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domingo, 18 de agosto de 2024

Venezuela: o petróleo e as atas


Lula deve se lembrar que para se apoderar do petróleo e do gás do Brasil, Washington precisa primeiro fomentar a inimizade entre o Brasil e a Venezuela


29.05.2023 – Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro. Cerimônia Oficial de chegada ao Brasil. Palácio do Planalto – Brasília DF. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 

As notícias do dia são de vários meios de comunicação da globosfera de língua espanhola, informando que o governo brasileiro não aceitará a decisão da Sala Eleitoral do Supremo Tribunal Constitucional da Venezuela na disputa sobre os resultados das eleições. Os governos da Colômbia e do México e, com uma postura mais beligerante, o Chile estão em uma posição semelhante.

O que essa atitude revela? Simples: a enorme eficácia do poder de chantagem do império, que, por meio de uma ofensiva midiática, diplomática e econômica sem precedentes (ainda pior do que a sofrida pelo presidente Salvador Allende no Chile, porque naquela época a mídia tinha muito menos poder de fogo e as redes sociais ainda não haviam nascido), conseguiu instalar a ideia de que a eleição de Nicolás Maduro foi fraudulenta como uma certeza irrevogável.

Essa farsa nada mais é do que outro exemplo do poder da propaganda produzida pelas fábricas de mentiras e notícias falsas sediadas nos Estados Unidos, que há meses vêm anunciando que haveria fraude nas eleições venezuelanas. E isso foi anunciado com a mesma irresponsabilidade e impunidade com que costumavam dizer que havia armas de destruição em massa no Iraque. Infelizmente, os governos latino-americanos parecem impotentes para neutralizar a extorsão projetada em Washington, executada por centenas de meios de comunicação e martelada por milhares de falastrões que cantam a mesma melodia: houve fraude, mostrem as atas!



Mas acontece que, quando na quarta-feira passada a direita teve a oportunidade de mostrar as atas que comprovavam sua vitória perante a Sala Eleitoral do Supremo Tribunal Constitucional, seus porta-vozes não mostraram absolutamente nada. Além disso, eles disseram, e eu cito, que “não têm as atas de contagem das testemunhas nas seções eleitorais, nem listas de testemunhas, alegando, além disso, que não participaram do processo de transferência e proteção de nenhum material. Também destacaram que a organização SUMATE faz parte da equipe de assessoramento técnico da Alianza Plataforma Unitária Democrática e, ao mesmo tempo, não sabiam quem havia carregado a informação das supostas atas de apuração na página web dessa organização, que deu a vitória a Edmundo González Urrutia”.

Apesar de uma confissão tão contundente, o governo do presidente Lula da Silva continua a exigir que “as atas sejam mostradas”, uma atitude que não é apenas incomum e desrespeitosa com os assuntos internos de um estado irmão, mas também paradoxal, porque onde estão as atas que provam que Lula venceu as eleições de 2022? Ele já as mostrou? Não, apesar das denúncias dos bolsonaristas e de Steve Bannon. Nem Joe Biden, e vários outros governantes, porque não há nenhuma. O que acontece é que no sistema eleitoral brasileiro, que é menos confiável que o venezuelano, essas atas não existem; não há recibos em papel para confirmar os resultados eleitorais produzidos pelas máquinas de votação. Há apenas a confiança cega e suicida de que elas não podem ser hackeadas e que o resultado eleitoral fornecido pelo dispositivo computadorizado é uma transcrição fiel da vontade dos cidadãos. Essa crença é, no mínimo, imprudente, se não absurda ou irrisória. Justamente por causa dessa falta de transparência, já que o resultado eletrônico não pode ser comparado com as cédulas de votação, países como Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Holanda, Irlanda, Cazaquistão e Noruega proibiram o voto eletrônico. Repito: onde estão suas atas, Presidente Lula? Por que agora as está exigindo do governo bolivariano?

O líder brasileiro e seus assessores devem ter muito claro que o que está em jogo na Venezuela não é o veredicto eleitoral, mas a apropriação pelos Estados Unidos das imensas reservas de petróleo do país. É ingenuidade pensar que todos esses estilhaços dos assassinos contratados pela mídia se referem a alguns minutos ou a uma porcentagem de votos. “É o petróleo, estúpido”, parafraseando Bill Clinton. E a vontade de Washington de saquear não será apaziguada apenas com o roubo do petróleo venezuelano. Tome nota, Presidente Lula: eles também estão vindo para o pré-sal brasileiro, que com seus quase 14 bilhões de barris – nada comparado aos mais de 300 bilhões de barris que a Venezuela possui – ainda é um petisco que excita o apetite insaciável do império, e você verá como eles também tentarão se apoderar dessa riqueza que pertence a todos os brasileiros.

Não lhe parece coincidência que a 4ª Frota dos Estados Unidos, desativada desde 1950, tenha sido reativada em 2008, poucos meses depois de o senhor anunciar a descoberta do pré-sal, saudando-a como “a segunda independência do Brasil”? Não há coincidências no mundo da geopolítica, presidente. Mas para se apoderar do petróleo e do gás do Brasil, Washington precisa primeiro romper o bloco sul-americano e fomentar a inimizade entre o Brasil e a Venezuela, impedindo que esses dois grandes países atuem em conjunto e, assim, tornando-os indefesos diante do império. Eles estão prestes a fazer isso. Esperemos que o senhor consiga se libertar da extorsão a que o império o submete com seu exército de operadores, pseudojornalistas, diplomatas contratados e políticos venais que o atacam dia e noite e reconheça, de uma vez por todas, que Nicolás Maduro é o legítimo presidente da Venezuela e que as acusações da oposição são totalmente infundadas, como já foi provado em juízo. E, além disso, que seja elaborado sem demora um projeto conjunto no âmbito da Unasul para defender as enormes riquezas da América do Sul. Caso contrário, elas passarão para as mãos dos Estados Unidos por meio da Quarta Frota e do Comando Sul.


Breno Altman


As atas das eleições venezuelanas estão onde deveriam estar depois da tentativa golpista desencadeada pela extrema direita com apoio dos EUA: no Tribunal Supremo de Justiça, sendo verificadas e recontadas, para uma sentença definitiva nos próximos dias.



Fonte: Opera Mundi


 Jackson Hinkle


Os EUA têm 48 BILHÕES de barris de PETRÓLEO, avaliados em US$ 3,5 TRILHÕES.

A Venezuela tem 303 BILHÕES de barris de PETRÓLEO, avaliados em US$ 22,7 TRILHÕES (a maior parte do petróleo do mundo).

Agora você entende por que eles querem dar um GOLPE ao presidente Maduro?



Denis Rogatyuk


O que @elonmusk odeia ver...

Um mar de vermelho em Caracas hoje, marchando em defesa de #Venezuela e em apoio ao presidente @NicolasMaduro .



 COMBATE


Quer saber por que o governo dos EUA está indo atrás da Venezuela? Assista a este vídeo.



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sábado, 10 de agosto de 2024

A democracia nas Américas


Enquanto discussão sobre democracia se foca na Venezuela, nos EUA candidatos de esquerda são ignorados: apenas em alguns estados é possível votar neles


Os candidatos à presidência dos EUA Cornell West, Claudia de la Cruz e Jill Stein. (Foto: Reprodução)

Enquanto todos os olhos seguem voltados para a qualidade da democracia na Venezuela, onde a extrema-direita recusa-se novamente a reconhecer resultados eleitorais, o debate sobre as eleições norte-americanas, mesmo entre a esquerda, nem sequer discute a qualidade da democracia, ou falta dela, no Grande Irmão do Norte. Reféns do estreito campo discursivo que oscila entre o conservadorismo e o liberalismo, parece que ficamos presos a discussões estéreis que não ultrapassam o bipartidarismo do mundo político capitalista oficial, i.e., Democrata vs. Republicano. 

No meio disso, movimentos realmente populares, antirracistas e antipatriarcais permanecem silenciados, como é o caso das candidatas a presidenta e vice-presidenta pelo Partido Socialismo e Liberação (PSL), Claudia de la Cruz e Karina Garcia, respectivamente uma mulher negra e outra hispânica, de origem trabalhadora. Ambas estão dispostas a mudar o sistema político do seu país e não apenas a chegar ao poder para manter tudo como está. Mas ninguém por aqui fala delas. O grande problema é que, ao embarcarmos neste apagamento das vozes negras, feministas, anticapitalistas e periféricas, nós nos tornamos cúmplices do mesmo sistema que dizemos combater.

Apesar de seu partido possuir praticamente o mesmo nome do PSOL no Brasil, é curioso que nem os psolistas nem militantes de outras agremiações de esquerda brasileiras tenham dada alguma atenção às candidatas socialistas e libertárias dos EUA, mesmo quando comenta-se sobre o processo eleitoral yankee. É uma pena que seja assim, além de um grave erro político. Pois o slogan das candidatas da esquerda estadunidense trata justamente daquilo que as esquerdas daqui se esquecem de falar: 



“Termine com o capitalismo antes que ele termine conosco”. 

Em inglês, o fim da frase tem duplo sentido, podendo significar também que o capitalismo está acabando com os Estados Unidos (Before It Ends US).

Sua propaganda não é destinada a capturar o ‘eleitor-médio’ ou a ser mais palatável para a ‘classe média’. Trata-se de uma verdadeira campanha da classe trabalhadora, cujo objetivo principal não é um cargo no sistema político burguês mas, principalmente, atuar de forma pedagógica, educando as massas – e a si próprios – durante o processo. No plano doméstico, são bem diretas ao denunciar os “patrocinadores corporativos” da campanha de Kamala Harris[1]. No plano internacional, apresentam sem titubear sua posição sobre as crises atuais, ao defender a solidariedade com “Venezuela e Palestina, unidas contra o imperialismo estadunidense”. Não se trata, portanto, de duas mulheres não-brancas que querem gerenciar o genocídio em Gaza ou o golpe em Caracas, mas de duas revolucionárias que usam a eleição como tática de mobilização, formação e organização dos setores populares em luta. 

Em vez de ignorá-las, portanto, deveríamos questionar que democracia é essa onde os candidatos legalmente constituídos não constam das cédulas nas urnas de todo o país. Pouco se fala sobre essa aberração escandalosamente antidemocrática, mas muito se falou sobre Maria Corina Machado não estar habilitada a ser candidata na Venezuela. Atualmente, as candidatas do PSL nos EUA estão nas urnas de apenas 9 dos 50 estados que compõem a federação norte-americana, pois cada estado decide qual candidato presidencial pode concorrer ali… Mesmo se um trabalhador quiser votar nelas, não poderá fazê-lo na enorme maioria dos casos. Sequer verá seus nomes na lista de opções no dia de votação, sem falar da ausência de campanha eleitoral para quem não está habilitado. Onde está a gritaria política? Onde estão os debates na TV sobre democracia? Onde estão os articulistas de esquerda? Influencers? Nada.

Elas são apenas um exemplo. Existem outras opções de esquerda na corrida presidencial dos EUA, como a grande ambientalista Jill Stein, do Partido Verde, representante da luta ecossocialista e que, ao contrário de outros partidos verdes mundo afora, mantém uma inflexível postura anti-imperialista e anticapitalista. Seu slogan é: People, Planet, Peace (pessoas, planeta e paz). Sua campanha contém cartazes em espanhol e até em árabe, com o fim de dialogar com as comunidades imigrantes subalternizadas na América. Novamente, não estará em todas as urnas como uma opção no dia da votação, que ocorre num dia normal da semana e não conta como dispensa justificável para faltar ao trabalho, por sinal. Mas tudo bem, são os EUA; não é o ‘regime de Maduro’. 

Outra excelente opção é o grande intelectual negro e militante histórico Cornell West, candidato independente lançado por uma plataforma de movimentos sociais. Sua candidata a vice é uma mulher de origem muçulmana, Melina Abdullah. Juntos, carregam o slogan: “Verdade, Justiça e Amor”, que se desdobra num programa político composto por 17 injustiças que precisam ser combatidas com novas formas de justiça: justiça maternal negra; justiça para as crianças; justiça para pessoas com deficiência; justiça econômica; justiça educacional; justiça para os idosos; justiça ambiental; justiça de gênero; justiça global; justiça para mortos por armas de fogo; justiça na saúde; justiça para os imigrantes; justiça para a comunidade LGBTQIA+; justiça racial; justiça transformativa; justiça para o eleitor; justiça para o trabalhador. Infelizmente, esta plataforma política progressista só está habilitada a estar nas cédulas eleitorais de 7 estados até o momento. Mas quem se importa? Vida que segue.

Muito mais poderia e deveria ser visibilizado, questionado, denunciado, combatido. Já houve, nos EUA, candidatos indígenas condenados à prisão, como Leonard Peltier, concorrendo às eleições presidenciais enquanto cumpriam pena e que tratavam justamente de combater, simultaneamente, o colonialismo genocida e o encarceramento em massa. Alguém se lembrou de fazer uma postagem em solidariedade a ele numa rede social?

Debater as eleições no centro do império é crucial. Ignorar nosso lado, paradoxal.


Notas:

[1]  Em um dos cartazes do PSL a candidata democrata é chamada de Cop-Mala Harris, em alusão a seu papel “racista” como procuradora-geral da Califórnia, onde liderou o encarceramento em massa de negros e latinos acusados de tráfico de drogas por possuírem pequenas quantidades de entorpecentes. Ver: https://www.instagram.com/claudia_karina2024/p/C9vLdACShR8/

Miguel Borba de Sá

Especial para Opera Mundi



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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Nicolás Maduro vence as eleições na Venezuela com 51,2%, informa o Conselho Nacional Eleitoral


Com 51,2% dos votos, Nicolás Maduro venceu a disputa em pleito marcado por clima de tranquilidade. Posse está marcada para janeiro de 2025


Nicolás Maduro
 

O atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conquistou seu terceiro mandato após vencer as eleições venezuelanas neste domingo (28). Com a vitória, ele governará o país até 2031. A posse do terceiro mandato está marcada para janeiro do próximo ano.

De acordo com os resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Maduro obteve 51,2% dos votos expressos, enquanto o adversário Edmundo González ficou em segundo lugar com 44,2%.

As eleições tiveram início às 6h00 (horário local, 7h00, horário de Brasília) e as urnas fecharam às 18h00 (19h00, horário de Brasília). Cerca de 21.321.783 cidadãos estavam aptos a votar em dez candidatos que disputavam o pleito. Os resultados oficiais foram divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.


Como observador na Venezuela,

 Celso Amorim se reúne com

 representantes da oposição de Maduro



Além de Maduro disputaram o pleito: o candidato oposicionista Edmundo González; Benjamín Rausseo; Antonio Ecarri; Daniel Ceballos; Luis Eduardo Martínez; José Brito, Claudio Fermín; Javier Bertucci; e Enrique Márquez.

Maduro votou pela manhã e destacou a tranquilidade do pleito, afirmando que as eleições foram realizadas com respeito e sem ataques.


"Houve paz, não houve sequer uma bofetada em um candidato. É assim na América Latina? Não. Há países onde houve candidatos assassinados […]. [Na Venezuela] não houve sequer um incidente. [Foi] um evento gratuito, campanha eleitoral aberta", destacou após a votação.

 

clima de tranquilidade também foi confirmado por observadoras internacionais consultadas pela Sputnik Brasil neste domingo (28).

Mônica Valente, secretária de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que "tudo estava muito tranquilo", disse que havia "grandes filas de pessoas esperando para votar, mas tudo em paz".

Por sua vez, Amanda Harumy, professora de relações internacionais do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA), que viajou para a Venezuela para atuar como observadora do pleito, afirmou que tudo ocorreu bem. Ela contou que percorreu vários pontos de votação e considerou tudo bastante organizado.


"Fomos em um bairro periférico, em algumas escolas. Uma eleição tranquila, bem mobilizada, bastante gente nas filas para votar, bem organizada. Não tem nenhum aspecto de tensão, de briga, está bem tranquilo. Acho que a preocupação é mais nessa perspectiva do reconhecimento do resultado para fora da Venezuela. O processo de instabilidade é mais fora da Venezuela do que dentro", afirmou.



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Fonte: Sputnik Brasil


Nicolás Maduro

#EnVivo | Homenagem ao nosso Comandante Hugo Chávez, em seu aniversário de 70 anos.



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domingo, 21 de fevereiro de 2021

Venezuela tem a gasolina mais barata do mundo


Achincalhada pelo presidente Jair Bolsonaro e seu clã, a vizinha Venezuela tem o menor preço de gasolina no mundo. O preço do litro do combustível, de octanagem melhor que a brasileira, é de US$ 0,020 (cerca de 11 centavos de real por litro), ou seja, um motorista pode encher o tanque de 50 litros em Caracas por apenas R$ 5,44.



 

Por outro lado, o preço de apenas um litro de gasolina no Brasil custa até R$ 5,20 na bomba dos postos de combustíveis. Um roubo institucionalizado por Bolsonaro, que prefere autorizar compra de armas de foto a enfrentar os aumentos praticados pela Petrobras com base na variação cambial e na cotação internacional do petróleo.

Funciona assim: os brasileiros ganham em reais, mas são obrigados a comprar em dólar; um crime contra a economia popular, portanto.

Não é somente em relação à gasolina que o país de Nicolás Maduro é mais avançado em relação ao que pensa Bolsonaro.

Além de combater a covid-19, obedecendo as orientações sanitárias, o governo venezuelano também deu início nesta quinta-feira (18) à imunização no país com a vacina Sputnik V.

No Brasil, muito mais rico, falta vacina porque não houve planejamento e o governo adotou o negacionismo em boa parte da pandemia. Várias capitais do país encerraram a imunização porque não têm mais doses no estoque.

Igualmente é digno registrar que, enquanto Bolsonaro zombava dos que padeciam com o vírus, a Venezuela destinou caminhões transportando oxigênio hospitalar para Manaus.

Moral da história: Venezuela tem vacina e o menor preço da gasolina do mundo.

Veja o gráfico e compare os preços nos países


Fonte: Blog do Esmael



Emanuel Cancella

Petrobrás e petroleiros vão demolir Bolsonaro como fizeram com FHC!

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Qual é estratégia da Rússia em relação à Venezuela?




Sputnik Brasil - Embora os americanos não tenham conseguido derrubar o governo de Nicolás Maduro, Washington ainda tem bastantes recursos para lidar com o presidente indesejável. A Rússia, por sua vez, continua apoiando o governo venezuelano legítimo. O cientista político russo Gevorg Mirzayan explicou o que está por trás da política russa na Venezuela.

Em seu artigo para a revista Expert, Gevorg Mirzayan sublinha que a estratégia dos EUA na Venezuela se baseia na exploração dos erros da política econômica das autoridades venezuelanas, que possivelmente são agravados por certas ações dos sabotadores americanos.

Mirzayan revelou que não importa tanto saber o que causou o apagão – a falta de investimentos na infraestrutura ou as ações de hackers ou atiradores – ele já provocou um grande dano à economia do país. Segundo vários dados, cada dia de blecaute custa 200 milhões de dólares para a economia da Venezuela.
Além disso, para atingir o seu objetivo, os EUA usam a pressão internacional e sanções unilaterais, por exemplo, as empresas americanas estão proibidas de negociar petróleo venezuelano (uma parte significativa do petróleo venezuelano é fornecida aos EUA e podia ser refinada apenas nas refinarias especiais dos EUA). A economia venezuelana é fraca, depende das importações e praticamente não tem fontes de ajuda financeira externa.

  • Entretanto, a Rússia, por sua vez, embora "não planeje financiar o governo de Maduro, finge que está pronta para defendê-lo", sublinhou o analista. Recentemente, dois aviões An-124 e Il-62 das Forças Armadas da Rússia chegaram a Caracas, para além de cerca de uma centena de militares e 35 toneladas de carga.


Moscou declarou que se trata de especialistas militares russos que estão na Venezuela legalmente para participar da manutenção de equipamentos militares russos anteriormente fornecidos a esse país.

No entanto, Washington dramatizou a situação. Os americanos acusaram a Rússia de "escalada imprudente" da situação. A Organização dos Estados Americanos apoiou os EUA, chamando os militares russos de "instrumento de intimidação repressiva" e criticaram Moscou por cooperar com um "regime usurpador". Conforme o autor recorda, o presidente dos EUA Donald Trump até declarou que "a Rússia deve sair" da Venezuela, acrescentando que todas as opções estão sendo avaliadas.
Mas qual é afinal o objetivo da política da Rússia em relação à Venezuela? Mirzayan afirma que não se trata de salvar o regime de Maduro.

"Os objetivos são mais globais. O programa mínimo é reforçar o prestígio [da Rússia] nos países do Terceiro Mundo. O programa máximo é forçar os EUA a reverem as relações russo-americanas", disse o analista.

Para Mirzayan, ao proteger a Venezuela de uma suposta ameaça de intervenção, a Rússia está tentando ganhar pontos políticos nos países do Terceiro Mundo e demonstrar que não abandona seus parceiros, mesmo que estes fiquem a quase de dez mil quilômetros de Moscou.


"Além disso, mostrando sua prontidão de interferir nos assuntos internos da Venezuela, o Kremlin pode mostrar a Washington que [os EUA] têm recursos limitados, bem como que certos países podem atuar 'nos quintais' dos outros", disse o cientista político.
Possivelmente, esse passo fará com que os EUA se tornem mais prudentes nas suas ações nos países vizinhos da Rússia, por exemplo, na Ucrânia. O analista lembrou a Crise do Caribe, quando a instalação de mísseis soviéticos em Cuba em 1962 fez Washington rever sua decisão sobre a instalação de armas nucleares na Turquia.

Ao mesmo tempo, Mirzayan sublinha que as ações do atual presidente dos EUA, Donald Trump, estão fora da lógica e do padrão de comportamento comuns. Trump age de forma assimétrica, pensando apenas no resultado – não tanto o derrube de Maduro quanto a demonstração a todos os países da América Latina de quem é um verdadeiro dono na região.




***

domingo, 3 de março de 2019

Maduro muda escritório da PDVSA de Lisboa para Moscou, entenda os motivos!





A petroleira estatal venezuelana PDVSA decidiu transferir seu escritório europeu de Lisboa para Moscou devido aos altos riscos que a potencial confiscação de suas receitas petrolíferas por parte de Washington representariam, opinou o chefe do Bosphorus Energy Club, Mehmet Ogutcu.

Segundo o especialista, a Venezuela está preocupada com as posssíveis confiscações de ativos da estatal PDVSA depois que os EUA impuseram sanções contra a empresa.


"Daí a decisão de transferir sua sede europeia para a Rússia, desta maneira os ativos não vão correr risco", revelou ao canal russo RT.

  • O especialista observou que o governo venezuelano está lutando para encontrar novos compradores para o petróleo bruto venezuelano que já havia sido vendido às refinarias americanas.


Os EUA adquiriam aproximadamente 500 mil barris de petróleo venezuelano diariamente antes de Washington introduzir sanções contra a PDVSA, congelando seus ativos no valor de sete bilhões de dólares.

Ogutcu disse que, nas atuais circunstâncias, as receitas venezuelanas provenientes das vendas de petróleo poderiam ser facilmente confiscadas pelos EUA.


Ao mesmo tempo, as empresas de energia da Rússia podem facilmente adquirir o petróleo venezuelano com o objetivo de revendê-lo mais tarde.

"A Rússia já estendeu seus créditos à Venezuela e está recebendo o petróleo para compensar o pagamento da dívida", acrescentou.

O analista russo Anton Pokatovich, do banco de investimentos BKS Premier, disse, por sua vez, que Moscou e Caracas poderiam estabelecer uma cooperação, trocando petróleo bruto por bens humanitários.

  • "A Rússia poderia desenvolver o mesmo mecanismo que a UE está atualmente tentando implantar com o Irã para não interromper o comércio com o setor de petróleo iraniano", disse ele.


No âmbito das recentes sanções, Washington bloqueou os pagamentos para a conta bancária da PDVSA, forçando os compradores de petróleo venezuelano a fazer todas as transações através de uma conta separada à qual a empresa não tem acesso.

Em 1 de março, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, declarou durante a sua visita a Moscou que o presidente Nicolás Maduro ordenou o fechamento do escritório da gigante estatal petroleira PDVSA em Lisboa e sua transferência para Moscou.


Delcy Rodríguez: "Maduro deu instruções para mudar o escritório da PDVSA de Lisboa para Moscou"


A vice-presidente da Venezuela afirmou que Caracas tomarámedidas legais para recuperar seus ativos em outros países, que foram entreguesà oposição.




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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Guaidó é endossado por Bolsonaro e venezuelano diz que voltará ao seu país 'apesar das ameaças'




Sputnik Brasil


Após encontro com o autoproclamado presidente interino da Venezuela, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que não poupará esforços no restabelecimento da democracia venezuelana.

Em um pronunciamento ao lado de Juan Guaidó há pouco, em Brasília, Bolsonaro reiterou a linha adotada pelo seu governo diante da crise no país vizinho.


"Nós não pouparemos esforços, dentro obviamente da legalidade, da nossa Constituição e de nossas tradições, para que a democracia seja restabelecida na Venezuela. E todos nós sabemos que isso será possível através, não apenas de eleições, mas de eleições limpas e confiáveis", afirmou o presidente brasileiro.
Por sua vez, Guaidó afirmou que não há possibilidade de diálogo com o governo de Nicolás Maduro sem que novas eleições sejam convocadas. Ele também afirmou que "apesar das ameaças" retornará à Venezuela na segunda-feira, segundo a AFP.
Guaidó têm visitado diversos países em busca de apoio para a oposição que lidera contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Quem também se encontrou com líder opositor foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que anunciou o encontro através de sua conta oficial no Twitter e pediu uma saída democrática para a crise política na Venezuela.



Sputnik Brasil


 Mídia alemã afirma que 'revolta' de Guaidó na Venezuela fracassou




O fato de o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, pedir ajuda à comunidade internacional representa a prova da sua impotência, escreve o jornal alemão Frankfurter Allgemeine.

A edição assinala que as palavras de Guaidó de que "nós devemos levar em consideração todos os métodos em prol da libertação da nossa pátria" revelam a incapacidade do líder da oposição venezuelana.

  • Segundo o jornal, essa fraqueza de Guaidó pode ser usada pelo presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro, como prova de que o seu oponente quer entregar o país e seus grandes recursos "nas mãos do imperialismo americano".

  • "Não se sabe agora se Guaidó voltará a Caracas depois dos discursos na Colômbia", concluiu o jornal alemão.


Em janeiro desse ano, na Venezuela ocorreu uma onda de protestos contra o atual presidente Nicolás Maduro, reeleito para o segundo mandato. Em 23 de janeiro, o líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino da Venezuela, tendo sido apoiado pelos EUA, vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil. Maduro recebeu apoio de tais países como a Rússia, México, China, Turquia, Indonésia e outros. Continue lendo aqui.


REDES SOCIAIS: 


Russia e China desbaratam resolução da ONU e os EUA sobre a Venezuela







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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Acabei de me proclamar Presidente do Brasil declara Zé de Abreu




247 – O ator José de Abreu ironizou o governo de Jair Bolsonaro e a sua decisão de apoiar a oposição golpista liderada Juan Guaidó, presidente do parlamento venezuelano que se autoproclamou presidente do país para tentar derrubar o presidente Nicolás Maduro.

"Acabei de me proclamar Presidente do Brasil. Quem me apoia?", escreveu o ator. "Vamos exigir respeito à minha autodeclarada Presidência como estão dando para o venezuelano. Porque ele tem e eu não?", brincou o ator.

"Eu, auto declarado Presidente do Brasil, exijo que Lula seja solto para assumir o Ministério dos Justos", completou. Os internautas não perderam tempo e deram continuidade a gozação. "Brasil acima de tudo Zé de Abreu acima de todos", disse um seguidor.


REDES SOCIAIS




 Leonardo Attuch fala sobre a decisão do ator José de Abreude se autoproclamar presidente da República e explica por que o Brasil precisade ajuda humanitária






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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Escalada na crise venezuelana gera problemas ao Brasil



Sputnik Brasil


Com o embate entre Maduro e Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente, a tensão aumenta no país e pode gerar impactos em Roraima. A escalada na guerra de palavras entre Brasília e Caracas desenha um complicado problema no horizonte: como manter o estado funcionando caso o fornecimento de energia elétrica venezuelana seja interrompido.

"O Brasil tentou integrar o sistema elétrico de todos os territórios nacionais. No passado, estados como Acre, Amazonas e Rondônia não estavam [integrados]. Porém, para se dimensionar a dificuldade técnica, para chegar até Roraima é preciso construir uma linha de transmissão que atravessa o rio Amazonas, o que demanda cabos submersos ou extensão por linhas de transmissão em torres extremamente fortes para aguentar o vão", explica o engenheiro.

"Somos um dos países que mais recebem incidência de luz solar durante o ano. Instalem uma usina solar de 250 Megawatts. Infelizmente também estamos atrasados nisso. Brasília ainda não percebeu a vantagem da energia solar como complementar a outras fontes", critica.


Sputnik Brasil


Brasil incita comunidade internacional a se juntar ao'esforço de libertação' da Venezuela


Um comboio com ajuda humanitária tentou entrar na Venezuela a partir do território brasileiro nesse sábado (23), mas foi detido em um posto de controle alfandegário. Antes disso, o presidente venezuelano Nicolás Maduro chamou a entrega da ajuda dos EUA de "pretexto para destruir a independência e a soberania" do Estado.

O Brasil pediu à comunidade internacional que se junte nos "esforços pela libertação" da Venezuela. O comunicado ocorre após a tentativa fracassada de entregar ajuda humanitária ao país, informou a Reuters.


Sputnik Brasil



Segundo um correspondente da Sputnik, um grupo do quadro de funcionários do consulado da Colômbia deixou a Venezuela à pé neste domingo (24). O grupo deixou o país acompanhado pela polícia.

Três funcionários da missão diplomática na Colômbia deixaram a Venezuela neste domingo (24) ao lado de suas famílias.

Os diplomatas, acompanhados pela polícia venezuelana, cruzaram a fronteira entre os países na cidade de San Antonio del Tachira.

No sábado (23), o presidente venezuelano Nicolás Maduro cortou relações diplomáticas e políticas com a Colômbia, ordenando que os diplomatas colombianos deixassem o país em 24 horas.
A decisão vem em meio à tensão gerada por tentativas da oposição de garantir entrada de ajuda humanitária sem autorização na Venezuela. A oposição liderada pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, chegou a realizar manifestações com confrontos na fronteira venezuelana a fim de garantir a entrada da ajuda humanitária.

O governo de Nicolás Maduro acredita que a ajuda humanitária de determinados países abertamente opositores é uma manobra para retirá-lo do poder.


Sputnik Brasil


Com Mike Pence e Juan Guaidó, Grupo de Lima discutirá amanhãa crise na Venezuela


O Grupo de Lima realizará uma reunião na capital colombiana na segunda-feira (25) para discutir os últimos acontecimentos na Venezuela, bem como os esforços em curso dos EUA para fornecer ajuda humanitária ao país.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, também participarão do encontro e conversarão entre si.

Tentativas de trazer ajuda não autorizada para a Venezuela desencadearam confrontos entre a polícia venezuelana e manifestantes no sábado (23). As forças de segurança locais tentavam impedir que caminhões com ajuda humanitária cruzassem a fronteira do país sem permissão.
O Grupo de Lima é formado por 14 Estados membros, a maioria dos quais criticou o presidente venezuelano Nicolás Maduro e reconheceu Guaidó como o líder interino do país.

Rússia, China, México e Turquia apoiam a apoiam Maduro como presidente legítimo da Venezuela e pedem o diálogo para solucionar a crise. O presidente da Venezuela acredita que as entregas de ajuda humanitária são uma manobra para derrubar seu governo.


Redes Sociais:


Bom dia 247: dia decisivo na Venezuela












 ★☭★ “DEFENDERLA SOBERANÍA DE VENEZUELA, ES DEFENDER LASOBERANÍA DE TODA AMÉRICALATINA ” ★☭★ Evo Morales




Nathalie Cardone - Hasta siempre Comandante




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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Rússia envia 300 toneladas de ajuda humanitária para a Venezuela




Fonte: tvi24

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, na segunda-feira, que a Rússia enviou 300 toneladas de ajuda humanitária para os venezuelanos, que deverá chegar na quarta-feira ao país.

  • Todos os dias temos assistência humanitária internacional. Na quarta-feira vão chegar 300 toneladas de ajuda e assistência humanitária da Rússia", disse.


Nicolás Maduro falava em Caracas, num conselho presidencial de ciência, tecnologia e inovação, durante o qual voltou a rejeitar a ajudahumanitária oferecida pelos Estados Unidos, e outros países, que se encontra na Colômbia, Brasil e no Curaçau, à espera de autorização para entrar no país.

  • Vão chegar ao Aeroporto de Maiquetía (o principal do país) medicamentos de alto custo para ajudar o povo. Isso sim, já pagámos, com a nossa mão, com a ajuda da Rússia, da Turquia, da China e da ONU", disse.

Referindo-se à ajuda norte-americana, Maduro acrescentou: "Roubaram-nos 30 milhões (de dólares em contas congeladas devido a sanções impostas pelos EUA) e oferecem-nos 20 milhões, em comida podre, contaminada".

  • Não somos mendigos de ninguém nem vamos fazer da Venezuela honorável uma Venezuela de mendigos. Não vamos aceitar. Aqui há suficiente dignidade, subestimam a dignidade de um povo", frisou.

Por outro lado, precisou que "há países que através da ONU estão a oferecer apoio" à Venezuela e que Caracas respondeu "muito, ordenadamente, com o seu certificado".

Para tal, Caracas vai entregar uma listagem de medicamentos e princípios ativos (dos medicamentos) que os venezuelanos necessitam.

Rússia enviará legalmente 300 toneladas de ajuda humanitária para a Venezuela





Presidente Nicolas Maduro anunciada chegada de 300 toneladasde ajuda humanitária russa





Editora-chefe do RT e Sputnik comenta bloqueio de materiaisligados à Rússia pelo Facebook


Sputnik Brasil

  • O bloqueio pelo Facebook de vários projetos do canal RT após uma reportagem da CNN é um confronto geopolítico evidente, segundo a editora-chefe da Sputnik e do RT, Margarita Simonyan.


Denúncia do WikiLeaks: Agências de Espionagem dos EUA Ameaçam a Soberania da América Latina.

O fundador do site de denúncias WikiLeaks diz que as agências de espionagem dos EUA representam uma ameaça para a soberania das nações latino-americanas, uma vez que esses países dependem de tecnologias de telecomunicações norte-americanas.

Julian Assange disse através de uma videoconferência na Universidade da República do Uruguai que: A dependência da América Latina em hardware e na manipulação de tráfego controlada por Washington era uma fonte de vulnerabilidade através das agências de espionagens dos EUA, inclusive a CIA, a Agência de Segurança Nacional (ASN) e o FBI. Informou o jornal Rússia Hoje, nessa sexta-feira.

"A penetração da internet em todas as facetas da sociedade, substituindo o correio tradicional, telefone e até mesmo a interação física entre indivíduos, colocou nas mãos dos EUA a informação fornecida pelas telecomunicações para a maioria da humanidade", disse Assange.

O fundador do WikiLeaks referiu-se à crescente popularidade das redes sociais e produtos oferecidos por empresas como o Google, dizendo que os países latino-americanos, sem saber, transferem arquivos pessoais (perfis de seus cidadãos) em sistemas de computador dentro de enormes servidores no Estado da Califórnia, nos EUA. Esses perfis são controlados pelo Google, Facebook, Yahoo e outros.

"Estes são controladas direta ou indiretamente por meio de mecanismos, legais ou não, através dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e as organizações periféricas."

As observações vêm poucos dias depois da Associação da Imprensa dizer que o Departamento de Justiça dos EUA tinha secretamente acessado há dois meses registros telefônicos de seus repórteres e editores.

Assange acrescentou que o governo dos EUA não tinha "demonstrado escrúpulos em seguir suas próprias leis em interceptar essas linhas telefônicas para espionar até mesmo seus próprios cidadãos".

Ele disse ainda que "não existem" leis nos Estados Unidos para evitar que "espione cidadãos de países estrangeiros".





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