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segunda-feira, 14 de junho de 2021

Che Guevara, revolucionário de todos os tempos


O crescimento do herói e a admiração que despertou são marcados por detalhes interessantes e facetas curiosas.


O crescimento do herói e a admiração que Ernesto Guevara despertou são marcados por detalhes interessantes e facetas curiosas. | Foto: Rebel Youth

Este 14 de junho marca o 93º aniversário do nascimento de Ernesto Che Guevara, um paradigma da luta emancipatória, respeitado e amado em todo o mundo.


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O exemplo e os ensinamentos de Che perduram, algo que o imperialismo não previu quando ordenou sua morte. Se antes o temiam, agora o temem mais.

O crescimento do herói e a admiração que despertou são marcados por detalhes interessantes e facetas curiosas. Essas linhas se aproximam de alguns deles.


Paixão pelo xadrez

É notório o interesse de Che pelo jogo da ciência e abundam as anedotas sobre a passagem da guerrilha argentino-cubana pelo reino de Caissa.

Em 1949, em Mar del Plata (Argentina), Che interveio em uma partida simultânea contra o craque Miguel Najdorf. Anos mais tarde, após o triunfo da Revolução Cubana, os dois se encontraram novamente em Havana e se enfrentaram várias vezes ao mesmo tempo. Em ambas as ocasiões, eles concordaram com o empate.

Che conversa em Havana com o xadrezista argentino Miguel Najdorf. Foto: Chess24

Enquanto em Cuba, Guevara foi um promotor incansável do xadrez. Criou torneios estaduais e a competição internacional Capablanca in Memoriam. Seu trabalho como promotor lhe rendeu a inclusão no Livro de Ouro da Federação Internacional de Xadrez (FIDE).

Che considerava o xadrez um instrumento educacional para desenvolver vontade, rigor e flexibilidade. Ele também acreditava que o desenvolvimento do xadrez e da matemática poderia abrir portas para o desenvolvimento em muitas esferas.


Cantores e poetas lembram Che

Numerosos cantores e poetas, representantes da esfera cultural latino-americana e também além, imortalizaram o Che em suas canções e versos.

O cantor da cidade, o venezuelano Alí Primera, dedicou-lhe uma bela canção, intitulada "Mil homens fazem": Suas mãos ainda estão mortas / estão vivas / porque puxam o gatilho / guerrilheiro / daquele rifle enorme / a vontade de As pessoas ...

Ali Primera dedicou-lhe uma bela canção, intitulada "Mil homens fazem". Foto: Alba Ciudad

Silvio Rodríguez expressou que a epopéia guevariana tocou profundamente a alma de muitos jovens de várias gerações. Pelo que sabemos, o trovador cubano compôs sete canções dedicadas a Guevara: “A época está dando à luz um coração”, “Rifle contra rifle”, “América, estou falando de Ernesto”, “Um homem se levanta ”(Ou“ Antessala de um Tupamaro ”),“ A ovelha negra ”,“ Homem ”e“ Tonada del albedrío ”.

Entre os muitos poetas que Che inspirou, podemos citar Roque Dalton, Mario Benedetti e Nicolás Guillén. 

Pablo Neruda e Che se conheceram em 1959. Anos depois, após sua morte heróica na Bolívia, o bardo chileno disse: “Comove-me que no diário de Che Guevara eu seja o único poeta mencionado pelo grande guerrilheiro. Lembro-me de que Che me disse uma vez (...) como leu muitas vezes meu General Canto aos primeiros humildes e gloriosos barbudos de Sierra Maestra ”.

Neruda é o único poeta mencionado no diário de Che na Bolívia. Foto: Casa de Cartagena

Uma alusão aos versos de Neruda foi feita por Che após a morte, em 25 de abril de 1967, de um de seus mais valiosos soldados da guerrilha boliviana, o cubano Eliseo Reyes, conhecido como Capitão San Luis.

Nas notas de seu diário, entre outras frases tristes, Che diz: "... Seu cadáver de um valente capitão estendeu imensamente sua forma metálica ...".

Imagem Mais Jogada

A lendária fotografia de Che tirada pelo fotógrafo cubano Alberto Díaz (Korda) celebrou recentemente 60 anos de captura.

Em março de 1960, um navio com armas chegou a Havana para defender a Revolução Cubana. A CIA sabotou o navio enquanto as armas eram descarregadas, resultando em cem mortes e quase 200 feridos. O funeral do falecido, ao qual o Che compareceu, ocorreu no dia 5 de março. Ali foi tirada a imagem, que ultrapassou fronteiras e se tornou a identificação de uma luta comum em diferentes regiões do planeta.

Alberto Díaz (Korda) mostra a foto que tirou de Che. Foto: Radio Havana Cuba

Quatro trincheiras internacionalistas

Che costuma ser identificado com os feitos revolucionários de Cuba e da Bolívia, mas também foi um lutador internacionalista na Guatemala e no Congo.

Na América Central, participou diretamente do confronto com as forças que derrubaram o Governo de Jacobo Árbenz pelo “pecado” de proclamar uma reforma agrária naquele país. Este golpe de direita foi organizado e apoiado pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA).

No Congo, uma ex-colônia belga, Che e uma coluna internacionalista cubana apoiaram a luta revolucionária e tornaram seu compromisso de solidariedade com a África uma realidade na luta contra o colonialismo e o neocolonialismo. Sua presença naquele país foi de abril a novembro de 1965.


O Segundo Comandante

Nos primeiros dias de julho de 1957, e depois da incorporação dos camponeses e combatentes das cidades à guerrilha da Sierra Maestra, Fidel Castro decidiu criar uma segunda coluna guerrilheira e encarregou Che de dirigi-la, com graus de capitão.

Ali, entre tantos companheiros valiosos dedicados à causa revolucionária, Fidel já distinguia as qualidades de Che. Semanas depois, ele foi promovido a comandante e sua coluna se tornou o número 4.


Uma arma da revolução

Na Argentina, com apenas 20 anos, Che criou a revista Tacle e publicou vários trabalhos nela. Posteriormente, no Chile e no México, trabalhou como fotógrafo de rua e depois como fotojornalista para a Agência Argentina de Notícias Latina.

Che fundou a estação de rádio Radio Rebelde em fevereiro de 1958. Foto: Radio Habana Cuba

Em novembro de 1957, durante seu período de guerrilha em Cuba, criou o boletim "El Cubano Libre" e em fevereiro de 1958 a rádio Rádio Rebelde, que foi ao ar em fevereiro e foi uma arma fundamental na luta revolucionária.

A cultura, o talento e a convicção que Che tinha do papel do jornalismo e da divulgação da história, manifestaram-se nos seus livros "Passagens da guerra revolucionária" e "Guerrilha", onde analisou aspectos da luta revolucionária e dos acontecimentos ocorridos em Cuba e outras partes do mundo.


Cubano de nascimento

Em fevereiro de 1959 publicou-se, em edição extraordinária do Diário Oficial, que o Conselho de Ministros de Cuba havia concedido a Ernesto Che Guevara a nacionalidade cubana de nascimento, levando em consideração seus grandes méritos na luta guerrilheira e na construção do novo sociedade.

Na história cubana, apenas o militar dominicano Máximo Gómez —o Generalíssimo das lutas pela independência— e Che receberam tal reconhecimento.


O médico revolucionário

Hoje, enquanto o mundo aplaude com maior admiração o exemplo dos médicos cubanos que prestam cuidados nos lugares mais remotos, é preciso olhar para trás para o Che e descobrir que algumas de suas idéias estão na base do humanismo desses médicos. Estes são trechos de seu discurso conhecido como "O Médico Revolucionário", proferido em agosto de 1960:

“(…) Então, percebi uma coisa fundamental: para ser médico revolucionário ou para ser revolucionário, a primeira coisa que você tem que ter é a revolução. Esforço isolado, esforço individual, pureza de ideais, ânsia é inútil. De sacrificar um A vida inteira para o mais nobre dos ideais, se esse esforço for feito sozinho, sozinho em algum canto da América, lutando contra governos adversos e condições sociais que não permitem o progresso.

Che é o mais nascido de todos, escreveu Eduardo Galeano. Foto: Vanguardia

“Para fazer uma revolução é preciso o que existe em Cuba: que todo um povo se mobilize e aprenda, com o uso das armas e do exercício da unidade combatente, o que vale uma arma e o que vale a unidade do povo.

“(…) Nossa tarefa hoje é orientar a capacidade criativa de todos os profissionais médicos para as tarefas da medicina social.

“(...) O médico, o trabalhador médico, deve então ir ao centro de seu novo trabalho, que é o homem dentro da massa, o homem dentro da comunidade”.

Fonte: teleSUR TV


Nações Unidas

Statement by Mr. Che Guevara (Cuba) before the United Nations General Assembly on 11 December 1964 - 23 de jan. de 2009

Assista ao VÍDEO



No Twitter - #HLVS


 

 

domingo, 29 de novembro de 2020

Esquerda e centro-esquerda elegem 11 prefeitos no 2º turno; veja lista de cidades


Comemoração da vitória de Edmilson (PSOL) em Belém, capital do Pará, que derrotou nas urnas o candidato bolsonarista Eguchi (Patriota) - Catarina Barbosa/Brasil de Fato

PT elege prefeitos em 4 das 100 maiores cidades; PSOL governará Belém (PA) e PDT venceu em três municípios

Partidos de esquerda e centro-esquerda elegeram prefeitos em 11 cidades de nove estados diferentes neste domingo (29). Ao todo, 57 cidades foram às urnas em 2º turno, e 25 delas com candidatos do campo democrático na disputa. Considerando todos os espectros políticos, os três partidos mais vitoriosos do dia foram PSDB (9), MDB (8) e Podemos (7).

O PT, que hoje não tem nenhum prefeito entre as cem maiores cidades do país, saltará para quatro a partir de 2021: José de Filippi Jr., em Diadema (SP); Marília Campos, em Contagem (MG); Margarida Salomão, em Juiz de Fora (MG); e Marcelo Oliveira, em Mauá (SP).

Também no 2º turno, o PSOL elegeu Edmilson Rodrigues em Belém (PA) e foi derrotado com Guilherme Boulos em São Paulo (SP).

O PDT venceu três das quatro prefeituras que disputou neste domingo. José Sarto triunfou em Fortaleza (CE); Edvaldo Nogueira, em Aracaju (SE); Sergio Vidigal, em Serra (ES). Em Campos dos Goytacazes (RJ), Caio Vianna foi derrotado por Wladimir Garotinho (PSD), que está com a chapa sob judice.

O PSB elegeu João Campos no Recife (PE); João Henrique Caldas, em Maceió (AL), e Rubens Bomtempo, em Petrópolis (RJ). O PCdoB foi derrotado com Manuela D'Ávila em Porto Alegre (RS).

Leia também: Eduardo Bolsonaro e bolsonaristas lideram fake news contra eleições

Para a cientista política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Maria do Socorro Sousa Braga, a eleição 2020 marcou a reorganização do sistema partidário dois anos após a vitória de Jair Bolsonaro (sem partido).

"Os partidos da direita neoliberal, PSDB, PP e DEM, tiveram um avanço significativo, enquanto a esquerda teve certa divisão, especialmente no 1º turno, apesar da unidade em algumas cidades”, analisa.

"O PT continua como partido mais importante do campo da esquerda, embora sem a mesma hegemonia de antes. O PSOL emerge com lideranças importantes, como o Boulos, mas o PT ainda tem uma capilaridade muito maior. Então, a tendência é uma oxigenação maior do campo da esquerda", finaliza.

 Fonte: Brasil de Fato 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

URGENTE: Bocas de urna apontam vitória de Luis Arce, do MAS, em primeiro turno na Bolívia


O candidato de Evo, Lucho Arce. Foto: divulgação/twitter

Demora na publicação dos dados foi alvo de críticas; vitória é avassaladora

Levantamento de boca de urna realizado pelo instituto Ciesmori para a rede Unitel aponta que Luis (Lucho) Arce, o candidato do MAS à presidência da Bolívia nas eleições gerais deste domingo (18), conseguiu conquistar a presidência cerca de um ano depois do golpe de Estado que derrubou o ex-presidente Evo Morales, do MAS.

Na pesquisa Ciesmori/Unitel, Arce aparece com 52,4% dos votos válidos, seguido pelo ex-presidente Carlos Mesa, do Comunidade Cidadã, com 31,5%. O ultraconservador Luis Fernando Camacho é o terceiro, com 14,1%. O resultado avassalador garante vitória em primeiro turno.

Pesquisas de opinião divulgadas antes das eleições já indicavam uma possível vitória em primeiro turno, mas com uma margem menor. A demora na divulgação do resultado da boca de urna foi questionada por Morales e criticada pelo porta-voz do MAS, Sebastian Michel. Michel foi o primeiro a falar abertamente na rede Unitel que havia uma vitória em primeiro turno.

Os primeiros dados oficiais já foram publicados no portal do Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP), do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), mas apenas 2% foi apurado. A apuração deve levar cerca de três dias, segundo o TSE.

Pela legislação eleitoral boliviana, há duas formas de evitar uma “ballotaje” (segundo turno): o candidato atingir 50% dos votos + 1 ou consolidar uma vantagem de mais de 10 pontos percentuais para o segundo colocado. O esperado era que Arce atingisse a segunda opção, mas parece consolidar um triunfo maior que o esperado.

Fonte: Revista Fórum


RT en Español

Na Bolívia se iniciou o contagem de votos na jornada eleitoral que de finirá no futuro do país. Al respecto, o diretor do canal Quatrov, Gunther Aleksander, considera que todo indica que a vitória será para o candidato do Movimento ao Socialismo , Luis Arce, aunque es muy pronto para celebrar.





No Twitter


 

 

sábado, 17 de outubro de 2020

Messi critica desigualdade e diz que se emociona ao ver imagens de Che Guevara



 247 - Considerado por muitos um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, o jogador Lionel Messi concedeu uma rara entrevista sobre temas políticos ao site La Garganta Poderosa e revelou seu lado progressista. "A desigualdade é um dos grandes problemas de nossa sociedade e devemos lutar para corrigi-la o mais rápido possível", afirmou Messi, segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo. Na entrevista, o jogador também defendeu o papel do estado. "É fundamental, para quem mais precisa, preservar todos os serviços essenciais em situações como esta pandemia. Água, luz e até alimentos básicos".

O site La Garganta Poderosa já havia entrevistado Messi em outra oportunidade, quando ele também revelou seu apreço por Che Guevara. "Me emociono ao ver camisas e bandeiras do Che Guevara, Diego (Maradona), da Argentina em qualquer parte do mundo. É uma sensação linda. Sempre que eu vejo o azul e o branco, me aproximo para perguntar".


HISTÓRIA


Nathalie Cardone - Hasta Siempre



sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Aton Fon Filho: "Che Guevara colocou a solidariedade no patamar mais alto"


"O internacionalismo de Che era solidário e compreensível para os militantes do mundo todo", lembrou Fon - Raul Arboleda/AFP

Advogado que militou na ALN contra a ditadura foi o convidado do programa "Se Expresse" desta quinta-feira (8)

"Solidariedade não é doar roupa para quem precisa, mas lutar pela extinção do sistema que exige que haja coleta de roupa todos os anos". A frase é do advogado Aton Fon Filho, convidado desta quinta-feira do programa "Se Expresse", organizado pela editora Expressão Popular. Com o tema "A luta anti-imperialista e a solidariedade: o exemplo de Che", o programa lembrou os 53 anos do assassinato do líder revolucionário Che Guevara.

Fon militou na Ação Libertadora Nacional (ALN), contra a ditadura civil-militar (1964-1985), e hoje integra a Consulta Popular.

O programa desta quinta é parte da programação da Semana Internacional de Luta Anti-Imperialista.

Internacionalismo

O advogado abriu o bate-papo lembrando que Che Guevara não é um ícone apenas na América Latina, mas em todo o mundo. Fon ressaltou que o rosto do guerrilheiro, estampado em camisetas há décadas, demonstra o impacto da mensagem e do legado de luta revolucionária para emancipação dos povos.

"O internacionalismo de Che era solidário, revolucionário, combativo e compreensível para os militantes do mundo todo", disse. "Ele foi acolhido porque se fez necessário para os povos, insistindo na importância de se enfrentar um inimigo comum, o imperialismo".

Che pedia que as organizações revolucionárias se unissem para "se envolver e partilhar do mesmo destino". Foi o que ele próprio fez em Cuba, tornando-se um símbolo da própria Revolução de 1959, no Congo, juntando-se às forças que lutavam contra a dominação belga, e mais tarde na Bolívia, onde foi assassinado em 1967.

"Ser solidário não é dar algo que você não carece, mas sim, arriscar-se e entregar aquilo que se tem de mais valioso: a própria vida, a própria existência. Foi o que fez Che, colocando a solidariedade no patamar mais alto", enalteceu Fon. "Viver nas condições que vivem aqueles que estão combatendo, necessitando de apoio para se libertarem das opressões a que estão submetidos".

Confira o programa na íntegra:


Redação Brasil de Fato


Nathalie Cardone - Hasta Siempre (Official Video HD)




No Twitter


 

 

 

domingo, 28 de junho de 2020

Alberto Fernández e Lula conversaram sobre a América Latina e a pandemia




Por: Página12

"Nunca foi tão necessário sonhar e continuar lutando para construir um mundo melhor"

A conferência ocorreu durante uma reunião virtual organizada pela Faculdade de Ciências Sociais da UBA.


"A pandemia deixou claro que o capitalismo, como o conhecemos, deixa milhões de compatriotas à margem da sociedade. E como acreditamos que a política é uma ação ética, ninguém pode fingir estar distraído. Pensamos no valor da vida. outros produzem números e estatísticas ", disse o presidente Alberto Fernández durante uma conversa virtual com o ex-presidente do Brasil, Lula Da Silva, organizado pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires. "Nunca foi tão necessário sonhar e continuar lutando para construir um mundo melhor do que aquele em que vivemos. O que vai salvar a América Latina é uma palavra chamada democracia. Essa pandemia nos mostra que o mercado não resolve nada, aquele que cuida da o povo é o Estado ", garantiu Lula, por sua vez.



Poucas horas depois de anunciar as mudanças para a quarentena na Região Metropolitana de Buenos Aires, o presidente Alberto Fernández compartilhou com Lula Da Silva uma reunião virtual intitulada "Pensando a América Latina após a pandemia da covid-19". O ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, o ministro da Educação, Nicolás Trotta, o deputado nacional, Eduardo Valdés, o secretário geral do Suterh, Victor Santa María, a advogada brasileira Carol Proner, a advogada trabalhista Natalia Salvo, a A secretária executiva de Clacso, Karina Batthyany, e o reitor da faculdade de Ciências Sociais, Carolina Mera. Durante a conversa,




"Sinceramente, não sei como será o mundo depois da pandemia, ninguém sabe. Mas tenho certeza de que os países onde o governo pensou pela primeira vez na população, como o caso da Argentina, sairão da crise melhor do que aqueles que Não. É muito triste o que acontece no Brasil e por isso quero parabenizar Alberto Fernández pela alta responsabilidade com a qual está enfrentando a pandemia, pela coragem que caracteriza um verdadeiro líder ", disse Lula Da Silva, apoiando o maneira pela qual o governo argentino lidou com a pandemia e lamentou as mais de 55 mil pessoas que morreram do coronavírus no Brasil. "Nem as guerras em que o Brasil participou geraram tanta devastação", disse ele sem rodeios, enquanto assegurava que "

"Lula é um homem imenso para a América Latina. Você não sabe o quanto estou ansioso para vê-lo e abraçá-lo", começou Alberto Fernández, cumprimentando carinhosamente o ex-presidente brasileiro antes de iniciar a exposição. "Ninguém que abraçou a causa popular pode duvidar que o mais importante seja a vida e a saúde das pessoas. No entanto, existem outras almas que pensam que o mais importante são os negócios", disse Fernández, apontando aqueles que Eles o reivindicam pelo impacto da quarentena na economia do país. "Camus disse que as pragas têm um viés muito claro: tiram a vida das pessoas, mas expõem a miséria das almas. E essa pandemia mostrou coisas, doenças e como a miséria humana aparece. certos momentos.

"A pandemia mudou o mundo, colocou tudo em crise. O problema é que, há cem dias, todos estão contando a lista de mortos, mas se também começássemos a contar a queda da bolsa, veríamos também que a economia mundial estava em colapso. Porque a economia precisa de homens e mulheres que consomem e trabalham, e quando adoecem não há capitalismo operário ", afirmou Fernández. "No colapso econômico, observamos como esse capitalismo financeiro construiu um castelo de cartas que um pequeno vírus poderia facilmente desmoronar. Precisamos criar um novo capitalismo que seja integrado à sociedade, que não concentre a riqueza, mas a distribua", declarou. . Alberto Fernández, por sua vez, fez referência ao apoio financeiro que o Estado exibia desde o início da quarentena: "


Por sua vez, tanto o presidente argentino quanto o ex-presidente brasileiro recordaram tempos de maior integração regional, quando governos progressistas estavam na maioria da América Latina. "Deus me deu a chance de viver um dos melhores períodos da política na América Latina. Tive a sorte de viver com Néstor e Cristina, com Tabaré e Pepe, com Lagos e Bachelet, com Correa, com Evo, com Lugo, com Chávez. Construímos o momento mais importante do desenvolvimento ", lembrou Lula, que garantiu que" perdeu "seu relacionamento com eles:" Tínhamos o sonho de construir uma América Latina forte e soberana ", afirmou. "Não tenho Nestor, não tenho Pepe Mujica, não tenho Evo, Michele, Lagos, Tabaré. Quase dois de nós querem mudar o mundo, um está no México e o nome dele é Manuel López Obrador, e o outro sou eu. E nos custa muito ", lamentou Fernández.

O encontro virtual organizado pela Faculdade de Social da UBA foi organizado poucas semanas após a suspensão da exibição do juiz Sergio Moro - uma parte essencial da operação "Lava Jato" que levou à prisão de Lula. Da Silva - na Faculdade de Direito, devido à rejeição que o convite despertou. Como Carolina Mera indicou, a palestra "Pensando a América Latina após a pandemia dos 19-covid" foi guiada "pela democracia e pela convicção de que a sociedade do futuro pode ser melhor". "A pandemia pode ser uma oportunidade", disse Víctor Santa María. Nicolás Trotta, por outro lado, alertou: "Ninguém pode ignorar a profunda desigualdade da América Latina. Pensar no futuro pós-pandemia implicará repensar o papel do Estado,

Relatório María Cafferata.






Canción por la Unidad de Latino America

(Pablo Milanes e Chico Buarque de Hollanda)


El nascimiento de un mundo
Se aplazó por un momento
Fue un breve lapso del tiempo
Del universo un segundo

Sin embargo parecia
Que todo se iba a cabar
Con la distância mortal
Que separó nuestras vidas

Realizavan la labor
De desunir nossas mãos
E fazer com que os irmãos
Se mirassem con temor

Cuando passaron los años
Se acumularam rancores
Se olvidaram os amores
Pareciamos extraños

Que distância tão sofrida
Que mundo tão separado
Jamás se hubiera encontrado
Sin aportar nuevas vidas

E quem garante que a História
É carroça abandonada
Numa beira de estrada
Ou numa estação inglória

A História é um carro alegre
Cheio de um povo contente
Que atropela indiferente
Todo aquele que a negue

É um trem riscando trilhos
Abrindo novos espaços
Acenando muitos braços
Balançando nossos filhos

Lo que brilla con luz propia
Nadie lo puede apagar
Su brillo puede alcanzar
La oscuridad de otras costas

Quem vai impedir que a chama
Saia iluminando o cenário
Saia incendiando o plenário
Saia inventando outra trama

Quem vai evitar que os ventos
Batam portas mal fechadas
Revirem terras mal socadas
E espalhem nossos lamentos

E enfim que paga o pesar
Do tempo que se gastou
De las vidas que costó
De las que puede costar

Já foi lançada uma estrela
Pra quem souber enxergar
Pra quem quiser alcançar
E andar abraçado nela

24 de Março - Dia da União dos Povos Latino-Americanos


HLVS

quarta-feira, 17 de junho de 2020

92 anos de Che Guevara: Hasta Siempre Comandante! H.L.V.S


“Guerrillero Heroico”, fotografia de Alberto Korda tirada em 5 de março de 1960

O médico argentino que se tornou um dos maiores símbolos do espírito revolucionário de esquerda e no ícone do regime em Cuba


Por: Pablo Neri, do Coletivo de Juventude do MST
Da Página do MST


Em 1959, nos anos de tensão e “Guerra Fria” entre as potências URSS e Estados Unidos, a América Latina e o mundo é balançado pela notícia da Revolução cubana. A importância desse momento inaugura um ciclo de tensão e contestação entre a superpotência ianque e os países da América, cria uma nova perspectiva para a atuação da esquerda nas guerras de descolonização africana, além da vantagem militar mais temida pelos EUA contra sua inimiga URSS e lança para o mundo o aroma de transformação que as revoluções trazem para a atmosfera.

E junto com isso o mundo passa a conhecer os homens e mulheres que derrubaram a Ditadura de Fulgencio Batista e uma dos rostos mais conhecidos e que passaria a ser uma das figuras mais conhecidas do mundo, figuras mais difundidas durante o século XX é a de Ernesto Che Guevara.

O triunfo revolucionário Cuba passou a ser o sopro de esperança que chegava a todos os cantos do mundo e tinha como um dos principais mensageiros o Comandante Che Guevara, que dali em diante faria parte do Horizonte da militância de esquerda e de admiradores em todo o mundo.

É quase impossível achar alguém em alguma parte do planeta que não reconheça a imagem do líder cubano que hoje, emoldurado ou fixo por meios precários na parede, povoa o imaginário político as paixões e os sonhos de toda uma geração de militantes Sem Terra. Essa proporção de Che não é apenas pelo seu desempenho na guerra e por ser um dos mais imponentes contestadores do poder colonial ianque, mas por ser um dos rivais mais fulgores do capitalismo por encarnar em si mesmo, ar dar carne e osso a dignidade humana que se liberta do capitalismo e constrói um legado de militante socialista para o século XXI.


O começo

Ernesto Rafael Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito de 5 irmãos, Che cresceu e tornou-se médico. Ainda na juventude jovem Ernesto viajou pela América do Sul na companhia do amigo Alberto Grando para conhecer as doenças que assolavam o continente e entendeu que não bastava combater as mazelas, era preciso destruir o sistema que as fazia existir.

Conheceu Fidel e Raul Castro, outros dois importantes líderes da Revolução Cubana, em julho de 1955, durante o exílio dos irmãos no México. Foi durante esse encontro que se juntou ao Movimento 26 de Julho e partiu para Cuba a bordo do iate Granma com o objetivo de derrubar o ditador Fulgencio Batista, autocrata que governava a ilha com o apoio dos Estados Unidos.

Médico, jornalista, escritor, diplomata, Che logo ganhou destaque no comando do exército revolucionário pelos valores que acreditava serem necessários para conquistar o apoio dos povos e o respeito da nação: Humildade, trabalho voluntário, o amor, dedicação na luta pela libertação. Como segundo General do exército Che ajudou a desenvolver a tática de guerrilha, deu significado para o foquismo que sairia vitorioso em janeiro de 1959.

Após o triunfo revolucionário, Che assumiu uma série de cargos no novo governo. Entre outras funções, foi ministro das Indústrias, embaixador e presidente do Banco Central de Cuba. Che também foi pai, casou-se duas vezes, mas abandonou tudo isso para se dedicar à tarefa de levar a Revolução para os demais continentes. Acompanhou as tropas de Cuba em campanhas militares em apoio às nações africanas na luta contra a dominação colonial, recrutou profissionais cubanos de vários setores, especialmente da saúde, trabalhando em muitas nações mergulhadas na pobreza, no analfabetismo e na insalubridade.


Legado

Seguiu convicto de seu papel na luta revolucionária até o dia do seu assassinato em outubro de 1967, na Bolívia. Por isso, o MST como organização política estimula que a base a militância, em especial os mais jovens, conheçam a história e o legado de Che organizando como processo de formação a Semana internacional de Trabalho Voluntário Ernesto Che Guevara. Ele está presente nas músicas, nas poesias, nas místicas, neste momento de desesperança e de desencantamento com as causas coletivas Che segue sendo o farol que guia aquelas e aqueles que buscam a luta por uma sociedade justa, livre e emancipada. Em 2017 construímos a Brigada de Jovens que foram até a Bolívia nós 50 anos do assassinato de seu assassinato prestar a homenagem ao Comandante Che e escutar dos camponeses daquelas imediações que guardaram seus restos mortais por mais de 30 anos.

Mesmo tendo tantas dimensões, a direita brasileira, seus “intelectuais” e seu mau jornalismo vem trabalhando para tentar reduzir Che a um “assassino frio”. Como exemplo a editora Abril, que lançou o Manual Politicamente Incorreto que “busca destruir o mito”, retirando o contexto da revolução e acusando Che de matar seus inimigos por regozijo.

Mas qual o interesse desses detratores em atacar a memória e o legado de Che Guevara? De certeza temos que do lado de lá não tem nenhum ídolo que sirva de modelo aos jovens a não ser torturadores, generais ditadores e exploradores da miséria do mundo.

E para quem quiser se aprofundar mais na história e no legado de Che Guevara e a Revolução cubana atualmente temos uma série de filmes disponíveis, como o lendário filme Diário de Motocicleta (2004) dirigido pelo brasileiro Walter Salles e baseado nos diários de Che e Grando de sua viagem de juventude. Também tem o filme Che: O Argentino (2009), já mais velho e em meio ao contexto da revolução.

Também a Editora Expressão Popular tem títulos importantes e de fácil acesso para todos como o livro de Michael Lowy, Pensamentos de Che Guevara (1969) e Che Guevara – Política de Eder Sader (org.) Esta antologia apresenta a parte mais significativa das suas contribuições teóricas para decifrar os caminhos da vida, da prática revolucionária e da ética.

Poucos lutadores terão influenciado os acontecimentos e as idéias políticas revolucionárias do século XXI como Ernesto “Che” Guevara. Seu legado e sua história permanecerão como o chamado para a luta para o enfrentamento. Como disse Eduardo Galeano, “Che é o mais renascedor de todos” e o MST seguirá prestando as homenagem que esse grande ser humano merece.

Feliz Aniversário Che!


No Twitter:




 UNESCO en español

Momentos históricos das Nações Unidas:

Discurso proferido por Ernesto Che Guevara, representante de Cuba, em 11 de dezembro de 1964, perante a Assembléia Geral das Nações Unidas (19ª sessão, 1299ª reunião).



Nathalie Cardone - Hasta Siempre


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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Histórico! Kim Jong-un Visita a Rússia




Sputinik Brasil - O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, já está em solo russo, desembarcando no país eslavo de um trem blindado.

O trem blindado do líder norte-coreano cruzou a fronteira através de uma ponte. Assim que saiu do trem, Kim Jong-un foi recebido com pão e sal, uma tradição russa de boas-vindas, e com flores antes de entrar no prédio da estação.


Usando casaco e chapéu pretos distintivos, Kim Jong-un saiu do trem blindado na estação da cidade de Khasan para cumprimentar oficiais russos.

O presidente russo, Vladimir Putin, visitou a Coreia do Norte uma vez em 2000, mas Kim Jong-un nunca tinha pisado em solo russo desde que tomou poder em 2011.

Kim Jong-un é recebido com pão e sal, uma tradição russa de boas-vindas, na estação da cidade de Khasan. 

Kim Jong ile o presidente russo Vladmir Putin se encontram na Coréia do Norte, HISTÓRICO!


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Bloquear estreito de Ormuz é uma das opções contra sanções dos EUA diz: Parlamentar do Irã




Sputnik Brasil - Atualmente as relações entre os EUA e o Irã atravessam um período de agravamento. O presidente dos EUA Donald Trump decidiu não prolongar as exceções às sanções contra o Irã, que recentemente receberam uma série de países, diz um comunicado da Casa Branca.

Ali Golmoradi, membro da comissão de energia do parlamento do Irã, sublinhou em sua entrevista à Sputnik que a atividade dos EUA em relação do Irã tem uma orientação anti-humanitária. Ele acha que o país é capaz de superar a pressão que é exercida sobre ele.

Trump: países da OPEP vão compensar
 fluxo de petróleo após sanções ao Irã
"Os passos que os EUA estão empreendendo em relação ao Irã nunca foram e não serão uma algo inesperado para as autoridades iranianas", declarou o parlamentar.
Ali Golmoradi referiu que o Irã tem uma grande variedade de meios para resistir à pressão norte-americano. Ao mesmo tempo, o país vai ponderar detalhadamente as medidas antes de as aplicar.


  • "Há muitas opções para resistir aos EUA, não estamos limitados a uma ou duas. Vamos analisar detalhadamente as vantagens e desvantagens antes de tomar uma decisão […] O bloqueio do estreito de Ormuz é só uma das opções de resposta à atividade dos EUA", conclui o parlamentar iraniano.

O estreito de Ormuz é uma via navegável com importância mundial que se localiza entre o golfo Pérsico e o golfo de Omã. Cerca de um terço de todos os navios petroleiros passam por lá.

Capacidade militar do Irã 2019: O contra-ataque



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sábado, 23 de março de 2019

Senador chileno que recusou almoço com Bolsonaro diz que, "admiradores de Pinochet" não são bem-vindos em seu país




Laís Alegretti: Enviada da BBC News Brasil a Santiago


O presidente do Senado chileno, Jaime Quintana Leal, ganhou destaque da mídia brasileira nos últimos dias por ter recusado um convite do governo chileno para participar de um almoço com o presidente Jair Bolsonaro, que está visitando o Chile.

Em entrevista à BBC News Brasil, o parlamentar chileno disse que "os admiradores de Pinochet não são bem vindos no Chile". Bolsonaro declarou, no passado, ser admirador do ditador Augusto Pinochet, que, segundo ele, "fez o que tinha ser feito" no período em que comandou o país, desde o golpe militar - que o levou ao poder, - em 1973, até 1990, quando teve de entregar a presidência a um civil eleito após um plebiscito.

Durante os anos Pinochet, o Chile se modernizou, a economia cresceu - mas milhares de pessoas foram presas, mortas ou torturadas pelo Estado.






Em sua conta nas redes sociais, Quintana Leal, do Partido pela Democracia, que se define como sendo de centro-esquerda, já havia justificado que não participaria do almoço por causa de posicionamentos de Bolsonaro contra minorias sexuais, mulheres e indígenas. Quinta Leal é do grupo de oposição ao governo do anfitrião de Bolsonaro, o presidente Sebastián Piñera.

Em entrevista à BBC News Brasil em seu gabinete, Quintana Leal deixou claro que não questiona a legitimidade de Bolsonaro, que sua decisão "não tem a ver com o cargo da Presidência, mas com a pessoa de Jair Bolsonaro e suas declarações homofóbicas, misóginas e em relação à tortura. Participar de uma atividade de homenagem a ele (Bolsonaro), atingiria muitas pessoas de nosso país que se sentem prejudicadas por suas declarações".

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Quintana Leal diz que declarações recentes do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, elogiando Augusto Pinochet, jogaram sal em uma ferida profunda ainda aberta na sociedade chilena. Lorenzoni disse que Pinochet "teve de dar um banho de sangue" para ajeitar a economia do país.

"Esse é um tema muito doloroso para o Chile, não só para quem foi vítima direta da violação de direitos humanos cometida pela ditadura."

Segundo dados oficiais, mais de 3 mil pessoas foram assassinadas e mais de 30 mil foram torturadas nos anos Pinochet.

"Quando ele (Bolsonaro) se declara um admirador de Pinochet, isso é muito forte. Os admiradores de Pinochet não são bem vindos ao Chile", afirma Quinta Leal, manifestando preocupação com o que Bolsonaro "representa".

"Porque à medida que sigamos endossando lideranças que começam com discursos populistas, mas terminam consolidando regimes totalitários, a ameaça não é só para um país. Termina sendo uma ameaça para a humanidade. Isso aconteceu na Europa dos anos 1930."

O presidente do Senado chileno ressaltou, entretanto, que "se amanhã Bolsonaro ou o governo nos mandam um projeto que melhora as relações de cooperação, isso tem prioridade e urgência".

"Reitero que o Brasil é um país com o qual nós queremos ter o melhor entendimento, temos profundo respeito pelo povo brasileiro e temos uma relação comercial muito boa. O Brasil é muito importante para o Chile, e acredito que o contrário também."


Ao chegar ao Chile na quinta-feira, Bolsonaro foi questionado sobre a recusa de Quintera Leal mas evitou aprofundar a discussão. "Os convidados para o almoço, isso não foi feito pela minha assessoria. Quem convidou aqui do Chile sabia quem estava convidando", respondeu a jornalistas.


Prosul e Venezuela


Para realçar que sua diferença com Bolsonaro se dá em um plano mais estreito do que o do espectro político, Quintana Leal relatou que aceitou almoçar com outro presidente de direita, Iván Duque, da Colômbia, que é um presidente de direita, com quem tem "posições bastante antagônicas".

"Dividimos a mesa, em um clima muito civilizado. Mas nunca escutei de Duque expressões que atacam os pilares centrais da democracia, os valores essenciais de direitos humanos."

Duque está no Chile para participar do encontro de chefes de Estado da América do Sul que discutirá a criação de um novo organismo internacional na América Latina, para substituir a Unasul, União de Nações Sul-Americanas, entidade considerada de esquerda. A nova iniciativa tem sido chamada informalmente de Prosul.

A exemplo de Piñera e Bolsonaro, Quintana Leal vê essa iniciativa com bons olhos. "Nós concordamos com o presidente Piñera de que é importante ter uma referência regional e a Unasul já não estava cumprindo esse objetivo de se reunir, com cooperação, interação", diz, acrescentando ser necessário o cuidado de "não se trocar um organismo internacional ideológico por outro tão ideológico quanto o anterior".

Os líderes que participam do encontro são identificados com a nova onda de direita que tingiu o mapa latino-americano de azul, desde a primeira eleição de Piñera, em 2010. Ela sucede uma voga de governos de esquerda e centro-esquerda, na América Latina, iniciada no começo dos anos 2000.

Quinta Leal diz acreditar que essas alternâncias na região são cíclicas. "Como Duque, Piñera... São países que têm alternância no poder. Pode ganhar um setor ou outro. E, na região, regimes como o de Maduro, com o qual não concordamos, não ajudam precisamente a força de centro-esquerda."

O presidente do Senado chileno diz ser necessário "buscar uma saída pacífica, diplomática e democrática para a crise humanitária na Venezuela", mas que a melhor saída para isso não é "lógica militar, como defende (o presidente americano Donald) Trump".

"Se depositamos nas Nações Unidas a confiança para resolver temas complexos, que afetam a democracia, a liberdade, temos que ser coerentes com isso. E não buscar soluções bilaterais ou com visões particulares para tentar resolver essa crise."

PROTESTOS NO CHILE CONTRA O FASCISTA BOLSONARO




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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Escalada na crise venezuelana gera problemas ao Brasil



Sputnik Brasil


Com o embate entre Maduro e Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente, a tensão aumenta no país e pode gerar impactos em Roraima. A escalada na guerra de palavras entre Brasília e Caracas desenha um complicado problema no horizonte: como manter o estado funcionando caso o fornecimento de energia elétrica venezuelana seja interrompido.

"O Brasil tentou integrar o sistema elétrico de todos os territórios nacionais. No passado, estados como Acre, Amazonas e Rondônia não estavam [integrados]. Porém, para se dimensionar a dificuldade técnica, para chegar até Roraima é preciso construir uma linha de transmissão que atravessa o rio Amazonas, o que demanda cabos submersos ou extensão por linhas de transmissão em torres extremamente fortes para aguentar o vão", explica o engenheiro.

"Somos um dos países que mais recebem incidência de luz solar durante o ano. Instalem uma usina solar de 250 Megawatts. Infelizmente também estamos atrasados nisso. Brasília ainda não percebeu a vantagem da energia solar como complementar a outras fontes", critica.


Sputnik Brasil


Brasil incita comunidade internacional a se juntar ao'esforço de libertação' da Venezuela


Um comboio com ajuda humanitária tentou entrar na Venezuela a partir do território brasileiro nesse sábado (23), mas foi detido em um posto de controle alfandegário. Antes disso, o presidente venezuelano Nicolás Maduro chamou a entrega da ajuda dos EUA de "pretexto para destruir a independência e a soberania" do Estado.

O Brasil pediu à comunidade internacional que se junte nos "esforços pela libertação" da Venezuela. O comunicado ocorre após a tentativa fracassada de entregar ajuda humanitária ao país, informou a Reuters.


Sputnik Brasil



Segundo um correspondente da Sputnik, um grupo do quadro de funcionários do consulado da Colômbia deixou a Venezuela à pé neste domingo (24). O grupo deixou o país acompanhado pela polícia.

Três funcionários da missão diplomática na Colômbia deixaram a Venezuela neste domingo (24) ao lado de suas famílias.

Os diplomatas, acompanhados pela polícia venezuelana, cruzaram a fronteira entre os países na cidade de San Antonio del Tachira.

No sábado (23), o presidente venezuelano Nicolás Maduro cortou relações diplomáticas e políticas com a Colômbia, ordenando que os diplomatas colombianos deixassem o país em 24 horas.
A decisão vem em meio à tensão gerada por tentativas da oposição de garantir entrada de ajuda humanitária sem autorização na Venezuela. A oposição liderada pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, chegou a realizar manifestações com confrontos na fronteira venezuelana a fim de garantir a entrada da ajuda humanitária.

O governo de Nicolás Maduro acredita que a ajuda humanitária de determinados países abertamente opositores é uma manobra para retirá-lo do poder.


Sputnik Brasil


Com Mike Pence e Juan Guaidó, Grupo de Lima discutirá amanhãa crise na Venezuela


O Grupo de Lima realizará uma reunião na capital colombiana na segunda-feira (25) para discutir os últimos acontecimentos na Venezuela, bem como os esforços em curso dos EUA para fornecer ajuda humanitária ao país.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, também participarão do encontro e conversarão entre si.

Tentativas de trazer ajuda não autorizada para a Venezuela desencadearam confrontos entre a polícia venezuelana e manifestantes no sábado (23). As forças de segurança locais tentavam impedir que caminhões com ajuda humanitária cruzassem a fronteira do país sem permissão.
O Grupo de Lima é formado por 14 Estados membros, a maioria dos quais criticou o presidente venezuelano Nicolás Maduro e reconheceu Guaidó como o líder interino do país.

Rússia, China, México e Turquia apoiam a apoiam Maduro como presidente legítimo da Venezuela e pedem o diálogo para solucionar a crise. O presidente da Venezuela acredita que as entregas de ajuda humanitária são uma manobra para derrubar seu governo.


Redes Sociais:


Bom dia 247: dia decisivo na Venezuela












 ★☭★ “DEFENDERLA SOBERANÍA DE VENEZUELA, ES DEFENDER LASOBERANÍA DE TODA AMÉRICALATINA ” ★☭★ Evo Morales




Nathalie Cardone - Hasta siempre Comandante




Sem Censura 🎭🎨

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