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segunda-feira, 10 de maio de 2021

9 de maio de 1945: o Dia da Vitória da Rússia contra a Alemanha nazista de Hitler


Em evento em memória dos mortos em combate, presidente da Rússia alertou sobre regimes no mundo que resgatam o fascismo


Cossacos desfilam na Praça Vermelha de Moscou para celebrar 76 anos da derrota da Alemanha nazista - Dimitar Dilkoff / AFP

Neste 9 de maio, além do Dia das Mães, o mundo também celebra os 76 anos da vitória contra o nazi-fascismo. Em 1945, o exército nazista, acurralado em Berlim e depois do suicídio de Adolf Hitler, assinou a redenção incondicional às tropas do Exército Vermelho da União Soviética, o que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial no continente europeu.

O conflito, que durou quatro anos, gerou cerca de 45 milhões de mortes, entre eles, 27 milhões de soviéticos. Por isso, na Rússia, umas das 15 repúblicas socialistas soviéticas, anualmente se celebra a memória dos mortos em combate e o legado da URSS na defesa da paz mundial com um desfile militar na Praça Vermelha de Moscou.

:: Relembre o especial produzido pelo Brasil de Fato sobre os 100 anos da Revolução Russa ::

O evento conta com a presença de familiares das vítimas, veteranos de guerra e autoridades do governo russo.

“Foi e seguirá sendo uma festa sagrada para a Rússia, para nosso povo. O povo soviético defendeu a Pátria e liberou a Europa da peste, emitindo uma sentença histórica contra o nazismo”, declarou o presidente Vladimir Putin neste domingo, durante a parada militar.

Putin também estabeleceu uma comparação com os riscos atuais para a humanidade num momento de ascensão de governos com ideologias de extrema-direita no mundo.

“A história exige que tomemos conclusões e lições, mas lamentavelmente, há tentativas de reincorporar um arsenal de muito do que representava o ideário nazista, que estavam obcecados com sua teoria de exclusividade. Não há perdão, nem justificativa para aqueles que voltam a propor planos agressivos”, declarou Putin.

Autoridades de todo o mundo enviaram felicitações ao governo russo.

“Nossas mais sinceras felicitações ao governo e povo russo pelo aniversário de 76 anos da vitória na Grande Guerra Pátria contra o fascismo. Uma façanha que salvou a humanidade e os agradecidos nunca esqueceremos”, afirmou o presidente cubano Miguel Díaz-Canel.

::Coletânea de HQs retrata horrores da Segunda Guerra Mundial::

Da mesma forma, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro celebrou a data. “Triunfo que foi possível graças à valentia e dos princípios inflexíveis do povo russo, que hoje, junto ao presidente Putin trabalham pelo caminho do novo mundo de paz”, publicou.

O secretário geral da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba-TCP), Sacha Llorenti, também recordou a data. “Comemoramos a derrota incondicional da Alemanha nazista e seus aliados. A homenagem fica aos que lutaram contra o nazi-fascismo. Além de uma menção especial ao Exército Vermelho, cuja luta decisiva não se apaga da História”, afirmou.


 

 Relembre a história


Nas proximidades de Berlim, capital da Alemanha, o marechal germânico Wilhelm Keitel assinou a ata de rendição junto ao comandante do Exército Vermelho, Gueorgui Zhúkov / Telesur

A capitulação da Alemanha nazista, no entanto, já havia acontecido no dia 2 de maio, quando o exército soviético tomou a capital, Berlim / Reprodução / RT


Uma das fotos mais reproduzidas do Dia da Vitória foi o momento em que um soldado soviético alçou a bandeira da URSS em Berlim, declarando a derrota do nazi-fascismo representado pelos países do Eixo. / Embaixada Rússia - Venezuela

No dia 22 de junho de 1941, o líder nazista Adolf Hitler iniciou a Operação Barbarossa, ocupando parte do território soviético e gerando a morte de cerca de 27 milhões de cidadãos / La Izquierda Diario

A rendição marcou o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, por isso a data é celebrada como o Dia da Vitória na Grande Guerra Patriótica / Reprodução / Twitter


Com o fim da guerra, mais de 10 milhões de soldados soviéticos começaram a retornar às suas casas ainda em maio de 1945 / Reprodução / RT

O desfile militar do Dia da Vitória é uma tradição iniciada em 1965. Com o fim da URSS, em 1990, o evento deixou de ser realizado, sendo retomado cinco anos mais tarde, com a gestão de Putin. / Dimitar Dilkoff / AFP

Além de um memorial aos mortos em combate, a Rússia celebra o Dia da Vitória com a presença dos veteranos da Segunda Guerra / Alexei Druzhinin / AFP

Cerca de 12 mil militares participaram da parada neste 9 de maio de 2021, expondo nova tecnologia militar russa / Dimitar Dilkoff / AFP


Fonte: Brasil de Fato


Ahí les Va

¿La URSS provocó la II Guerra Mundial? ¿Actuó como los nazis? Te lo aclaramos con hechos

El 9 de mayo se cumplen 75 años de la rendición nazi ante las tropas soviéticas. Una fecha que en Rusia se vive con gran sentimiento y orgullo, a pesar de décadas en las que su papel en la guerra ha sido paulatinamente degradado y hasta equiparado al jugado por el Tercer Reich. En este video te contamos varias de las distorsiones y mitos afianzados que existen al respecto.

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sábado, 19 de dezembro de 2020

Feliz aniversário pro Stalin, o cara que levou a derrota a Alemanha Nazista e que até hoje bota medo nos liberais




 Sinta Guerra!

TRIBUTO - STALIN HOMEM DE AÇO

Stalin foi um líder soviético durante o período de 1922 a 1953, foi o Comissário do Povo para Defesa de 19 de julho de 1941

a 3 de março de 1947 no período da Grande Guerra Patriótica [ invasão nazista a União Soviética ].

Esse tributo é em homenagem a Stalin, focando um dos seus papeis mais bem feitos, como estrategista e líder de uma nação em guerra.

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Eduardo Lima - Anti-imperialismo

A primeira parada da vitória foi realizada na Praça Vermelha em 24 de Junho de 1945, e nela as Forças Armadas da União Soviética participaram após a vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

O Marechal da União Soviética, Gueorgui Zhukov, esperou na parada Praça Vermelha e recebeu o desfile, e o Marechal Konstantin Rokossovsky o comandou.

Zhukov e Rokossovski cruzaram a Praça Vermelha em cavalos brancos, enquanto Joseph Stalin observa o processo do Mausoléu de Lenin.

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KotneKit

Se Stalin estivesse conosco hoje, ficaria feliz com a gestão de Putin

Horror for NATO maneuvers prohibited fighter in the United States Su 35, Su 57, Mig 35

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Воин Руси

Гимн СССР(National Anthem of the Soviet Union)

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sábado, 31 de outubro de 2020

A história dos seis ataques da CIA à Rússia



 Seis ataques não são um sinal da vitória da CIA, mas de sua derrota. Cinco em seis já foram alcançados, mas o objetivo principal - atrair a Rússia para outras guerras - não foi alcançado. E o sexto, na Moldávia, um rublo por cem, também irá virar pó

"A situação na fronteira do Estado da União com os países da OTAN continua turbulenta", disse o ministro da Defesa russo, Shoigu , em 27 de outubro de 2020. Than imediatamente causou histeria entre os alarmistas sobre outro sucesso da CIA.

Recentemente, especialmente em conexão com as consequências das eleições presidenciais na Bielo-Rússia e as hostilidades em Karabakh, tornou-se popular entre os comentaristas relembrar o relatório do ano passado da corporação analítica americana RAND intitulado “Estendendo a Rússia: Competindo em terreno vantajoso”.

Nele, especialistas fundamentam a conclusão sobre a expansão das fronteiras do espaço geopolítico controlado pela Rússia. Assim, voltando os tempos de competição entre grandes potências e obrigando a pensar na estratégia de conter a expansão russa. Existem apenas duas opções: militar e sabotagem.

Uma vez que uma guerra tradicional direta com um poder decisivo e moderno tecnologicamente avançado tem a garantia de levar a uma saída rápida para uma troca fatal de ataques nucleares estratégicos, esse caminho é reconhecido como inaceitável para os Estados Unidos. Isso torna a única estratégia possível para organizar ao longo do perímetro das fronteiras russas o maior número possível de conflitos locais, exigindo a intervenção de Moscou, mas dando-lhe clareza na escolha do lado e limitando severamente suas capacidades operacionais.

Este esquema astuto envolve a realização de seis objetivos táticos: fornecer à Ucrânia armas letais; intensificando o apoio aos "rebeldes" na Síria; organização da mudança de regime na Bielo-Rússia; usando o potencial para criar tensões no Sul do Cáucaso; uma diminuição no nível de presença e influência russa na Ásia Central; encerramento da presença da Rússia na Moldávia.

Segundo os comentaristas, cinco dessas seis greves já foram entregues à Rússia. A Ucrânia recebe os cobiçados dardos. No Quirguistão, houve um "Maidan", embora formalmente já fosse o terceiro nos últimos quinze anos, mas ao mesmo tempo tornou-se inesperado para muitos especialistas.

Os protestos continuam na Bielo-Rússia. E embora Lukashenka demonstre a força de sua vertical de poder, ele já admitiu publicamente a entrada do país na OTAN. E em canais de telegramas anônimos correram até boatos de que o "último ditador da Europa" passava a permitir o encerramento de sua carreira política. Eles não são realmente apoiados por nada, mas não se esqueça que nada parecido com isso foi observado antes. As lutas pelo Nagorno-Karabakh eclodiram entre a Armênia e o Azerbaijão.

Em suma, resta esperar as eleições marcadas para 1º de novembro em Chisinau, que aparentemente serão ganhas pelas forças de uma orientação abertamente pró-Ocidente, e será possível afirmar com confiança o sucesso total do "plano da CIA". Consistindo no alongamento excessivo das forças russas, levando com segurança à paralisia geopolítica de Moscou. Além disso, levando a uma diminuição de sua influência na arena internacional. Com todas as reclamações que se seguiram sobre a preservação da inviolabilidade da hegemonia mundial americana e do desamparo da liderança russa.

No entanto, é realmente assim? O que está acontecendo é realmente uma operação estratégica bem-sucedida dos serviços de inteligência dos Estados Unidos ou há um ajuste banal dos fatos a uma teoria pré-selecionada?

No nível estratégico, os analistas da RAND não apresentaram nada de novo. O isolamento do mundo por meio do incitamento à instabilidade, de preferência até as guerras locais, deveria ser contra a URSS. A estratégia foi batizada de "plano Anaconda".

O fato de o país-alvo ter um nome diferente hoje não muda a essência da questão. Apenas a geografia difere. Naquela época, todos os territórios mencionados nos "seis ataques" estavam firmemente dentro das fronteiras do controle russo. Portanto, deveria "estrangular Moscou" por meio da desestabilização do Afeganistão e do Oriente Médio, que fazem parte da zona de interesses geopolíticos da União Soviética, mas não são firmemente controlados por Moscou. Agora é muito mais fácil atear fogo na faixa de escombros do estado pós-soviético deixada após o colapso do Império Soviético.

Assim, não há operação estratégica global da CIA. Há apenas uma tentativa de usar para seus próprios fins o que, por assim dizer, "vai para as mãos de si mesmo". Afinal, se os limítrofes pós-soviéticos querem tão irracionalmente “ir para o Ocidente” e “entrar na família europeia de povos civilizados”, então por que não “dar a eles um Mauser” no estilo de um famoso “cidadão turco”?

E isso é realmente um problema. Mais diretamente relacionado com a Rússia. Primeiro, porque os limítrofes são, na verdade, estados vizinhos. No entanto, é mais importante, em segundo lugar: eles estão incluídos na zona de interesses geopolíticos dos principais centros de poder e, figurativamente falando, são uma espécie de pesos nas escalas globais da política internacional. Onde a mesma Crimeia não é apenas uma península disputável com a Ucrânia, mas é a chave para manter o controle sobre o Mar Negro, e através dele - fornece influência sobre o Mediterrâneo, Norte da África e Oriente Médio com o Golfo Pérsico.

Quando os especialistas da RAND em seu relatório falam sobre a sobrecarga de oportunidades da política externa russa, eles querem dizer algo bem diferente do que os críticos da política russa imaginam. Em vez disso, o oposto é verdadeiro.

Nos anos 90 e no início dos anos 2000, a elite governante russa secretamente continuou a considerar todo o espaço soviético como uma continuação da URSS, apenas com um nome diferente, mas com os mesmos valores e diretrizes. Isso formou então não apenas estranhas visões do mundo, mas também serviu de motivo para ações não menos inconsistentes.

Como, por exemplo, com o mesmo CSTO, que na altura da criação era considerado uma reencarnação moderna do OVD, como contrapeso à NATO. A nova educação não cumpriu a sua tarefa, no entanto, criou a aparência do sucesso de manter a "amizade dos povos", em que se preferia anular quaisquer divergências sobre pequenos detalhes locais momentâneos, que não afetavam o principal.

Essa era a fraqueza. Independentemente do nível de simpatia do público na prática, absolutamente todos os limítrofes sonhavam em se mudar de Moscou o máximo possível. Em duas formas: ou, como o Báltico com a Ucrânia, imediatamente completamente "para o Ocidente" (para a UE, para a OTAN, em qualquer lugar, apenas "para a família civilizada dos povos desenvolvidos"), ou como Bielo-Rússia, Armênia e as repúblicas da Ásia Central - mantendo multi-vetor "nezalezhnosti".

O resto é simples. Até cerca de 2010-2012, uma ilusão perigosa persistiu no espaço pós-soviético de que tudo isso não é apenas parte da zona de interesses geopolíticos russos, mas é, por assim dizer, uma parte inseparável da Rússia, que deve proteger, alimentar e apoiar a qualquer custo.

Essa foi a base tanto para o jogo das elites dominantes locais - "Dê-me mais dinheiro, caso contrário, deixaremos para ser amigos do Ocidente e você vai chorar, tendo nos perdido", e para a estratégia dos EUA visando separar as ex-repúblicas soviéticas da Rússia. Eles dizem, olhe, a América ainda está no poder de continuar a divisão do “mundo russo”, ao qual Moscou ainda não tem nada a se opor. Com todas as garantias que se seguiram de que isso prova a indisputabilidade do domínio americano.

Na verdade, o Kremlin gradualmente reavaliou a situação. Não, a Rússia não abandonou a configuração das fronteiras da zona de influência global. Mas eles pensaram seriamente na composição de seus interesses.

Pegue a mesma Ucrânia. Se em 2014 grande parte da sociedade das autoridades exigiu quase que imediato o lançamento de um tanque no Dnieper e o desembarque de pára-quedistas em Kiev, dizem, caso contrário “tudo estava perdido”, hoje a abordagem mudou. Por que precisamos de "tal" Ucrânia? Por que reeducar um povo de trinta milhões?

Tudo o que realmente precisamos, na forma de fábricas, tecnologias, especialistas, podemos obter sem ocupação. Na verdade, já o recebemos. Para todas as pessoas normais que compartilham nossos valores, simplificamos a possibilidade de se mudarem para nós e se estabelecerem como residência permanente. É mais lucrativo para nós compensar o resto por meio da substituição de importações. E os vizinhos restantes podem continuar a viver como quiserem. Mas já estritamente às suas próprias custas. Como eles podem. E como eles farão isso. Mesmo que saia mal. Ruim para eles.

A situação é absolutamente semelhante em todas as outras direções, da Ásia Central ao Cáucaso e até a Bielo-Rússia. Na verdade, o processo de estabilização geopolítica das consequências da versão anterior do confronto global entre sistemas simplesmente ainda não terminou. Mais da era da Guerra Fria.

Mais importante, a liderança e uma grande parte da população Limitrophe continuam a ser visualizados em um mundo que não existe mais. Eles ainda acham que o Ocidente está ganhando e se expandindo. Que ele durma e veja como unir a Geórgia e a Armênia à União Europeia e à OTAN, como integrar até mesmo a Ásia Central à UE. E, infelizmente, ele parou sua corrida para o leste há muito tempo.

Fiquei sem forças, recursos e significados. Acreditava-se que a adesão dos antigos países soviéticos fortaleceria o poder industrial e financeiro da União Europeia. O fato de que os neófitos realmente só querem mudar o fornecedor de brindes, em Bruxelas, no início de alguma forma, não pensei. É por isso que permanecem até hoje em um espanto desagradável. Já nos dois programas da "Cohezia" eles conseguiram muito dinheiro, e nas terras orientais da Grande Europa ainda não conseguiram abastecer e começar a trabalhar "como os alemães".

Em geral, os processos de expansão global pararam. A Europa não quer mais se expandir. Os Estados Unidos, em geral, já são abertamente e publicamente sobrecarregados com o papel de hegemonia. O chapéu não era para Senka. A China, como se constatou, não tem pressa em abocanhar o mundo inteiro. Eles não são tolos, são apenas caras muito pragmáticos. Eles têm todos esses problemas locais e lista de desejos desnecessariamente.

Assim, o espaço pós-soviético se viu em uma gigantesca faixa de alienação. Objetivamente, não estou interessado em nenhuma das partes. Talvez os turcos tivessem algumas opiniões sobre o Cáucaso e a Ásia Central. No entanto, as possibilidades de recursos para a restauração do império neo-otomano são seriamente superiores a eles.

Moscou desenvolveu um entendimento normal de que não faz sentido fugir, deixando cair os chinelos, para tomar apressadamente tudo isso “debaixo de suas mãos”. A situação deve amadurecer. As Forças Armadas da Ucrânia terão "dardos" americanos? E daí? Na verdade, suas entregas para a Ucrânia começaram no final de 2017. E isso não afetou de forma alguma a situação no Donbass. A Armênia vai perder Karabakh? E quanto à Rússia? Será que os armênios a amarão ainda menos? E daí? Alguém poderia pensar antes, eles literalmente não poderiam viver sem amizade conosco.

A situação é bastante oposta. Os estábulos Augeanos acumulados de apresentações locais do estilo “em qualquer lugar menos na Rússia” precisam ser limpos. Mas não por dinheiro ou esforços russos. Ao contrário, é necessário não só dar às elites locais a oportunidade de implementar as ameaças de “ir para o campo dos adversários da Federação Russa”, mas também olhar com calma para as consequências de tal medida para eles.

O que, de fato, está acontecendo agora. E nossos oponentes realmente não gostam do resultado. O que o relatório da RAND chama de expansão geopolítica russa é, na verdade, uma aceleração na degradação do vetor ocidental entre os limítrofes.

Na mesma Armênia, a consciência de que ninguém vai correr para salvá-los, de que é preciso restaurar a adequação aos desejos, solicitações e comportamentos, hoje começou a acontecer por si só. E não sob a influência de "engano da propaganda russa". Como resultado, o futuro do aluno de Soros Pashinyan está hoje sob uma grande questão - a questão de sua remoção do poder pelos militares está em pleno andamento.

Se tudo continuar assim, um dia os limítrofes podem chegar "a conclusões erradas". É por isso que o Ocidente está tão interessado em provocar o desencadeamento do “reflexo de agarrar” na Rússia. De modo que nas emoções e sem hesitação, ela se meteu no maior número possível de conflitos locais. Além disso, é desejável estar do lado errado e sem pelo menos uma compreensão aproximada de seus objetivos e interesses no que está acontecendo.

E ela se recusa a intervir. Ela não apareceu na guerra ucraniana. Em resposta aos apelos histéricos de Pashinyan, ela não veio correndo para lutar em Karabakh no modo de "marcha, três cruzes". Ele vê as danças da Ásia Central com um interesse francamente acadêmico. Ele calmamente observa enquanto as cadeiras de Lukashenka começam a se mover. Senta-se calmamente e espera que o lixo local acumulado nos arredores do Império queime por si mesmo. E quando a falta de opções de amizade com a Rússia nas mentes locais se desenvolver e ganhar uma posição por conta própria.

Como o canal de telegrama "Demiurgo Russo" escreve :

“Ninguém vai argumentar que hoje a situação nas fronteiras da Rússia é pior do que há 15-20 anos. Mesmo uma Bielorrússia relativamente estável "engatinhou" com relativa rapidez para uma crise política de pleno direito, que não era vista desde o colapso da URSS. Especialistas em conexão com o que está acontecendo falam sobre o enfraquecimento da influência da Rússia e a ativação de outros centros de poder.

Mas, em nossa opinião, o que está acontecendo é apenas uma continuação por inércia do colapso da URSS. Essa desintegração ainda não acabou. Curiosamente, no núcleo imperial da URSS, na Rússia, Vladimir Putin conseguiu iniciar o processo de decadência congelante em 2000, e no geral foi bem-sucedido. Como resultado, a Rússia de hoje em termos de economia é um país fundamentalmente diferente até mesmo da URSS no auge de seu poder. "

No entanto, esse processo de desintegração atingiu a periferia imperial em grande escala apenas hoje. É por isso que vemos a incendiária Ucrânia, Quirguistão à beira da guerra civil e da desintegração no Norte e no Sul, a Armênia perdendo Karabakh, a Bielo-Rússia, que está em crise política há mais de dois meses. Desidratação do Báltico.

Isso não está acontecendo porque, por exemplo, Erdogan aumentou o “poder otomano” lá, ou a Grã-Bretanha, com a chegada do novo chefe do Mi5, começou a jogar grande, esses fatores também existem, mas seu significado é seriamente exagerado. Na verdade, esse processo de desintegração da URSS só agora atingiu esses países em grande escala.

A Rússia está revivendo há vinte anos em novas bases econômicas e políticas. E os limítrofes pós-soviéticos ainda estão em uma onda de decadência. Conseqüentemente, outro processo recíproco ocorrerá em 5-7 anos. Por um lado, o crescimento do poder econômico da Rússia exigirá a expansão de sua expansão para os países vizinhos e um pacote de política externa correspondente. Por outro lado, uma nova geração da elite política aparecerá nos países limítrofes, que terá tempo de ver a experiência da geração atual, flertando com outros centros, e começará a se voltar para uma aliança com a Rússia.

O pêndulo, portanto, se moverá na direção oposta. Rumo ao processo de coleta de terras. "

Portanto, "seis ataques" não é um sinal da vitória da CIA, mas de sua derrota. Cinco em seis já foram alcançados, mas o objetivo principal - atrair a Rússia para outras guerras - não foi alcançado. E o sexto, na Moldávia, um rublo por cem, também será desperdiçado. Não, formalmente os operativos provavelmente se beneficiarão trazendo “seu próprio povo” ao poder. Mas geopoliticamente, essa vitória não mudará nada.

Alexander Zapolskis
https://regnum.ru 

Fonte: Putin Today - Ru


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

América Latina abre portas para Rússia e China em meio a estoque de vacinas pelos EUA



Em maio, Donald Trump anunciou a Operação Warp Speed (Velocidade Dobrada), que visa garantir que os EUA sejam o primeiro país a obter a vacina contra a COVID-19 e recebam o maior número de imunizações.


Os EUA têm financiado várias empresas farmacêuticas em troca de um compromisso de "reservar" o maior número possível de doses para os norte-americanos, caso tenham sucesso no desenvolvimento da vacina, uma ação chamada Operação Warp Speed (Velocidade Dobrada), anunciada em maio pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Esta ação preocupa vários especialistas, que temem que outros países, especialmente os mais pobres, não tenham acesso à vacina, pois é impossível competir com o dinheiro oferecido por Washington.
No caso da América Latina, vários países, que em tempos recentes demonstraram maior afinidade com os EUA, viraram a página e estão abrindo negociações com a Rússia e a China para acessar suas versões do medicamento. Exemplos disso são Brasil, Chile, Colômbia e Equador.

  • "A posição americana de acumular vacinas impulsiona os países latino-americanos a se abrirem para a Rússia e a China. É por isso que alguns países estão procurando outras alternativas", explicou o sociólogo colombiano Javier Calderón, pesquisador da Universidade de Buenos Aires, Argentina, à Sputnik Mundo.

Na mesma linha, o presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o argentino Oscar Laborde, afirmou à Sputnik que "cada país está tentando se conectar com aquele que lhe convém".

"A verdade é que a atitude dos Estados Unidos faz os países latino-americanos sentirem empatia e proximidade com a China e a Rússia", concluiu Laborde.


Operação Warp Speed

A Operação Warp Speed visa dar aos EUA acesso a cerca de 300 milhões de doses de vacinas.
Washington anunciou que selecionaria 14 projetos de desenvolvimento de medicamentos para esta operação.

  • Por exemplo, a empresa Johnson & Johnson recebeu cerca US$ 456 milhões (R$ 2,53 bilhões) do governo norte-americano, a Moderna Therapeutics obteve US$ 500 milhões (R$ 2,78 bilhões), e a empresa britânica AstraZeneca chegou a um acordo para US$ 1,2 bilhão (R$ 6,67 bilhões).

Além disso, os EUA concordaram em pagar US$ 1,6 bilhão (R$ 8,89 bilhões) à Novavax em troca de 100 milhões de doses de sua vacina, e pagarão um total US$ 1,95 bilhão (R$ 10,83 bilhões) à Pfizer e à empresa alemã de biotecnologia BioNTech em troca de 100 milhões de doses.


Acordos

Enquanto isso, mais de 20 países, incluindo Brasil e México, expressaram interesse em adquirir a vacina russa Sputnik V contra o novo coronavirus, revelou Denis Logunov, vice-diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, com sede em Moscou, à Sputnik.



O presidente mexicano Andrés Manuel Lopez Obrador disse que estaria disposto a testar ele mesmo a vacina russa.

Presidente do México, Lópes Obrador

Autoridades da Nicarágua, Guatemala, Bolívia, Argentina, Colômbia, Paraguai e Peru também demonstraram interesse na Sputnik V.


Interesse comercial

Por outro lado, Calderón disse à Sputnik que a abertura da América Latina para Rússia e China também é de natureza comercial.

  • "A vacina chinesa será gratuita para os países do Terceiro Mundo, e a Rússia anunciou um preço bastante acessível. Esta situação é muito diferente da proposta de vacina dos EUA, que custará US$ 50 [R$ 277,90] em duas doses. Por ser uma vacina que deve ser dada a toda a população, implica muito dinheiro, e é por isso que os governos estão fazendo um cálculo econômico a respeito das possibilidades que os Estados Unidos podem nos oferecer", afirmou Calderón.

O sociólogo colombiano afirma esperar que os governos latino-americanos coloquem o bem-estar do povo em primeiro lugar.

"Espero que eles adquiram a vacina, seja a chinesa, russa ou norte-americana, que seja acessível, mas que também sirva para nos imunizar contra o vírus. Espero que os governos latino-americanos entendam que além da obsessão econômica e hegemônica de Trump está a saúde do povo", refletiu Calderón.


Fonte: Sputnik Brasil



Estamos nos encaminhando para o fim da primeira fase!


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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Caça russo Su-27 decola para escoltar avião espião dos EUA sobre Mar Negro




O caça Su-27 da Força Aeroespacial da Rússia decolou para escoltar um avião de reconhecimentos da Marinha norte-americana sobre o Mar Negro.

"No dia 9 de agosto, os sistemas russos de controle aéreo sobre as águas neutras do mar Negro encontraram um alvo aéreo que se aproximava da fronteira russa. Para escoltar a aeronave, um caça Su-27 das forças de defesa aérea do Distrito Militar do Sul decolou", afirma comunicado do centro nacional de controle da Defesa russa.

Lockheed EP-3E

A tripulação do caça russo se aproximou da aeronave a uma distância segura, identificando a aeronave como um EP-3E Aries, um avião de reconhecimento da Marinha dos EUA.

Depois que o avião de reconhecimento norte-americano deixou a região, o caça russo regressou ao aeródromo de sua base.

O voo do Su-27 russo foi realizado em estrito cumprimento das regras internacionais do espaço aéreo. A fronteira russa não foi violada pelo avião norte-americano.



No Twitter


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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Quebrando tabu: bombas de Hiroshima e Nagasaki levaram mesmo à rendição do Japão?



O primeiro ataque nuclear da história, que completa 75 anos hoje (6), é muitas vezes considerado um "mal necessário" para colocar fim à Segunda Guerra Mundial. Mas será que foram realmente as bombas atômicas que levaram à rendição do Japão?


Nesta quinta-feira (6), o mundo relembra o ataque nuclear à cidade japonesa de Hiroshima, realizado pelas forças norte-americanas em 6 de agosto de 1945. A bomba, apelidada de Little Boy (Menininho), com força equivalente a 15 mil toneladas de TNT, matou pelo menos 120 mil pessoas em Hiroshima.

Três dias mais tarde, em 9 de agosto de 1954, um novo ataque nuclear seria realizado na cidade de Nagasaki, gerando mais 80 mil vítimas.

A narrativa consagrada no Ocidente, no entanto, legitima os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, argumentando que eles foram essenciais para garantir a rendição do Japão e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial.

Mas será que a bomba nuclear era necessária para garantir a rendição do Japão? Aliás, será que foram os bombardeios atômicos que determinaram a rendição de Tóquio?

  • "Militarmente, o Japão já estava derrotado antes da explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki", disse o historiador brasileiro formado na Rússia, Rodrigo Ianhez, à Sputnik Brasil.

Entre julho e agosto de 1945 "a campanha de bombardeios convencionais norte-americanos sobre o Japão tinha atingido o seu auge. Foram 68 cidades bombardeadas, das quais apenas duas foram atacadas com bombas atômicas: Hiroshima e Nagasaki", detalhou Ianhez.



"Se compararmos os dados destas 68 cidades atacadas, constatamos que Hiroshima ocupa o segundo lugar em número de vítimas, quarto lugar em número de quilômetros destruídos e o 17º lugar em porcentagem de cidade destruída."

Hiroshima depois da bomba atômica (imagem referencial)

Por outro lado, "99,5% da cidade de Toyama foi destruída pelos bombardeios convencionais. Hamamatsu foi destruída em 90%. Hiroshima, em pouco mais de 50%", notou.

Portanto, "sob o ponto de vista da intensa campanha de bombardeios que estava sendo realizada no Japão, os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki não são excepcionais".


Entrada da URSS na guerra contra o Japão

Para o historiador, a entrada da URSS na guerra contra o Japão, realizada em 9 de agosto de 1945, o mesmo dia do ataque nuclear a Nagasaki, foi o fator que determinou a rendição japonesa aos aliados.
Antes da invasão soviética, a liderança japonesa "já não tinha esperanças de ganhar a guerra [...], mas achava que poderia postergar a rendição por meses, caso conseguisse garantir a manutenção da neutralidade soviética", disse o Ianhez.

  • "Em notas da reunião de julho do Conselho Supremo japonês, as autoridades afirmam: 'a manutenção da paz com a URSS é uma condição essencial para a nossa permanência na guerra'", apontou o historiador.

Mas, cumprindo o acordo selado com os norte-americanos e britânicos durante a Conferência de Teerã, os soviéticos entram na guerra contra Tóquio.
"Em 9 de agosto de 1945, os soviéticos quebram o tratado de neutralidade que tinham com o Japão e invadem a Manchúria", conta o historiador.

Tanques soviéticos durante operação na Manchúria, agosto de 1945

"Em somente dez dias a URSS já havia rompido todas as forças na região. Eles só pararam quando acabou o combustível", disse.

Os japoneses estavam cientes de que "os soviéticos teriam condições de tentar desembarcar no Japão [...], enquanto os americanos ainda estavam a semanas de uma possível invasão".

  • Portanto, "a invasão pela URSS abriu a possibilidade de o território japonês ser atacado por duas frentes diferentes e duas potências diferentes", explicou Ianhez.

A invasão soviética também teria deflagrado o "temor dos japoneses de terem que se render aos soviéticos".

Soldados do Exército Imperial Japonês depõem armas perante soldados do Exército da URSS, na Manchúria, 20 de agosto de 1945

"Os japoneses preferiam se render aos americanos: eles acreditavam que, nesse caso, eles poderiam manter o imperador, que era uma figura sagrada, no poder."


Narrativa consagrada

Apesar do papel fundamental da invasão soviética na rendição do Japão, prevalece a narrativa de que as bombas de Hiroshima e Nagasaki determinaram o fim da guerra.

  • "A narrativa que coloca as bombas nucleares no centro da rendição do Japão se provou mais conveniente tanto para os japoneses quanto para os norte-americanos, e por isso foi consagrada", disse Ianhez.

"Considerando que a rendição militar era extremamente vergonhosa para os japoneses e que o imperador era considerado uma figura divina, atribuir a rendição a uma arma milagrosa [...] seria menos humilhante do que uma rendição militar comum, gerada por uma derrota militar convencional", argumentou.

Os ataques nucleares também "ajudam a construir uma narrativa de vitimização do Japão, que atenua as atrocidades e o papel nefasto que o país cumpriu durante a ocupação da Coreia e da China".

População da cidade chinesa de Dalian comemora chegada de tanques soviéticos, em agosto de 1945

Além disso, os japoneses tinham o interesse em "agradar os americanos, para negociar termos de rendição mais favoráveis".

  • "Para os EUA, a narrativa é muito conveniente, porque atribui a vitória exclusivamente a eles. Eles saem como os grandes vitoriosos da guerra contra o Japão", concluiu o historiador.

No dia 6 de agosto de 1945, bombardeiro americano B-29 realiza ataque atômico contra a cidade de Hiroshima, no sudeste do Japão. Três dias mais tarde, ataque similar é realizado contra a cidade de Nagasaki. No total, mais de 200 mil pessoas morreram, 120 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki.

Próximo ao epicentro da explosão, as temperaturas atingiram sete mil graus Celsius, gerando queimaduras fatais em milhares de vítimas. A onda de choque gerada pela bomba vitimou e soterrou outros milhares sob os escombros da cidade japonesa.

Prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui (à direita), recebe lista com nomes das vítimas do ataque nuclear de 6 de agosto de 1945, durante cerimônia em Hiroshima, Japão, 6 de agosto de 2020

A radiação gerada pela bomba fez muitas outras vítimas nos dias, semanas e anos que se seguiram aos primeiros e únicos usos de bomba nuclear em conflito armado da história mundial.


No Twitter




Recordando esse grande sucesso da banda (Uns e Outros) Retratando atitudes estupidas da raça humana, visando unicamente o lucro...
A vida passou a valer nada(...)


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quarta-feira, 17 de junho de 2020

92 anos de Che Guevara: Hasta Siempre Comandante! H.L.V.S


“Guerrillero Heroico”, fotografia de Alberto Korda tirada em 5 de março de 1960

O médico argentino que se tornou um dos maiores símbolos do espírito revolucionário de esquerda e no ícone do regime em Cuba


Por: Pablo Neri, do Coletivo de Juventude do MST
Da Página do MST


Em 1959, nos anos de tensão e “Guerra Fria” entre as potências URSS e Estados Unidos, a América Latina e o mundo é balançado pela notícia da Revolução cubana. A importância desse momento inaugura um ciclo de tensão e contestação entre a superpotência ianque e os países da América, cria uma nova perspectiva para a atuação da esquerda nas guerras de descolonização africana, além da vantagem militar mais temida pelos EUA contra sua inimiga URSS e lança para o mundo o aroma de transformação que as revoluções trazem para a atmosfera.

E junto com isso o mundo passa a conhecer os homens e mulheres que derrubaram a Ditadura de Fulgencio Batista e uma dos rostos mais conhecidos e que passaria a ser uma das figuras mais conhecidas do mundo, figuras mais difundidas durante o século XX é a de Ernesto Che Guevara.

O triunfo revolucionário Cuba passou a ser o sopro de esperança que chegava a todos os cantos do mundo e tinha como um dos principais mensageiros o Comandante Che Guevara, que dali em diante faria parte do Horizonte da militância de esquerda e de admiradores em todo o mundo.

É quase impossível achar alguém em alguma parte do planeta que não reconheça a imagem do líder cubano que hoje, emoldurado ou fixo por meios precários na parede, povoa o imaginário político as paixões e os sonhos de toda uma geração de militantes Sem Terra. Essa proporção de Che não é apenas pelo seu desempenho na guerra e por ser um dos mais imponentes contestadores do poder colonial ianque, mas por ser um dos rivais mais fulgores do capitalismo por encarnar em si mesmo, ar dar carne e osso a dignidade humana que se liberta do capitalismo e constrói um legado de militante socialista para o século XXI.


O começo

Ernesto Rafael Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito de 5 irmãos, Che cresceu e tornou-se médico. Ainda na juventude jovem Ernesto viajou pela América do Sul na companhia do amigo Alberto Grando para conhecer as doenças que assolavam o continente e entendeu que não bastava combater as mazelas, era preciso destruir o sistema que as fazia existir.

Conheceu Fidel e Raul Castro, outros dois importantes líderes da Revolução Cubana, em julho de 1955, durante o exílio dos irmãos no México. Foi durante esse encontro que se juntou ao Movimento 26 de Julho e partiu para Cuba a bordo do iate Granma com o objetivo de derrubar o ditador Fulgencio Batista, autocrata que governava a ilha com o apoio dos Estados Unidos.

Médico, jornalista, escritor, diplomata, Che logo ganhou destaque no comando do exército revolucionário pelos valores que acreditava serem necessários para conquistar o apoio dos povos e o respeito da nação: Humildade, trabalho voluntário, o amor, dedicação na luta pela libertação. Como segundo General do exército Che ajudou a desenvolver a tática de guerrilha, deu significado para o foquismo que sairia vitorioso em janeiro de 1959.

Após o triunfo revolucionário, Che assumiu uma série de cargos no novo governo. Entre outras funções, foi ministro das Indústrias, embaixador e presidente do Banco Central de Cuba. Che também foi pai, casou-se duas vezes, mas abandonou tudo isso para se dedicar à tarefa de levar a Revolução para os demais continentes. Acompanhou as tropas de Cuba em campanhas militares em apoio às nações africanas na luta contra a dominação colonial, recrutou profissionais cubanos de vários setores, especialmente da saúde, trabalhando em muitas nações mergulhadas na pobreza, no analfabetismo e na insalubridade.


Legado

Seguiu convicto de seu papel na luta revolucionária até o dia do seu assassinato em outubro de 1967, na Bolívia. Por isso, o MST como organização política estimula que a base a militância, em especial os mais jovens, conheçam a história e o legado de Che organizando como processo de formação a Semana internacional de Trabalho Voluntário Ernesto Che Guevara. Ele está presente nas músicas, nas poesias, nas místicas, neste momento de desesperança e de desencantamento com as causas coletivas Che segue sendo o farol que guia aquelas e aqueles que buscam a luta por uma sociedade justa, livre e emancipada. Em 2017 construímos a Brigada de Jovens que foram até a Bolívia nós 50 anos do assassinato de seu assassinato prestar a homenagem ao Comandante Che e escutar dos camponeses daquelas imediações que guardaram seus restos mortais por mais de 30 anos.

Mesmo tendo tantas dimensões, a direita brasileira, seus “intelectuais” e seu mau jornalismo vem trabalhando para tentar reduzir Che a um “assassino frio”. Como exemplo a editora Abril, que lançou o Manual Politicamente Incorreto que “busca destruir o mito”, retirando o contexto da revolução e acusando Che de matar seus inimigos por regozijo.

Mas qual o interesse desses detratores em atacar a memória e o legado de Che Guevara? De certeza temos que do lado de lá não tem nenhum ídolo que sirva de modelo aos jovens a não ser torturadores, generais ditadores e exploradores da miséria do mundo.

E para quem quiser se aprofundar mais na história e no legado de Che Guevara e a Revolução cubana atualmente temos uma série de filmes disponíveis, como o lendário filme Diário de Motocicleta (2004) dirigido pelo brasileiro Walter Salles e baseado nos diários de Che e Grando de sua viagem de juventude. Também tem o filme Che: O Argentino (2009), já mais velho e em meio ao contexto da revolução.

Também a Editora Expressão Popular tem títulos importantes e de fácil acesso para todos como o livro de Michael Lowy, Pensamentos de Che Guevara (1969) e Che Guevara – Política de Eder Sader (org.) Esta antologia apresenta a parte mais significativa das suas contribuições teóricas para decifrar os caminhos da vida, da prática revolucionária e da ética.

Poucos lutadores terão influenciado os acontecimentos e as idéias políticas revolucionárias do século XXI como Ernesto “Che” Guevara. Seu legado e sua história permanecerão como o chamado para a luta para o enfrentamento. Como disse Eduardo Galeano, “Che é o mais renascedor de todos” e o MST seguirá prestando as homenagem que esse grande ser humano merece.

Feliz Aniversário Che!


No Twitter:




 UNESCO en español

Momentos históricos das Nações Unidas:

Discurso proferido por Ernesto Che Guevara, representante de Cuba, em 11 de dezembro de 1964, perante a Assembléia Geral das Nações Unidas (19ª sessão, 1299ª reunião).



Nathalie Cardone - Hasta Siempre


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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Chega a 1 bilhão de barris a produção do pré-sal



ENERGIA


Jornal GGN - Ontem (14), a Petrobras comemorou a marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos no pré-sal. A empresa ressalta ela e seus parceiros atingiram esse total somente seis anos após a entrada do primeiro sistema de produção, no campo de Lula, na Bacia de Santos, e dez anos após a primeira descoberta em 2006.

A marca de 1 bilhão de barris “demonstra a capacidade técnica e de realização da companhia”, disse a Petrobras, comparando o feito com outras áreas de exploração de petróleo ao redor do mundo, como na parte americana do Golfo do México. Lá, tal patamar foi atingido 14 anos após o início da produção.


Em solenidade realizada no FPSO Cidade de Itaguaí, localizado na Bacia de Santos, dirigentes da empresa como Pedro Parente homenagearam os pioneiros da descoberta e do desenvolvimento do pré-sal.

“Não temos dúvida da nossa imensa capacidade de realização. Estou muito emocionado diante da grandeza do que está acontecendo aqui hoje”, afirmou Parente, presidente da companhia.

Ainda de acordo com a Petrobras, o pré-sal tem produtividade média acima da indústria mundial em campos offshore, atingido 25 mil barris por dia por poço em alguns casos.

A empresa também ressaltou a importância do pré-sal para sua recuperação econômica, afirmando que produz um petróleo de “ótima qualidade” e com custo de extração menor que US$ 8 por barril.

O pré-sal representa quase 50% da produção operada pela Petrobras e por cerca de 35% da produção própria da empresa. Outros 16 novos sistema de produção vão entrar em operação entre 2017 e 2021.

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A ascensão e queda de Temer e o retorno de Lula em 2018 é previsto por Paulo Coelho



Via: Sputnik

“Alguma previsão para o futuro, Mago?”, provocou um usuário do Twitter, dirigindo-se a Paulo Coelho. Sim – respondeu o best-seller brasileiro, mundialmente famoso por suas obras de teor esotérico –, 14 previsões, já que você perguntou. E além delas, um prognóstico de brinde: Lula se reelegerá para mais oito anos no Planalto em 2018.



 Antes de detalhar sua análise sobre o futuro político da nação, o Mago fez questão de ressaltar sua decepção com o PT.

No entanto, ciente de suas desilusões, mas crítico do processo movido na Câmara contra a presidenta Dilma Rousseff, o autor vislumbrou a ascensão e a queda de Michel Temer, ondas de privatização, crescimento das manifestações populares e, finalmente, a volta de Lula à presidência.


 Confira abaixo a previsão do escritor, na íntegra:

O dia seguinte 


Antes de mais nada, quero avisar que já fui petista, fiz campanha, me decepcionei, resisti o quanto pude às constantes desilusões, incompetência, etc. Mas chegou um dia que disse BASTA. Está aqui o Twitter a respeito, escrito em Novembro 2013 



 Isso dito, eis o que penso que acontecerá a partir de agora:

1 – Temer asssume assim que o Senado votar a favor (o que ocorrerá).

2- Cunha passa a ser o vice-presidente. Mas se chegou tão perto, por que não tentar subir mais um degrau? Não é agora que vai mostrar as cartas escondidas na manga – é um dos melhores políticos que o Congresso tem (digo isso com o coração em pedaços). E passa a ser a espada colocada sobre a cabeça de Dâmocles/Temer [ explicação aqui ]

3 – para compensar o excesso de gastos do governo, começam as privatizações. As riquezas do Brasil são vendidas a preço de banana. A corrupção, que agora já aprendeu onde estão as possíveis armadilhas, se disfarça melhor, e exigirá muito tempo para ser descoberta.

 4 – o povo, que nada tem de bobo, se dá conta que trocou seis por meia-duzia.

5 – o PT, que tampouco nada tem de bobo, volta ao confortável lugar de oposição ao governo, e começam as manifestações

6 – o Brasil, por mais que se esforce, não consegue vender a legitimidade do novo governo lá fora. No momento em que escrevo estas linhas, a opinião pública mundial é praticamente unânime em condenar o que aconteceu ontem (mas meu amigo Jorge Pontual tem razão, só quem pode falar do Brasil são os brasileiros)

7 – o dólar cai. as viagens para a Disneylandia sobem. Mas com isso, as exportações caem tambem, de maneira vertiginosa. Aqui não descarto uma (mais uma) intervenção da FIESP de modo a desvalorizar o dólar de novo.

8 – os 54 milhões que votaram em Dilma, e que simplesmente não se manifestam porque tem medo da opinião pública, enxergam em Lula o salvador da pátria.

9 – as manifestações crescem mais ainda. Temer começa a ter dificuldades em governar. Surgem greves e bloqueios de estada, coisas do tipo.

10 – Lula cresce.

11 – Acredito na sinceridade e na honestidade de Moro. Não acho que prenderá Lula por meros interesses políticos. Sabe que sua história, e a história de sua família seriam manchadas por gerações, como foi a de todos que apoiaram o golpe militar de 64 (tinha até recentemente amigo na família de um notório torturador, e 30 anos depois ficava me explicando que o seu sobrenome não queria dizer que compactuava com as idéias e ações do tio).

12 – Temer entra em desespero – sorridente e com pose de estadista, mas desesperado. Diz que o país está a beira do caos. Tem conversas reservadas com as Forças Armadas. E escuta um sonoro “NÃO” quando pede interferencia.

13 – Aécio tambem entra em desespero. Desde o dia 1 do segundo mandato de Dilma ele fez o possível e o impossível para não deixa-la governar. Agora vê que o maior beneficiado foi o PMDB. Começa a questionar Temer/Cunha. Mas é tarde. Seu filme já está queimado, como mostram as pesquisas recentes.

14 – o povo já não tem mais ilusão a respeito de nada, e não se manifesta mais. A aguerrida militância do PT entra em cena sozinha. Todos começam a achar que “o Brasil inteiro” está contra o governo (assim como ocorreu agora) Finalmente, usando um pouco de teoria conspiratória: voces não notaram que o PT quase nao fez nada de eficiente para manter Dilma no poder? Por que? Porque ela foi uma aposta errada. Portanto, o que acontece depois do item 14 acima, é a reeleição de Lula, e mais 8 anos de Partido Trabalhista.



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