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terça-feira, 1 de junho de 2021

Jornal Nacional faz matéria sobre as “grandes manifestações” de sábado


Telejornal da Globo desmentiu Bolsonaro, dizendo que as manifestações “não foram pequenas e reuniram milhares de pessoas em todos os 26 estados e no Distrito Federal”


Foto: Reprodução/TV Globo


Depois de uma cobertura discreta das manifestações contra Jair Bolsonaro, na edição de sábado (29), o Jornal Nacional veiculou, nesta segunda (31), uma extensa reportagem sobre os atos espalhados por todo o Brasil.

A matéria começou dizendo que Bolsonaro se pronunciou publicamente, nesta segunda, pela primeira vez, sobre as manifestações contra ele, que tomaram as ruas brasileiras no sábado.

O telejornal da Rede Globo apresentou um áudio, no qual Bolsonaro tentava minimizar as manifestações debochando dos atos.

“Vocês sabem por que teve pouca gente nessa manifestação da esquerda no fim de semana? Porque a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estão apreendendo muita maconha pelo Brasil. Faltou erva e dinheiro para o movimento aí”, disse o presidente.

O JN desmentiu Bolsonaro, dizendo que as manifestações “não foram pequenas e reuniram milhares de pessoa em todos os 26 estados e no Distrito Federal”. Mostrou imagens aéreas dos atos pelo impeachment e por vacina para todos em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.


Violência

Em seguida, o telejornal mostrou a violência policial praticada durante a manifestação em Recife e destacou: “O governo de Pernambuco ainda não sabe de quem partiu a ordem para a PM usar balas de borracha contra manifestantes. Dois homens que passavam pelo local foram atingidos nos olhos”.

Na sequência, relatou o caso de Jonas Correia de França, de 29 anos, que tinha ido comprar carne e acabou como vítima da ação policial. O JN entrevistou o rapaz e, também, sua esposa, Daniella Barreto.

A reportagem contou que ele foi atingido no olho direito e será submetido a uma cirurgia nesta quarta (2). Mas, segundo a família, perdeu a visão. “Eles não são dignos de usar uma farda dessa, porque policial é para proteger cidadão, não para espancar”, declarou Jonas.

O JN apresentou, ainda, imagens de Daniel Campello, de 51 anos, atingido no olho esquerdo. Ele passou, nesta segunda, por uma cirurgia e está internado no mesmo quarto de Jonas.

Na sequência, a reportagem disse que o governo de Pernambuco vai indenizar as famílias e que, até agora, cinco policiais foram afastados, incluindo o comandante da operação. Ao final do destaque, o telejornal entrevistou a vereadora por Recife, Liana Cirne Lins (PT), alvo de spray de pimenta por parte de um policial.


Clima quente

O JN ressaltou, ainda, que a semana começou com clima quente em Brasília, com as repercussões das manifestações. A matéria ouviu senadores governistas, que tentaram desqualificar os atos, e da oposição, que destacaram o peso do ato que levou milhares de pessoas às ruas.

Fonte: Revista Fórum


Canal Esquerda Brasil

Bolsonaro Debochou das Manifestações de sábado dia 29 de maio e o Jornal Nacional debochou do Bolsonaro mostrando as manifestações contra Bolsonaro, pedindo Impeachment dele. A Maior manifestação Contra Bolsonaro.

Jornal Nacional 31/05/2021

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domingo, 23 de maio de 2021

Embaixada americana informa à PF apreensão de novos lotes de madeira


Foram apreendidos três carregamentos de madeira nobre brasileira exportada ilegalmente para os Estados Unidos



A embaixada americana informou nessa sexta-feira (21/5) à Polícia Federal sobre a apreensão de três carregamentos de madeira nobre brasileira exportada ilegalmente para os Estados Unidos.


  • As cargas somam mais de 74 toneladas de madeira de espécies nativas da Amazônia, como angelim, cedro, jatobá, maçaranduba, entre outras.

O ofício da embaixada foi encaminhado ao delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni, chefe da operação Akuanduba, que investiga o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por suspeita de facilitar a exportação de madeira ilegal. As informações são do Jornal Nacional, da TV Globo.

Segundo o adido americano Bryan Landry, do Serviço de Pesca e Vida Silvestre, o equivalente ao Ibama nos Estados Unidos, foram apreendidos outros carregamentos de madeira que saíram do Brasil com destino aos portos de Nova Orleans e Seattle. O documento pede orientações para realizar a devolução da madeira apreendida.

“Os produtos florestais foram apreendidos e foi decretado seu perdimento em benefício do governo dos Estados Unidos. Para que se evite sua destruição, o Serviço de Pesca e Vida Silvestre obteve autorização para custear a devolução destes carregamentos ao Brasil. Nesse sentido, tendo em vista as investigações relacionadas à fiscalização das exportações de produtos florestais, submetemos o retorno do carregamento a esta autoridade policial e solicitamos informações sobre como proceder à devolução da madeira apreendida”, diz o ofício.

A embaixada informa também que o governo americano vai “solicitar o compartilhamento das investigações e das evidências produzidas no Brasil e nos Estados Unidos sobre crimes relacionados à exportação de produtos florestais entre os dois países, inclusive aquelas atinentes à operação Akuanduba”.

Segundo a Globo, esse pedido de compartilhamento é o primeiro passo para que os Estados Unidos possam iniciar uma investigação contra os investigados na operação Akuanduba, inclusive o ministro Ricardo Salles.

Todas essas cargas chegaram aos Estados Unidos sem a autorização de exportação do Ibama, documento obrigatório desde 2011 e que o presidente do Ibama, Eduardo Bim, tinha abolido com um despacho em fevereiro de 2020. Esse despacho foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Operações financeiras suspeitas

Também esta semana, a Polícia Federal relatou operações financeiras suspeitas de Ricardo Salles, a partir de um escritório de advocacia que ele tem em sociedade com a mãe. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, as operações foram feitas durante o período em que Salles exerce cargo no primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo a PF, as operações foram realizadas por intermédio do escritório de advocacia que Salles mantém em sociedade com a mãe e ocorreram, nos últimos dois anos. Salles nega a existência de operações suspeitas.

Na quinta-feira (20/5), um dia após a operação contra o titular do Meio Ambiente, o presidente Bolsonaro disse que Salles é um ministro “excepcional” e que está sendo perseguido por xiitas ambientais.

Fonte: Metrópoles


Band Jornalismo

A jornalista Mônica Bergamo comenta sobre a operação da PF que investiga a exportação ilegal de madeira. O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Ibama são investigados. 19 de mai. de 2021

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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Bolsonaro pagou R$ 17,8 mi a TVs para falar da campanha "Brasil imunizado"


O governo pagou R$ 1,6 milhão para divulgar campanha da vacinação nos intervalos do JN


O país não apenas está muito longe de estar imunizado, como nunca foi tão dividido - Carolina Antunes/PR

Não foi pouco o dinheiro “investido” pelo governo de Jair Bolsonaro, em veículos de comunicação, para a campanha de vacinação contra a covid-19 intitulada “Brasil imunizado, somos uma só nação”, duplamente falaciosa.

O país não apenas está muito longe de estar imunizado, como nunca foi tão dividido. A publicidade foi veiculada de 16 de março a 6 de abril deste ano.

De acordo com dados da Lei de Acesso à Informação, nesse período o governo gastou R$ 17,8 milhões para promover a campanha em jornais, novelas, humorísticos, filmes exibidos na TV, em programas de jornalismo policial de baixíssimo nível, Big Brother Brasil, programas como Fantástico e Domingo Espetacular, entre outros. A campanha foi criada pela agência Nova/SB.

A TV Globo ficou com a maior fatia do bolo: R$ 4 milhões. Em seguida, a TV Record de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (R$ 3,9 milhões). Segue-se o SBT de Sílvio Santos (R$ 3,8 milhões).

Mais de meio milhão de reais foram desembolsados somente para três programas “jornalísticos”. Cidade Alerta (Record), com Luiz Bacci, levou quase R$ 395 mil. O programa Brasil Urgente (Band), de José Luiz Datena, ficou com R$ 110 mil. Por fim, o de Sikêra Junior, Alerta Nacional (RedeTV), recebeu R$ 65 mil, segundo matéria de Dioclécio Luz para o Brasil Popular.

Não por acaso, os três apresentadores apoiam, ou apoiaram, o presidente. Datena – que defendeu a flexibilização do acesso a armas e a reforma da Previdência – demonstrou indignação ao ver, na famosa reunião de 22 de abril de 2020, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, dizer que a Band queria dinheiro do governo.

Bacci comemorou a eleição de Bolsonaro nas redes sociais e tem defendido a abertura do comércio na pandemia. E Sikêra Junior é claramente defensor do presidente e suas ideias. Não é, como se vê, por acaso que acontecem as “entrevistas exclusivas” que Bolsonaro costuma lhes conceder, que parecem mais conversa entre amigos do que pautas jornalísticas.


Globo é favorita

A maior parte dos recursos públicos para divulgar a falsa ideia de vacinação dos brasileiros foi para os noticiários da TV Globo. O governo pagou R$ 1.619.560,00 para divulgar a campanha de vacinação nos intervalos do Jornal Nacional e R$ 1.253.620,00 nos do Fantástico. O BBB faturou R$ 950 mil.

A TV Record recebeu R$ 850 mil para veicular a campanha no Jornal da Record e mais R$ 505 mil para o Domingo Espetacular. O Jornal da Band embolsou R$ 345 mil. O SBT recebeu R$ 112 mil para veicular a campanha no humorístico A Praça é Nossa e R$ 347 mil para o Programa Sílvio Santos.

Esse estado de coisas está em completo desacordo com a Constituição Federal de 1988. Como se sabe, os meios de comunicação por rádio e TV são concessão pública, conforme seu artigo 223.

“Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal”, diz o dispositivo.


Ligações sombrias

A campanha “Brasil imunizado, somos uma só nação” ter sido veiculada pelo governo de um presidente que claramente incentivou a disseminação do vírus – combatendo máscaras, a vacinação e a ciência – esconde um aspecto mais sombrio.

Não só por proclamar a tal unidade que não existe. Desde a campanha à presidência, Bolsonaro faz uso do bordão “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. A expressão faz lembrar a frase alemã Deutschland uber alles (“Alemanha acima de tudo”).

É o primeiro verso da canção nacionalista Das Lied der Deutschen (“A canção dos alemães”), de 1841. Hitler adorava a música, explica matéria do Deutsche Welle, edição Brasil. Em 1936, ela foi entoada na abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim, quando Hitler e seguidores entraram no Estádio Olímpico.

Fonte: Brasil de Fato


sábado, 3 de outubro de 2020

Jornal Nacional destaca legalidade de palestras de Lula

O telejornal, no entanto, abdicou de fazer uma reportagem sobre o tema

O Jornal Nacional, da TV Globo, desta sexta-feira (2) deu destaque ao reconhecimento de que não há provas que incriminem o ex-presidente Lula em razão das 23 palestras do ex-líder sindical que vinham sendo investigadas pela Lava Jato há cinco anos.

“A Lava Jato afirma que não há provas de irregularidade no pagamentos de palestras do ex-presidente Lula”, disse o apresentador William Bonner na abertura do Jornal Nacional.

O telejornal apontou que a juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, liberou metade dos valores bloqueados contra Lula levando em conta investigações da Polícia Federal e do MPF de que não há provas de o pagamento de palestras tivesse origem ilícita.

Apesar de ter feito chamada na abertura, o JN não produziu uma reportagem sobre o tema e o assunto foi exposto apenas pelos apresentadores do telejornal.

O jornalístico lembrou que o ex-presidente já tem duas condenações pela Lava Jato de Curitiba e afirmou que “aguarda sentença” de uma terceira.

Fonte: Revistas Fórum


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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Jornal Nacional mostra que comprar imóveis com dinheiro vivo é “hábito” da família Bolsonaro

Flávio, Jair, Eduardo e Carlos: os Bolsonaro | Divulgação

Comprar imóveis em dinheiro vivo é um ‘hábito’ da família Bolsonaro, apontou reportagem do Jornal Nacional nesta quinta-feira (24). Levantamento de informações registradas em cartório revelou que Eduardo, Carlos, Flávio e Rogéria Bolsonaro, primeira esposa de Jair Bolsonaro, adquiriram apartamentos com ‘moeda corrente, contada e achada certa’.

  • Essa expressão, segundo tabeliães ouvidos pelo Jornal Nacional, significa pagamento em dinheiro vivo.

Conforme apontou reportagem do Globo, Eduardo Bolsonaro pagou R$ 1 milhão por apartamento em Botafogo no RJ – consta nas escrituras que ele já havia dado um sinal de R$ 81 mil reais pelo imóvel e pagaria mais R$ 100 mil no ato em moeda corrente do país, contada e achada certa. O registro mostra ainda que ele pagaria mais R$ 18 mil nos próximos dias.  A maior parte do valor foi pago com financiamento da Caixa Econômica.

Esse não foi o primeiro imóvel comprado por Eduardo em dinheiro vivo, ele também adquiriu um apartamento em Copacabana por R$ 160 mil reais – sendo que R$ 110 mil foi pago com cheque administrativo e o restante em dinheiro vivo. No caso deste imóvel, ele pagou cerca de 30% a menos do que o valor de referência da prefeitura.

Carlos Bolsonaro também comprou um imóvel em dinheiro vivo em 2003, conforme foi revelado pelo jornal Estado de São Paulo. Ele pagou R$ 150 mil reais em dinheiro vivo. O apartamento fica na Tijuca.

Esse ‘hábito’ percorre gerações, pois Rogéria comprou um apartamento no valor de R$ 95 mil em 1996 com dinheiro vivo. Esse valor atualizado pela inflação corresponde a R$ 621 mil. Na época, ela era casada com Bolsonaro em regime de comunhão parcial de bens e eles se separaram dois anos depois.

Flávio Bolsonaro também já usou dinheiro vivo em transações imobiliárias, mas, por decisão de Justiça, a Globo está impedida de divulgar informações sobre o inquérito das ‘rachadinhas’.

Fonte: DCM


Seremos Resistência

Irmãos Bolsonaro compraram imóveis com dinheiro vivo, mostra levantamento em cartórios

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domingo, 13 de setembro de 2020

MP vê indícios de uso da Igreja Universal para lavar dinheiro de corrupção



Movimentações atípicas realizadas pela Igreja Universal do Reino de Deus, totalizando quase R$ 6 bilhões, chamaram a atenção do Ministério Público do Rio de Janeiro para possíveis crimes envolvendo a IURD.


A informação consta de um documento enviado à Justiça pelo subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins, obtido pelo G1. Na petição, a igreja é citada por ter chamado a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$ 5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019.

As suspeitas sobre a IURD têm relação direta com o escândalo do QG da Propina, que está sendo investigado pelo MP na prefeitura do Rio de Janeiro. Entre os alvos da operação, está o prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal e aliado do empresário investigado Rafael Alves, que ganhou fama por mensagens nas quais ameaçava revelar supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito, sua família e a igreja. Alves é apontado como um ator influente no governo municipal e suspeito de arrecadar propina com a conivência de Crivella. 


 Segundo o MP, outro nome importante na trama é o de Mauro Macedo, primo do fundador da IURD, Edir Macedo, que coordenou campanhas de Crivella e é suspeito de ter recebido Caixa 2 e de aliciar empresários para diferentes tipos de corrupção.

Para o Ministério Público, ainda de acordo com o G1, seria "verossímil concluir" que a Igreja Universal está sendo "utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal".



Desmascarando

Ministério Público mostra que Igreja Universal do Reino de Deus é foco de lavagem de dinheiro




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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Palocci contou mentiras e embolsou R$ 30 milhões para incriminar Lula, mas ele não agiu sozinho. Por Joaquim de Carvalho




Antonio Palocci não vale nada, já se sabia, mas é preciso também verificar a responsabilidade dos policiais federais e do desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, na fraude que foi a delação do ex-ministro.

Durante mais de dois anos, Palocci se ofereceu a Moro para delatar. Ameaçou entregar a Globo e bancos, em depoimento que tratou de outro assunto.

Até a força-tarefa de Curitiba rejeitou, talvez em uma estratégia que só se compreenderia mais tarde: terceirizar a responsabilidade.

Na época, em chat privado, a procuradora Laura Tessler chegou a comentou sobre a farsa, como se saberia pela Vaza Jato.

“Não só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, afirmou.

“O melhor é que (Palocci) fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez seja”, acrescentou Antônio Carlos Welter.

Moro também achava a delação fraca, segundo as conversas do chat que se tornariam públicas.

Mesmo assim, divulgou um dos anexos da delação quando faltava uma semana para o primeiro turno das eleições de 2018.

Quem negociou delação e tomou os depoimentos foi a  Polícia Federal em Curitiba — braço da Lava Jato. E quem homologou foi o amigo de Moro no TRF-4, João Pedro Gebran Neto.

Com o acordo, Palocci deixou a cadeia, com 30 milhões de reais lavados pela Justiça, já que esse dinheiro se encontrava bloqueado por ser resultado dos crimes que o próprio ex-ministro cometeu.

Em reportagem publicada hoje, com base no relatório da PF para investigar denúncias apresentadas na delação sobre vazamento de informação privilegiada do Banco Central, o Conjur informa os únicos delitos comprovados até agora “foram praticados pelo próprio Palocci”.

Ele “falsificou agendas de compromissos e contratos para dar ares de veracidade ao que disse”, registra.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, não tem dúvida de que a delação atendeu a interesse político.

“Sempre dissemos que a delação de Palocci era um instrumento da Lava Jato para praticar lawfare contra o ex-presidente Lula. Na semana passada o Supremo Tribunal Federal acolheu um dos recursos que levamos à Corte para reconhecer que Moro agiu de forma ilegal e com viés político ao anexar, de ofício, essa delação ao processo de Lula seis dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Agora a Polícia Federal concluiu que a mesma delação é um nada. Isso reforça que sempre estivemos na direção certa e que Moro e a Lava Jato praticaram intenso lawfare para tentar aniquilar Lula e para isso colocaram o país numa situação terrível”, afirmou.

Com fortuna legalizada, Palocci aplicou um golpe, mas se engana quem imagina que a Justiça foi vítima.

Como mostram os diálogos da Vaza Jato, só acreditou nele quem quis ou quem também viu algum benefício nas mentiras que Palocci contava.

Benefícios não para o sistema de justiça, mas para se encaixar em jogo político ou algo ainda mais imoral do que isso.

Se não forem responsabilizados — e é difícil que seja, já que a delação é como um contrato e, portanto, se caracteriza como ato jurídico perfeito –, os responsáveis pela delação de Palocci devem ser expostos à execração pública.

São cúmplices.

Fonte: DCM



Lula diz a Moro que Palocci mentiu - 13 de set. de 2017

O depoimento de Lula ocorre uma semana depois que seu ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou que ele recebeu mais de 300 milhões de reais da Odebrecht em vantagens indevidas, na época em que era presidente. Lula negou as acusações e chamou Palocci de "simulador, frio e calculista".



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 Henrique Brito

Lula é vitima de "Lawfare" - 15 de dez. de 2016

A palavra "lawfare" é uma combinação (portmanteau) das palavras "law" (lei) e "warfare" (guerra). Uma tradução literal aproximada para "lawfare" seria "guerra jurídica". Trata-se do uso da lei (law) como instrumento de guerra e destruição do outro (warfare), onde não se respeita os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar. Tal prática é planejada de forma a ter toda uma aparência de legalidade, com a ajuda da mídia, além dos agentes perpetradores.


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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Reflexões de uma batedora de panela, seis meses depois





Vânia olhou para a sua panela tramontina roxa ali guardada no fundo do armário da cozinha.

Foi um olhar em que havia ao mesmo tempo melancolia e frustração.

Não era uma panela qualquer. Era aquela que Vânia usara nos protestos contra Dilma. Escolhera-a por ser leve e barulhenta. Perfeita, portanto, para a ocasião.

A panela remetia a Dilma. Vânia, naqueles dias de panelaço, abominava Dilma.

Dilma era um obstáculo para o Brasil, para os brasileiros. Quando gritava “Fora Dilma”, Vânia tinha certeza de que bradava pelo progresso nacional.

Vânia era gerente de uma loja da Riachuelo. O dono da cadeia dissera à imprensa que, Dilma saindo, as coisas logo se ajeitariam na economia nacional. Questão de dias.

Era o que todo mundo dizia, aliás. Vânia lia a Veja toda semana. Não perdia um Jornal Nacional. Deixava horas e horas a GloboNews ligada na tevê de sua casa. No trânsito, a rádio de seu carro oscilava entre CBN e Jovem Pan.

Considerava-se, modéstia à parte, uma mulher muito bem informada.

Todo mundo que ela admirava na imprensa concordava em que Dilma tinha que cair.

Vânia pegou a tramontina roxa nas mãos e como que voltou no tempo. Sentia que estava fazendo história ao participar dos panelaços. Com a panela nas mãos, naquelas noites, era tomada de uma euforia quase sexual.

Tinha que dar certo — e deu. Dilma enfim caiu.

Todos os problemas agora estavam resolvidos.

Ou não?

Ali, na sua cozinha, tramontina na mão, naquele momento de rememoração e reflexão, já se tinham passado mais de seis meses desde a queda de Dilma.

Mas e o paraíso prometido, onde fora parar?

Vânia batera a panela contra a corrupção, mas Temer e a turma que tomara o poder não significavam exatamente um choque de ética política.

Na economia, as coisas não podiam estar piores. Vários colegas de Vânia de gerência na Riachuelo tinham sido demitidos nos últimos dias. Cada vez que o chefe a chamava ela tinha um tremor. Achava que chegara a sua hora de ser despedida.

Naquele dia do reencontro com a tramontina roxa, Vânia pensou também em Dilma.

Será que ela era mesmo aquele monstro que pintaram?

Vira algumas entrevistas com ela depois do impeachment. Chamou sua atenção a forma como ela, Dilma, se referia aos pobres. Era uma simpatia que parecia ser genuína, e que como que tinha o poder de contagiar.

“Um país tão rico com tantos pobres não pode dar certo”, Vânia se pegou um dia refletindo. Isso nunca aconterera antes.

Vânia passara a ver Dilma de outra forma.

Teria sido vítima de uma trama de homens corruptos e muito ricos, como ela dizia?

Talvez sim, talvez não, pensou Vânia, panela na mão.

De repente, num impulso irresistível, atirou a tramontina contra a parede.

E lhe ocorreu que caso encontrasse Dilma na rua lhe daria um abraço.

Não um abraço de desculpa, mas um gesto de solidariedade de mulher para mulher. “Acho que me usaram para te pegar”, talvez dissesse.

A história acima é uma mistura de ficção leve e realidade brutal.

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sábado, 26 de novembro de 2016

A Veja só notou agora que Serra e Alckmin estão metidos em propina?




A Veja pensa que engana a quem dando agora, e só agora, que Serra e Alckmin estão metidos em propinas?

Muito pouco, muito tarde, caso seja uma tentativa de recuperar a credibilidade dilapidada em anos seguidos de perseguição a Lula, a Dilma e ao PT.

Credibilidade é como virgindade: uma vez perdida, adeus.

O que pode estar acontecendo, e não só na Veja, mas nos demais veículos, é um abrandamento no jornalismo de guerra praticado para sabotar o PT no poder.

Uma vez feito o serviço, a mídia poderia, segundo este raciocínio, retornar aos tempos em que não era o monstro que se tornou.

Mas como apagar o passado?

Nesta semana mesma, o delator Youssef agregou-se a outros que negaram qualquer participação de Lula nas falcatruas da Petrobras.

Este mesmo Youssef foi usado pela Veja num dos mais sujos momentos da campanha presidencial passada. A revista colocou uma chamada infame: “Eles sabiam de tudo”.



Eles eram Dilma e Lula. Tudo eram as falcatruas na Petrobras. E o autor da “revelação” era Youssef. Pior ainda: a capa saiu exatamente no final de semana da eleição, e foi escandalosamente usada pela campanha de Aécio como propaganda eleitoral.

É esta revista do falso “eles sabiam de tudo” que agora quer se mostrar “neutra”?

É bom lembrar que foi a Veja que inaugurou o jornalismo de guerra no Brasil. Pegou em armas logo no início da gestão Lula.

Internamente, seus editores chamavam o que estavam fazendo de “jornalismo de exceção”.

Duas figuras foram vitais no processo. Na revista impressa, o colunista Diogo Mainardi. No site, o blogueiro Reinaldo Azevedo.

Você vê hoje uma multidão de Mainardis e Azevedos nas redações de jornais, rádios, revistas etc. São todos filhos de Diogo Mainardi, de Reinaldo Azevedo — e da Veja, em última instância.

Dada a influência que exercia sobre a imprensa brasileira, o jornalismo de guerra da Veja acabaria por se espalhar por todas as redações.

Nos últimos tempos de Dilma, o Jornal Nacional, por exemplo, já era uma alma gêmea da Veja.

O legado antidemocracia e anti-jornalismo da Veja é monumental.

Acreditar agora que ela mudou subitamente de personalidade demanda fé em doses colossais.

Quem acredita nisso, para lembrar nosso bom Duque de Wellington, acredita em tudo.

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