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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Bolsonaro pagou R$ 17,8 mi a TVs para falar da campanha "Brasil imunizado"


O governo pagou R$ 1,6 milhão para divulgar campanha da vacinação nos intervalos do JN


O país não apenas está muito longe de estar imunizado, como nunca foi tão dividido - Carolina Antunes/PR

Não foi pouco o dinheiro “investido” pelo governo de Jair Bolsonaro, em veículos de comunicação, para a campanha de vacinação contra a covid-19 intitulada “Brasil imunizado, somos uma só nação”, duplamente falaciosa.

O país não apenas está muito longe de estar imunizado, como nunca foi tão dividido. A publicidade foi veiculada de 16 de março a 6 de abril deste ano.

De acordo com dados da Lei de Acesso à Informação, nesse período o governo gastou R$ 17,8 milhões para promover a campanha em jornais, novelas, humorísticos, filmes exibidos na TV, em programas de jornalismo policial de baixíssimo nível, Big Brother Brasil, programas como Fantástico e Domingo Espetacular, entre outros. A campanha foi criada pela agência Nova/SB.

A TV Globo ficou com a maior fatia do bolo: R$ 4 milhões. Em seguida, a TV Record de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (R$ 3,9 milhões). Segue-se o SBT de Sílvio Santos (R$ 3,8 milhões).

Mais de meio milhão de reais foram desembolsados somente para três programas “jornalísticos”. Cidade Alerta (Record), com Luiz Bacci, levou quase R$ 395 mil. O programa Brasil Urgente (Band), de José Luiz Datena, ficou com R$ 110 mil. Por fim, o de Sikêra Junior, Alerta Nacional (RedeTV), recebeu R$ 65 mil, segundo matéria de Dioclécio Luz para o Brasil Popular.

Não por acaso, os três apresentadores apoiam, ou apoiaram, o presidente. Datena – que defendeu a flexibilização do acesso a armas e a reforma da Previdência – demonstrou indignação ao ver, na famosa reunião de 22 de abril de 2020, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, dizer que a Band queria dinheiro do governo.

Bacci comemorou a eleição de Bolsonaro nas redes sociais e tem defendido a abertura do comércio na pandemia. E Sikêra Junior é claramente defensor do presidente e suas ideias. Não é, como se vê, por acaso que acontecem as “entrevistas exclusivas” que Bolsonaro costuma lhes conceder, que parecem mais conversa entre amigos do que pautas jornalísticas.


Globo é favorita

A maior parte dos recursos públicos para divulgar a falsa ideia de vacinação dos brasileiros foi para os noticiários da TV Globo. O governo pagou R$ 1.619.560,00 para divulgar a campanha de vacinação nos intervalos do Jornal Nacional e R$ 1.253.620,00 nos do Fantástico. O BBB faturou R$ 950 mil.

A TV Record recebeu R$ 850 mil para veicular a campanha no Jornal da Record e mais R$ 505 mil para o Domingo Espetacular. O Jornal da Band embolsou R$ 345 mil. O SBT recebeu R$ 112 mil para veicular a campanha no humorístico A Praça é Nossa e R$ 347 mil para o Programa Sílvio Santos.

Esse estado de coisas está em completo desacordo com a Constituição Federal de 1988. Como se sabe, os meios de comunicação por rádio e TV são concessão pública, conforme seu artigo 223.

“Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal”, diz o dispositivo.


Ligações sombrias

A campanha “Brasil imunizado, somos uma só nação” ter sido veiculada pelo governo de um presidente que claramente incentivou a disseminação do vírus – combatendo máscaras, a vacinação e a ciência – esconde um aspecto mais sombrio.

Não só por proclamar a tal unidade que não existe. Desde a campanha à presidência, Bolsonaro faz uso do bordão “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. A expressão faz lembrar a frase alemã Deutschland uber alles (“Alemanha acima de tudo”).

É o primeiro verso da canção nacionalista Das Lied der Deutschen (“A canção dos alemães”), de 1841. Hitler adorava a música, explica matéria do Deutsche Welle, edição Brasil. Em 1936, ela foi entoada na abertura dos Jogos Olímpicos de Berlim, quando Hitler e seguidores entraram no Estádio Olímpico.

Fonte: Brasil de Fato


quinta-feira, 9 de julho de 2020

Danilo Gentili diz que Bolsonaro pediu sua cabeça e tentou censurar seu programa no SBT





Gentili disse ainda que Bolsonaro é "um mentiroso, mentiu muitas coisas, e que defende a liberdade de expressão foi outra mentira. Esse pisco[pata] não me engana mais"

O apresentador e humorista Danilo Gentili afirmou, nesta quarta-feira (8), ao responder comentários de uma publicação no Instagram, que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) pediu a demissão dele e censura no SBT, canal no qual apresenta o programa The Noite.

Em resposta a uma internauta que defendia Bolsonaro, Gentili escreveu: “Fui defendido por ele uma ova! Saiba você que tomei processo por defendê-lo e esse ‘fdp’ foi lá pedir minha cabeça e censura no meu emprego quando critiquei o Fundão Eleitoral (e seu filho usa rede de difamação contra mim)”.

Gentili disse ainda que Bolsonaro é “um mentiroso, mentiu muitas coisas, e que defende a liberdade de expressão foi outra mentira. Esse pisco[pata] não me engana mais”. A conversa foi publicada pelo apresentador no Twitter. “Passem os recadinhos pros grupinhos de vocês – podem continuar fazendo isso, não vou parar”.


No Twitter







Trecho do show "Politicamente Incorreto 2018".
Make Brazil Zuera Again.


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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Bozo amplia em 63% gastos com publicidade e aumenta em 600% verba da Record e SBT




PLANTÃO BRASIL - Mais um estelionato eleitoral cometido por Jair Bolsonaro e cia., desta vez para ajudar os amigos.

  • O UOL conta que os gastos em publicidade do primeiro trimestre do governo cresceram 63% em relação ao mesmo período do ano anterior e chegaram a R$ 75,5 milhões.

Os dados foram obtidos na Secom (Secretaria Especial de Comunicação), vinculada ao Palácio do Planalto.

A Record passou a Globo e foi o grupo de comunicação que mais recebeu verbas publicitárias federais. É a primeira vez que ocorre essa inversão em ao menos dois anos, segundo as análises por trimestre, assinala a matéria.

Os gastos da Secom com publicidade institucional “saíram de R$ 44,5 milhões no primeiro trimestre de 2018 para R$ 75,5 milhões no mesmo período de 2019”.

Que beleza é o liberalismo de compadrio:

Esses valores são referentes aos gastos do órgão com o pagamento de agências de publicidade, pesquisas de opinião pública, comunicação digital e repasses a veículos de comunicação em todo o Brasil. Corrigindo os números pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que no período variou 4,2%, chega-se a um aumento de 63% entre um ano e outro.

Na comparação com o mesmo período de 2017, o crescimento é ainda maior. Nos primeiros três meses daquele ano, a Secom gastou R$ 35 milhões. Na comparação entre os gastos em 2017 e 2019, o crescimento é de 101%, já descontada a inflação no período.

Os levantamentos foram feitos entre os anos de 2017 e 2019 porque o sistema alimentado pelo governo só passou a compilar informações detalhadas sobre os gastos da secretaria a partir de janeiro de 2017, após a emissão de uma instrução normativa do então Ministério do Planejamento, absorvido posteriormente pelo Ministério da Economia.

Record e SBT passam a Globo em 2019
A comparação entre 2017 e 2019 mostra que, neste ano houve uma aparente quebra no padrão de distribuição das verbas publicitárias repassadas pela secretaria de comunicação do governo.

Os dados mostram que em 2017 e 2018, a Globo encontrava-se isolada na liderança do bolo publicitário, e que Record e SBT se revezavam em segundo lugar. Em 2017, por exemplo, a Globo faturou R$ 6,9 milhões no primeiro trimestre. Em segundo lugar ficou o SBT, com R$ 1,34 milhão. Em terceiro, ficou a Record com R$ 1,21 milhão.

Em 2018, o padrão se manteve. A Globo faturou R$ 5,93 milhões nos três primeiros meses do ano. Em segundo lugar ficou a Record, com R$ 1,308 milhão. Em terceiro ficou o SBT com R$ 1,1 milhão.

Em 2019, o padrão mudou. Em primeiro lugar ficou a Record, com R$ 10,3 milhões. Em segundo, veio o SBT, com R$ 7,3 milhões. Em terceiro veio a Globo, com R$ 7,07 milhões.

Para superar a Globo, Record e SBT tiveram crescimentos exponenciais de seus faturamentos publicitários junto à Secom. Em relação a 2018, o crescimento do faturamento publicitário da Record junto à Secom no primeiro trimestre de 2019 foi de 659%, valor já considerando a variação da inflação no período. 

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Doria faz uso indevido da imagem de sem teto, promete almoço e desaparece


Gerson e Doria


“Eu poderia processar ele”: exposto sem autorização no Facebook, o sem teto Gerson espera o almoço que Doria prometeu. Por Zambarda


A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) fica na Rua Libero Badaró, a poucos metros da Prefeitura de São Paulo.

Ali em frente vive o mendigo Gerson, de 41 anos, que ficou famoso após estrelar uma publicação do prefeito João Doria Jr. no Facebook.

Doria passava pela área, viu Gerson e achou que a cena renderia. Câmeras flagraram o “encontro”. Sua equipe fez o resto do serviço.

O nome de sua filha foi citado. “A mãe dela a proibiu de ver o pai por conta do alcoolismo”, lê-se.

O post de 13 de janeiro teve 186 mil curtidas e mais de 40 mil compartilhamentos na rede. Um público equivocado de esquerda pagou mico inventando que ele era “fake”, alguém fantasiado. A realidade é pior.

Gerson não autorizou o uso de sua imagem como peça de propaganda política. Ele contou ao DCM que não gostou do comportamento de Doria, do assédio da mídia e de como a fotografia foi divulgada sem o seu consentimento.

“Quando o prefeito passou por aqui, eu pedi pra ele parar de tirar os moradores de rua. Eu tava bravo porque o ‘rapa’ tava levando os cobertores de todo mundo. Mas, depois, ele disse que me ajudaria”, afirma.

“Nunca pedi nada pro Doria. Só peço dinheiro sempre porque vivo na rua, como peço agora pra você. Ele prometeu almoçar conosco, algo que não cumpriu até agora”.

Gerson possui problemas psiquiátricos e recebe tratamento. “Estou bem melhor hoje porque tenho assistência”, declara.

Tem dois amigos. Um deles é Paulo César Vieira Sousa, que foi também fotografado por Doria sem camisa e ilustrou uma reportagem da Veja sobre doações de sabonete e xampu a abrigos. O outro é o senhor Natalino, o “Natal”.

Paulo César

“Foi só a foto girar na internet que vieram a Globo, o SBT e a Veja aqui. Só que nenhum deles ouve direito a história e chegaram a divulgar que eu era um mendigo falso. Dividimos a comida e temos ajuda da Secretaria de Direitos Humanos”, comenta.

“Eu poderia processar o prefeito por ter tirado foto sem a minha autorização. Mas não vou fazer isso. Dá muito trabalho”.

No Facebook, Doria elogia uns tais “Espaços Vida, que vão ajudar o Gerson e as mais de 16 mil pessoas que vivem nesta situação a terem oportunidades de uma vida mais digna”. Um factoide.

Há um pedido da Secretaria de Direitos Humanos para que o retrato seja retirado do Facebook por causa da exposição indevida de uma pessoa em situação de rua.

A Secretaria de Comunicação teria concordado, mas a imagem continua na rede social. A tramitação do requerimento está emperrada por conta da transição da gestão Haddad para a atual. A equipe de DH deve ser substituída em breve.

Ainda que o apelo de Direitos Humanos chegue ao gabinete do prefeito, é pouco provável que ele seja respeitado. O estilo populista de Doria é baseado nesse tipo de estratégia barata, de vale tudo eleitoreiro.

Os amigos Paulo César e Natal reclamaram que a prefeitura não foi ajudá-los com as chuvas recentes na cidade. “Não fizeram nada por nós ainda. Eu tomei banho é na chuva”.


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