência ao apoio financeiro que o Estado exibia desde o início da quarentena: "


Por sua vez, tanto o presidente argentino quanto o ex-presidente brasileiro recordaram tempos de maior integração regional, quando governos progressistas estavam na maioria da América Latina. "Deus me deu a chance de viver um dos melhores períodos da política na América Latina. Tive a sorte de viver com Néstor e Cristina, com Tabaré e Pepe, com Lagos e Bachelet, com Correa, com Evo, com Lugo, com Chávez. Construímos o momento mais importante do desenvolvimento ", lembrou Lula, que garantiu que" perdeu "seu relacionamento com eles:" Tínhamos o sonho de construir uma América Latina forte e soberana ", afirmou. "Não tenho Nestor, não tenho Pepe Mujica, não tenho Evo, Michele, Lagos, Tabaré. Quase dois de nós querem mudar o mundo, um está no México e o nome dele é Manuel López Obrador, e o outro sou eu. E nos custa muito ", lamentou Fernández.

O encontro virtual organizado pela Faculdade de Social da UBA foi organizado poucas semanas após a suspensão da exibição do juiz Sergio Moro - uma parte essencial da operação "Lava Jato" que levou à prisão de Lula. Da Silva - na Faculdade de Direito, devido à rejeição que o convite despertou. Como Carolina Mera indicou, a palestra "Pensando a América Latina após a pandemia dos 19-covid" foi guiada "pela democracia e pela convicção de que a sociedade do futuro pode ser melhor". "A pandemia pode ser uma oportunidade", disse Víctor Santa María. Nicolás Trotta, por outro lado, alertou: "Ninguém pode ignorar a profunda desigualdade da América Latina. Pensar no futuro pós-pandemia implicará repensar o papel do Estado,

Relatório María Cafferata.






Canción por la Unidad de Latino America

(Pablo Milanes e Chico Buarque de Hollanda)


El nascimiento de un mundo
Se aplazó por un momento
Fue un breve lapso del tiempo
Del universo un segundo

Sin embargo parecia
Que todo se iba a cabar
Con la distância mortal
Que separó nuestras vidas

Realizavan la labor
De desunir nossas mãos
E fazer com que os irmãos
Se mirassem con temor

Cuando passaron los años
Se acumularam rancores
Se olvidaram os amores
Pareciamos extraños

Que distância tão sofrida
Que mundo tão separado
Jamás se hubiera encontrado
Sin aportar nuevas vidas

E quem garante que a História
É carroça abandonada
Numa beira de estrada
Ou numa estação inglória

A História é um carro alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue

É um trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos

Lo que brilla con luz propia
Nadie lo puede apagar
Su brillo puede alcanzar
La oscuridad de otras costas

Quem vai impedir que a chama
Saia iluminando o cenário
Saia incendiando o plenário
Saia inventando outra trama

Quem vai evitar que os ventos
Batam portas mal fechadas
Revirem terras mal socadas
E espalhem nossos lamentos

E enfim que paga o pesar
Do tempo que se gastou
De las vidas que costó
De las que puede costar

Já foi lançada uma estrela
Pra quem souber enxergar
Pra quem quiser alcançar
E andar abraçado nela

24 de Março - Dia da União dos Povos Latino-Americanos


HLVS

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Brasil se torna o maior parceiro comercial da China na América Latina. Golpistas, desolem-se!


O Brasil ultrapassou a Venezuela em 2015 como principal destino de financiamentos de bancos de fomento chineses à América Latina, como os do Eximbank e do Banco de Desenvolvimento da China. No total, as operações para o Brasil totalizaram US$ 10,7 bilhões, dos quais US$ 8,2 bilhões foram concedidos à Petrobras.


Apesar de a estatal responder pela maior parte dos empréstimos, houve também operações para financiar a exportação de aviões da Embraer, no valor de US$ 1,3 bilhão, e para a instalação de uma indústria de processamento de soja e milho no Mato Grosso do Sul, no montante de US$ 1,2 bilhão.
Nos últimos anos, os empréstimos dos bancos de fomento da China à América do Sul vêm crescendo, enquanto os de organismos multilaterais de crédito, como Banco Mundial (Bird) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vêm diminuindo. Só no ano passado, por exemplo, as operações de financiamento do Bird para países latino-americanos encolheram 5% para US$ 8 bilhões, enquanto as do BID recuaram ainda mais, 14% para US$ 11,5 bilhões. Desde 2005, os financiamentos chineses à região somam US$ 125 bilhões, dos quais US$ 65 bilhões foram concedidos à Venezuela.
O aumento de crédito de bancos de fomento chineses ao Brasil não surpreende o secretário-executivo do Conselho Empresarial Brasil-China, Roberto Fendt.
“O Brasil é parceiro preferencial da China. Pelo seu PIB, responde praticamente pela metade do PIB da América Latina. É natural que o número de projetos financiados aqui seja maior. Os financiamentos têm destinação muito variada e decorrem das oportunidades que existem no Brasil e também pelo fato da China estar buscando, progressivamente, concessão de financiamentos fora de seu mercado. A China passa por uma fase de excesso de capacidade produtiva, e tem buscado carrear recursos de sua enorme poupança para financiar outras regiões.”



Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês , Li Keqiang, durante assinatura de atos Brasil e China planejam fundo para investimento em projetos de infraestrutura“Nós aqui costumamos dar um peso extraordinário a essas instituições multilaterais (Bird e BID), particularmente dos Estados Unidos, e nos esquecemos que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem mais recursos que o Banco Mundial. Da mesma forma, os bancos de fomento chineses têm um volume de recursos muito grande.”
Segundo Fendt, os chineses têm uma estratégia muito diferente da ocidental no que diz respeito à aplicação de recursos no exterior.

“No Ocidente, se dá uma importância muito grande aos resultados do trimestre, já os chineses olham sempre o longo prazo. Isso também explica o maior volume de investimentos no Brasil, que passa por uma fase ruim. Mas o país já passou outras vezes por fases semelhantes e deu a volta por cima, e eles estão apostando nessa volta.”

Via: Sputnik

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