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quinta-feira, 14 de março de 2024

Quando Putin fala sobre armas nucleares, invoca o direito de defesa, não de ataque, diz especialista


À Sputnik Brasil, especialista comenta entrevista dada pelo presidente russo, Vladimir Putin, e aponta que a doutrina da Rússia quanto às armas nucleares é a mesma desde a União Soviética, ou seja, são recursos de defesa e manutenção da soberania


© Sputnik / Gavriil Grigorov / Acessar o banco de imagens

Nesta quarta-feira (13), o presidente russo, Vladimir Putin, concedeu uma entrevista em que esclareceu alguns pontos do discurso feito na Assembleia Federal, sede do Parlamento russo, em 29 de fevereiro.

entrevista desta quarta-feira foi dada a Dmitry Kiselev, diretor-geral do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte.

Em entrevista à Sputnik Brasil, João Cláudio Pitillo, professor de história e pesquisador do Núcleo de Estudos das Américas (Nucleas) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), comentou os pontos abordados pelo presidente russo.

Na entrevista, Putin alertou que as tropas russas estão prontas para uma guerra nuclear, e disse que não descarta a possibilidade de realizar testes nucleares, se os EUA os fizerem.


"Se eles realizarem tais testes, não excluo, não é obrigatório. Se precisarmos disso, não precisamos, ainda temos que pensar, mas não excluo que possamos fazer o mesmo", disse o presidente russo.


Segundo Pitillo, em sua fala, Putin não fez uma ameaça de iniciar uma guerra nuclear, apenas invocou o direito de defesa da Rússia.


"A doutrina da antiga União Soviética era clara quanto às armas nucleares: elas não seriam jamais invocadas para atacar ninguém, mas seriam usadas para se defender, e aí você teria o status da destruição mútua. A Rússia continua com esse parecer, usando a arma nuclear como uma arma de dissuasão, que é o seguinte: 'Não me ataque, que eu também não lhe atacarei'", explica o especialista.

 

Putin: mísseis Avangard reduziram a zero
investimento dos EUA em defesa antiaérea

Ele acrescenta que o alerta de Putin vem na esteira de uma preocupante declaração dada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmou que, se for preciso, tropas francesas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) entrariam em território ucraniano para lutar contra as tropas russas.

Segundo Pitillo, sendo a França um país que possui armas nucleares, a declaração de Macron alerta "para uma escalada que pode levar a uma guerra nuclear".

"E a Rússia avisa que a sua prontidão é plena, ou seja, vai invocar o seu direito de defesa, não vai ser destruída. E nós sabemos que uma guerra nuclear envolvendo essas potências levará à destruição do planeta. Então é importante que todos os líderes do planeta que possuem armas nucleares estejam conscientes de que elas têm que continuar recolhidas, e que no lugar delas é preciso exercer a diplomacia."

O especialista também sublinha que os EUA não apenas se furtaram em ratificar o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), firmado no pós-Guerra Fria, como "continuaram em uma grande ofensiva global para dominar, não um continente, mas o planeta".


"Isso não é uma retórica. Basta ver que os EUA têm bases no mundo todo. […] E a Rússia, no seu caminho de desenvolvimento natural, é óbvio que vai romper, vai sair desse tratado. Porque esse tratado estava servindo para patrulhar e policiar os outros, não os EUA. Porque com esse discurso de fiscalizar e controlar o estoque nuclear mundial, os EUA, por trás disso, continuavam suas ações de avanços imperialistas. Ou seja, você ia retirando o direito dos países de se defenderem, eles iam diminuindo a sua capacidade nuclear, enquanto os EUA iam aumentando a sua presença militar em vários pontos, encurralando esses outros países. E a Rússia não quer ser encurralada, não quer ser surpreendida, então age de maneira a se proteger", explica Pitillo.

 

"É bom que se diga que é de conhecimento mundial que Israel tem um pequeno arsenal nuclear, é pequeno, mas existe, e que nunca foi policiado, nunca foi fiscalizado. E isso nunca foi objeto de discussão entre franceses, ingleses nem entre estadunidenses. Então esse tratado tem dois pesos e duas medidas", complementa.



 Na entrevista, Putin também comentou o recente anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, de que Washington não enviaria tropas à Ucrânia, afirmando que a Rússia não subestimaria a gravidade de tal ação.

"Sabemos o que são tropas americanas em território russo, são tropas intervencionistas, e é assim que as trataremos, mesmo que apareçam em território da Ucrânia", afirmou o presidente russo.

Segundo Pitillo, a declaração "é um alerta claro, no qual o presidente Putin avisa que a Rússia é um país que tem soberania".

"Porque nós conhecemos há 200 anos o papel que os EUA jogam no mundo, de intervenção, de invasão, de golpes de Estado, de destruição de soberanias. Então os EUA são um país que não se furta em invadir e atacar países independentes. Esse destino manifesto que os EUA rogaram para si é extremamente ameaçador. Porque você vê os EUA apoiando a destruição da Síria, apoiando uma Ucrânia fascista, apoiando uma série de ações de terrorismo ao redor da Rússia. Isso tem preocupado o presidente Putin, que não se furtará em agir em defesa do seu território. É o mínimo que os EUA deveriam compreender e respeitar. Porque essa doutrina bélica dos EUA cobra um preço caro, um preço em vidas humanas, e a ideia do imperialismo é manter esses países numa condição subordinada. E a Rússia tem todo um capital histórico que não lhe permite ficar subordinada a ninguém."

Na entrevista, Putin afirmou que "muitas pessoas no mundo associam a luta da Rússia por seus interesses às suas próprias esperanças de soberania e desenvolvimento independente".

"Eles associam nossa luta por nossa independência e verdadeira soberania com seus próprios desejos de soberania e desenvolvimento independente. Mas isso é agravado pelo fato de que, nas elites ocidentais, há um forte desejo de congelar a situação existente, uma situação injusta nas relações internacionais. Eles se acostumaram, durante séculos, a encher a barriga com carne humana e os bolsos com dinheiro. Mas eles precisam entender que o baile dos vampiros está acabando", disse o presidente russo.



 Segundo Pitillo, a declaração é uma crítica ao imperialismo e ao colonialismo. Ele destaca que "a expansão do Ocidente capitalista para os demais continentes do mundo se deu com base na exploração e na violência" e diz que, nesse contexto, "a Rússia propõe uma nova discussão, um rearranjo, um novo concerto das nações, onde esses países têm a possibilidade de reverter esse quadro, de passarem a ser donos dos seus próprios destinos".


"Esses países que outrora não tinham possibilidade, muitas vezes tinham que se submeter ao imperialismo, vendo as suas matérias-primas sendo drenadas por valores irrisórios e ficando apenas com o ônus dessa extração. Agora eles podem girar o seu comércio para uma relação mais justa, de benefício comum, com outro bloco, e esse alerta o presidente Putin faz ao mundo todo. É um aviso para o terceiro mundo, que hoje a gente pode chamar de Sul Global, de que é possível reverter esse quadro."

 

Pitillo também destaca que as entrevistas concedidas por Putin contribuem para desmantelar as falsas narrativas ocidentais que difundem o que ele classifica como uma visão deturpada da realidade, no intuito de alastrar a russofobia ao redor do mundo.

"O presidente Putin falando mais vezes, permitindo que as pessoas no Ocidente conheçam melhor a sua personalidade, o que ele faz, o que que ele pensa, isso aumenta a contradição. Isso faz com que o presidente Putin chame esse Ocidente e boa parte da população ocidental a fazer uma reflexão. […] isso rompe as barreiras que o Ocidente imperialista cria não só na guerra política, mas na guerra cultural. Então a fala do presidente Putin é esclarecedora", diz o especialista.


"Toda vez que Putin fala, ele combate essa guerra cultural, essa mentira, e permite que as pessoas conheçam mais sobre ele e a Rússia. E conheçam a motivação do governo russo, que não é bélica, pelo contrário, é de paz, mas uma paz justa, porque o problema é a Pax Americana. A Pax Americana é a paz dos cemitérios — essa não interessa a ninguém", conclui.

 

Fonte: Sputnik Brasil


terça-feira, 25 de maio de 2021

Vírus 'mais mortal' do que SARS-CoV-2 vai acarretar nova pandemia, alerta diretor da OMS


Um vírus ainda mais transmissível e fatal do que a COVID-19 vai suscitar nova pandemia no mundo, prevê o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), ressaltando "certeza evolutiva" desta possibilidade.



O alerta foi dado por Tedros Adhanom Ghebreyesus durante a reunião anual da agência das Nações Unidas com participação de ministros da Saúde de 194 Estados-membros na segunda-feira (24).


  • "Não se enganem, esta não vai ser a última vez que o mundo enfrenta a ameaça de uma pandemia", afirmou. "Há uma certeza evolutiva de que vai aparecer outro vírus com potencial de ser mais transmissível e mais fatal do que [o SARS-CoV-2]."

Em uma nota mais positiva, o diretor-geral admitiu que a quantidade global de casos e mortes pela COVID-19 registrados tem diminuído há três semanas consecutivas.

No entanto, o diretor-geral da OMS ressaltou que o mundo permanece "em uma situação frágil", e repreendeu as nações que acreditam estar fora de perigo, "não importando sua taxa de vacinação".

Ghebreyesus aproveitou a reunião para reforçar seu apelo aos governos para que doassem doses de imunizantes contra o coronavírus à COVAX, iniciativa apoiada pela OMS e GAVI Alliance.


  • Até agora, mais de 75% de todas as doses de vacinas foram administradas em apenas 10 países, de acordo com dados da OMS.

  • Para Ghebreyesus, esta "desigualdade escandalosa" está "perpetuando" a pandemia. Anteriormente, tendo se referido à situação como "apartheid de vacinas".

A eficácia das vacinas contra a COVID-19 já existentes não parece ser prejudicada pelas variantes emergentes do vírus, como a cepa primeiramente detectada na Índia, segundo o diretor-geral da OMS, que avisa que as variantes "estão mudando constantemente" e que as cepas futuras podem "tornar as nossas ferramentas ineficazes e nos arrastar de volta à estaca zero".

Fonte: Sputnik Brasil


terça-feira, 23 de março de 2021

'Alerta de UFO' como Pentágono supostamente pronto para revelar um relatório sobre avistamentos 'Difícil de explicar'


O Pentágono lançou três vídeos de "fenômenos aéreos não identificados" em 2020, capturados em câmeras de aeronaves da Marinha em 2004 e 2015. A filmagem, mostrando formas pretas acelerando a velocidades incríveis, vazou anteriormente para a mídia, o que levou a Marinha a confirmar sua autenticidade em resposta a uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação.



O manto de mistério em torno de alguns dos chamados avistamentos de OVNIs mais “difíceis de explicar” pode em breve ser levantado em um relatório do governo dos Estados Unidos, o ex-Diretor de Inteligência Nacional John Ratcliffe revelou em uma entrevista recente.


 

  •  "Há muito mais avistamentos do que foram divulgados ... Alguns deles foram desclassificados", disse o alto funcionário da inteligência durante o mandato do ex-presidente Donald Trump na Casa Branca.

Ratcliffe, quando questionado sobre incidentes envolvendo objetos voadores não identificados (OVNIs) na Fox News na sexta-feira, respondeu que avistamentos relatados em todo o mundo se estendem além de “apenas um piloto ou apenas um satélite, ou alguma coleção de inteligência”.


  • “E quando falamos em avistamentos, estamos falando de objetos que foram vistos por pilotos da Marinha ou da Força Aérea, ou foram captados por imagens de satélite que francamente se engajam em ações difíceis de explicar”, disse o político, que serviu como Diretor de Inteligência Nacional de 2020 a 2021.

Ratcliffe mencionou incidentes relatando movimentos para os quais a humanidade atualmente carece de tecnologia, com objetos viajando a velocidades que excedem a barreira do som sem um estrondo sônico, acrescentando:


  • “Normalmente, temos vários sensores que captam essas coisas ... alguns deles são fenômenos inexplicáveis ​​e, na verdade, há muito mais do que o que foi tornado público.”

O ex-funcionário acrescentou que, embora esperasse que o relatório tivesse sido divulgado antes que a administração de Donald Trump saísse da Casa Branca em janeiro, "não fomos capazes de colocá-lo em um formato não classificado sobre o qual pudéssemos falar com rapidez".

O relatório do Pentágono está previsto para ser lançado em 1º de junho, de acordo com a entrevista da Fox .


'OVNI' Contagem regressiva

O então presidente Donald Trump assinou um projeto de lei de alívio e financiamento governamental de $ 2,3 trilhões de COVID-19 em 27 de dezembro de 2020. Continha um "comentário do comitê" anexado à lei anual de autorização de inteligência, que exigia que o Pentágono e agências de espionagem divulgassem o que sabem OVNIs.

O próprio Trump já havia ignorado perguntas sobre OVNIs e possível vida alienígena.


  • “Não acredito, mas, você sabe, acho que tudo é possível”, disse ele durante uma entrevista ao Fox News 'Tucker Carlson em 2019.


 O Comitê de Inteligência do Senado, presidido pelo senador Marco Rubio (R-Flórida), disse no comentário que “dirige o [diretor de inteligência nacional], em consulta com o Secretário de Defesa e os chefes de outras agências ... apresentar um relatório dentro de 180 dias a partir da data de promulgação da lei, aos comitês de inteligência e das forças armadas do Congresso sobre fenômenos aéreos não identificados ”.

O relatório deve abordar “objetos aerotransportados observados que não foram identificados” e deve incluir uma “análise detalhada de dados de fenômenos não identificados coletados por: a. inteligência geoespacial; b. inteligência de sinais; c. inteligência humana; e d. medição e inteligência de sinais ”, disse o comitê.


Apenas 'arranhando a superfície'

O impulso para obter mais informações desclassificadas sobre os chamados OVNIs seguiu um movimento do Pentágono em abril de 2020 para desclassificar três vídeos de OVNIs filmados por pilotos da Marinha dos EUA, reconhecendo sua autenticidade.

Os vídeos, capturados com sistemas de mira infravermelhos, mostram formas pretas que parecem flutuar e ganham velocidade notável, e já vazaram para a mídia.

Por fim, em resposta a uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação, a Marinha confirmou sua autenticidade em setembro de 2019.

Imagens tiradas na costa de San Diego em 14 de novembro de 2004, de acordo com o The New York Times and Vice, e também apelidado de vídeo do Nimitz, do nome do navio dos pilotos, o USS Nimitz, mostra uma forma escura e oblonga sendo rastreada pela câmera infravermelha.


 

 "Ele acelerou como nada que eu já vi", um dos pilotos, comandante. David Fravor, disse ao The Times em 2017.

Um clipe datado de janeiro de 2015 mostra o que parece ser a superfície do oceano, com um pequeno objeto passando rapidamente pela câmera em alta velocidade. Os pilotos podem ser ouvidos exclamando: "O que diabos é isso?"

Na filmagem de 34 segundos também datada de 2015, a câmera infravermelha da aeronave rastreia um objeto semelhante a um disco voando acima das nuvens enquanto os pilotos se maravilham com o que poderia ser.



 Anteriormente, os vídeos foram publicados pelo The Times e pela Academia de Artes e Ciências To The Stars, um grupo de pesquisa de OVNIs fundado pelo guitarrista do Blink-182 Tom DeLonge.

O Departamento de Defesa, ao publicar os clipes, disse que concluiu que eles não "revelam nenhuma capacidade ou sistema sensível" e que sua liberação "não interfere em quaisquer investigações subsequentes de incursões militares no espaço aéreo por fenômenos aéreos não identificados ... fenômenos observados nos vídeos permanecem caracterizados como 'não identificados'. "


 

Fonte: Sputnik


 UOL

O Departamento de Defesa dos EUA oficialmente liberou três vídeos que mostram pilotos da Marinha interagindo com "fenômenos aéreos não identificados". - 27 de abr. de 2020

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quarta-feira, 3 de março de 2021

EUA transferem 10 combatentes do Daesh de sua base na Síria para o leste do país, segundo mídia


As forças dos EUA transferiram dez combatentes do grupo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) da sua base ilegal na província síria de Al-Hasakah para um local na província de Deir Ez-Zor, informa a agência estatal SANA.




 De acordo com as fontes da agência, os terroristas foram levados em dois helicópteros da base dos EUA de Al-Shaddadi a um local no deserto em Deir Ez-Zor.

  • No início de janeiro, foi noticiado que o exército dos EUA teria transportado 70 combatentes do Daesh da prisão para sua base militar na Síria.

Os militares norte-americanos, junto com as milícias curdo-árabes das Forças Democráticas da Síria (FDS), controlam os territórios no norte e nordeste da Síria, nas províncias de Deir Ez-Zor, Al-Hasakah e Raqqa onde se concentram as maiores jazidas de petróleo e gás.

O governo sírio qualifica a presença do exército dos EUA como ocupação do seu território, pilhagem organizada e banditismo por parte de Washington.

Vale ressaltar que, no início desta semana, a mídia iraniana relatou que as FDS estariam roubando diariamente 140.000 barris de petróleo bruto do campo petrolífero na província de Al-Hasakah, no nordeste do país.

Fonte: Sputnik Brasil


teleSUR tv

Eles denunciam que os EUA transferem tropas do Daesh da Síria para o Iraque - 12 de mai. de 2020

Uma organização iraquiana denunciou que os Estados Unidos são a favor da transferência de tropas do autodenominado Estado Islâmico da Síria para seu território. teleSUR

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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Marte a cores: rover da NASA envia primeiras FOTOS coloridas do Planeta Vermelho


O rover Perseverance da NASA pousou em Marte nesta quinta-feira (18), após realizar uma descida que a agência espacial norte-americana denominou de "sete minutos de terror". Agora o aparelho vai iniciar a busca por sinais de vida no Planeta Vermelho.



O robô enviou suas primeiras imagens coloridas de Marte, mostrando uma paisagem de terreno estéril e formações misteriosas de rochas.

Após uma jornada de quase 480 milhões de quilômetros viajados no espaço, o aparelho, que pesa pouco mais de uma tonelada e tem o mesmo tamanho de um carro grande, pousou na cratera Jezero, que é considerada um dos locais mais perigosos escolhidos pela NASA até agora, sendo que está cheia de rochas, penhascos e pedregulhos.

Uma das imagens compartilhadas em sua conta no Twitter mostra uma paisagem árida e empoeirada e a sombra do rover vista no solo.

Fotografias tiradas pelo rover Perseverance da NASA, que aterrissou em Marte em 18 de fevereiro na cratera Jezero

Outra imagem tirada pelo Perseverance exibe o que parecem ser rochas em uma paisagem amarelada ao lado de uma das rodas do veículo.


 

 Na descrição desta imagem o rover escreveu: "Eu amo rochas. Olhe para estas mesmo ao lado de minha roda. Elas são vulcânicas ou sedimentares?"

Já a última imagem mostra o rover suspenso no ar poucos instantes antes de sua aterrissagem.


Fotografias tiradas pelo rover Perseverance da NASA, que aterrissou em Marte em 18 de fevereiro na cratera Jezero

  • A bordo Perseverance tem um dispositivo experimental para obtenção de oxigênio da atmosfera de Marte, bem como um "helicóptero espacial" que voará pela primeira vez noutro planeta.

Os cientistas acreditam que, sendo a cratera um antigo lago, ela pode conter restos de micróbios mortos há muito tempo, no passado remoto em que Marte era um planeta úmido.

Fonte: Sputnik Brasil


Sputnik Brasil

Marte: rover Perseverance da NASA pousa no Planeta Vermelho

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Bolsonaro não descarta que a cloroquina seja um placebo: "Pelo menos eu não matei ninguém"


O presidente brasileiro Jair Bolsonaro defendeu mais uma vez o uso da cloroquina no tratamento da COVID-19. O presidente, porém, não descartou a possibilidade de o medicamento não ter efeito no combate à doença.



Embora a eficácia do medicamento não tenha sido comprovada em casos de coronavírus, o Bolsonaro promoveu amplamente seu uso nos últimos meses. 

"Se não dói, não causa arritmia, por que não tomar?", Perguntou Bolsonaro durante sua transmissão semanal ao vivo no Facebook.

O presidente frisou que ele mesmo usou a droga quando sofria de COVID-19 e novamente citou supostas pesquisas que indicam que a hidroxicloroquina é eficaz contra o coronavírus 


Infectologistas brasileiros consideram 

"urgente" para descartar hidroxicloroquina 

em pacientes com COVID-19

“Chegará a hora de falar se é eficaz ou não. Já ouvi alguns estudos que falam em cura de 70%. Se já existem mais de 200 mil mortos, então 140 mil pessoas teriam sido salvas”, hipotetizou o político.


Em meio a ataques contra imprensa e opositores políticos, Bolsonaro levantou a hipótese de que a droga é ineficaz, mas considerou que não teria responsabilidade pelas mortes.


  • “Pode ser que, no futuro, digam que a chance [de cura] é zero, que foi um placebo. Tudo bem, desculpe, tchau. Pelo menos não matei ninguém”, disse o presidente.


Frases de Bolsonaro que marcaram

 sua gestão da pandemia

 Por outro lado, o presidente disse que quem for contra o uso da cloroquina pode ser responsabilizado pelas mortes no quadro da pandemia COVID-19

“Agora, se der certo, vocês que criticaram, parte da imprensa, serão os responsáveis. Ao menos moralmente. E daí? Eles continuarão a me chamar de genocida ?”, Atacou Bolsonaro.

De acordo com os últimos dados oficiais, um total de quase 9,4 milhões de pessoas sofreram de COVID-19 no Brasil até agora. A pandemia do coronavírus já deixou mais de 228.000 mortos no país sul-americano.

Fonte: Sputnik Mundo


Porta dos Fundos

POLÊMICA DA SEMANA - CLOROQUINA

Já ouvimos médicos, especialistas, cientistas e autoridades, mas chegou a hora de ouvir quem diz coisas como "ei, esquerdopata, com cloroquina não tem mamata". É preciso ser imparcial no debate, concordam?

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sábado, 30 de janeiro de 2021

'Expectativa favorável': STF pode aprovar uso da vacina Sputnik V no Brasil


Ação do estado da Bahia no Supremo Tribunal Federal para adquirir vacina russa contra COVID-19 Sputnik V obtém apoio de outros estados. Decisão do ministro Lewandowski deve ser favorável, diz secretário do Consórcio do Nordeste.



Nesta quinta-feira (28), o governo de Pernambuco se juntou aos estados do Piauí e Maranhão, e integrou em ação promovida pelo estado da Bahia no Supremo Tribunal Federal (STF) que possibilitará a obtenção de pelo menos 50 milhões de doses da vacina Sputnik V.

Além das unidades da federação, o Colégio Nacional de Procuradorias-Gerais dos Estados (CONPEG), Defensorias Públicas de todo o país e a seção baiana da Ordem dos Advogados do Brasil expressaram apoio e devem participar da ação.


A ação

O governo da Bahia pede que o STF aprove o uso emergencial de vacinas contra a COVID-19 que tenham sido liberadas por agências internacionais que integrem a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Atualmente, o Brasil só reconhece a liberação feita por agências de países como EUA, Japão e União Europeia.

Agente da Saúde quilombola, de 70 anos, é inoculada com CoronaVac em Cachoeira do Piriá (PA), 19 de janeiro de 2021

A medida permitiria o uso da vacina Sputnik V no Brasil, uma vez que o imunizante russo foi aprovado para uso emergencial em países americanos como Argentina, Bolívia, Paraguai e México.

Uma vez aprovada, o estado da Bahia poderá seguir adiante com acordo para importação de pelo menos 50 milhões de doses do imunizante, que seriam distribuídos pelo Consórcio de governadores do Nordeste.


  • "A discussão está sendo travada basicamente em torno de um elemento: a decisão [da Anvisa] que, para a autorização do uso emergencial, exige a realização de testes clínicos de fase três em território nacional", disse o secretário do Consórcio de governadores do Nordeste, Thiago Campos, à Sputnik Brasil.

Para a Anvisa, essa exigência garantiria "mais segurança", uma vez que "ela acompanharia os processos desses exames clínicos aqui em território nacional", explicou Campos.

Agente da Saúde mostra cartão de vacinação, após receber dose do imunizante contra a COVID-19, Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2021

A ação impetrada no STF debate "se a autorização em outras agências para uso emergencial e o número de pessoas já vacinadas em outros países já não seriam o suficiente para assegurar em certa medida a segurança sanitária que a Anvisa pretende exigir", disse o secretário.


  • "Estamos entre uma exigência técnico-sanitária e a proteção da vida, dado o risco de morte decorrente da COVID-19. Qual desses princípios constitucionais deveriam ser priorizados? Esse é o cerne da questão", resumiu Campos.

Nesta segunda-feira (25), a Anvisa respondeu a solicitação do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, afirmando que não vai liberar o uso emergencial do imunizante russo sem a avaliação técnica da agência.

Ministro Ricardo Lewandowski durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal)

Para o órgão, autorizar o uso de vacinas baseado em parecer de agências internacionais seria abrir mão da soberania nacional.

Por outro lado, documento apresentado pelo Colégio Nacional de Defensores Públicos-Gerais (CONDEGE) argumenta ser necessário ampliar a oferta de imunizantes no Brasil.


  • "A cada dia que passa vai ficando claro que o governo federal fracassou na obtenção inicial de um volume suficiente de imunizantes, assim como na montagem de um plano eficaz de vacinação rápida", alegaram as defensorias.

De acordo com Campos, há "um detalhe" a ser avaliado: "para registro de medicamentos, de fármacos, de qualquer insumo junto à Anvisa, essa exigência de que os exames clínicos sejam realizados em território nacional não existe".

"Por que não existe para registro de medicamento, fármacos e até de vacinas, e teria que existir para a aprovação de uso emergencial? Essa é uma questão que a gente tem colocado no debate", disse o secretário.

Primeiro lote da vacina contra COVID-19 russa Sputnik V chega ao aeroporto de La Paz, Bolívia, 28 de janeiro de 2021

"Temos defendido que o Brasil precisa incorporar todos os imunizantes que estejam disponíveis e que precisamos conceder autorização àqueles que tem o nível de segurança sanitária, seja aqui [no Brasil] ou em outras agências, o quanto antes", declarou o secretário do Consórcio.

A vacina contra a COVID-19 Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e já está sendo administrada em todas as pessoas maiores de 18 anos na Rússia. O imunizante foi adotado de forma emergencial em países como Emirados Árabes Unidos (EAU), Venezuela, Argélia e Hungria.

Expectativa favorável

De acordo com Campos, a perspectiva de uma decisão favorável no STF para o uso da Sputnik V no Brasil é "favorável".


  • "Nós temos conversado bastante tanto com técnicos da Anvisa, quanto com [...] ex-ministros da Saúde e a expectativa é a de que sim, que a decisão do ministro Ricardo Levandowski será favorável", declarou Campos.

O presidente-executivo do laboratório União Química, que tem a licença para fabricar a Sputnik V no Brasil, Fernando Marques, disse à Reuters que tem dúvidas de que a Sputnik V será aprovada. "É apenas uma questão de tempo e de atender a todas as exigências da Anvisa", disse.

Logo da vacina russa contra COVID-19, Sputnik V, em laboratório da União Química que produz o imunizante em Brasília, 25 de janeiro de 2021

No entanto, Campos alerta para a possibilidade de que a Anvisa, caso contrariada, insista em colocar um lacre diferenciado nas doses de vacinas aprovadas por agências internacionais.


  • "Temos uma preocupação, porque no passado isso já ocorreu, de que a Anvisa com essa decisão [...] coloque um lacre [na vacina] dizendo 'não autorizada pela Anvisa' ou 'aplicada por decisão judicial'", disse Campos.

Ele teme que isso possa "inibir a vontade da população de se vacinar". "Isso não contribui, porque precisamos que as pessoas passem a aderir à vacinação."

Com lacre ou sem lacre, caso a decisão no STF prospere "o Brasil terá mais uma vacina, o que aumentará a nossa capacidade de imunização".


  • "Assim a gente pode começar a trabalhar para superarmos pelo menos as consequências mais agudas da COVID-19. A gente pode até ainda não eliminar [a doença], mas se diminuirmos o número de óbitos, já é um grande avanço", concluiu Campos.

Atualmente, o Brasil administra duas vacinas contra a COVID-19: a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceira com o laboratório chinês Sinovac, e a vacina da Oxford/AstraZeneca, que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz.

Agentes da Saúde são vacinados com a vacina russa contra COVID-19, Sputnik V, em Buenos Aires, Argentina, 29 de dezembro de 2020

As vacinas das farmacêuticas Pfizer e Johnson & Johnson conduziram testes clínicos em território brasileiro, mas não solicitaram autorização para uso emergencial junto à Anvisa.

Em setembro, o governo do Estado da Bahia selou acordo com o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) para a compra de 50 milhões de doses da vacina Sputnik V. Sem autorização da Anvisa, o estado não pode importar e administrar os imunizantes.

Fonte: Sputnik Brasil


CNN Brasil

Pedimos que Anvisa se debruce sobre os estudos da Sputnik V, diz governador da BA | EXPRESSO CNN

O governo da Bahia recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a liberação do uso das vacinas Sputnik V sem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que alega a falta de documentos considerados essenciais para que o medicamento seja aprovado para uso emergencial. Em entrevista à CNN, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), classificou as exigências da Anvisa como "burocráticas e "protelatórias". #CNNBrasil Leia mais: http://cnnbr.tv/2Yfpuhh

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domingo, 27 de dezembro de 2020

Bye, bye, “Bibi” : milhares de Judeus protestam em frente a residência de Netanyahu em Jerusalém - vídeos


As manifestações antigovernamentais estão em andamento há mais de seis meses, com cidadãos exigindo a renúncia de Bibi por causa do julgamento sob a acusação de suborno, fraude e quebra de confiança e a forma como o governo está lidando com a pandemia COVID-19. Netanyahu nega qualquer irregularidade.


Milhares de manifestantes se reuniram em frente à residência do primeiro-ministro Netanyahu em Jerusalém, na rua Balfour, no sábado, exigindo sua renúncia, informou o The Times of Israel.

Segundo a reportagem, centenas de pessoas participaram de uma marcha desde a entrada principal de Jerusalém até a Praça Paris, principal local da manifestação. Muitos deles seguraram cartazes pedindo a Netanyahu que fosse, e afirmando que "não vão parar de protestar até que você saia de nossas vidas".


 

 Várias dezenas de pessoas entraram em confronto com policiais do lado de fora da residência de Netanyahu. Os manifestantes chegaram algumas horas antes do horário habitual, o que pegou a polícia de surpresa, a princípio permitindo que os manifestantes se aproximassem da entrada da residência antes de bloquear a passagem.

Alguns manifestantes carregaram tochas acesas e acenderam uma fogueira perto dos portões. Posteriormente, foram evacuados por policiais e os bombeiros extinguiram um incêndio que haviam provocado. Três pessoas foram presas, dizem os relatórios.


 

 

 Enquanto a maior ação foi realizada fora da residência de Netanyahu, protestos ocorreram em todo o país no sábado, incluindo a cidade de Cesaréia, perto da casa particular de Netanyahu, e em praças, cruzamentos e rodovias.

Casos de violência também foram registrados em Rishon Lezion, onde um homem ameaçou manifestantes enquanto segurava uma faca. E em Giv'at Ada, perto de Cesaréia, os manifestantes foram alegadamente atacados por vários apoiadores do PM.

Os últimos protestos ocorreram no contexto das próximas eleições para o Knesset, esperadas para março. O parlamento israelense foi dissolvido na terça-feira após semanas de negociações orçamentárias fracassadas entre Netanyahu e o ministro da Defesa, Benny Gantz.

Na quarta-feira, o parlamento de Israel aprovou uma emenda à lei do coronavírus que estabelece limites para o tamanho dos protestos. Não mais do que 20 pessoas podem se reunir em um local, e apenas aqueles que vivem dentro de um quilômetro (0,6 milhas) de uma cena de rally têm permissão para comparecer. A legislação e o endurecimento geral das restrições ao coronavírus são vistos por alguns como uma tentativa de conter as manifestações.

Os protestos em todo o país conclamando Netanyahu a renunciar à luz da crise econômica causada pela pandemia continuam desde julho.

Fonte: Sputnik


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 @netanyahu Bye, bye, “Bibi”  Lá 💠💠💠💠


 

domingo, 13 de setembro de 2020

MP vê indícios de uso da Igreja Universal para lavar dinheiro de corrupção



Movimentações atípicas realizadas pela Igreja Universal do Reino de Deus, totalizando quase R$ 6 bilhões, chamaram a atenção do Ministério Público do Rio de Janeiro para possíveis crimes envolvendo a IURD.


A informação consta de um documento enviado à Justiça pelo subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins, obtido pelo G1. Na petição, a igreja é citada por ter chamado a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$ 5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019.

As suspeitas sobre a IURD têm relação direta com o escândalo do QG da Propina, que está sendo investigado pelo MP na prefeitura do Rio de Janeiro. Entre os alvos da operação, está o prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal e aliado do empresário investigado Rafael Alves, que ganhou fama por mensagens nas quais ameaçava revelar supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito, sua família e a igreja. Alves é apontado como um ator influente no governo municipal e suspeito de arrecadar propina com a conivência de Crivella. 


 Segundo o MP, outro nome importante na trama é o de Mauro Macedo, primo do fundador da IURD, Edir Macedo, que coordenou campanhas de Crivella e é suspeito de ter recebido Caixa 2 e de aliciar empresários para diferentes tipos de corrupção.

Para o Ministério Público, ainda de acordo com o G1, seria "verossímil concluir" que a Igreja Universal está sendo "utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal".



Desmascarando

Ministério Público mostra que Igreja Universal do Reino de Deus é foco de lavagem de dinheiro




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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Rei saudita diz que normalização de laços com Israel só virá com criação de estado palestino




O rei Salman, da Arábia Saudita, disse neste domingo (6) ao presidente estadunidense, Donald Trump, que Riad só normalizará relações com Israel após criação de um Estado palestino. 

No mês passado, os Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo com Israel, com mediação dos Estados Unidos, para a normalização de laços diplomáticos. Em razão do pacto, o governo israelense se comprometeu a suspender os planos de anexação da Cisjordânia. 

Além dos Emirados Árabes, os únicos países árabes com relações normalizadas com Israel são Egito e Jordânia. 

O rei Salman bin Abdulaziz disse a Trump, segundo a agência estatal saudita SPA, que saúda os esforços norte-americanos para apoiar a paz. O monarca acrescentou ainda que Riad quer uma solução justa e permanente para a questão palestina, baseada na Iniciativa Árabe proposta pelo reino em 2002. 


Riad permitirá uso de seu espaço aéreo

De acordo com a proposta, em troca de um acordo para a criação de um estado palestino e a retirada dos territórios ocupados por Israel após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, os países árabes normalizariam as relações com os israelenses. 

A Arábia Saudita não reconhece a criação de Israel. Apesar disso, Riad disse recentemente que permitiria que os recentes voos entre Israel e os Emirados Árabes passassem por seu espaço aéreo




Palestina: A Arte da Resistência - RT Documentário


quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Quebrando tabu: bombas de Hiroshima e Nagasaki levaram mesmo à rendição do Japão?



O primeiro ataque nuclear da história, que completa 75 anos hoje (6), é muitas vezes considerado um "mal necessário" para colocar fim à Segunda Guerra Mundial. Mas será que foram realmente as bombas atômicas que levaram à rendição do Japão?


Nesta quinta-feira (6), o mundo relembra o ataque nuclear à cidade japonesa de Hiroshima, realizado pelas forças norte-americanas em 6 de agosto de 1945. A bomba, apelidada de Little Boy (Menininho), com força equivalente a 15 mil toneladas de TNT, matou pelo menos 120 mil pessoas em Hiroshima.

Três dias mais tarde, em 9 de agosto de 1954, um novo ataque nuclear seria realizado na cidade de Nagasaki, gerando mais 80 mil vítimas.

A narrativa consagrada no Ocidente, no entanto, legitima os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, argumentando que eles foram essenciais para garantir a rendição do Japão e, portanto, o fim da Segunda Guerra Mundial.

Mas será que a bomba nuclear era necessária para garantir a rendição do Japão? Aliás, será que foram os bombardeios atômicos que determinaram a rendição de Tóquio?

  • "Militarmente, o Japão já estava derrotado antes da explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki", disse o historiador brasileiro formado na Rússia, Rodrigo Ianhez, à Sputnik Brasil.

Entre julho e agosto de 1945 "a campanha de bombardeios convencionais norte-americanos sobre o Japão tinha atingido o seu auge. Foram 68 cidades bombardeadas, das quais apenas duas foram atacadas com bombas atômicas: Hiroshima e Nagasaki", detalhou Ianhez.



"Se compararmos os dados destas 68 cidades atacadas, constatamos que Hiroshima ocupa o segundo lugar em número de vítimas, quarto lugar em número de quilômetros destruídos e o 17º lugar em porcentagem de cidade destruída."

Hiroshima depois da bomba atômica (imagem referencial)

Por outro lado, "99,5% da cidade de Toyama foi destruída pelos bombardeios convencionais. Hamamatsu foi destruída em 90%. Hiroshima, em pouco mais de 50%", notou.

Portanto, "sob o ponto de vista da intensa campanha de bombardeios que estava sendo realizada no Japão, os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki não são excepcionais".


Entrada da URSS na guerra contra o Japão

Para o historiador, a entrada da URSS na guerra contra o Japão, realizada em 9 de agosto de 1945, o mesmo dia do ataque nuclear a Nagasaki, foi o fator que determinou a rendição japonesa aos aliados.
Antes da invasão soviética, a liderança japonesa "já não tinha esperanças de ganhar a guerra [...], mas achava que poderia postergar a rendição por meses, caso conseguisse garantir a manutenção da neutralidade soviética", disse o Ianhez.

  • "Em notas da reunião de julho do Conselho Supremo japonês, as autoridades afirmam: 'a manutenção da paz com a URSS é uma condição essencial para a nossa permanência na guerra'", apontou o historiador.

Mas, cumprindo o acordo selado com os norte-americanos e britânicos durante a Conferência de Teerã, os soviéticos entram na guerra contra Tóquio.
"Em 9 de agosto de 1945, os soviéticos quebram o tratado de neutralidade que tinham com o Japão e invadem a Manchúria", conta o historiador.

Tanques soviéticos durante operação na Manchúria, agosto de 1945

"Em somente dez dias a URSS já havia rompido todas as forças na região. Eles só pararam quando acabou o combustível", disse.

Os japoneses estavam cientes de que "os soviéticos teriam condições de tentar desembarcar no Japão [...], enquanto os americanos ainda estavam a semanas de uma possível invasão".

  • Portanto, "a invasão pela URSS abriu a possibilidade de o território japonês ser atacado por duas frentes diferentes e duas potências diferentes", explicou Ianhez.

A invasão soviética também teria deflagrado o "temor dos japoneses de terem que se render aos soviéticos".

Soldados do Exército Imperial Japonês depõem armas perante soldados do Exército da URSS, na Manchúria, 20 de agosto de 1945

"Os japoneses preferiam se render aos americanos: eles acreditavam que, nesse caso, eles poderiam manter o imperador, que era uma figura sagrada, no poder."


Narrativa consagrada

Apesar do papel fundamental da invasão soviética na rendição do Japão, prevalece a narrativa de que as bombas de Hiroshima e Nagasaki determinaram o fim da guerra.

  • "A narrativa que coloca as bombas nucleares no centro da rendição do Japão se provou mais conveniente tanto para os japoneses quanto para os norte-americanos, e por isso foi consagrada", disse Ianhez.

"Considerando que a rendição militar era extremamente vergonhosa para os japoneses e que o imperador era considerado uma figura divina, atribuir a rendição a uma arma milagrosa [...] seria menos humilhante do que uma rendição militar comum, gerada por uma derrota militar convencional", argumentou.

Os ataques nucleares também "ajudam a construir uma narrativa de vitimização do Japão, que atenua as atrocidades e o papel nefasto que o país cumpriu durante a ocupação da Coreia e da China".

População da cidade chinesa de Dalian comemora chegada de tanques soviéticos, em agosto de 1945

Além disso, os japoneses tinham o interesse em "agradar os americanos, para negociar termos de rendição mais favoráveis".

  • "Para os EUA, a narrativa é muito conveniente, porque atribui a vitória exclusivamente a eles. Eles saem como os grandes vitoriosos da guerra contra o Japão", concluiu o historiador.

No dia 6 de agosto de 1945, bombardeiro americano B-29 realiza ataque atômico contra a cidade de Hiroshima, no sudeste do Japão. Três dias mais tarde, ataque similar é realizado contra a cidade de Nagasaki. No total, mais de 200 mil pessoas morreram, 120 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki.

Próximo ao epicentro da explosão, as temperaturas atingiram sete mil graus Celsius, gerando queimaduras fatais em milhares de vítimas. A onda de choque gerada pela bomba vitimou e soterrou outros milhares sob os escombros da cidade japonesa.

Prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui (à direita), recebe lista com nomes das vítimas do ataque nuclear de 6 de agosto de 1945, durante cerimônia em Hiroshima, Japão, 6 de agosto de 2020

A radiação gerada pela bomba fez muitas outras vítimas nos dias, semanas e anos que se seguiram aos primeiros e únicos usos de bomba nuclear em conflito armado da história mundial.


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Recordando esse grande sucesso da banda (Uns e Outros) Retratando atitudes estupidas da raça humana, visando unicamente o lucro...
A vida passou a valer nada(...)


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