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terça-feira, 25 de maio de 2021

H-20: misterioso bombardeiro estratégico da China poderia atacar bases dos EUA no Pacífico (FOTO)


O bombardeiro estratégico chinês Xian H-20 da próxima geração pode ter adotado um design de asa voadora furtiva que pode ajudá-lo a atingir alvos na segunda cadeia de ilhas e mais além, sugeriu analista após divulgação das imagens do avião.



A segunda cadeia é composta pelas ilhas do Japão que se estendem até o território norte-americano no pacífico – Guam – e as ilhas da Micronésia.

Elaboradas por computador, as imagens do design do bombardeiro chinês foram recentemente publicadas por uma revista controlada por uma corporação de defesa estatal chinesa, avança South China Morning Post.

As imagens mostram que o bombardeiro, que deverá estar operacional no final da década de 2020, dará prioridade a furtividade e capacidade de voar por longas distâncias, aponta especialista.

A mais recente edição da Modern Weaponry – uma revista mensal gerida pela Corporação das Indústrias do Norte da China (Norinco, na sigla em inglês) – divulgou quatro imagens criadas por computador do design do Xian H-20. O bombardeiro está em desenvolvimento há vários anos e suas fotos nunca foram oficialmente divulgadas.



As fotos sugerem que a aeronave terá um compartimento de armas, duas asas de cauda ajustáveis, um radar aéreo na frente e duas entradas de ar furtivas em ambos os lados, sendo todo o avião revestido por um material cinzento escuro absorvente de ondas de radar.

Informações anteriores alegavam que o H-20 seria equipado com mísseis nucleares e convencionais, e contaria com um peso máximo de decolagem de pelo menos 200 toneladas e capacidade te transportar carga útil de até 45 toneladas.

Além disso, é esperado que o bombardeiro seja capaz de voar a velocidades subsônicas e potencialmente disparar quatro mísseis furtivos hipersônicos de cruzeiro.

Especialista em aviões de guerra, Jon Grevatt percebeu que as imagens priorizaram a furtividade e a capacidade de voar por longas distâncias, e não a velocidade da aeronave.


  • "Isso significa que o tipo estratégico de vantagens dessa aeronave é que ela será capaz de atacar como um bombardeiro estratégico, assim o [avião] poderá atingir alvos a uma longa distância, talvez a segunda cadeia de ilhas e além", sugeriu Grevatt.

"Significa que [o H-20] ameaçaria os ativos e interesses dos EUA na Ásia-Pacífico. Se a aeronave se tornar operacional, ela tem o potencial de mudar as regras do jogo", acrescentou.

Na política externa dos EUA, a segunda cadeia de ilhas inclui bases dos EUA no Japão, Guam, Filipinas e outros países. A terceira cadeia insular se estende ao Havaí e à costa da Austrália.

Fonte: Sputnik Brasil


quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Quebrando tabu: bombas de Hiroshima e Nagasaki levaram mesmo à rendição do Japão?



O primeiro ataque nuclear da história, que completa 75 anos hoje (6), é muitas vezes considerado um "mal necessário" para colocar fim à Segunda Guerra Mundial. Mas será que foram realmente as bombas atômicas que levaram à rendição do Japão?


Nesta quinta-feira (6), o mundo relembra o ataque nuclear à cidade japonesa de Hiroshima, realizado pelas forças norte-americanas em 6 de agosto de 1945. A bomba, apelidada de Little Boy (Menininho), com força equivalente a 15 mil toneladas de TNT, matou pelo menos 120 mil pessoas em Hiroshima.

Três dias mais tarde, em 9 de agosto de 1954, um novo ataque nuclear seria realizado na cidade de Nagasaki, gerando mais 80 mil vítimas.

A narrativa consagrada no Ocidente, no entanto, legitima os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, argumentando que eles foram essenciais para garantir a rendição do Japão e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial.

Mas será que a bomba nuclear era necessária para garantir a rendição do Japão? Aliás, será que foram os bombardeios atômicos que determinaram a rendição de Tóquio?

  • "Militarmente, o Japão já estava derrotado antes da explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki", disse o historiador brasileiro formado na Rússia, Rodrigo Ianhez, à Sputnik Brasil.

Entre julho e agosto de 1945 "a campanha de bombardeios convencionais norte-americanos sobre o Japão tinha atingido o seu auge. Foram 68 cidades bombardeadas, das quais apenas duas foram atacadas com bombas atômicas: Hiroshima e Nagasaki", detalhou Ianhez.



"Se compararmos os dados destas 68 cidades atacadas, constatamos que Hiroshima ocupa o segundo lugar em número de vítimas, quarto lugar em número de quilômetros destruídos e o 17º lugar em porcentagem de cidade destruída."

Hiroshima depois da bomba atômica (imagem referencial)

Por outro lado, "99,5% da cidade de Toyama foi destruída pelos bombardeios convencionais. Hamamatsu foi destruída em 90%. Hiroshima, em pouco mais de 50%", notou.

Portanto, "sob o ponto de vista da intensa campanha de bombardeios que estava sendo realizada no Japão, os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki não são excepcionais".


Entrada da URSS na guerra contra o Japão

Para o historiador, a entrada da URSS na guerra contra o Japão, realizada em 9 de agosto de 1945, o mesmo dia do ataque nuclear a Nagasaki, foi o fator que determinou a rendição japonesa aos aliados.
Antes da invasão soviética, a liderança japonesa "já não tinha esperanças de ganhar a guerra [...], mas achava que poderia postergar a rendição por meses, caso conseguisse garantir a manutenção da neutralidade soviética", disse o Ianhez.

  • "Em notas da reunião de julho do Conselho Supremo japonês, as autoridades afirmam: 'a manutenção da paz com a URSS é uma condição essencial para a nossa permanência na guerra'", apontou o historiador.

Mas, cumprindo o acordo selado com os norte-americanos e britânicos durante a Conferência de Teerã, os soviéticos entram na guerra contra Tóquio.
"Em 9 de agosto de 1945, os soviéticos quebram o tratado de neutralidade que tinham com o Japão e invadem a Manchúria", conta o historiador.

Tanques soviéticos durante operação na Manchúria, agosto de 1945

"Em somente dez dias a URSS já havia rompido todas as forças na região. Eles só pararam quando acabou o combustível", disse.

Os japoneses estavam cientes de que "os soviéticos teriam condições de tentar desembarcar no Japão [...], enquanto os americanos ainda estavam a semanas de uma possível invasão".

  • Portanto, "a invasão pela URSS abriu a possibilidade de o território japonês ser atacado por duas frentes diferentes e duas potências diferentes", explicou Ianhez.

A invasão soviética também teria deflagrado o "temor dos japoneses de terem que se render aos soviéticos".

Soldados do Exército Imperial Japonês depõem armas perante soldados do Exército da URSS, na Manchúria, 20 de agosto de 1945

"Os japoneses preferiam se render aos americanos: eles acreditavam que, nesse caso, eles poderiam manter o imperador, que era uma figura sagrada, no poder."


Narrativa consagrada

Apesar do papel fundamental da invasão soviética na rendição do Japão, prevalece a narrativa de que as bombas de Hiroshima e Nagasaki determinaram o fim da guerra.

  • "A narrativa que coloca as bombas nucleares no centro da rendição do Japão se provou mais conveniente tanto para os japoneses quanto para os norte-americanos, e por isso foi consagrada", disse Ianhez.

"Considerando que a rendição militar era extremamente vergonhosa para os japoneses e que o imperador era considerado uma figura divina, atribuir a rendição a uma arma milagrosa [...] seria menos humilhante do que uma rendição militar comum, gerada por uma derrota militar convencional", argumentou.

Os ataques nucleares também "ajudam a construir uma narrativa de vitimização do Japão, que atenua as atrocidades e o papel nefasto que o país cumpriu durante a ocupação da Coreia e da China".

População da cidade chinesa de Dalian comemora chegada de tanques soviéticos, em agosto de 1945

Além disso, os japoneses tinham o interesse em "agradar os americanos, para negociar termos de rendição mais favoráveis".

  • "Para os EUA, a narrativa é muito conveniente, porque atribui a vitória exclusivamente a eles. Eles saem como os grandes vitoriosos da guerra contra o Japão", concluiu o historiador.

No dia 6 de agosto de 1945, bombardeiro americano B-29 realiza ataque atômico contra a cidade de Hiroshima, no sudeste do Japão. Três dias mais tarde, ataque similar é realizado contra a cidade de Nagasaki. No total, mais de 200 mil pessoas morreram, 120 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki.

Próximo ao epicentro da explosão, as temperaturas atingiram sete mil graus Celsius, gerando queimaduras fatais em milhares de vítimas. A onda de choque gerada pela bomba vitimou e soterrou outros milhares sob os escombros da cidade japonesa.

Prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui (à direita), recebe lista com nomes das vítimas do ataque nuclear de 6 de agosto de 1945, durante cerimônia em Hiroshima, Japão, 6 de agosto de 2020

A radiação gerada pela bomba fez muitas outras vítimas nos dias, semanas e anos que se seguiram aos primeiros e únicos usos de bomba nuclear em conflito armado da história mundial.


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Recordando esse grande sucesso da banda (Uns e Outros) Retratando atitudes estupidas da raça humana, visando unicamente o lucro...
A vida passou a valer nada(...)


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